Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Entrevista<br />
Wilson Simoninha - cantor, produtor musical e empresário.<br />
“O artista, hoje, é obrigado a lidar com várias<br />
coisas para sua carreira ir pra frente. No meu caso,<br />
por ser fi lho de artista e entender todas as difi<br />
culdades que os artistas vivem, eu entendi<br />
que eu podia montar um negócio que pudesse,<br />
no futuro, gerenciar minha vida e minha<br />
carreira”. (págs 8 e 9)<br />
EXEMPLAR<br />
GRATUITO<br />
Edição:<br />
395<br />
<strong>FOLHA</strong><br />
Cultura<br />
Para celebrar o dia 21 de abril, Dia de<br />
Tiradentes, fomos pesquisar sobre três<br />
importantes poetas inconfi dentes: Cláudio<br />
Manoel da Costa, Tomás Antônio<br />
Gonzaga e José de Alvarenga Peixoto.<br />
Essa trindade literária usou da arte poética<br />
para expressar a luta pela independência<br />
nacional. (pág. 17)<br />
UNIVERSITÁRIA<br />
Jornal da UNIBAN Brasil Ano 13 . 13 de abril de 2009<br />
Foto: Amana Salles<br />
Índios da metrópole<br />
Com a proximidade do Dia do Índio,<br />
comemorado em 19 de abril, a<br />
reportagem da <strong>Folha</strong> Universitária<br />
foi conhecer de perto a realidade<br />
enfrentada pelas comunidades indígenas<br />
que vivem na cidade de São<br />
Paulo. Duas delas, localizadas ao pé<br />
do Pico do Jaraguá, já não mais se<br />
assemelham às aldeias tradicionais<br />
e sofrem com a pobreza e descaso<br />
das autoridades. Já a aldeia Krukutu<br />
parece mais adaptada aos novos<br />
tempos, mas não deixa de lutar pela<br />
sobrevivência de uma cultura há<br />
tempos oprimida. (págs. 10 e 11)<br />
UNIBAN Brasil<br />
Mais uma vitória para a Universidade.<br />
O Ministério da Educação<br />
publicou no Diário Ofi cial da União,<br />
na semana passada, a Portaria que<br />
reconhece o curso de Rádio e TV da<br />
UNIBAN com a nota máxima (5).<br />
(pág. 12)<br />
Conheça nesta edição,<br />
no Diário Oficial,<br />
os Regulamentos de<br />
Estágios e de Atividades<br />
Complementares.
02 Editorial<br />
Índice Editorial<br />
Saiba quando o uso excessivo<br />
da Internet se torna um vício<br />
incontrolável<br />
A melhor forma de lidar com<br />
o medo de falar em público é<br />
encará-lo<br />
Entenda como funcionam<br />
os cursos de Mestrado<br />
Profissional da UNIBAN<br />
O cantor e produtor Wilson<br />
Simoninha fala de seu assunto<br />
preferido: música<br />
Como vive a população<br />
indígena residente na maior<br />
metrópole brasileira?<br />
MEC avalia curso de Rádio<br />
e TV da UNIBAN com nota<br />
máxima<br />
Três novos cursos de Pós-<br />
Graduação são oferecidos<br />
pela UNIPAN<br />
A poesia que inspirou<br />
Tiradentes e toda a<br />
Inconfidência Mineira<br />
3<br />
4<br />
6<br />
8<br />
10<br />
12<br />
13<br />
17<br />
Índio mesmo, de ver e tocar, não existe no<br />
meu mundo. Vivo numa terra onde a “fl oresta”<br />
cheira mal. Animais e pássaros são sempre<br />
os mesmos: cão, gato, rato e pombo. No<br />
rio não se banha, é proibido. Risco de morte!<br />
Nosso pajé, ou o velho da tribo, vive na<br />
amargura, lembranças do passado e situação<br />
do presente. Nossa tribo não é coletiva. O cachimbo<br />
da paz virou fumaça que mata e causa<br />
dependência. A caça e a pesca eu pago, e<br />
caro! Frutas e verduras, só no supermercado.<br />
A música e a dança vêm de fora, nem sei de<br />
onde, uma mistura. Espaço religioso tem por<br />
todo canto e com nomes diferentes para dizer<br />
a mesma coisa. A cara pintada pra guerra<br />
nunca vi por aqui. Na verdade, vi sim! Houve<br />
na década passada uns “caras pintadas”, que<br />
dizem ter conseguido mudar o sentido da história.<br />
Tenho minhas dúvidas. Mas, o que quero<br />
dizer com tudo isso? Um lamento. Pois, na<br />
verdade, pouco ou nada sabemos e, nem ao<br />
menos nos preocupamos em manter viva a<br />
nossa origem. Por mais crítica que seja nossa<br />
opinião perante o índio, foi dele que herdamos<br />
a terra que vivemos hoje. Como homenagem<br />
ao Dia do Índio, 19 de abril, fomos<br />
saber como vivem os contemporâneos. Em<br />
visita a duas aldeias da capital, tivemos acesso<br />
à verdade nua e crua de um povo que, por infl<br />
uência do branco, está à margem da pobreza<br />
e do desprezo social.<br />
A colonização portuguesa deixou várias<br />
sequelas. Matou e escravizou os índios brasileiros.<br />
Tirou proveito da riqueza do solo e<br />
das minas de ouro. E aqueles que se opunham<br />
aos ideais monárquicos foram combatidos e<br />
executados. Um exemplo clássico dessa so-<br />
FALE COM O REITOR<br />
berania aconteceu em Vila Rica (hoje Ouro<br />
Preto – Minas Gerais). Joaquim José da Silva<br />
Xavier, o Tiradentes, foi uma das vítimas.<br />
Sua importância nacional deu luz aos grandes<br />
inconfi dentes, que lutavam contra os ideais<br />
portugueses. Como homenagem à data, 21<br />
de abril, contamos esse fato apresentando<br />
três importantes intelectuais que fi zeram da<br />
‘pena’ sua maneira de contribuir para a liberdade<br />
do País. Leia e conheça essa história na<br />
Editoria de Cultura.<br />
Em tempos modernos, liberdade é o que<br />
temos de sobra. Triste é quando ela vira um<br />
problema. Pior, quando se torna uma patologia.<br />
Na Editoria de Saúde, destacamos o<br />
comportamento excessivo das pessoas na<br />
hora de utilizar a rede de computadores. Pode<br />
não parecer, mas o uso excessivo da Internet<br />
tem levado pessoas ao abandono do convívio<br />
social, ao sedentarismo e a uma série de doenças.<br />
Cuidado!<br />
Para terminar em alto e bom som, nosso<br />
entrevistado da semana é o músico, compositor,<br />
produtor musical e empresário Wilson<br />
Simoninha. Com ritmo agradável, suas músicas<br />
têm conquistado os palcos nacionais<br />
e fora dele. Tem trabalhado na preservação<br />
do nome do pai, Wilson Simonal, ícone da<br />
música popular na década de 60, e que teve<br />
o nome envolvido em boatos no período da<br />
ditadura.<br />
Boa leitura!<br />
Cleber Eufrasio<br />
Editor<br />
Opine, critique e<br />
dê sugestões sobre as<br />
matérias publicadas na<br />
<strong>Folha</strong> Universitária.<br />
Mande suas cartas para<br />
folha_universitaria@uniban.br<br />
EXPEDIENTE: Reitor: Prof. dr. Heitor Pinto Filho (reitoria@uniban.br). Vice-Presidente da Fundação UNIBAN: Américo Calandriello Júnior.<br />
Assessoria de Comunicação: Mariana de Alencar e Ana Célia Guarnieri. Editor e Jornalista responsável: Cleber Eufrasio (Mtb 46.219).<br />
Direção de Arte: Ronaldo Paes. Designers: Marcio Fontes e Ricardo Neves. Editor: Renato Góes. Repórteres: Fabiana Mello, Francielli<br />
Abreu, Karen Rodrigues, Manuel Marques e Marisa De Lucia. Fotos: Amana Salles. Diário Oficial UNIBAN - Edição e Coordenação:<br />
Francielli Abreu. Revisora: Marisa De Lucia. Colaboradores: Analú Sinopoli e Karel Langermans. UNIPAN: Alexandra Oliveira. Impressão:<br />
<strong>Folha</strong> Gráfica. Cartas para a redação: Rua Bela Vista, 739 - 5º andar, Morumbi, São Paulo, CEP 04709-001. Tel. (11) 5180-9885. E-mail:<br />
folha_universitaria@uniban.br - Home page: www.uniban.br - Tiragem: 30.000.
Os “off-line” da vida real<br />
O uso excessivo da Internet tem levado algumas pessoas ao abandono<br />
do convívio social, aumento do sedentarismo e patologias<br />
Por Karen Rodrigues<br />
Você é daquelas pessoas que não vêem a hora<br />
de ligar o computador para ver seus e-mails,<br />
acessar o Orkut, conversar com amigos no MSN,<br />
entrar em chats de bate-papo, namorar virtualmente<br />
ou jogar games on-line? Com isso, você perde<br />
a noção das horas, abre mão do convívio social e<br />
não desgruda do computador nem para fazer<br />
uma refeição? Se sua resposta for sim, é<br />
melhor fi car atento. Você pode ser um<br />
dependente da Internet.<br />
Esta é a realidade da fotógrafa<br />
Rita Domiciano, que fi ca na frente<br />
do computador cerca de 10 horas<br />
por dia, de segunda a sexta-feira. Ela<br />
conta que diariamente acessa e-mail,<br />
Facebook, Justin.tv, Twitter e Daily Mugshot,<br />
Flickr, YouTube, sites de notícias,<br />
fotografi as e jogos. Rita confessa que já deixou de<br />
participar de eventos sociais para fi car conectada.<br />
“Se a festa parece que não será muito boa, prefi ro<br />
fi car em casa conversando online com amigos e fazendo<br />
uma ‘festa virtual’”.<br />
Ela revela que o que mais a atrai é o fato de conseguir<br />
se conectar com as mais diferentes pessoas<br />
e culturas. E o que a levou a gostar tanto de Internet<br />
foi a forma mais rápida de se comunicar com o<br />
mundo. “A necessidade de trabalhar no computador<br />
acabou me levando a procurar outras coisas para<br />
fazer. Se você precisa fi car o dia inteiro na frente<br />
do computador, acaba procurando formas de relaxar.<br />
Seja ouvindo música, vendo algum programa<br />
ou conversando com os amigos e tomando uma<br />
cerveja. A única diferença é que eu faço tudo isso<br />
online”.<br />
Dedicar um longo período do dia ao mundo virtual,<br />
se afastando do mundo real, segundo Laércio<br />
Neves, docente da disciplina de Enfermagem em<br />
Saúde Mental e Psiquiatria, do curso de Enfermagem<br />
da UNIBAN, faz com que o indivíduo viva o<br />
que ele quer. “Posso estar em uma sala e falar com<br />
quem eu quero. Se não quiser falar com sicrano, eu o<br />
bloqueio ou entro off-line no MSN e converso com<br />
quem eu quiser dentro do meu grupo de relacionamento”,<br />
explica Neves.<br />
De acordo com o professor, isso pode ser caracterizado<br />
como fuga da realidade. “Muitos, por medo<br />
de rejeição, preferem ter contato com o mundo atrás<br />
da tela, ao invés de dar a ‘cara pra bater’, mostrar<br />
pro mundo que ela está ali, que aceita uma crítica<br />
positiva ou negativa. A maioria das pessoas que desenvolvem<br />
relacionamentos virtuais tem difi culdade<br />
com as relações pessoais”, afi rma. O computador<br />
é um estimulante para as pessoas que são<br />
retraídas na vida social e familiar. Atrás da tela,<br />
ela é outra pessoa, tem mais autonomia, explosão<br />
sentimental e emoção, pois cria uma<br />
segunda personalidade.<br />
Preocupação médica<br />
Um fator preocupante é o aumento de patologias,<br />
ou seja, doenças ocasionadas pelo uso excessivo da<br />
rede. O “cyberviciado” começa a ter sede e não percebe.<br />
Fica de 5 a 8 horas sem beber água, podendo<br />
acarretar em insufi ciência renal e desidratação. Tornase<br />
sedentário, não faz nenhum tipo de atividade que<br />
possa proporcionar saúde mental, desenvolve bursites,<br />
tendinites e problemas na coluna, entre outros.<br />
A fotógrafa Rita diz que se preocupa em relação<br />
à saúde. “Procuro fazer intervalos regulares para me<br />
alongar, pois já tive problemas com tendinite”. Mas,<br />
por outro lado, revela que quando não pode acessar a<br />
Internet por problemas de conexão, se sente frustrada,<br />
já que passa grande parte do tempo no computador<br />
trabalhando.<br />
Para camufl ar o uso demasiado do computador,<br />
muitas pessoas falam que o utilizam por motivos de<br />
trabalho. “Muitas vezes as pessoas falam que se dedicam<br />
ao trabalho, mas o serviço é apenas uma máscara.<br />
Essas pessoas são tão fascinadas que vão fazer um<br />
trabalho no Word e deixam minimizado o MSN ou o<br />
Orkut”, diz o prof. Laércio.<br />
Ele afi rma ainda que a Internet só é boa quando<br />
você consegue administrá-la e utilizá-la para manter<br />
uma melhor qualidade de vida e trabalho. “A Internet<br />
é uma ferramenta positiva, produtiva para a parte pedagógica,<br />
acadêmica, mas é uma ferramenta que cabe<br />
a cada um saber de que forma vai utilizar”.<br />
Como tratar a dependência<br />
Saúde<br />
03<br />
Foto: Amana Salles. Fotomontagem Marcio Fontes<br />
Como identificar<br />
a dependência de<br />
Internet<br />
Profi ssionais de psiquiatria e psicologia<br />
do Hospital das Clínicas, que<br />
atendem pessoas dependentes da<br />
Internet, defi niram oito tópicos que<br />
podem identifi car usuários abusivos.<br />
Se a pessoa se identifi car com cinco,<br />
ela já é considerada dependente.<br />
1 - Preocupação excessiva com a Internet<br />
2 - Necessidade de aumentar o tempo<br />
conectado (on-line) para ter a<br />
mesma satisfação<br />
3 - Exibe esforços repetidos para diminuir<br />
o tempo de uso da Internet<br />
4 - Irritabilidade e/ou depressão<br />
5 - Quando o uso da Internet é restringido,<br />
apresenta labilidade emocional<br />
(Internet como forma de regulação<br />
emocional)<br />
6 - Permanece mais conectado (online)<br />
do que o programado<br />
7 - Trabalho e as relações sociais fi -<br />
cam em risco pelo uso excessivo<br />
8 - Mente aos outros a respeito da<br />
quantidade de horas conectadas<br />
Mais informações: www.dependenciadeinternet.com.br<br />
Em casos extremos de dependência, é necessário um acompanhamento profi ssional. O tratamento<br />
mais indicado, num primeiro momento, é procurar um psicólogo. E, posteriormente, se for um<br />
caso que necessite do uso de algum psicofármaco, ele deve ter o acompanhamento de um psiquiatra.<br />
Tem também várias instituições públicas que têm grupos de apoios para esses cibernéticos.
