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Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. contato@jornaldeumbanda.com.br Pág. 1<br />

A PEMBA NA <strong>UMBANDA</strong><br />

Um dos elementos indispensáveis à Liturgia<br />

Umbandista, porém pouco comentado e estudado, é<br />

a PEMBA. Mas, de onde veio esse elemento? Qual<br />

sua função? Qual sua história?<br />

Para que é utilizado? O que representa cada<br />

cor? O uso, as Lenda, a pemba! Pág. 07<br />

Jornal Nacional da Umbanda Edição 08<br />

Índice de Matérias<br />

Editorial (Rubens Saraceni) pág 02<br />

Magia Divina dos Genios (Rubens Saraceni) pág 03<br />

A Balança da Justiça (Nelson Junior) pág. 05<br />

Diálogo entre o Filósofo e um Preto Velho (Ronaldo<br />

Figueira) pág 06<br />

A Pemba na Umbanda (Jefferson-LG) pág 07<br />

A Lenda da Pemba (Jefferson-LG) pág 07<br />

A Linha de Baianos (Pai Pedro de Ogum) pág 10<br />

Guardião Exu, o executor cármico do vazio (Pablo)<br />

pág 11<br />

Nossos Umbigos ( Mãe Leni W. Saviscki) pág 13<br />

O Auto Bloqueamento da Mediunidade (Thiago<br />

Bertozzi ) pág 15<br />

O Medo do Amor (Martha Mediros) pág 16<br />

Oração a São Cosme e Damião (Livre) pág 16<br />

Umbanda que gera Umbandas (Pablo) pág 17<br />

A Umbanda Sagrada (Sebastiana penha Campana)<br />

pág 19<br />

Obsessão e auto-obsessão na Umbanda (Douglas<br />

O.Elias) pág 20<br />

Oração a todas as forças dos Orixas (Frans Meier)<br />

pág 24<br />

Pontos de Forças (Marcelo Cordeiro) pág 25<br />

As 4 Leis da espiritualidade na India (Andrea G.<br />

Santos) pág 26<br />

Laroyê, Senhor da intenções!Laroyê, Exu-Mirim<br />

(Franz Meier) pág 27<br />

ULTIMA PÁGINA - O Principe das Trevas<br />

(Alexandre Cumino) pág 28<br />

COM VOCÊ SÃO 124.600 LEITORES, AJU<strong>DE</strong>-NOS A CHEGAR A 1 MILHÃO, REENVIE O JORNAL<br />

PARA OS SEUS AMIGOS E CONHECIDOS, AJU<strong>DE</strong>-NOS A CHEGAR CADA VEZ MAIS LONGE!<br />

A Linha dos<br />

Baianos<br />

Durante muitos anos<br />

a linha dos baianos<br />

foi renegada e os<br />

trabalhos feitos com<br />

ela eram vistos com<br />

restrições. Dizia-se<br />

que por não ser uma<br />

linha diretamente<br />

ligada às principais,<br />

era inexistente...<br />

pág.10<br />

Envie-nos seus<br />

comentários,<br />

suas matérias<br />

e textos.


Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. contato@jornaldeumbanda.com.br Pág. 2<br />

EDITORIAL<br />

O Tempo passa muito rápido em nossa vida e temos que aproveitar cada hora e cada<br />

oportunidade para enriquecer nossa existência e nossa passagem pela matéria, fazendo o que gostamos<br />

e que é útil para nós e nossos semelhantes.<br />

Nisso acredito e assim tenho procedido a vida toda, só raramente desviando minha atenção desta<br />

minha linha de procedimento, mas sempre por causa do que acontece à minha volta e que independe da<br />

minha vontade.<br />

Minha dedicação e objetividade ao que faço despertam a admiração dos que me conhecem<br />

porque não entendem como alguém consegue fazer tantas coisas ao mesmo tempo e lidar de forma<br />

positiva e construtiva com tantas pessoas.<br />

Por semana, conduzo e coordeno dez grupos de estudos dentro do Colégio de Umbanda, onde<br />

reúno mais de três mil pessoas que estudam comigo Umbanda e Magia.<br />

Dirijo um trabalho religioso umbandista pelo qual passam cerca de mil e quinhentas pessoas,<br />

que são atendidas pelos Guias espirituais dos médiuns do nosso Centro.<br />

Faço um programa de rádio semanal na Rádio Mundial FM 95.7, a mais de dez anos.<br />

Periodicamente publico algum livro novo.<br />

Escrevo alguma coisa quase que diariamente (quando sobra tempo).<br />

Com o Alan, publicamos esse Jornal virtual a cada quinze dias.<br />

Atendo antes e depois das aulas a dezenas de alunos, dando-lhes orientações, esclarecendo suas<br />

duvidas e auxiliando-os na solução de problemas do dia a dia.<br />

Tudo isso faço com a alegria e satisfação porque sou uma pessoa alegre e feliz e estou fazendo o<br />

que gosto e o faço com prazer.<br />

Na verdade, lido com quase cinco mil pessoas por semana e não tenho muito tempo livre para a<br />

minha família, para passeios e lazer.<br />

Meu passeio é ir de casa ao Colégio e meu lazer é dar as minhas aulas e orientar as pessoas.<br />

Sinto-me feliz por fazer com intensidade o que gosto e sou grato a Deus por Ele ter sido tão<br />

generoso comigo, assim como O agradeço pela imensa legião de pessoas que Ele encaminhou para<br />

mim e que se tornaram meus amigos e irmãos espirituais.<br />

Se outra vida eu vier a ter no futuro distante, espero que mais uma vez Deus seja tão generoso<br />

comigo, porque assim novamente me sentirei feliz e realizado como seu filho e seu servo, dedicado aos<br />

seus mistérios.<br />

Fazer o que gosto e com tanta intensidade me realiza como ser humano me alegra e me faz feliz,<br />

muito feliz! Com Deus eu me realizo e poder servi-Lo intensamente alegra-me!<br />

Publiquei meu primeiro livro, intitulado “HASH MEIR O GUARDIÃO DO TEMPLO DA<br />

<strong>DE</strong>USA DOURADA” em 1991. E desde então outros sessenta livros já foram publicados, abordando<br />

os mais variados temas espiritualistas, religiosos e magísticos.<br />

Iniciei a Magia Divina, com seus 21 graus, em 1999 e só agora, em 2011, estou concluindo seu 21º<br />

grau.<br />

Foram 12 anos de ensino de Magia quase que diário porque dois dias por semana são dedicados<br />

à Umbanda, ao desenvolvimento de novos médiuns e ao atendimento com meus Guias Espirituais às<br />

pessoas necessitadas de auxilio espiritual ou de orientação.<br />

Pisei em um Terreiro de Umbanda quando tinha 13 anos e hoje estou com 60 anos de idade.<br />

Já auxiliei milhares de médiuns umbandistas no desenvolvimento de suas mediunidades de<br />

incorporação e muitos deles hoje dirigem seus próprios centros de Umbanda.<br />

Já formei em meu curso de Doutrina, Teologia e Sacerdócio de Umbanda milhares de pessoas,<br />

sendo que centenas delas hoje dirigem seus centros, multiplicando e expandindo a Umbanda.


Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. contato@jornaldeumbanda.com.br Pág. 3<br />

Muitos milhares já se iniciaram na Magia Divina, um sistema prático de trabalhos magísticos<br />

que vem conquistando muitos adeptos, devido ele ser simples, prático e muito útil às pessoas.<br />

Pois bem!<br />

“Escolhe um trabalho que gostes e não terás que trabalhar nenhum dia de<br />

tua vida.”<br />

(Confúcio)<br />

A MAGIA DIVINA DOS GÊNIOS<br />

Gênios, eis um nome que desperta a curiosidade de muitos e temos tão pouco à nossa<br />

disposição para aprendermos sobre esses seres da natureza.<br />

Aqui no Brasil, fora alguns ocultistas que os conhecem e com eles trabalham através de<br />

rituais fechados, os gênios só são conhecidos devido filmes e livros que os descrevem como seres<br />

mirabolantes, capazes de fazerem coisas mirabolantes ou espetaculares, tornando essa classe de<br />

seres da natureza em personagens de ficção.<br />

Além do que escrevi acima nada mais se sabe sobre eles e deixamos de recorrer a esses<br />

seres da natureza, tão importantes para a Criação Divina quantas todas as demais classes de seres<br />

criadas por Deus, a nossa inclusa.<br />

Apenas, eles não são visíveis às pessoas e raros são os clarividentes que conseguem vê-los<br />

porque são arredios aos olhos dos curiosos.<br />

Mas em outras regiões da Terra eles são bem conhecidos e são invocados para auxiliarem na<br />

solução das mais variadas dificuldades que surgem na vida das pessoas, sejam elas de fundo<br />

espiritual ou material.<br />

Pouco se sabe por aqui e tudo fica como se fossem produto de ficção ou de mentes<br />

desequilibradas ou confusas, vitimas de obsessores espirituais.<br />

Mas isso não é verdade e agora todos os interessados em aprender sobre eles e em como<br />

trabalhar de forma correta com essa classe de seres da natureza terão muitas informações sobre<br />

eles e como servirem-se dos seus poderes naturais de forma ordenada e equilibrada, passando a se<br />

beneficiarem ou aos seus semelhantes com o que aprenderão durante o curso que será ministrado<br />

sobre eles na escola de magia divina do colégio de umbanda Pai Benedito de Aruanda, curso esse<br />

que visa formar pessoas nessa magia divina e popularizar o conhecimento sobre esses seres tão<br />

especiais e tão desconhecidos por nós aqui no Brasil.<br />

Saibam que os gênios são tão importantes para a Criação que cada ser criado por Ele, assim<br />

como cada planta, cada minério, cada cristal, cada gás, cada líquido, cada elemento químico, cada<br />

tipo de solo ou terra, cada rocha, etc., tem seu gênio tutelar, que tem por função zelar pela sua<br />

integridade e preservação na Criação.


Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. contato@jornaldeumbanda.com.br Pág. 4<br />

Cada ser humano tem o seu gênio tutelar que o acompanha desde o nascimento até o<br />

desencarne, assim como é regido em um dos seus aspectos por uma Divindade Gênio, fato esse<br />

desconhecido por todos, não importando a religião que sigam ou suas formações "esotéricas".<br />

Além dessas informações que coloquei aqui, há muitas outras que serão reveladas no<br />

decorrer do curso de magia divina dos gênios ou já foram publicadas no livro de minha autoria<br />

denominado "MAGIA DIVINA DOS GÊNIOS", publicado há alguns anos a traz pela editora Madras,<br />

ao qual eu recomendo a leitura, ainda que a titulo de aprendizado pessoal.<br />

Para os que se sentirem atraídos por essa magia divina, fica aqui o meu convite para que<br />

venham estudá-la e nela iniciarem-se para, daí em diante passarem a trabalhar e servirem-se<br />

magisticamente dessa classe de seres da natureza criados por Deus para zelarem por ela... e por<br />

nós, os seus maiores destruidores.<br />

Cordialmente,<br />

Pai Rubens Saraceni


Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. contato@jornaldeumbanda.com.br Pág. 5<br />

A Balança da Justiça<br />

(Vibrações análogas ou similares e vibrações<br />

antagônicas ou opostas)<br />

Tudo tem seu oposto, da Luz às Trevas, do prazer à dor, do certo ao errado, e já que tudo faz<br />

parte da Criação, tem seu propósito e sua função, e o conceito de oposição passa a ser o de<br />

complementação.<br />

O “complemento” de cada coisa tem como função balancear, ou melhor, reequilibrar os<br />

excessos cometidos, aplicando as Leis da Causa e Efeito, pois estes “complementos” inversos são<br />

a forma de, através da Lei das Afinidades, termos ações e reações proporcionais, inversas ou não.<br />

Quem bebe demais fica bêbado, quem trabalha demais se cansa, quem nada faz nada constrói, e<br />

se estes exemplos de significado óbvio, mas de amplo entendimento foram usados é porque<br />

o certo e o errado em muitos casos têm uma tênue linha de separação, e às vezes nem sequer visível.<br />

Que dizer do soldado que serve à força o exército de seu País, convocado vai à guerra, e mesmo<br />

sem querer, acaba matando para não morrer?<br />

É claro que existe um peso negativo e uma consequência negativa neste ato, mas analisaremos a<br />

culpa relacionada ao peso das ações do ser, de seu ambiente social e da Criação no Todo.<br />

Podemos analisar tudo em três formas de visão: energética, vibracional e ocorrencial, e estas<br />

formas são a positiva, a negativa e a neutra que geram, como suas definições já dizem, efeitos afins<br />

com as energias, vibrações e ações que desencadeiam, conduzindo os afins aos seus locais, e seus atos<br />

a uma espécie de compensação, para que o universo anule o danoso, perpetue o bom e neutralize o que<br />

pode vir a causar danos, uma vez que Deus e as Divindades Regentes da Criação geram as<br />

circunstâncias para que haja o equilíbrio, e o restabelecem sempre que preciso for através da Lei e da<br />

Justiça Divinas.<br />

O Caos e a Ordem têm uma linha tênue entre os homens, mas muito clara na Criação, pois nada<br />

fica estático, tudo se transforma e tudo evolui sempre. E muitas vezes uma explosão traz a ordem em<br />

seguida, pois aos nossos olhos o caos é diferente do que seria o Caos de fato. Este não perdura, porque<br />

a falta de ordem traria o colapso da Criação como um todo, e muitas vezes o que parece ser desordem é<br />

um ciclo, e o novo nasce do antigo, a água vira nuvem, que vira chuva, que vira água em outro lugar.<br />

