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Untitled - Universidade do Minho

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mesmo no Perío<strong>do</strong> Moderno. Em segun<strong>do</strong> lugar, estão as “ordenações da terceira ordem”, as<br />

quais deveriam sanar dúvidas e enganos a respeito <strong>do</strong> funcionamento da instituição. Espécie de<br />

regulamente mais detalha<strong>do</strong>. Explora as premissas da Regra medieval acrescentan<strong>do</strong> alterações<br />

pertinentes ao contexto. A terceira e última parte organizada a partir de perguntas seguidas de<br />

respostas, abordavam questões mais complexas a respeito <strong>do</strong> local das Ordens seculares no<br />

seio da Igreja católica, e foram elaboradas por frei Manoel de Monte Olivete.<br />

As ordenações são divididas em oito capítulos, correspondentes aos requisitos para a<br />

entrada da Ordem Terceira, à forma que deveriam ter os hábitos <strong>do</strong>s irmãos, às comunhões, aos<br />

cargos da Mesa administrativa (ministro, secretário, discretos, zela<strong>do</strong>res, síndico, vigário <strong>do</strong> culto<br />

divino, visita<strong>do</strong>r), aos exercícios corporais (as disciplinas), à forma de realizar as reuniões da<br />

Mesa, ao mo<strong>do</strong> de proceder nas eleições e à realização da reunião anual <strong>do</strong>s mesários.<br />

Tanto a obra <strong>do</strong>s frades franciscanos quantos os estatutos elabora<strong>do</strong>s em 1742, pelos<br />

irmãos terceiros bracarenses, possuem algumas similaridades como se poderá observar.<br />

No que se refere a seleção de novos irmãos, os autores destacam a necessidade de<br />

realizar uma investigação para confirmar a condição ilibada <strong>do</strong> pretendente. Questionar a<br />

comunidade e pessoas próximas ao candidato buscan<strong>do</strong> conhecer a “vida e costumes” 2 <strong>do</strong><br />

futuro associa<strong>do</strong> de mo<strong>do</strong> a assegurar a entrada de pessoas com as condutas morais<br />

apropriadas para a vivência religiosa determinada pela Ordem secular.<br />

Para além da forma de recrutamento, o primeiro capítulo <strong>do</strong> livro ressalta a instrução<br />

destinada aos novos membros, os quais deveriam conhecer a Regra, as orações e a “frequencia<br />

<strong>do</strong>s Sacramentos” 3 para desempenhar com perfeição a sua condição de irmãos secular.<br />

Conhecer as disposições da Ordem, frequentar os sacramentos e realizar as obras<br />

assistenciais constavam entre algumas obrigações <strong>do</strong>s terceiros franciscanos. Esse conjunto<br />

demonstra a a<strong>do</strong>ção <strong>do</strong>s quesitos tridentinos na configuração da Ordem Terceira durante o<br />

2 SÃO LUIS, António de; MONTE OLIVETE, Manoel <strong>do</strong> – Regra <strong>do</strong>s Irmãos Terceiros da Sancta, & veneravel Ordem<br />

Terceira da Penitencia, que instituhio o Seraphico P. S. Francisco & decisoens e resoluçoens de alguas duvidas, sobre<br />

o esta<strong>do</strong> da mesma Ordem Terceira. Lisboa: Oficina de João da Costa, 1669. p. 40.<br />

3 SÃO LUIS, António de; MONTE OLIVETE, Manoel <strong>do</strong> – Regra <strong>do</strong>s Irmãos Terceiros da Sancta, & veneravel Ordem<br />

Terceira da Penitencia…, pp. 42-43.<br />

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