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6 VOLTA SINDICAL REDONDA 18 a 24 de Junho de 2011 • JORNAL FOLHA DO AÇO Sindicato dos Metalúrgicos consegue bons resultados em negociações O Sindicato dos Metalúrgicos da Região vem conseguindo fechar bons acordos com as empresas do setor, para a renovação do contrato de trabalho. Na semana pass ada, por exemplo, em votação secreta, os metalúrgicos aprovaram proposta da Companhia Siderúrgic a Nacional (CSN), que c oncedeu aumento de 8,3%, a partir de junho e outras vantagens. O único senão ainda tem sido as negociações com as empresas terceirizadas. Para se ter uma ideia, na última semana, a proposta apresentada pela Sankyu, de aumento de 7,8%, foi rejeitada pelos metalúrgicos. O sindicato aguarda uma nova proposta para que seja colocada novamente em votação. “Estamos conquistando reajustes acima da inflação, ou seja, com ganho real. As empresas entenderam que não aceitaremos discutir índices menores que o INPC ou trocando abono por aumento real”, destacou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Renato Soares. “Vamos continuar com esse trabalho, de recuperação dos salários”, completou. As negociações com o Metalsul também andam um pouco lentas e a última reuniãofoi realizada na sexta-feira (dia 17). O sindicato patronal apresentou uma proposta de rea- Renato Soares vai lutar por maior ganho real juste de 8% e de 10% a 20% no piso salarial e, com isso, os trabalhadores das empresas de Volta Redonda, Barra Mansa e Resende terão votação na terça-feira (21), às 18h, na sede e nas subsedes do sindicato. E algumas empresas preferiram negociar em separado. É o caso da Votorantim. Na quinta-feira (dia 16), os funcionários da empresa aprovaram a oferta de aumento salarial de 8,3% a partir de julho, abono de R$ 800, entre outros benefícios. No entanto, foi a Comércio Indústria & Beneficiamento de Aço Ltda (Cinbal), empresa que emprega diretamente cerca de 500 funcionários e presta serviços de Corte de Bobinas de Flandres, En- VERDADEIRA OUVIDORIA O Jornal Folha do Aço quer ouvir seus elogios, reclamações e denúncias Envie email, carta e foto para folhadoaco@hotmail.com ou ligue para 3338-8341 Rua Luiz Alves Pereira, 115 sala 301, Ed. Maria Yabrudy, Aterrado v ernizamento, Litografia e Transporte Rodoviário de Cargas, onde os trabalhadores conseguiram um dos melhores resultados, não só da região, mas de todo o país. A proposta da empresa, aprovada em abril, foi de R$ 10% de aumento, pagamento de PLR e outras vantagens na renovação do contrato de trabalho. Contaminação do Volta Grande IV ainda depende de análise do solo Em audiência pública realizada na quarta-feira (dia 15), os moradores do bairro Volta Grande IV foram apresentados a quarta empresa contratada pela CSN, a Nickol do Brasil, para realizar os estudos para verificação da contaminação em decorrência do depósito de produtos tóxicos, na área onde foram construídas 758 casas. Antes da construção do condomínio, o terreno servia de depósito de rejeitos da CSN. Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgic os, Renato Soares, que acompanhou a audiência, a demora na análise prejudica muito os moradores, que sofrem com as doenças decorrentes da exposição aos produtos tóxicos. “O processo tem que ter ser agilizado, e esperamos que agora, com a atuação firme do procurador do Ministério Público Federal, Rodrigo Lines, e da procuradora, A line Pacheco, essa situação possa ter um fim”, disse o sindicalista. O condomínio Volta Grande IV foi construído no final da década de 1990 pelo Sindicato dos Metalúrgicos e financiado pela Caixa Econômica Federal. Na época, a Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (Feema), e que se transformou no atual Instituto Estadual do Ambiente (Inea), e a prefeitura de Volta Redonda aprovaram e realização do projeto. As primeiras suspeitas de contaminação tiveram início em 2001, quando pelo menos 15 mulheres tiveram que interromper suas gestações por má formação do feto e também surgiram casos de leucopenia. Após as ocorrências, em 2004, o Inea abriu uma sindicância para apurar responsabilidade pela autorização da obra, já que um estudo feito pela empresa Waterloo para a CSN, constatou, à época, a contaminação por naftaleno, que teria sido causada pela destruição da tubulação de um dos poços de depósito dos rejeitos, atingida durante a construção do condomínio. A tubulação destruída estava sob quatro casas, que foram compradas pela CSN e demolidas , no mes mo local, foi construída até uma praça. “Todos os envolvidos devem ser responsabilizados, pois foram negligentes com centenas de vidas”, afirmou Renato Soares.