Assim é também o homem, que na matéria morre, desaparece, renasce outro, sem perder sua<br />

essência, mas com outra missão ou carma, relacionado ao seu conjunto de atos em toda sua existência<br />

material e espiritual, para que esgote seus negativismos e sua reforma íntima ocorra, pois, antes de<br />

construir sobre terreno pedregoso, é preciso destruir as pedras que atrapalham as fundações da<br />

construção. E a maior fonte de desequilíbrio do homem são seus pensamentos, que se hora são<br />

construtivos e bons, noutra são destrutivos e daninhos.<br />

“Portanto, o aprendizado reconstrói pelo amor ou pela dor tudo que é necessário no ser, para<br />

harmonizá-lo”.<br />

Para adquirir o livro “Compreenda-se ou se Devore”, entre em contato com Nelson Junior pelo E-mail.<br />

Por: Nelson Junior<br />

E-mail: nelsonjuniorguitar@gmail.com


Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. contato@jornaldeumbanda.com.br Pág. 6<br />

DIÁLOGO ENTRE UM FILÓSOFO E UM PRETO VELHO<br />

Certo dia, um filósofo adentra a uma tenda de umbanda e senta-se no banquinho de um<br />

preto velho. Sua intenção era questionar, investigar; enfim, experimentar.<br />

Ao se sentar, o preto velho já sabia o que ele queria, mas mesmo assim saudou-o<br />

gentilmente e perguntou em que poderia ajudar. O filósofo respondeu:<br />

_ Meu preto velho, na era da biotecnologia vemos os cientistas avançarem cada vez<br />

mais nas pesquisas referentes à manipulação do material genético humano. Além disso, estamos na era<br />

do multiculturalismo, de forma tal que a diversidade, inclusive no sentido intelectual, se faz cada vez<br />

mais presente. Pergunto eu: _ o que pode um preto velho dizer sobre assuntos de tamanha<br />

complexidade?<br />

Preto Velho, com toda sua calma, respondeu gentilmente ao filósofo:<br />

Misin fio, vós suncê (Sic) tem palavra bonita na boca, por causa de que tu és homem<br />

letrado (Sic). Nego véio cá, num estudou nem escrevinhou essas coisa. Mas daqui do meu cantinho,<br />

aonde os ventos de Aruanda tocam em meus ouvidos, recebo as notícias que vem da Terra. Vejo<br />

também com meus próprios olhos e presencio as lágrimas e sorrisos que brotam como flores e espinhos<br />

no âmago de meus filhos.<br />

Vou dizer a vós suncê uma coisa. Esse bicho chamado “biotecnologia”, eu sei muito<br />

bem como funciona. Misin fio, [bio] vem do grego “bios” = vida. “Téchne” e “Logos” também vem do<br />

grego, fio. Logo, biotecnologia é o conhecimento sobre as práticas (manipulação) referentes à vida.<br />

Assim sendo, nego véio é a favor de tudo que respeita a vida e que é usado para o bem.<br />

O bem, não só de si mesmo, mas da humanidade. Uma faca pode ser uma ferramenta de cozinha e<br />

ajudar a preparar um alimento. No entanto, a mesma faca pode ser uma arma a machucar alguém. Não<br />

é a ferramenta, mas sim o que se faz com ela que torna perigosa a humanidade.<br />

Pasmo, o intelectual não sabia o que dizer, tamanha sua surpresa sobre tão sábias<br />

palavras. E não só isto, o conhecimento até sobre a origem das expressões que vem do grego, aquela<br />

humilde entidade possuía.<br />

Por alguns segundos sentiu um misto de inveja e indignação, uma vez que pensou ser<br />

mais conhecedor sobre as coisas da vida que o Preto Velho. Daí então indagou:<br />

_ Você acha que suas opiniões podem superar a luz da ciência? Este, respondeu:<br />

_ Fio, o que nego véio fala, nego véio comprova, pois este nego vivenciou. Caminhou<br />

na terra que vós suncê pisa hoje. Sorriu, chorou, se emocionou, amou. Conviveu com homens de bem e<br />

também com homens do mal. Fez suas escolhas e por isso é hoje um espírito guia. E só pude aqui<br />

chegar porque acertei na maioria das escolhas que fiz. Naquelas em que não acertei, tive que vivenciar<br />

novamente, até aprender. Assim como vós, na Terra.<br />

Quanto aos estudos (risos), esse nego véio aqui não frequentou escola na última<br />

encarnação. Mas, das muitas encarnações que tive, eu estudei, me formei e, em algumas delas me<br />

doutorei. A medicina chinesa, a filosofia grega, a sabedoria hindu; tudo isso fez parte da minha<br />

evolução. Da matemática egípcia até os estudos astronômicos de Galileu pude aprender. E depois de<br />

aprender tudo isso, sabe qual o maior ensinamento que obtive misin fio?!<br />

A ter h –u- m- i- l- d- a- d- e.<br />

Por isto, doutor, vós me vês na aparência de um velho escravo brasileiro, semeador das<br />

raízes deste lindo país chamado Brasil, terra da diversidade, da multi culturalidade.<br />

Que cada um formule a sua moral da história. Porém, questione seus conhecimentos e veja se estão<br />

alinhados com os propósitos de simplicidade. Pois sem ela, não se faz jus a benção do saber.<br />

enviado por: Ronaldo Figueira e-mail: paraoronaldo@hotmail.com


Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. contato@jornaldeumbanda.com.br Pág. 7<br />

Um dos elementos indispensáveis à Liturgia Umbandista, porém<br />

pouco comentado e estudado, é a PEMBA.<br />

Mas, de onde veio esse elemento? Qual sua função? Qual sua<br />

história? Para que é utilizado? O que representa cada cor?<br />

Buscar-se-á neste humilde texto responder essas indagações, a fim de<br />

oportunizar aos nossos filhos de fé, e irmãos em geral, o<br />

esclarecimento sobre esse instrumento sagrado tão utilizado por todos<br />

os nossos guias espirituais. Ao comprar uma Pemba nova, em qualquer loja de Umbanda deste país,<br />

certamente você irá encontrar um folheto dentro da embalagem, com as seguintes informações:<br />

"Pemba Legítima Africana" - Recuse imitações!<br />

“A PEMBA é objeto permanente aos ritos Africanos, mais antigos que se conhecem,<br />

fabricada com o pó extraído dos MONTES BRANCOS KABANDA, é empregada em<br />

todos os RITOS E CERIMÔNIAS, festas, reuniões ou solenidades africanas e<br />

umbandistas”.<br />

Nas tribos de <strong>UMBANDA</strong>, BACONGO E CONGOS, é usada a PEMBA sob todos os pretextos.<br />

Quando é declarada a guerra, os chefes esfregam o corpo todo com a PEMBA para vencer os<br />

inimigos; por ocasião dos casamentos, os noivos são pelos padrinhos esfregados com a PEMBA para<br />

que sejam felizes; o negociante que quer conseguir um bom negócio esfrega um pouco de PEMBA nas<br />

mãos; em questões de amor então, bem grande é a influencia da PEMBA, usando-a as jovens como se<br />

fosse o pó de arroz porque dizem, traz felicidade no amor e atrai aquele a quem deseja. “<br />

Como era fabricada a PEMBA na antiguidade?<br />

Era privilegio do SACERDOTE MAIS VELHO DA TRIBO a direção dos trabalhos da<br />

fabricação da PEMBA. Esta era feita por moças virgens em completo jejum presididas pelo<br />

SACERDOTE, que durante a fabricação não podia tomar alimento de espécie alguma nem beber agua,<br />

apenas fumando o seu cachimbo, que era considerado sagrado.<br />

Durante três dias e três noites e às vezes mais, a PEMBA era trabalhada, acompanhada por música de<br />

CONGO, as virgens cantavam sem cessar preces à VIRGEM PEMBA para que esta transmita todas as<br />

suas virtudes a que estão fabricando.<br />

A PEMBA É OBJETO <strong>DE</strong> GRAN<strong>DE</strong> COMERCIO ENTRE OS AFRICANOS<br />

Contam as lendas das tribos Africanas o<br />

seguinte sobre a PEMBA:<br />

M. PEMBA era o nome de uma gentil<br />

filha do SOBA LI-U-THAB, SOBA poderoso<br />

dono de grande região e exercendo a sua<br />

autoridade sobre um grande numero de<br />

TRIBOS.<br />

M. PEMBA estava destinada a ser<br />

conservada virgem para ser ofertada às<br />

divindades da TRIBO, acontece porem que um<br />

jovem estrangeiro audaz, conseguiu penetrar<br />

nos sertões da ÁFRICA, e se enamorou<br />

perdidamente de M. PEMBA.<br />

M. PEMBA por sua vez correspondeu<br />

fervorosamente a este amor e durante algum<br />

A LENDA DA PEMBA<br />

tempo gozaram as delicias que estão reservadas<br />

aos que se amam.<br />

Porem não há bem que sempre dure, o<br />

SOBA poderoso foi sabedor destes amores e<br />

uma noite de luar mandou degolar o jovem<br />

estrangeiro e jogar o seu corpo no RIO<br />

SAGRADO U-SIL para que os crocodilos o<br />

devorassem.<br />

Não se pode descrever o desespero de M.<br />

PEMBA e para prova de sua dor esfregava<br />

todas as manhas o seu lindo corpo e rosto com o<br />

pó extraído nos MONTES BRANCOS<br />

KABANDA e a noite para que seu pai não<br />

soubesse dessa sua demonstração de prazer pela


Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. contato@jornaldeumbanda.com.br Pág. 8<br />

morte e seu amante, lavava-se nas margens do<br />

RIO DIVINO U-SIL.<br />

Assim fez durante algum tempo, porem,<br />

um dia pessoas de sua tribo que sabiam dessa<br />

paixão de M. PEMBA, e que assistiam a seu<br />

banho viram com assombro que M. PEMBA<br />

elevava-se no espaço ficando em seu lugar uma<br />

grande quantidade de massa branca lembrando<br />

um tubo.<br />

Apavoradas correram contar ao SOBA o<br />

que viram e este, desesperado, quis mandar<br />

degolar a todos, porem como eles haviam<br />

passado nas mãos e corpos o pó deixado por<br />

M.PEMBA notaram que a cólera do SOBA se<br />

esvaia, e que ele tinha se tornando bom não<br />

castigando os seus servos.<br />

Começou a correr a fama das qualidades<br />

milagrosas da massa deixada por M. PEMBA<br />

atravessou esta e muitas gerações chegando até<br />

nossos dias prestando benefícios àqueles que<br />

dela se tem utilizado.<br />

Pois bem, essas informações<br />

interessantes, porém não seguras, são<br />

encontradas dentro de qualquer caixa de Pemba.<br />

Não são informações seguras porque não citam<br />

a fonte, ou, ao menos, o autor do texto. Por isso,<br />

toda história lá contada deve ser vista com<br />

reservas.<br />

Há também indicações de como e<br />

quando usar. Todavia, optei por não transcrevêlas<br />

aqui, por entender se tratar de informações<br />

superficiais que não iriam acrescentar em nada<br />

nosso estudo, pelo contrário, poderiam<br />

confundir o leitor.<br />

Entretanto, havemos de concordar que a<br />

origem da Pemba é, sem sombras de dúvidas,<br />

Africana. Ela é confeccionada com uma<br />

substância chamada “caulim” (argila pura de<br />

cor branca), Importado da África. Em razão da<br />

dificuldade de importação, o “caulim” foi<br />

substituído pelo “calcário” e a ”tabatinga”.<br />

Sua confecção é bem simples: Basta<br />

misturar uma pequena quantidade do material<br />

citado acima triturado com um pouco de goma<br />

arábica diluída em um pouco de água, Deixá-la<br />

secar um pouco, e antes que a massa endureça<br />

dar a ela o formato desejado...<br />

Trata-se de um dos elementos<br />

indispensáveis dentro da liturgia Umbandista. É<br />

um elemento sagrado que, quando imantado,<br />

cruzado, pela entidade, torna-se uma ferramenta<br />

poderosa. É por meio dela que o guia espiritual<br />

irá fazer seu ponto riscado.<br />

O Ponto riscado é a identidade do guia. É<br />

através do ponto que ele será identificado e<br />

confirmado. Cada risco feito na tábua de ponto<br />

tem o seu por quê. Tais símbolos informam<br />

qual é a entidade, de onde ela vem, atua na<br />

força de quem, entre outras coisas. Também, os<br />

símbolos riscados podem invocar a defesa<br />

contra os ataques inferiores, ou também o<br />

ataque contra os mesmos...<br />

Esses símbolos são trazidos pela própria<br />

entidade. Não é o médium que cria tais pontos.<br />

Muito menos copia de alguns dos livros que<br />

existem por aí. Se o médium está realmente<br />

incorporado, a entidade irá riscar seu ponto com<br />

muita segurança e irá explicar exatamente o que<br />

ele representa. "O ponto quando riscado cria um elo com o plano espiritual que emana energias, fluídos<br />

e vibrações diretamente no ponto. Na maioria dos casos quando é riscado um ponto a entidade põe<br />

alguém necessitado dentro dele, é quando a pessoa, às vezes, sente as vibrações, dependendo de sua<br />

sensibilidade. É possível também um médium vidente ver os pontos riscados brilharem e emanarem<br />

luzes diversas."


Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. contato@jornaldeumbanda.com.br Pág. 9<br />

Também, utiliza-se a Pemba para<br />

riscar as mãos, os pés e a cabeça dos médiuns.<br />

E assim é feito, geralmente, para dar a eles<br />

proteção. Também é utilizada antes da<br />

realização do amaci. A Pemba, juntamente com<br />

as águas puras e as ervas sagradas fortalecem a<br />

coroa do médium, trazendo maior sintonia entre<br />

ele (o médium) e suas entidades espirituais.<br />

Em alguns casos específicos a Pemba<br />

pode ser raspada, obtendo-se um pó, que é<br />

utilizado para determinados trabalhos e até<br />

mesmo, colocado dentro do próprio amaci.<br />

Todavia, não existe na Umbanda qualquer ritual<br />

de "sopro de pó de pemba", como existe no<br />

Candomblé.<br />

As cores das Pembas representam à linha<br />

de qual entidade está utilizando ou a linha que<br />

se está invocando. Assim, por exemplo, um<br />

Caboclo de Ogum certamente irá riscar seu<br />

ponto de vermelho, o de Oxossi de verde, o de<br />

Xangô de marrom e assim por diante.<br />

É bom lembrar que a Pemba não é<br />

sagrada por si mesma. Uma Pemba comprada<br />

em uma loja qualquer, se não for cruzada pelo<br />

guia da casa, não terá serventia nenhuma. Será<br />

apenas um giz como outro qualquer, sem<br />

nenhuma utilidade espiritual.<br />

Também, é bom esclarecer que, mesmo sendo duas<br />

entidades de mesmo nome, dificilmente o ponto riscado será<br />

idêntico, vez que, por mais que sejam espíritos ligados à mesma<br />

falange, possuem ainda certa individualidade. Todavia, alguma<br />

semelhança sempre haverá.<br />

A Pemba também pode ser usada para riscar objetos,<br />

portas, janelas, no objetivo de cruzar o ambiente, evitando a<br />

entrada de maus espíritos e de energias negativas. Além disso, a<br />

Pemba auxilia na entrada das boas energias e na abertura de<br />

caminhos.<br />

Todavia, a Pemba que é cruzada e<br />

abençoada pelo guia, torna-se uma verdadeira<br />

arma para aqueles que sabem manipulá-la. É<br />

um instrumento de luz usado pelo guia,<br />

essencial em qualquer trabalho de Umbanda.<br />

Também é comum se falar em "Lei da<br />

Pemba" para referir-se à Umbanda. A expressão<br />

"Filhos de Pemba" é utilizada para identificar<br />

os filhos de Umbanda, aqueles que estão<br />

cumprindo as diretrizes de Aruanda.<br />

Por fim, para homenagear esse<br />

instrumento sagrado, segue o ponto cantado na<br />

abertura de todos os trabalhos de Umbanda:<br />

“Ô salve a Pemba”!<br />

Também salve a toalha!<br />

Ô salve a Pemba!<br />

Também salve a toalha!<br />

Salve a coroa,<br />

É de nosso Zambi é o maior!<br />

Salve a coroa!<br />

É de nosso Zambi é o maior!”<br />

Enviado por: Jefferson<br />

E-mail: jeffersonlg@hotmail.com


Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. contato@jornaldeumbanda.com.br Pág. 10<br />

SALVE O GRAN<strong>DE</strong> CRUZEIRO DA Bahia. MEU PAI!<br />

Durante muitos anos a linha dos baianos foi renegada e os<br />

trabalhos feitos com ela eram vistos com restrições. Dizia-se que por<br />

não ser uma linha diretamente ligada às principais, era inexistente,<br />

formada por espíritos zombeteiros e mistificadores.<br />

Aos poucos eles foram chegando e tomando conta do espaço<br />

que lhes foi dado pelo astral e que souberam aproveitar de forma<br />

exemplar.<br />

Hoje se tornaram trabalhadores incansáveis e respeitados, tanto que é cada vez maior o número<br />

de baianos que está assumindo coroas em várias casas. A alegria que essa gira nos traz é contagiante.<br />

Os conselhos dados aos consulentes e médiuns demonstram uma firmeza de caráter e uma força<br />

digna de quem soube aproveitar as lições recebidas. Atualmente já temos o conhecimento de que fazem<br />

parte de uma sublinha e nessa designação podem vir utilizando qualquer faixa de trabalho energético,<br />

ou seja, podem receber vibrações de qualquer das sete principais.<br />

Têm ainda um trânsito muito bom pelos caminhos de exu, podendo trabalhar na esquerda a<br />

qualquer momento em que se torne necessário.<br />

Cientes dessa valiosa capacidade, nós dirigentes, sempre contamos com eles para um desmanche<br />

de demanda ou mesmo sérios trabalhos em que a magia negra esteja envolvida. Com eles conseguimos<br />

resultados surpreendentes.<br />

Quando se fala na Baía, nossos pensamentos são imediatamente remetidos para uma terra de<br />

espiritualidade e magia. O povo baiano é sincrético e ecumênico ao extremo, nada mais natural que<br />

sejam escolhidos para essa homenagem de lei que é como se deve ver a questão. Vale ainda lembrar<br />

que nem todos os baianos que vêm à terra realmente o foram em suas vidas passadas, esses espíritos<br />

agruparam-se por afinidades fluídicas e dentre eles há múltiplas naturalidades.<br />

O Baiano representa a força do fragilizado, o que sofreu e aprendeu na "escola da vida" e,<br />

portanto, pode ajudar as pessoas. O reconhecido caráter de bravura e irreverência do nordestino<br />

migrante parece ser responsável pelo fato de os baianos terem se tornado uma entidade de grande<br />

frequência e importância nas giras paulistas e de todo o país, nos últimos anos.<br />

Os baianos da Umbanda são poucos presentes na literatura umbandista. Povo de fácil<br />

relacionamento, comumente aparece em giras de Caboclos e pretos velhos, sua fala é mais fácil de<br />

entender que a fala dos caboclos.<br />

Conhecem de tudo um pouco, inclusive a Quimbanda, por isso podem trabalhar tanto na direita<br />

desfazendo feitiços, quanto na esquerda.<br />

Quando se referem aos Exus usam o termo "Meu Compadre", com quem tem grande afinidade e<br />

proximidade, costumam trazer recados do povo da rua, alguns costumam adentrar na Tronqueira para<br />

algum "trabalho". Enfrentam os invasores (kiumbas, obsessores) de frente, chamando para si toda a<br />

carga com falas do gênero "venha me enfrentar, vamos vê se tu podes comigo". Buscam sempre o<br />

encaminhamento e doutrinação, mas quando o Zombeteiro não aceita e insiste em perturbar algum<br />

médium ou consulente, então o Baiano se encarrega de "amarrá-lo" para que não mais perturbe ou até o<br />

dia que tenha se redimido e queira realmente ser ajudado. Costumam dizer que se estão ali<br />

"trabalhando" é porque não foram santos em seu tempo na terra, e também estão ali para passarem um<br />

pouco do que sabem e principalmente aprenderem com o povo da terra.<br />

São amigos e gostam de conversar e contar causos, mas também sabem dar broncas quando<br />

veem alguma coisa errada.


Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. contato@jornaldeumbanda.com.br Pág. 11<br />

Nas giras eles se apresentam com forte traço regionalista,<br />

principalmente em seu modo de falar cantado, diferente, eles são “do<br />

tipo que não levam desaforo pra casa”, possuem uma capacidade de<br />

ouvir e aconselhar, conversando bastante, falando baixo e mansamente,<br />

são carinhosos e passam segurança ao consulente que tem fé.<br />

Os Baianos na Umbanda são “doutrinados”, se assim podemos<br />

dizer, apresentando um comportamento comedido, não falam mal, nem<br />

provocam ninguém.<br />

Os trabalhos com a corrente dos Baianos trazem muita paz, passando perseverança, para<br />

vencermos as dificuldades de nossa jornada terrena.<br />

A Entidade pode vir na linha de Baianos e não ser necessariamente da Bahia, da mesma forma que na<br />

linha das crianças nem todas as entidades são realmente crianças.<br />

Os Baianos são das mais humanas entidades dentro do terreiro, por falar e sentir a maioria dos<br />

sentimentos dos seus consulentes. Talvez por sua forma fervorosa de se apresentar em seus trabalhados<br />

no terreiro, aparentem ser uma das entidades, mais fortes ou dotadas de grande energia (e na verdade<br />

são), mas na umbanda não existe o mais forte ou fraco são todos iguais, só a forma do trabalho é que<br />

muda.<br />

Adoram trabalhar com outras entidades como Erês, Caboclos, Marinheiros, Exus, etc.<br />

São grandes admiradores da disciplina e organização dos trabalhos.<br />

São consoladores por natureza e adoram dar a disciplina de forma brusca e direta diferente de qualquer<br />

entidade.<br />

Ao falarmos de Exu, parece que estamos<br />

“chovendo no molhado”, mas ao descrevê-lo da<br />

forma que iremos fazer, estamos chovendo em<br />

solo muito seco e árido. Sabemos que Exu tira<br />

com a mão esquerda e devolve com a mão<br />

direita.<br />

Se estivermos negativos e agindo de<br />

forma negativa, Exu tira a nossa alegria<br />

desvitalizando-nos, pois quem atua de forma<br />

negativa contra seu semelhante, não merece<br />

sorrir e esbanjar alegria. Mas Exu também<br />

devolve a alegria quando passamos a agir<br />

positivamente, pois só quem faz o bem pode<br />

sorrir e esbanjar felicidade. Exu tira quando nos<br />

negativamos e devolve quando nos positivamos.<br />

Por isso dizemos que o mistério Exu, na<br />

origem é neutro, porem no meio ele não tem o<br />

livre arbítrio, pois no meio ele é regido pela Lei<br />

Maior e por uma de suas leis auxiliares que é a<br />

Lei do Carma e cobra de quem deve e paga a<br />

quem merece.<br />

Texto de: Pai Pedro de Ogum<br />

http://paipedrodeogum.blogs.sapo.pt/<br />

Se estivermos agindo negativamente<br />

contra um semelhante nosso, Exu tira a nossa<br />

saúde, desvitalizando-nos e adoecendo-nos, pois<br />

quem agir contra um semelhante roubando-lhe a<br />

tranquilidade mental, não merece ter saúde,<br />

força e disposição para tal feito. Mas Exu<br />

também devolve a saúde revitalizando-nos<br />

quando passamos a agir positivamente, pois só<br />

depois de estarmos doentes é que vamos<br />

perceber o quanto é bom ter saúde (plenitude em<br />

Deus) e nos voltarmos para Ele, nos redimirmos,<br />

fazermos uma reforma intima e nos positivarmos<br />

e ai sim, exu devolve nossa saúde, pois aquele<br />

que faz o bem e é virtuoso deve ter saúde, força,<br />

disposição e vitalidade para ajudar o próximo.<br />

Exu é o guardião que dá e tira, é o Orixá<br />

que tira dando e dá tirando, pois devolve a<br />

doença e tira a saúde, isso quando estamos<br />

agindo negativamente contra uma pessoa e tira a<br />

doença e devolve a saúde, isso quando estamos<br />

positivos, virtuosos e semeando o bem. Exu nos


Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. contato@jornaldeumbanda.com.br Pág. 12<br />

