Vigilância Epidemiológica I - CEAD - Unimontes
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Vale lembrar que as<br />
profundas mudanças no<br />
perfil epidemiológico<br />
das populações, no<br />
qual se observa o<br />
declínio das taxas<br />
de mortalidade por<br />
doenças infecciosas<br />
e parasitárias e o<br />
crescente aumento<br />
das mortes por causas<br />
externas e doenças<br />
crônicas degenerativas,<br />
têm implicado na<br />
incorporação de<br />
doenças e agravos<br />
não transmissíveis<br />
na <strong>Vigilância</strong><br />
<strong>Epidemiológica</strong>.<br />
zar, em 1969, um sistema de notificação semanal de doenças selecionadas<br />
e a disseminar informações pertinentes em um boletim epidemiológico de<br />
circulação quinzenal. Tal processo fundamentou a consolidação, nos níveis<br />
nacional e estadual, de bases técnicas e operacionais que possibilitaram o<br />
desenvolvimento de ações de grande impacto no controle de doenças evitáveis<br />
por imunização. Ex.: controle da poliomielite no Brasil, na década de<br />
1980, que abriu perspectivas para a erradicação da doença no continente<br />
americano, em 1994 (BRASIL, 2009).<br />
Em 1975, o Ministério da Saúde instituiu o Sistema Nacional de <strong>Vigilância</strong><br />
<strong>Epidemiológica</strong> (SNVE), Lei n° 6.259/75 e Decreto n° 78.231/76. Esses<br />
instrumentos tornaram obrigatória a notificação de doenças transmissíveis<br />
selecionadas, constantes na relação estabelecida por Portaria.<br />
O Sistema Único de Saúde – SUS - incorporou o SNVE, definindo, em<br />
seu texto legal (Lei n°8.080/90), a <strong>Vigilância</strong> <strong>Epidemiológica</strong> como “um conjunto<br />
de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção<br />
de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde<br />
individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas<br />
de prevenção e controle das doenças ou agravos”. Com este conceito ampliado,<br />
as ações de <strong>Vigilância</strong> <strong>Epidemiológica</strong> passaram a ser operacionalizadas<br />
num contexto de profunda reorganização do Sistema de Saúde Brasileiro, caracterizada<br />
pela descentralização de responsabilidades, pela universalidade,<br />
integralidade e equidade na prestação de serviços.<br />
7.2 Propósito da <strong>Vigilância</strong> <strong>Epidemiológica</strong><br />
Qual é o propósito da <strong>Vigilância</strong> <strong>Epidemiológica</strong>?<br />
Fornecer orientação técnica para os profissionais de saúde que têm<br />
a responsabilidade de decidir sobre a execução de ações de controle de doenças<br />
e agravos, bem como dos fatores que a condicionam, área geográfica<br />
e/ou população definida. Essas informações subsidiam o planejamento e a<br />
operacionalização dos serviços de saúde.<br />
7.3 Funções da <strong>Vigilância</strong> <strong>Epidemiológica</strong><br />
Quais são funções da <strong>Vigilância</strong> <strong>Epidemiológica</strong>?<br />
• Coleta de dados;<br />
• processamento de dados coletados;<br />
• análise e interpretação dos dados processados;<br />
• recomendação das medidas de prevenção e controle apropriadas;<br />
• promoção das ações de prevenção e controle indicadas;<br />
• avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas;<br />
• divulgação de informações pertinentes.<br />
As funções da <strong>Vigilância</strong> <strong>Epidemiológica</strong> são de competência de<br />
cada um dos níveis do sistema de saúde – municipal, estadual e federal -, porém<br />
com graus de especificidade variáveis. As ações executivas são inerentes<br />
e-Tec Brasil/CEMF/<strong>Unimontes</strong> 76<br />
<strong>Vigilância</strong> em Saúde