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edição 208 impresso pdf - Jornal Copacabana

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Ano XVII - 20/09/12 - 20/10/12 - distribuição dirigida e gratuita www.jornalcopacabana.com.br<br />

Páginas 14 e 15<br />

#<strong>208</strong><br />

Fala Vizinho<br />

Danilo Caymmi<br />

Páginas 8 e 9


2<br />

ANUNCIE: 2549-1284 / copa@jornalcopacabana.com.br<br />

Mudança histórica<br />

Estamos assistindo a um dos maiores<br />

eventos históricos da república, em tempo<br />

real, pela televisão: o julgamento, pelo<br />

STF, dos réus da Ação Penal 470, o chamado<br />

Mensalão.<br />

Importa a pena que os réus terão, mas<br />

o mais importante é que a republica, a democracia<br />

e a sociedade brasileiras sairão<br />

fortalecidas.<br />

Acostumamo-nos a ver os casos mais<br />

escabrosos de corrupção na política ficarem<br />

impunes ou caírem no esquecimento,<br />

parecia-nos que a corrupção era parte integrante<br />

da prática política, e que deveríamos<br />

aceitá-la. Este argumento inclusive foi<br />

utilizado pelo ex-presidente Lula, quando<br />

disse que o ocorrido foi “caixa dois” de<br />

campanha e isto sempre teve na política.<br />

Assistimos todos os passos, desde a denúncia<br />

feita por Roberto Jefferson, e as sucessivas<br />

negações feitas pelos implicados,<br />

todos ocupando altos cargos no executivo<br />

e no legislativo do governo federal, e, é<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Copacabana</strong><br />

twitter.com/<strong>Jornal</strong>Copa<br />

www.jornalcopacabana.com.br<br />

www.migpublicidade.com.br<br />

Coloque seu vídeo gratuitamente em:<br />

Mediante aprovação<br />

www.jornalcopacabanatv.com.br<br />

www.ipanemaleblon.tv.br<br />

Expediente<br />

O primeiro <strong>Jornal</strong> de <strong>Copacabana</strong> a serviço do bairro. Fundado em fevereiro de 1996<br />

25 mil exemplares<br />

Nossos colaboradores não possuem obrigações<br />

de horário ou continuidade, não mantendo<br />

nenhum vínculo empregatício com esse <strong>Jornal</strong>,<br />

em consonância com a Lei de Imprensa<br />

5250/67. Os conceitos emitidos pelos colunistas<br />

e matérias assinadas são de inteira responsabilidade<br />

dos mesmos.<br />

Visite:<br />

claro, todos pensavam que mais uma vez<br />

o crime compensaria e os envolvidos acabariam<br />

por safarem-se dos braços da Lei.<br />

Felizmente encontramos servidores<br />

públicos dedicados, e acima de tudo, uma<br />

imprensa livre, que mesmo sofrendo ameaças<br />

de represálias e tentativas de cerceamento<br />

através de “conselhos de imprensa<br />

e mídia” sugeridos justamente por pessoas<br />

hoje respondendo ao processo no STF,<br />

souberam realizar livremente sua missão e<br />

trabalho.<br />

Podemos acompanhar os ministros do<br />

STF, de forma cabal, e irrefutável, construírem<br />

e demonstrarem o leque de crimes cometidos<br />

ao longo de anos e anos no centro<br />

do poder público maior, em Brasília.<br />

Ainda surgirão mais fatos, mas de uma<br />

coisa temos certeza: o Brasil, as instituições<br />

e a sociedade sairão maiores depois<br />

deste episódio.<br />

O que se refletirá em toda a sociedade,<br />

inclusive a de <strong>Copacabana</strong>.<br />

Diretora Presidente - Márcia Araujo JP-24826 RJ<br />

Editora - Renata Moreira Lima Mtb: 26977-RJ<br />

Diretor Comercial - Virgílio Rocha<br />

Conselho Editorial - Fernando Polónia /<br />

Paulo Magoulas<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Copacabana</strong> é uma publicação da Mig Editora e Publicidade Ltda<br />

Caixa Postal: 10898 CEP: 22020-970<br />

2549-1284 / 8896-0531 - copa@jornalcopacabana.com.br<br />

Barracos em <strong>Copacabana</strong><br />

Fui consultar o Aurélio para ter certeza,<br />

antes de falar sem propriedade sobre a diferença<br />

entre barraca e barraco. Não tem.<br />

É tudo a mesma coisa.<br />

Barraca e barraco têm vários significados:<br />

Construção provisória para abrigo, geralmente<br />

feita de madeira ou de lona, casa muito ordinária,<br />

grande guarda-chuva de pano azul,<br />

tenda, situação embaraçosa, confusão, desentendimento,<br />

bronca. Armar barraca: causar<br />

discussão ou espalhafato. E dar barraca:<br />

não ser bem-sucedido, cometer erros.<br />

Todos eles me servem quando falo de<br />

<strong>Copacabana</strong>.<br />

Gente, como <strong>Copacabana</strong> ficou feia...<br />

Para qualquer esquina que se olhe é barraca,<br />

tendinha, biboca, tabuleiro, lona estendida<br />

no chão, um camelódromo improvisado<br />

que vende de tudo na porta das lojas<br />

que levam seu trabalho a sério e nas quais<br />

mal se pode entrar.<br />

Economia informal, dizem. Economia<br />

infernal, rebato. Pois ela é o produto perfeito<br />

do diabo de economia que este país<br />

anda aplaudindo, sem medir as consequências<br />

da falta de investimentos na Educação,<br />

na Saúde, na Cidadania, e que vem<br />

levando tanta gente boa ao sustento improvisado<br />

pela falta de opção.<br />

Se tem Guarda Municipal para coibir?<br />

Ah, tem. Mas é justo ver a correria dos camelôs<br />

quando “lá vem o rapa”? É justo que<br />

apreendam as mercadorias, joguem tudo<br />

nas kombis e sabe-se lá o que vão fazer<br />

com elas? Covardia. Camelô é gente tentando<br />

ganhar a vida.<br />

Ok. <strong>Copacabana</strong> não é mais aquela, com<br />

suas belas vitrines, lojas de padrão internacional,<br />

senhoras elegantes que depois das<br />

compras tomavam chá na Colombo ao som<br />

de violinos. Nossa Senhora de <strong>Copacabana</strong><br />

deve chorar de vergonha com o comércio de<br />

R$1,99, os depósitos de fábrica, as portinhas<br />

de roupa de 5ª. categoria. Mas a Prefeitura<br />

n Com a quantidade de<br />

pombos em Copa. Risco de<br />

doença no ar. Anticoncepcional<br />

neles!<br />

n Com as caras sorridentes<br />

dos candidatos às<br />

próximas eleições. Tão rindo<br />

do que mesmo, heim?<br />

n Com a poeira das<br />

obras da CEG. Dá para<br />

limpar a rua ou vão pagar a<br />

CORTANDO OS PULSOS...<br />

lavagem do meu carro?<br />

n Com a Ladeira dos<br />

Cacajaras. O que tem de<br />

cocô de cachorro nas calçadas<br />

é sujeira com os pedestres.<br />

n Com tanto Parabéns<br />

prá você nas escolas do<br />

bairro. Dá para celebrar todos<br />

juntos um dia só?<br />

n E se cantassem o<br />

não quer nem saber. Deixou <strong>Copacabana</strong> virar<br />

um mercadão, quando podia ter feito exigências<br />

básicas para as lojas de ruas como<br />

acontece em tantos lugares do mundo.<br />

É preciso achar uma alternativa para o<br />

comércio informal. Não estou aqui fazendo<br />

uma apologia do camelódromo chic.<br />

Mas não vejo por que não defender uma<br />

solução padronizada, oferecida a quem deseje<br />

se estabelecer legalmente. O que não<br />

pode é continuar essa ocupação miserável<br />

das calçadas, na base do barraco (ou barraca)<br />

de improviso, verdadeiras monstruosidades<br />

que reduzem o camelô ao lixo por<br />

sobrevivência.<br />

Exemplo? Vejam o que é aquela feira de<br />

artesanato na ilha central da Avenida Atlântica<br />

e depois me digam se estou ou não com a<br />

razão. E bem nas barbas dos turistas.<br />

<strong>Copacabana</strong> é o pedaço mais visível<br />

deste belo universo que é o Rio de Janeiro.<br />

Talvez o mais lembrado lá fora e o mais<br />

esquecido aqui dentro. Isso é no mínimo,<br />

embaraçoso para a cidade.<br />

Acabei de armar aqui o meu barraco<br />

contra o descaso com o nosso bairro,<br />

para que sirva de alerta a quem de direito e<br />

dever, às vésperas de tantos eventos mundiais<br />

que a cidade vai abraçar.<br />

Prefeito, acorda!<br />

Pare de dar barraca à toa e trate de salvar.<br />

Hino Nacional uma vez por<br />

semana? Bom para a Moral<br />

e a Cívica...<br />

n Com as topadas nas<br />

taxas de ferro das BRTs<br />

e ciclovias. Ninguém faz<br />

nada?<br />

n Comigo, que não estou<br />

me aguentando hoje de<br />

tanto reclamar. Vai amar<br />

Copa assim na... praia!


um jeito diferente de fazer jornal de bairro ANUNCIE: 2549-1284 / copa@jornalcopacabana.com.br 3<br />

