14.04.2013 Views

Obra Completa - Universidade de Coimbra

Obra Completa - Universidade de Coimbra

Obra Completa - Universidade de Coimbra

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

3<br />

cssuaasaKnsusBi^^iSi^teusii!<br />

mática luso brazileira <strong>de</strong> cuja cultura<br />

ena Portugal elle tem o exclusivo:<br />

Extranho o tractamento como<br />

se me dirige, que não se coaduna<br />

com as relações que temos en<br />

tretido até hoje; como porém<br />

v. ex. a o emprega, <strong>de</strong> si <strong>de</strong>pen<strong>de</strong><br />

o elle subsistir ou não.<br />

Pô<strong>de</strong> v. ex a fazer <strong>de</strong>sta carta<br />

o uso que julgar conveniente.<br />

Subscrevo-me <strong>de</strong> v. ex. 4 com<br />

consi<strong>de</strong>ração e admiração.<br />

João dos Santos Monteiro.<br />

Todos os leitores se lembram <strong>de</strong>ssa<br />

curiosa carta, publicada no penúltimo<br />

número, que fica a attestar a insensatez<br />

<strong>de</strong>ste cretino e a segura lo e man<br />

te lo como a grilheta dum forçado.<br />

Deixava-me nslla a responsabilida<strong>de</strong><br />

dum rompimento <strong>de</strong> relações, subscrevia-se,<br />

consi<strong>de</strong>rando-me e admirando<br />

me, e vem <strong>de</strong>pois para o Diário <strong>de</strong>clarar<br />

que me <strong>de</strong>spreza!...<br />

Está certo.<br />

Pô<strong>de</strong>, pois, a opinião pública, que<br />

convenientemente me classificou, collo<br />

car o sr. Santos Monteiro na série dos<br />

caracteres illibádos. on<strong>de</strong> fulgura, offuscante<br />

em seu medalhão bronzeado, a<br />

véra-effigie do padre Pinguinhas!...<br />

Partido republicano<br />

A situação miserável a que a monarchia<br />

nos arrastou, <strong>de</strong>frontando-se<br />

como irremediavelmente fatal aos olhos<br />

<strong>de</strong> muitos, creou essa enorme massa<br />

<strong>de</strong> in<strong>de</strong>íferentes a quem a suspeita <strong>de</strong><br />

que todos os partidos seguem a mesma<br />

rota, arredou por completo das luctas<br />

politicas.<br />

Que todos são o* mesmos, diz-se, e<br />

ainda aos mais bem intencionados e<br />

movidos do mais alto <strong>de</strong>sinteresse a<br />

<strong>de</strong>sconfiança attinge, n'esta hora <strong>de</strong>soadora<br />

em que os últimos liames <strong>de</strong><br />

solidarieda<strong>de</strong> se quebram e morrem<br />

num contristivo e ingrato isolamento<br />

os protestos dos <strong>de</strong>rra<strong>de</strong>iros combatcn<br />

tes.<br />

No dobar apersado dos annos a<br />

monarchia alienou <strong>de</strong> si o appoio e a<br />

confiança <strong>de</strong> todos os sinceros e <strong>de</strong><br />

todos os honestos: ficou lhe a malta<br />

compacta dos preversos sem brios nem<br />

coração, sem i<strong>de</strong>aes nem sentimentos,<br />

homens rijos para a <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong>sesperada,<br />

a todo o transe, cainçada feroz que<br />

havia <strong>de</strong> saber resalvar a gamela.<br />

A vida do regimen, entremeiada <strong>de</strong><br />

corrupções e infamias, <strong>de</strong> ignominias e<br />

misérias, posta ao leo pela insubmissão<br />

andaz <strong>de</strong> uma phalange <strong>de</strong> heroicos<br />

guerrilheiros, provocou no espirito pu-<br />

REBISTMNOIA— Quinta-feira, 5 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 1963<br />