04 Carreira & Mercado<br />
Para falar em<br />
público,<br />
preparo e<br />
segurança<br />
Superar a<br />
ansiedade<br />
na hora de<br />
se comunicar<br />
ajuda a criar<br />
oportunidades.<br />
A solução<br />
para o medo é<br />
enfrentá-lo<br />
Por Alexandra Oliveira<br />
Só de pensar no recado a<br />
ser repassado aos novos alunos, Ângela<br />
já tremia. O encontro com a<br />
classe cheia é motivo de stress,<br />
Ângela Cristina já chegou a pensar<br />
que ia desmaiar na frente de todo<br />
mundo. O medo de falar em público<br />
não chegou a tanto, mas para a secretária<br />
acadêmica a situação nunca<br />
foi tão agradável. “Morro de vergonha,<br />
fi co vermelha e começo a suar”,<br />
afi rma Ângela, que não consegue<br />
se acostumar com as apresentações.<br />
Com frequência, ela se depara com<br />
a situação, já que na sua rotina diária<br />
estão reuniões com professores e<br />
coordenadores, além dos constantes<br />
recados em sala de aula.<br />
Qualquer semelhança não é mera<br />
coincidência. Falar em público é ainda<br />
o principal temor de muita gente que<br />
tem pela frente um auditório lotado<br />
para enfrentar. Até mesmo quem já<br />
está acostumado com isso não escapa<br />
daquele friozinho na barriga.<br />
“Morro de<br />
vergonha, fico<br />
vermelha<br />
e começo<br />
a suar”,<br />
afirma<br />
Ângela<br />
Cristina<br />
Algumas dicas para apresentações em público:<br />
• Fazer um planejamento, dominar o assunto e desenvolvê-lo com segurança.<br />
• Treinar oratória para saber como dizer.<br />
• Conhecer a quem vai dizer.<br />
• Ter um bom visual. E cuidado com os exageros.<br />
• Ter em mãos um roteiro da apresentação para destacar as informações<br />
importantes.<br />
• Utilizar recursos de apoio (como Power Point).<br />
• Não usar jargões, nem gírias, e evitar piadas.<br />
Livros:<br />
Livro: Super Dicas Para Falar Bem<br />
Autor: Reinaldo Polito<br />
O livro dá dicas e orientações para conversar, se relacionar com as pessoas<br />
e fazer apresentações.<br />
Livro: Como Falar em Público<br />
Autor: Izidoro Blikstein<br />
O livro dá dicas e técnicas de como fazer uma apresentação e melhorar a<br />
qualidade da comunicação, seja para grandes platéias ou no dia-a-dia.<br />
Sites:<br />
www.idealdicas.com<br />
www.algosobre.com.br<br />
Nestes sites você encontra dicas interessantes que podem ajudá-lo a driblar<br />
o medo de falar em público.<br />
O professor e consultor Nilson Rosa<br />
de Faria é um deles. Acostumado a<br />
dar treinamentos para empresários<br />
e executivos, ele admite já ter suado<br />
frio durante apresentações. “Na<br />
primeira vez que dei uma aula<br />
suei tanto que minha camisa<br />
dava para torcer. Ainda hoje<br />
sinto insegurança quando os<br />
alunos são novos”, afi rma.<br />
Garantir uma boa apresentação<br />
pode até não parecer<br />
uma tarefa fácil, mas,<br />
de acordo com o professor<br />
Nilson, falar bem tem vários<br />
signifi cados. Ter postura<br />
corporal, cuidado com<br />
a roupa escolhida e observar<br />
os gestos contribuem<br />
com a comunicação,<br />
“esses quesitos podem<br />
fazer de você um bom orador<br />
e prender a platéia por<br />
horas”, orienta.<br />
Pesquisas indicam que o<br />
medo de falar em público para<br />
algumas pessoas é tão grande<br />
que chega até a ultrapassar o<br />
medo da morte! Mas o consultor<br />
Nilson alerta, não basta<br />
aprender técnicas para evitar<br />
o nervosismo, “preparação e<br />
conhecimento é tudo. Além de<br />
estudar, e muito, o conteúdo da<br />
apresentação, é preciso estar preparado<br />
para as perguntas surpresas.<br />
Então, nunca deixe de estudar”, observa.<br />
Até mesmo o famoso consultor<br />
Max Gehringer, da rádio CBN, admite<br />
que já teve medo de público, e<br />
disse que falar bem é uma questão de<br />
referência. “Um belo dia fui escalado<br />
para fazer uma palestra a executivos,<br />
quando olhei na sala gelei! Tinha<br />
umas duzentas pessoas. Minhas mãos<br />
estavam frias, eu estava tremendo e<br />
suando. Meu chefe me disse três coisas<br />
que mudaram tudo: você vai falar<br />
no seu idioma, você vai falar sobre<br />
um assunto que conhece e domina,<br />
a platéia é receptiva, ninguém vai te<br />
vaiar ou apedrejar”. Max Gehringer<br />
afi rma que falar em público pode até<br />
não ser bom, mas o importante é estar<br />
preparado.<br />
Seja na faculdade, ou na vida profi<br />
ssional, em algum momento você<br />
vai precisar falar em público. E quando<br />
essa hora chegar o melhor é estar<br />
disposto e colocar em prática algumas<br />
dicas para tornar esse momento menos<br />
doloroso. Saber falar em público<br />
signifi ca muito mais do que vencer<br />
medos, mas conquistar resultados por<br />
meio da comunicação. O profi ssional<br />
que tem esse dom consegue ir muito<br />
além, contorna problemas com mais<br />
facilidade e de modo efi ciente. Outra<br />
velha e boa dica é que a melhor forma<br />
de superar o medo é enfrentá-lo,<br />
por pior que isso possa parecer.
