Versão em PDF - Partido Social Democrata
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PSD p.6<br />
Cabeças de lista socialistas<br />
integram m<strong>em</strong>bros de Governos<br />
que quase conseguiram arruinar<br />
Portugal<br />
Três palavras defin<strong>em</strong><br />
o Governo <strong>Social</strong>ista:<br />
“Incúria, inépcia e<br />
incompetência”<br />
PSD p.5<br />
Passos Coelho pede ao Primeiro-Ministro a<br />
disponibilização de informação essencial para a<br />
elaboração das suas análises e decisões<br />
PSD p.6<br />
A execução orçamental do<br />
primeiro trimestre com 432<br />
milhões de euros de excedente<br />
é uma mentira de campanha<br />
nº 1686<br />
20 de Abril de 2011<br />
Director: Miguel Santos<br />
Periodicidade S<strong>em</strong>anal - Registo na ERC<br />
nº 105690 - Propriedade: PSD<br />
Regional p.9<br />
Berta Cabral elogia responsabilidade de Passos<br />
Coelho face à crispação de José Sócrates<br />
1
Presidente<br />
Crescimento económico sustentado<br />
e salvaguarda dos mais vulneráveis<br />
é o objectivo maior de Passos Coelho<br />
O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, encontrouse<br />
na segunda-feira com os cabeças de lista do <strong>Partido</strong><br />
às eleições legislativas de 5 de Junho, no hotel de Lisboa<br />
<strong>em</strong> que tinha decorrido, no Domingo, a reunião do<br />
Conselho Nacional<br />
Neste encontro estiveram também presentes os<br />
Presidentes das estruturas distritais do PSD.<br />
São cabeças de lista do PSD o presidente do partido<br />
Passos Coelho, <strong>em</strong> Vila Real, Miguel Relvas, <strong>em</strong> Santarém,<br />
Miguel Macedo, <strong>em</strong> Braga, Aguiar-Branco, no Porto, Francisco<br />
José Viegas, <strong>em</strong> Bragança, Carlos Abreu Amorim,<br />
<strong>em</strong> Viana do Castelo, e Manuel Meirinho, na Guarda, e<br />
Carlos Moedas, <strong>em</strong> Beja. Couto dos Santos, <strong>em</strong> Aveiro,<br />
Costa Neves, <strong>em</strong> Castelo Branco, Teresa Morais, <strong>em</strong> Leiria,<br />
Cristóvão Crespo, <strong>em</strong> Portalegre, Maria Luís Albuquerque,<br />
<strong>em</strong> Setúbal, José Manuel Canavarro, <strong>em</strong> Coimbra, Almeida<br />
Henriques, <strong>em</strong> Viseu, Mendes Bota, <strong>em</strong> Faro, Pedro<br />
Lynce, <strong>em</strong> Évora, Carlos Gonçalves, no círculo da Europa,<br />
José Cesário, no círculo de Fora da Europa, Mota Amaral,<br />
nos Açores, e Alberto João Jardim, na Madeira completam<br />
o conjunto de 22 cabeças de lista do PSD.<br />
Um apelo aos Portugueses: confiança e<br />
condições de governar<br />
Durante a reunião e também num encontro com<br />
a comunicação social, o presidente do PSD pediu aos<br />
portugueses um voto de confiança e a oportunidade de<br />
governar que já foi dada ao PS, sustentando que, dos<br />
socialistas, só pode esperar-se o colapso económico.<br />
“O que pedimos aos portugueses é uma condição de<br />
partida justa, s<strong>em</strong> a qual o país não mudará como desejamos:<br />
que acredit<strong>em</strong> e confi<strong>em</strong> que, quando chegamos<br />
ao fim da linha, é preciso dar a outros a oportunidade<br />
que já foi dada ao PS para governar”, declarou Pedro<br />
Passos Coelho à comunicação social, num hotel de Lisboa.<br />
Segundo o presidente do PSD, “se porventura depois<br />
destas eleições se mantivess<strong>em</strong> os mesmos governantes,<br />
com o mesmo programa, com o mesmo tipo de resposta<br />
que t<strong>em</strong> sido dada nos últimos anos, então aquilo que<br />
espera a Portugal é aquilo que já aconteceu – mas <strong>em</strong><br />
pior!”.<br />
“É o aprofundamento das injustiças e a continuação<br />
de uma recessão económica que matará a nossa economia<br />
e nos impedirá de crescer”, completou Passos Coelho,<br />
no final do encontro.<br />
Passos Coelho, que discursou tendo como fundo um<br />
2<br />
cartaz verde, com um sol raiado no lado direito e a frase<br />
“Está na hora de mudar”, <strong>em</strong> letras brancas, elogiou a<br />
lista de candidatos a deputados pelo PSD.<br />
“Representam um bom compromisso entre uma<br />
renovação do PSD e a sua abertura à sociedade civil,<br />
à universidade, à cultura, à cidadania”, considerou,<br />
reiterando a intenção de formar “uma plataforma alargada<br />
para que o País tenha uma estratégia nacional no<br />
próximo Governo”.<br />
Na sua intervenção, o presidente do PSD assinalou<br />
que o seu partido não esteve “no Governo de Portugal<br />
nos últimos anos” e avisou que está “muito determinado<br />
<strong>em</strong> não passar uma esponja sobre a responsabilidade<br />
do passado”.<br />
“Mas o caminho daqui para a frente não se fará<br />
apenas a recordar essas responsabilidades, irá fazer-se<br />
também tomando novas medidas e alargando os horizontes<br />
da política que deve ser prosseguida”, acrescentou.<br />
Quanto às futuras decisões políticas, admitiu, contudo,<br />
que “para os portugueses pode ser difícil distinguir<br />
entre aquilo que resultará da sua vontade nas próximas<br />
eleições e aquilo a que Portugal terá de se vincular por<br />
força da ajuda externa que pediu”.<br />
Vamos defender junto da Missão<br />
Internacional,<br />
a aposta no crescimento económico<br />
O presidente do PSD afirmou ainda que vai defender<br />
junto da missão que está a negociar a ajuda externa a<br />
Portugal, um programa que aposte no crescimento económico<br />
e salvaguarde “os mais vulneráveis”.<br />
Passos Coelho afirmou também que vai transmitir à<br />
missão conjunta da União Europeia (UE), Banco Central<br />
Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI),<br />
que as medidas a aplicar <strong>em</strong> Portugal têm de ser negociadas<br />
com contas actualizadas de tudo que conta para o<br />
défice “<strong>em</strong> cima da mesa” – posição que t<strong>em</strong> reiterado<br />
nos últimos dias.<br />
“Não escond<strong>em</strong>os aos portugueses que a austeridade<br />
vai ter de prosseguir, mas o que nós quer<strong>em</strong>os é que o<br />
Estado, que ainda não fez austeridade, a possa fazer”,<br />
acrescentou o presidente do PSD.<br />
Segundo Passos Coelho, Portugal vai ter de adoptar<br />
medidas “mais duras” do que as que estavam contidas<br />
no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) chumbado<br />
<strong>em</strong> Março pela oposição no Parlamento, mas “não<br />
é porque o PEC foi rejeitado, é porque situação (que o<br />
Governo tinha escondido) é muito mais grave do se<br />
pensava, <strong>em</strong> Portugal e <strong>em</strong> Bruxelas, quando Sócrates a<br />
negociou <strong>em</strong> circunstâncias muito duvidosas”, afirmou.<br />
“Não pod<strong>em</strong>os continuar a fazer de conta” e “toda a<br />
situação real do país t<strong>em</strong> de estar <strong>em</strong> cima da mesa”, dos<br />
“prejuízos das <strong>em</strong>presas públicas” à “dívida do Serviço<br />
Nacional de Saúde”, defendeu.<br />
“Isto mesmo diss<strong>em</strong>os ao Governo e procurar<strong>em</strong>os<br />
transmitir, quer ao FMI, quer ao Fundo Europeu de Estabilização<br />
Financeira (FEEF)”, acrescentou o presidente<br />
do PSD.<br />
Passos Coelho afirmou depois que o PSD encara o<br />
futuro e a ajuda financeira externa a Portugal “com uma<br />
determinação apenas: salvaguardar <strong>em</strong> Portugal aqueles<br />
que mais vulneráveis estão e apostar no crescimento<br />
da economia e na criação de <strong>em</strong>prego, porque essa é<br />
a única forma duradoura de podermos pôr também as<br />
nossas finanças públicas <strong>em</strong> ord<strong>em</strong>”.<br />
“O que dir<strong>em</strong>os a todos aqueles que nos vão ajudar,<br />
países europeus e FMI, a sair desta situação é que nos<br />
ajud<strong>em</strong> também a escolher o melhor caminho para que<br />
o progresso seja mais duradouro. É isto que estará <strong>em</strong><br />
cima da mesa daqui até dia 16 de Maio, quando este<br />
programa tiver de ser assinado para obtermos a ajuda<br />
financeira, que é indispensável para que se possam<br />
pagar os ordenados e as nossas responsabilidades ao<br />
exterior”, completou.<br />
- Povo Livre/Lusa/DN; fotos Luis Saraiva
Conselho Nacional do PSD<br />
Três palavras defin<strong>em</strong> o Governo <strong>Social</strong>ista:<br />
“Incúria, inépcia e incompetência”<br />
Presidente<br />
O presidente do PSD afirmou no Domingo, que a<br />
sua Direcção teve a preocupação de elaborar as listas<br />
de candidatos a deputados s<strong>em</strong> “ajustes de contas”,<br />
incluindo personalidades que o aparam e outras que<br />
o não fizeram.<br />
Segundo fonte do partido, num discurso perante<br />
o Conselho Nacional do PSD, Pedro Passos Coelho<br />
destacou a presença de Paula Teixeira da Cruz como<br />
Número Dois por Lisboa e revelou que Pedro Duarte<br />
e José Luís Arnaut lhe comunicaram que não queriam<br />
fazer parte das listas, para se dedicar<strong>em</strong> aos seus<br />
projectos profissionais.<br />
O Conselho Nacional do PSD esteve reunido no Domingo<br />
à tarde, num hotel de Lisboa, para aprovar as<br />
listas do partido às eleições legislativas de 5 de Junho.<br />
“Nesta lista estão pessoas que me apoiaram e pessoas<br />
que estiveram contra mim. Houve preocupação de<br />
não fazer ajustes de contas”, afirmou Passos Coelho,<br />
no início da reunião, voltando a lamentar que a anterior<br />
presidente do <strong>Partido</strong>, a Doutora Manuel Ferreira<br />
Leite, tenha recusado o seu convite para ser candidata<br />
a deputada, encabeçando a lista ao círculo de Lisboa.<br />
“Tenho pena que a minha antecessora não tenha<br />
sentido condições para ser candidata a deputada”, foram<br />
as palavras do presidente do PSD, de acordo com<br />
fonte do partido, pois além de ser uma personalidade<br />
com prestígio, foi ela que, logo de início, desmascarou<br />
a situação de Portugal, que Sócrates já tentava ocultar.<br />
Pedro Passos Coelho chegou cerca das 16h45 a esta reunião, e na sua intervenção, segundo a Lusa, o presidente do PSD fez questão de assumir “a escolha polémica<br />