Envie fotos, sugestões, elogios, críticas<br />

publicaremos aqui, no seu <strong>Jornal</strong> <strong>Copacabana</strong><br />

Fala Vizinho!<br />

Oportuna a entrevista com o galerista Artur<br />

Fidalgo.<br />

O Shopping Cidade <strong>Copacabana</strong> está cada<br />

vez melhor! Parabéns!<br />

Beatriz Magalhães@<br />

Cinemas<br />

Gostei da continuação da série Cinemas<br />

de <strong>Copacabana</strong>. Já havia reparado que faltaram<br />

alguns, mas agora veio completo!<br />

Vida longa aos cinemas de rua!<br />

Virginia Silva@<br />

Cinemas II<br />

Interessante a página sobre os cinemas de<br />

<strong>Copacabana</strong>. Vi a segunda, corri atrás e<br />

achei o <strong>Jornal</strong> com a primeira.<br />

Que tal fazerem Cinelândia e Tijuca, ambos<br />

foram centros de referência em cinemas.<br />

Ricardo Vila@<br />

Mãos limpas<br />

Nas esquinas populares já se nota aquele<br />

cumprimento de candidatos aos transeuntes<br />

sem ao mesmo saberem se mãos estão<br />

limpas? Uns dizem sou esse tal político<br />

ou fiz isso e aquilo, mas não averiguam as<br />

mazelas de <strong>Copacabana</strong>. O bairro tem 80<br />

mil idosos e nunca deram importância ao<br />

mau trânsito! Veículos pesam mais de uma<br />

tonelada e seres humanos nem 100 quilos,<br />

porém veículos não param nas faixas dos<br />

pedestres, avançam sinais e param irregularmente<br />

nas esquinas. “...”Então será que<br />

o apoio ao atual prefeito na base do “oba<br />

somos aliados” condiz com a realidade?<br />

Quantos partidos nada fizeram ou possuem<br />

membros cassados, ou beneficiados pela lei<br />

da impunidade ou ainda tem políticos não<br />

eleitos respondendo processos? A culpa é<br />

dos jornais que não noticiam esses assuntos<br />

prontamente. Mas já estão fazendo pesquisas<br />

para descobrir em quem vão votar cujo<br />

intuito é saber se continuarão na mamata e<br />

na continuidade de obras superfaturadas de<br />

caixa 2 e do famoso “por fora”.<br />

Julio Carvalho@ <strong>Copacabana</strong><br />

Desordem Urbana<br />

Até quando teremos que aguentar a Feira<br />

da Av. Atlântica?<br />

É medonho!<br />

Enfeia, é suja e os trabalhos artesanais são<br />

no mínimo, de gosto duvidoso.<br />

E o nossos impostos $$$$!<br />

Vânia@<br />

Casa Dercy Gonçalves<br />

Tendo sabido, por amigos, sobre o Projeto<br />

Casas de Convivência e Lazer da Secretaria<br />

Especial de Envelhecimento Saudável e<br />

Qualidade de Vida (SESQV), da Prefeitura<br />

Rio, resolvi conhecê-las, no intuito de participar<br />

de alguma atividade por elas oferecidas.<br />

Na de Botafogo - Casa Padre Velloso<br />

- fui bem atendida, entretanto, como moro<br />

em <strong>Copacabana</strong>, tentei localizar uma mais<br />

próxima de minha residência, que seria a<br />

Casa Dercy Gonçalves. Esta última, por ficar<br />

localizada na Lagoa, ofereceria sistema<br />

de transporte de van, do ponto do terminal<br />

do Metrô Cantagalo, na Pça. Eugênio<br />

Jardim, até o local - Av. Epitácio Pessoa,<br />

3000, Parque da Catacumba. Aí começou o<br />

meu calvário de espera e frustração.<br />

Antes de sair de casa, telefonei para o local<br />

- 2535-7557 e me foi informado, pela<br />

funcionária Carina, que uma van de cor<br />

branca, com logotipo da Prefeitura Rio,<br />

passava nos seguintes horários: 8:00, 9:00,<br />

10:00, 11:00 e, à tarde, 14:00, 15:00, 16:00,<br />

próximo à saída do Metrô Cantagalo. Pois<br />

bem. Cheguei às 14:45, na minúscula Pça<br />

Eugênio Jardim e, mesmo tendo ligado<br />

por duas vezes para saber se a van viria no<br />

horário das 15:00, foi-me informado que a<br />

mesma já havia saído de lá e que passaria<br />

com certeza. Às 15:20, tendo observado<br />

bem que não apareceu van alguma, liguei<br />

novamente para o local e, foi-me informado<br />

que todas as pessoas já haviam chegado<br />

e que estavam se confraternizando em um<br />

lanche. Tomei um táxi até o endereço da<br />

dita Casa de Convivência, para investigar<br />

sobre esta “van fantasma e surreal” e, realmente<br />

constatei que havia uma, parada no<br />

estacionamento, que entretanto, não portava<br />

nenhum logotipo da Prefeitura Rio.<br />

Mesmo assim, observando as características<br />

da mesma e, estando eu parada na minúscula<br />

Pça Eugênio Jardim, não haveria<br />

como não perceber uma van branca e alta,<br />

com listras azul e vermelha na carroceria.<br />

Informo que, em nenhum momento houve<br />

uma explicação razoável, por parte dos<br />

funcionários do local, para o não comparecimento<br />

da van no horário informado. (...)<br />

Lamento, profundamente, o descaso e o<br />

despreparo dos funcionários da Casa de<br />

Convivência e Lazer Dercy Gonçalves,<br />

deixando aqui o meu protesto, para que<br />

outros idosos, como eu, não passem pelo<br />

mesmo constrangimento.<br />

Dirce Motta@<br />

Participe!<br />

O Shopping 680, Edificio Central <strong>Copacabana</strong>, é uma referência em lojas, escritórios<br />

consultórios e cabelereiros de <strong>Copacabana</strong> e a reabertura do Cine Joia com programação<br />

impecável de bons filmes, tornam a visita ao 680 obrigatória. Aproveite e pegue o exemplar<br />

do <strong>Jornal</strong> <strong>Copacabana</strong> grátis! Mais em www.copa680.com.br e facebook.com/copa680<br />

