edição 208 impresso pdf - Jornal Copacabana
edição 208 impresso pdf - Jornal Copacabana
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Ano XVII - 20/09/12 - 20/10/12 - distribuição dirigida e gratuita www.jornalcopacabana.com.br<br />
Páginas 14 e 15<br />
#<strong>208</strong><br />
Fala Vizinho<br />
Danilo Caymmi<br />
Páginas 8 e 9
2<br />
ANUNCIE: 2549-1284 / copa@jornalcopacabana.com.br<br />
Mudança histórica<br />
Estamos assistindo a um dos maiores<br />
eventos históricos da república, em tempo<br />
real, pela televisão: o julgamento, pelo<br />
STF, dos réus da Ação Penal 470, o chamado<br />
Mensalão.<br />
Importa a pena que os réus terão, mas<br />
o mais importante é que a republica, a democracia<br />
e a sociedade brasileiras sairão<br />
fortalecidas.<br />
Acostumamo-nos a ver os casos mais<br />
escabrosos de corrupção na política ficarem<br />
impunes ou caírem no esquecimento,<br />
parecia-nos que a corrupção era parte integrante<br />
da prática política, e que deveríamos<br />
aceitá-la. Este argumento inclusive foi<br />
utilizado pelo ex-presidente Lula, quando<br />
disse que o ocorrido foi “caixa dois” de<br />
campanha e isto sempre teve na política.<br />
Assistimos todos os passos, desde a denúncia<br />
feita por Roberto Jefferson, e as sucessivas<br />
negações feitas pelos implicados,<br />
todos ocupando altos cargos no executivo<br />
e no legislativo do governo federal, e, é<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Copacabana</strong><br />
twitter.com/<strong>Jornal</strong>Copa<br />
www.jornalcopacabana.com.br<br />
www.migpublicidade.com.br<br />
Coloque seu vídeo gratuitamente em:<br />
Mediante aprovação<br />
www.jornalcopacabanatv.com.br<br />
www.ipanemaleblon.tv.br<br />
Expediente<br />
O primeiro <strong>Jornal</strong> de <strong>Copacabana</strong> a serviço do bairro. Fundado em fevereiro de 1996<br />
25 mil exemplares<br />
Nossos colaboradores não possuem obrigações<br />
de horário ou continuidade, não mantendo<br />
nenhum vínculo empregatício com esse <strong>Jornal</strong>,<br />
em consonância com a Lei de Imprensa<br />
5250/67. Os conceitos emitidos pelos colunistas<br />
e matérias assinadas são de inteira responsabilidade<br />
dos mesmos.<br />
Visite:<br />
claro, todos pensavam que mais uma vez<br />
o crime compensaria e os envolvidos acabariam<br />
por safarem-se dos braços da Lei.<br />
Felizmente encontramos servidores<br />
públicos dedicados, e acima de tudo, uma<br />
imprensa livre, que mesmo sofrendo ameaças<br />
de represálias e tentativas de cerceamento<br />
através de “conselhos de imprensa<br />
e mídia” sugeridos justamente por pessoas<br />
hoje respondendo ao processo no STF,<br />
souberam realizar livremente sua missão e<br />
trabalho.<br />
Podemos acompanhar os ministros do<br />
STF, de forma cabal, e irrefutável, construírem<br />
e demonstrarem o leque de crimes cometidos<br />
ao longo de anos e anos no centro<br />
do poder público maior, em Brasília.<br />
Ainda surgirão mais fatos, mas de uma<br />
coisa temos certeza: o Brasil, as instituições<br />
e a sociedade sairão maiores depois<br />
deste episódio.<br />
O que se refletirá em toda a sociedade,<br />
inclusive a de <strong>Copacabana</strong>.<br />
Diretora Presidente - Márcia Araujo JP-24826 RJ<br />
Editora - Renata Moreira Lima Mtb: 26977-RJ<br />
Diretor Comercial - Virgílio Rocha<br />
Conselho Editorial - Fernando Polónia /<br />
Paulo Magoulas<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Copacabana</strong> é uma publicação da Mig Editora e Publicidade Ltda<br />
Caixa Postal: 10898 CEP: 22020-970<br />
2549-1284 / 8896-0531 - copa@jornalcopacabana.com.br<br />
Barracos em <strong>Copacabana</strong><br />
Fui consultar o Aurélio para ter certeza,<br />
antes de falar sem propriedade sobre a diferença<br />
entre barraca e barraco. Não tem.<br />
É tudo a mesma coisa.<br />
Barraca e barraco têm vários significados:<br />
Construção provisória para abrigo, geralmente<br />