orças directoras insistimos no nosso<br />

alvitre.<br />

Se outro ha melhor, se caminho<br />

mais certo e liso que o que temos<br />

apontado, existe, não seremos nós que<br />

por elle <strong>de</strong>ixaremos <strong>de</strong> enversar, dis<br />

ciplinadamente, tendo sempre o mesmo<br />

fito, <strong>de</strong>mandando sempre o mesmo<br />

objectivo.<br />

Contrista-nos extranhamente esta<br />

<strong>de</strong>sgraçada situação cm que nos encontramos.<br />

Desespera-nos a immobilida<strong>de</strong><br />

a que nos forçam, aguilhoa nos a<br />

anciã d'uma lucta ar<strong>de</strong>nte em que nos<br />

possamos bater com alma.<br />

Vemos tudo a <strong>de</strong>bandar. Os que<br />

vem chegando, trazem já todos os vícios,<br />

todas as grosseiras paixões, todos<br />

os torpes sentimentos <strong>de</strong>sta <strong>de</strong>screpita<br />

geração <strong>de</strong> malandros.<br />

Aproveitemos os elementos sãos,<br />

que ainda os ha, <strong>de</strong> rija tempera, e á<br />

gente moça que r-fflora para a vida inspiremos<br />

o culto <strong>de</strong> todos os gran<strong>de</strong>s<br />

principios.<br />

Façamos homens e ressuscitemos<br />

para uma vida <strong>de</strong> lucta os que d'ella fugiram<br />

sccosados pela força ineíuctavel<br />

dos <strong>de</strong>senganos.<br />

Aos republicanos portuguêses, aos<br />

que são <strong>de</strong> hontem, t J a;antiga< pelejai<br />

brilhantes, como aos que mais tar<strong>de</strong><br />

viéram, cheios também <strong>de</strong> juvenil ardor,<br />

cumpre abrir o combate e commandar-nos,<br />

prestando mais uma vez<br />

culto ás generosas aspirações do seu<br />

espirito e do seu'ccração.<br />

Reúna se o congresso. Seja elle<br />

como que uma <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> guerra,<br />

saia d'elle a voz <strong>de</strong> commando.<br />

Aqui estamos para luctar, e comnosco<br />

estám muitos, muitos, a quem<br />

<strong>de</strong>sespera esta uegradante passivida<strong>de</strong>.<br />

Pelas lettras<br />

Eugénio <strong>de</strong> Castro — Poesias escolhidas—Livraria<br />

Aillaud & C.;—Paris —Lisboa<br />

—1902.<br />

Theophilo Braga—Quarenta annos <strong>de</strong><br />

vida litteraria—Typographia Lusitana —<br />

Editora Arthur Brandão — Lisboa — 1900.<br />

£M. Teixeira Gomes—Cartas sem moral<br />

nenhuma—Tavares Cardoso & Irmão<br />

— Lisboa — 1903.<br />

Eugénio <strong>de</strong> Castro, o correctíssimo<br />

poeta cujo nome marca qualquer coisa<br />

<strong>de</strong> feito contra a rotina, algo <strong>de</strong> novo<br />

e por vezes até <strong>de</strong> insubordinado a<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> seu tempo, com a sua fórma<br />

inovadora que <strong>de</strong>u azo a essa barulheira<br />

dos nephelibatas que para ahi se<br />

<strong>de</strong>bateu, se troçou e se foi sem mais,<br />

publicou num volume <strong>de</strong> optimo aspe<br />

cto e melhor papel, a collecção <strong>de</strong> suas<br />

poesias escolhidas.<br />

Devemos confessar que nos <strong>de</strong>sagrada<br />

esse processo <strong>de</strong> um auctor <strong>de</strong>satar<br />

a rouçar sua seara, com o <strong>de</strong>sprendimento<br />

com que é fácil <strong>de</strong>sprezar<br />

as coisas alheias. Demais o auctor ha<br />

<strong>de</strong> ser sempre o peior critico <strong>de</strong> sua obra<br />

