IGEC INFORMAÇÃO - Inspecção Geral da Educação
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<strong>IGEC</strong><strong>INFORMAÇÃO</strong><br />
4<br />
Seminário<br />
«Inspeções<br />
inovadoras para<br />
valorizar escolas<br />
inovadoras» (2012)<br />
A <strong>IGEC</strong> organizou no Porto, nos dias<br />
13 e 14 de setembro, o workshop Inspeções<br />
inovadoras para valorizar escolas<br />
inovadoras (Innovating inspections<br />
to value innovative schools). Este seminário,<br />
realizado no âmbito <strong>da</strong> SICI —<br />
Conferência Permanente <strong>da</strong>s Inspeções<br />
Regionais e Gerais de <strong>Educação</strong>,<br />
é o último de três nos quais se abordou<br />
o tema <strong>da</strong> inovação a partir de diferentes<br />
perspetivas. O primeiro - How is the<br />
progress of schools supported by external<br />
and internal evaluation? — realizouse<br />
em março, em Tallin (Estónia), e o<br />
segundo — Raising stan<strong>da</strong>rds through<br />
innovative Inspection — ocorreu em<br />
junho, em Londres.<br />
Abriram os trabalhos o subinspetorgeral<br />
<strong>da</strong> <strong>Educação</strong> e Ciência, Agostinho<br />
Santa, e o presidente <strong>da</strong> SICI, Graham<br />
Donaldson. A primeira intervenção<br />
ficou a cargo de António Dias de Figueiredo,<br />
professor jubilado <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de<br />
de Coimbra, que se referiu ao sistema<br />
educativo como um ecossistema,<br />
onde qualquer mu<strong>da</strong>nça tem implicações<br />
no seu equilíbrio. Segundo ele, a<br />
Inspeção pode contribuir para a inovação<br />
<strong>da</strong>s escolas, seja tolerando, incentivando<br />
ou até mesmo criando matrizes<br />
para a sua inovação. A inovação poderá<br />
ser incremental — construindo-se a<br />
partir de uma estrutura já pensa<strong>da</strong> e<br />
que, por essa razão, pode não se consubstanciar<br />
numa real mu<strong>da</strong>nça — ou<br />
disruptiva — tendo a sua origem numa<br />
necessi<strong>da</strong>de que ain<strong>da</strong> não foi supri<strong>da</strong><br />
por inexistência de soluções. A rutura<br />
com a tradição tem sempre um impacto<br />
acrescido, uma vez que implica o<br />
repensar dos objetivos e paradigmas<br />
<strong>da</strong> escola.<br />
Por sua vez, no primeiro painel do dia<br />
13, Abor<strong>da</strong>gens à inovação por parte<br />
<strong>da</strong>s Inspeções Escolares, Ingrid Ocket e<br />
Frans De Bie, <strong>da</strong> Inspeção <strong>da</strong> Comuni<strong>da</strong>de<br />
Flamenga <strong>da</strong> Bélgica, sublinharam<br />
a estreita ligação entre a quali<strong>da</strong>de<br />
do ensino e a responsabilização <strong>da</strong>s<br />
escolas, descrevendo o processo de<br />
avaliação <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de através do<br />
modelo CIPO (Context, Input, Process<br />
and Output). Este processo — que não<br />
recorre ao sistema de rankings para<br />
classificação <strong>da</strong>s escolas — desenrolase<br />
em 3 fases:<br />
o inquérito preliminar abrangente<br />
para aferir <strong>da</strong> situação atual <strong>da</strong><br />
escola;<br />
a auditoria — estudo de caso profundo<br />
e diferenciado utilizando o diálogo<br />
com os atores escolares, a obser-<br />
Sessão de abertura do workshop «Inspeções inovadoras para valorizar escolas inovadoras» (Porto,<br />
setembro de 2012)<br />
Participantes do workshop «Inspeções inovadoras para valorizar escolas inovadoras» (Porto, setembro<br />
de 2012)<br />
vação <strong>da</strong> escola e a análise documental;<br />
e o relatório <strong>da</strong> inspeção — incidindo<br />
nas condições de quali<strong>da</strong>de, nos<br />
resultados dos inquéritos e nos<br />
pontos fortes e fracos <strong>da</strong> escola, e<br />
que culmina na publicação do mesmo<br />
num site público.<br />
Em segui<strong>da</strong>, Jurgita Maslauskaite referiu-se<br />
aos objetivos e funções <strong>da</strong> Agência<br />
Nacional de Avaliação Escolar <strong>da</strong><br />
Lituânia, realçando a importância <strong>da</strong><br />
partilha de boas práticas divulga<strong>da</strong>s<br />
nos relatórios de avaliação externa.<br />
Além de entender esta partilha como<br />
um contributo central para o aumento<br />
do sucesso <strong>da</strong>s escolas, sublinhou a<br />
importância <strong>da</strong> harmonia entre a avaliação<br />
interna e externa <strong>da</strong>s escolas. A<br />
promoção dessa harmonia traduz-se<br />
num sistema unificado de indicadores,<br />
bem como na inclusão <strong>da</strong> avaliação<br />
externa nos relatórios <strong>da</strong> avaliação<br />
interna.<br />
Ain<strong>da</strong> no mesmo painel, Franck Livin<br />
descreveu o processo de avaliação <strong>da</strong>s<br />
escolas levado a cabo pela Inspeção de<br />
<strong>Educação</strong> <strong>da</strong> Região de Valónia<br />
(Comuni<strong>da</strong>de Francófona) e traçou as<br />
linhas gerais <strong>da</strong> missão <strong>da</strong> Inspeção,<br />
<strong>da</strong> metodologia utiliza<strong>da</strong> no processo<br />
de avaliação, e do método de elaboração<br />
do relatório <strong>da</strong> inspeção - assente<br />
nas seguintes condições-chave:<br />
o respeito pelo currículo;<br />
a adequação entre as ativi<strong>da</strong>des de<br />
aprendizagem e as competências;<br />
a avaliação <strong>da</strong>s competências;<br />
e, por último, a avaliação <strong>da</strong>s consequências<br />
e o seu impacto nas escolas<br />
aprecia<strong>da</strong>s.<br />
Encerrou o painel Ivan Panayotov, inspetor-chefe<br />
<strong>da</strong> Inspeção Regional de<br />
<strong>Educação</strong> de Haskovo, <strong>da</strong> Bulgária, que<br />
aproveitou a sua comunicação para