Untitled - Visão Judaica
Untitled - Visão Judaica
Untitled - Visão Judaica
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
20<br />
VISÃO JUDAICA dezembro de 2005 Kislev/Tevet 5766<br />
Receitas com grife<br />
Na festa de Chanucá há o costume de ingerir alimentos fritos em óleo. Estes<br />
alimentos são preparados e degustados em honra ao milagre que ocorreu no<br />
Templo de Jerusalém. Pratos à base de laticínios são também apreciados, pois<br />
lembram os feitos de uma famosa heroína judia, Yehudit (Judith), na época do<br />
Segundo Templo Sagrado de Jerusalém. Israel encontrava-se sitiada pelo cruel e<br />
opressivo exército greco-sírio. Yehudit ajudou a assegurar a vitória para as forças<br />
judaicas, assassinando o terrível general do exército grego, Holofernes. Deu<br />
a ele queijo salgado para comer, acompanhado de vinho forte para eliminar sua<br />
sede. O vinho o “derrubou” fazendo-o cair em sono profundo. Yehudit então<br />
tomou de sua espada e o matou. Os soldados do general fugiram com medo. A<br />
vitória dos macabeus seguiu-se a este ato de coragem.<br />
Ingredientes:<br />
Para a calda:<br />
5 xícaras de açúcar (ou 1 kg);<br />
2 xícaras de água;<br />
Suco de ½ limão grande;<br />
1 colher de chá de água de rosas ou de<br />
flor de laranjeira.<br />
* As zalabias podem ser servidas polvilhadas<br />
com açúcar de confeiteiro, em vez de<br />
serem feitas na calda.<br />
Modo de fazer:<br />
Para as frituras:<br />
2 colheres de chá de<br />
fermento seco;<br />
1 colher de chá de açúcar;<br />
3 xícaras de água morna;<br />
500 g de farinha de trigo;<br />
½ colher de chá de sal;<br />
Óleo para fritar em quantidade<br />
generosa.<br />
Durante 15 minutos, ferver em fogo lento, numa panela pequena, os ingredientes da<br />
calda. No final acrescentar a água de rosas ou de flor de laranjeira, desligar o fogo e<br />
reservar. Deve ficar suficientemente grossa para colar na colher, porém não grossa<br />
demais, pois, ao esfriar, costuma encorpar. Numa tigela grande dissolver o fermento<br />
com o açúcar e ½ xícara de água morna e deixar por 15 minutos, antes de colocar a<br />
farinha e o sal. Misturar muito bem, acrescentando o restante da água morna e<br />
trabalhar a massa até se tornar elástica e macia. Cobrir com uma toalha e deixar<br />
crescer num lugar abafado (dentro do forno desligado), por cerca de 1 hora. Findo<br />
este tempo, amassar novamente e deixar crescer outra vez. Aquecer o óleo, manter o<br />
fogo médio, e com a ajuda de uma colher colocar no óleo pequenas bolas com cerca<br />
de 4 cm. Devem fritar, crescer e dourar. Desengordurar num papel absorvente e mergulhar<br />
na calda por alguns minutos ou polvilhar com o açúcar de confeiteiro.<br />
Ingredientes:<br />
Zalabia<br />
Quadradinhos de ricota<br />
PARA A MASSA:<br />
½ kg de farinha de trigo;<br />
3 colheres de sopa de açúcar;<br />
1 pitada de sal;<br />
1 colher de café de fermento em pó;<br />
300 g de manteiga ou partes iguais<br />
de manteiga e margarina ou gordura<br />
vegetal gelada em pedacinhos;<br />
2 gemas;<br />
¼ de xícara de vinho branco seco;<br />
2 colheres de sopa de creme de leite<br />
espesso;<br />
1 gema diluída com algumas gotas<br />
de café para pincelar;<br />
Açúcar de confeiteiro para polvilhar.<br />
Modo de fazer:<br />
PARA O RECHEIO DE RICOTA:<br />
3 claras em neve com 1 pitada de sal;<br />
3 gemas;<br />
½ kg de ricota ou queijo quark passados por peneira;<br />
½ xícara de passas claras lavadas e secas;<br />