O CIEE dispõe de 5.100 vagas, que podem ser conferidas no site<br />
Cursos Vagas Menor Valor Maior Valor<br />
Administração de Empresas 7 R$ 350,00 R$ 600,00<br />
Arquitetura e Urbanismo 6 R$ 650,00 R$ 800,00<br />
Ciência da Computação 1 R$ 500,00 R$ 600,00<br />
Ciências Biológicas (Biologia) 1 R$ 700,00 R$ 800,00<br />
Ciências Contábeis 3 R$ 700,00 R$ 1.100,00<br />
Ciências Econômicas 1 R$ 500,00 R$ 600,00<br />
Comunicação 2 R$ 500,00 R$ 600,00<br />
Construção Civil - Edifícios 1 R$ 700,00 R$ 800,00<br />
Design 1 R$ 500,00 R$ 600,00<br />
Direito 14 R$ 400,00 R$ 780,00<br />
Educação Física 1 R$ 400,00 R$ 500,00<br />
Engenharia Civil 2 R$ 500,00 R$ 720,00<br />
Engenharia Elétrica 2 R$ 650,00 R$ 851,40<br />
Farmácia 1 R$ 900,00 R$ 1.000,00<br />
Física 8 R$ 700,00 R$ 800,00<br />
Fisioterapia 1 R$ 250,00 R$ 300,00<br />
Geografi a 2 R$ 700,00 R$ 800,00<br />
História 2 R$ 700,00 R$ 800,00<br />
Hotelaria 1 R$ 500,00 R$ 600,00<br />
Letras 1 R$ 250,00 R$ 450,00<br />
Marketing 5 R$ 400,00 R$ 600,00<br />
Matemática 1 R$ 500,00 R$ 800,00<br />
Medicina Veterinária 1 R$ 90,00 R$ 200,00<br />
Moda 1 R$ 400,00 R$ 650,00<br />
Pedagogia 9 R$ 450,00 R$ 800,00<br />
Psicologia 2 R$ 450,00 R$ 650,00<br />
Serviço Social 1 R$ 600,00 R$ 800,00<br />
Sistemas de Informação 13 R$ 400,00 R$ 800,00<br />
Turismo 1 R$ 500,00 R$ 800,00<br />
Web Design 1 R$ 600,00 R$ 700,00<br />
Site: www.ciee.org.br ou telefone: (11) 3046-8211.<br />
2.385 oportunidades de estágio para jovens talentos<br />
Cursos Semestre Valor Código<br />
Administração de Empresas 3º ao 6º sem. R$ 650,00 40621<br />
Administração de Empresas 5º ao 7º sem. R$ 682,00 63407<br />
Administração de Empresas 3º ao 5º sem. R$ 1200,00 63404<br />
Administração de Empresas 2º ao 5º sem. R$ 500,00 63253<br />
Administração de Empresas 3º ao 6º sem. R$ 850,00 63007<br />
Arquitetura Concl. do 2º sem. de 2009 R$ 1.200,00 63046<br />
Branding Design 5º ao 6º sem. R$ 1.000,00 31309<br />
Ciências da Computação 3º ao 7º sem. R$ 600,00 63399<br />
Ciências da Computação 5º ao 9º sem. R$ 682,00 63408<br />
Ciências da Computação 3º ao 5º sem. R$ 1.080,00 63327<br />
Ciências Contábeis 1º ao 6º sem. R$ 650,00 63388<br />
Ciências Contábeis 1º ao 4º sem. R$ 500,00 59231<br />
Ciências Sociais 5º ao 6º sem. R$ 895,50 61942<br />
Desenho Industrial 5º ao 6º sem. R$ 1000,00 31309<br />
Design Gráfi co 1º ao 6º sem. R$ 500,00 58507<br />
Economia Concl. do 1º sem. de 2010 R$ 750,00 60145<br />
Engenharia Bioquímica 4º ao 5º sem. R$ 1.095,00 63377<br />
Engenharia Civil 9º ao 11º sem. R$ 900,00 62000<br />
Engenharia Elétrica 7º ao 10º sem. R$ 1.500,00 63125<br />
Ensino Médio 1º ao 5º sem. R$ 300,00 42973<br />
Ensino Médio 1º ao 5º sem. R$ 500,00 63411<br />
Farmácia 3º ao 8º sem. R$ 700,00 36110<br />
Letras e Intérprete 1º ao 6º sem. R$ 850,00 63406<br />
Marketing 1º ao 6º sem. R$ 650,00 39710<br />
Marketing 1º ao 4º sem. R$ 500,00 56837<br />
Nutrição Concl. do 2º sem. de 2010 R$ 1.300,00 60291<br />
Psicologia 7º ao 9º sem. R$ 682,00 63405<br />
Publicidade e Propaganda 1º ao 6º sem. R$ 600,00 52118<br />
Técnico em Construção Civil Concl. do 2º sem. de 2009 R$ 550,00 58718<br />
Tecnologia em Design Gráfi co Concl. do 2º sem. de 2009 R$ 1.200,00 63263<br />
Site: www.nube.com.br ou telefone: (11) 4082-9360.<br />
INTERCÂMBIO<br />
SEMINÁRIO<br />
05<br />
TRAINEE<br />
A RCS Brasil, empresa<br />
especializada em auditoria<br />
e implantação de planos<br />
estratégicos em pequenas<br />
e médias companhias, inicia<br />
o processo de seleção<br />
de trainees. Estudantes<br />
universitários e recémformados<br />
em Ciências<br />
Contábeis, Administração<br />
de Empresas e Economia podem se inscrever até o dia 30 de abril. A empresa<br />
oferece bolsa-auxílio, adicional de custeio da faculdade, vale-refeição<br />
e seguro de vida, além de assistência médica e odontológica opcionais. É<br />
necessário ter conhecimento de pelo menos uma língua estrangeira, preferencialmente<br />
o Inglês, e noções de Informática. As inscrições devem ser<br />
feitas pelo e-mail: recrutamento@rcsbrasil.com<br />
O Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), em parceria com as<br />
Academias Brasileira de Letras (ABL), Paulista de História (APH), Paulista<br />
de Letras (APL), Cristã de Letras (ACL) e Paulista de Letras Jurídicas<br />
(APLJ), promove em 15 de abril, às 8h30, o Seminário Sobre o Centenário<br />
da Morte de Euclides da Cunha. Participarão do evento Paulo Nathanael<br />
Pereira de Souza, presidente do Conselho de Administração do CIEE; Antonio<br />
Carlos Secchin, membro da ABL; José Renato Nalini, presidente da<br />
APL e membro da APH; Antonio Penteado Mendonça, membro da APH e<br />
da APL; Luiza Nagib Eluf, do Ministério Público do Estado de São Paulo;<br />
Ricardo Gandour, diretor de conteúdo do Grupo O Estado de São Paulo;<br />
Arnaldo Niskier, presidente do Conselho de Administração do CIEE/Rio<br />
e membro da ABL e Ruy Martins Altenfelder Silva, vice-presidente do Conselho<br />
de Administração do CIEE e membro da APH.<br />
O evento será realizado no Espaço Sociocultural – Teatro CIEE (Rua<br />
Tabapuã, 445, Itaim Bibi – São Paulo – SP). As inscrições gratuitas devem<br />
ser feitas com antecedência, pelos telefones (11) 3040-6541/6542 ou pelo<br />
site: www.ciee.org.br, clicando no ícone institucional/agenda de eventos.<br />
A SIS Intercâmbio<br />
Cultural é uma empresa<br />
especializada em cursos<br />
no exterior, sediada na<br />
cidade de São Paulo (SP).<br />
Com a crise mundial, a<br />
empresa SIS revela que o<br />
Canadá tornou-se a opção<br />
mais acessível para quem<br />
pretende fazer um curso<br />
de Inglês. A SIS Intercâmbio<br />
Cultural, em parceria com a English Camp, oferece três dias de preparação<br />
grátis no acampamento do English Camp para quem opta por curso<br />
de Línguas ou Au Pair. Para o programa de High School, são cinco dias,<br />
onde o futuro intercambista vivenciará programa de imersão + orientação<br />
de viagem detalhada, que irá preparar o jovem para vivenciar os desafi os do<br />
programa com mais segurança e naturalidade. Apesar da recente crise econômica,<br />
que deixou o dólar instável e o crédito em baixa, as viagens para o<br />
exterior continuam sendo vistas como uma vantagem para quem ingressa<br />
no mercado de trabalho. Mais informações: www.sis-intercambio.com.br
06 Pós-Graduação<br />
Por Fabiana Mello<br />
Mestrado<br />
Profissional, um<br />
selo de qualidade<br />
As chances de crescimento profi<br />
ssional aumentam conforme se investe<br />
na continuidade da formação<br />
acadêmica. Muita gente não sabe,<br />
mas na Pós-Graduação há dois tipos<br />
de mestrado que podem ser feitos:<br />
o acadêmico e o profi ssional. O<br />
Mestrado Acadêmico é direcionado<br />
a quem deseja lecionar, voltado ao<br />
ensino e à pesquisa. São cursos que<br />
exigem profi ciência em outra língua<br />
e para ter o título de mestre é necessário<br />
apresentar uma dissertação. Já o<br />
Mestrado Profi ssional é uma alternativa<br />
para quem quer aplicar o conhecimento<br />
teórico no dia-a-dia do mercado<br />
de trabalho. O pós-graduando<br />
pode apresentar uma dissertação ou<br />
monografi a na forma de um projeto,<br />
cartilha, produto ou estudo de caso<br />
para obter a titulação.<br />
A UNIBAN oferece três cursos<br />
de Mestrado Profi ssional: Adolescente<br />
em Confl ito com a Lei, Reabilitação<br />
Vestibular e Inclusão Social e<br />
Farmácia na área de Produtos Naturais<br />
e Sintéticos Bioativos. Para os interessados<br />
em Mestrado Acadêmico,<br />
a Universidade oferece o curso Educação<br />
Matemática.<br />
Um Mestrado Profi ssional pode<br />
representar um diferencial na carreira<br />
e preencher o perfi l de formação<br />
que antes era apenas obtido com os<br />
cursos de MBA, que não são recomendados<br />
pela Capes (Coordenação<br />
de Aperfeiçoamento de Pessoal de<br />
Nível Superior). Uma das grandes<br />
vantagens do Mestrado Profi ssional é<br />
que trata-se de um curso Stricto Sensu<br />
que garante ao formado o título de<br />
mestre, confere uma espécie de selo<br />
de qualidade.<br />
“O essencial do Mestrado Profi s-<br />
sional, no caso do curso de Reabilitação<br />
Vestibular e Inclusão Social, é<br />
que o aluno sai capacitado para fazer<br />
o diagnóstico e reabilitar pacientes<br />
que apresentam tonturas, não se preocupando<br />
apenas com a melhora dos<br />
sintomas, mas também de suas repercussões<br />
ao longo da vida dessas pessoas,<br />
sem o uso de medicamentos”,<br />
afi rma o Prof. Ektor Tsuneo Onishi,<br />
coordenador do curso na UNIBAN.<br />
Segundo o professor, esta modalidade<br />
de mestrado “é interessante sob<br />
o ponto de vista prático. Há pessoas<br />
que normalmente já estão inseridas<br />
no mercado de trabalho”. Entre os<br />
pós-graduandos em Reabilitação Vestibular<br />
e Inclusão Social há médicos,<br />
fonoaudiólogos, fi sioterapeutas, educadores<br />
e assistentes sociais.<br />
Para a profa. Márcia Regina Santos,<br />
coordenadora do Mestrado Profi<br />
ssional em Farmácia na UNIBAN,<br />
quem está no calor da batalha profi<br />
ssional sai ganhando com esse tipo<br />
de curso. “Nossos alunos, em geral,<br />
evoluíram suas condições de emprego,<br />
fi zeram mudanças para melhores<br />
empresas e alguns foram contratados<br />
por estarem fazendo o curso. As<br />
companhias demonstram o interesse<br />
Abaixo, os<br />
coordenadores do<br />
Mestrado Profissional.<br />
Da esq. para a dir., a<br />
profa. Márcia Regina<br />
Santos, coordenadora<br />
do curso de Farmácia<br />
na Área de Produtos<br />
Naturais e Sintéticos<br />
Bioativos, o prof.<br />
Ektor Tsuneo Onishi,<br />
coordenador do<br />
curso de Reabilitação<br />
Vestibular e Inclusão<br />
Social e a profa. Maria<br />
de Lourdes Teixeira,<br />
coordenadora do<br />
curso Adolescente em<br />
Conflito com a Lei<br />
Divulgação<br />
O Mestrado Profissional<br />
da UNIBAN desenvolve<br />
no aluno habilidade<br />
de pesquisador, com<br />
a possibilidade de<br />
conhecimento para<br />
ascensão na carreira<br />
por esse profi ssional porque ele carrega<br />
um mestrado voltado à prática”,<br />
diz. A procura maior na UNIBAN<br />
para esta Pós-Graduação tem sido<br />
por formados em Farmácia, Biomedicina,<br />
Biologia, Química, Licenciaturas<br />
em Química e Biologia, Medicina<br />
e Medicina Veterinária.<br />
“O mestrado profi ssional é estruturado<br />
em torno de uma demanda<br />
social e também de mercado no caso<br />
do curso Adolescente em Confl ito<br />
com a Lei”, explica a coordenadora<br />
do curso na UNIBAN, Profa. Maria<br />
de Lourdes Teixeira. “Existe a necessidade<br />
de profi ssionais bem qualifi -<br />
cados nos campos teórico, científi co<br />
e ético, para que possam utilizar as<br />
práticas e intervenções pertinentes e<br />
produzirem mudanças na sociedade.<br />
Nosso interesse nesta Pós é ir além da<br />
titulação, é qualifi car para trabalhos<br />
na área e contribuir para a mudança<br />
da situação no país: o Brasil está hoje<br />
entre os cinco do mundo em número<br />
de adolescentes atores de atos infracionais”,<br />
lembra Lourdes.<br />
A temática do adolescente envolvido<br />
com a criminalidade atrai muito<br />
a opinião pública. No mestrado profi<br />
ssional em Adolescente em Confl ito<br />
com a Lei, que existe apenas na<br />
UNIBAN, há graduados em Direito,<br />
Psicologia, Comunicação, Filosofi a e<br />
outras áreas que tenham experiência<br />
ou interesse de pesquisa e prática no<br />
assunto. “É um mestrado interdisciplinar”,<br />
pontua a professora.<br />
Os programas de mestrado profi ssional<br />
contam com uma carga horária<br />
mais fl exível e um currículo menos<br />
teórico que o acadêmico. O objetivo é<br />
fazer o aluno desenvolver habilidades<br />
de pesquisador, com a possibilidade<br />
de utilizar o conhecimento adquirido<br />
para ascensão na carreira.
