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Untitled - Universidade do Minho

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Braga cuidavam em adquirir incenso para a solenidade, demonstran<strong>do</strong> a necessidade de realizar<br />

esse ritual. 98<br />

A execução da procissão de Cinzas, em Braga, decorria anualmente. Contu<strong>do</strong>, em<br />

alguns momentos, os irmãos terceiros optaram por não realizar esta festividade. Diferentes<br />

motivos provocaram a ausência da Ordem Terceira na abertura da Quaresma. Em 1739, os<br />

irmãos da Mesa decidiram não realizar a procissão de Cinzas. A falta de dinheiro naquele<br />

momento justificou essa decisão. 99 Igualmente, em 1808 e 1809, não saíram em cortejo. A<br />

presença <strong>do</strong>s franceses, os quais proibiram as cerimônias religiosas públicas, provocou essa<br />

decisão. Outras irmandades, como a Santa Casa da Misericórdia, também não executaram suas<br />

festividades durante a Quaresma devi<strong>do</strong> às disposições francesas. 100 Em 1808, não há registros<br />

a respeito da procissão de Cinzas e, em 1809, os irmãos terceiros decidiram não realizar o<br />

cortejo, alegan<strong>do</strong> falta de dinheiro.<br />

A procissão de Cinzas, como a primordial festividade, celebrada pelas Ordens Terceiras<br />

franciscanas ocupava lugar de destaque no cotidiano <strong>do</strong>s envolvi<strong>do</strong>s (irmãos terceiros, religiosos<br />

da ordem regular e a comunidade). Paralelamente, a ampliação <strong>do</strong>s elementos da festa e a<br />

complexidade da procissão indicam o crescimento da agremiação terciária bracarense, durante<br />

o século XVIII, e sua maior expressão no contexto religioso da cidade.<br />

98 AOTB, Livro de despesas <strong>do</strong> síndico 1710-1760, fls. 5v., 8-9, 12v., 15v., 22v., 40v., 45-45v., 73-73v., 99v., 117v.,<br />

121v.<br />

99 AOTB, Livro 3º de Termos da Veneravel Ordem 3ª, fl. 43.<br />

100 De acor<strong>do</strong> com CASTRO, Maria de Fátima – A Irmandade e Santa Casa da Misericórdia de Braga..., p. 219. A<br />

propósito da presença francesa em Braga, no início <strong>do</strong> século XIX, consultar CAPELA, José Viriato; MATOS, Henrique;<br />

BORRALHEIRO, Rogério – O heróico patriotismo das Províncias <strong>do</strong> Norte. Os concelhos na restauração de Portugal de<br />

1808. Braga: Casa Museu de Monção, 2008. pp. 77-79.<br />

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