6 colheres de sopa de açúcar;<br />
½ colher de chá de raspas de limão bem verde;<br />
1 ½ colher de chá de essência de baunilha;<br />
3 colheres de sopa de creme de leite espesso.<br />
Numa tigela, peneire os ingredientes secos<br />
e junte a manteiga, misturando com<br />
as pontas dos dedos para obter um farelo<br />
grosso. Junte as gemas, o vinho e o creme<br />
de leite, misturando bem para ligar a massa.<br />
Se desejar, use o processador de alimentos.<br />
Separe a massa em duas partes,<br />
sendo uma delas um pouco maior que a<br />
outra, envolva ambas em filme plástico e<br />
leve à geladeira durante 30 minutos.<br />
Sobre um tampo enfarinhado, abra a porção<br />
maior da massa dispondo-a no fundo<br />
da assadeira e formando uma pequena borda<br />
nas laterais. Polvilhe a massa com um<br />
pouco de farinha de rosca e espalhe o recheio.<br />
Abra o restante da massa e cubra.<br />
Pincele a massa com gema diluída e leve<br />
ao forno preaquecido moderado (180°)<br />
por 30 a 40 minutos, ou até assar e ficar<br />
dourado. Retire e deixe esfriar. Peneire um<br />
pouco de açúcar de confeiteiro e corte em<br />
quadrados.<br />
Modo de fazer:<br />
Numa tigela, misture<br />
as gemas, a ricota, as<br />
passas, o açúcar, as<br />
raspas do limão, a essência<br />
de baunilha e<br />
o creme de leite e aos<br />
poucos e delicadamente<br />
incorpore as<br />
claras.<br />
Negadores do Holocausto estão<br />
presos na Alemanha e na Áustria<br />
Germar Rudolf e David Irving foram presos<br />
respectivamente em Frankfurt, na Alemanha<br />
e no Sul da Áustria, pelas polícias<br />
dos dois países por negarem o Holocausto.<br />
Rudolf, de 41 anos, foi deportado dos<br />
Estados Unidos, para onde fugiu e se instalou<br />
depois que uma corte de justiça de<br />
Stuttgart o condenou em junho de 1995 a<br />
14 meses de prisão, por instigar o ódio<br />
racial e negar o assassinato de milhões de<br />
judeus nos campos de concentração nazistas,<br />
algo que na Alemanha é considerado<br />
um delito penal. O historiador britânico<br />
ultradireitista David Irving, autor de<br />
uma versão revisionista do Terceiro Reich,<br />
foi detido em Hartberg, no sul da Áustria,<br />
acusado de ter negado o Holocausto em<br />
uma conferência em 1989.<br />
O porta-voz do Ministério do Interior<br />
austríaco, Rudolf Gollia, confirmou a notícia<br />
de que Irving foi preso no dia 11 de<br />
novembro por agentes da Inspetoria de<br />
Polícia das Estradas perto do município de<br />
Johann in der Heide, no Estado federado<br />
de Estiria, com base numa ordem de captura<br />
do Tribunal de Viena, emitida em novembro<br />
de 1989.<br />
Rudolf, diplomado em química, negou<br />
em 1991 que se tivesse utilizado o gás<br />
zyklon-B nas câmaras de gás do campo de<br />
extermínio de Auschwitz, na atual Polônia.<br />
A lei alemã considera isso crime e o tribunal<br />
de primeira instância de Mannheim emitiu<br />
em 2004 uma nova ordem internacional<br />
de busca e captura contra Rudolf por fazer<br />
também propaganda de ideologia de extrema<br />
direita através da internet. Ele mantinha<br />
contato, dos Estados Unidos com neonazistas<br />
e negacionistas do Holocausto na<br />
Alemanha, como Ernst Zündel, que também<br />
está preso aguardando julgamento.<br />
Zündel, de 66 anos, foi deportado em<br />
março do Canadá depois que um juiz canadense<br />
classificou seu site como inconstitucional.<br />
O negacionista, que emigrou em<br />