Biblioteca<br />
Fotos: Divulgação<br />
Decifrando a matemática<br />
A Equação<br />
que Ninguém<br />
Conseguia Resolver<br />
Autor: Mario Livio<br />
Editora: RECORD<br />
Ano: 2008<br />
Disponível:<br />
Biblioteca Maria<br />
Cândida<br />
Os livros sobre a história da matemática conquistaram um lugar cativo<br />
na preferência do leitor brasileiro. Em “A Equação que Ninguém<br />
Conseguia Resolver” está um relato fascinante e acessível sobre simetria<br />
e sobre como dois jovens e brilhantes prodígios — Évariste Galois<br />
(1811-32) e Niels Henrik Abel (1802-29) — revolucionaram a história da<br />
matemática ao decifrar uma equação que atormentou os melhores cientistas<br />
do mundo por séculos.<br />
O mestre indica...<br />
07<br />
“A Vida Cotidiana no Mundo Moderno – Henri Lefebvre.<br />
O livro mostra como a nossa sociedade está estruturada<br />
num binômio: o consumo dirigido e a burocracia. Nesse contexto,<br />
temos o espaço geográfi co como um elemento estruturante<br />
desse binômio.<br />
O mundo do espetáculo é retratado com seu espaço-tempo<br />
fi ctício e que, muitas vezes, substitui o espaço-tempo real através<br />
da projeção que fazemos diante do espetáculo.<br />
A obra ainda traz uma citação de outra referência, Ulisses<br />
de James Joyce, mostrando a eternidade de um dia e a tentativa<br />
de restabelecer o tempo real dentro<br />
da fi cção. Vale a pena lê-lo”.<br />
Professor Eduardo<br />
Coelho Morgado<br />
Rezende.<br />
Historiador,<br />
escritor, doutor<br />
em cemitérios<br />
e professor<br />
de História e<br />
Geografia da<br />
UNIBAN.
08 Entrevista<br />
Por Renato Góes<br />
Em nome do pai<br />
Além de cantor, produtor musical e empresário,<br />
Wilson Simoninha luta pela preservação do<br />
legado artístico de seu pai, o também cantor<br />
Wilson Simonal<br />
Em época em que a indústria musical tem<br />
alterado seu formato constantemente, o cantor,<br />
compositor, produtor musical e empresário<br />
Wilson Simoninha parece bem adaptado<br />
aos novos tempos. Além de se apresentar nos<br />
palcos nacionais e internacionais, divulgando<br />
seu último disco chamado Melhor, ele é um<br />
dos sócios da produtora S de Samba, que além<br />
de atuar no ramo fonográfi co, também exerce<br />
atividades no ramo publicitário na criação de<br />
jingles. Como se fossem poucas atribuições,<br />
ele também é responsável pela preservação<br />
do nome de seu pai, Wilson Simonal, ícone<br />
da música popular nos anos 1960, cuja carreira<br />
foi detonada após boatos de que ele servia<br />
como delator na época da ditadura. Após<br />
anos de obscuridade, a verdadeira história de<br />
Simonal tem sido abordada em fi lmes, livros<br />
e até espetáculos teatrais, para felicidade do<br />
fi lho Simoninha, que herdou não só o talento<br />
musical, mas também a simpatia e desenvoltura<br />
de seu genitor. É o que se pode conferir<br />
na entrevista cedida à equipe da <strong>Folha</strong> Universitária.<br />
<strong>Folha</strong> Universitária – Você tem várias funções.<br />
Cantor, produtor e empresário. Qual<br />
delas você tem desempenhado com maior<br />
frequência?<br />
Wilson Simoninha – O artista, hoje, é<br />
obrigado a lidar com várias coisas para sua<br />
carreira ir pra frente. No meu caso, por ser<br />
fi lho de artista e entender todas as difi culdades<br />
que os artistas vivem, eu entendi que<br />
eu podia montar um negócio que pudesse,<br />
no futuro, gerenciar minha vida e minha<br />
carreira. Através da produtora S de Samba,<br />
eu sempre vislumbrei isso. A produtora<br />
tem um segmento de trabalho voltado à<br />
publicidade, com um volume constante, e<br />
tem outros segmentos como o selo, a editora<br />
e o escritório de shows. Agrega tudo<br />
numa coisa só.<br />
F.U. – Para sobreviver no atual mercado<br />
fonográfi co, o artista contemporâneo tem<br />
que estar por dentro dos vários assuntos<br />
ligados ao negócio da música?<br />
“Música foi<br />
algo presente<br />
na minha vida<br />
desde sempre.<br />
Tínhamos sempre<br />
a presença de<br />
músicos em casa,<br />
íamos a shows.<br />
Sempre estivemos<br />
envolvidos nisso.<br />
Muitos discos, na<br />
época do vinil,<br />
sempre escutei<br />
música e gostava<br />
de ir na sala que<br />
meu pai tinha<br />
em casa, onde<br />
ficavam os discos e<br />
a vitrola. Era uma<br />
diversão”<br />
Fotos: Amana Salles<br />
W.S. – Bom, eu não gosto da expressão<br />
“negócio da música”. É uma visão muito<br />
mercantilista. Eu nunca fi z música pensando<br />
em dinheiro. Era sempre a última<br />
coisa que eu penso. Talvez, por isso eu<br />
não tenha tanto sucesso fi nanceiramente.<br />
Graças a Deus eu tenho condições de criar<br />
isso, mas o dinheiro nunca é o fi m. Nunca<br />
foi e não será a essa altura do campeonato.<br />
O que existe é a possibilidade de poder<br />
trabalhar. Antigamente, o que acontecia?<br />
Você tinha as gravadoras. Se você for lá<br />
atrás, na década de 60 até os anos 1970,<br />
os programas de televisão pagavam para<br />
os artistas. Eles recebiam cachê para cantar<br />
em programas de televisão. A fonte de<br />
renda do artista era muito diferente. Você<br />
podia fi car em casa como quase um mecenato,<br />
além do dinheiro dos shows. Além<br />
disso, tinha a divulgação do seu trabalho,<br />
a gravação do disco. Tudo isso era feito<br />
por um terceiro e o artista não tinha essa<br />
preocupação. Eu sou de uma geração em<br />
que esse panorama mudou.<br />
F.U. – Você é um artista que pegou a transição<br />
para a era digital da música, certo?<br />
W.S. – Exatamente. Hoje em dia, eu sou<br />
dono do meu selo. Não tenho um empresário<br />
formal. O que existe são produtores<br />
que trabalham juntos comigo e discutem<br />
e pensam formas de divulgar o meu trabalho.<br />
E muitos outros artistas fazem da<br />
mesma forma. Acaba sendo uma tendência<br />
natural, porque não existe hoje aquela<br />
fi gura que determina aquilo que você vai<br />
fazer. Mas eu optei também por essa estrutura<br />
por causa da produção musical, dessa<br />
experiência de produzir, algo que eu gosto<br />
muito. Trabalhei na Trama num período<br />
importante da minha vida, fi z direção<br />
artística durante um ano, fui responsável<br />
pelo lançamento de 16 discos. É algo que<br />
eu gosto e que dá possibilidades de trabalhar<br />
com outros artistas. Hoje também<br />
culminou de eu trabalhar questões ligadas<br />
à obra do meu pai, que eu sou responsável.<br />
Então, as pessoas me procuram e vêm<br />
conversar sobre isso. Tem o lançamento<br />
do fi lme, a biografi a que vai sair, existe a<br />
possibilidade de um espetáculo teatral. É
em corrido. Você pensa que vida de artista é<br />
fácil? (Risos)<br />
F.U. – Me fala um pouco do trabalho da produtora<br />
S de Samba.<br />
W.S. – É uma sociedade entre eu, o Jair de Oliveira,<br />
o João Baptista e o Dimi Kireeff. Estamos<br />
juntos há dez anos e basicamente somos<br />
uma produtora que faz música para fi lmes. No<br />
cinema fi zemos para fi lmes como Cristina Quer<br />
Casar e Por Trás do Pano. Na publicidade também,<br />
mas com uma forma diferente de pensamento<br />
no negócio, mas que também é feito<br />
com muito amor. Foi tudo isso que possibilitou<br />
a criação de estúdios. Paralelamente a isso,<br />
a gente tem o selo de artistas que lançou o meu<br />
disco, do Jair de Oliveira, do Jair Rodrigues e<br />
da Luciana Mello, que é um trabalho artesanal<br />
muito importante pra gente. Tem a nossa editora<br />
onde estão nossas músicas e de amigos<br />
e o nosso escritório de shows e eventos, que<br />
gerencia as apresentações e organiza a produção<br />
pra gente ir pra estrada e continuar trabalhando.<br />
F.U. – Mas qual a diferença para o cantor Wilson<br />
Simoninha ao interpretar uma canção<br />
num show e um jingle publicitário?<br />
W.S. – Existem diferenças. Quando eu, como<br />
artista, sou convidado para cantar numa campanha,<br />
eu imprimo a coisa artística, que é isso<br />
que eles querem. É natural para qualquer artista.<br />
Mas o mecanismo das coisas é diferente.<br />
A publicidade trabalha muito sob encomenda.<br />
Você tem que fazer uma música para um sabonete,<br />
um avião, sobre um produto específi co.<br />
É algo que necessita muita criatividade. Nosso<br />
trabalho é muito musical, nossos jingles se parecem<br />
muito com músicas, algo positivo a meu<br />
ver. Já na música, quando eu faço uma canção,<br />
eu não estou pensando necessariamente em fazer<br />
algo de encomenda. Eu falo de situações<br />
que eu quero falar. O que move criativamente<br />
são coisas distintas. É importante a criatividade<br />
nas duas coisas.<br />
F.U. – Sobre seu último<br />
disco chamado Melhor,<br />
você tem divulgado este<br />
trabalho nos seus shows<br />
pelo Brasil?<br />
Fotos: Amana Salles<br />
W.S. – É um pouco de volta às raízes. É<br />
claro que a gente tem outra estrutura,<br />
mas quando digo volta às raízes é que o<br />
trabalho independente não tem tan- t a<br />
coisa. Você tem que cavar situ- a -<br />
ções, não tem um aparato por detrás.<br />
Acontece um pouco disso na divulgação<br />
de um disco como esse. Mas, ao mesmo<br />
tempo, é muito prazeroso e o tempo de trabalho<br />
é diferente. Não precisa fazer a coisa acontecer<br />
em dois meses. Você pode trabalhar durante um<br />
ano, aproveitando oportunidades. O trabalho<br />
de divulgação do disco continua e estou trabalhando<br />
num DVD ao vivo abordando o novo<br />
disco e outras composições da minha carreira.<br />
Meu último DVD foi uma homenagem ao Jorge<br />
Benjor, um trabalho com a MTV. Mas com as<br />
minhas músicas está faltando. É um bom momento<br />
pra isso.<br />
F.U. – Falando de suas afi nidades musicais,<br />
como foi a sua formação musical nos tempos<br />
de criança?<br />
W.S. – Música foi algo presente na minha vida<br />
desde sempre. Tínhamos sempre a presença de<br />
músicos em casa, íamos a shows. Sempre estivemos<br />
envolvidos nisso. Muitos discos, na época<br />
do vinil, sempre escutei música e gostava de ir<br />
na sala que meu pai tinha em casa, onde fi cavam<br />
os discos e a vitrola. Era uma diversão. Tinha<br />
um momento de ouvir música e me divertir naquele<br />
universo lúdico, das capas que eu também<br />
gosto.<br />
F.U. – Você disse antes da entrevista que têm<br />
aparecido várias propostas artísticas de contar<br />
a história de seu pai, Wilson Simonal. A história<br />
dele começou a ganhar o devido valor?<br />
W.S. – Sem dúvida. Eu acho que é até uma<br />
coincidência. O jornalista que está escrevendo a<br />
biografi a do meu pai me ligou dizendo que em<br />
2009 faz 40 anos do histórico show no Maracanazinho<br />
e acontece também o lançamento do<br />
documentário Você Não Sabe o Duro Que Dei, que<br />