JORNAL FOLHA DO AÇO • 18 a 24 de Junho de 2011 JORNAL VOLTA FOLHA REDONDA DO AÇO 7 Moradores do São Sebastião ainda desconfiam da promessa do prefeito Neto Na madrugada do dia 30 de janeiro desse ano, 42 famílias do bairro São Sebastião, invadiram uma área da Rua A- 1. Naquela oportunidade, a alegação dos manifestantes era que o terreno, desapropriado há anos pela prefeitura, estava sendo utilizado como um autêntico lixão, onde, inclusive, eram depositados restos hospitalares. Ao final da ocupação, que durou três dias e chegou a gerar conflitos envolvendo moradores, Guarda Municipal e Defesa Civil, a prefeitura de Volta Redonda anunciou que iria cadastrar as famílias, por meio da Secretaria Municipal de Ação Comunitária (Smac). O prefeito Antônio Francisco Neto comprometeu-se até mesmo com o então Bispo da Diocese, Dom João Maria Messi, que iria construir uma vila de casas para abrigar essas famílias. Pois bem. Quas e cinc o meses após esse episódio, a Folha do Aço voltou, na quarta-feira (dia 15), ao São Sebastião para saber se a promessa da prefeitura já estava sendo cumprida. Bastou, no entanto, caminhar pelo bairro para notar que não existe nenhum sinal de obra no local. Após alguns minutos de conversa com moradores foi possível verificar que a desconfiança ainda predomina. “Alguns funcionários da prefeitura estiveram aqui olhando uma possível área, mas até agora não vi mexendo em nada ainda”, disse uma moradora, que por medo de ser prejudicada, preferiu manter o anonimato. A desconfiança faz sentido. É que os moradores estão receosos que ocorra o mesmo problema da construção das casas no bairro Parque Independência, uma área de risco em Três Poços . É que lá as obras das 118 novas moradias estão atrasadas há dois anos. “Não queremos ficar igual ao pessoal de Três Poços que aguarda há dois anos a prefeitura terminar a obra e nada”, destacou um homem, que tam- bém preferiu não rev elar o nome. Na reunião com o secretário de Ação Comunitária Munir Francisco, realizada no último dia 26, a comissão de ocupação do bairro São Sebastião teve ac ess o ao projeto da construção das residências. No local devem ser construído cerca de 500 apartamentos. “Mostraram uma planta com o modelo dos apartamentos que serão construídos numa área nas proximidades do campo de futebol do bairro. Acho que será parecido com o que já tem em Três Poços”, revelou Eduarda Aparecida Rocha, integrante da comissão. De acordo com Eduarda, os representantes do Palácio 17de Julho seguem garantindo que irão cumprir o prazo estipulado no período da ocupação, ou seja, as casas iriam começar a ser construída até o mês de agosto. “Estamos acreditando neles, mas acho que falta pouco tempo e não tivemos nenhumade novidade ainda no local onde serão erguidas essas moradias”, afirmou. Segundo foi informado aos moradores, a prefeitura segue aguardando a liberação do dinheiro do “Minha Casa, Minha Vida”, projeto do governo federal. Vale lembrar, que no orçamento municipal deste ano está sendo disponibilizado pouco mais de R$ 5 milhões para aplicar em habitação. Esse valor, segundo especialista, não dá para cumprir a promessa de campanha do prefeito Neto, de construir mais de 2 mil moradias na cidade do aço. Parque Independência Há cerca de três anos, os moradores do bairro, que fica localiz ado nas proximidades da Avenida Paulo Erlei Arantes, estrada que liga Volta Redonda a Pinheiral, aguardam que o prefeito Antônio Francisco Neto entregue as 118 novas casas que estão sendo construídas em dois terrenos: 60 na Moradores de área de risco em Três Poços esperam há mais de três anos por casas entrada do Colorado e outras 58 na antiga linha velha (atrás do setor de Zoonoses da prefeitura), ambos em Três Poços. O projeto, avaliado em mais de R$ 1 milhão e que recebeu uma verba federal, por meio de emenda do senador Marcelo Crivela, estava previsto para terminar em oito meses. Porém, o que seria a chance de conquistar uma nov a moradia, transformou-se em desilusão para as 118 famílias. Hoje eles são obrigados a conviverem com a total falta de infraestrutura e com um saneamento básico precário, tudo por conta da promessa não cumprida pelo Poder Executivo da cidade do aço.
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