de Fernando Nobre”.<br />
Quanto à situação do País, Passos Coelho responsabilizou o Governo, acusando-o de “incúria, inépcia e incompetência” e considerando que o executivo “não t<strong>em</strong><br />
perdão”.<br />
No que respeita à ajuda financeira externa, voltou a defender que “a grande solução não é aumentar a austeridade sobre as pessoas, mas sim aumentar a austeridade<br />
sobre o Estado” e a assinalar a importância do “sim” do PSD, acrescentando: “Não vai bastar a palavra, vai ser preciso um compromisso forte”.<br />
Ainda de acordo com fonte do PSD, Passos Coelho pediu o <strong>em</strong>penho de todos os Conselheiros Nacionais na campanha para as legislativas, dizendo que “a maior<br />
fatia” lhe cabe a ele, mas que esta “é uma batalha de todos”.- Fonte: Lusa<br />
• • •<br />
As listas do PSD às legislativas, aprovadas por unanimidade, inclu<strong>em</strong> como novidades as candidaturas das vice-presidentes do partido Nilza Sena, como número<br />
três <strong>em</strong> Coimbra, e Paula Teixeira da Cruz, segunda <strong>em</strong> Lisboa.<br />
Alguns deputados do anterior Grupo estão de saída, alguns (como José Luís Arnaut e Pedro Duarte) por decisão própria, para se dedicar<strong>em</strong> aos seus projectos<br />
profissionais, segundo ao Conselho o Presidente do PSD.<br />
Na lista ao círculo de Braga surge como novidade Maria Clara Marques Mendes, irmã do antigo presidente do PSD Luís Marques Mendes, ocupando o sexto lugar.<br />
Quanto ao actual presidente da JSD, Duarte Marques, candidata-se ao círculo de Santarém, no quarto lugar da lista do PSD.<br />
Feliciano Barreiras Duarte, antigo secretário de Estado que é chefe de gabinete do presidente do PSD, Pedro Passos Coelho volta a ser candidato <strong>em</strong> Leiria, ocupando<br />
o terceiro lugar da lista pelo mesmo círculo.<br />
Assunção Esteves regressa igualmente às listas do<br />
PSD, como sexta da lista ao círculo de Lisboa, assim<br />
como Pedro Pinto, que ocupa o sétimo lugar da mesma<br />
lista.<br />
Neste círculo, Paulo Mota Pinto, que foi cabeça de<br />
lista por Coimbra há dois anos, é agora terceiro e Maria<br />
José Nogueira Pinto volta a ser a quarta.<br />
Do grupo de actuais deputados que voltam a integrar<br />
as listas faz<strong>em</strong> ainda parte Luís Montenegro,<br />
que passa de sétimo a segundo <strong>em</strong> Aveiro, Fernando<br />
Negrão, que encabeçou a lista ao círculo de Setúbal<br />
e agora é segundo <strong>em</strong> Braga, Adão Silva, que volta<br />
a ser número dois <strong>em</strong> Bragança, e Nuno Encarnação,<br />
novamente quarto <strong>em</strong> Coimbra.<br />
No Porto, Miguel Frasquilho volta a ser segundo,<br />
Luís Menezes passa de 8.º a 7.º, e registam-se várias<br />
entradas para os primeiros nomes da lista: Teresa Leal<br />
Coelho, <strong>em</strong> segundo lugar, Virgílio Macedo, <strong>em</strong> quarto,<br />
Maria José Castelo Branco, <strong>em</strong> quinto, Adriano Rafael<br />
Moreira, <strong>em</strong> sexto, Conceição Bessa Ruão, <strong>em</strong> 11.º e<br />
Paulo Rios, <strong>em</strong> 12.º.<br />
José Matos Correia, volta a ser terceiro <strong>em</strong> Lisboa,<br />
Duarte Pacheco passa de 11.º a 10.º neste círculo, enquanto<br />
José Matos Rosa, que é Secretário-Geral Adjunto<br />
da actual Direcção, e foi o nono candidato por Lisboa<br />
<strong>em</strong> 2009, é segundo <strong>em</strong> Faro, seguido de Elsa Maria<br />
3
Presidente<br />
A lista aprovada pelo Conselho<br />
AÇORES<br />
JOÃO BOSCO MOTA AMARAL<br />
Joaquim Ponte<br />
Lídia Bulcão<br />
Cláudio Lopes<br />
Graça Rodrigues<br />
AVEIRO<br />
ANTÓNIO FERNANDO COUTO DOS SANTOS<br />
Luís Montenegro<br />
Maria Paula Cardoso<br />
Ulisses Pereira<br />
Amadeu Albergaria<br />
Carla Rodrigues<br />
Bruno Coimbra<br />
Paulo Cavaleiro<br />
Isabel Maria Pinto<br />
Salvador Malheiro Silva<br />
Abílio André Brandão de Almeida Teixeira<br />
Maria do Egito Simões<br />
Jorge António Tavares de São José<br />
António Matos Gomes<br />
Diana Clara Paiva<br />
Miguel Ramiro Fernandes<br />
BEJA<br />
CARLOS MOEDAS<br />
Mário Simões<br />
Ana Rosa Soeiro<br />
BRAGA<br />
MIGUEL MACEDO<br />
Fernando Negrão<br />
Francisca Almeida<br />
Fernando Nuno Fernandes Ribeiro dos Reis<br />
Emídio Guerreiro<br />
Maria Clara Marques Mendes<br />
Jorge Paulo Oliveira<br />
João Lobo<br />
Maria da Graça Gonçalves da Mota<br />
Hugo Soares<br />
Humberto Carneiro<br />
Maria Teresa Machado Fernandes<br />
Isidro Gomes de Araújo<br />
Manuel Albino Penteado Neiva<br />
Bruna Cristina Araújo Ferreira<br />
Francisco Manuel Monteiro e Pacheco<br />
Ribeiro<br />
Custódia Manuela Vilela de Magalhães<br />
Mário António Jesus Leite<br />
Maria Celeste Vilela Fernandes Cardoso<br />
BRAGANÇA<br />
FRANCISCO JOSÉ VIEGAS<br />
Adão Silva<br />
Maria José Teodoro Moreno<br />
CASTELO BRANCO<br />
CARLOS COSTA NEVES<br />
Carlos São Martinho Gomes<br />
Ana Rita Calmeiro<br />
Álvaro Baptista<br />
COIMBRA<br />
JOSÉ MANUEL CANAVARRO<br />
Pedro Saraiva<br />
Nilza Sena<br />
Nuno Encarnação<br />
Maurício Marques<br />
Ana Oliveira<br />
Filipe Carraco<br />
4<br />
Sandra Fidalgo<br />
João Alegre de Sá<br />
EUROPA<br />
CARLOS ALBERTO GONÇALVES<br />
Artur Amorim<br />
ÉVORA<br />
PEDRO LYNCE DE FARIA<br />
António José Costa Romenos Dieb<br />
Cristina Maria Fonto Rosado<br />
FARO<br />
JOSÉ MENDES BOTA<br />
Pedro Roque<br />
Elsa Maria Simas Cordeiro<br />
Cristóvão Duarte Nunes Guerreiro Norte<br />
Carlos Eduardo da Silva e Sousa<br />
Maria do Carmo Correia Conceição<br />
Bruno Miguel Martins Inácio<br />
Alberto Augusto Rodrigues de Almeida<br />
Maria de Deus dos Santos Domingos<br />
FORA DA EUROPA<br />
JOSÉ DE ALMEIDA CESÁRIO<br />
Carlos Páscoa Gonçalves<br />
GUARDA<br />
MANUEL MEIRINHO<br />
António Carlos Peixoto<br />
Ângela Maria P. Branquinho Guerra<br />
João José da Pina Prata<br />
LEIRIA<br />
MARIA TERESA MORAIS<br />
Fernando Marques<br />
Feliciano Barreiras Duarte<br />
Maria da Conceição Pereira<br />
Paulo Batista dos Santos<br />
Pedro Alexandre Pimpão<br />
Laura Esperança<br />
Valter Ribeiro<br />
Joaquim Pequicho<br />
Olga Silvestre<br />
LISBOA<br />
FERNANDO JOSÉ DE LA VIETER RIBEIRO<br />
NOBRE<br />
Paula Teixeira da Cruz<br />
Paulo Mota Pinto<br />
José Matos Correia<br />
Maria José Nogueira Pinto<br />
Assunção Esteves<br />
Pedro Augusto da Cunha Pinto<br />
António Rodrigues<br />
Ana Sofia Bettencourt<br />
Duarte Pacheco<br />
José Matos Rosa<br />
Joana Barata Lopes<br />
Carlos Silva<br />
Hélder Silva<br />
Odete Silva<br />
António Prôa<br />
Sérgio Azevedo<br />
Mónica Ferro<br />
António Leitão Amaro<br />
Ricardo Leite<br />
Maria da Conceição Caldeira<br />
Gabriel Goucha<br />
André Pardal<br />
Hermínia Azenha<br />
Ricardo Andrade<br />
Fernando Ferreira<br />
Virgínia Bernardino<br />
Álvaro Carneiro<br />
Paulo Veríssimo<br />
Clotilde Silva<br />
Marco Claudino<br />
Armando Soares<br />
Alexandra Sécio<br />
Pedro Coelho<br />
Gonçalo Xufre<br />
Ana Isabel Valente<br />
João Annes<br />
Marco Almeida<br />
Sara Carvalho Ramos<br />
Martim Magalhães Pereira<br />
Joaquim Biancard Cruz<br />
Filipa Limpo Filipe<br />
Rodrigo Ribeiro<br />
José Caeiro Jesus<br />
Maria Isabel Nobre<br />
José Paulo Pereira<br />
Basílio de Castro<br />
MADEIRA<br />
ALBERTO JOÃO CARDOSO GONÇALVES<br />
JARDIM<br />
Guilherme Henriques Valente Rodrigues<br />
da Silva<br />
Cláudia Sofia Monteiro de Aguiar<br />
Manuel Filipe Correia de Jesus<br />
Hugo José Teixeira Velosa<br />
Maria João de França Monte<br />
PORTALEGRE<br />
CRISTÓVÃO CRESPO<br />
Joaquim Roberto Pereira Grilo<br />
PORTO<br />
JOSÉ PEDRO AGUIAR BRANCO<br />
Teresa Leal Coelho<br />
Miguel Frasquilho<br />
Virgílio Macedo<br />
Maria José Castelo Branco<br />
Adriano Rafael Moreira<br />
Luís Menezes<br />
Margarida Almeida<br />
Miguel Santos<br />
Luís Campos Ferreira<br />
Conceição Bessa Ruão<br />
Paulo Rios<br />
Simão Ribeiro<br />
Emília Santos<br />
Mário Magalhães<br />
Luís Vales<br />
Andreia Neto<br />
Afonso Oliveira<br />
Sérgio Humberto<br />
Maria João Fonseca<br />
Nuno Sá Costa<br />
Paula Gonçalves<br />
Alírio Costa<br />
Pedro da Vinha Costa<br />
Adelaide Canastro<br />
Ricardo Santos<br />
José Manuel Outeiro<br />
Susana Oliveira<br />
Pedro Sampaio<br />
Manuel Pereira Gomes<br />
Rosa Maria Rocha<br />
Pedro Brás Marques<br />
Manuel Mirra<br />
Joana Ascensão<br />
José Miguel Moreira<br />
João Rodrigues Sousa<br />
Fátima Azevedo<br />
Manuel Guedes<br />
Francisco Alberto Almeida<br />
SANTARÉM<br />
MIGUEL FERNANDO CASSOLA DE MIRANDA<br />
RELVAS<br />
Vasco Cunha<br />
Carina João Oliveira<br />
Duarte Marques<br />
Nuno Serra<br />
Maria Isilda Aguincha<br />
João António Candoso<br />
Lista de Candidatos à Ass<strong>em</strong>bleia da<br />
República<br />
Legislativas 2011<br />
Sónia Patrícia Ferreira<br />
João Leite<br />
António Calado Nobre<br />
SETÚBAL<br />
MARIA LUÍS ALBUQUERQUE<br />
Pedro do Ó Ramos<br />
Bruno Vitorino<br />
Maria das Mercês Borges<br />
Paulo Ribeiro<br />
Nuno Matias<br />
Luísa Varela<br />
Miguel Martins<br />
Jacinto Pereira<br />
Paula Goucha<br />
Miguel Morgado<br />
João Custódio<br />
Sónia dos Reis<br />
Carlos Filipe Oliveira<br />
Carlos Cardoso<br />
Cristina Mira Santos<br />
Paulo Ramos<br />
VIANA DO CASTELO<br />
CARLOS ABREU AMORIM<br />
Eduardo Alexandre Ribeiro Gonçalves<br />
Teixeira<br />
Rosa Maria Pereira Araújo Arezes<br />
Manuel Trigueiro da Rocha<br />
Duarte Filipe da Silva Ribeiro Martins<br />
Maria José Fontelo Carranca de Oliveira<br />
VILA REAL<br />
PEDRO PASSOS COELHO<br />
Luís Manuel Morais Leite Ramos<br />
Maria Manuela Pereira Tender<br />
Luís Pedro Machado Sampaio Sousa<br />
Pimentel<br />
Nataniel Mário Alves Araújo<br />
VISEU<br />
ANTÓNIO JOAQUIM ALMEIDA HENRIQUES<br />
Arménio Santos<br />
Teresa Santos<br />
João Carlos Figueiredo<br />
Pedro Alves<br />
Maria Ester Vargas<br />
Joaquim Seixas<br />
Paulo Jorge Pereira<br />
Elsa Isabel Rodrigues
Para um retrato fiel da situação actual<br />
Passos Coelho pede ao Primeiro-Ministro<br />
a disponibilização de informação essencial<br />