ampara quando estamos virtuosos e nos esgota e<br />

pune quando estamos viciados.<br />

Exu, enquanto elemento mágicoespiritual<br />

ativado e oferendado na natureza, não<br />

possui livre arbítrio. Para essa força ativada em<br />

nosso nível não há o principio neutro. E quando<br />

falamos PRINCIPIO, isso tem o significado de<br />

origem, pois na origem exu é neutro e no meio<br />

ele é dual e assume a natureza intima que lhe<br />

derem, pois não tem livre arbítrio.<br />

Se avançarmos na lei do carma num<br />

estudo racional e pensarmos de forma imparcial,<br />

veremos exu como executor da lei do carma a<br />

serviço da Lei Maior, pois em verdade não<br />

recebemos uma demanda ou ao menos um<br />

pensamento negativo sem merecermos, pois até<br />

um espírito sofredor ou um obsessor nos é<br />

ligado por afinidades concernentes à lei cármica.<br />

Nessa encarnação podemos ser pessoas<br />

de bem e virtuosas, porem devido ao nosso<br />

adormecimento na carne, não sabemos o que<br />

fomos em outras encarnações, pois podemos ter<br />

débitos de uma encarnação ocorrida a cinco mil<br />

anos atrás e só agora que estamos aptos, ou seja,<br />

com um nível de consciência elevada, somos<br />

cobrados pela Lei Maior onde, a lei do carma<br />

entra em execução para saldarmos a nossa<br />

divida para com um ato cometido quando<br />

estávamos em desequilíbrio.<br />

Uma ação negativa sempre tem um inicio<br />

e não importa quando, um dia prestaremos conta<br />

da mesma. Servindo-se de um exemplo dizemos<br />

assim: Dois amigos que entre eles nunca houve<br />

um antagonismo que pudesse abalar sua<br />

amizade, porem por um motivo de ciúmes uma<br />

das partes toma uma atitude negativa<br />

assassinando o outrora amigo, atitude esta que<br />

irá marcar para sempre seu espírito. Podemos<br />

relatar aqui, por exemplo, Caim e Abel, os dois<br />

irmãos bíblicos. Ali na gênese relata que Caim<br />

teria sido um dos primogênitos que havia<br />

nascido na terra de gravidez normal resultante<br />

de relações entre Adão e Eva. Tanto ele quanto<br />

Abel teriam sido “supostamente os primeiros”<br />

seres humanos encarnados, pois eles não viviam<br />

no “paraíso” com seus pais e “nasceram” aqui na<br />

terra.<br />

Pois bem, nessa historia devemos nos<br />

atentar para a verdade oculta por traz da<br />

alegoria.<br />

Se não, vejamos: Os dois espíritos estavam na<br />

sua primeira encarnação, eram espíritos naturais<br />

que haviam adentrado em seu primeiro ciclo<br />

encarnacionista e estavam isentos de débitos e<br />

não possuíam carmas anteriores. Através de um<br />

sentimento negativo tipicamente desumano que<br />

é a inveja, um dos muitos sentimentos negativos<br />

que nos afastam de Deus tornando-nos vazios de<br />

sua plenitude, Caim adquiriu seu primeiro carma<br />

ao matar seu irmão Abel.<br />

Até ali os dois estavam isentos de carmas,<br />

pois eram espíritos que estavam realizando seu<br />

primeiro ciclo encarnatório. Porem Caim<br />

adquiriu seu primeiro carma e um dia não<br />

importa quando a Lei Maior cobraria essa<br />

pendência ou carma, que foi adquirido em um<br />

ato negativo quando ele, em desequilíbrio e<br />

ausente de Deus, cometeu esse pecado por<br />

estar vazio de sentimentos positivos (Deus).<br />

E, como quem rege o vazio ou o estado do<br />

vazio é Exu, O Senhor Guardião da Esfera do<br />

Vazio, onde tudo que se negativa torna-se vazio,<br />

pois Deus é a plenitude e o virtuosismo e fora<br />

Dele nada existe e ninguém subsiste. Então<br />

todos os seres que têm seus vazios relativos<br />

preenchidos com sentimentos viciados, sejam<br />

eles de ódio, inveja, traição, cobiça, fúria,<br />

intolerância, etc, adentra no campo desse<br />

guardião do Vazio, que é Exu, para que assim<br />

possam ser esgotados dos seus vazios relativos,<br />

cheios de sentimentos negativos.<br />

Sendo assim, Exu é guardião desses vazios<br />

pessoais e a Lei Maior usa de seu mistério com<br />

intensidade como executor de carmas que só são<br />

adquiridos quando infringimos a Lei Maior, ou<br />

seja, quando em desequilíbrio ou desarmonia<br />

(ausência de Deus) cometemos algum ato<br />

negativo.<br />

Se Deus é harmonia e equilíbrio, os<br />

antônimos desses dois estados estão indicando<br />

um vazio relativo ou uma ausência de dele.<br />

E sabemos que fora de Deus nada existe.<br />

Exu, O Orixá, é uma Divindade Planetária ou<br />

Divindade Maior de Deus que tem suas<br />

hierarquias de seres que trabalham sobre a Sua<br />

irradiação. Tem suas divindades médias,<br />

menores, classes de seres divinos, seres<br />

elementais, naturais, até chegar ao nosso nível,<br />

que são de seres espiritualizados e humanizados.<br />

Não podemos jamais confundir a Divindade<br />

Maior Exu com os espíritos humanos<br />

“exunizados” que nós trabalhamos ou com<br />

espíritos elementais e naturais que nós<br />

oferendamos.


Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. contato@jornaldeumbanda.com.br Pág. 13<br />

Devemos distinguir a Divindade Maior<br />

Regente de um Mistério de Deus, dos seres que<br />

somente manifestam suas qualidades, para que<br />

assim não venhamos a descaracterizar e nem<br />

humanizar demais uma Divindade cuja natureza<br />

e origem são divinas e que atua em toda a<br />

Criação e não esta somente voltada para nós ou<br />

para nossa realidade.<br />

Não podemos confundir o Orixá Maior<br />

Exu, com os espíritos que se manifestam e<br />

incorporam sobre sua regência, pois esses<br />

espíritos estão em evolução.<br />

O Orixá Maior Exu, é uma Divindade<br />

Maior de Deus e que realiza sua função em toda<br />

a Criação, amparando todas as criaturas geradas<br />

pelo Divino Criador.<br />

Então o Orixá Maior Exu, na origem é<br />

neutro e guarda o estado do Vazio; no meio<br />

espiritual a Lei Maior utiliza esses espíritos que<br />

foram exunizados para executar o carma<br />

adquirido por nós, não importando quando<br />

adquirimos esses débitos, pois a semeadura é<br />

livre e a colheita é obrigatória e no fim esta a<br />

onisciência de Deus que tudo sabe.<br />

E somente quando estivermos elevados e<br />

adquirirmos uma consciência maior de suas<br />

Leis, tem inicio a colheita dos males que<br />

O terreiro de Umbanda,<br />

como um hospital de almas ou<br />

pronto socorro emergencial,<br />

recebe nos dias de sessão ou<br />

"gira" uma quantidade razoável de<br />

encarnados. Mas somente os<br />

espíritos desencarnados que lá<br />

trabalham é que podem<br />

vislumbrar a imensidão de<br />

desencarnados que se<br />

movimentam no ambiente em<br />

busca de ajuda.<br />

Ordenados e amparados<br />

por seus tutores, chegam<br />

estropiados e com aparência<br />

assustadora, uma vez que em sua<br />

maioria representam aqueles que<br />

se cansaram e esgotaram suas<br />

forças na vida andarilha do pósmorte<br />

do corpo físico.<br />

semeamos, pois já amadurecemos como seres<br />

humanos e estamos aptos a colher os frutos<br />

amargos que plantamos enquanto estávamos<br />

vazios de sentimentos.<br />

Precisamos entender que até um<br />

espírito obsessor que nos tira a paz esta<br />

ligado carmicamente conosco por fios<br />

invisíveis e devemos meditar sobre essa<br />

atuação, pois, na maioria das vezes, ela não<br />

esta refletida em um ato dessa encarnação e<br />

sim de outras vidas e a vitima de hoje talvez<br />

tenha sido o algoz de ontem.<br />

Sendo assim, exu enquanto elemento<br />

mágico ativado em um ponto de força na<br />

natureza, não possui livre arbítrio e a lei<br />

utiliza-se desse meio e condição dos espíritos<br />

exunizados para atuar através deles na lei do<br />

carma e ir esgotando os débitos e devolvendo<br />

os créditos, permitindo assim que a<br />

semeadura seja livre, porem a colheita<br />

obrigatória.<br />

SARAVÁ <strong>UMBANDA</strong><br />

Voltam à pátria espiritual e<br />

dela não têm conhecimento e, sem<br />

noção da continuidade da vida,<br />

desconhecem até mesmo a<br />

condição de espíritos<br />

desencarnados e, por isso,<br />

continuam a sentir os desejos,<br />

ambições, gostos e dores da vida<br />

física e nesse caminho, definham<br />

suas energias.<br />

Quando conseguem<br />

alcançar algum vislumbre de<br />

consciência de sua realidade,<br />

permitem a ajuda dos benfeitores<br />

que os encaminham a algum local<br />

sagrado, onde medianeiros<br />

encarnados possam ajudá-los<br />

através do choque anímico,<br />

permitindo o total desligamento<br />

da matéria. Neste momento os<br />

chamados Centros Espíritas e de<br />

Por: Pablo<br />

E-mail: pablo.lokal@hotmail.com<br />

Vovó Benta<br />

Mãe Leni W. Saviscki<br />

Umbanda, tornam-se "oásis" em<br />

seus desertos e, como pontes entre<br />

o céu e a terra, permitem a<br />

passagem de volta ao lar<br />

espiritual.<br />

Naquela noite chuvosa e<br />

fria, a maioria dos médiuns<br />

daquele terreiro, ressentidos pela<br />

dificuldade de deixarem o<br />

conforto dos lares, faltou ao<br />

trabalho espiritual e o dirigente<br />

preocupado com o atendimento<br />

dos doentes que se apinhavam no<br />

espaço que dia-a-dia se tornava<br />

pequeno, ajoelhou-se em frente ao<br />

congá, assumindo sua tristeza<br />

diante dos Guias espirituais.<br />

Deixou correr duas<br />

lágrimas para aliviar seu peito<br />

angustiado. Pensou em como fora<br />

seu dia e nas atribulações a que já


Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. contato@jornaldeumbanda.com.br Pág. 14<br />

deveria estar acostumado, mas<br />

que agora pesavam mais pela<br />

saúde que já lhe faltava. Nas<br />

dificuldades financeiras, no<br />

aluguel da casa que já vencera e<br />

nos tantos atrapalhos que<br />

ocorreram em seu ambiente de<br />

trabalho naquele dia. Sem contar<br />

na visita que viera de longe e que<br />

deixara em casa esperando pela<br />

sua volta do terreiro. Nada disso o<br />

impediu de fazer uma prece no<br />

final do dia, de tomar seu banho<br />

de ervas e seguir a pé até o<br />

terreiro, enfrentando a distância e<br />

o temporal que se fazia.<br />

Sentia-se feliz em cumprir<br />

sua tarefa mediúnica, mas como<br />

havia assumido abrir um "hospital<br />

de almas", juntamente com outros<br />

irmãos que se responsabilizaram<br />

perante a espiritualidade em servir<br />

à caridade pelo menos nos dias de<br />

atendimento ao público, sabia que<br />

sozinho pouco podia fazer.<br />

Pedindo perdão aos guias<br />

pela sua tristeza e talvez<br />

incompreensão em ver o descaso<br />

dos médiuns, que à menor<br />

dificuldade, escolhiam cuidar dos<br />

próprios umbigos a servir aos<br />

necessitados, solicitou que se<br />

redobrasse no plano espiritual a<br />

ajuda e que ninguém saísse dali<br />

sem receber amparo.<br />

Olhando a imagem de<br />

Oxalá que mesmo ofuscada pelas<br />

lágrimas, irradiava sua luz<br />

azulada, sentiu que algo maior do<br />

que a lamparina aos pés da figura,<br />

agora brilhava. Era uma energia<br />

em forma de fios dourados que se<br />

distribuíam, a partir do coração do<br />

Cristo e que cobriam os poucos<br />

médiuns que oravam silenciosos,<br />

compartilhando daquele<br />

momento, entendendo a tristeza<br />

do dirigente.<br />

Agindo como um bálsamo<br />

sobre todos, iniciaram a abertura<br />

dos trabalhos com a alegria<br />

costumeira. Quando o mentor<br />

espiritual se fez presente através<br />

de seu aparelho, transmitiu<br />

segurança a corrente, com<br />

palavras amorosas e firmes e<br />

nesse instante, falangeiros de<br />

todas as correntes da Umbanda ali<br />

"baixaram" e utilizando de todos<br />

os recursos existentes no mundo<br />

espiritual, usaram ao máximo a<br />

capacidade de cada médium<br />

disponível, ampliando-lhes a<br />

percepção e irradiação energética,<br />

o que valeu de um trabalho<br />

eficiente e rápido.<br />

Harmoniosamente, os<br />

trabalhos encerraram-se no<br />

horário costumeiro e todos os<br />

necessitados foram atendidos.<br />

Desdobrados em corpo<br />

astral, dois observadores<br />

descontentes com o final feliz,<br />

esbravejavam do lado de fora<br />

daquele terreiro. Sua programação<br />

e intenso trabalho para desviar os<br />

médiuns da casa naquela noite, no<br />

intuito de enfraquecer a corrente e<br />

consequentemente, infiltrarem<br />

suas "entidades" no meio dela,<br />

havia falhado. Teriam que<br />

redobrar esforços na próxima<br />

investida.<br />

Quando as luzes se<br />

apagaram e a porta do terreiro<br />

fechou, esvaziando-se a casa<br />

material, no plano espiritual,<br />

organizava-se o ambiente<br />

energético para logo mais receber<br />

os mesmos médiuns, agora<br />

desdobrados pelo sono.<br />

Passava da meia noite no<br />

horário terreno e os médiuns,<br />

agora em corpo de energia<br />

voltavam ao mesmo local do qual<br />

a pouco haviam saído. Os<br />

aguardavam silenciosos, ouvindo<br />

um mantra sagrado, seus<br />

benfeitores espirituais.<br />

Tudo estava muito limpo e<br />

perfumado por ervas e flores.<br />

Um a um, ao adentrar, era<br />

conduzido a uma treliça de folhas<br />

verdes e convidado a deitar-se,<br />

recebendo ali um banho de<br />

energias revigorantes.<br />

Quando todos já se<br />

encontravam prontos, seguiram<br />

em caravana para os hospitais do<br />

astral e lá, como verdadeiros<br />

enfermeiros, auxiliaram por horas<br />

a fio a tantos espíritos que horas<br />

antes haviam estado com eles no<br />

terreiro e recebido os primeiros<br />

socorros.<br />

No final da noite, o canto<br />

de Oxum os chamava para<br />

lavarem a "alma" em sua<br />

cachoeira e assim o fizeram, para<br />

somente depois retornar aos seus<br />

corpos físicos que se permitia<br />

descansar no leito.<br />

-Vó Benta, mas e aqueles<br />

médiuns que faltaram ao terreiro<br />

naquela noite, perderam de viver<br />

tudo isso?<br />

-Nem todos zi fio! Nem<br />

todos! Dois ou três deles, faltaram<br />

por necessidades extremas e não<br />

por desleixo e assim sendo, se<br />

propuseram antes de dormir,<br />

auxiliar o mundo espiritual e por<br />

isso foram convidados a fazer<br />

parte da caravana.<br />

- E aqueles que mesmo<br />

não tendo comparecido por<br />

preguiça, se ofereceram para<br />

auxiliar durante o sono, não foram<br />

aceitos?<br />

-A preguiça, bem como<br />

qualquer outro vício, é um<br />

atributo do ego e não do espírito,<br />

mas que reflete neste. Perdem-se<br />

grandes e valiosas oportunidades<br />

a todo instante pela insensatez de<br />

ouvirmos o ego e suas exigências.<br />

O tempo, zi fio, é oportunidade<br />

sagrada e dele se faz o que bem<br />

quer cada um. O minuto passado,<br />

não retorna mais, pois o tempo<br />

renova-se constantemente. O<br />

amanhã nos dirá o que fizemos no<br />

ontem e esse tempo que virá é<br />

nosso desconhecido, por isso não<br />

sabemos se nele ainda estaremos<br />

por aqui servindo ou se em algum<br />

lugar, clamando por ajuda de<br />

outros que poderão alegar não ter<br />

tempo para nós, pois precisam<br />

cuidar de seus umbigos.<br />

Assim é a vida, zi fio.<br />

Contínua troca!


