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Untitled - Universidade do Minho

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A terceira festa instituída na Ordem secular dedicava-se a São Vicente Ferrer. Alguns<br />

devotos <strong>do</strong> santo, em 1715, requisitaram ao Definitório a permissão para alocar uma imagem<br />

<strong>do</strong>ada à instituição num retábulo da sua igreja. O Definitório aceitou a proposta, colocan<strong>do</strong> como<br />

condição aos devotos que construção e a<strong>do</strong>rno <strong>do</strong> retábulo fossem às suas expensas.<br />

Determinou-se também a obrigação <strong>do</strong>s devotos requisitarem sempre previamente licença ao<br />

Definitório para realizar a festa ao santo. 82<br />

Em 1735, foi registra<strong>do</strong> o primeiro pedi<strong>do</strong> para a comemoração de São Vicente Ferrer.<br />

Os devotos encaminharam o pedi<strong>do</strong> ao Definitório, o qual foi aprova<strong>do</strong> “com condição de que a<br />

missa a cantaria o Reveren<strong>do</strong> Manoel de Araújo e Faria, vigário <strong>do</strong> culto divino desta venerável<br />

ordem”. 83<br />

A inclusão obrigatória <strong>do</strong> vigário <strong>do</strong> culto divino, tal como na festa de Nossa Senhora da<br />

Conceição, garantia a Ordem Terceira controle sobre a festividade e, ao mesmo tempo,<br />

promovia seus irmãos sacer<strong>do</strong>tes.<br />

O patrocínio da festividade de São Vicente Ferrer recaía sobre os seus devotos. A Mesa<br />

autorizava e cedia a igreja, porém não figuram dispêndios com a celebração nos livros contábeis<br />

da associação. 84<br />

Além de São Vicente Ferrer, Santo Antônio merecia destaque entre as celebrações na<br />

capela da Ordem Terceira. Como um santo importante da hagiografia franciscana, Santo Antônio<br />

possuía também elevada importância no contexto devocional português.<br />

A vitalidade da devoção a Santo Antônio transparece nas variadas festas em seu louvor,<br />

não excluin<strong>do</strong> dessa premissa a Ordem Terceira bracarense. Em 1748, <strong>do</strong>is irmãos decidiram<br />

solicitar ao Definitório permissão para “fazer huma novena a Festa a Santo Antonio”. 85 Esta festa<br />

foi seguidamente executada, sempre contan<strong>do</strong> com a licença da Mesa. 86 Tal como as outras<br />

82 AOTB, Livro 2º de Termos da Veneravel Ordem 3ª, fl. 62.<br />

83 O alarga<strong>do</strong> lapso temporal entre a primeira solicitação e o pedi<strong>do</strong> de licença para a execução da festa sugere que<br />

esses pedi<strong>do</strong>s poderiam ocorrer verbalmente. Todavia, na <strong>do</strong>cumentação consultada não foram encontradas<br />

referências anteriores a 1735 sobre essa cerimônia. AOTB, Livro 3º de Termos da Veneravel Ordem 3ª, fl. 5.<br />

84 AOTB, Livro de servir para a despesa <strong>do</strong> syndico; Livro da despesa <strong>do</strong> sindico da Ordem Terceira de Braga 1710-<br />

1760.<br />

85 AOTB, Livro 4º de Termos da Veneravel Ordem 3ª, fls. 72v.-73.<br />

86 AOTB, Livro 4º de Termos da Veneravel Ordem 3ª, fls. 72v.-73; Livro 5º de Termos da Veneravel Ordem 3ª, fls. 36,<br />

74v., 109v., 213; Livro 7º de Termos da Veneravel Ordem 3ª, fl. 171v.<br />

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