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Untitled - Universidade do Minho

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festividades, a missa cantada, a música e o sermão marcavam a cerimônia. 87 Contu<strong>do</strong>,<br />

diferenciava-se de outras celebrações pela inclusão da novena anteceden<strong>do</strong> a festa. 88<br />

Na igreja <strong>do</strong>s terceiros franciscanos também celebrava-se São Luís rei de França, em 25<br />

de Agosto. Este possuía destaca<strong>do</strong> papel na hagiografia terciária. Rei adepto da Ordem Terceira<br />

franciscana, tornou-se, no decorrer <strong>do</strong> tempo, uma devoção comum nas Ordens Terceiras, tanto<br />

no reino quanto na América portuguesa. 89 O reflexo dessa aceitação <strong>do</strong> rei francês aparece nos<br />

altares dedica<strong>do</strong>s ao monarca ou na sua presença entre os an<strong>do</strong>res das procissões das Ordens<br />

seculares franciscanas. 90<br />

Em 1736, encontra-se a primeira referência a festa de São Luís rei de França. Nesse<br />

ano, o cônego Luís Botelho Mourão de Barros <strong>do</strong>ou 480 réis para ajudar nos custos da cera<br />

utilizada na festividade. 91<br />

Os gastos com a festa não aparecem discrimina<strong>do</strong>s nos livros contábeis, todavia, a<br />

<strong>do</strong>ação revela dispêndios com essa cerimônia para o perío<strong>do</strong>.<br />

87 AOTB, Livro 5º de Termos da Veneravel Ordem 3ª, fl. 74v.<br />

88 A realização de novenas antecen<strong>do</strong> momentos festivos decorria em outras associações de leigos ou ordens religiosas,<br />

tanto em Portugal quanto em Espanha, de acor<strong>do</strong> com ARAÚJO, Maria Marta Lobo – A confraria de Nossa Senhora <strong>do</strong><br />

Porto de Ave. Um itinerário sobre a religiosidade popular <strong>do</strong> Baixo <strong>Minho</strong>. Porto de Ave: Confraria de Nossa Senhora de<br />

Porto Ave, 2006. p. 232; VILAR, María José - Devociones, hermandades y cofradías como instrumentos de proyección<br />

social de los institutos religiosos: el caso del Monasterio de Santa Clara la Real de Murcia (Siglo XIX). In SIMPOSIUM EL<br />

CULTO A LOS SANTOS: COFRADÍAS, DEVOCIÓN, FIESTAS Y ARTE. Escorial: Real Centro Universitario Escorial-María<br />

Cristina, 2008. p. 823.<br />

89 A propósito da devoção a São Luís rei de França entre os seculares franciscanos consultar QUITES, Maria Regina<br />

Emery – Imagem de Vestir: revisão de conceitos através de estu<strong>do</strong> comparativo entre as Ordens Terceiras Franciscanas<br />

no Brasil. Campinas: <strong>Universidade</strong> Estadual de Campinas (Unicamp), 2006. Tese de Doutoramento. Policopiada. pp.<br />

82-83.<br />

90 A respeito <strong>do</strong>s an<strong>do</strong>res nas procissões realizadas pelas Ordens Terceiras franciscanas em Portugal, ler FERREIRA, J.<br />

A. Pinto – Os majestosos an<strong>do</strong>res da procissão de cinza. Separata <strong>do</strong> Boletim Cultural da Câmara Municipal <strong>do</strong> Porto.<br />

vol. XXIX. (1967). 5-63; PEREIRA, João Maria <strong>do</strong>s Reis – A procissão de cinza de Vila <strong>do</strong> Conde. Separata de Vila <strong>do</strong><br />

Conde. Barcelos: Tipografia Vitória, 1963. pp. 3-11; ARAÚJO, Maria Marta Lobo de – Vesti<strong>do</strong>s de cinzento: os irmãos<br />

terceiros franciscanos de Vila Viçosa, através <strong>do</strong>s Estatutos de 1686..., 57-58; PROENÇA, Maria José – A procissão de<br />

cinzas que se realizava em Braga. Braga: Ordem Terceira de Braga, 2002. pp. 55-59.<br />

91 AOTB, Livro de receita e despesa <strong>do</strong> tezoureiro 1708-1739, fl. 182v.<br />

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