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O AUTO BLOQUEAMENTO DA MEDIUNIDA<strong>DE</strong><br />

Como ocorre o auto bloqueamento da mediunidade?<br />

Acontece quando por falta de conhecimento, por<br />

arrogância, irresponsabilidade, preguiça, descaso, vaidade,<br />

entre outras que leva o médium a deixar seu Dom de lado.<br />

“O médium durante sua vida do lado de “fora” (do<br />

terreiro vamos colocar desta forma para aqueles que são<br />

simpatizantes, mas não fazem parte de corrente mediúnica)<br />

tem sua mediunidade em estado potencial”. Mas quando ele<br />

passa para “dentro” se torna integrante da corrente<br />

mediúnica a sua mediunidade deixa de ser passiva e se torna<br />

ativa com isso o médium se torna visível pelo baixo astral é<br />

como se os holofotes apontassem para ele.<br />

O porquê disso?<br />

Como a Umbanda é uma religião, que te ensina como não ser mais escravo dos medos, de<br />

morrer, dos pecados, do inferno, que muitos falam, mas não sabem explicar e só serve para amedrontar<br />

as pessoas, e a Umbanda te mostra de forma racional que tudo tem o seu porque e que nada é por<br />

acaso, com isso você se liberta destas prisões psíquicas que foram construídas através dos anos e esta<br />

liberdade consciencial ordenada e equilibrada torna-os um perigo em potencial para os vossos<br />

semelhantes que regrediram consciencialmente e povoam as faixas vibratórias negativas, mais<br />

conhecidas como baixo astral.<br />

Mas se o médium não faz suas obrigações básicas como seus banhos, acender suas velas de<br />

proteção e não mantem os seus pensamentos constantemente elevados, e tem ações reprováveis pela<br />

Lei Maior e pela Justiça Divina.<br />

Ele acaba cavando o seu próprio buraco, com isso começa dar tudo errado na vida dele, e é nesta<br />

hora que eles são realmente testados porque a maioria se revolta e só piora a situação. E não entendem<br />

e não enxergam que o problema são eles próprios e muitos só percebem isso quando já estão no fundo<br />

do poço.<br />

E se a descida é rápida a subida é lenta e cada degrau da escada só se sustenta se for feito de<br />

pensamentos, atitudes e ações nobres, boa vontade, luta constante para o aperfeiçoamento, dedicação<br />

ao estudo para maior compreensão de sua própria situação.<br />

Com este conjunto é formada a reforma intima do ser e se o interior está bem o exterior é<br />

consequência, ai sim se vê quanto tempo se passou e o quanto é difícil chegar à superfície e sai deste<br />

poço fundo das nossas próprias ilusões.<br />

E este texto é uma auto avaliação minha e é muito<br />

triste ver diversos irmãos que estão deixando de serem<br />

ótimos instrumentos do bem e da caridade e se perdendo pelo<br />

caminho e tendo que aprender através do caminho da dor ao<br />

invés do caminho do amor, mas como todos os caminhos<br />

levam ao Pai então aqueles que forem pela dor vão ter esta<br />

lição marcada pelas lágrimas derramadas de sofrimento.<br />

Então irmãos atentem para com os seus pensamentos e<br />

Obsessores<br />

atitudes porque o que você plantar será o que você irá colher.<br />

E usem este relato de alguém que caiu sofreu mais se<br />

levantou através de muita ajuda e paciência de todos os meus irmãos de fé e principalmente do meu Pai<br />

de Santo e dos meus Pais e Mães Guias espirituais que são nossos amigos e companheiros para todas<br />

as horas.<br />

Então eu vos agradeço pela oportunidade e que os Orixás os abençoem.<br />

Thiago Bertozzi<br />

Email - thiagobertozzi1@yahoo.com.br


Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. contato@jornaldeumbanda.com.br Pág. 16<br />

O MEDO DO AMOR<br />

(Por Martha Medeiros)<br />

Medo de amar?<br />

Parece absurdo, com tantos outros medos que temos que enfrentar:<br />

medo da violência, medo da inadimplência, e a não menos temida solidão, que é o que nos faz buscar<br />

relacionamentos.<br />

Mas absurdo ou não, o medo de amar se instala entre as nossas vértebras e a gente sabe por quê.<br />

O amor, tão nobre, tão denso, tão intenso, acaba.<br />

Rasga a gente por dentro, faz um corte profundo que vai do peito até a virilha,<br />

o amor se encerra bruscamente porque de repente uma terceira pessoa surgiu ou simplesmente porque<br />

não há mais interesse ou atração, sei lá,<br />

vá saber o que interrompe um sentimento, é mistério indecifrável.<br />

Mas o amor termina, mal-agradecido, termina, e termina só de um lado, nunca se encerra em<br />

dois corações ao mesmo tempo, desacelera um antes do outro,<br />

e vai um pouco de dor pra cada canto.<br />

Dói em quem tomou a iniciativa de romper, porque romper não é fácil, quebrar rotinas é sempre<br />

traumático. Além do amor existe a amizade que permanece e a presença com que se acostuma. Romper<br />

um amor não é bobagem, é fato de grande responsabilidade,<br />

é uma ferida que se abre no corpo do outro, no afeto do outro, e em si próprio, ainda que com menos<br />

gravidade.<br />

E ter o amor rejeitado, nem se fala. É fratura exposta. Definhamos em público, encolhemos a<br />

alma, quase desejamos uma violência qualquer vinda da rua para esquecermos essa violência vinda do<br />

tempo gasto e vivido, esse assalto em que nos roubaram tudo, o amor e o que vem com ele, confiança e<br />

estabilidade. Sem o amor, nada resta, a crença se desfaz, o romantismo perde o sentido, músicas idiotas<br />

nos fazem chorar dentro do carro.<br />

Passa a dor do amor, vem a trégua, o coração limpo de novo, os olhos novamente secos, a boca<br />

vazia. Nada de bom está acontecendo, mas também nada de ruim.<br />

Um novo amor? Nem pensar. Medo, respondemos.<br />

Que corajosos somos nós, que apesar de um medo tão justificado, amamos outra vez e todas as<br />

vezes que o amor nos chama,<br />

fingindo um pouco de resistência, mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo...<br />

Um minuto para refletirmos sobre o medo em nossas vidas...<br />

Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os<br />

homens têm medo da luz... (PLATÃO). Pois a vida é maravilhosa, quando não se tem medo dela... (Charles<br />

Chaplin) Afinal, O medo tem alguma utilidade, mas a covardia não... (Mahatma Gandhi)<br />

ORAÇÃO A SÃO COSME E SÃO DAMIÃO<br />

São Cosme e São Damião, que por amor a Deus e ao<br />

próximo vos dedicastes à cura do corpo e da alma de vossos<br />

semelhantes. Abençoai todos os médicos e farmacêuticos, medicai<br />

meu corpo na doença e fortalecei a minha alma contra todo mal.<br />

Que vossa inocência e simplicidade, acompanhe e proteja<br />

todas as crianças. Que a alegria da consciência tranquila, que<br />

sempre vos acompanhou repouse também em meu coração.<br />

Que a vossa proteção São Cosme e São Damião, conserve meu coração simples e sincero,<br />

para que as palavras de Jesus, também sirvam para mim:<br />

"Deixai vir a Mim os pequeninos, porque deles é o Reino dos Céus."<br />

Ah São Cosme e São Damião, rogai por todos nós.<br />

Amém!


Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. contato@jornaldeumbanda.com.br Pág. 17<br />

<strong>UMBANDA</strong> QUE<br />

GERA <strong>UMBANDA</strong>S!<br />

Em um século de Umbanda, ainda<br />

persistimos na vã tentativa de um padrão ou uma<br />

liturgia pré-definida para a religião de Umbanda,<br />

onde alguns conceitos se complementam e outros<br />

se anulam completamente.<br />

Sabemos que a Umbanda, por tratar-se de uma<br />

religião, vai adaptando-se ao seu tempo e<br />

amoldando-se em acordo com a necessidade e<br />

cultura dos seus fiéis.<br />

Esse processo de renovação é continuo.<br />

Em caso contrário, a religião cai no<br />

ostracismo, já que deixa de atender a muitas<br />

necessidades dos seus fiéis, outrora sanadas por<br />

ela, deixando de estimula-los a voltarem a Deus,<br />

pois todas as religiões são meios de nos<br />

voltarmos a Ele.<br />

A Umbanda destaca-se como uma religião<br />

impar, justamente por agregar em torno de si<br />

diversas formas de culto, não se apegando assim<br />

a uma liturgia ou dogma que restringe e poda o<br />

seu crescimento.<br />

Hoje muito já se fala de Umbanda e muito<br />

se falará daqui a um milênio de existência, pois<br />

naturalmente ela se renova em cada templo vivo<br />

de Deus, que são os<br />

médiuns pelos quais os<br />

oráculos e as vontades dos<br />

Orixás manifestam-se.<br />

Os médiuns são<br />

templos vivos de Deus! Eis<br />

o mistério pelo qual a<br />

Umbanda não possui uma<br />

liturgia estável ou um<br />

dogma fixo.<br />

A Religião de<br />

Umbanda gerou varias<br />

“umbandas”, todas<br />

Sagradas filhas diletas do<br />

UM, pois temos: Umbanda<br />

Branca, Pura, Traçada,<br />

Cruzada, Divina,<br />

Esotérica, Iniciática. Evangelizada, Omolocô,<br />

Umbanda Branca de Demanda, Umbanda Cristã,<br />

Umbanda de Caboclo, Umbanda de Mesa,<br />

Umbanda Mista, etc.<br />

A lista é grande e muito se cogitou, muito<br />

se falou, muito se digladiou por uma<br />

denominação ou modelo que mais falasse ao<br />

coração ou a percepção ou ao bom senso dos<br />

Umbandistas.<br />

Pois bem, nada conseguimos nesse aspecto, pois<br />

é justamente a liberdade de culto que torna a<br />

religião mais rica.<br />

O que é a Umbanda?<br />

A Umbanda é paz e amor. É um mundo<br />

cheio de luz. É a força que nos dá vida e a<br />

grandeza nos conduz!<br />

Esta explicita no maravilhoso Hino da<br />

Umbanda o que ela é em si mesma. Umbanda é a<br />

manifestação do espírito para prática da caridade<br />

pura, gratuita e sem que haja o proselitismo.<br />

Umbanda é culto aos Orixás da Natureza, pois<br />

somos unânimes em dizer que todo templo de<br />

Umbanda reúne esses conceitos básicos.<br />

Porem não há uma liturgia pré-definida na<br />

Umbanda, pois cada médium é um templo em si<br />

e desperta de forma individual as forças sagradas<br />

que traz em seu intimo, onde imprime a sua<br />

própria dinâmica, segundo as Divindades-Orixás<br />

que o regem e, assim que assume uma liderança<br />

natural de sacerdote e passa a desenvolver seus<br />

filhos em seu templo, toda a dinâmica e doutrina<br />

serão em acordo com as forças espirituais que se<br />

manifesta através do sacerdote dirigente do<br />

templo.<br />

Então, se temos um sacerdote cujas forças<br />

são regidas por Oxalá e<br />

Iemanjá, esse templo<br />

assim como sua dinâmica<br />

e doutrina será totalmente<br />

passiva onde os trabalhos<br />

ocorrem com uma<br />

tranquilidade e paz muito<br />

grande.<br />

Porem se o<br />

sacerdote for regido por<br />

Ogum e Iansã, esse templo<br />

assim como sua dinâmica<br />

e doutrina será totalmente<br />

ativa, onde os trabalhos<br />

ocorreram com uma<br />

agilidade, movimentação e<br />

rigidez provenientes<br />

desses orixás.<br />

No primeiro exemplo, onde o sacerdote é<br />

regido por Oxalá e Iemanjá, o trabalho realizado<br />

ali pode denominar-se (desde que assim seja<br />

determinado pelo guia chefe do terreiro), de uma<br />

Umbanda com um novo qualificativo ou


Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. contato@jornaldeumbanda.com.br Pág. 18<br />