é uma das coisas que ajudaram a trazer à tona a<br />
história do Simonal.<br />
F.U. – Você, particularmente, gostou do resultado<br />
do documentário?<br />
W.S. – Gosto muito do documentário. Todos<br />
esses projetos, a gente, como família, faz<br />
questão de participar. Mas sempre<br />
damos liberdade total<br />
para as pessoas. Não há<br />
interferência, a não ser<br />
que forem fazer algo negativo.<br />
Mas do ponto de<br />
vista artístico, se a pessoa<br />
quiser contar a história<br />
dele, desde que procure<br />
contar a verdade, não<br />
existe razão pra gente<br />
impedir algo. A gente dá<br />
total liberdade. É óbvio<br />
que tem alguns pontos<br />
que a gente acha um pouco<br />
exagerado ali, coisa e<br />
tal, mas como artista eu<br />
compreendo muito bem.<br />
O documentário é uma<br />
peça importante dentro<br />
“É interessante rever a história,<br />
porque o Simonal pagou um<br />
preço altíssimo. E muitas<br />
pessoas da música que hoje são<br />
reverenciadas fizeram coisas<br />
bem piores e foram perdoadas. É<br />
muito louco isso”<br />
09<br />
deste quebra-cabeça que é a história da música<br />
popular brasileira. Ninguém sai impune depois<br />
da exibição. Primeiro por que se descobre um<br />
artista que você diz: “Meu Deus, ele existia e eu<br />
não sabia”. É um susto para as pessoas. Digo<br />
isso porque acompanhei algumas exibições e<br />
vi a reação do público, não só no Brasil, mas<br />
também fora. É algo surpreendente. É um documentário<br />
que tem muita música e mostra o<br />
Simonal atuando. Impressiona pela atitude dele<br />
nos palcos. Ao mesmo tempo, o fi lme retrata a<br />
história dele pelo fato de ser negro, pelas posições<br />
dele, o que gerou na época da ditadura e<br />
de um incidente policial, ele acabou sendo alvo<br />
de um boato que interferiu na vida dele.<br />
F.U. – Prejudicou muito a carreira dele...<br />
W.S. – É verdade. Nos 35 anos que se passaram<br />
desde o incidente, não há uma prova, testemunha<br />
ou pessoa que tenha sido dedurada pelo<br />
Simonal na época da ditadura. Os documentos<br />
provam hoje em dia que esse boato jamais<br />
existiu. O que existiu foi um problema com o<br />
contador dele, que virou um incidente policial<br />
que mais tarde se tornou um incidente político.<br />
Inventaram uma boataria de que o Simonal era<br />
colaborador da ditadura, que entregava pessoas<br />
e as torturava. Um horror. Coisas horríveis que<br />
não condiziam com a personalidade dele. Muitas<br />
pessoas abraçaram a história.<br />
F.U. – Era uma época de muitos extremos, não<br />
é? Não havia um meio termo.<br />
W.S. – Exatamente. É interessante rever a história,<br />
porque o Simonal pagou um preço altíssimo.<br />
E muitas pessoas da música que hoje<br />
são reverenciadas fi zeram coisas bem piores e<br />
foram perdoadas. É muito louco isso. Tem até<br />
a ver com o livro que está saindo sobre o Simonal,<br />
que aborda a questão de como o bode<br />
expiatório é importante na nossa cultura, que é<br />
algo que elimina todas nossas culpas.<br />
Saiba Mais<br />
Confi ra a entrevista na íntegra<br />
no site da <strong>Folha</strong> Universitária.<br />
www.uniban.br/hotsites/folha
10 Reportagem da Semana<br />
19 de abril (Dia<br />
do Índio). Fomos<br />
conhecer as<br />
particularidades<br />
de duas aldeias da<br />
capital paulistana.<br />
Preservar a tradição,<br />
sem a influência<br />
do homem branco,<br />
continua a ser a<br />
maior luta indígena<br />
Fotos: Amana Salles<br />
Por Manuel Marques<br />
A cacique Augusta Venício, uma<br />
senhora de 86 anos de idade, não se<br />
mostrou muito receptiva quando foi<br />
abordada pelo repórter e a fotógrafa da<br />
<strong>Folha</strong> Universitária. Um pouco carrancuda,<br />
olhando para baixo e balançando<br />
os pés, como se estivesse dançando, resmungou:<br />
“Não sei o que acontece porque<br />
sempre que chega o mês de abril<br />
vem um monte de branco procurar índio,<br />
e nunca traz um pacote de açúcar,<br />
um pacote de arroz, uma lata de óleo.<br />
Não traz nada. Depois que passa o mês<br />
vocês somem e nunca mais aparecem”.<br />
A razão da visita, dona Augusta, leitor,<br />
é que dia 19 de abril é dedicado aos índios<br />
brasileiros. É por isso que muitos<br />
jornalistas procuram os indígenas nesta<br />
época do ano. Não poderia ser diferente<br />
com a <strong>Folha</strong> Universitária. Visitamos<br />
as aldeias da região metropolitana de<br />
São Paulo para descobrir como vivem,<br />
o que afl ige e o que alegra as centenas<br />
de guaranis que povoam a maior cidade<br />
da América Latina.<br />
Localizada próxima ao Pico do Jaraguá,<br />
Tekoá Ytu (que em guarani signifi<br />
ca terra de cachoeira), é o nome que<br />
recebe a aldeia liderada pela cacique<br />
Augusta. Embora antiga, é a menor aldeia<br />
de São Paulo. Apenas 37 famílias<br />
guaranis. A matriarca, que se mostrou<br />
um pouco irritadiça no início da abordagem,<br />
não demorou em demonstrar<br />
simpatia. E relatou que a Aldeia de Baixo,<br />
como é mais conhecida, foi estabelecida<br />
no início dos anos 60 pela ação<br />
dela e do falecido marido, o cacique<br />
Joaquim Augusto Martins.<br />
Ao longo de nossa caminhada na<br />
Aldeia de Baixo, não pudemos ver uma<br />
única toca da tradicional cultura indígena.<br />
Em lugar delas, foram erguidas casas<br />
de tijolos e barracos. A maioria pintados<br />
de branco. Aliás, do homem branco<br />
herdaram o hábito de acompanhar<br />
os programas de televisão (há aparelhos<br />
de TV em todas as residências) e tam-<br />
Os verdadeiros donos da terra<br />
bém o<br />
gosto<br />
por frituras<br />
e pelo<br />
consumo da<br />
cachaça. Enquanto<br />
caminhávamos na<br />
aldeia, nos deparamos<br />
com mais de meia dúzia de índios<br />
que haviam apreciado uma boa<br />
dose do típico aguardente brasileiro.<br />
Outro ponto interessante é que<br />
toda a comunicação entre os membros<br />
da aldeia acontece na língua guarani. O<br />
português é utilizado na fala com o homem<br />
branco e na educação dos pequenos<br />
estudantes, que fazem as lições nas<br />
duas línguas. Do primeiro ao sétimo<br />
ano de vida, toda a comunicação com os<br />
jovens acontece em Guarani. A língua<br />
portuguesa só é aprendida a partir da<br />
primeira série. “Isso é fundamental,<br />
pois nossa língua é nossa própria identidade”,<br />
explica Joel, fi lho caçula da cacique<br />
e professor de língua portuguesa<br />
e Guarani. Embora tenham o cuidado<br />
de manter a tradição, há um pouco de<br />
mistura. O próprio Joel está no seu segundo<br />
casamento, desta vez com uma<br />
mulher branca.<br />
Um pouco mais acima, também<br />
próximo ao Pico do Jaraguá, está a aldeia<br />
Tekoá Pyau. Assentado há pouco<br />
mais de uma década, é o aldeamento<br />
de maior crescimento populacional.<br />
Quase tudo gira em torno do pajé e<br />
cacique José Fernandes Soares Guirá<br />
Pepó. Esta área é mais adensada porque<br />
recebe guaranis provenientes de<br />
outras regiões do País, especialmente<br />
de áreas litorâneas de Estados do Sul<br />
e São Paulo.<br />
Ali a situação é mais complicada. Visitamos<br />
num dia chuvoso, em que lixo,<br />
lama e fezes se misturavam. Em alguns<br />
pontos da aldeia, o pé afunda mesmo no<br />
barro. Outra coisa que chama a atenção<br />
do visitante é o cheiro de xixi e cocô,<br />
que parece impregnar todo o ambiente.<br />
Esse triste detalhe é facilmente explicável.<br />
Os banheiros da aldeia são comunitários.<br />
Apenas 15 para 87 famílias,<br />
compostas cada uma por pelo menos<br />
cinco membros. Pedro, vice-presidente<br />
da Associação que zela pelos direitos<br />
indígenas<br />
daquela<br />
aldeia, conta<br />
que em alguns<br />
momentos se formam<br />
longas fi las para<br />
tomar banho ou defecar.<br />
“Muitas vezes, a única solução é<br />
fazer necessidades no mato ou do lado<br />
da casa. Nem sempre as crianças vão<br />
fi car numa fi la. Para um adulto tomar<br />
banho direitinho, só depois das dez da<br />
noite. Nós não queremos viver assim.<br />
Vivemos desse jeito porque nos obrigaram.<br />
Não tem um lugar com recurso<br />
natural, não tem lugar pra caçar, não<br />
tem nada”, atesta Pedro.<br />
Como o espaço é muito reduzido,<br />
não há muitas plantações. Um ou outro<br />
pé de abóbora e de mamão plantados<br />
aqui e acolá. Mas, embora vivam em extrema<br />
miséria, os habitantes dessa aldeia<br />
são muito receptivos. Ao longo do caminho,<br />
fomos convidados mais de uma<br />
vez para entrar nas casas, fotografar os<br />
objetos e até a experimentar o cachimbo<br />
da paz. Dona Durvalina (a senhora<br />
que aparece na capa deste jornal), não<br />
falava muito bem a língua portuguesa,<br />
mas sorria para sinalizar que éramos<br />
bem-vindos. Nas poucas palavras que<br />
pronunciou em nosso idioma, esclareceu<br />
que ainda adolescente veio com os<br />
pais de uma aldeia guarani do interior<br />
paranaense. Disse ainda que sua meta<br />
é voltar para sua terra natal e se reintegrar<br />
à sua aldeia de origem.<br />
No aldeamento Tekoá Pyau as regras<br />
são bem sólidas. Uma delas é que<br />
branco não pode morar lá. Se, porventura,<br />
houver o casamento de um indígena<br />
com alguém que não seja guarani,<br />
essa pessoa deve sair da aldeia e fi xar<br />
residência em outro lugar. Esta regra foi
estabelecida pelo<br />
pajé José Fernandes,<br />
que acumula a<br />
tripla função de líder<br />
espiritual, guardião<br />
da tradição<br />
indígena e cacique<br />
da aldeia. Fernandes,<br />
um homem de<br />
cara fechada, não é<br />
muito dado a gracejos<br />
e risos. Tem<br />
fama de administrar<br />
o local com mãos de ferro. Mas faz isso sem abandonar<br />
a ternura. É ele que realiza os batismos infantis, os cultos aos<br />
espíritos da terra e dos antepassados e, claro, os casamentos e<br />
divórcios. Na casa de reza onde ele realiza essas celebrações<br />
não há muitos objetos. O piso é totalmente de terra. Ali, nem<br />
os animais são discriminados. Quando entramos no templo,<br />
encontramos muitos cachorros que se abrigaram para fugir<br />
da chuva.<br />
Os guaranis dessa aldeia conseguem algum dinheiro comercializando<br />
artesanatos, vendidos nas feiras livres. O cocar,<br />
por exemplo, que consome ao menos três dias de trabalho,<br />
é vendido nas feiras pelo preço de R$ 170,00. Mas a maior<br />
fonte de renda não vem do artesanato, mas do programa renda<br />
mínima, já que cada família é bem numerosa. Pedro explica<br />
que o forte da aldeia não é a obtenção de bens materiais, mas<br />
o zelo pela tradição. “Muita coisa mudou. Antigamente eu<br />
andava pelado, descalço e quase sempre caçando no mato o<br />
dia inteiro. Depois que eu tive contato com a cidade, isso não<br />