e portanto o menos habilitado para a<br />

recolta do bom que nella haja. E' do<br />

loroso vêr, ou que o artista sentiu tão<br />

pouco o que fez, que consente em es<br />

quecer gran<strong>de</strong> parte, ou que então é<br />

tão <strong>de</strong>sorgulhosamente suspeitoso do<br />

seu valor, que permitte, <strong>de</strong> olhos abertos,<br />

que nella se talhem fundos golpes<br />

que dilacerando a, perjudicam na tanto.<br />

E como é possível separar trechos<br />

<strong>de</strong> obras legitimas, que se o são, <strong>de</strong>vem<br />

ser unas e completas, e como tal inseparáveis<br />

e inescolhiveis em suas parcellas<br />

mais lindas ?<br />

Eugénio <strong>de</strong> Castro, como novo que<br />

é, como creador que <strong>de</strong>ve ser, faria<br />

melhor se no periodo C da sua vida<br />

litteraria (segundo a divisão chronologica<br />

do sr. Silva Gayo), consi<strong>de</strong>rando<br />

algumas suas obras passadas, como<br />

realmente o são, intruncaveis, nos d'es<br />

se alguma coisa <strong>de</strong> mais novo e <strong>de</strong><br />

mais fresco, que umas poesias escolhidas.<br />

O livro abre por um retrato do<br />

auctor que é <strong>de</strong>veras uma <strong>de</strong>sgraçada<br />

lembrança numa obra <strong>de</strong> poeta. Figura<br />

alli, o estheta da Hermaphrodita na sua<br />

farda <strong>de</strong> moço fidalgo, com o aca<strong>de</strong><br />

mico collar ao pescoço, sentado num<br />

ca<strong>de</strong>irão bruto, <strong>de</strong> lado e <strong>de</strong>sviado para<br />

mostrar quasi integro um rico contador<br />

sobre que ha jarras e chinesices e um<br />

cofresinho também. Sobre este fundo<br />

<strong>de</strong> bric-á brac <strong>de</strong>staca o poeta, que se<br />

gurando numa das mãos, apoiado na<br />

perna, o seu chapéu armado, pousa o<br />

cotovello direito num dos braços da<br />

archiepiscopal e solidissima ca<strong>de</strong>ira e<br />

enconstando á mão o rosto, indica com<br />

um <strong>de</strong>do estendido a raiz do cabello, e<br />

scisma na attitu<strong>de</strong> forçada <strong>de</strong> quem<br />

medita mysterios ante uma objectiva,<br />

encolhendo os pés e torcendo uma perna<br />

para qne resvalando elles para um<br />

punieiro plano mais evi<strong>de</strong>nte, não resultasse<br />

um poeta com pés <strong>de</strong> lavrador.<br />

E' um retrato imponente e estudadissimo<br />

á laia d'aquelles que nossos avós<br />

escolhjam, quando oflereciam suas effi<br />

gies venerandas, para a galeria bemfeitora<br />

<strong>de</strong> capitulares salões em confrarias<br />

queridas.<br />

julgarmos perfeitamente dispensável a<br />

publicação das poesias escolhidas.<br />

Theophilo Braga, dobrando o titulo<br />

<strong>de</strong> um livro do sr. Alberto Pimentel<br />

(Uinte annos <strong>de</strong> vida litteraria) <strong>de</strong>unos<br />

os seus Qu venta annos <strong>de</strong> vida<br />

litteraria, que <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já prevenimos<br />