sobrenome como, por exemplo: Umbanda Cristã,<br />

devido à passividade reinante nos trabalhos.<br />

Porem no segundo exemplo, onde o<br />

sacerdote é regido por Ogum e Iansã, o trabalho<br />

realizado ali pode denominar-se (desde que assim<br />

seja determinado pelo guia chefe do terreiro), de<br />

uma Umbanda com um novo qualificativo ou<br />

sobrenome como, por exemplo: Umbanda de Lei<br />

e Demanda devido à atividade e a regência direta<br />

desses Orixás de Lei, reinantes nos trabalhos.<br />

É muita pretensão nossa acharmos que<br />

esses sobrenomes ou qualidades agregados na<br />

Umbanda foram criados aleatoriamente e não<br />

tenham passado pelo crivo de um guia chefe de<br />

Umbanda, pois todos são detentores de graus de<br />

luz e aptos a darem um sobrenome ou uma<br />

qualidade à liturgia ali desenvolvida pelos chefes<br />

de terreiros.<br />

É definitivamente verdadeiro que a<br />

Umbanda é uma religião brasileira, fundada por<br />

um espírito chamado Caboclo Das Sete<br />

Encruzilhadas através de seu também fundador<br />

encarnado, Pai Zélio de Morais.<br />

É dogma fundamental e inalterável<br />

conforme as palavras ditas pelo fundador da<br />

Umbanda O senhor Caboclo das Sete<br />

Encruzilhadas que:<br />

“Todas as Entidades serão ouvidas e nós<br />

aprenderemos com aqueles espíritos que<br />

souberem mais e ensinaremos àqueles que<br />

souberem menos, e a nenhum viraremos as<br />

costas e nem diremos não, pois esta é a<br />

vontade do Pai”.<br />

É dogma fundamental e inalterável que:<br />

“Umbanda é a manifestação do espírito para<br />

pratica da caridade pura, gratuita e sem o<br />

recurso do proselitismo”.<br />

É dogma fundamental e inalterável que:<br />

“Umbanda é o Culto a Deus, por meio dos<br />

Orixás, que são manifestadores de Suas<br />

Qualidades Divinas”.<br />

À parte disso, na Umbanda não há um<br />

dogma ou uma liturgia que define uma regra<br />

estabelecida para pratica-la, pois, cada médium<br />

manifesta uma natureza intima e individual no<br />

qual herdamos de Deus nosso Divino Criador.<br />

E a Umbanda, que é o culto à natureza,<br />

manifesta-se a partir dessa natureza ou DNA<br />

divino que herdamos de Deus individualmente.<br />

Por isso a existência de varias<br />

“Umbandas” na Umbanda, todas sagradas e<br />

detentoras de direitos divinos de manifestarem-se<br />

com esses nomes, pois é a manifestação de Deus<br />

a partir do individual existente no Todo.<br />

Assim como Deus nos gerou a sua<br />

imagem e semelhança e nos dotou<br />

individualmente com uma particularidade única<br />

que só existe em nós, assim também é a<br />

Umbanda, que gerou tantas outras umbandas e as<br />

dotou individualmente com uma particularidade<br />

única existente somente nessas umbandas.<br />

Minhas reverências às Umbandas:<br />

Umbanda Branca, Pura, Traçada, Cruzada,<br />

Divina, Esotérica, Iniciática, Omolocô, Umbanda<br />

Branca de Demanda, Umbanda Cristã, Umbanda<br />

de Caboclo, Umbanda de Mesa, Umbanda Mista,<br />

Umbanda de Lei, Umbanda Renovada, etc.<br />

Todas, a meu ver são sagradas, pois todas, sem<br />

exceção, foram manifestações da vontade de<br />

forças espirituais, naturais, divinas, guias e<br />

protetores daqueles sacerdotes que assim as<br />

denominaram e expandiram seus cultos movidos<br />

por uma vontade maior.<br />

Sarava a Umbanda essa geradora divina,<br />

que, ao gerar suas correntes, também<br />

denominadas de Umbanda e batizadas pelos<br />

guias-chefes com um sobrenome identificador de<br />

seu campo de ação, também exercem de forma<br />

digna a pratica da caridade pura e gratuita.<br />

Minhas reverências aos Sacerdotes<br />

Baluartes que dedicaram suas vidas à expansão<br />

do culto e cujo intimo com toda a certeza foi<br />

movido pelo amor em tornar a Umbanda uma<br />

Grande Via Evolucionista.<br />

Minhas reverências a todos aqueles que<br />

trabalham na particularidade dos seus lares, feitos<br />

templos de Umbanda em um dia especifico da<br />

semana, onde arrastam o sofá e transformam a<br />

cômoda em conga e, no anonimato de suas casas,<br />

incorporam seus guias para fazerem a caridade<br />

pura e gratuita, ajudam a engrandecer a e<br />

expandi-la como religião de massa.<br />

Sarava a Umbanda, Sarava as Umbandas.<br />

Por: Pablo<br />

E-mail: pablo.lokal@hotmail.com


Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. contato@jornaldeumbanda.com.br Pág. 19<br />

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certificado).<br />

É muito comum, chegarmos num determinado Terreiro e ficarmos maravilhados com os<br />

fenômenos mediúnicos que vão acontecendo, a forma carinhosa que os Guias nos recebem, falando<br />

exatamente aquilo que nós estamos precisando ouvir, mas, também dentro de nós, uma série de<br />

questionamento vão surgindo: “Que religião é está, que os Guias, ora falam como Preto Velho,<br />

Boiadeiro, Baiano, Crianças e mais estranho ainda quando falamos com o “famoso” Exú, Pomba giras<br />

e Exú-mirim”.<br />

E, vamos voltando sempre, porque percebemos o bem que nos fazem... e, evidentemente<br />

estamos falando de Umbanda séria, aquela que atende graciosamente, aquela que faz um bem danado<br />

para nossos Espíritos carentes...<br />

Em muitos Terreiros, o Dirigente, proporciona palavras de esclarecimentos sobre a Umbanda e a<br />

Linha de atendimento do dia, outra vezes, são os próprios Guias que oferecem os esclarecimentos,<br />

verdadeiros ensinamentos evangélico, não um evangelho de letras, mas, os ensinamentos vivos de<br />

quem viveu cada palavra da orientação que profere.<br />

Então, vamos ficando, somos convidados para os Cursos e mais maravilhados ficamos quando<br />

vamos descortinando os horizontes, os mistérios que nos pode ser revelados e de repente já estamos<br />

dentro do Terreiro, usando branco, batendo cabeça, cantando os pontos e batendo no peito, sou<br />

Umbandista.<br />

É por tudo isto, que a Umbanda cresce cada dia mais, porque ela não impõe suas ideias, ela<br />

encanta os olhos de quem a vê e os ouvidos de quem a ouve, alguns leigos costumam dizer que falta na<br />

Umbanda, o ensinamento que esclarece e quando falam desta forma, estão se referindo ao Evangelho, o


Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. contato@jornaldeumbanda.com.br Pág. 20<br />

Novo Testamento e nós com todo respeito perguntamos, há quantos anos através das mais variadas<br />

religiões, a humanidade não tem lido e ouvido estes ensinamentos e podem me fornecer números deste<br />

aperfeiçoamento.<br />

São inúmeras vezes que surgem diante dos Guias, irmãos das mais variadas religiões, que apesar<br />

de todo “pseud. esclarecimento” pedem o mal dos seus semelhantes e os Guias esclarecem que não<br />

estão em terra para isto, sua missão é falar e propagar o bem. Não estão ali, para tirar marido ou mulher<br />

de ninguém, nem mandar chefes e colegas trabalho embora, estão para nos ensinar a conviver bem com<br />

todos, com harmonia, nos ensinando o amor e o perdão.<br />

Se isto não é evangelizar, eu não sei o que seria o significado desta palavra, será que é falar<br />

versículo e versículo do Novo Testamento, na ponta da língua, mas sem que o coração se toque por<br />

estas palavras.<br />

A Umbanda é uma religião nova, fez 100 há pouco tempo, ainda tem muito que ensinar e muito<br />

que aprender... Se você se afina com esta Umbanda de hoje, nos ajude a transformá-la na religião do<br />

amanhã, venha ajudar aqueles que a transformaram numa Religião, quando há bem pouco tempo era<br />

conhecida, apenas como uma Seita ou um Culto.<br />

Não nos conta a história, que Jesus tenha fundado uma Religião, com catedrais, suntuosos<br />

templos, ele ensinou diante da natureza, recebeu seu batismo no mar e os discípulos foram agraciados<br />

com a mediunidade dentro do mesmo mar quando falaram as várias línguas, fenômeno mediúnico.<br />

Jesus ensinou no alto das montanhas, a beira dos caminhos, no morro das Oliveiras... Alguma<br />

semelhança com a Umbanda?<br />

Precisamos aprender e entender os fundamentos da Umbanda e veremos uma fonte rica de doação, da<br />

imensa misericórdia do Pai Criador.<br />

Que me perdoe todos os irmãos que pensam desta forma, a Umbanda é a religião que mais<br />

incentiva a prática do bem, haja vista, o número de alunos que estão frequentando os vários cursos para<br />

se preparem no caminho da abnegação e da caridade.<br />

O Ponto do Pai Olorum, nos demonstra a missão da Umbanda, como força de proteção aos<br />

“filhos de Deus”.<br />

“Os anjos tocam seus clarins lá no Céu,<br />

Anunciando o alvorecer...<br />

Pai Olorum que tudo vê lá de Aruanda<br />

“Criou a Umbanda para seus filhos<br />

proteger”.<br />

PRECE<br />

Salve majestoso Pai Olorum, que tudo vê,<br />

Obrigada divino Pai Oxalá, Estrela Guia.<br />

Obrigada ao Caboclo das Sete Encruzilhadas<br />

Que fez nascer na terra<br />

A nossa Umbanda Sagrada.<br />

Por: Sebastiana Penha Campana<br />

e-mail: penha.campana@syngenta.com<br />

De Vovô Florentino de Agodô (recebida por Douglas O Elias – Doug.dedic@ig.com.br Casa Pai<br />

Benedito de Aruanda- em 02/02/2010)<br />

“Recebe de Olorum o ser humano a graça de uma nova morada do espírito, um corpo, de novo,<br />

para seu aprendizado Humano”.<br />

Durante a sua jornada em vida, assediado pela fascinação do mundo carnal, tem como objetivo<br />

vencê-la para realizar na Verdade da Vida, a Realidade que ele é: Um Ser em eterna evolução.<br />

Aprendiz, fadado ao acerto, esquece-se deste e vicia erros, transformando bons relacionamentos<br />

com Olorum, Orixás, Seres Divinos, seus irmãos, seus mentores e as coisas em gigantesco emaranhado<br />

de situações negativas difíceis de explicar.<br />

Mutuamente, os envolvidos clamam por justiça, mas a justiça de só a eles beneficiarem e,<br />

quando muito , sob o comando deles para sentirem-se compensados.


Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. contato@jornaldeumbanda.com.br Pág. 21<br />

Assim, sofre-se na vida. E cá, após os recessos nos planos espirituais inferiores, balizando<br />

negativas condutas erradicadas pelo sofrimento, no socorro libertam-se para mais uma vez reencarnar.<br />

E repetem-se nos mesmos vícios.<br />

Reconduzem-se da mesma forma e com mais ênfase ao emaranhado de erros e, no Tempo que<br />

deveria utilizar como atenuador e ter a liberdade, contraria globalmente a vontade divina impondo suas<br />

regras, formando enormes egrégoras trevosas que atraem seres semelhantes, na tristeza de o mais frágil<br />

escravizar.<br />

Desequilibrando-se e também o Planeta, o faz regredir pela sua natureza, transformando-o em<br />

trevas e religando-se a elas.<br />

Dessa maneira, intenta transformar a Terra em Trevas, irmanando-se pelas energias,<br />

pensamentos e ações a esses planos.<br />

As ações dos obsessores sedentos de energia e cegas justificativas filtram facilmente suas auras<br />

de luz, transformando elas também em antros negros da promiscuidade dos mais sagrados fundamentos<br />

que é o Amor a Olorum, a si e ao irmão.<br />

Já não há mais como diferenciar os seres humanos, em sua maioria, dos desencarnados em<br />

negativação, exceto pela contextura material, porém, até elas, experimentam variações manipuladas<br />

pelas técnicas médicas, orgânicas e mentais, num triste estado de troca de interesses mundanos, no<br />

comércio medonho da vampirização programada em receitas e<br />

insistentes informações mentais negativas incentivando mais.<br />

Evoluindo as ciências físicas e as nomeadas psicológicas,<br />

usa-se de programas em máquinas e outros instrumentos de<br />

comunicação invertendo as ações que libertam na ficção da<br />

prosperidade e a promessa falsa do bom padrão de vida.<br />

Os que estão encarnados aprendem as mesmas técnicas de<br />

vampirismo que as usadas nas trevas e, com elas formam escalas<br />

imensas de forças negativas, apresentadas das mais variadas<br />

formas e dos mais vertidos processos.<br />

Técnicas de Mentais negativos de extrema inteligência<br />

são assimiladas e plastificadas nos engenhos de utensílios para a morte, na química dos elementos para<br />

o desequilíbrio psíquico e as ciências de comunicações criam ícones e líderes com suas modas com<br />

seguidores em coisas tão grotescas que contrariam a vida.<br />

Já não há mais moral; já não mais se edifica a vida; o respeito e consideração viraram interesses<br />

comerciais sempre objetivando um maior consumo saciando as necessidades básicas das vontades mais<br />

primárias.<br />

Inverteu-se o homem. Vosso mundo está obsedado. Os homens estão auto-obsediando-se<br />

quando obsedado e obsessor trocam às vezes na retaliação errônea de pagar o mal com o mal maior.<br />

Quer no mundo físico, o pensamento desequilibrado, alcança o irmão provocando-lhe baixas<br />

energéticas e uma grande janela para os seres das sombras; quando não, utilizam-se das técnicas dos<br />

processos, do convencimento, dos recursos limitando ações do ser objetivado, tentando e, por vezes,<br />

conseguindo sua ação.<br />

Suas cidades estão sob nuvens negras de irradiações negativas e viciadas que também as<br />

alimentam. Seus pés caminham atraídos pela força da gravidade, mas na grave e maléfica intenção dos<br />

seres das trevas.<br />

Seres desencarnados imantam-se às pencas aos encarnados mudando padrões de pensamento,<br />

sentimentos e ações.<br />

Pois, então, irmãos Divinos e Filhos de Olorum, Nosso Pai, no Tempo certo, Os Sagrados<br />

Orixás de Olorum vêm para colocar as coisas em cada lugar.<br />

Por se a Verdade simples em sua essência e complexa na sua Universalidade é também através<br />

da Umbanda e em Seus Mecanismos Gerenciadores e Gerenciados pelos Orixás de Olorum que mais<br />

facilmente chegam a Claridade da Luz para libertação e direcionamento, pelos ensinamentos e<br />

esclarecimentos.


Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. contato@jornaldeumbanda.com.br Pág. 22<br />

Por ser natural, sem dogmas e preconceitos, fala e comunica-se diretamente à Essência Divina<br />

de cada Ser Humano, potencializando-a pela Fé, agigantando-a e fazendo eclodir todo o potencial<br />

Divino de cada um, transformando o que está imundo e negativo, em leveza feliz.<br />

Gradativamente, os reflexos destas mudanças projetam-se eliminando egrégoras falsas,<br />

corrigindo caminhos, protegendo a luz do mental de cada um e ativando os instrumentos de cada ser<br />

espiritual, imantando-o novamente aos seus Protetores, Guardiões, e Guias que mais ainda<br />

potencializarão ações benéficas.<br />

Pelo objetivo Divino que por Olorum Foi Criada que é a bandeira da Caridade, do Amor e da<br />

Fé, a Sagrada Umbanda é realmente e integralmente Caridade, Amor e Fé, sendo que cada uma destas<br />

Divinas nomeações (que é para que compreendam), traz um Universo de Olorum sempre à disposição<br />

de todos. Seus fundamentos, mecanismos e ativações universalmente são revelados à medida que nos<br />

esforçamos nestes mesmos sentimentos.<br />

Têm Seus Fundamentos, Suas Bases Inteligíveis que é para que não se enganem.<br />

Pois, nessas horas de grandes transformações necessárias para as suas felicidades verdadeiras, é<br />

através dos homens de bom coração às coisas Divinas e da Vida que o poder Divino se manifesta.<br />

Sim: são os médiuns os portadores dos equipamentos imponderáveis de comunicação com os Seres da<br />

Luz para seu mundo e as condições em que se<br />

encontram.<br />

São os soldados de Olorum à frente de<br />

batalha sendo que nunca estão sós, pois através<br />

Deles podemos manifestar a cura, direcionar novo<br />

caminho, libertar, enfim, o ser humano da<br />

confusão mental que ele criou desaprisionando-os<br />

da erraticidade.<br />

Assim, e por este motivo, são<br />

constantemente assediados e isso é permitido, pois<br />

filtram as intenções de quem já está pronto para o<br />

Acima acessar.<br />

De tantos assédios negativos e<br />

inteligentemente promovidos pelos maiorais das trevas, podem os médiuns fracassar em seus intentos.<br />

É o que vemos daqui, pois muitos sofrendo perseguições, muitas vezes invertem instrumentos<br />

da Luz provocando retaliações numa perversa guerra e terminam se negativando também, fascinado<br />

pelo falso gozo do prazer da devolução no mesmo peso e medida que fere e prova uma força que não é<br />

a da Luz.<br />

A estes, precisam utilizar o poder do conhecimento que têm, vibrando sempre em oração, canal<br />

de comunicação com Olorum e suas Forças Espirituais que os assistem, sob a pena de mudar seu<br />

padrão mental do positivo para o negativo e assim, também ser escravizado pelas sombras, trocando<br />

seu progresso pelo sofrimento e a dor, ao invés da felicidade e amor.<br />

Deveis combater a obsessão de que são alvos, pelo mecanismo do perdão e esclarecimento.<br />

Buscando a libertação do vínculo que no passado foi criado ,quando devedores (e todos os<br />

encarnados o são) , e, até mesmo aqueles que, por ignorância, praticam o mal em suas perseguições, a<br />

estes todos devemos ao invés da imposição pelo castigo, a libertação pelo perdão.<br />

Este sentimento de amor potente nos médiuns da Umbanda nos municia de ferramentas e<br />

autorizações para que possamos nos manifestar e fazer a graça pelo merecimento e iluminar um novo<br />

caminho de liberdade para todos.<br />

Já tentaram perceber o quanto sofre quem persegue? O quanto é difícil viver com sentimento de<br />

raiva, de ódio, de mágoas?<br />

Quando assim, os mecanismos do medo criam forças terríveis transformando tudo à volta desse<br />

ser em insaciáveis degenerações da sua essência. Estranhamente, sacia o prazer de criar mais<br />

sofrimentos justificando obsedar as trevas quem os prejudicou, pois, viciado e cego, não perdoou<br />

também, transformando este labirinto de negatividades nessa obsessão gigante que está negativando o


Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. contato@jornaldeumbanda.com.br Pág. 23<br />

seu mundo e, indo além, até nas esferas positivas, mais próximas da Terra, também há desequilíbrios.<br />

Aqui, permanecemos em Guerra para protegê-los, médiuns de Umbanda.<br />

Para protegê-los, Médiuns da Umbanda, nossas armas são com as espadas da Luz, o perdão<br />

incondicional e o esclarecimento utilizando dos elementos que nos fornecem do seu mundo, mas<br />

doados com amor, com gratidão, fé e esperança no Amor.<br />

Aqueles que pensam e aciona sua coroa sem estes requisitos, que é o perdão, cegos também,<br />

imantam e alimentam as sombras, muitas vezes sendo guiados pelas inteligências trevosas que usam<br />

dos recursos da FASCINAÇÃO, indicando caminhos e até premiando, verdadeiro truque que hoje, no<br />

Tempo certo, espelham em vossas vidas, em vosso mundo, em vosso ser.<br />

Seus Guias e Protetores os protegem desses negativos acessos, mas, por vezes, vocês os limitam<br />

pelo conteúdo que grassam no íntimo e que assim, os deixam sofrer para que aprendam a não mais<br />

colaborar com sentimentos contrários ao Amor, a Fé e a Bondade.<br />

Devem não se preocupar com retaliações ao mal. Isso a Lei Maior é quem efetiva.<br />

Não contrarie a Luz dos Seus Guias e Protetores pelo erro do não perdão.<br />

Seus sentimentos tem que estar na nobreza da dignidade das Coisas Divinas.<br />

Seus atos desde a oração, aos firmamentos conforme seus Orixás, Guias e Protetores, Seus<br />

instrumentos, e todos os mecanismos Divinos que acessam, devem estar além do equilíbrio entre a<br />

razão e a emoção, eivado com a Fé e o Amor.<br />

Não há motivos para temer e nem acionar mecanismos de devolução, pois quem assim faz, na<br />

oportunidade de pagar o mal com o bem, não há outro jeito, há de sofrer também.<br />

É, portanto, a obsessão, a perseguição a maior causa de sofrimento dos seres, tanto encarnados<br />

quanto nas trevas. Ao médium Umbandista é dada a oportunidade de colaborar com a Luz para extirpar<br />

de vez com esse mal.<br />

Atente-se para que não vos enganes: A paga do mal é pelo bem e o perdão liberta quem foi<br />

prejudicado e abre caminhos para a Esplendida Felicidade Divinos da Evolução Verdadeira, quando o<br />

Mundo, em graça e no regozijo da realização maior, viverá no relacionamento do amor, da dedicação,<br />

da compreensão.<br />

A Lei Divina sempre esta em ação, procurando o Equilíbrio.<br />

Vosso mundo vai se equilibrar, mas é através das dedicações dos Filhos de Fé.<br />

E Um mundo Maior se descortinará com o Sol absoluto Universal grassando em todas as<br />

frequências, em todos os matizes, em todas as cores, em todos os seres.<br />

E Aruanda estará então firmada para sempre nos corações e nas mentes dos Filhos de Olorum.<br />

Criem coragem. Façam a coisa certa. Por acaso não confiam em seus Guias e Protetores? Não<br />

confiam em seus Orixás, em Olorum?<br />

Oras!<br />

Benditos os Médiuns de Umbanda de bom coração. Sarava à Umbanda Infinita.<br />

As Bênçãos de Olorum São Infindas e Abençoe-nos também Nossos Orixás, Nossos Guias e<br />

nossos protetores que nos dão a força, o amparo e determinação para que firmemos o Sagrado.<br />

Coração da Umbanda nas mentes e nos corações de quem sofre, procura e encontra ajuda no<br />

amor, caridade e fé nos milhares de Tendas e Terreiros nesse imenso país.<br />

Estejamos sempre preparados.<br />

Esta uma função Divina, além das coisas prosaicas da matéria.<br />

Alegrem-se, pois e agradeçam firmando em seus corações a clássica do Rabi, pois:<br />

“Vovô na Engira, é Jeje, é Nagô”!<br />

Os pretos-velhos são sábios no Amor<br />

Se for para sofrer? Cuidado Sinhô<br />

Só entra na Engira quem é bom Trabalhador<br />

Seu sucesso na vida está na cartilha do Nosso Senhor<br />

Perdoa o mal que por desventura seu irmão firmou<br />

Oxalá sete vezes setenta também perdoou<br />

Adore as Almas!


Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. contato@jornaldeumbanda.com.br Pág. 24<br />

“Amado Pai Olorum, Amados Orixás, peço-Lhes humildemente para que acolham e<br />

“recebam minhas orações como pedidos de misericórdia”.<br />

Evoco Deus, Todos os Seus Tronos da Criação, Todos os Orixás Originais, peço-Lhes licença<br />

para me comunicar com todos os Orixás pessoais de todas as pessoas que estão sofrendo com estas<br />

chuvas que vem castigando nosso povo, bem como todas as catástrofes naturais.<br />

Peço primeiro a Consciência, para que possamos retratar todos os danos que fizemos em toda a<br />

Criação de Nosso Pai Olorum.<br />

Peço ao Orixá da Fé que nos dê força de pensamento para alcançar esse objetivo;<br />

Peço ao Orixá do Amor que, não só por esse fato, mas por tudo que nos cerca, possamos nos<br />

unir, independente de raça, cor, religião ou valor,<br />

Peço ao Orixá do Conhecimento que nos dê todo o conhecimento que precisamos para que<br />

possamos aprender com nossos erros e não os cometer mais,<br />

Peço ao Orixá da Geração que faça gerar no íntimo de cada um de nós a Fraternidade para<br />

ajudarmos a todos os irmãos que perderam suas casas nessas chuvas, suas famílias, e que possamos ser<br />

mensageiros da Sua Luz e manifestadores Dela,<br />

Peço ao Orixá da Ordem que ordene nosso padrão vibracional e de atitude para que não<br />

afetemos mais as Forças da Natureza e elas se ordenem por si só,<br />

Peço ao Orixá do Equilíbrio que nos mostre, conscientize a diferença entre o certo e o errado<br />

para que possamos viver em paz com tudo o que Nosso Amado Pai Olorum criou,<br />

Peço ao Orixá da Evolução que nos faça evoluir a ponto de podermos encerrar todos os<br />

padrões negativos que começamos e vibramos até hoje para que possamos desfrutar e evoluir com tudo<br />

o que Nosso Pai Olorum exteriorizou.<br />

E, como regentes da Criação, eu Vos clamo humildemente que irradie todos os Orixás pessoais<br />

de cada um dos seus filhos, irradie sua coroa, com todas as suas funções divinas para que aqueles que,<br />

hoje merecem sofrer, pela Vossa Onisciência e Onipotência Divina, que amanhã possam sorrir.<br />

Para os que hoje merecem odiar, amanhã possam amar.<br />

Para os que hoje merecem a doença, amanhã possam merecer a saúde.<br />

Por aquele que hoje olham separados, em verdades isoladas, amanhã possam olhar na direção<br />

em que Nosso Pai Amado Olorum olha.<br />

Que cada um de nós possa ser auxiliado conforme nossas necessidades e merecimentos. Amém!<br />

Por: Franz Meier<br />

Acesse: http://umbandaconscienciaejuventude.blogspot.com/


Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. contato@jornaldeumbanda.com.br Pág. 25<br />

PONTOS <strong>DE</strong> FORÇAS<br />

Irmão em Oxalá!<br />

Os pontos de força na natureza são sem dúvida nenhuma<br />

um recurso magnífico que nós da <strong>UMBANDA</strong> fazemos o uso<br />

Sagrado dentro de nossos Rituais que já estão bem difundidos e<br />

o seu uso já está bem fundamentado em nossa Doutrina e em<br />

nossa Teologia, bem como está presente em nossas práticas<br />

religiosas e magisticas e a prática está nas idas às Matas,<br />

Cachoeiras, Praias, Pedreiras, Montanhas, Campinas, Encruzilhadas, Lagos etc., tendo em vista a<br />

renovação de forças individuais ou coletivas, anulação de forças astrais negativas que estejam atuando<br />

sobre os indivíduos ou sobre a coletividade, para finalizações de trabalhos magisticos iniciados dentro<br />

dos terreiros, e tantos outros recursos.<br />

Mas outra questão que está presente na vida de todos nós é a<br />

ida aos pontos de Força da Natureza para nosso deleite e prazer, isto<br />

faz parte da concepção do ser humano, está em nós à necessidade do<br />

contato com a natureza. Este uso também renova as energias dos que<br />

os frequentam, reduz o stress, higieniza e mente e contribui para a<br />

boa saúde física, este último desde que frequentado por pessoas<br />

capacitadas e preparadas para as atividades esportivas, mas apesar de<br />

todos estes benefícios continua sendo um uso profano, e não fere<br />

nenhum principio em nossa Doutrina Religiosa, desde que não se deixe lixo nos locais, não se polua,<br />

não se retire nada e não se deixe nada, questão esta não religiosa, mas de bom senso e consciência<br />

ambiental!<br />

Então façamos sim o uso daquilo que nosso criador OLORUM concebeu em sua magnífica<br />

obra. Não tenhamos em nossa mente e em nosso coração receios, dúvidas ou medos mistificados.<br />