é mais possível. Mas, mesmo assim, aqui nós preservamos<br />
a nossa língua guarani, mantemos o nosso passado e nossa<br />
história. E mantemos<br />
fi rmemente<br />
a nossa religiosidade<br />
e, diariamente,<br />
consumimos<br />
bebida tradicional<br />
(xixa, uma espécie<br />
de aguardente feita<br />
à base de milho),<br />
além de mandioca<br />
e batata doce”,<br />
explica. E conclui:<br />
“queremos fazer<br />
como nossos antepassados fi zeram”.<br />
Os guaranis não conseguiram manter a tradição no que tange<br />
à sexualidade. No passado, só se relacionavam sexualmente<br />
após o casamento. Com a infl uência da televisão, essa regra<br />
fi cou lá atrás. “Antigamente, para arranjar um casamento você<br />
tinha que andar um quilômetro fora de casa. Hoje, um mora do<br />
lado do outro. Tá bem diferente”, explica o cacique José Fernandes.<br />
Quanto à iniciação sexual, não há uma idade específi ca<br />
para os homens. Quanto às meninas, três meses após a primeira<br />
menstruação elas já podem se casar. Não é raro algumas delas<br />
contraírem matrimônio aos 12, 13 anos de idade. Roselina<br />
da Silva, chamada pelo marido de Jerá (se pronuncia Dierá, que<br />
signifi ca Deusa do Orvalho), tem 16 anos de idade e já tem um<br />
fi lhinho que, em breve, completará um ano.<br />
Ela não é única. Praticamente todas as índias com mais<br />
de 14 anos de idade são casadas e têm mais de um fi lho. Nos<br />
deparamos com várias meninas que estavam amamentando.<br />
Meninas? Não. Os guaranis desenvolveram um conceito diferente<br />
para separar as fases infantil e adulta. Para eles, a fase<br />
infantil se dá do primeiro ao sétimo ano de idade. Após os<br />
sete anos, esses jovens<br />
já podem ser<br />
considerados adultos.<br />
Já são responsabilizados<br />
pelos<br />
próprios atos e escolhas.<br />
Do extremo<br />
Oeste ao extemo<br />
Sul de São Paulo,<br />
visitamos o último<br />
território ocupado<br />
11<br />
por guaranis na capital, no bairro de Parelheiros, na região<br />
onde se encontram muitas nascentes da represa Billings. Os<br />
moradores da aldeia Krukutu não enfrentam os mesmos dramas<br />
que os de seus irmãos do Jaraguá. O conforto da água<br />
encanada, luz elétrica, escolas, creches e televisores foi uma<br />
conquista de todos os moradores. Sem contar os espaços para<br />
pescar (moram perto de 14 nascentes que desembocam na<br />
represa Guarapiranga) e caçar.<br />
O cacique Karai de O. Paula, um jovem de 24 anos de idade,<br />
recepcionou nossa reportagem trajando bermuda, camiseta<br />
aberta da cerveja Schincariol e um iPod. Perguntei pelo<br />
signifi cado do seu nome em guarani e ele não se lembrava.<br />
“Quem sabe dessas coisas é o Pajé”, testifi cou. Apesar de lidarem<br />
bem com tecnologia, todos zelam pela tradição. De<br />
jovens a velhos, todos falam guarani.<br />
Os moradores dessa aldeia estão cercados por uma densa<br />
mata, que cerca a reserva. Embora possuam alguns prédios<br />
modernos como o<br />
que abriga a escola<br />
e a creche, a maioria<br />
das casas são as<br />
cabanas tradicionais<br />
de pau-a-pique<br />
e piso de chão. Os<br />
índios mais jovens<br />
gostam de andar<br />
sem roupas, já que<br />
sempre aproveitam<br />
o sol para dar um<br />
mergulho na represa<br />
ou numa das<br />
nascentes que desembocam ali. Quando saem da água, basta<br />
andarem uns 100 metros e já encontram um grande campo de<br />
futebol para praticarem o esporte mais popular do País.<br />
No centro da aldeia se encontra a principal casa de rezas,<br />
reservada para as cerimônias mais importantes. É ali que os<br />
guaranis celebram a virada do ano (que acontece a cada seis<br />
meses do nosso calendário), uma grande festa, que envolve,<br />
além da comunidade local, os três pajés da aldeia, mais convidados<br />
das aldeias ao redor de São Paulo. Mas há mais três<br />
casas de rezas no local. Um pouco menores, são nelas que a<br />
comunidade indígena se reúne diariamente ao anoitecer para<br />
se aquecerem ao redor do fogo (a região é muito fresca, com<br />
orvalho pela manhã e uma suave brisa no fi nal da tarde), ouvirem<br />
conselhos e tratamentos espirituais dos pajés, beberem<br />
uma bebida típica e fumarem o cachimbo da paz (feito a partir<br />
de fumo de corda e folhas encontradas na região).<br />
Marcos Tupã, assessor e membro do conselho de liderança<br />
da aldeia, explica que ali há espaço para a reza e a ciência,<br />
a medicina natural e a medicina moderna. Quando há um<br />
mal de cunho espiritual,<br />
quem cura é<br />
o pajé. Se for dano<br />
causado pela natureza,<br />
usam as plantas<br />
para curar. Caso<br />
a doença seja fruto<br />
do contato com o<br />
homem branco, o<br />
ideal é procurar a<br />
ajuda de um médico.<br />
De acordo com<br />
Marcos, a principal<br />
preocupação continua<br />
sendo com a questão da demarcação. Querem que a área<br />
seja ampliada a fi m de aumentar o espaço para novas casas e<br />
garantir um lugar digno para as futuras gerações. “Só assim a<br />
gente vai se sentir em segurança, né?”. É Marcos, só assim os<br />
primeiros donos dessas terras vão se sentir em casa.<br />
Saiba mais<br />
Entre em nosso site e veja uma galeria de fotos exclusivas<br />
sobre as aldeias e os personagens retratados nesta<br />
reportagem. Descubra ainda como agendar uma visita<br />
aos guaranis ou marcar uma palestra ministrada por líderes<br />
dessas aldeias. http://www.uniban.br/hotsite/folha/
12 UNIBAN Brasil<br />
Rádio e TV avaliado com nota máxima<br />
Por Marisa De Lucia<br />
Mais uma vitória para a Universidade<br />
e, em especial, para o Instituto<br />
de Comunicação e Artes. O Ministério<br />
da Educação publicou no Diário<br />
Ofi cial da União na semana passada<br />
a Portaria que reconhece o curso de<br />
Rádio e TV da UNIBAN com nota 5,<br />
a mais alta que se pode conseguir nos<br />
processos de reconhecimento pelo<br />
Sistema Nacional de Avaliação da<br />
Educação Superior (Sinaes) do MEC.<br />
O reconhecimento, segundo a<br />
profa. Flávia Delgado, presidente do<br />
Instituto de Comunicação e Artes da<br />
UNIBAN, é o resultado do trabalho<br />
de três anos de empenho da equipe<br />
Fotos: Renato Góes<br />
MEC publica Portaria de reconhecimento do curso de Rádio e TV.<br />
O curso teve a nota 5, em agosto de 2008<br />
de professores e coordenadores, do<br />
estudo e do aperfeiçoamento em torno<br />
do projeto pedagógico. E vem ao<br />
encontro do objetivo da Universidade,<br />
que é o de promover educação de<br />
qualidade, em seus diferentes níveis,<br />
buscando preparar todos os seus alunos<br />
para enfrentar e se integrar em<br />
uma sociedade cada vez mais complexa<br />
e exigente.<br />
Uma das características do curso<br />
é o caráter eminentemente prático e<br />
a qualidade dos produtos elaborados<br />
nas disciplinas. “Vários trabalhos foram<br />
fi nalistas de prêmios acadêmicos,<br />
outros exibidos por emissoras de TV<br />
como produções independentes. Incentivamos<br />
muito os alunos a extra-<br />
polarem possibilidades e os limites da<br />
sala de aula”, explica a professora. Um<br />
destes exemplos é a Rádio ICA, projeto<br />
desenvolvido nas aulas de Locução<br />
em Rádio, no qual os alunos colocam<br />
uma rádio ao vivo no ar no pátio do<br />
campus ABC durante os intervalos.<br />
O curso Gestão em RTV, oferecido<br />
nos campi Marte, ABC e Osasco<br />
nos períodos matutino e noturno, tem<br />
como propósito atender à carência de<br />
profi ssionais com um olhar múltiplo,<br />
sólido e abrangente para todas as áreas<br />
de sistemas audiovisuais, desenvolvendo<br />
não somente as potencialidades<br />
e peculiaridades do profi ssional,<br />
mas também fortalecendo a área destinada<br />
aos estudos acadêmicos nesse<br />
Alunos visitaram o Parque de<br />
Ciência e Tecnologia da USP<br />
Uma maneira divertida de se inteirar dos assuntos trabalhados em sala de aula<br />
Por Marisa De Lucia<br />
Com o objetivo de participar de<br />
atividades que complementam os<br />
temas importantes e instigantes já<br />
tratados em sala de aula sobre constituição,<br />
estrutura e funcionamento<br />
da Terra, alunos do 3° ano do curso<br />
de Ciências Biológicas, realizaram<br />
uma visita técnica no último dia 21<br />
de março, ao Parque de Ciência e<br />
Tecnologia da USP (CienTec).<br />
Por meio de diferentes passeios,<br />
demonstrações e experiências no<br />
Cien Tec, uma importante fonte<br />
de conhecimento e entretenimento<br />
científi co, a ciência e a tecnologia<br />
fi cam muito mais próximas do<br />
visitante, que aprende enquanto se<br />
diverte.<br />
Entre as inúmeras atividades,<br />
na Alameda do Sistema Solar os<br />
alunos tiveram acesso a esculturas<br />
artísticas ilustrativas<br />
que representam o sistema<br />
solar completo; na<br />
Exposição de Matemática<br />
realizaram experimentos<br />
interativos, explorando e<br />
pensando os fundamentos<br />
da matemática, e no<br />
Observatório Astronômico<br />
do Parque puderam<br />
fazer uso de uma luneta<br />
original do início do século XX<br />
para observar estrelas, asteróides<br />
e planetas.<br />
Para os alunos, foi uma maneira<br />
interessante e divertida de complementar<br />
os assuntos trabalhados<br />
em sala de aula, obtendo informações<br />
detalhadas sobre a origem<br />
de nosso planeta, sua posição no<br />
sistema solar, relação com outros<br />
corpos celestes, características<br />
externas e internas<br />
do planeta e os métodos<br />
e tecnologias de estudo<br />
através da Geofísica.<br />
Para o prof. dr. Luiz<br />
Henrique Cruz de Mello,<br />
que acompanhou a visita,<br />
“esta foi, sem dúvida,<br />
uma oportunidade ímpar<br />
para a formação acadêmica<br />
dos alunos. Além dis-<br />
Fotos: Divulgação<br />
setor. A verticalização<br />
do curso<br />
já está formatada<br />
em dois projetos<br />
de curso de especialização,<br />
um<br />
para a área do Rádio e outro para TV,<br />
possibilitando a continuação dos estudos<br />
para os formandos. “No curso<br />
Lato Sensu em Comunicação Televisiva,<br />
por exemplo, a maior parte da<br />
turma é formada por nossos ex-alunos<br />
e também por profi ssionais das<br />
principais redes de comunicação do<br />
País”, lembra a profa. Flávia.<br />
Saiba Mais<br />
Para saber quais os critérios<br />
utilizados pelo MEC para avaliar<br />
o curso de Rádio e TV da UNI-<br />
BAN e mais sobre o curso, acesse<br />
o endereço: http://www.uniban.<br />
br/hotsite/folha<br />
so, em se tratando de um curso de<br />
licenciatura, os alunos conheceram<br />
um recinto na cidade de São Paulo<br />
que oferece atrações científi cas<br />
interessantes e está pronto para<br />
receber professores e alunos dos<br />
ensinos Fundamental e Médio”.