O Forte de <strong>Copacabana</strong> recebeu mais uma vez<br />

amantes de carros antigos, como já é tradição há 23<br />

anos, O grande destaque desse ano foi um lindo De<br />

Soto Adventurer 1957 avaliado em 100 mil dólares .<br />

Foto - Jaime Finkel<br />

Erramos<br />

A ilustração de Amorim na <strong>edição</strong> passada na coluna<br />

No Cinema, de Luis Pimentel é essa ao lado.<br />

Leia a coluna em www.jornalcopacabana.com.br


4<br />

ANUNCIE: 2549-1284 / copa@jornalcopacabana.com.br<br />

Chegou a primavera<br />

Foi durante uma das famosas<br />

reuniões de amigos no Buteco do<br />

Jisus, em Botafogo, um bar que não<br />

existe mais e que ficava no Rio de<br />

Janeiro Sem Bala Perdida – uma<br />

cidade que também já não existe. Lá<br />

para as tantas, o papo desandou para<br />

o lado das quatro estações. Pedro<br />

Garganta, um dos mais falantes<br />

e quase nunca convincente, fez a<br />

introdução, no bom sentido:<br />

– A mim agrada, por demais<br />

(sacaram o estilo?!), o clima outonal.<br />

O frescor das folhas, o sol ameno, os<br />

dias são mais radiantes.<br />

Rocha, conhecido nas mesas<br />

e arredores como “o Cacique da<br />

Bambina”, completou:<br />

– A cerveja fica mais gelada. As<br />

mulheres são mais cheirosas e mais<br />

macias.<br />

Foi solicitada a opinião de uma<br />

representante do grupo feminino:<br />

– Prefiro o verão – disse Nina,<br />

uma morena que encostou na mesa um dia<br />

para pedir fósforos e nunca mais abandonou<br />

a turma.<br />

– Aumenta o calor na formosinha, né,<br />

preta? – bombardeou o intrépido Yonzinho<br />

Cantareira, que todas as noites atravessava a<br />

Baía de Guanabara para beber em Botafogo, e<br />

arrastava uma asa caída para o lado da amiga.<br />

Gargalhadas. Beijinho de reencontro nos<br />

copos. Mordidinhas na moela. Bilau Baixinho,<br />

que pecava pelo apelido e hoje seria chamado<br />

de “verticalmente prejudicado”, retomou o fio<br />

da meada:<br />

– Sou mais o inverno. Ventinho frio,<br />

roupinhas quentes, a gente aproveita para<br />

dormir abraçadinhos.<br />

– Dorme abraçadinho quem tem mulher<br />

em casa, ou na casa dos outros, ou mesmo na<br />

zona – completou um que estava meio calado.<br />

– Também encontro vantagens na estação<br />

do frio – pontificou Pedro Garganta. O<br />

inverno tenciona os músculos e enrijece os<br />

doces lábios.<br />

Nina engasgou com uma rodela de<br />

salaminho. Yonzinho partiu em socorro:<br />

– Mastiga devagar, boneca. O salame é<br />

um tira-gosto roliço e traiçoeiro.<br />

Era assim que a banda tocava. Havia<br />

poesia em tudo.<br />

Rocha da Bambina interrompeu a<br />

conversa, levantando-se de braços abertos:<br />

– Oi! Chega até aqui! – gritou, na direção<br />

de uma linda mulher que se aproximava.<br />

Olharam todos, ao mesmo tempo. Aquela<br />

emoção:<br />

– Oh!!! – gemeram todos. Nina, inclusive.<br />

– Vem cá, prima. Vem conhecer os meus<br />

amigos – disse Rocha, sorridente.<br />

– Prazer, pessoal – falou a moça.<br />

O primo puxou a cadeira para a visitante:<br />

– Pessoal, esta aqui é minha prima Vera.<br />

Primavera! Era a estação que estava<br />

faltando.<br />

Garganta deu a volta em torno da mesa e<br />

se aproximou, derretido.<br />

– Conheço você, não sei de onde.<br />

– Conhece Juiz de Fora? Sou de lá.<br />

– Claro – disse Pedro, os braços de polvo<br />

varrendo copos e os ombros da moça. – Vou<br />

a Juiz de Fora pelo menos uma vez por mês.<br />

Fico no Plazza. Você mora onde lá?<br />

– Moro na pensão de Dona Fulo.<br />

O clima pesou um pouco. Nina evitou<br />

o salaminho. Mas Garganta não perdeu a<br />

viagem:<br />

– Sou representante de uma empresa de<br />

tubos e conexões, por isto viajo muito. E você,<br />

Vera, mexe com o quê?<br />

O humor presente em carne e osso, muito<br />

mais carne do que osso. Vera não perdia a<br />

timidez nem a inocência primaveril:<br />

– Mexo com os quadris.<br />

Resolveram falar das últimas cachorradas<br />

políticas. Bobagem ficar perdendo tempo com<br />

as estações do ano.<br />

Do livro O matador de aluguel e outras<br />

figuras (Editora Melhoramentos)


um jeito diferente de fazer jornal de bairro ANUNCIE: 2549-1284 / copa@jornalcopacabana.com.br 5<br />