feita de madeira ou de lona, casa muito ordinária,<br />
grande guarda-chuva de pano azul,<br />
tenda, situação embaraçosa, confusão, desentendimento,<br />
bronca. Armar barraca: causar<br />
discussão ou espalhafato. E dar barraca:<br />
não ser bem-sucedido, cometer erros.<br />
Todos eles me servem quando falo de<br />
<strong>Copacabana</strong>.<br />
Gente, como <strong>Copacabana</strong> ficou feia...<br />
Para qualquer esquina que se olhe é barraca,<br />
tendinha, biboca, tabuleiro, lona estendida<br />
no chão, um camelódromo improvisado<br />
que vende de tudo na porta das lojas<br />
que levam seu trabalho a sério e nas quais<br />
mal se pode entrar.<br />
Economia informal, dizem. Economia<br />
infernal, rebato. Pois ela é o produto perfeito<br />
do diabo de economia que este país<br />
anda aplaudindo, sem medir as consequências<br />
da falta de investimentos na Educação,<br />
na Saúde, na Cidadania, e que vem<br />
levando tanta gente boa ao sustento improvisado<br />
pela falta de opção.<br />
Se tem Guarda Municipal para coibir?<br />
Ah, tem. Mas é justo ver a correria dos camelôs<br />
quando “lá vem o rapa”? É justo que<br />
apreendam as mercadorias, joguem tudo<br />
nas kombis e sabe-se lá o que vão fazer<br />
com elas? Covardia. Camelô é gente tentando<br />
ganhar a vida.<br />
Ok. <strong>Copacabana</strong> não é mais aquela, com<br />
suas belas vitrines, lojas de padrão internacional,<br />
senhoras elegantes que depois das<br />
compras tomavam chá na Colombo ao som<br />
de violinos. Nossa Senhora de <strong>Copacabana</strong><br />
deve chorar de vergonha com o comércio de<br />
R$1,99, os depósitos de fábrica, as portinhas<br />
de roupa de 5ª. categoria. Mas a Prefeitura<br />
n Com a quantidade de<br />
pombos em Copa. Risco de<br />
doença no ar. Anticoncepcional<br />
neles!<br />
n Com as caras sorridentes<br />
dos candidatos às<br />
próximas eleições. Tão rindo<br />
do que mesmo, heim?<br />
n Com a poeira das<br />
obras da CEG. Dá para<br />
limpar a rua ou vão pagar a<br />
CORTANDO OS PULSOS...<br />
lavagem do meu carro?<br />
n Com a Ladeira dos<br />
Cacajaras. O que tem de<br />
cocô de cachorro nas calçadas<br />
é sujeira com os pedestres.<br />
n Com tanto Parabéns<br />
prá você nas escolas do<br />
bairro. Dá para celebrar todos<br />
juntos um dia só?<br />
n E se cantassem o<br />
não quer nem saber. Deixou <strong>Copacabana</strong> virar<br />
um mercadão, quando podia ter feito exigências<br />
básicas para as lojas de ruas como<br />
acontece em tantos lugares do mundo.<br />
É preciso achar uma alternativa para o<br />
comércio informal. Não estou aqui fazendo<br />
uma apologia do camelódromo chic.<br />
Mas não vejo por que não defender uma<br />
solução padronizada, oferecida a quem deseje<br />
se estabelecer legalmente. O que não<br />
pode é continuar essa ocupação miserável<br />
das calçadas, na base do barraco (ou barraca)<br />
de improviso, verdadeiras monstruosidades<br />
que reduzem o camelô ao lixo por<br />
sobrevivência.<br />
Exemplo? Vejam o que é aquela feira de<br />
artesanato na ilha central da Avenida Atlântica<br />
e depois me digam se estou ou não com a<br />
razão. E bem nas barbas dos turistas.<br />
<strong>Copacabana</strong> é o pedaço mais visível<br />
deste belo universo que é o Rio de Janeiro.<br />
Talvez o mais lembrado lá fora e o mais<br />
esquecido aqui dentro. Isso é no mínimo,<br />
embaraçoso para a cidade.<br />
Acabei de armar aqui o meu barraco<br />
contra o descaso com o nosso bairro,<br />
para que sirva de alerta a quem de direito e<br />
dever, às vésperas de tantos eventos mundiais<br />
que a cidade vai abraçar.<br />
Prefeito, acorda!<br />
Pare de dar barraca à toa e trate de salvar.<br />
Hino Nacional uma vez por<br />
semana? Bom para a Moral<br />
e a Cívica...<br />
n Com as topadas nas<br />
taxas de ferro das BRTs<br />
e ciclovias. Ninguém faz<br />
nada?<br />
n Comigo, que não estou<br />
me aguentando hoje de<br />
tanto reclamar. Vai amar<br />
Copa assim na... praia!