O líder do PSD entregou, no dia 13, uma carta ao<br />
primeiro-ministro, José Sócrates, durante o encontro<br />
que na manhã desse dia juntou delegações dos sociaisd<strong>em</strong>ocratas<br />
e do Governo e que foi o primeiro encontro<br />
desde o pedido de ajuda feito pelo Governo. Com cópia<br />
ao Chefe da Missão EU/BCE/FMI, que se encontra <strong>em</strong><br />
Lisboa para negociar o apoio financeiro a Portugal, o<br />
Presidente social-d<strong>em</strong>ocrata diz:<br />
Tendo <strong>em</strong> vista o acompanhamento estreito pelo <strong>Partido</strong><br />
<strong>Social</strong> D<strong>em</strong>ocrata das negociações do governo com<br />
a Missão conjunta da EU/BCE/FMI, no quadro do pedido<br />
de ajuda financeira externa, solicitado pelo Governo,<br />
agradec<strong>em</strong>os a Vossa Excelência o seguinte:<br />
1- Disponibilização da informação que o PSD considera<br />
essencial para as suas análises (anexo);<br />
2- Toda a informação técnica fornecida pelo Governo<br />
à Missão e por esta solicitada;<br />
3- Todas as análises intermédias ao longo do processo<br />
realizadas pela Missão, nomeadamente no que respeita<br />
aos “desvios” relativos aos valores do Défice Público, Dívida<br />
Pública e Necessidades de Financiamento para 2011<br />
e 2012, <strong>em</strong> relação às últimas estimativas do Governo.<br />
O pedido de informações, <strong>em</strong> detalhe<br />
Juntamente com esta carta, a delegação do PSD<br />
entregou ao Governo este “pedido de informações”:<br />
As estimativas do Governo constantes do OE 2011 e<br />
do seu PEC (2011-2014), apresentado <strong>em</strong> Março de 2011,<br />
aparec<strong>em</strong> já hoje ultrapassadas:<br />
• O cenário macroeconómico apontava para crescimentos<br />
económicos hoje inatingíveis, facto que condiciona<br />
as estimativas de receitas e de despesas das<br />
Administrações Públicas (APs);<br />
• A revisão do perímetro de consolidação das Administrações<br />
Públicas, efectuada pelo INE uma s<strong>em</strong>ana<br />
depois da apresentação do PEC de Março de 2011. Esta<br />
correcção no universo contabilístico do Sector Público Administrativo<br />
terá efeitos <strong>em</strong> 2011, 2012 e anos seguintes.<br />
• Esta revisão cria para 2011, 2012 e anos seguintes<br />
uma forte contingência de inclusão de outras <strong>em</strong>presas<br />
e entidades públicas hoje, ainda, não incluídas no perímetro<br />
contabilístico do SPA;<br />
• Medidas de redução da despesa anunciadas pelo<br />
Governo, quer no âmbito do OE2011, quer <strong>em</strong> relação a<br />
outras incluídas no seu PEC4 e que o Governo anunciou<br />
recent<strong>em</strong>ente que iria impl<strong>em</strong>entar.<br />
Devido à situação acima descrita e para que o PSD<br />
possa fazer uma verdadeira análise da situação actual,<br />
consideramos essencial a disponibilização das seguintes<br />
informações:<br />
1- Informação referente à receita (<strong>em</strong> Contabilidade<br />
Pública e <strong>em</strong> Contabilidade Nacional), com a<br />
respectiva fundamentação:<br />
2- Informação referente à receita (<strong>em</strong> Contabilidade<br />
Pública e <strong>em</strong> Contabilidade Nacional), com a<br />
respectiva fundamentação:<br />
3- Estimativa actualizada da receita <strong>em</strong> 2010, 2011<br />
e 2012 do aumento das taxas de IVA para 21%, 13% e<br />
6% <strong>em</strong> Junho de 2010;<br />
4- Estimativa actualizada da receita <strong>em</strong> 2010, 2011<br />
e 2012 do aumento <strong>em</strong> 1% e 1,5% das taxas do IRS;<br />
5- Estimativa actualizada da receita <strong>em</strong> 2010, 2011<br />
e 2012 do aumento <strong>em</strong> 2,5% das taxas do IRC;<br />
6- Estimativa actualizada da receita <strong>em</strong> 2011<br />
e 2012 do aumento da taxa de IVA para 23% (Lei do<br />
Orçamento para 2011);<br />
7- Estimativa actualizada da receita <strong>em</strong> 2011 e<br />
2012 da tributação extraordinária do sist<strong>em</strong>a financeiro;<br />
8- Estimativa actualizada da receita <strong>em</strong> 2011 e<br />
2012 do aumento de 1% no desconto para a CGA;<br />
9- Impacto do atraso da impl<strong>em</strong>entação da cobrança<br />
de portagens nas SCUTs;<br />
10- Estimativa actualizada para 2011 e 2012 da<br />
evolução das receitas não fiscais e contributivas, ou<br />
seja outras receitas correntes e receitas de capital com<br />
a respectiva descriminação.<br />
11- Estimativa actualizada para 2011 e 2012 da<br />
evolução das receitas não fiscais e contributivas, ou<br />
seja outras receitas correntes e receitas de capital com<br />
a respectiva descriminação.<br />
12- Informação referente à despesa (<strong>em</strong> Contabilidade<br />
Pública e <strong>em</strong> Contabilidade Nacional, s<strong>em</strong>pre que<br />
aplicável):<br />
13- Identificação de todas as entidades que não<br />
pertencendo à Administração Central, receb<strong>em</strong> transferências<br />
do OE:<br />
14- Valor transferido para cada entidade <strong>em</strong> 2010<br />
e orçamentado para 2011 e previsão para 2012;<br />
15- Entidades criadas <strong>em</strong> 2010 ou que passaram a<br />
receber fundos <strong>em</strong> 2010 e respectiva previsão para 2011<br />
e 2012;<br />
16- Número de <strong>em</strong>pregados nos anos de 2006;<br />
2007; 2008;2009;2010;o Número de funcionários públicos<br />
por Ministério (2009; 2010 e Março de 2011);<br />
17- Número de <strong>em</strong>pregados nos Hospitais EPE<br />
(2009; 2010 e Março de 2011);<br />
18- Evolução de pensionistas da CGA <strong>em</strong> 2010 e<br />
previsão para 2011, do volume de transferências a realizar<br />
e descriminação do impacto, <strong>em</strong> virtude da redução<br />
de 5% nos salários da função pública e outras medidas<br />
tomadas pelo Governo;<br />
19- Estimativa actualizada da redução nas despesas<br />
com o pessoal e de redução na receita do IRS, <strong>em</strong> virtude<br />
da redução de 5% nos salários da função pública e outras<br />
medidas tomadas pelo Governo;<br />
20- Estimativa actualizada para 2011 e 2012 da<br />
redução nas despesas com o pessoal <strong>em</strong> 2011 <strong>em</strong> resultado<br />
das medidas de redução de horas extraordinárias e<br />
ajudas de custo;<br />
21- Estimativa actualizada da redução nas despesas<br />
com o subsídio de des<strong>em</strong>prego <strong>em</strong> 2011 e 2012 <strong>em</strong><br />
resultado das medidas de redução tomadas, mas igualmente<br />
<strong>em</strong> virtude do aumento do des<strong>em</strong>prego (Previsão<br />
no OE de 10.8% , já hoje ultrapassada);<br />
22- Estimativa actualizada para 2011 e 2012 da<br />
redução nas despesas com pensões <strong>em</strong> resultado do<br />
proposto congelamento;<br />
23- Estimativa actualizada da evolução da despesa<br />
para 2011 e 2012: Consumos intermédios; Outra despesa<br />
corrente; Subsídios.<br />
24- Estimativa actualizada para 2011 do montante<br />
de receita das concessões (4G e Mini-hídricas) inscrita<br />
como despesa de capital negativa.<br />
25- Previsão de impactos futuros, ainda não contabilizados,<br />
da nacionalização do BPN.<br />
26- Valores adicionais a pagar às concessionárias<br />
das SCUTS <strong>em</strong> 2011 e 2012 por via da renegociação<br />
ocorrida <strong>em</strong> 2010.<br />
27- Montante actualizado a 31 de Março de dívidas<br />
as fornecedores (mais de 60 dias) e do montante das<br />
facturas não registadas e consideradas <strong>em</strong> conferencia,<br />
nomeadamente do SNS, Estradas de Portugal e outras<br />
<strong>em</strong>presas públicas mais relevantes.<br />
28- Estimativa da utilização dos cativos previstos<br />
no OE2011 até final de ano.<br />
29- Na passag<strong>em</strong> da contabilidade pública para<br />
contabilidade nacional, os valores actualizados de 2011:<br />
Efeito do registo segundo a especialização do exercício<br />
detalhado por rubricas; Ajustamento de diferença do<br />
universo; Princípio da neutralidade dos fundos comunitários;<br />
Outros ajustamentos.<br />
30- Transferências Financeiras para o Sector Empresarial<br />
do Estado (SEE): Actualização das ind<strong>em</strong>nizações<br />
compensatórias previstas para 2011 e 2012, <strong>em</strong> função<br />
da nova realidade; Dotações de reforço de capital para<br />
2011 e 2012, exigidas pelo novo contexto financeiro.<br />
31- Parcerias Público-Privadas e Concessões<br />
(PPPCs): Actualização dos impactos orçamentais estimados<br />
para o período 2011-2014, <strong>em</strong> consequências<br />
dos ajustamentos contratuais entretanto efectuados e<br />
os previsíveis ligados com o novo contexto de financiamento”.<br />
- PSD/Público<br />
Presidente<br />
5
PSD<br />
Miguel Relvas<br />
Cabeças de lista socialistas<br />
integram m<strong>em</strong>bros de Governos<br />
que quase conseguiram arruinar Portugal<br />
O secretário-geral do PSD afirmou no Domingo passado, que os <strong>Social</strong>istas escolheram<br />
para cabeças de lista do <strong>Partido</strong>, ministros e secretários de Estado que “quase arruinaram<br />
Portugal”; e defendeu que dev<strong>em</strong> aproveitar a campanha para prestar contas.<br />
“Olhando, como olhei hoje, para os cabeças de lista do PS, o que encontramos são<br />
ministros e secretários de Estado. Qu<strong>em</strong> são, o que simbolizam? Todos aqueles que<br />
conduziram Portugal à situação <strong>em</strong> que hoje se encontra”, declarou Miguel Relvas aos<br />
jornalistas, no final da reunião do Conselho Nacional social-d<strong>em</strong>ocrata, num hotel de<br />
Lisboa.<br />
“Espero que sejam candidatos não para continuar esse caminho e esse trabalho<br />
tão negativo que têm desenvolvido, mas para que prest<strong>em</strong> contas e se justifiqu<strong>em</strong> <strong>em</strong><br />
cada um dos círculos eleitorais perante cada um dos portugueses. Quase arruinaram<br />
Portugal, não o fizeram porque o PSD não o permitiu”, acrescentou.<br />
Segundo Miguel Relvas, “este Governo e o engenheiro José Sócrates quase arruinaram<br />
Portugal, têm de ser julgados pelas circunstâncias <strong>em</strong> que deixam o país e têm<br />