Hoje associada à diversão e ao prazer, a<br />

cerveja nasceu num contexto religioso muito<br />

diferente do atual.<br />

Na Era Pré-Histórica, há cem mil anos<br />

atrás, quando o homem chegou à conclusão<br />

de que existia uma Inteligência Superior, o<br />

primitivo habitante das cavernas logo identificou<br />

a figura divina com o Sol, considerado<br />

desde então fonte de toda a vida na Terra.<br />

Portanto, todas as cores que o disco solar assumia<br />

no correr das estações eram considerados<br />

tons divinos, ou seja, do dourado ao púrpura.<br />

E assim permaneceu até nossos dias.<br />

Mas a cerveja seria uma invenção urbana.<br />

Em 6.000 AC, na Babilônia, surgiu a primeira<br />

“bebida dos Deuses”, quando a divindade da<br />

cidade Ur-Nina soprou um recipiente de água<br />

com cevada, criando a bebida dourada de uso<br />

dos sacerdotes e reis. Mas é provável mesmo<br />

é que a descoberta tenha sido acidental, quando<br />

um recipiente com cereais ficou cheio com<br />

água da chuva, fazendo a festa dos camponeses,<br />

que a ofereceram depois aos sacerdotes de<br />

sua cidade. Os religiosos, nada bobos, a definiram<br />

como “Divinal”. O Código de Hamurábi,<br />

escrito em 1800 AC definia a profissão de<br />

cervejeiro, seu salário e as penas por adulteração<br />

do produto, já comuns à época.<br />

Heródoto conta que no Egito ela era fabricada<br />

em quantidade e uma roda de cerveja<br />

foi prestada em homenagem ao Príncipe<br />

Kanjajnjswt da IVa Dinastia (2.700 AC).<br />

Foi o primeiro “happy hour” que se<br />

tem notícia!<br />

Foram os egípcios que definiram o copo<br />

como sendo o recipiente do vinho, sendo a<br />

caneca privativa da cerveja. De outra forma<br />

era proibido o consumo.<br />

A velha cerveja assim atingiu as civilizações<br />

grega e romana, sendo que a bebida dos<br />

faraós e depois dos Imperadores de Roma era<br />

bem diferente da de hoje. Era feita de água e<br />

cevada fermentada, com gosto adocicado. Por<br />

vezes adicionava-se o gengibre e o zimbro e,<br />

claro, tomava-se quente, pois refrigerador não<br />

existia. Somente na Inglaterra do século XVI<br />

é que se introduziu o perfume do lúpulo.<br />

A igreja não só não proibiu o consumo<br />

de cerveja como a apadrinhou e criou<br />

seu protetor: Santo Agostinho de Tagaste,<br />

que viveu no século V, intelectual e Santo,<br />

apreciador da dourada bebida a ponto de<br />

fabricá-la, e que morreu em 430 pelas mãos<br />

dos bárbaros quando da invasão do Império<br />

Romano, não sem antes erguer um brinde<br />

com sua caneca. É hoje o Santo Padroeiro<br />

dos mestres cervejeiros.<br />

História sucinta da cerveja<br />

no Brasil e no mundo<br />

Com a queda do Império Romano em<br />

476 DC, a cerveja continuou a ser fabricada<br />

e consumida, principalmente nos conventos<br />

franciscanos da Alemanha, como também em<br />

outros países do Norte europeu onde as vinhas<br />

não medravam. As tabernas funcionavam nos<br />

mosteiros e tornou-se comum nos livros a figura<br />

do frade segurando uma caneca de pinho<br />

com cerveja fabricada no próprio convento.<br />

Com a Revolução Industrial, a produção<br />

de cerveja foi mecanizada e no século XIX,<br />

com o surgimento da refrigeração artificial, o<br />

produto pôde ser melhor apreciado.<br />

Bar Brahma em 1922 no Leme<br />

História sucinta da cerveja no Brasil<br />

Portugal fez o que pôde para impedir a<br />

chegada da cerveja no Brasil Colônia. Pudera,<br />

o vinho português era importante produto<br />

de exportação e chegou a ser monopólio<br />

estatal. Mas mesmo assim a cerveja chegou<br />

até nós, inicialmente de maneira tímida e em<br />

meio a uma guerra.<br />

Com a invasão holandesa de Pernambuco<br />

em 1630, trouxeram os batavos os primeiros<br />

tonéis de cerveja em 1634 para a soldadesca<br />

matar as saudades da distante Holanda.<br />

Um fornecimento regular para o Recife foi<br />

mantido até 1654, quando, com a expulsão<br />

dos invasores, o vinho português voltou a<br />

monopolizar a mesa do brasileiro.<br />

Até o século XIX, somente alguns tonéis<br />

chegavam até nós, contrabandeados nos porões<br />

dos navios.<br />

A vinda da Côrte em 1808 mudou esse<br />

panorama. Já com D. João chegaram em<br />

março de 1808 dois mestres cervejeiros que<br />

atendiam não somente à família real, como a<br />

alguns nobres amigos do monarca. A 28 de<br />

janeiro, com a lei de abertura dos portos às<br />

nações amigas, a cerveja inglesa passou não<br />

só a entrar livremente no Brasil como era taxada<br />

a preço inferior ao do vinho português.<br />

Em muito pouco tempo, a dourada bebida<br />

substituiu o rival lusitano não só nas mesas<br />

da nobreza como na pobre refeição dos trabalhadores<br />

livres.<br />

Fabricada de forma artesanal até 1836,<br />

neste último ano surgiu a 26 de outubro a<br />

“Cerveja Brasileira”, vendia na rua de Mata<br />

Cavalos no. 92 (atual rua Riachuelo) e na rua<br />

Direita no. 86 (atual rua Primeiro de Março).<br />

Em 1848 a “Imperial Fábrica de Cerveja Nacional”<br />

de Henrique Leiden passava a funcionar<br />

na rua de Mata Cavalos no. 78. Em 1898,<br />

Henrique Kremer e mais vinte e quatro petropolitanos<br />

formalizam a Companhia Cervejaria<br />

Bohemia, incorporando bens da antecessora<br />

“Imperial Fábrica de Cerveja Nacional”, ampliando<br />

assim um pequeno estabelecimento<br />

fundado por Kremer em 1853 na cidade serrana.<br />

Posteriormente, sua filha Carolina Kremer<br />

ampliaria muito essa fábrica.<br />

Os fabricantes de vinho declararam uma<br />

guerra sem tréguas contra nossa cerveja,<br />

numa campanha de difamação que durou<br />

décadas até época recente. Mas nada mais<br />

poderia impedir seu sucesso entre as massas.<br />

Pudera, cerveja e celebração casam com o<br />

espírito do brasileiro, e foi com muita cerveja<br />

que nós comemoramos as vitórias brasileiras<br />

na Guerra do Paraguai em 1865-70.<br />

Com a Abolição da Escravatura em 1888,<br />

um grande número de ex-escravos abandonou<br />

as senzalas e passou a habitar o Rio de Janeiro,<br />

nas imediações da Cidade Nova. Aproveitou<br />

a ocasião o empresário alemão Joseph Villiger<br />

para fundar no Catumbi no mesmo ano da<br />

Abolição uma fábrica de cervejas, a Brahma,<br />

que depois de fundir-se com outra indústria,<br />

a Teutônica, deu origem em 1894 à grande<br />

Fábrica Brahma, origem de todas as outras, e<br />

cujo prédio foi demolido no ano de 2.012 para<br />

dar lugar à ampliação do Sambódromo.<br />

Desde 1824, com o surgimento da primeira<br />

confeitaria no Rio de Janeiro, a “Fama<br />

do Café com Leite”, mais conhecido como<br />

“Café Braguinha”, na esquina de praça da<br />

Constituição com rua do Sacramento (atuais<br />

praça Tiradentes e avenida Passos), que a<br />

cerveja possuía sua loja própria para degustação.<br />

A Confeitaria Carceller, na rua Direita<br />

passou a servi-la gelada em 1834, importando<br />

da Europa gelo envolvido em madeira e<br />

serragem. Foi um sucesso.<br />

53<br />

IMPÉRIO 445<br />

DO ALUMÍNIO E FERRO<br />

Esquadria de Alumínio e Ferro em Geral.<br />

Portas – Portões – Janelas – Basculantes –<br />

Coberturas – Forro PVC.<br />

Paulo<br />

2215-8281/3902-9102.<br />

Rua Barão de Iguatemi 445 – loja A


6<br />

ANUNCIE: 2549-1284 / copa@jornalcopacabana.com.br<br />

Desde 2010, o Espaço Brechicafé<br />

tem inovado e se aperfeiçoado<br />

para melhor atender o gosto<br />

dos frequentadores e clientes.<br />

Atualmente, além da loja com<br />

roupas de qualidade, pode-se degustar<br />

doces portugueses, salgados,<br />

sanduíches, refrigerantes e<br />

bons vinhos. Um local agradável<br />

para “garimpar” moda vintage,<br />

selecionadas e peças únicas, todas<br />

higienizadas.<br />

Todas as terças e quintasfeiras<br />

ainda pode conferir e se<br />

alegrar com o já famoso Happy<br />

Hour do Brechicafé.<br />

No dia 23 de agosto, o Espaço<br />

completou dois anos no<br />

Shopping Cidade <strong>Copacabana</strong>.<br />

Para comemorar, a dona do estabelecimento,<br />

Maria Lygia Silva<br />

Magalhães Costa, a Lyginha, organizou<br />

uma festa nos corredores<br />

do 1º pavimento com desfile<br />

de modelos vestindo a moda do<br />

brechó, acompanhadas de música<br />

ao vivo.<br />

No mesmo evento, Lyginha<br />

anunciou o lançamento da coleção<br />

de bijuterias e semi-jóias da<br />

M. Polo Bijoux. O espaço Brechicafé<br />

passa a ser o único representante<br />

da marca no Rio de<br />

Janeiro.<br />

A Moda que invadiu <strong>Copacabana</strong><br />

Dois anos de brechó chique e café<br />

O Brechicafé fica na Rua Siqueira Campos, 143 Loja 31 - Térreo. Tel: 2497-5041 / 7116-0403


um jeito diferente de fazer jornal de bairro ANUNCIE: 2549-1284 / copa@jornalcopacabana.com.br 7<br />

espacobrechicafe@gmail.com / twitter: espacobrechicafe / espacobrechicafe.blogspot.com / facebook.com/espaco.brechicafe


8<br />

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<strong>Jornal</strong> <strong>Copacabana</strong>: Você é de uma família<br />

de músicos. Tendia para essa profissão<br />

desde a infância?<br />

Danilo Caymmi: Creio em dois fatores: o<br />

ambiente que você cresce, que é o meio, e<br />

a genética.<br />

Cresci vendo meu pai trabalhar no ofício<br />

de cantor, compositor, viajando muito, tocando<br />

em casa... Claro que isso influenciou.<br />

E a genética forte por parte de pai e mãe<br />

(cantora Stella Maris). Acabou pegando em<br />

cheio meus irmãos e eu. E foi bom porque<br />

consolidamos carreiras no cenário musical<br />

brasileiro.<br />

J.C.: Além de tocar violão você é flautista,<br />

que veio antes. Por que escolheu a flauta?<br />

D.C.: Na verdade acho que o instrumento<br />

escolhe você, não o contrário.<br />

Meu pai trouxe uma flauta Block para casa,<br />

gostei daquele instrumento. Toda vez que ele<br />

ia na loja de música eu pedia uma nova flauta.<br />

Acabei virando flautista! (risos).<br />

J.C.: E porque fez faculdade de Arquitetura?<br />

D.C.: Pela mamãe. Sabendo das dificuldades<br />

e inconstâncias da carreira de músico,<br />

ela queria que tivéssemos outra profissão<br />

também. O que era algo antagônico, uma<br />

vez que papai sempre teve uma boa carreira.<br />

Acabei fazendo por ela. Escolhi Arquitetura<br />

porque tem muito a ver com a música.<br />

J.C.: Desculpe minha ignorância, mas em<br />

que elas se parecem?<br />

D.C.: Na forma, que usei muito nas canções<br />

que fiz para televisão.<br />

O mais difícil na Arquitetura é fazer a casa<br />

mais simples possível: sala, quarto, cozinha<br />

e banheiro. A chamada casa mínima.<br />

Levei isso para fazer a música mínima, na<br />

televisão. Como passar o máximo de informação<br />

possível, com qualidade, em pouco<br />

tempo. Como exemplo as músicas da minissérie<br />

Riacho Doce, da Rede Globo.<br />

J.C.: Acabou abandonando a faculdade?<br />

D.C.: Pois é. Em 1968 ganhei o 3º Festival<br />

Internacional da Canção.<br />

J.C.: Em 67 gravou com seu pai, em 68 o<br />

festival (com Andança) e resolveu se dedicar<br />

à música?<br />

D.C.: Não tinha mais tempo, a música estava<br />

falando mais alto e eu não tinha muito<br />

espírito de ficar confinado em escritório...<br />

Politicamente foi um ano faccionado. Com o<br />

AI5 houve muita perseguição política dentro<br />

da faculdade, isso me desiludiu um pouco.A<br />

música estava me seduzindo muito mais. Comecei<br />

a compor.<br />

Existiam vários grupinhos em <strong>Copacabana</strong>:<br />

o pessoal do Posto 6, o pessoal do Leme, do<br />

Guttemberg Guarabyra, Mariozinho Rocha...<br />

Depois vieram os mineiros: Nelson Ângelo,<br />

Toninho Horta, Milton Nascimento, Fernando<br />

Brant... É tanto nome que tenho medo de<br />

esquecer alguém! (risos).<br />

J.C.: Ajudou o fato de ser filho do Dorival<br />

Caymmi e de ter feito seu primeiro traba-<br />

lho com ele? Houve cobrança?<br />

D.C.: Gravei o disco Caymmi visita Tom.<br />

Nessa época, minha preocupação era com<br />

a professora de Química do Andrews (colégio),<br />

não com a cobrança musical. Tinha<br />

que estudar muito. Lembro que nas gravações<br />

estava com um fichário, bem concentrado<br />

na matéria. O legal foi ter conhecido<br />

o Tom Jobim!<br />

J.C.: E agora que sua filha está se lançando<br />

como cantora? Como se sente do outro<br />

lado, sendo você o pai?<br />

D.C.: Pois é. A mesma coisa.<br />

Eu não me preocupei, mas na verdade o<br />

filho de artista sofre Bullyng! No caso ela<br />

tem que ser um Danilo ao cubo! (risos). É<br />

complicada a maneira que as pessoas exigem<br />

isso. É chato porque amigos se afastaram<br />

da profissão por isso, por essa cobrança<br />

de serem filhos de músicos. Pessoas talentosíssimas<br />

desistiram da profissão.Por outro<br />

lado é natural que cobrem.<br />

Minha filha Alice está distante da minha<br />

obra, tem outro trabalho. Não ouvi o disco<br />

ainda.<br />

Ela foi criada em um ambiente de liberdade<br />

de expressão. Claro que incentivei que estudasse<br />

violão quando vi que ela tinha facilidade<br />

desde pequena, como o avô e o tio Dori.<br />

Ela tem outra visão. Existe o peso do nome,<br />

mas acho que está indo bem. Saiu uma boa<br />

crítica em São Paulo e está se preparando<br />

para lançar o show, aí eu vou ver. Sei que<br />

Danilo<br />

Caymmi<br />

O sucesso não bateu à porta de Danilo Caymmi à toa, a resposta está na genética e no ambiente em que foi criado. Filho mais novo de Dorival Caymmy, ele se descobriu flautista ainda<br />

criança e seguiu a carreira de músico traçada pelos pais e pelos irmãos Dori e Nana Caymmi. O primeiro disco foi ao lado do pai, mas logo conquistou o Festival Internacional da Canção<br />

e seguiu seus próprios passos. Na década de 70 a flauta, na de 80 a descoberta como cantor através de Tom Jobim, logo o sucesso nas músicas tocadas na dramaturgia da Rede Globo.<br />