um jeito diferente de fazer jornal de bairro ANUNCIE: 2549-1284 / copa@jornalcopacabana.com.br 3<br />
Envie fotos, sugestões, elogios, críticas<br />
publicaremos aqui, no seu <strong>Jornal</strong> <strong>Copacabana</strong><br />
Fala Vizinho!<br />
Oportuna a entrevista com o galerista Artur<br />
Fidalgo.<br />
O Shopping Cidade <strong>Copacabana</strong> está cada<br />
vez melhor! Parabéns!<br />
Beatriz Magalhães@<br />
Cinemas<br />
Gostei da continuação da série Cinemas<br />
de <strong>Copacabana</strong>. Já havia reparado que faltaram<br />
alguns, mas agora veio completo!<br />
Vida longa aos cinemas de rua!<br />
Virginia Silva@<br />
Cinemas II<br />
Interessante a página sobre os cinemas de<br />
<strong>Copacabana</strong>. Vi a segunda, corri atrás e<br />
achei o <strong>Jornal</strong> com a primeira.<br />
Que tal fazerem Cinelândia e Tijuca, ambos<br />
foram centros de referência em cinemas.<br />
Ricardo Vila@<br />
Mãos limpas<br />
Nas esquinas populares já se nota aquele<br />
cumprimento de candidatos aos transeuntes<br />
sem ao mesmo saberem se mãos estão<br />
limpas? Uns dizem sou esse tal político<br />
ou fiz isso e aquilo, mas não averiguam as<br />
mazelas de <strong>Copacabana</strong>. O bairro tem 80<br />
mil idosos e nunca deram importância ao<br />
mau trânsito! Veículos pesam mais de uma<br />
tonelada e seres humanos nem 100 quilos,<br />
porém veículos não param nas faixas dos<br />
pedestres, avançam sinais e param irregularmente<br />
nas esquinas. “...”Então será que<br />
o apoio ao atual prefeito na base do “oba<br />
somos aliados” condiz com a realidade?<br />
Quantos partidos nada fizeram ou possuem<br />
membros cassados, ou beneficiados pela lei<br />
da impunidade ou ainda tem políticos não<br />
eleitos respondendo processos? A culpa é<br />
dos jornais que não noticiam esses assuntos<br />
prontamente. Mas já estão fazendo pesquisas<br />
para descobrir em quem vão votar cujo<br />
intuito é saber se continuarão na mamata e<br />
na continuidade de obras superfaturadas de<br />
caixa 2 e do famoso “por fora”.<br />
Julio Carvalho@ <strong>Copacabana</strong><br />
Desordem Urbana<br />
Até quando teremos que aguentar a Feira<br />
da Av. Atlântica?<br />
É medonho!<br />
Enfeia, é suja e os trabalhos artesanais são<br />
no mínimo, de gosto duvidoso.<br />
E o nossos impostos $$$$!<br />
Vânia@<br />
Casa Dercy Gonçalves<br />
Tendo sabido, por amigos, sobre o Projeto<br />
Casas de Convivência e Lazer da Secretaria<br />
Especial de Envelhecimento Saudável e<br />
Qualidade de Vida (SESQV), da Prefeitura<br />
Rio, resolvi conhecê-las, no intuito de participar<br />
de alguma atividade por elas oferecidas.<br />
Na de Botafogo - Casa Padre Velloso<br />
- fui bem atendida, entretanto, como moro<br />
em <strong>Copacabana</strong>, tentei localizar uma mais<br />
próxima de minha residência, que seria a<br />
Casa Dercy Gonçalves. Esta última, por ficar<br />
localizada na Lagoa, ofereceria sistema<br />
de transporte de van, do ponto do terminal<br />
do Metrô Cantagalo, na Pça. Eugênio<br />
Jardim, até o local - Av. Epitácio Pessoa,<br />
3000, Parque da Catacumba. Aí começou o<br />
meu calvário de espera e frustração.<br />
Antes de sair de casa, telefonei para o local<br />
- 2535-7557 e me foi informado, pela<br />
funcionária Carina, que uma van de cor<br />
branca, com logotipo da Prefeitura Rio,<br />
passava nos seguintes horários: 8:00, 9:00,<br />
10:00, 11:00 e, à tarde, 14:00, 15:00, 16:00,<br />
próximo à saída do Metrô Cantagalo. Pois<br />
bem. Cheguei às 14:45, na minúscula Pça<br />
