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Resumo - NUPEA - Universidade Federal de Uberlândia

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LEITURA DA “SÉRIE ESFEROIDES” DE DARLAN ROSA<br />

MEMORIAL JK – BRASÍLIA/DF<br />

Querles <strong>de</strong> Paula Alves Calábria<br />

Orientadora: Yacy-Ara Froner<br />

<strong>Universida<strong>de</strong></strong> <strong>Fe<strong>de</strong>ral</strong> <strong>de</strong> <strong>Uberlândia</strong>; Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Artes, Filosofia e Ciências Sociais;<br />

INTRODUÇÃO E OBJETIVO<br />

Departamento <strong>de</strong> Artes Plásticas.<br />

querles_artes@yahoo.com.br<br />

Darlan Rosa é um artista plástico conceituado e que já expôs suas principais obras no Brasil e<br />

no exterior. Dentre elas, está a SÉRIE ESFERÓIDES exposta em frente o Memorial JK, em<br />

Brasília/DF. Na construção <strong>de</strong>sta obra o artista utiliza-se dos conceitos da estrutura e insere a<br />

transparência aos objetos, dando visualida<strong>de</strong> às esferas. A série é composta por sete esculturas<br />

construídas inicialmente a partir <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo computacional e, posteriormente, em placa <strong>de</strong> aço<br />

carbono em gran<strong>de</strong>s dimensões.<br />

Este trabalho investiga o conjunto <strong>de</strong>ssas esculturas, “SÉRIE ESFERÓIDES”, conceituando-o<br />

em relação às linguagens construtivas da arte mo<strong>de</strong>rna, especialmente da arte concreta, fazendo<br />

uma leitura formal a partir <strong>de</strong> uma investigação <strong>de</strong> suas relações com o espaço público e a<br />

arquitetura da cida<strong>de</strong>.<br />

Fez-se uma pesquisa <strong>de</strong> campo, realizando várias visitas e entrevistas com o artista, buscando<br />

informações para a correlação arte e história. Ao estudar <strong>de</strong> perto as obras, levou-se em<br />

consi<strong>de</strong>ração que elas estão expostas numa cida<strong>de</strong> que incorpora espaços públicos. As entrevistas<br />

foram estruturadas por meio <strong>de</strong> registros em gravação <strong>de</strong> Áudio e imagem em fotos, além <strong>de</strong> alguns<br />

contatos por e-mail. A análise proposta neste trabalho tomou como referência o discurso do próprio<br />

artista, além <strong>de</strong> trabalhos <strong>de</strong> estudiosos, principalmente <strong>de</strong> AMARAL (1977/96), ARCHER (2002),<br />

BRITO (1976/85), FABBRINI (2002), KRAUSS (1998), MICHELLI (1992), TASSINARI (2001),<br />

ZANINI (1983/89) e <strong>de</strong> outros que falam sobre o movimento artístico vanguardista. Além disso,<br />

baseou-se nos estudos <strong>de</strong> ARNHEIN (1989), BARBOSA (2004), BARROS (1999), BORDA<br />

(2003), GOMBRICH (1983) e VENTURELI (2004), e também em resumos das pesquisas<br />

realizadas pela Escola GESTALT, <strong>de</strong> GOMES FILHO (2003) e NARDIN (2004) para a leitura da<br />

obra.


As imagens das esculturas sintetizam várias leis da Gestalt. As obras possuem um alto índice <strong>de</strong><br />

atributos <strong>de</strong> equilíbrio e harmonia visuais muito bem resolvidos, existindo coerência, clareza e<br />

regularida<strong>de</strong>, redundando em fácil e rápida leitura visual.<br />

As manifestações visuais são bem organizadas, unificadas e, portanto, harmoniosas e<br />

equilibradas, apresentando uma tal or<strong>de</strong>m que se traduz em clareza, do ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>codificação e compreensão imediata do todo.<br />

Com relação às esculturas, é interessante ressaltar a predominância das cores com os contrastes<br />

se restringindo às variações tonais das sombras. A harmonia do conjunto se <strong>de</strong>staca pelo<br />

or<strong>de</strong>namento e clareza visual refletidas pelas luzes naturais e artificiais.<br />

No contexto (artístico e arquitetônico) a harmonia diz respeito à disposição formal<br />

predominando os fatores <strong>de</strong> boa continuida<strong>de</strong>, proximida<strong>de</strong>, semelhança, equilíbrio simétrico<br />

com distribuição eqüitativa dos pesos visuais, <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m e <strong>de</strong> regularida<strong>de</strong> visual inscrito na<br />

distribuição homogênea das formas em cada obra <strong>de</strong> arte e na arquitetura do Memorial JK, o<br />

que resultou numa perfeita integração formal <strong>de</strong> leitura simples e clara.<br />

Em todas as esculturas <strong>de</strong> Darlan Rosa se verificam várias categorias conceituais da Gestalt,<br />

como o fator <strong>de</strong> redundância, percebido pela repetição alternada dos elementos como as formas<br />

e as peças, conferindo nas imagens ritmos interessantes que quebram, em parte, o seu equilíbrio<br />

estático e valorizam sua harmonia, absolutamente or<strong>de</strong>nada e regular.<br />

De um modo geral, o princípio do uso <strong>de</strong> forma geométrica, repetição, busca <strong>de</strong> invenção, cor<br />

limpa e pura, associados à construção e tecnologia, inserem as esculturas do artista em códigos<br />

mo<strong>de</strong>rnos e pós-mo<strong>de</strong>rnos, numa vertente construtivista, seguido <strong>de</strong> uma arte computacional,<br />

tendo o movimento concreto como maior influente.<br />

CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

A obra <strong>de</strong> Darlan Rosa tem estreita relação com a geometria do Memorial JK, e<br />

automaticamente com Brasília, que foi planejada arquitetonicamente. No contexto, estabelecemos<br />

uma relação entre as obras e o espaço no qual elas se inserem, reforçando a i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> do lugar e o<br />

espaço da arte pública.

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