também de ser avaliados pelas propostas que apresentaram e que não foram capazes<br />
de realizar”. Miguel Relvas disse ainda que “o PSD está de consciência tranquila, com<br />
uma grande esperança, com equipas rejuvenescidas, com equipas de grande qualidade,<br />
com muitos independentes” do seu lado nesta campanha.<br />
“Muitos destes independentes que no passado poderiam ter acompanhado o PS acompanham hoje o PSD, porque sab<strong>em</strong> que o projecto de mudança está com o PSD e<br />
está com Passos Coelho”, sustentou.- Fontes: DN, TVI<br />
A execução orçamental do primeiro trimestre<br />
com 432 milhões de euros de excedente<br />
é uma mentira de campanha<br />
O economista João Duque considerou, no dia 15, que as contas da execução orçamental do primeiro trimestre, que apontam para um excedente de 432 milhões<br />
de euros, são “uma mentira” e serv<strong>em</strong> apenas para fazer campanha eleitoral.<br />
“Essas despesas estão todas camufladas, são uma mentira”, afirmou João Duque <strong>em</strong> declarações à agência Lusa reagindo aos dados da execução orçamental<br />
até Março, altura que o Governo garante ter-se registado uma melhoria de cerca de 1.750 milhões de euros nas contas da administração central e segurança social.<br />
“Muito provavelmente, não está contabilizado o efeito BPN e, portanto, não são contas credíveis. Qualquer pessoa que está num plano sério de poupança e realinhamento<br />
das contas faz exercícios imputando mês a mês aquilo que é a expectativa de despesa que vai ter ou a assunção do prejuízo que vai ter com o BPN”,<br />
disse, defendendo que as contas deviam assumir mais cerca de 200 milhões de euros mensais.<br />
“Esses maravilhosos resultados são, mais uma vez e no meu entendimento,<br />
resultados fracos”, afirmou o conselheiro do PSD.<br />
Para Duque, “o probl<strong>em</strong>a do Governo é o controlo das despesas [até<br />
porque] estes senhores não são capazes de controlar a despesa e estas<br />
afirmações são de campanha eleitoral”.<br />
Por isso, o economista considerou que os valores apresentados na execução<br />
orçamental do primeiro trimestre “não vão facilitar as negociações”<br />
do resgate financeiro pedido por Portugal.<br />
Os técnicos da Comissão Europeia e do FMI “sab<strong>em</strong> muito b<strong>em</strong> com<br />
qu<strong>em</strong> vêm tratar, sab<strong>em</strong> que são indivíduos que já tentaram falcatruar não<br />
sei quantas vezes as contas, são incompetentes para manter a despesa<br />
absolutamente controlada” e “não acredito que confi<strong>em</strong> seriamente nisto”.<br />
O Governo vai apresentar uma melhoria de cerca de 1.750 milhões<br />
de euros nas contas da administração central e segurança social na sua<br />
execução orçamental do primeiro trimestre deste ano quando comparado<br />
com o mesmo período de 2010, disse à Lusa fonte governamental.<br />
Este resultado da administração central - que integra o Estado, serviços<br />
e fundos autónomos - e da segurança social, é fruto de um superavit<br />
anunciado de 432 milhões de euros na execução orçamental até Março<br />
quando, no mesmo período do ano passado, se registou um défice de<br />
1.311 milhões de euros, refere a mesma fonte governamental. - Lusa<br />
6
“Divulgação avulsa da execução orçamental<br />
é uma instrumentalização política de uma<br />
matéria séria”<br />
O deputado Miguel Frasquilho considerou, na terça-feira passada, “grave” a divulgação antecipada e “de forma<br />
avulsa” de dados da execução orçamental por parte do Governo e desvalorizou o que disse parecer “um foguetório<br />
de boas notícias”.<br />
“A verdade é que, de foguetório <strong>em</strong> foguetório, chegámos à situação <strong>em</strong> que o Governo teve de recorrer à ajuda<br />
externa”, observou o deputado e vice-presidente do grupo parlamentar do PSD.<br />
Segundo disse à Lusa fonte governamental, o Governo vai apresentar uma melhoria de cerca de 1.750 milhões<br />
de euros nas contas da administração central e segurança social na sua execução orçamental do primeiro trimestre<br />
deste ano quando comparado com o mesmo período de 2010.<br />
Em declarações aos jornalistas, no Parlamento, Miguel Frasquilho começou por dizer que a divulgação de dados<br />
da execução orçamental constitui “uma conduta inaceitável da parte do Governo”, recusando “comentar números<br />
parcelares e informação que é dada de forma avulsa”.<br />
“Trata-se de uma instrumentalização política de uma matéria que é muito séria, que t<strong>em</strong> regras próprias e que<br />
t<strong>em</strong> datas próprias para ser divulgada”, criticou o deputado do PSD.<br />
Miguel Frasquilho referiu que “os boletins da Direcção Geral do Orçamento (DGO) têm um dia próprio para ser<strong>em</strong><br />
divulgados, que é o dia 20 de cada mês”.<br />
“Consideramos grave que estas situações venham a ocorrer, já não é a primeira vez que elas ocorr<strong>em</strong> e elas<br />
fer<strong>em</strong> de morte a seriedade e a credibilidade de qu<strong>em</strong> as transmite”, acrescentou o antigo secretário de Estado do Tesouro e Finanças.<br />
“Isto parece um foguetório de boas notícias, mas a verdade é que de foguetório <strong>em</strong> foguetório chegámos à situação <strong>em</strong> que o Governo teve de recorrer à ajuda externa”,<br />
completou.<br />
Miguel Frasquilho r<strong>em</strong>eteu um comentário do PSD sobre os dados da execução orçamental para quando “os números vier<strong>em</strong> a ser conhecidos na sua plenitude”. - Lusa<br />
Ex-Presidente do PSD, Marques Mendes<br />
concorda com os “cabeças de lista”<br />
pela sua “renovação, abertura e novidade”<br />
O ex-líder do PSD Marques Mendes, <strong>em</strong> declarações aos jornalistas <strong>em</strong> Viseu, onde apresentou o seu livro “O Estado <strong>em</strong> que<br />
Estamos”, Marques Mendes disse concordar com os nomes já anunciados para encabeçar<strong>em</strong> as listas dos vários círculos eleitorais,<br />
que “muito positivas”, porque têm “renovação, abertura à sociedade e um espírito de surpresa e de novidade”.<br />
“São globalmente boas listas, porque têm as características que me parec<strong>em</strong> importantes nesta fase”, afirmou, acrescentando<br />
que Portugal precisa “de renovação da classe política, dos dirigentes”.<br />
Por outro lado, têm “abertura à sociedade civil, muitos independentes”, considerando muito positivo os partidos não se fechar<strong>em</strong><br />
sobre si próprios”.<br />
Marques Mendes disse ainda que as listas têm “algumas surpresas, o que também é positivo, <strong>em</strong> termos mediáticos e de hoje<br />
para amanhã <strong>em</strong> termos de trabalho parlamentar”.<br />
Questionado sobre o facto de não integrar as listas, o ex-líder do PSD l<strong>em</strong>brou que, ao contrário de outros que ficaram de fora,<br />
não está há anos na vida política activa.<br />
“Portanto, no meu caso, eu não estou fora de nada, estou no mesmo sítio: solidário com o partido, disponível para ajudar <strong>em</strong><br />
campanha eleitoral se o partido quiser. Mas não quero nenhum cargo n<strong>em</strong> nenhum lugar, como já não quis há dois anos, porque eu<br />
estou fora da vida política activa”, sublinhou.<br />
Marques Mendes, na mesma ocasião, considerou que o Primeiro-Ministro, ao escolher o ministro da Presidência para interlocutor<br />
com os partidos da oposição, na negociação do pacote de ajuda externa, desautorizou o ministro das Finanças.<br />
“O ministro Teixeira dos Santos foi desautorizado de uma forma notória pelo primeiro-ministro. O que era normal é que qu<strong>em</strong><br />
fizesse a mediação entre Governo e oposições, na negociação deste pacote de ajuda externa, fosse o ministro das Finanças, porque é uma questão financeira”, afirmou aos<br />
jornalistas. No entanto, Marques Mendes disse não ter ficado surpreendido. “O ministro das Finanças, nos últimos t<strong>em</strong>pos, é “cada cavadela cada minhoca”, justificou.<br />
Na sua opinião, esta é “a prova provada de que o “número dois” do Governo, que na prática é o ministro das Finanças, está pelas ruas da amargura” e que o País necessita<br />
rapidamente de um novo titular da pasta.<br />
O ex-presidente do PSD frisou que Portugal precisa urgent<strong>em</strong>ente de ajuda externa e, pelo menos até meados de Maio, de ter o financiamento da UE e do FMI.<br />
“Eles vão exigir um programa muito difícil, duro, de contrapartidas. Governo e oposição, pelo menos PSD e CDS, dev<strong>em</strong> ter um espírito de abertura para estar<strong>em</strong> de acordo<br />
com um programa que viabilize esse financiamento”, defendeu.<br />
Isto porque “a alternativa é o país entrar na bancarrota” e, nesse caso, todos ficam a perder, independent<strong>em</strong>ente do partido a que pertençam, avisou.<br />
“Eu espero, e tenho a certeza de que isso vai acontecer, que sobretudo os partidos do arco governativo (PS, PSD e CDS) ponham o interesse nacional acima do interesse<br />
partidário e viabiliz<strong>em</strong> a negociação que permitirá o financiamento da União Europeia”, acrescentou.<br />
Na opinião de Marques Mendes, o líder do PSD, Passos Coelho, t<strong>em</strong> mostrado esse espírito de abertura e sido “um ex<strong>em</strong>plo de sentido de Estado e de sentido de responsabilidade”,<br />
viabilizando “acordos <strong>em</strong> circunstâncias muito difíceis”.<br />
Neste âmbito, considerou que Passos Coelho “não precisa que lhe dê<strong>em</strong> lições de sentido de Estado”, <strong>em</strong>bora haja “outros” a qu<strong>em</strong> “não ficaria mal que seguiss<strong>em</strong> os<br />
ex<strong>em</strong>plos do sentido de Estado que ele t<strong>em</strong> tido”.<br />
7<br />
PSD
M<strong>em</strong>órias<br />
8<br />
Edição n.º 37 do “Povo Livre”, de 8 de Abril de 1975. A praça de touros do Campo Pequeno foi pequena para albergar os<br />
milhares de d<strong>em</strong>ocratas que acorreram a escutar a voz da <strong>Social</strong>-D<strong>em</strong>ocracia, da Liberdade, no primeiro grande comício do<br />
PPD, integrado na campanha eleitoral, <strong>em</strong> Lisboa.
