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EUROPA RENOVADA: RENASCIMENTO E HUMANISMO- DO ...

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eproduzir com fidelidade a beleza presente na paisagem natural nas cenas cotidianas<br />

onde o homem aparece geograficamente no plano da pintura como cerne. O desejo de<br />

reproduzir o Belo fazia-se necessário mais que simples capricho era imprescindível<br />

fazê-lo, pois: “Todo o belo é uma manifestação do Divino. Assim sendo, a exultação, o<br />

cultivo e a criação do belo, consistem no mais elevado exercício de virtude e no gesto<br />

mais profundo de adoração a Deus. A produção do belo através da arte é o ato mais<br />

sublime de que é capaz o homem.” (SEVCENKO, 1985.p. 19).<br />

Quando nos remetemos aos legados deixados pelos humanistas que se<br />

desdobraram nas várias áreas do conhecimento: matemáticos, arquitetos, físicos,<br />

químicos, filósofos, teólogos, juristas e literatos etc... os artistas plásticos ou melhor seu<br />

legado artístico eternizado na pintura e na escultura melhor evocam e sintetizam o<br />

Renascimento.<br />

A produção plástica intensa toma a dianteira de todo o inestimável e vasto<br />

legado humanista por traduzir o momento histórico de inquestionável prosperidade<br />

econômica decorrente de práticas mercantis financiadas e encabeçadas pela burguesia.<br />

“A ruptura dos antigos laços sociais de dependência social e das regras<br />

corporativas promovem, portanto, a liberação do indivíduo e o empurram para a luta da<br />

concorrência com outros indivíduos, conforme as condições postas pelo Estado e pelo<br />

capitalismo.” (SEVCENKO, 1985. p. 11).<br />

A arte era, pois o mecanismo perfeito por meio do qual a burguesia se utilizou<br />

para sua auto afirmação, correlacionando direta ou indiretamente sua classe à nova<br />

ordem econômica, política, social na qual projetar-se-ia impreterivelmente no centro,<br />

como grande patrocinadora dos inventos técnicos, científicos e artísticos estreitando<br />

suas relações com a nobreza e o alto clero que juntos comporiam o mecenato instituição<br />

esta de vital necessidade para a concretização de obras monumentais, um avanço para a<br />

época em que foram executadas e objeto de fascínio e estudo para os contemporâneos.<br />

O espaço urbano então sofre constantes interferências plásticas, mostra do<br />

poderio financeiro em consonância com a mentalidade burguesa difusora de uma cultura<br />

do novo, propondo comportamentos, hábitos e valores condizentes com o momento<br />

histórico provando sua superioridade ante a cultura medieval constantemente apontada<br />

como inferior e retrógrada, com seu românico embrutecido e pesado dando as catedrais<br />

aparência de fortalezas militares embora também o fossem, prevalecendo na arte da Alta<br />

Idade Média, suplantado posteriormente pelo gótico, que embora mantivesse algumas<br />

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