Danilo quer lançar um DVD do disco Alvear, ainda esse ano e diz em primeira mão ao <strong>Jornal</strong> <strong>Copacabana</strong> que está trabalhando com os irmãos para um cd, filme, livro para comemorar<br />

o centenário de Dorival Caymmi. Saiba mais sobre esse apaixonado morador de <strong>Copacabana</strong> na entrevista abaixo.<br />

ela tem uma preocupação estética, está terminando<br />

o curso de Artes Cênicas na PUC,<br />

acredito que complementa no palco, a filosofia<br />

ajuda a escrever, já que ela é compositora.<br />

Gravou Björk, Dorival Caymmi e o restante<br />

do CD é autoral. As críticas têm sido boas.<br />

Me preocupo que ela tenha uma profissão,<br />

escolheu viver disso, com todos os percauços<br />

que podem acontecer. Me distancio do<br />

trabalho dela para que tenha liberdade.<br />

A mãe e eu sempre demos espaço para a<br />

criação, mas oriento. Tiro a glamurização da<br />

profissão, mostro a importância de compor,<br />

de ter cultura.<br />

Ela está procurando os parceiros dela. Assim<br />

Adriana Calcanhoto vai fazer parte de um<br />

show na Miranda. Acho isso bacana, que encontre<br />

o espaço dela.<br />

J.C.: Voltando à sua história. Depois do<br />

festival trabalhou com Tom Jobim, em seguida<br />

com as novelas?<br />

D.C.: Na década de 70 gravei meus discos<br />

como flautista, inclusive um dos primeiro de<br />

produção independente no Brasil, chamado<br />

Cheiro Verde. Hoje é um disco disputadíssimo,<br />

foram feitas 3000 cópias. O original está<br />

até caro! (risos).<br />

Depois foi tudo aparecendo paralelamente.<br />

Comecei a tocar com o Tom em 83/84, a convite<br />

do Paulinho Jobim, meu compadre, filho<br />

do Tom. Ele tinha que formar uma banda<br />

para o pai fazer um concerto em Viena... Dalí<br />

comecei a freqüentar a casa do Tom e ele me


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deu dois solos importantíssimos: Felicidade,<br />

que é “tristeza não tem fim...” (cantarola) e<br />

Samba do Avião. Entrei imediatamente na<br />

aula de canto e descobri a minha voz. Então<br />

posso dizer “numa boa” que o Tom me<br />

descobriu como cantor. Já tinha gravado,<br />

mas ele me fez conhecer esse instrumento e<br />

aprendi a cantar, pela responsabilidade das<br />

músicas que me deu. Fiquei trabalhando com<br />

ele até o falecimento em 1994.<br />

Paralelamente estava o meu trabalho como<br />

compositor, muitas músicas em parceria com<br />

Dudu Falcão, várias aberturas de novelas, seriados,<br />

minisséries...<br />

J.C.: Como conseguiu emplacar suas músicas<br />

nas novelas?<br />

D.C.: Mariozinho Rocha entrou para a direção<br />

musical da Globo e me convidou para<br />

fazer a abertura de Tieta. Minha música não<br />

foi aceita, mas entrei com uma na novela, assim<br />

começou e as coisas foram acontecendo.<br />

Com o sucesso em Riacho Doce gravei um<br />

disco produzido pelo Roberto Menescal,<br />

que descobriu outra faceta: que eu tinha<br />

um público feminino muito grande! Ele<br />

me moldou e orientou para o lado romântico.<br />

Gravamos para outras novelas... Menescal<br />

é muito importante na minha trajetória<br />

musical.<br />

J.C.: Qual a importância dessas músicas<br />

da televisão na sua carreira?<br />

D.C.: Total. Me lançou como cantor no<br />

Brasil inteiro. Até hoje toco as canções nos<br />

shows e são sempre sucesso! Riacho Doce, a<br />

abertura de Tereza Batista, que fiz com meu<br />

pai, Nada a Perder, que era da novela Patria<br />

Minha, Tenda dos Milagres! Uma série de<br />

músicas.<br />

No início dos anos 90 as pessoas acreditavam<br />

que ter a música na novela inviabilizava<br />

os seus trabalhos com as gravadoras, eu<br />

estaria cometendo um erro estratégico, mas<br />

investi no contrário e deu certo!<br />

Em Gabriela, agora, tem várias músicas da<br />

minha família, não tem minha mas podemos<br />

ouvir boas da família.<br />

Meu trabalho mais recente, Alvear, teve uma<br />

música na novela O Astro, uma parceria com<br />

Geraldinho Carneiro.<br />

Hoje esse mercado é disputadíssimo!<br />

Quando consegue, a expectativa é de que<br />

a música toque na novela, porque às vezes<br />

o personagem não deslancha e sua música<br />

não toca!<br />

J.C.: Seu trabalho mais recente foi o CD<br />

Alvear. Tem previsão de shows? Além desse<br />

já tem em mente novos trabalhos?<br />

D.C.: O novo projeto, em primeira mão<br />

para o <strong>Jornal</strong> <strong>Copacabana</strong>, será com Nana<br />

e Dori, visando o centenário de nascimento<br />

do meu pai, com algumas canções que não<br />

foram gravadas por nós. Este será trabalhado<br />

no que chamamos de “O Ano Caymmi”: de<br />

30 de abril de 2013 até 30 de abril de 2014.<br />

Faremos cd, livro, filme, uma série de coisas<br />

que estamos articulando.<br />

o Alvear eu sigo trabalhando. Ele é, desses<br />

anos todos, o disco mais importante para<br />

mim, porque é descompromissado com o<br />

mercado, é da minha alma, um disco para<br />

mim! Sem interferências externas.<br />

Tenho um concerto com a Orquestra Jazz<br />

Sinfônica de São Paulo, em novembro, no<br />

Teatro Ibirapuera, no Parque do Ipirapuera.<br />

Pretendo gravar um DVD nesse show com<br />

as músicas do Alvear. O maestro Flávio<br />

Mendes, que é produtor do meu disco, está<br />

fazendo os arranjos. Vou com a banda e a orquestra,<br />

que é bem grande. Fiz show em Fortaleza,<br />

faço esse em São Paulo em novembro...<br />

Costumo trabalhar mais fora do Rio.<br />

J.C.: Você que é filho de um “Soterocarioca”!<br />

D.C.: Diria que mais carioca do que baiano!<br />

(risos). Veio muito cedo para cá, era um<br />

homem de <strong>Copacabana</strong>! Morou aqui todo<br />

tempo.<br />

Quando me casei saí de casa e fui para Niterói.<br />

Depois morei no Jardim Botânico e na<br />

Barra da Tijuca. Meu irmão mora em Los<br />

Angeles. Quando meus pais tiveram o estado<br />

de saúde agravado eu vim para <strong>Copacabana</strong>.<br />

Aluguei um apartamento na Anita Garibaldi<br />

e depois comprei o que moro na Rua 5 de<br />

Julho. Fiquei aqui porque adorei voltar para<br />

<strong>Copacabana</strong>, tudo é perto! Minha mulher<br />

também se adaptou...<br />

<strong>Copacabana</strong> tem uma coisa que parece Manhattan,<br />

pelo menos essa área aqui! Tenho<br />

um amigo que diz que se quiser comprar<br />

uma cela de cavalo: tem! (risos). Estou aqui<br />

desde 2008 e muito feliz! E, de repente, você<br />

encontra na rua com um grande compositor<br />

como João Roberto Kelly... É muito interessante,<br />

gosto muito daqui.<br />

J.C.: Quais foram suas influências musicais?<br />

D.C.: Muita gente. Gosto de Jazz e minha<br />

formação vem por aí, o que trouxe uma busca<br />

por uma sofisticação harmônica.<br />

Costumo dizer que admiro pessoas que conheci,<br />

como meu pai, o Tom, João Gilberto,<br />

que tem um dos melhores discos que já ouvi,<br />

o Amoroso, que é um “disco de cabeceira”.<br />

Gosto de orquestrações. Gosto muito de Ari<br />

Barroso, Pixinguinha... que são “os caras”.<br />

Com o Tom aprendi muito de música e de<br />

vida. Pessoas como ele e meu pai sabiam<br />

quem você era sem você abrir a boca, uma<br />

coisa impressionante! As vezes chegava nos<br />

ensaios e o Tom já sabia meu estado de espírito<br />

naquele dia. Eram homens simples, bons<br />

e voltados para os seres humanos. Isso que<br />

é bacana!<br />

J.C.: Deixe seu recado para os leitores do<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Copacabana</strong>.<br />

D.C.: Gostaria de agradecer em meu nome e<br />

da minha família as homenagens recebidas e<br />

a estátua tão bonita do meu pai, um homem<br />

que adorava, sempre morou em <strong>Copacabana</strong><br />

e faleceu aqui, na Ronald de Carvalho com<br />

Avenida <strong>Copacabana</strong>.<br />

Alí onde ela fica era um pontinho mesmo<br />

dele, onde conversava sempre com os pescadores,<br />

o mar... um ambiente que ele adorava.<br />

Agradeço o carinho que os moradores de<br />

<strong>Copacabana</strong> receberam a presença física de<br />

Dorival Caymmi e a memória desse homem<br />

que tanto amou esse bairro.<br />

Sou orgulhoso de morar aqui.<br />

Na inauguração da estátua um pescador se<br />

aproximou, um senhor do tempo que papai<br />

ia lá na colônia... Perguntei a ele o que<br />

meu pai queria saber. - Sobre o vento, o<br />

tempo... A conversa do pescador que ele<br />

tanto cantou.