são apenas quarenta annos <strong>de</strong> correspondência<br />

recebida pelo incansavel escriptor.<br />

Num prologo Antobiographia<br />

mental <strong>de</strong> um pensador isolado, faz<br />

elle a sua biographia litteraria e a synthese<br />

da sua obra, terminando com o<br />

Plano das obras completas inventario<br />

systematico do seu colossal labor que<br />

100 volumes não comportam.<br />

Logo apoz, Theophilo Braga <strong>de</strong>spejou<br />

em 244 paginas o gavetão das cartas<br />

é uma enfadonha agglomeração, que<br />

um índice alphabetico, verda<strong>de</strong> seja,<br />

facilita; ha alli <strong>de</strong> tudo, cartas laudatorias,<br />

criticas, <strong>de</strong> parabéns, <strong>de</strong> pasames,<br />

<strong>de</strong> apresentação, congratulações,<br />

consultas, perguntas, respostas, agra<strong>de</strong>cimentos<br />

etc., etc. Entre isto alguns<br />

documentos valiosos como as cartas <strong>de</strong><br />

Eça, Oliveira Martins, Anthero, Herculano<br />

e outros. E o volume termina<br />

por uma carta <strong>de</strong> Emilio Castellar em<br />

que se pe<strong>de</strong> tributo al génio <strong>de</strong> una<br />

uger extraordinaria — a Princeza<br />

Rattazzi.<br />

Quanto á hespanholada <strong>de</strong> enviar<br />

dois amigos, a outro que não fosse eu,<br />

todos nós, os que o conhecemos, faze<br />

mos a justiça <strong>de</strong> acreditar que o sr.<br />

Santos Monteiro é incapaz <strong>de</strong> enviar,<br />

seja qual fôr o motivo, dois amigos a<br />

outrem para a hypothese <strong>de</strong> se bater.<br />

E muito menos a mim, porque, no<br />

caso pre .ente, precisava o sr. Santos<br />

Monteiro <strong>de</strong>scobrir duas creaturas honestas,<br />

que o cobrissem com a sua<br />

responsabilida<strong>de</strong>, até ao sacrifício <strong>de</strong> se<br />

bater por elle, porquanto um homem<br />

honesto não <strong>de</strong>sce a bater-se com um<br />

pulha. E eu assim o classifiquei sr.<br />

Santos Monteiro, e agora lh o repito<br />

com prazer, se porventura já se não recorda.<br />

Vê, pois, que estava impossibilitado<br />

<strong>de</strong> me bater consigo, o que não<br />

quer dizer que estivesse absolutamente<br />

impedido <strong>de</strong> lhe corrigir os <strong>de</strong>smandos<br />

<strong>de</strong> garoto, se porventura houvesse<br />

alguém <strong>de</strong> mediana honestida<strong>de</strong> que<br />

me garantisse existir na sua face vil<br />

<strong>de</strong> varioloso uma extensão sufíicientemente<br />

lisa, sufficientemente limpa, on<strong>de</strong><br />

lhe po<strong>de</strong>sse assentar a pita dum chicote.<br />

.<br />

Vosso correligionário<br />

e camarada grato,<br />

Arthur Leitão.<br />

Foi julgado em audiência geral, no<br />

dia 3i do mês findo, o ex cabo 3 da<br />

policia civil Manuel d'Andra<strong>de</strong>, que por<br />

occasião dos acontecimentos do convénio<br />

prostou com uma bala o académico<br />

sr. Vasco Quevedo.<br />

Assumiu a <strong>de</strong>feza o sr. dr. Sousa<br />

Bastos, sendo o accusado con<strong>de</strong>mnado<br />

na pena <strong>de</strong> 18 mêses <strong>de</strong> prisão correccional<br />

e a x anno <strong>de</strong> multa a 100 réis<br />

por dia.<br />

O tribunal esteve sempre au grand<br />

complet, <strong>de</strong>stacando a affluéncia <strong>de</strong><br />

académicos.<br />

A CENSURA<br />

O gran<strong>de</strong> poeta Guerra Junqueiro<br />

enviou ao nosso distincto collega cá<br />

Vo\ Publica, no dia 3i do mês findo<br />

o seguinte telegramma:<br />

Saúdo ferTidaracnte o» lio<br />

mciiK obscuros que em 31<br />

blico uma lógica repulsa e preparou<br />

protestos vehementes e fecundos.<br />

Mas <strong>de</strong>pois, <strong>de</strong>pois...<br />

Nós, os republicanos, paramos no<br />

caminho.<br />

Não soubemos aproveitar o ensejo<br />

feliz <strong>de</strong> accentuar mais e mais o divorcio<br />

<strong>de</strong>clarado entre a monarchia e o<br />

país.<br />

Apagado o divino fulgor que illu-<br />

O nosso illustre collega Vanguarda<br />

minou <strong>de</strong> esperanças os horizontes pe- tem ultimamente publicado sobre o<br />

sados da Patria nessa heróica madru- partido republicano excellenies artigos,<br />

gada <strong>de</strong> janeiro, amortecido o <strong>de</strong>sejo em que a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> sua reorganisação<br />

quente <strong>de</strong> vingança que durante tempo calarosamente se advoga. A Vanguar<br />

nos erguera, num alto impulso <strong>de</strong> fé, da accompanha-nos assim, brilhante-<br />

breve nos juntamos e confundimos com mente, na nossa campanha, o que<br />

a massa, cada vez maior, dos indiffe- sobremaneira nos honra, pela auctori<br />

rentes, dos <strong>de</strong>slaentados, dos cúmplices. da<strong>de</strong> que incontestavelmente tem a sua<br />