1958 para o Canadá, é acusado na Alemanha<br />
de instigação ao ódio racial por defender<br />
abertamente a violência contra minorias.<br />
Além disso, Zündel negou repetidas vezes<br />
o Holocausto.<br />
Irving é acusado de ter violado a lei<br />
austríaca que proíbe que se negue o Holocausto.<br />
O historiador, que está numa prisão<br />
em Viena, foi à Áustria aparentemente<br />
para dar uma palestra em uma associação<br />
estudantil de extrema direita. Caso seja<br />
julgado e declarado culpado, o britânico<br />
pode ser condenado a entre um e dez anos<br />
de prisão, informou um porta-voz da Procuradoria<br />
de Viena.<br />
Nascido em 1938 na cidade britânica<br />
de Essex, Irving é conhecido por<br />
suas duas biografias de Adolf Hitler, nas<br />
quais garante que o líder do Terceiro<br />
Reich não sabia nada sobre o assassinato<br />
em massa de judeus.<br />
Em outras publicações, o historiador<br />
questionou a existência de câmaras de gás<br />
no campo de extermínio de Auschwitz. Devido<br />
a essas posições, Irving foi proibido<br />
de entrar na Alemanha e foi expulso do país<br />
em 1993 após ter sido condenado, em duas<br />
ocasiões, a pagar elevadas multas por ter<br />
insultado a memória dos judeus assassinados<br />
pelos nazistas.<br />
No site de Irving na internet, seus<br />
partidários afirmaram que ele se encontrava<br />
“em Viena” por um período de 24 horas,<br />
a convite de “um grupo corajoso de<br />
estudantes”. A Associated Press disse que,<br />
apesar das precauções tomadas, Irving foi<br />
monitorado ao deixar a Alemanha, onde<br />
não está autorizado a entrar, por meio do<br />
grampeamento de e-mails de integrantes<br />
de organizações neonazistas.<br />
Na Alemanha Irving visitou o dramaturgo<br />
Rolf Hochhuth, um crítico dos bombardeios<br />
aliados durante a Segunda Guerra e<br />
para quem Winston Churchill não passava<br />
de um “criminoso de guerra”. Hochhuth já<br />
defendeu Irving, qualificando-o de “um<br />
homem honrado”.<br />
Em seus livros, Irving argumenta que a<br />
escala do extermínio de judeus pelos nazistas<br />
na Segunda Guerra Mundial foi exagerada<br />
e que Hitler não tinha conhecimento do<br />
Holocausto. Em Hartberg, onde foi preso, o<br />
historiador falaria no clube sobre negociações<br />
secretas que o arquiteto do Holocausto,<br />
Adolf Eichmann, supostamente teve com<br />
líderes judeus na Hungria.<br />
Em 2000, durante uma audiência na Justiça<br />
britânica em Londres, o historiador também<br />
afirmou que as câmaras de gás no campo<br />
de concentração de Auschwitz, na Polônia,<br />
não existiram. Na ocasião, Irwing perdeu o<br />
caso e o juiz disse que ele era “um ativo negador<br />
do Holocausto (...), anti-semita e racista”<br />
e que se associava com extremistas de<br />
direita que promovem o neonazismo.<br />
As autoridades austríacas estudam agora<br />
se processam ou não formalmente Irving,<br />
Caso se decidam pelo não, ele pode ser solto.<br />
Apesar de pouco conhecido pelos brasileiros<br />
em geral, Irving é muito conhecido<br />
pelos racistas brasileiros e o material produzido<br />
por ele é constantemente traduzido<br />
para o português. Muito do “trabalho original”<br />
do revisionista brasileiro condenado,<br />
Castan ou Siegfied Ellwanger, na Editora<br />
Revisão, nada mais é que a mera tradução<br />
ou apropriação dos textos de Irving.<br />
(Com noticiário da EFE/BBC e Mídia <strong>Judaica</strong><br />
Independente).