Unipan inicia 3 novos<br />
cursos de Pós<br />
Por Alexandra Oliveira<br />
No dia 25 de abril, a Faculdade<br />
Unipan inicia três novos cursos<br />
de Pós-Graduação: Gestão do Sistema<br />
Único de Assistência Social,<br />
Geriatria e Gerontologia Multiprofi<br />
ssional e Gestão de Pessoas,<br />
Responsabilidade Social e Desenvolvimento<br />
Sustentável. Os cursos<br />
foram criados para atender a uma<br />
demanda de profi ssionais da área<br />
de assistência social e outros setores<br />
carentes de especializações.<br />
“Os cursos de Pós-Graduação<br />
trazem módulos para preparação<br />
multiprofi ssional, voltado aos assistentes<br />
sociais, gestores, pedagogos<br />
e psicólogos. Na área de<br />
Geriatria é um curso inédito para<br />
Por Alexandra Oliveira<br />
Projeto leva<br />
aperfeiçoamento aos jovens<br />
da Guarda Mirim<br />
Iniciativa ajuda<br />
jovens a se<br />
prepararem para<br />
entrar com o pé<br />
direito no mercado<br />
de trabalho<br />
Alunos da Faculdade UNIPAN<br />
estão desenvolvendo projeto social na<br />
Associação Educacional Espírita Lins<br />
de Vasconcellos, a Guarda Mirim. São<br />
acadêmicos dos cursos de Secretariado<br />
Executivo, Letras, Engenharia de<br />
Produção Agroindustrial, Engenharia<br />
Ambiental e Gestão Ambiental que,<br />
em parceria com a entidade, estão<br />
possibilitando aos jovens da Guarda<br />
Mirim aulas para o aperfeiçoamento<br />
profi ssional.<br />
O projeto quer ampliar conhecimentos<br />
para jovens ingressantes no<br />
região”, observa a professora Marilu<br />
Chaves Catusso, coordenadora<br />
dos cursos. Além de capacitação<br />
teórica, o profi ssional estará atualizado<br />
em assuntos contemporâneos<br />
com atividades práticas.<br />
Geriatria e Gerontologia Multiprofi<br />
ssional<br />
A coordenadora menciona que,<br />
no ano de 2025, o Brasil será o sexto<br />
país em população idosa no mundo,<br />
“as pessoas estão vivendo mais, é<br />
preciso preparar o multiprofi ssional<br />
que estuda o processo de envelhecimento<br />
e trabalha a questão da pessoa<br />
idosa antes e durante o envelhecimento”,<br />
informa Marilu.<br />
mercado de trabalho. As atividades<br />
acontecem aos sábados, e seguem<br />
até julho. São aulas de interpretação<br />
e construção de texto, técnicas<br />
de redação, oratória, atendimento<br />
ao cliente, trabalho de equipe, ética,<br />
marketing pessoal, matemática, edu-<br />
Fotos: Divulgação<br />
Gestão de Pessoas, Responsabilidade<br />
Social e Desenvolvimento<br />
Sustentável<br />
É uma especialização voltada à<br />
necessidade de capacitar profi ssionais<br />
que trabalham com gestão de<br />
pessoas e projetos de responsabilidade<br />
social, visando à condição<br />
do desenvolvimento sustentável.<br />
cação e gestão ambiental. Pelo menos<br />
200 adolescentes da Guarda Mirim,<br />
com idade entre 14 e 17 anos,<br />
participam do projeto. “A maioria<br />
deles está inclusa no programa Jovem<br />
Aprendiz, e já está no primeiro<br />
emprego”, afi rma a coordenadora<br />
13<br />
Os cursos foram criados para incluir profissionais da área social e<br />
setores carentes de especialização<br />
Gestão do Sistema Único de<br />
Assistência Social<br />
“Prepara profi ssionais para trabalhos<br />
de política de assistência<br />
social, em especial o sistema único,<br />
para trabalhar na política da assistência”,<br />
afi rma a coordenadora. O curso<br />
é direcionado a assistentes sociais,<br />
psicólogos, advogados, pedagogos e<br />
áreas afi ns.<br />
do projeto, professora Patrícia David<br />
Prati.<br />
A proposta é preparar melhor<br />
os jovens, mostrando a eles valores<br />
éticos e teóricos que possibilitam<br />
melhores colocações profi ssionais<br />
no futuro. Os adolescentes atendidos<br />
são de famílias carentes com<br />
renda mensal per capita inferior a<br />
meio salário mínimo. A coordenadora<br />
do projeto lembra que as aulas<br />
vão permitir formação e inserção<br />
de adolescentes, “o mercado<br />
de trabalho é muito competitivo,<br />
e os módulos de estudos colocam<br />
esses jovens em uma situação melhor<br />
na hora de competir por uma<br />
vaga”, ressalta.<br />
Até o fnal do projeto, 30 acadêmicos<br />
da UNIPAN vão participar<br />
das aulas. Supervisionados por docentes,<br />
os graduandos envolvidos<br />
no projeto, além de terem a oportunidade<br />
de complementar hora<br />
extracurricular, adquirem experiência<br />
de sala de aula, revisando e<br />
atualizando conteúdos aprendidos<br />
na faculdade. “Esperamos que<br />
essa experiência se transforme em<br />
outras oportunidades no mercado<br />
de trabalho. Quanto mais informação<br />
e cultura conseguirmos<br />
passar, maiores serão as chances<br />
de crescimento pessoal, profi ssional<br />
e de cidadania para estes jovens”,<br />
afi rma Patrícia.
Vende-se Gol quadrado 1.6 em ótimo<br />
estado. Documentação em ordem.<br />
Valor: R$ 3.900,00. Irineu. Tel.:<br />
9272-9636. E-mail: irineu_carlin@<br />
hotmail.com<br />
Vende-se Prisma 1.4 econofl ex max,<br />
urgente, único dono, Ipva pago, som<br />
mp3, direção hidráulica, insulfi lm.<br />
Valor: R$ 28 mil. Jéssica. Tel.: 4479-<br />
7130. E-mail: guilherme_compri@<br />
ig.com.br<br />
Vende-se Siena 98, t.e., ar cond., rodas<br />
aro 15”, som, único dono. Valor:<br />
R$ 16.500,00. Roberto. Tel.: 7144-<br />
4577. E-mail: renanbarriatto@hotmail.com<br />
Vende-se Fiat Uno Eletronic 94/95,<br />
vidro elétrico, ar, trava elétrica, desembaçador<br />
traseiro e toca-fi tas. Valor:<br />
R$ 7.000,00. Roberto. E-mail:<br />
robertomfreitas@ig.com.br<br />
Vende-se Corsa Wind 1.0, 2p, insulfi<br />
lm, som mp3, rodas 13”, bem conservado.<br />
Valor: R$ 11.800,00. Felipe.<br />
Tel.: 7371-2503.<br />
Vende-se Chevette 1977, 1.4 álcool,<br />
marrom dourado, todo original, motor,<br />
câmbio, pintura. Aceito troca por<br />
carros mais novos. Diego. Tel.: 8078-<br />
6693. E-mail: diegocavarsan@yahoo.<br />
com.br<br />
Vende-se moto Sundown Web 100,<br />
2007, preta, doc. ok. c/ 5.000 Km.<br />
Única dona. Tels.: 9211-8715 /<br />
2911-4312. Gisele. E-mail: gisele.<br />
matos1@terra.com.br<br />
Vende-se Honda CB 400, 82, preta, raridade,<br />
conservada, doc. ok. Valor: R$<br />
4.000,00. Leandro. Tel.: 9929-0951. Email:<br />
hamerofshadon@yahoo.com.br<br />
Vende-se Yamaha DT 180 Z, 89, branca/azul,<br />
doc. ok, mecânica boa e barata,<br />
parte elétrica revisada. Valor: R$ 2<br />
mil. Tel.: 8149-7630. Sergio. E-mail:<br />
sergiocameraman@hotmail.com<br />
Vende-se moto web 100 Sundown,<br />
prata, nova (zero km), partida elétrica,<br />
manual, chave-reserva, ferramentas,<br />
doc. ok. Valor: R$ 4 mil. Simone.<br />
Tel.: 8631-3488.<br />
Vende-se terreno na Serra da Cantareira,<br />
extensão de 6.500m²; 30 minutos<br />
de São Paulo; ótima localização; água e<br />
luz no local. Michelle. Tel.: 2959-0034.<br />
E-mail: michellebarrospadilha@hotmail.com<br />
Vende-se sobrado em Ubatuba, 3<br />
dorm., 1 suíte, armários embutidos<br />
nos quartos, sala com 2 ambientes,<br />
coz., lavabo, edícula, espaço p/ 4 carros,<br />
300 metros de terreno, 280 metros<br />
de área construída. Cássia. Tel.:(12)<br />
3832-4351. E-mail: cassia.macedo@<br />
click21.com.br<br />
Procura-se apartamento para alugar.<br />
Um ou dois dormitórios e com garagem.<br />
Grande SP. Felipe Ferrarez. Tel.:<br />
8528-3648. E-mail: felipe.ferrarez@<br />
megaware.ind.br<br />
Vende-se locadora completa com 266<br />
Dvds, 170 capas vazias, impressora<br />
lx300, placas de divulgação, 6 estantes<br />
de parede c/ 9 prateleiras, balcão em<br />
L. Móveis em MDF branco c/ acabamento<br />
em azul. Valor: R$ 3.900,00.<br />
Tels.: 3441-7531 / 9220-2629. E-mail:<br />
wbc2010@gmail.com<br />
Vende-se calculadora HP 48 GII completa<br />
(manual, CD de instalação, cabo<br />
p/ conexão ao computador e capa de<br />
proteção), em excelente estado. Tel.:<br />
7537-5857. Ronaldo. E-mail: rcnte@<br />
hotmail.com<br />
Vende-se calculadora HP 12C (marrom)<br />
seminova, com pouco uso, com<br />
capa. Valor: R$ 180,00. Ivandilson.<br />
Tel.: 8758-5397. E-mail: ivan@newspace.com.br<br />
Vende-se celular: Blackberry 8100<br />
Branco – GSM. Valor: R$ 500,00. E<br />
uma calculadora HP 50g. Valor: R$<br />
450,00. Laércio. Tels.: 8481-0748 /<br />
7817-5727 Nextel ID: 15*35734<br />
Vende-se fi lmadora da Exemode modelo<br />
Dv 572 , mpeg-4. Tel.: 7613-0376.<br />
Prycilla. E-mail: pryscillayamamoto@<br />
hotmail.com<br />
Vende-se celular Nokia N80 completo,<br />
câmera 3.0mp le word, pdf, powerpoint.<br />
Operadora Claro. Valor: R$<br />
450,00. Guilherme. Tel.: 7862-7911.<br />
E-mail: guilhermemartinsneto@hotmail.com<br />
Vende-se notebook Hp dv6000, black<br />
piano, AMD Turion Dual Core, 2gb<br />
ram, 120hd, tela 15” widescreen, grav.<br />
cd/dvd. Valor: R$ 1.650,00. Rafael.<br />
Tel: 8721-1131. E-mail: rafa-acid@<br />
hotmail.com<br />
Vende-se Pentiun 4 2.8Ghz, hd 80Gb,<br />
7200 Rpm, placa mãe Asus offboard,<br />
memória 1gb kingston, monitor 15”,<br />
leitor de CDs, gabinete 4 baias. Valor:<br />
R$ 750,00. Paulo. Tel.: 7687-6871. Email:<br />
Pcaetani@hotmail.com<br />
Classificados<br />
15<br />
Vende-se Multifuncional - Lexmark<br />
X2650. Copiadora, scanner e impressora.<br />
Nova, com três meses de uso<br />
e garantia da fabricante. Valor: R$<br />
249,00. Francisco. Tels.: 9164-4135 /<br />
5611-4551.<br />
Vende-se computador Pentium IV 3.0<br />
ghz, hd 40gb, monitor 17” tela plana,<br />
preto, ótimo estado. Valor: R$ 600,00.<br />
Acompanha impressora. Ednaldo.<br />
Tel.: 9128-4302. E-mail: naldo_sa7@<br />
hotmail.com<br />
Vende-se Kit de alarme Auto Monitorado,<br />
sem fi o. Contém: Central de<br />
Alarme, 2 sensores de abertura, 1<br />
sensor IVP, 2 controles remotos, 1 sirene<br />