10<br />

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Os Cinemas do Centro<br />

os que ainda podem ser salvos<br />

Luis Carlos Teixeira Mendes<br />

A Cinelândia, que já foi palco de grandes estreias cinematográficas, sempre atraindo marés de gente, não justifica mais o seu nome. Das dezenas de cinemas que possuía,<br />

tanto na Praça Mahatma Ghandi quanto em seus arredores, só restou apenas um cinema frequentável: o lindo Odeon.<br />

A revitalização da Cinelândia, há anos em franca decadência, começou com as reformas do Teatro Municipal e Dulcina e a reabertura do Serrador. É de suma importância<br />

que os cinemas que se encontram desativados sejam reformados e readaptados para os dias atuais, como aconteceu com o Roxy, em <strong>Copacabana</strong>. Só dessa forma a Cidade<br />

do Cinema poderá honrar o seu nome e reviver a importância cultural do passado.<br />

Segue uma lista de cinemas que se encontram fechados ou funcionando em situação precária. Alguns estão intactos e outros não podem ser frequentados devido à péssima<br />

reputação.<br />

PALÁCIO<br />

A construção deste cinema foi a resposta<br />

que o Grupo Luiz Severiano Ribeiro deu<br />

ao Metro Passeio, inaugurando-o em 1942<br />

na mesma rua, e tornando-o um dos cinemas<br />

mais tradicionais da cidade. Lindo e<br />

imponente, o Palácio foi transformado em<br />

dois na década de 80, sempre atraindo ótimo<br />

público. Com a crescente decadência<br />

do local, foi o cinema que mais resistiu,<br />

juntamente com o Odeon, até fechar suas<br />

portas em 2008. O espaço, que se tornaria<br />

um centro de convenções, continua intacto<br />

como cinema até hoje, isolado apenas por<br />

tapumes.<br />

METRO BOAVISTA<br />

Inaugurado em 1936 como Metro Passeio era o cinema<br />

mais luxuoso do País. A famosa sala de espera em<br />

estilo D. João VI possuía um requinte só encontrado<br />

em museus. Em 1969 passou por ampla reforma<br />

e surgiu o Metro Boavista, um cinema moderno e<br />

extremamente confortável. Sua enorme tela exibia<br />

filmes em 70 mm e chegou a possuir o sistema de som<br />

sensurround, que dava a nítida impressão de estarmos<br />

dentro do filme. Inexplicavelmente o cinema fechou<br />

na década de 90 e continua intacto até hoje. Sem<br />

dúvida, um dos melhores cinemas da cidade.<br />

PATHÉ<br />

PLAZA<br />

Inaugurado em 1928 este Inaugurado em 1936 como cine-<br />

tradicional cinema semma de primeira linha, foi com o<br />

pre teve público cativo. decorrer dos anos se tornando ul-<br />

Lançador de grandes títrapassado e, nos anos 70, já era<br />

tulos da Art Filmes era um adorável “poeirão”. Mesmo<br />

comum as filas homéri- na sua fase decadente só exibia<br />

cas que se estendiam por filmes inéditos, com destaques<br />

toda a praça. Na década para os filmes de terror, os filmes<br />

de 90 foi transformado “B” e as inocentes pornochan-<br />

em templo evangélico e o chadas. O enorme espaço está<br />

cinema permanece intac- fechado há mais de 30 anos e lá<br />

to e muito bem conserva- caberiam, pelo menos, três novas<br />

do pela igreja. De linda e modernas salas.<br />

arquitetura art déco, é<br />

impressionante o lustre<br />

ORLY<br />

em forma de olho na sala<br />

de exibição. A devolução<br />

deste cinema à população<br />

passou a ser uma questão<br />

de honra à memória cultural<br />

da cidade.<br />

Inaugurado em 1935 e pequeno para os padrões da época, este<br />

cinema teve vários nomes antes de virar Orly, em 1974. Situado<br />

num subsolo ao lado do Teatro Dulcina, o cinema nunca teve<br />

boa reputação. Após reformas na década de 80, passou por um<br />

processo de elitização ao exibir filmes de arte. A iniciativa não<br />

perdurou e caiu definitivamente no esquema pornô, funcionando<br />

até hoje em condições insalubres. Acredito que o espaço,<br />

após ampla reforma, daria um ótimo cinema alternativo.<br />

ÍRIS<br />

É louvável o esforço de seus proprietários<br />

em manter este lindo cinema,<br />

o mais antigo do Brasil em<br />

funcionamento. Com a mesma arquitetura<br />

desde 1921, sua deslumbrante<br />

fachada chama a atenção de<br />

quem passa em frente. Adepto do<br />

esquema pornô, a péssima frequência<br />

também assusta. Há, inclusive,<br />

shows de strip tease ao vivo. A importância<br />

deste cinema na história do<br />

Rio parece não surtir o menor efeito<br />

às autoridades: o descaso é total!<br />

REX<br />

Assim como o Cine Plaza, virou um “poeira”<br />

com o decorrer dos anos. Este enorme<br />

cinema, inaugurado em 1934 com 1900<br />

lugares, passou a exibir a partir dos anos<br />

70, a famosa programação dupla: quase<br />

sempre um filme de Kung Fu e outro<br />

picante. Em meados dos anos 80 adotou<br />

a solução pornô e continua funcionando<br />

até hoje em condições deploráveis. Muito<br />

bem situado ao lado do Teatro Rival, o espaço<br />

é tão grande que dariam, pelo menos,<br />

quatro modernas salas.