Berta Cabral elogia responsabilidade de<br />
Passos Coelho face à crispação de José<br />
Sócrates<br />
A presidente do PSD/Açores considera um tónico para a vida política nacional “a postura responsável do líder<br />
do PSD e futuro primeiro-ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho”, elogiando “a esperança e a tranquilidade<br />
transmitidas rumo a uma governação diferente, <strong>em</strong> claro contraste com a constante crispação de José Sócrates<br />
e dos seus pares, que não se cansam de passar uma imag<strong>em</strong> <strong>em</strong> que todos são culpados da situação do país,<br />
menos eles”.<br />
Falando no Conselho Nacional do PSD, que aprovou por unanimidade as listas de candidatos às eleições legislativas<br />
de 5 de Junho, Berta Cabral centrou a sua intervenção na necessidade “de coesão territorial, onde as<br />
autonomias marcam uma posição de força na unidade que se pretende para o país, centrando na solidariedade<br />
o combate à subsidiodependência que hoje se vive”, uma realidade nacional, “mas que é extensiva à região”.<br />
“Trata-se de também uma noção de justiça inter-geracional, pela qual t<strong>em</strong>os de assumir compromissos para<br />
o futuro, de modo a que os mais novos acredit<strong>em</strong> que é possível melhorar o país, numa altura <strong>em</strong> que grassa<br />
um sentimento de desanimo, que o PSD e Pedro Passos Coelho quer<strong>em</strong> fazer passar rumo a novas energias para<br />
credibilizar Portugal”, disse a líder social-d<strong>em</strong>ocrata.<br />
Berta Cabral fez também uma referência à necessidade no voto útil, por todos aqueles, que estando descontentes<br />
com a realidade nacional, vão penalizar o actual executivo, mas que se pod<strong>em</strong> diluir face a outras<br />
propostas. “É preciso captar esses votos de protesto, porque votar contra Sócrates não chega. É preciso votar num<br />
partido que possa assegurar uma mudança, uma alternativa forte e a mudança de rumo de que o país precisa.<br />
E esse partido é o PSD”, preconizou.<br />
Regional<br />
Berta Cabral sublinhou ainda “o mote de credibilidade política que o PSD apresenta ao candidatar Mota Amaral como cabeça de lista pelos Açores”, tratando-se “de uma<br />
garantia para combater a forte descredibilização a que o governo ainda <strong>em</strong> funções levou a vida política portuguesa, sendo ainda um sinal positivo para as gerações futuras<br />
ter<strong>em</strong> uma referência com provas dadas e trabalho feito”, disse.<br />
“Há outros candidatos, de outros partidos, que não merec<strong>em</strong> qualquer confiança, o que face à postura e aos valores que Mota Amaral s<strong>em</strong>pre manteve pela causa pública<br />
nos abre uma perspectiva muito positiva para um bom resultado nas eleições legislativas de 5 de Junho, nas quais está <strong>em</strong> jogo um novo futuro para Portugal”, concluiu<br />
Berta Cabral.<br />
Segurança social é<br />
ineficaz a avaliar<br />
processos de<br />
beneficiários<br />
Os serviços da segurança<br />
social são lentos<br />
e ineficazes nas avaliações<br />
aos seus beneficiários<br />
<strong>em</strong> condições<br />
de recursos. O PSD/Açores recorda que houve famílias<br />
surpreendidas por avisos de devolução de prestações,<br />
enquanto outros beneficiários viram a sua situação<br />
alterada e acertada no espaço de um mês.<br />
Num requerimento enviado à Ass<strong>em</strong>bleia Legislativa,<br />
Mark Marques revela que “a segurança social avaliou<br />
processos a passo de caracol, depois da entrada <strong>em</strong> vigor,<br />
ocorrida a 1 de Agosto de 2010, da lei que reavalia de<br />
forma extraordinária a condição de recursos”.<br />
“Os beneficiários que fizeram prova de condições<br />
de recursos durante os meses de Agosto, Set<strong>em</strong>bro,<br />
Outubro e Nov<strong>em</strong>bro de 2010, julgavam ter a sua situação<br />
esclarecida junto da segurança social, mas isso não<br />
aconteceu e quer<strong>em</strong>os saber se o governo regional teve<br />
conhecimento da situação”, avança.<br />
Com efeito, “alguns beneficiários viram as suas<br />
prestações alteradas logo no mês seguinte, tal como<br />
determina a lei face à reavaliação efectuada, e que dever<br />
traduzir-se no primeiro dia do mês seguinte ao da<br />
verificação ocorrida”, esclarece Mark Marques.<br />
Nesse sentido, o PSD quer saber como vai o governo<br />
regional minimizar essas famílias, afectadas claramente<br />
por um desleixo dos serviços da tutela.<br />
PSD exige reforço de meios<br />
das forças de segurança<br />
públicas, protecção das pessoas e bens e prevenção da criminalidade”.<br />
O líder parlamentar do PSD/<br />
Açores apresentou um projecto de<br />
resolução que reclama do Estado o<br />
“cumprimento das suas obrigações”<br />
<strong>em</strong> relação à segurança no arquipélago,<br />
alegando que a criminalidade<br />
violenta e grave aumentou 12,9 por<br />
cento no último ano.<br />
“O PSD reivindica do Estado mais<br />
meios para as polícias nos Açores,<br />
<strong>em</strong> nome da segurança das pessoas,<br />
independent<strong>em</strong>ente da cor política<br />
do governo da República”, afirmou<br />
Duarte Freitas, <strong>em</strong> conferência de<br />
imprensa.<br />
O líder da bancada social-d<strong>em</strong>ocrata<br />
defendeu “o reforço dos meios<br />
operacionais e humanos afectos<br />
às forças de segurança nos Açores,<br />
permitindo o cumprimento das suas<br />
funções quanto à ord<strong>em</strong> e segurança<br />
Duarte Freitas adverte que a crise que o país atravessa, além das dificuldades económicas, está a acentuar o<br />
sentimento de insegurança dos cidadãos, sublinhando que “o aumento da criminalidade é reflexo do <strong>em</strong>pobrecimento,<br />
do crescimento das desigualdades sociais e da fragilização da coesão social”.<br />
“O PSD está atento à realidade social e preocupado com a criminalidade nos Açores”, frisou, recordando que os<br />
dados oficiais indicam um aumento de 6,21 por cento na criminalidade participada nos últimos seis anos.<br />
O presidente do grupo parlamentar do PSD/Açores acrescenta que as estatísticas do Ministério da Justiça indicam<br />
que os maiores aumentos da criminalidade participada nos últimos seis anos foram registados nas ilhas de<br />
São Miguel, São Jorge, Graciosa e Pico.<br />
9
Local<br />
Braga<br />
Ricardo Rio defende reforço da cooperação<br />
entre Freguesias vizinhas<br />
A Coligação “Juntos por Braga” realizou, no Auditório da Junta de Freguesia<br />
de Crespos, mais uma acção de formação, na sequência de outras já ocorridas,<br />
destinada a todos os eleitos da Coligação “Juntos Por Braga” nas Ass<strong>em</strong>bleias<br />
e Juntas de Freguesia do Concelho. Os encontros são uma oportunidade de<br />
aprendizag<strong>em</strong> e, nesse sentido, têm como objectivo a partilha de experiências<br />
e boas práticas entre todos os autarcas. Esta iniciativa teve particular incidência<br />
sobre as questões da contratação pública.<br />
João Granja, presidente reeleito da Comissão Política de Secção de Braga,<br />
realçou que as questões relacionadas com o <strong>em</strong>prego público seriam o principal<br />
enfoque da formação, tendo <strong>em</strong> conta as múltiplas alterações da legislação e<br />
as dificuldades sentidas por boa parte das Juntas de Freguesia para dar cabal<br />
cumprimento aos procedimentos legais.<br />
Granja notou que existe um “longo caminho” a percorrer no sentido de<br />
melhorar a comunicação das autarquias locais com os cidadãos, “especialmente<br />
nas Juntas fora do perímetro urbano”, razão pela qual enalteceu o trabalho<br />
desenvolvido pela Junta de Freguesia dos anfitriões da sessão. “Crespos é um<br />
ex<strong>em</strong>plo de “boas práticas” a nível do concelho de Braga. É um caso de virag<strong>em</strong><br />
e de governação de sucesso protagonizado pela Coligação, <strong>em</strong> que este aspecto<br />
da contínua ligação à população nunca foi descurado”, disse.<br />
Por sua vez, Henrique Borges expressou a sua satisfação pelo contributo que<br />
os autarcas do CDS têm protagonizado, nos diferentes órgãos autárquicos, para<br />
o fortalecimento do projecto da Coligação “Juntos por Braga” e para a melhoria<br />
do serviço prestado aos cidadãos pelas várias autarquias locais. O líder do CDS/PP de Braga endereçou uma especial saudação ao líder da Coligação “Juntos por Braga”,<br />
Ricardo Rio, a qu<strong>em</strong> reiterou publicamente a confiança e reconhecimento que desde a primeira hora t<strong>em</strong> merecido o seu trabalho.<br />
Ricardo Rio destacou a necessidade das Juntas de Freguesia e todos os autarcas continuar<strong>em</strong> a desenvolver o seu trabalho, independent<strong>em</strong>ente das indefinições resultantes<br />
das propostas para a redução do número de freguesias.<br />
“Do ponto de vista do futuro imediato, as autarquias locais vão continuar a deparar-se com grandes dificuldades, por via da diminuição dos seus recursos e do aumento<br />
das responsabilidades, seja por assunção das competências de outros, seja pela necessidade de dar resposta aos gravosos probl<strong>em</strong>as sociais com que se deparam cada vez<br />
mais cidadãos”, l<strong>em</strong>bra o vereador da Câmara Municipal de Braga.<br />
No entanto, Rio não deixou de notar a importância de um pensamento estratégico global ao nível das Juntas de Freguesia. “Independent<strong>em</strong>ente de haver ou não fusão<br />
entre freguesias, há uma coisa que é incontornável: hoje é fundamental existir uma lógica de abrangência territorial <strong>em</strong> todo o trabalho e investimento que é realizado,<br />
sendo que compete aos autarcas das freguesias apoiar e reivindicar junto do poder municipal essa lógica de planeamento integrado”.<br />
Para Ricardo Rio, uma freguesia não pode ficar alheia ao que se passa nas Freguesias circundantes. “T<strong>em</strong>os de olhar para as Freguesias vizinhas e criar equipamentos<br />
que sirvam uma população de maior dimensão e por outro lado distribuir de forma mais justa os equipamentos pelo conjunto do território, <strong>em</strong> vez de concentrarmos tudo<br />
<strong>em</strong> apenas algumas Freguesias”, defendeu.<br />
O líder da Coligação abordou ainda a questão da limitação dos mandatos, que impossibilita alguns autarcas de concorrer<strong>em</strong> nas próximas eleições. “Para os que estão<br />
prestes a atingir a limitação de mandatos, o trabalho de renovação dos quadros t<strong>em</strong> de ser uma prioridade. É fundamental preparar a sucessão, t<strong>em</strong>os de assegurar que<br />
aquelas equipas que têm feito trabalhos notáveis nos executivos das suas Juntas de Freguesia têm sucessores à altura, que não defraud<strong>em</strong> as expectativas criadas”, recomendou<br />
o líder da Coligação.<br />
A finalizar, e aproveitando a presença dos líderes das Comissões Políticas Concelhias do PSD e do CDS/PP de Braga, Ricardo Rio reiterou a força da coligação “Juntos<br />