Foi entam que a monarchia inau-<br />

nobre e leal adhesão.<br />

gurou a sua obra <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa á outrance, São do seu ultimo artigo estas pa-<br />

reprimindo todas as manifestações hoslavras :<br />

tis ao seu domínio, perseguindo todos<br />

«Urge a reorganisação do par<br />

os que guarneciam os reductos contra<br />

tido republicano, ou antes, façamos<br />

rios, assaltando todas as liberda<strong>de</strong>s e<br />

uma revisão <strong>de</strong> forças que <strong>de</strong>vere-<br />

calcando todos os direitos.<br />

mos distribuir convenientemente<br />

Encontrou-nos <strong>de</strong>sunidos, espalha-<br />

com a respectiva nota dos encargos<br />

dos, abatidos a sortida cega, odienta,<br />

e dos sacrifícios.<br />

dos janisaros do Terreiro do Paço.<br />

Se para isso é necessário um<br />

O pouco que nos restava do patri congresso, vamos ao congresso, dis-<br />

monio <strong>de</strong> regalias liberaes consquistado postos todos a um verda<strong>de</strong>iro tra-<br />

em pugnas ar<strong>de</strong>ntes, levou nos a cana<br />

balho <strong>de</strong> patriotismo e abnegação.<br />

lha na sua fácil arremettida.<br />

N este ponto estamos <strong>de</strong> accor-<br />

Na situação presente temos, pois, do com a Resistencia e com outros<br />

a nossa quota <strong>de</strong> responsabida<strong>de</strong>, que orgãos da opinião republ cana que<br />

crescentemente se avolumará se não nos<br />

no mesmo sentido se tem manifes-<br />

resolvermos, urgente e energicamente<br />

tado.<br />

a tomar o nosso logar na politica por-<br />

E não dilatemos resoluções por<br />

tuguêsa.<br />

largos dias.<br />

Percisamos remover o immenso<br />

Façamos o que os interesses par-<br />

<strong>de</strong>salento, a tenebrosa ignorancia, o<br />

tidários nos aconselham. Reunamos<br />

dissolvente egoísmo que se insinuou em<br />

para sanccionar com o nosso volo<br />

todas as classes, que ganhou todos os<br />

o que está em nosso pensar; para<br />

espíritos, ainda aquelles on<strong>de</strong> <strong>de</strong>viam<br />

jurarmos, n<br />

ter guarida todos os bellos e altos i<strong>de</strong>aes<br />

e on<strong>de</strong> <strong>de</strong>viam fulgorejar todos os can<br />

didos e nobres enihusiasmos.<br />

Porque nem só os velhos estám<br />

frios, regelados num <strong>de</strong>sconfortador<br />

septicismo, os olhos fechados para o<br />

enganoso clarão das esperanças; nem<br />

só os egoístas e os indifferentes, exercitados<br />

na longa experiencia do seu<br />

viver abandonado, <strong>de</strong>s<strong>de</strong>nham os nossos<br />

protestos e das nossas queixas: é<br />

toda essa mocida<strong>de</strong> que pr'abi se arrasta,<br />

mollemente, nas escolas, affir<br />

Janeiro sedcixarammatarpelo mando já a sua <strong>de</strong>scrença, a sua ambi-<br />

l„.c, e pela verda<strong>de</strong>, e lembro ção, o seu estreito i<strong>de</strong>al, que nos aterra<br />

ao partido republicano o duplo<br />

<strong>de</strong>ver, da acção e união, em vez <strong>de</strong> nos animar, que nos enche<br />

constituindo uma nobre famí- <strong>de</strong> sinistras duvidas em vez <strong>de</strong><br />

lia moral, um baluarte <strong>de</strong> luz nos enflorar a alma <strong>de</strong> carinhosas es-<br />

e <strong>de</strong> vida beroica, <strong>de</strong>ntro

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!