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PREVIEW<br />

A tradicionalíssima CELESTE, apresentou<br />

uma preview da moda primavera-verão<br />

2013, num belíssimo desfile em sua loja em<br />

<strong>Copacabana</strong>, pontuado por novidades. Aliás,<br />

é mais que uma loja, é um ponto fashion onde<br />

as mulheres se encontram para saber das novidades,<br />

degustar um cafezinho e ficar “up to<br />

date” com a moda.<br />

Num ambiente amplo, bonito e confortável,<br />

a CELESTE apresentou roupas atualíssimas<br />

que vestem mulheres de todas as idades.<br />

Seus modelos, são cuidadosamente escolhidos<br />

e inter-cambiáveis, atendendo a clientela.<br />

Sempre em sintonia com o mundo contemporâneo,<br />

reafirmando sua postura de preocupação<br />

com o meio ambiente, traz em sua<br />

nova coleção tecidos ecologicamente corretos,<br />

com fibras e tinturas naturais.<br />

O desfile, de umas 50 peças, apresentou<br />

uma variedade de modelos que transitavam<br />

por vários estilos, e iam do casual às roupas<br />

de festas.<br />

A “Foulard Print” ou a estampa-lenço,<br />

muito badalada nas principais grifes internacionais<br />

como Gucci, Emilio Pucci e Dolce<br />

& Gabana, e seguindo tal tendência, esta padronagem<br />

teve uma forte presença no desfile<br />

da CELESTE, e promete ser um dos “hits”<br />

da moda desse verão. É destaque em belas<br />

pantalonas, blusas e vestidos, tudo em tecidos<br />

leves e confortáveis.<br />

Para quem procura um estilo “casual” há,<br />

entre outros, uma variedade de jeans de ótima<br />

qualidade, no estilo clássico com corte reto,<br />

ou “flair”, todas com a cintura no lugar. Para<br />

acompanhar, uma primorosa camisaria de finíssimo<br />

acabamento e cheia de detalhes com<br />

punhos e golas trabalhadas em renda ou estampas<br />

contrastantes, esbanjando estilo, bom<br />

gosto e elegância. Os tecidos são nobres e tecnológicos,<br />

acompanhando as tendências do<br />

mundo da moda atual. Além disso, há bermudas<br />

para serem usadas com camisetas e blusas<br />

com lindas estampas florais em policromia,<br />

ideais para o dia a dia.<br />

Especial destaque vai para os “spencers”<br />

de mangas curtas, com estampas florais suaves,<br />

uma graça, ideais para compor e valorizar<br />

uma roupa.<br />

Outras peças básicas para atualizar seu<br />

guarda roupa com um visual chic-despojado,<br />

são as saias longas em tons neutros, em corte<br />

reto, evasê, godê ou com recortes assimétricos.<br />

Se completam com blusas, com ou sem<br />

CELESTE<br />

PRIMAVERA-VERÃO<br />

mangas, com aplicações e bordados, ou ainda<br />

com camisetas.<br />

Os vestidos, são peças chave para o calor!<br />

A variedade é enorme e para todos os gostos:<br />

desde o “tubinho” ao longo, em diversos<br />

comprimentos. Do monocromático ao animal<br />

print às estampas florais com grandes e vistosos<br />

hibiscus, e às ricas estampas tropicais que<br />

alternavam cores fortes com tons suaves. Uma<br />

gama de cores, que incluiu degrades, com detalhes<br />

vibrantes fazendo um look alegre e descontraído<br />

para a temporada primavera-verão.<br />

A assimetria nos decotes, valorizados por<br />

ferragens nobres, destacando o colo, causou<br />

um frisson no desfile. Muito criativos os vestidos<br />

com arrojados decotes nas costas todos<br />

trabalhados com entrelaçamentos.<br />

A renda, outro clássico da temporada,<br />

pode dar um ar romântico aos vestidos e blusas<br />

desfilados ou um ar mais sexy quando a<br />

renda era vazada nos decotes, na cintura ou<br />

nas costas, uma ousadia na medida certa. A<br />

renda marcou presença forte tanto nos detalhes<br />

como em peças inteiras, como os delicados<br />

vestidos em tom pastel com forro em cor<br />

contrastante, dando um toque de sofisticação.<br />

Muitos vestidos apresentados traziam um<br />

mix de texturas com recortes em renda cheios<br />

de referência aos anos 60, destacando à silhueta<br />

feminina. Detalhe também para o zíper<br />

aparente, um toque de contemporaneidade.<br />

Para a “night”, e ocasiões especiais, o<br />

pretinho básico veio reinventado com recortes<br />

em renda vazada, deixando ver a pele,<br />

imprimindo uma sensualidade sem exageros.<br />

Ou traziam os decotes com belos rebordados<br />

com paetês que dão brilho ao rosto. Dentro da<br />

gama mais sofisticada encontramos blusas em<br />

Lurex com aplicações de cristais, Um luxo!<br />

Os acessórios foram um capitulo a parte.<br />

Bolsas e sapatos muito classudos dentro da<br />

tendência atual, valorizados pelas belas ferragens<br />

e criados para compor a coleção primavera-verão<br />

num look chic e elegante, comprovando<br />

que a CELESTE é a loja onde você<br />

encontra tudo que precisa para sair pronta!<br />

O público prestigiou e lotou o desfile, reafirmando-se<br />

como uma loja cheia de estilo<br />

que vai ao encontro do gosto da sua clientela.<br />

A CELESTE é um espaço para mulheres<br />

antenadas, que têm atitude e bom gosto, que<br />

adoram novidades, mas sempre priorizando a<br />

qualidade. É uma referência à moda feminina,<br />

a cara da mulher carioca.<br />

<strong>Copacabana</strong>: Rua Raimundo Correa, 19. Tel: 2235-5662<br />

Tijuca: Rua Conde de Bonfim, 468. Tel: 2278-0665


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16 ANUNCIE: 2549-1284 / copa@jornalcopacabana.com.br<br />

Virgílio Rocha e o galerista Artur Fidalgo.<br />

O artista Danilo Ribeiro expôs seus quadros.<br />

ArtRio 2012<br />

Theatro NetRio e seus hostess<br />

Os hostess do Theatro NetRio. Um charme a mais.<br />

Sucesso de público<br />

e negócios, a feira de<br />

arte contou com a Artur<br />

Fidalgo Galeria, de arte<br />

contemporânea, representando<br />

o nosso bairro!<br />

Uma das atrações do<br />

espaço ficou por conta<br />

do artista Franklin Cassaro<br />

(abaixo), que apresentou<br />

seus trabalhos ao<br />

vivo, atraindo a atenção<br />

dos frequentadores que<br />

lotaram o estande.<br />

Se deu liga me liga<br />

samba venceu no Bloco Folia do Galo<br />

Os jurados: Paulo Roberto, Cláudio Pinheiro (ambos da Banda de Ipanema), Virgilio<br />

Rocha (<strong>Jornal</strong> <strong>Copacabana</strong>), o Presidente do bloco Paulo Cabral e o Diretor do bloco e<br />

representante da STAM, Carlos Pêssoa.<br />

Foi realizada a escolha do samba do Bloco Folia do Galo<br />

para o Carnaval de 2013, em <strong>Copacabana</strong>. O samba vencedor<br />

foi “Se deu liga me liga”, de Marcelo, Eliane e Feife.<br />

O tema escolhido foi uma homenagem a patrocinadora do<br />

Bloco, STAM - Fechaduras e Cadeados - empresa de Friburgo,<br />

e o desfile será no domingo de Carnaval, concentrando<br />

a partir das 13h na Rua Júlio de Castilho esquina com Raul<br />

Pompéia.<br />

Comemoração<br />

A colunista, Virgilio Rocha (<strong>Jornal</strong> <strong>Copacabana</strong>), Carla Valadão (Versátil) e Ramoa<br />

(Biscuit) na festa da Versátil Comunicação e aniversário de Carla.


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SCAF PRINT<br />

A nova tendência<br />

A nova sensação da moda<br />

primavera-verão é a estampa<br />

lenço, ou “scarf print” como<br />

também é chamada e que já<br />

vem colorindo e marcando<br />

presença nas principais passarelas<br />

do mundo. Foi o grande<br />

“hit” dos últimos desfiles. A<br />

marca “Dolce & Gabana”,<br />

por exemplo, apostou todas<br />

as fichas nessas padronagens,<br />

e chegou a fazer um<br />

desfile inteiro só com as<br />

estampas que remetem aos<br />

lenços criados por Emilio<br />

Pucci nos anos 60. Foi o<br />

suficiente para virar febre<br />

no mundo da moda. Quase<br />

todos os itens do vestuário,<br />

bolsas, cintos, shorts, e até<br />

sapatos, ganharam agora<br />

esse padrão. Posso afirmar<br />

que é uma tendência<br />

que se firmou: é um chic<br />

e elegante moderno com<br />

um ar vintage.<br />

Cores alegres se misturam com vários<br />

tons fortes, verde esmeralda, azul royal e<br />

amarelo-ouro, com muita criatividade formando<br />

padrões harmônicos de muita beleza.<br />

As padronagens passeiam com grande<br />

desenvoltura pelos anos 70 reavivando o<br />

“pesley” indiano, os ares ciganos, o “animal<br />

print” e os deslumbrantes padrões barrocos.<br />

Glamour e elegância pontuam essas<br />

coleções.<br />

O “scarf Print” possui estampas grandes,<br />

vistosas, chamativas no melhor estilo<br />

Versace, e, certamente, você não passará<br />

despercebida usando um longo com esses<br />

“lenços”. Como são estampas que agregam<br />

volume em alguns casos, é necessário aten-<br />

tar para alguns detalhes para não criar uma<br />

distorção na silhueta. Use, de preferência,<br />

com um cinto largo ou faixa de seda para<br />

marcar bem a cintura e harmonizar melhor<br />

o look.<br />

Você também poderá usar o “scarf<br />

print” só nos acessórios e compor o resto<br />

do look com peças monocromáticas. Eis<br />

uma boa opção para as mais discretas ou<br />

para ser usado no ambiente de trabalho.<br />

A estampa traduz o equilíbrio perfeito<br />

entre elegância, harmonia de cores e simetria<br />

num traço que conjuga luxo e exuberância.<br />

Um look o qual as celebridades,<br />

como Beyoncé, dentre outras, já aderiram.<br />

Só falta você!<br />

MANIA DE MUSEUS<br />

INVADE A CIDADE<br />

De repente, não mais do que de repente,<br />

uma nova mania tomou conta das chamadas<br />

autoridades culturais carioca: transformar<br />

em museus qualquer construção histórica e,<br />

indo mais além, apresentando arrojados projetos<br />

arquitetônicos para abrir novos museus<br />

numa cidade onde esse mesmo governo deixa<br />

(ou deixou) morrer à míngua uma série<br />

deles. Afinal, alguém já viu algum governador,<br />

prefeito ou secretário de cultura estadual<br />

nos museus cariocas visitando alguma exposição<br />

ou participando de debates sobre arte?<br />

Começa por ai.<br />

E notem que o Rio de Janeiro já contou,<br />

sob responsabilidade do Estado, inúmeros<br />

museus temáticos que gradativamente foram<br />

deixando a cena melancolicamente. Por motivos<br />

vários: falta de pessoal técnico especializado,<br />

verbas para conservação (não falo nem<br />

de aquisição de obras, pois isso nunca existiu<br />

na política governamental), enfim, um a um<br />

deixaram de existir sem que nenhum grito<br />

de protesto seja conhecido. Nem dos artistas<br />

nem do público.<br />

Mas também qual é o público que freqüenta<br />

museu no Rio. O nativo da terra não<br />

é; o turista tampouco uma vez que O Rio é<br />

vendido lá fora como a terra de carnaval, futebol<br />

e praias. E uma verdade: o que é que<br />

ele vai fazer num museu carioca quando a<br />

maioria sequer tem uma cantina decente, uma<br />

lojinha de lembranças, bancos nas salas de<br />

exposição, etc.<br />

Um exemplo: numa quinta-feira recente,<br />

às 15:30, acompanhei uma amiga ao Museu<br />

Nacional de Belas Artes que, justiça seja feita,<br />

melhorou muitíssimo o nível de suas exposições<br />

e os espaços estavam literalmente vazios;<br />

ou melhor, apenas nós dois éramos os<br />

únicos visitantes.<br />

Como o MNBA outros tantos museus<br />

cariocas vivem à míngua de público, mes-<br />

mo aqueles assinados por arquitetos famosos,<br />

como o Museu de Arte Contemporânea<br />

de Niterói e o Museu de Arte Moderna, que<br />

só despertam atenção quando vêem de fora<br />

exposições de grandes nomes da História da<br />

Arte e assim mesmo quando divulgadas pela<br />

televisão. Como a imprensa atual dá pouca<br />

mídia ao assunto preferindo à Arte a culinárias<br />

– já notaram como cada vez mais a cozinha<br />

ocupa os espaços dos nossos jornais e<br />

revistas?<br />

Museus são instrumentos de cultura uma<br />

vez que neles são conservadas as nossa memória<br />

seja do passado ou do presente, ou,<br />

como querem agora, do futuro – se é que<br />

possamos estruturar ou perscrutar o que nos<br />

reserva o futuro.<br />

Para piorar a situação, mesmo quando<br />

os acervos particulares são cedidos em<br />

comodato frequentemente acontecem catástrofes,<br />

como o caso recente da Coleção<br />

Jean Boghici que uma parte iria para o novo<br />

Museu de Arte Brasileira, na Praça Mauá,<br />

já que ele ainda não divulgou qual será seu<br />

acervo próprio, ou indo mais longe, o lamentável<br />

incêndio do Museu de Arte Moderna,<br />

1978, que praticamente destruiu a<br />

maioria das obras do pintor uruguaio Torres<br />

Garcia e de uma dezena de artistas brasileiros,<br />

que sequer foram recompensados<br />

financeiramente pela perda de suas obras.<br />

Como se sabe, o seguro contra incêndio do<br />

MAM estava a descoberto há anos.<br />

O que é preciso salientar nessa nova onda<br />

museológica: os Centros Culturais instalados<br />

na cidade e patrocinados pelas grandes empresas<br />

como o Banco do Brasil, Caixa Econômica<br />

e Correios, além de fartas verbas e com<br />

programação de alto nível demonstram, sim,<br />

que eles estão fazendo pela cultura carioca o<br />

que nunca um museu sob responsabilidade do<br />

estado fez ou tentou fazer. Essa é a verdade.