Por Braga”. “Este é um projecto com raízes sólidas, vai continuar a existir e estou convencido de que é a solução que vai conduzir a uma melhor gestão de Braga e das<br />
freguesias do concelho”, afirmou.<br />
Lisboa<br />
Gebalis não defende os interesses dos cidadãos<br />
A vereação do PSD <strong>em</strong> Lisboa entende que a <strong>em</strong>presa Gebalis, gestora da habitação municipal, “não<br />
t<strong>em</strong> defendido da melhor maneira os interesses dos cidadãos”, o que, associado à sua “dívida crónica”,<br />
justifica a sua extinção.<br />
Num comunicado divulgado à comunicação social, os vereadores diz<strong>em</strong> manter a “total discordância<br />
com a manutenção” da <strong>em</strong>presa municipal, cujo relatório e contas de 2010 foi aprovado com os votos<br />
contra do PSD e do CDS, que também defende a extinção (o PCP esteve ausente na votação).<br />
A bancada social-d<strong>em</strong>ocrata sublinha que a dívida registada no final do ano passado é maior do<br />
que a do ano anterior.<br />
“Durante a apresentação das contas referentes a 2010, foram também identificados vários probl<strong>em</strong>as<br />
estruturais na Gebalis – e cuja solução tarda <strong>em</strong> aparecer – que têm afectado a prossecução da missão<br />
daquela <strong>em</strong>presa municipal”, afirmam os autarcas.<br />
“Como a própria Gebalis reconheceu ainda, uma parte substancial daquele que deveria ser o seu<br />
trabalho não está a ser feito, já que os colaboradores da <strong>em</strong>presa dedicam quase todo o seu t<strong>em</strong>po a<br />
funções administrativas”, acrescentam.<br />
No ano passado, a Gebalis teve um resultado operacional acrescido de encargos financeiros de 2,346 milhões de euros negativos, valor que se soma a um buraco<br />
financeiro anterior já de 12,3 milhões. Este é o sétimo ano consecutivo <strong>em</strong> que a <strong>em</strong>presa t<strong>em</strong> resultados negativos, que <strong>em</strong> 2009 foram de 2,2 milhões de euros.<br />
10
Mário David<br />
Jovens das Aldeias SOS Portugal<br />
visitam o Parlamento Europeu<br />
Entre os próximos dias 18 a 20 de Abril, 34 jovens das Aldeias SOS Portugal<br />
visitam o Parlamento Europeu <strong>em</strong> Bruxelas, a convite do Eurodeputado<br />
português Mário David.<br />
Sobre esta visita afirma Mário David “tentámos que esta fosse simultaneamente<br />
uma viag<strong>em</strong> de estudo e de divertimento! De estudo, porque é<br />
fundamental que, desde jovens, todos os cidadãos europeus tenham conhecimento<br />
do que é e para que serve a União Europeia, enquanto projecto comum<br />
de partilha voluntária de soberanias nacionais, b<strong>em</strong> como de que forma esta<br />
União de Estados e de povos influencia diariamente a vida de 500 milhões de<br />
europeus. De divertimento, porque assim deverá ser vivida a vida!”.<br />
Esta visita de Estudo de 3 dias pretende dar a conhecer o funcionamento<br />
das Instituições Europeias, <strong>em</strong> especial o Parlamento Europeu, mas também<br />
o continente europeu através de uma visita à “Mini Europa” (com uma passag<strong>em</strong><br />
pelo Atomium) e também a capital Europeia, Bruxelas, com uma visita<br />
ao Centro da Cidade (Património da Humanidade).<br />
Mas a visita possui igualmente uma vertente lúdica e recreativa, estando<br />
prevista uma ida ao maior Parque de Diversões da Bélgica (Walibi), no terceiro<br />
dia da visita.<br />
Juntamente com os 34 adolescentes e jovens, com idades compreendidas<br />
entre os 14 e os 20 anos, viajarão 5 responsáveis das Aldeias SOS Portugal.<br />
- Correspondente<br />
Comunicado dos Autarcas<br />
Sociais-D<strong>em</strong>ocratas<br />
(ASD)<br />
Aprovada hoje <strong>em</strong> Conselho Nacional do PSD a lista de Deputados à Ass<strong>em</strong>bleia da República com vista às eleições legislativas marcadas para o próximo dia 5 de<br />
Junho, os Autarcas Sociais D<strong>em</strong>ocratas irão, num espírito de cooperação, apoio, solidariedade e unidade <strong>em</strong> torno de uma nova esperança para Portugal, e <strong>em</strong> pleno<br />
respeito pelas opções internas do PSD, mobilizar todas as energias e esforços para alcançar uma maioria absoluta tão necessária ao interesse nacional.<br />
A lista de candidatos espelha não apenas a riqueza e a diversidade de perfis políticos diferentes, através da inclusão de mulheres, jovens, autarcas e políticos mais<br />
experimentados na esfera parlamentar, mas revela igualmente o concretizar de uma orientação política muito apregoada mas nunca concretizada, que passava pela<br />
abertura dos <strong>Partido</strong>s e da política activa à sociedade civil. Pressupostos e princípios estes, s<strong>em</strong>pre defendidos pelos ASD, b<strong>em</strong> espelhados na acção do PSD a nível local<br />
e que, de resto, resultados tão positivos têm trazido ao país e ao <strong>Partido</strong>.<br />
Os Autarcas Sociais D<strong>em</strong>ocratas estarão, assim, totalmente <strong>em</strong>penhados neste projecto de mudança que, só esse, permitirá ao país sair da grave crise económica,<br />
financeira e política a que o <strong>Partido</strong> <strong>Social</strong>ista conduziu Portugal.-<br />
Comissão Política Nacional dos ASD, Lisboa, 17 de Abril de 2011<br />
Europa<br />
11
Opinião<br />
12<br />
Cidadania Empresarial<br />
Ricardo Rio (*)<br />
No espaço de dois dias pude ouvir duas intervenções<br />
públicas de Alexandre Soares dos Santos,<br />
o “segundo hom<strong>em</strong> mais rico de Portugal” segundo<br />
a Revista Forbes, na qual o <strong>em</strong>presário enfatizou as<br />
críticas à forma como o País t<strong>em</strong> sido desgovernado<br />
ao longo dos últimos anos e ao sist<strong>em</strong>a político no<br />
seu todo.<br />
No primeiro caso, tratou-se da entrevista conduzida<br />
por José Gomes Ferreira dos “Negócios da S<strong>em</strong>ana” da<br />
SIC Notícias, que teve lugar no dia <strong>em</strong> que o Governo<br />
finalmente reconheceu a necessidade do recurso à<br />
ajuda externa, depois de “meter a cabeça na areia durante<br />
seis anos” segundo o entrevistado do programa.<br />
No segundo, na passada Sexta-feira, o líder do<br />
Grupo Jerónimo Martins participou <strong>em</strong> Braga <strong>em</strong> mais<br />
uma iniciativa do núcleo local da ACEGE – Associação<br />
Cristã de Empresários e Gestores, subordinada ao t<strong>em</strong>a<br />
“Portugal t<strong>em</strong> futuro!”, correspondendo plenamente à<br />
mensag<strong>em</strong> de positivismo e superação que a organização<br />
presidida por António Pinto Leite quer veicular<br />
a nível nacional junto da classe <strong>em</strong>presarial.<br />
De forma coerente, as ditas intervenções expressaram<br />
pontos de vista similares sobre questões idênticas,<br />
ainda que ajustadas à natureza das circunstâncias e<br />
dos interlocutores. Assim, repetiram-se as ideias de<br />
que os principais males do nosso País são a “inércia”,<br />
a “incompetência”, a “falta de sentido de Estado”, a<br />
“perda da noção de ética” e a “passividade da Sociedade<br />
Civil”.<br />
Para o actual Governo, sobraram as críticas pela<br />
forma como procurou ocultar a realidade da situação<br />
do País e retardou a intervenção determinada sobre<br />
os probl<strong>em</strong>as que estão na base da crise económica<br />
e financeira com que nos confrontamos.<br />
Para os partidos políticos <strong>em</strong> geral, ficou o reparo<br />
Orgulho irresponsável e ruína<br />
do futuro de Portugal<br />
José Palma Rita (*)<br />
Pela terceira vez desde 1977 e novamente pela mão<br />
de um Governo socialista, Portugal bate à porta do FMI.<br />
Vários analistas e especialistas, consideram que o<br />
Governo já deveria ter accionado o pedido de ajuda externa<br />
que agora ocorreu há bastante t<strong>em</strong>po atrás, entre<br />
os quais estão diversas vozes que, dentro do próprio PS,<br />
acusaram o Primeiro-Ministro de trair o interesse do País,<br />
apenas para segurar o poder.<br />
Formalizar o recurso à ajuda financeira externa b<strong>em</strong><br />
antes do “golpe” do Primeiro-Ministro para provocar eleições<br />
(na expressão de António Barreto), teria permitido<br />
aos cofres do Estado, o mesmo é dizer aos contribuintes<br />
portugueses, poupar várias centenas de milhões de<br />
€uros, porque evitaria a degradação e o deslize das<br />
finanças públicas portuguesas, agravados a cada dia da<br />
governação socialista, que fez Portugal perder o fraco<br />
poder negocial que ainda tinha ao seu alcance.<br />
A crise política provocada intencionalmente pelo<br />
Primeiro-Ministro apenas acelerou o inevitável recurso<br />
a uma ajuda financeira que confirma a incapacidade e o<br />
fracasso da governação socialista, recordista do des<strong>em</strong>prego,<br />
do défice público e do endividamento externo.<br />
O adiamento do pedido de ajuda ocorreu por culpa do<br />
sobre o seu excessivo distanciamento da realidade<br />
das pessoas, sobre a perda de qualidade dos quadros<br />
partidários (“cujos currículos profissionais deviam ser<br />
conhecidos”) e sobre a forma como conduz<strong>em</strong> as suas<br />
intervenções s<strong>em</strong> atenção ao interesse do País.<br />
Ainda assim, entende, as principais culpas estão na<br />
Sociedade Civil, pela forma como se acomodou, como<br />
se entregou ao “endossar de queixas para terceiros”<br />
e como se absteve de cumprir o seu papel, dando o<br />
seu melhor para ultrapassar as dificuldades com que<br />
nos fomos deparando.<br />
Para o futuro, a solução é só uma: por entre os<br />
sacrifícios, trabalho, de forma a sustentar a esperança<br />
convicta de que ser<strong>em</strong>os capazes de ultrapassar a crise<br />
e de nos motivarmos para fazer melhor, “assumindo<br />
as nossas próprias responsabilidades”.<br />
Através deste tipo de intervenções corajosas e desassombradas<br />
– que vão muito para lá da contestação<br />
hoje socialmente correcta ao regime d<strong>em</strong>ocrático e ao<br />
“statu quo” partidário, Soares dos Santos t<strong>em</strong> vindo a<br />
conseguir uma crescente simpatia popular, que o colocam<br />
num patamar superior ao que a sua capacidade<br />
de gestão e o sucesso do seu projecto internacional<br />
por si só já justificariam.<br />
Na verdade, os portugueses estão mais habituados<br />
ao discurso <strong>em</strong>presarial que oscila entre “as portas<br />
abertas e t<strong>em</strong> que se agradar a todos” e a adesão<br />
subserviente – por vezes até despudorada - à defesa<br />
de qu<strong>em</strong> está no poder.<br />
Sendo certo que os <strong>em</strong>presários não são, n<strong>em</strong> dev<strong>em</strong><br />
ser, strictu sensu, agentes políticos, os silêncios<br />
cúmplices com opções políticas erradas de qu<strong>em</strong> nos<br />
governa, a falta de uma cultura de exigência e de<br />