e 1 bateria de backup. Valor: R$<br />
500,00. Waldemar. Tel.: 2653-1768<br />
/ 9546-6220. E-mail: wfass@wfass.<br />
com.br<br />
Vende-se agasalho completo, com<br />
uma camisa e um short. Rafael. Tels.:<br />
8957-5997 / 4138-5566. E-mail: rfrfl<br />
0907@hotmail.com<br />
Vende-se bicicleta Caloi Aspen Extra,<br />
21 marchas, azul e branca, pouquíssimo<br />
uso, para trilhas e uso urbano. Valor:<br />
R$ 260,00. Ericko. Tel.: 6700-5802.<br />
E-mail: erickomonteiro@gmail.com<br />
Vende-se sofá de 2 lugares retrátil<br />
(novo); um colchão de solteiro ortopédico<br />
(novo); dois puffes grandes,<br />
um preto e um branco. Erimeire.<br />
Tels.: 3331-7802 / 9512-4219. Email:<br />
eryss@hotmail.com<br />
Vende-se uniforme de Educação Física,<br />
uma jaqueta (tam. M), calça (M) e<br />
duas camisetas (M) <strong>Uniban</strong> da Speedo<br />
seminovos. Valor: R$ 180,00. Cleide.<br />
Tels.: 4616-9192 / 9879-4116.<br />
Vende-se mesa de computador nova.<br />
Valor: R$ 80,00. Rosa. Tel.: 2854-<br />
7997. E-mail: rosamregina@hotmail.<br />
com<br />
Vende-se uniforme de Educação Física<br />
em bom estado, único dono, (1camiseta<br />
+ blusão + calça, tamanho<br />
(P). Valor: R$ 100,00. Camila. Tels.:<br />
6666-9839 / 7525-9299.<br />
Vende-se caixa selada com falante de<br />
12” da marca Hiken. Valor: R$ 190,00.<br />
Arlei. Tel.: 8967-5680. E-mail: arlei@<br />
check-in.com.br
Cultura<br />
A luta pela independência nas letras da<br />
inconfidência<br />
Por Manuel Marques<br />
21 de abril, o Brasil homenageia o sacrifício de Tiradentes pela liberdade do País, perante<br />
Portugal. Mas três poetas mineiros fizeram da pena sua forma de luta. Conheça essa história<br />
Brasil reserva a data<br />
O de 21 de abril para celebrar<br />
uma história que lembra<br />
os piores fi lmes de terror. Foi<br />
nela que Tiradentes, um idealista<br />
de baixa condição social,<br />
foi condenado à morte por enforcamento,<br />
sentença que seria<br />
executada publicamente. Como<br />
se não bastasse, após a execução,<br />
o corpo foi levado em uma<br />
carreta do Exército para ser esquartejado.<br />
O tronco do corpo<br />
foi enterrado como indigente.<br />
A cabeça e os quatro pedaços<br />
restantes do corpo foram salgados,<br />
para não apodrecerem rapidamente,<br />
acondicionados em<br />
sacos de couro e enviados para<br />
Minas Gerais, sendo pregados<br />
em pontos onde Tiradentes<br />
pregou suas idéias revolucionárias.<br />
A cabeça foi exposta em<br />
Vila Rica (atual Ouro Preto), no<br />
alto de um poste que fi cava em<br />
frente à sede do governo. O castigo<br />
era exemplar, objetivando destruir<br />
qualquer tentativa de questionamento<br />
ao colonizador português.<br />
O que se fala pouco é que Tiradentes<br />
não estava só na árdua tarefa<br />
de libertar-se de Portugal. Ao seu lado<br />
Fragmento extraído do poema contido nas Cartas<br />
Chilenas, em que Tomás Gonzaga ironiza o governador<br />
Dom Rodrigo José de Menezes, chamado por<br />
Tomás Gonzaga de Fanfarrão Minésio<br />
Tem pesado semblante, a cor é baça,<br />
o corpo de estatura um tanto esbelta,<br />
feições compridas e olhadura feia;<br />
tem grossas sobrancelhas, testa curta,<br />
nariz direito e grande, fala pouco<br />
em rouco, baixo som de mau falsete;<br />
sem ser velho, já tem cabelo ruço,<br />
e cobre este defeito e fria calva<br />
à força de polvilho que lhe deita.<br />
Ainda me parece que o estou vendo<br />
no gordo rocinante escarranchado,<br />
as longas calças pelo embigo atadas,<br />
amarelo colete, e sobre tudo<br />
vestida uma vermelha e justa farda<br />
estavam pessoas religiosas, juristas, abastados comerciantes<br />
de Minas Gerais, intelectuais e poetas. Financiados<br />
pelo ouro das minas, muitos jovens brasileiros<br />
tiveram a oportunidade de estudar nas grandes<br />
universidades da Europa. Nas<br />
discussões travadas com colegas,<br />
tomaram conhecimento da<br />
luta que os colonos ingleses da<br />
América do Norte travaram por<br />
sua independência. Aprenderam<br />
sobre a Declaração dos Direitos<br />
do Homem e tiveram contato<br />
com o pensamento iluminista<br />
que nascera na França.<br />
Ao voltar para o Brasil, esses<br />
intelectuais estavam impregnados<br />
com ideais de liberdade.<br />
Dentre esse seleto grupo, três<br />
se destacam: os poetas Cláudio<br />
Manoel da Costa, Tomás Antônio<br />
Gonzaga e José de Alvarenga<br />
Peixoto. Eles formam o nobre<br />
trio conhecido nos meios acadêmicos<br />
como a Poesia da Inconfi<br />
dência. Essa trindade literária<br />
destacou-se não apenas na arte<br />
poética, mas também na prática<br />
política, fi nanciando, debatendo<br />
e participando ativamente da Inconfi<br />
dência Mineira.<br />
Com os olhos voltados para as agruras da<br />
terra natal, esses poetas iniciaram o período de<br />
transformação da literatura brasileira. Lançaram<br />
as bases para que essa literatura se efetivasse<br />
realmente no século XIX, com os românticos.<br />
Foto: Museu da Inconfidência - Arquivo Público - IPHAN<br />
17<br />
Eles retratam a angústia, a esperança<br />
e a ansiedade que dominava o País<br />
naquele período. O bacharel em Direito<br />
Tomás Antônio Gonzaga é o<br />
mais conhecido. Seu principal livro,<br />
Marília de Dirceu, é amplamente debatido<br />
nos cursos de Letras. E seu<br />
livro Cartas Chilenas permanece um<br />
marco na poesia satírica, retratando<br />
com ironia os mandos e desmandos<br />
da corte portuguesa no Brasil.<br />
Já Cláudio Manoel da Costa e<br />
José de Alvarenga Peixoto inspiraram-se<br />
em Camões e nos autores<br />
clássicos para publicar seus poemas.<br />
A obra poética desses homens é relativamente<br />
pequena, mas suas liras<br />
tiveram dezenas de edições. Devido<br />
à censura imposta por Portugal, parte<br />
dessas obras só foram publicadas<br />
no segundo reinado. Embora num<br />
estilo clássico (também chamado de<br />
arcadismo), as idéias que desenvolveram<br />
em sua poesia eram totalmente<br />
novas, registrando com fi delidade<br />
o pensamento e anseios dos colonizados<br />
do século XVlll.<br />
O movimento foi desfeito de forma<br />
violenta, com a prisão, desterro<br />
ou morte dos três poetas que participaram<br />
do movimento. Cláudio<br />
Manoel da Costa foi preso e morreu<br />
quase que imediatamente. Sua morte<br />
está cercada de detalhes estranhos. A<br />
maior parte do estudiosos dizem que<br />
ele foi assassinado na prisão. Uma<br />
outra ala crê na hipótese do suicídio,<br />
devido depressão. Alvarenga Peixoto<br />
foi deportado para Angola, onde<br />
veio a falecer. Tomás Antonio Gonzaga<br />
foi preso e enviado ao Rio de<br />
Janeiro. Nessa ocasião, estava noivo<br />
de Maria Dorotéia, jovem pertencente<br />
a uma das principais famílias<br />
da capital mineira, e a quem dedicava<br />
poesias do mais requintado sabor<br />
clássico, que mais tarde fariam parte<br />
do seu livro Marília de Dirceu. Foi<br />
condenado a cumprir pena no continente<br />
africano, na Ilha de Moçambique,<br />
onde faleceu em fevereiro de<br />
1810. Todos pereceram prematuramente,<br />
mas a obra poética que produziram<br />
teima em ser perene. O leitor<br />
pode conferir isso de perto, pois<br />
toda a poesia desses autores está em<br />
domínio público. Basta uma clicada<br />
no Google para encontrar a melhor<br />
edição e escolher uma ótima leitura<br />
para o feriado de Tiradentes.
TV UNIBAN<br />
Destaques da Semana de 13 a 19/04<br />
REFERÊNCIAS: Monja Coen<br />
A trajetória de uma menina rebelde que casou-se aos 14<br />
anos. Aos 17, já separada e mãe, viveu os anos 70 em sua<br />
plenitude. Hoje, ela é a Monja Coen, budista. CNU/SP: 4ª<br />
– 0h30 / 5ª – 22h / Sáb. – 21h / Dom. – 16h<br />
REVISTA UNIBAN<br />
O Centro de Design e os alunos premiados em concurso<br />
internacional. A Trupe Rodapé, do C.R.U, se apresenta no<br />
Parque Trianon. CNU/SP: 2ª – 12h e 21h / 3ª – 6h/ 4ª<br />
– 19h / 5ª – 4h, 16h / 6ª – 12h / Sáb. – 9h.<br />
SALADA MISTA: Rei da Sucata<br />
Sua primeira criação foi uma bicicleta. Hoje, com mais de<br />
mil objetos espalhados em sua ofi cina, Berbela usa criatividade<br />
e lixo para construir. CNU/SP: 3ª – 4h, 12h e 19h / 5ª<br />
– 1h e 8h / 6ª – 19h / Sáb. – 4h e 12h.<br />
PALESTRA UNIBAN: Jornada de Jornalismo<br />
Confi ra o que de melhor aconteceu no evento. Palestras sobre<br />
fotojornalismo, o dia-a-dia das redações, jornalismo na<br />
TV Pública e a reportagem na televisão foram os principais<br />
temas abordados. CNU/SP: 6ª – 14h.<br />
São Paulo - canal 11 (NET); São Paulo - canal 71 (TVA);<br />
Osasco - canal 20 (NET Osasco); ABC - canal 18 (Net ABC).<br />
Concorra a dois pares de ingressos para o fi lme Che, com<br />
Benicio Del Toro. Entre no site da <strong>Folha</strong> Universitária (www.<br />
uniban.br/hotsites/folha) e clique no link Promoção. Depois<br />
é só preencher seus dados corretamente e escrever<br />
a resposta correta da seguinte pergunta:<br />
Em qual país latino-americano nasceu o revolucionário<br />
Che Guevara?<br />
Os nomes dos dois ganhadores saem na próxima edição<br />
da <strong>Folha</strong> Universitária.<br />
PROMOÇÃO<br />
Resultado da promoção<br />
Na promoção passada foi feita a seguinte pergunta: quem é o maior sabe tudo da<br />
atualidade e por quê? Quem ganhou o Livro do Sabe Tudo foi a aluna Monica Elisa<br />
Lopes do campus Osasco (OS). A resposta dela diz que o sabe tudo da atualidade pode<br />
ser qualquer um de nós. “A receita é bem simples. Basta estimular sua mente e expandir<br />
seus conhecimentos alcançando novos horizontes com cultura, conhecimento e sabedoria”.<br />
O prêmio pode ser retirado a partir de quinta-feira na secretaria de campus.<br />
Entretenimento<br />
CRUZADAS<br />
19