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Nunca mais aquele cãozarrão nos esperando<br />

no topo da escada, latindo com uma<br />

expressão feliz e olhos arregalados. Os<br />

olhos amarelos que a gente tanto gostava.<br />

Nunca mais aqueles pelos<br />

“cheirosos” ficando nas<br />

nossas mãos e nas nossas<br />

roupas quando ele se arrastava<br />

na gente, doido por um<br />

carinho, ou a “neve” de pelos<br />

que cobria o chão da sala<br />

quando ele, apesar de saber<br />

que não podia, se esgueirava<br />

para dentro.<br />

O pastor canadense, com<br />

os pelos densos amarelados<br />

pelo sol, o tamanho descomunal<br />

e as orelhas triangulares,<br />

erguidas o tempo todo, se foi.<br />

Hunter se foi sem sofrer,<br />

sem dar trabalho a ninguém,<br />

sem um longo calvário de<br />

alguma doença. Partiu assim, de repente, em<br />

uma noite comum. Partiu na presença da família,<br />

sentiu que estava protegido, que podia<br />

relaxar e ir para onde tinha que ir. Sim, porque<br />

ele tinha que ir, a idade estava se tornando<br />

impossível, e a vida não é infinita.<br />

Eu gosto de pensar que agora ele está correndo<br />

ao lado da Lua, sua grande companhei-<br />

Hunter<br />

ra que partiu antes dele. Devem estar correndo<br />

sob os olhares do Bull – o mais bonito<br />

de todos – que, agora, não briga mais com o<br />

pai. Hunter, Lua e Bull, juntos, correndo em<br />

algum lugar...<br />

No mesmo dia - aliás<br />

madrugada - em que Hunter<br />

partia, nove filhotes nasciam.<br />

Na mesma casa, há<br />

dez metros de distância.<br />

Cada um tem sua crença,<br />

muitos dirão que se trata<br />

de simples coincidência,<br />

outros dirão que é destino,<br />

ou obra de uma força superior.<br />

Longe de mim dizer o<br />

que é certo ou errado, mas<br />

que foi um fato simbólico,<br />

isso é inegável. Foi o ciclo<br />

da vida que se evidenciou.<br />

O nascimento no mesmo<br />

dia da morte, o começo de<br />

uma vida – ou no caso nove – no mesmo<br />

momento do final de outra. Vida e morte,<br />

lados opostos de uma mesma moeda. Negar<br />

um é negar o outro.<br />

Só nos resta aceitar aquilo que não podemos<br />

mudar ou controlar, e compreender que<br />

é parte de um ciclo natural. O ciclo da vida.<br />

Grande abraço e até a próxima.


um jeito diferente de fazer jornal de bairro ANUNCIE: 2549-1284 / copa@jornalcopacabana.com.br 19<br />

Áries: 21/03 à 20/04 - Signo do<br />

elemento fogo, Áries tem como<br />

planeta regente Marte, o Deus da<br />

guerra, que lhe dá a forte de que<br />

precisa para enfrentar e vencer<br />

todos os desafios. Impetuoso e<br />

impulsivo, você segue sempre em<br />

frente. Este mês você obterá grande<br />

fortuna. Arrisque na loteria.<br />

Touro: 21/04 à 20/05 - Signo do<br />

elemento terra, touro tem como<br />

planeta regente Vênus, a deusa do<br />

amor e da harmonia, que lhe empresta<br />

otimismo necessário para<br />

vencer todas as crises. Perseverante<br />

você nunca foge de seus propósitos<br />

e nem das responsabilidades.<br />

Devido à Venus, esse mês será de<br />

casamentos e relacionado ao amor.<br />

Gêmeos: 21/05 à 20/06 - Signo<br />

do elemento Ar, gêmeos tem<br />

como planeta regente Mercúrio,<br />

o mensageiro dos deuses, que<br />

lhe dá energia mental e intelectual<br />

para analisar todos os lados<br />

de qualquer questão. Você é, sem<br />

dúvida, um grande diplomata e<br />

ótimo comerciante. Terá mudanças<br />

positivas.<br />

Câncer: 21/06 à 21/07 - Signo do<br />

elemento água, Câncer tem como<br />

astro regente a Lua, a deusa da<br />

maternidade, que lhe proporciona<br />

um agradável convívio familiar.<br />

Paciente e compreensivo, você<br />

ainda tem a seu favor uma grande<br />

intuição e mediunidade. Aproveite!<br />

Viagens à vista.<br />

Leão: 22/07 à 22/08 - Signo do<br />

elemento fogo, Leão tem como<br />

astro regente o Sol, que o faz<br />

brilhar intensamente, e até sem<br />

querer ofusca os outros. Companheiro<br />

fiel e dedicado, o leonino<br />

é capaz de relacionamentos intensos,<br />

calorosos e fiéis. Aproveite a<br />

boa fase de dinheiro, mas cuidado,<br />

não empreste demais.<br />

Virgem: 23/08 à 22/09 - Signo<br />

do elemento terra, Virgem tem<br />

como planeta regente Mercúrio,<br />

que lhe garante inteligência e<br />

precisão. Meticuloso e crítico por<br />

excelência, você é muito exigente<br />

consigo e com as outras pessoas,<br />

por isso, procure ser mais maleável,<br />

dengoso e se vista bem.<br />

Previsões<br />

Libra: 23/09 à 22/10 - Signo do<br />

elemento Ar, Libra tem como<br />

planeta regente Vênus, que lhe<br />

propicia energia para a arte e o<br />

amor. Com sua natural diplomacia,<br />

você age de modo apaziguador,<br />

buscando semear a paz no<br />

ambiente em que vive. Diana, a<br />

deusa da caça, vai trazer fortuna<br />

e melhorias. Tenha certeza.<br />

Escorpião: 23/10 à 21/11 - Signo<br />

do elemento água, escorpião tem<br />

como planeta regente Plutão, o<br />

que mora na escuridão, o mensageiro<br />

do cosmo. Isso o faz genial<br />

e briguento. Dono de uma incrível<br />

capacidade para trabalhar<br />

e fazer valer seus argumentos.<br />

Tome cuidado com os gastos esse<br />

mês, economize!<br />

Sagitário: 20/11 à 21/12 - Signo<br />

do elemento fogo, sagitário tem<br />

como planeta regente Júpiter.<br />

Uma nova fase está para começar.<br />

E sua felicidade vai depender<br />

de você saber se adaptar às novidades.<br />

Não adianta adiar o que é<br />

inevitável. Enfrente logo os problemas.<br />

Capricórnio: 22/12 à 20/01 -<br />

Signo do elemento terra, Capricórnio<br />

tem como planeta regente<br />

Saturno, o deus do tempo. Determinação<br />

e perseverança são palavras<br />

chave na sua vida, e você<br />

não mede nem tempo nem esforços<br />

para realizar seus sonhos. Período<br />

bom e de muita sorte. Um<br />

amor novo o fará feliz.<br />

Aquário: 21/01 à 19/02 - Signo<br />

do elemento Ar, Aquário tem<br />

como planeta regente Urano, que<br />

simboliza a energia do futuro.<br />

Arauto de uma nova era, você<br />

sempre se destaca pelo espírito<br />

inovador e pelas ideias avançadas<br />

e criativas. Terá muitas surpresas<br />

e alegrias. Novos amigos<br />

também.<br />

Peixes: 20/02 à 20/03 - Signo do<br />

elemento água, Peixes tem como<br />

planeta regente Netuno, que lhe dá<br />

força espiritual e inspiração divina.<br />

Romântico e místico, você dificilmente<br />

vive a realidade e prefere<br />

vagar por mundos idealizados.<br />

Mas tenha fé acima de tudo.<br />

Acervo Paradise Videolocadora<br />

Em que filme...<br />

Novidades<br />

4.RODRIGO SANTORO é um asqueroso personagem<br />

cafetão viciado em anfetaminas?<br />

1.MEGAN<br />

FOX tem asas<br />

de anjo e deixa<br />

Mickey Rourke<br />

atento?<br />

2.EMILY<br />

BROWNING<br />

tem vários<br />

empregos e<br />

um deles bem<br />

inusitado?<br />

3.FERNANDO<br />

CEYLÃO aparece<br />

fantasiado de<br />

super heroi num<br />

baile do passado?<br />

1.Homem do Futuro, de Claudio Torres / 2.Reis e Ratos, de Mauro Lima / 3.Beleza Adormecida, de Julia Leigh / 4.O Anjo do Desejo<br />

de Mitch Glazer.


20<br />

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