É certo que os clarividentes descrevem que durante este uso somos abençoados pela presença de<br />

seres astrais elementais, que realizam em nós esplendidos trabalhos sutis e que sem dúvida contribuem<br />

positivamente para que nosso espírito e todos os nossos dons<br />

mediúnicos sejam trabalhados, limpos e desobstruídos; que nossos<br />

chacras sejam energizados e que nós sejamos energizados e<br />

revigorados, física e espiritualmente.<br />

E quantos de nós nem se dão conta de tudo isso! Fazemos o uso<br />

profano, entramos e saímos destes locais e nem nos damos conta sobre<br />

tudo o que está ocorrendo à nossa volta.<br />

Nosso criador OLORUM, que é onisciente e onipresente, envia suas<br />

vibrações divinas através dos diferentes planos da Criação.<br />

Elas estão em tudo e em todos e a todo o momento, bastando estarmos com nossa consciência<br />

limpa, nossos atos condizentes com nossa condição evolutiva que certamente estaremos nos<br />

beneficiando de tudo o que Ele nos propicia a todo o momento e em todo lugar. Mas nos pontos de<br />

forças da Natureza é onde tudo isto ocorre de forma mais intensa, ali vibram energias de nossa Mãe<br />

Natureza onde tudo é perfeito e a vida está em equilíbrio, ao contrário de locais onde há concentração<br />

de energias negativas, onde estas energias estão latentes e vibrantes tanto nos locais quanto com as<br />

pessoas que os frequentam e isto se transformando em formas pensamento<br />

e em vibrações coletivas que tanto nos afetam negativamente,<br />

principalmente àqueles que estão com a mediunidade abalada. Vamos<br />

então aos pontos de forças da natureza, vamos às praias, cachoeiras,<br />

matas, pedreiras por diversão, relaxamento, renovação de energias, mas<br />

tudo com respeito ao meio ambiente e aos seus sustentadores e guardiões.<br />

E com respeito e reverência, vamos usar com responsabilidade, com


Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. contato@jornaldeumbanda.com.br Pág. 26<br />

liberdade, mas não com libertinagem, não como ponto de desova<br />

do lixo material gerado por nós, não como local de desrespeito,<br />

inclusive à própria vida.<br />

Os pontos de forças da Natureza são os chacras do planeta,<br />

então não vamos obstruí-los, contaminá-los, sujá-los e deixa-los<br />

sem a menor consciência. Vamos sim, sempre que utilizarmos<br />

estes locais, recolher tudo o que levamos e que não pertencem à<br />

biodiversidade do ecossistema ali existente e, se possível, ainda<br />

retirar o que foi deixado lá por pessoas não esclarecidas e que não<br />

possuem uma consciência ambiental desenvolvida.<br />

E não nos esqueçamos, vamos saudar todas as forças<br />

presentes nestes pontos de Força da Natureza, pedir a devida licença aos seus Sustentadores e<br />

Guardiões para entrarmos e sairmos e para o uso profano por nós e por quem nos acompanha e vamos<br />

aproveitar o que OLORUM deixou à nossa disposição para que nos sirvamos com responsabilidade!<br />

VIVA O LIVRE ARBÍTRIO! Marcelo Cordeiro<br />

cordeiro.pires@click21.com.br<br />

AS 4 LEIS DA ESPIRITUALIDA<strong>DE</strong> NA ÍNDIA<br />

A primeira lei diz: A pessoa que chega é a pessoa certa.<br />

Significa que nada ocorre em nossas vidas por casualidade. Todas as pessoas que nos rodeiam, que<br />

interagem conosco, estão ali por uma razão, para que possamos aprender e evoluir em cada situação.<br />

A segunda lei diz: O que aconteceu é a única coisa que poderia ter acontecido.<br />

Nada, absolutamente nada que ocorre em nossas vidas poderia ter sido de outra maneira. Nem mesmo<br />

o detalhe mais insignificante! Não existe: se acontecesse tal coisa, talvez pudesse ter sido diferente...<br />

Não! O que ocorreu foi a única coisa que poderia ter ocorrido e teve que ser assim para que<br />

pudéssemos aprender essa lição e então seguir adiante. Todas e cada uma das situações que ocorrem<br />

em nossas vidas são perfeitas, mesmo que nossa mente e nosso ego resistam em aceitá-las.<br />

A terceira lei diz: Qualquer momento que algo se inicia, é o momento certo.<br />

Tudo começa num momento determinado. Nem antes, nem depois! Quando estamos preparados para<br />

que algo novo aconteça em nossas vidas, então será aí que terá início!<br />

A quarta e última lei diz: Quando algo termina, termina!<br />

Simplesmente assim! Se algo terminou em nossas vidas, é para nossa evolução! Portanto, é melhor<br />

desapegar, erguer a cabeça e seguir adiante, enriquecidos com mais essa experiência!<br />

Autor Desconhecido<br />

Enviado por: andre.gsantos@uol.com.br<br />

JORNAL NACIONAL DA <strong>UMBANDA</strong><br />

Esta é a edição nº 08 do Jornal Nacional da Umbanda, e assim como você, outros 124.600 pessoas<br />

também estão recebendo o Jornal Nacional da Umbanda por e-mail. Esperamos alcançar a meta de um<br />

milhão de leitores, para tanto contamos com a sua ajuda, divulgue o Jornal de Umbanda em seu grupo<br />

de amigos, através de seus mailings, Orkut, blogs e etc.<br />

O Jornal Nacional da Umbanda trará em breve a edição especial nº 02 sobre MACUMBA, não<br />

deixe de se cadastrar em nossa newsletter.<br />

Envie-nos seus textos, matérias, conte como é a umbanda na sua cidade, no seu Estado,<br />

festividades, comemorações, pontos cantados diferentes, giras, passes coletivos... Divulgue-a.<br />

Somente serão publicados textos e matérias que vierem acompanhados de autorização para<br />

publicação.


Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. contato@jornaldeumbanda.com.br Pág. 27<br />

Laroyê, Senhor das Intenções! Laroyê, Exu Mirim!<br />

Para falar desse Orixá na Umbanda, é preciso muito cuidado, pois até pouco tempo atrás, não se<br />

sabia ao certo qual era a função de Exu Mirim na vida das pessoas e tampouco se conhecia a sua<br />

função dentro da Umbanda.<br />

Pois bem, Exu Mirim é, como todos os outros Orixás, uma exteriorização do nosso Pai Amado<br />

Olorum, e assim sendo, é manifestador de Suas Virtudes Divinas e está ai para nos auxiliar em um<br />

caminho de Evolução.<br />

Quando esse Orixá foi incorporado pela Umbanda e aconteceram suas primeiras manifestações,<br />

por conhecê-lo pouco ou nada além de que se mostra na forma infantil, foi criada uma imagem<br />

negativa sobre ele (assim como ocorreu o mesmo com Orixá Exu, Orixá Pomba Gira e suas falanges).<br />

Enquanto o Erê era considerado a criança boa, a criança da Direita, que manifestava a inocência,<br />

Exu Mirim era considerado a criança de rua, que se drogava, que, enquanto “encarnado” era<br />

bandidinho, travesso e que já provocava confusões. E, como Exu já estava sendo difamado por falta do<br />

conhecimento divino pelos encarnados, Exu Mirim foi colocado ao seu lado como “Exu Pequeno” (que<br />

é a tradução de Mirim).<br />

Devido à autorização do Plano Divino, isso está começando a ser desmistificado com uma<br />

grande ajuda de Pai Benedito de Aruanda e seu médium Rubens Saraceni, para que possamos<br />

transcender a visão humana – que era usada para explicar o inexplicável até então – e começarmos a ter<br />

um pouquinho da visão divina de nossos amados Orixás.<br />

Exu Mirim então, pelo que pude perceber e estudar e pelo pouco que já foi aberto para nós,<br />

mostrou-se um Orixá que se manifesta através de seres encantados, ou seja, seres que nunca<br />

encarnaram nessa realidade, nesse Plano da Vida onde estamos, e que rege o Plano das Intenções.<br />

Portanto, caro Irmão Umbandista: não faria sentido estarmos em uma Religião cujo propósito é fazer o<br />

bem (como foi afirmado pelo Senhor Caboclo das Sete Encruzilhadas quando a criou) e aceitar<br />

manifestações de seres malignos para nos auxiliarem.<br />

Pois, por ser uma Religião, e com o propósito de nos tornar manifestadores de espíritos, como<br />

Deus poderia colocar ao nosso lado um Guia Espiritual que nos levaria para o buraco? Que aumentaria<br />

nossos desequilíbrios?<br />

Ou seja: se você, Irmão, tiver uma intenção boa e não souber como exteriorizá-la, pois ainda não<br />

sabe como concretizá-la ou está confuso em algumas decisões, ai está Exu Mirim.<br />

Peça auxílio a Exu Mirim e esse auxílio virá de forma a descomplicar e reordenar as suas ideias<br />

para que fiquem mais claras e objetivas.<br />

Mas, atenção, Caro Irmão!<br />

Do mesmo jeito que Exu Mirim acolhe uma ideia boa e faz de tudo pra que ela se exteriorize,<br />

seus manifestadores são muito espertos, atentos, curiosos em suas ações, cuidado com suas intenções,<br />

pois, se a intenção é qualquer coisa contra a Lei Maior e a Justiça Divina, principalmente aquelas que<br />

fazem com que outras mentes sejam influenciadas e/ou induzidas ao erro perante essas Forças de nosso<br />

Pai Amado Olorum, ai é que Exu Mirim ativa o seu Mistério Divino de forma a exteriorizar tal<br />

intenção para que fique claro aos olhos de todos, para que vejam o ridículo, a negatividade, a exposição<br />

das suas intenções.<br />

Então, tenhamos muito cuidado, pois, eu particularmente, não gosto de nomear um Orixá para<br />

um ano, mas, enquanto estou digitando esse texto, os Exus Mirins aqui presentes me passam essa<br />

mensagem:<br />

“Esse é o Nosso ano, como todos os outros: o Ano da Intenção. Sendo boa ou má, lhe<br />

mostrarei a minha ação!”<br />

Laroyê, Exu Mirim! Exu Mirim é Mojubá!<br />

Para saber mais: Livro: Orixá Exu Mirim – Autor: Rubens Saraceni – Editora: Madras<br />

Texto enviado por: Franz Meier.


Jornaldeumbanda.com.br São Paulo, 10 de Março de 2011. contato@jornaldeumbanda.com.br Pág. 28<br />

ULTIMA PÁGINA<br />

Para quem gosta de estudar e aprecia a obra de Rubens Saraceni.<br />

Por meio dos romances identificamos tramas de espíritos,<br />

Que se desdobram por meio de várias encarnações.<br />

E assuntos que são abordados de muitos ângulos<br />

Diferentes. Um destes assuntos é sobre o<br />

“Príncipe das Trevas”<br />

O que seria isto à Luz da Umbanda?<br />

O Príncipe das Trevas - Na Obra de<br />

Rubens Saraceni<br />

Organizado e Comentado por Alexandre Cumino<br />

A Umbanda não crê em “demônio”, da forma como foi idealizado no Cristianismo e mais<br />

especificamente no Catolicismo ou no Islã, no entanto muitas vezes nos deparamos com “Mistérios<br />

Negativos” ou “Mistérios Divinos” assentados em faixas negativas, às quais chamamos de trevas, que<br />

outros identificam com o popular “inferno”, e nos questionarmos acerca de nossa ignorância sobre os<br />

mesmos.<br />

Afinal Inferno não é um estado de espírito, ou região astral criada pelo psiquismo dos que estão<br />

mentalmente nesta condição?<br />

No entanto me parece que algumas regiões negativas foram criadas antes que ali chegasse o<br />

primeiro espírito trevoso, apenas um ser (filho de Deus) negativado. Não é fácil avaliar quem desce as<br />

trevas, afinal muito amor deve ter a mãe ou o pai que vai visitar ou resgatar um filho na cadeia, numa<br />

zona de meretrício ou numa “cracolândia”. Mas nem sempre esta mãe ou pai, por mais amor que tenha,<br />

pode ir desprotegido demonstrando sua fragilidade, mesmo porque, para entrar em certos lugares não<br />

se pode ser frágil.<br />

Lendo a obra psicografada por Rubens Saraceni nos deparamos muitas vezes com mistérios da<br />

criação em suas realidades negativas, que em outras obras nem de perto nos foram apresentadas e<br />

muito menos de tal forma.<br />

Em A Evolução dos Espíritos tomamos conhecimento de um Avatar, um Demiurgo, que em<br />

uma era desconhecida para nós, Era Cristalina, talvez a mítica Atlântida, que encarnou e chamou a si<br />

todos os filhos de Deus negativados para recolherem-se com ele nas faixas negativas do astral.<br />

Esta seria uma forma de entender o mítico Lúcifer, um mistério assentado nas Trevas para<br />

recolher os que ficam caídos á beira dos caminhos da evolução.<br />

No Cavaleiro da Estrela Guia nos deparamos com “O Próprio Ser Infernal” que invade a<br />

“Assembleia Sinistra” com o objetivo específico de levar consigo o Cavaleiro, que mergulha na dor e<br />

nas trevas.<br />

Nas palavras do Cavaleiro da Estrela da Guia:<br />

O que me aconteceu? O horror, o pavor, o medo, a angústia, a aflição, o desespero, a<br />

loucura, o remorso, a tentação, a luxúria, o desejo, e muitos outros mistérios das trevas da<br />

ignorância se fizeram vivos no meu mental: tanto superior quanto inferior. Todo o meu ser<br />

imortal foi violado e violentado. O horror de me ver sendo levado... (continua na seção de<br />

textos especiais do jornal).

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