apresentação de propostas e caminhos, co-responsabiliza-os<br />
pelos erros cometidos e pela grave situação<br />
inadmissível orgulho pessoal e partidário de um Primeiro-<br />
Ministro para qu<strong>em</strong> vale tudo o que estiver ao seu alcance<br />
para salvar a própria pele e que coloca os seus interesses<br />
eleitorais e os do PS acima do interesse nacional.<br />
Ora, certo é que suportar o ego de um Primeiro-<br />
Ministro que procurou evitar o pedido de resgate financeiro<br />
do país antes das eleições, não só fica b<strong>em</strong> caro<br />
aos contribuintes portugueses (estimado <strong>em</strong> 334 milhões<br />
de €uros só <strong>em</strong> dívida de curto prazo), como agrava a<br />
situação financeira de Portugal e a sua debilidade <strong>em</strong><br />
recursos necessários mas escassos. Concretamente, poder<strong>em</strong>os<br />
questionar quantos Hospitais Regionais, como<br />
aquele que Évora precisa e que o governo socialista não<br />
construiu, poderiam ser financiados com esses 330 M€?<br />
Como pod<strong>em</strong> os portugueses confiar alguma vez mais<br />
num político que sacrifica tais recursos essenciais à vida<br />
humana, para salvar eleitoralmente o seu partido político<br />
e minimizar os estragos da sua governação incompetente,<br />
ao mesmo t<strong>em</strong>po que ataca a oposição que lhe<br />
deu todas as condições para governar <strong>em</strong> estabilidade?<br />
A estratégia da vitimação e a imag<strong>em</strong> de resistente<br />
do Primeiro-Ministro apenas interessará ao próprio, para<br />
minimizar os estragos eleitorais no PS, desesperado por<br />
que o País atravessa.<br />
E se são legítimos os receios de discriminação ou<br />
até de perseguição de qu<strong>em</strong> pod<strong>em</strong> ser alvo pelo<br />
mero exercício da sua liberdade de opinião, a solução<br />
talvez esteja na concertação de esforços e de posições,<br />
nomeadamente no quadro das suas associações mais<br />
representativas, como também sugeria Soares dos<br />
Santos.<br />
A este propósito, o prestigiado <strong>em</strong>presário l<strong>em</strong>brava<br />
que essas Associações têm que ser menos<br />
dependentes do Estado e das verbas públicas para o<br />
seu financiamento, têm que ser mais representativas<br />
e prestigiadas pelas suas <strong>em</strong>presas com a designação<br />
dos seus principais responsáveis para os diferentes<br />
órgãos, e têm de se “deixar de preocupar com coisas<br />
pequenas para apresentar projectos e soluções para a<br />
defesa da iniciativa privada e da economia nacional”.<br />
Neste âmbito, permito-me introduzir o principal<br />
ponto de discordância <strong>em</strong> relação à perspectiva<br />
corporizada na opinião do líder da Jerónimo Martins.<br />
Reconhecendo as capacidades e competências dos<br />
seus principais quadros e o contributo positivo que os<br />
mesmos poderiam dar para a resolução de probl<strong>em</strong>as<br />
concretos da governação, seria caso para perguntar:<br />
quantos se sentiriam hoje motivados para enveredar<br />
por uma carreira política perante as condições que,<br />
a todos os títulos, são hoje proporcionadas a qu<strong>em</strong><br />
toma essa opção?<br />
E não deveria, no pleno exercício de uma real cidadania<br />
<strong>em</strong>presarial, caber a pessoas como Alexandre<br />
Soares dos Santos criar os estímulos para que o País<br />
fosse efectivamente governado pelos melhores?<br />
(*) Economista, vereador pelo PSD na CM Braga<br />
ter conduzido o país a um beco s<strong>em</strong> saída, mas caluniando<br />
entidades internacionais, credores do Estado,<br />
<strong>em</strong>presários e banqueiros, para além de toda a oposição,<br />
como se fosse esta a responsável pelos 6 anos de<br />
governação socialista ao estilo “PowerPoint” e vazia de<br />
qualquer reforma estrutural, ou pela subida dos juros da<br />
dívida pública <strong>em</strong> 34% só nos últimos 3 meses.<br />
Depois de mentir aos portugueses nas eleições de<br />
2009, escondendo a difícil situação financeira a que o<br />
governo conduziu o País (e cujo estado das contas públicas<br />
continua a ser desconhecido), ao adiar agora para<br />
além do limite razoável o recurso à ajuda financeira externa,<br />
o Primeiro Ministro do governo socialista arruinou<br />
financeiramente o país e comprometeu definitivamente<br />
as condições de recuperação da economia portuguesa<br />
durante as próximas décadas, o mesmo é dizer, durante<br />
uma parte substancial das nossas vidas e das vidas dos<br />
nosso filhos.<br />
Muitos portugueses se questionarão se, para além<br />
do julgamento político próximo, não se pode julgar este<br />
responsável <strong>em</strong> Tribunal, tal como aconteceu na Islândia?<br />
(*) Correspondente do PL <strong>em</strong> Évora, jprita@gmail.com
Agricultura: papel principal<br />
ou secundário?<br />
António Almor Branco (*)<br />
Opinião<br />
Qualquer debate sobre o t<strong>em</strong>a “agricultura”, seja mais mediático ou reservado, reduz-se com facilidade a dois ângulos ou perspectivas, <strong>em</strong> princípio, completamente<br />
diferentes mas na génese quase iguais.<br />
Por um lado, a visão romântica, tradicionalista ou mesmo <strong>em</strong> certos casos, revivalista que usa palavras como “o campo”, “a minha terra” ou a “lavoura” e que usa e abusa<br />
do conceito biológico como o retorno a práticas antigas e louváveis.<br />
De outro lado, a vertente mais recente, tecnicista, tecnocrata, quase elitista assente <strong>em</strong> palavras de grupo quase exclusivas, como subsídios, RPU, PAC, condicionalismo,<br />
Protecção Integrada ou mesmo PRODER ou outras siglas e vocábulos.<br />
Os programas eleitorais ou de governo são pródigos <strong>em</strong> abordagens assentes nestas mesmas lógicas <strong>em</strong> que, <strong>em</strong> torno da sacralizada “produção” ou “produtividade”,<br />
floresc<strong>em</strong> os verbos dinamizar, incentivar ou promover, como se as políticas públicas produziss<strong>em</strong> resultados pela vontade dos actores económicos e não pela eficácia dessas<br />
mesmas medidas públicas, confundido a defesa do tradicional com intervenção social e a inovação com reestruturação fundiária.<br />
O agricultor observa as mudanças de política com a serenidade necessária, recebe-as com indiferença e quando, de repente, não consegue escoar os seus produtos ou<br />
enfrenta reduções catastróficas de preços, reage de forma violenta entre a incompreensão de ter respeitado as políticas comunitárias (ou outras que lhe foram impostas) e<br />
a efectiva perda de rendimento e rentabilidade da sua exploração, para não falar da sua sobrevivência.<br />
Para o cidadão comum, o agricultor é o “papa-subsídios”, preguiçoso e ocioso <strong>em</strong> relação á sua exploração mas atento <strong>em</strong> relação ao financiamento da sua actividade,<br />
protegido por um regime associativo mais preocupado com a sua sobrevivência do que com a defesa do sector.<br />
Ao longo dos anos recentes a utilização desta imag<strong>em</strong> popular mascarou a incompetência de sucessivos ministros e a ausência de uma estratégia e política sectorial<br />
consistente e realista para um sector económico que não é apenas mais um entre os que têm vindo a ser destruídos nos últimos anos, é apenas o mais importante a nível<br />
económico e social.<br />
Ao aderir a uma Política Agrícola Comum (PAC), certamente mais por solidariedade comunitária do que por objectividade, Portugal foi, como s<strong>em</strong>pre, um dos melhores<br />
alunos, aderindo de forma voluntária e célere a todas as erráticas mudanças de estratégia, abandono de produção, modelação, etc., etc., <strong>em</strong>purrando o agricultor nacional<br />
para uma indefinição quanto à orientação produtiva da sua exploração.<br />
A verdade é que esta estratégia de adesão voluntária nunca foi recompensada nas ajudas directas ao agricultor nacional que ainda hoje apenas beneficia de um dos<br />
valores de apoio por hectare mais reduzidos de toda a Europa.<br />
O Ministério da Agricultura, nas suas diferentes versões e lideranças, preferiu deixar de assumir um papel de Estado como “promotor de políticas e dinamizador das<br />
actividades económicas”, (parafraseando alguns programas eleitorais), para se transformar, essencialmente, numa entidade fiscalizadora com desvios reguladores e prioritariamente<br />
preocupada com a execução da vertente de financiamento dos diferentes Quadros Comunitários de Apoio, seja qual for o resultado dessa política de financiamento.<br />
A prioridade na execução dos financiamentos comunitários, s<strong>em</strong> qualquer tipo de avaliação das políticas associadas, espalhou tractores por Portugal fora, plantou e arrancou<br />
olivais <strong>em</strong> 5 anos, pagou o abandono da produção e agora tr<strong>em</strong>e perante a perspectiva de mais uma crise alimentar mundial.<br />
Pelo caminho, os sucessivos ministros e ministérios, conseguiram:<br />
- Aniquilar os poucos sist<strong>em</strong>as de transferência de tecnologia e apoio técnico directos às fileiras como as Direcções Regionais de Agricultura, reduzindo as Divisões técnicas<br />
<strong>em</strong> favor das administrativas;<br />
- Extinguir organismos úteis como ACACSA - Agência de Controle das Ajudas Comunitárias ao Sector do Azeite s<strong>em</strong> garantir a continuidade de serviços e ou pelo menos<br />
a sua delegação, reduzindo a informação estatística a níveis de seriedade comprometedores;<br />
- Ignorar a importância da existência de inter-profissionais de fileiras estratégicas e do papel essencial destes organismos;<br />
- Esquecer o cadastro agrícola, o que pode agora representar uma penalização de mais de 600 milhões de euros para Portugal;<br />
- Aniquilar tanto quanto possível o tecido associativo agrícola s<strong>em</strong> uma política de delegação de competências de serviços de apoio ao agricultor;<br />
- Ignorar a necessidade de existência de um sist<strong>em</strong>a estatal ou privado de I&D para o sector.<br />
- Esquecer a importância social e económica dos produtos de qualidade certificados e das medidas agro-ambientais.<br />
- Desequilibrar o país direccionando as verbas de regadio para uma única região;<br />
- Responsabilizar a estrutura descentralizada do Ministério pelos seus deficits de eficiência.<br />
Os maiores probl<strong>em</strong>as da agricultura portuguesa não são, de certeza, resultado exclusivo desse deficit de eficiência estatal mas principalmente resultado de pura incompetência<br />
política de que o melhor ex<strong>em</strong>plo é o desastre da concepção e impl<strong>em</strong>entação de um PRODER idealizado por um Ministro de má m<strong>em</strong>ória, Jaime Silva de seu nome.<br />
O próximo reconhecimento da agricultura como b<strong>em</strong> público, finalmente preconizada na nova PAC, peca por tardia mas implica a necessidade de, a muito curto prazo, Portugal<br />
tomar decisões e estabelecer definições estratégicas concretas <strong>em</strong> políticas compl<strong>em</strong>entares de <strong>em</strong>prego, ambiente e principalmente da garantia da produção alimentar.<br />
Esta negociação da nova PAC já começou! Espera-se uma negociação dura, fragilizada desde já pelos recentes desenvolvimentos a nível comunitário que pouco contribu<strong>em</strong><br />
para a credibilidade nacional a que se acrescenta a deplorável gestão do presente Quadro Comunitário de Apoio vulgo PRODER.<br />
Será que Portugal pode entregar esta negociação a um governante de papel secundário?<br />
Será que Portugal ou seu próximo governo vão devolver á agricultura o papel de actor principal na recuperação económica do país ou, pelo contrário, quando a próxima<br />
reforma da PAC aponta a agricultura como a principal garantia da protecção dos recursos naturais e ambientais, lhe vão conferir um papel secundário no quadro de uma<br />
gestão ambiental nacional?<br />
A nova reforma da PAC introduz também pela primeira vez conceitos de diferenciação territorial nacional. Esta questão pode assumir dimensões fracturantes que pod<strong>em</strong><br />
por <strong>em</strong> causa a própria coesão nacional e territorial.<br />
Será que um governante de papel secundário terá a autoridade política para liderar este processo com as dificuldades que ele significa?<br />
Este é o momento de impl<strong>em</strong>entar medidas de ruptura, como o <strong>em</strong>parcelamento, arquivar conceitos de passado como a ideia que o jov<strong>em</strong> é um agricultor diferente e<br />
de assumir que este país tal como a Europa não pode n<strong>em</strong> consegue viver se agricultura.<br />
A agricultura, tal como no passado, reafirmo, t<strong>em</strong> que representar o papel principal na recuperação económica do país e não pod<strong>em</strong>os aceitar que a este desígnio seja<br />
reservado um papel secundário num próximo governo.<br />
O <strong>Partido</strong> <strong>Social</strong> D<strong>em</strong>ocrata t<strong>em</strong> variados e diferentes militantes e simpatizantes com o perfil e a competência necessários para liderar este particularmente difícil e importante<br />
momento, com perfil internacional sólido e credível, personalidades que pod<strong>em</strong> ser os protagonistas mas que certamente não terão disponibilidade para papéis secundários.<br />
(*) Presidente da Direcção da Associação de Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto Douro<br />
13
Cartas e mensagens<br />
Responsabilizar<br />
os irresponsáveis!<br />
Deveria ser criado um blogue, aberto apenas aos cidadãos, tendo como objectivo<br />
único de, <strong>em</strong> total liberdade, comentar os comentários dos comentadores.<br />
O estado da opinião <strong>em</strong> Portugal é uma verdadeira Babel... Haveria que responsabilizar<br />
qu<strong>em</strong>, através de comentários nos Media, ajudou a enganar os portugueses...<br />
A opinião não pode ser irresponsável n<strong>em</strong> pode estar acima da ética.<br />
Hoje é dado mais crédito ao comentador político do que ao próprio político, mais<br />
vale ser Marcelo Rebelo de Sousa ou Pacheco Pereira ou Miguel Sousa Tavares, que<br />
Cavaco Silva, que Pedro Passos Coelho. Os concursos dos anos 80 e 90 deram lugar<br />
aos debates <strong>em</strong> número infinito, onde pessoas que só se distingu<strong>em</strong> pelo tamanho do<br />
cabelo, se usam óculos ou bigode, se discut<strong>em</strong> e repet<strong>em</strong> até ao cansaço os mesmos<br />
t<strong>em</strong>as, com os mesmos argumentos, com “segundos sentidos” implícitos ou sugeridos<br />
ou silenciados, ou...<br />
Não se pode mandar calá-los, mas pode-se dessacralizar o comentador, que neste<br />
momento é qu<strong>em</strong> t<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre a última palavra e qu<strong>em</strong> acha que pode julgar s<strong>em</strong><br />
ser julgado. É a moda do “opinismo” e do “achismo”. Ser “opinista” ou “achista” (”eu<br />
acho que isso t<strong>em</strong> tudo a ver com…”) é dos mais altos cargos da Nação. E muitos, além<br />
da banha da cobra que nos vend<strong>em</strong>, até assassinam impun<strong>em</strong>ente a língua Pátria.<br />
Todos os que se reformaram ou perderam funções políticas, entregaram-se ao<br />
comentário; e funcionam como pastores do rebanho, diz<strong>em</strong>-lhes o que pensar e o que<br />
fazer. Como diz o ditado: “Qu<strong>em</strong> sabe, faz; qu<strong>em</strong> não sabe, ensina; qu<strong>em</strong> é totalmente<br />
ignorante, escreve manuais escolares”. Os media <strong>em</strong> Portugal são co-responsáveis<br />
pelo situação a que se chegou.<br />
vabreu72@hotmail.com<br />
Convocatórias<br />
14<br />
CONVOCATÓRIAS DO PSD<br />
Recepção<br />
Terça-feira até 12h00<br />
Para: Fax: 21 3973168<br />
<strong>em</strong>ail: convocatorias@psd.pt<br />
ESPOSENDE<br />
Ao abrigo dos Estatutos Nacionais do PSD convocase<br />
a Ass<strong>em</strong>bleia da Secção de Esposende para reunir,<br />
no próximo dia 06 de Maio de 2011, (sexta-feira) pelas<br />
21h00, na sede Concelhia, sita no Largo Dr. Fonseca Lima,<br />
com a seguinte:<br />
Ord<strong>em</strong> de Trabalhos<br />
1 - Informações<br />
2 - Eleições Legislativas<br />
3 - Análise da situação política e partidária<br />
4 - Outros assuntos<br />
LOURES<br />
Ao abrigo dos Estatutos Nacionais do PSD convocase<br />
a Ass<strong>em</strong>bleia da Secção de Loures para reunir, <strong>em</strong><br />
sessão extraordinária, no próximo dia 03 de Maio de<br />
2011, (terça-feira) pelas 21h00, na sede, sita na Rua<br />
Diogo Cão, nº 2 Loja 4 <strong>em</strong> Santo António dos Cavaleiros,<br />
com a seguinte:<br />
Ord<strong>em</strong> de Trabalhos<br />
1 – Informações sobre Legislativas 2011<br />
2 – Análise da situação política nacional<br />
PONTE DE LIMA<br />
Ao abrigo dos Estatutos Nacionais do PSD, convoca-se<br />
PAÇOS DE FERREIRA<br />
Nos termos dos Estatutos e Regulamento Eleitoral<br />
da JSD, convoca-se o Plenário Concelhio da JSD Paços de<br />
Com este Primeiro-Ministro…<br />
Reconheço que a entrevista de Nobre ao Expresso não foi muito feliz, mas é preciso<br />
este Primeiro-Ministro ter muita lata para vir falar <strong>em</strong> “respeito pelos eleitores”!<br />
Este 1º Ministro que usou a Ass<strong>em</strong>bleia da República para propaganda política, s<strong>em</strong><br />
o menor respeito pelas perguntas dos deputados e consequent<strong>em</strong>ente, s<strong>em</strong> respeito<br />
pelos eleitores que os elegeram!<br />
Este 1º Ministro que mentiu descaradamente, vezes s<strong>em</strong> conta, no Parlamento.<br />
Este 1º Ministro que permitiu a pouca vergonha e o abuso de ter uma deputada<br />
do seu partido eleita por LISBOA, a ter as suas passagens de fim-de-s<strong>em</strong>ana, PARA<br />
PARIS pagas COM O DINHEIRO DOS CONTRIBUINTES!<br />
Este 1º Ministro que não tinha a menor consideração pelos deputados da oposição,<br />
provocando-os e troçando muitas vezes deles, como se o Parlamento fosse uma casa<br />
de comédia!<br />
Este 1º Ministro, que teve um ministro, que com todos os péssimos ex<strong>em</strong>plos que<br />
tinha do líder, se sentiu à vontade para fazer o gesto que fez no Parlamento.<br />
Este 1º ministro que enquanto o povo sofre, age como se Portugal fosse o Paraíso.<br />
Enfim, este Primeiro-Ministro que mente e faz falsas promessas s<strong>em</strong> o menor<br />
pudor, só para se manter no poder.<br />
Antes do dia 10 de Março o PSD era acusado de não votar a moção de censura,<br />
porque queria que fosse o PS a fazer as medidas dificeis, agora é porque quer o poder!<br />
Quanto ao PEC4, tal como o PSD já tinha avisado na aprovação do orçamento, só<br />
o facto de ele ter que existir, já é motivo para não o aprovar, o resto são detalhes.<br />
Felicidades ao PSD, a Passos Coelho e a continuação do vosso excelente trabalho.<br />
Rita Sofia Sampaio<br />
a Ass<strong>em</strong>bleia de Secção de Ponte de Lima, para reunir<br />
no próximo dia 06 de Maio de 2011 (Sexta-feira), pelas<br />
21h00 horas, na Sede, sito no Largo Dr. Vieira de Araújo,<br />
com a seguinte:<br />
Ord<strong>em</strong> de trabalhos:<br />
1 – Informações<br />
2 – Análise da situação política nacional e local<br />
3 – Outros assuntos<br />
PONTE DE SOR<br />
Ao abrigo dos Estatutos Nacionais do PSD, convocase<br />
a Ass<strong>em</strong>bleia de Secção de Ponte de Sor, para reunir<br />
no próximo dia 06 de Maio (sexta-feira) pelas 21h00,<br />
na sede concelhia, sita na Rua João de Deus, 18-1º, com<br />
a seguinte<br />
Ord<strong>em</strong> de trabalhos:<br />
1 – Legislativas 2011<br />
2 – Análise da situação política do concelho de Ponte<br />
de Sor<br />
TROFA<br />
Ao abrigo dos Estatutos Nacionais do PSD, convoca-se<br />
a Ass<strong>em</strong>bleia de Secção da Trofa, para reunir no próximo<br />
dia 04 de Maio (quarta-feira) pelas 21h30, no Salão<br />
Nobre da Junta de Freguesia de S. Tiago de Bougado,<br />
com a seguinte<br />
Ord<strong>em</strong> de trabalhos:<br />
1 – Informações diversas<br />
2 – Eleições Legislativas<br />
Ferreira, para reunir no próximo dia 26 de Maio, pelas 21<br />
horas, na sede concelhia do PSD e JSD de Paços de Ferreira,<br />
sita na Avenida dos T<strong>em</strong>plários, 309 – Dto. 4590 – 508<br />
PAÇOS DE FERREIRA, com a seguinte ord<strong>em</strong> de trabalhos:<br />
PONTO ÚNICO – Eleição da Comissão Política Concelhia<br />
e Mesa de Plenário Concelhio<br />
Nota:<br />
a)As listas concorrentes deverão ser entregues <strong>em</strong><br />
duplicado na referida sede, que para o efeito se encontrará<br />
aberta, ao Presidente da Mesa do Conselho Regional<br />
ou a qu<strong>em</strong> o possa estatutariamente substituir, até às 24<br />
horas do 3º dia anterior ao acto eleitoral.<br />
b) O acto eleitoral decorrerá entre as 21h00 e as<br />
23h00.<br />
PENAFIEL<br />
Ao abrigo dos Estatutos Nacionais da JSD e dos<br />
Regulamentos aplicáveis, convoca-se os militantes da<br />
Concelhia de Penafiel, para reunir<strong>em</strong> <strong>em</strong> Plenário no dia<br />
30 de Abril de 2011, pelas 17h30m, na Sede da Junta<br />
de Freguesia de S. Martinho de Recesinhos, na Freguesia<br />
de S. Martinho de Recesinhos, no Concelho de Penafiel,<br />
com a seguinte ord<strong>em</strong> de trabalhos:<br />
Ponto único: Análise da situação política.<br />
VILA DE REI<br />
Ao abrigo dos Estatutos Nacionais da JSD, convoco o<br />
Plenário Eleitoral da Concelhia de Vila de Rei da JSD, a<br />
realizar no próximo dia 18 de Junho de 2011, (sábado),<br />
pelas 18 horas, na Sede Concelhia de Vila de Rei, sita<br />
na Rua Dr. Eduardo de Castro, Lote 6, com a seguinte<br />
ord<strong>em</strong> de trabalhos:<br />
- Eleição da Comissão Política de Concelhia;<br />
- Eleição da Mesa do Plenário de Secção.<br />
Nota:<br />
A entrega de listas deverá ocorrer na referida morada<br />
ao órgão competente até às 24 horas do terceiro dia<br />
anterior ao começo dos trabalhos.