Eugênio Jardim e, mesmo tendo ligado<br />
por duas vezes para saber se a van viria no<br />
horário das 15:00, foi-me informado que a<br />
mesma já havia saído de lá e que passaria<br />
com certeza. Às 15:20, tendo observado<br />
bem que não apareceu van alguma, liguei<br />
novamente para o local e, foi-me informado<br />
que todas as pessoas já haviam chegado<br />
e que estavam se confraternizando em um<br />
lanche. Tomei um táxi até o endereço da<br />
dita Casa de Convivência, para investigar<br />
sobre esta “van fantasma e surreal” e, realmente<br />
constatei que havia uma, parada no<br />
estacionamento, que entretanto, não portava<br />
nenhum logotipo da Prefeitura Rio.<br />
Mesmo assim, observando as características<br />
da mesma e, estando eu parada na minúscula<br />
Pça Eugênio Jardim, não haveria<br />
como não perceber uma van branca e alta,<br />
com listras azul e vermelha na carroceria.<br />
Informo que, em nenhum momento houve<br />
uma explicação razoável, por parte dos<br />
funcionários do local, para o não comparecimento<br />
da van no horário informado. (...)<br />
Lamento, profundamente, o descaso e o<br />
despreparo dos funcionários da Casa de<br />
Convivência e Lazer Dercy Gonçalves,<br />
deixando aqui o meu protesto, para que<br />
outros idosos, como eu, não passem pelo<br />
mesmo constrangimento.<br />
Dirce Motta@<br />
Participe!<br />
O Shopping 680, Edificio Central <strong>Copacabana</strong>, é uma referência em lojas, escritórios<br />
consultórios e cabelereiros de <strong>Copacabana</strong> e a reabertura do Cine Joia com programação<br />
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O Forte de <strong>Copacabana</strong> recebeu mais uma vez<br />
amantes de carros antigos, como já é tradição há 23<br />
anos, O grande destaque desse ano foi um lindo De<br />
Soto Adventurer 1957 avaliado em 100 mil dólares .<br />
Foto - Jaime Finkel<br />
Erramos<br />
A ilustração de Amorim na <strong>edição</strong> passada na coluna<br />
No Cinema, de Luis Pimentel é essa ao lado.<br />
Leia a coluna em www.jornalcopacabana.com.br
4<br />
ANUNCIE: 2549-1284 / copa@jornalcopacabana.com.br<br />
Chegou a primavera<br />
Foi durante uma das famosas<br />
reuniões de amigos no Buteco do<br />
Jisus, em Botafogo, um bar que não<br />
existe mais e que ficava no Rio de<br />
Janeiro Sem Bala Perdida – uma<br />
cidade que também já não existe. Lá<br />
para as tantas, o papo desandou para<br />
o lado das quatro estações. Pedro<br />
Garganta, um dos mais falantes<br />
e quase nunca convincente, fez a<br />
introdução, no bom sentido:<br />
– A mim agrada, por demais<br />
(sacaram o estilo?!), o clima outonal.<br />
O frescor das folhas, o sol ameno, os<br />
dias são mais radiantes.<br />
Rocha, conhecido nas mesas<br />
e arredores como “o Cacique da<br />
Bambina”, completou:<br />
– A cerveja fica mais gelada. As<br />
mulheres são mais cheirosas e mais<br />
macias.<br />
Foi solicitada a opinião de uma<br />
representante do grupo feminino:<br />
– Prefiro o verão – disse Nina,<br />
uma morena que encostou na mesa um dia<br />
para pedir fósforos e nunca mais abandonou<br />
a turma.<br />
– Aumenta o calor na formosinha, né,<br />
preta? – bombardeou o intrépido Yonzinho<br />
Cantareira, que todas as noites atravessava a<br />
Baía de Guanabara para beber em Botafogo, e<br />
arrastava uma asa caída para o lado da amiga.<br />
Gargalhadas. Beijinho de reencontro nos<br />
copos. Mordidinhas na moela. Bilau Baixinho,<br />
que pecava pelo apelido e hoje seria chamado<br />
de “verticalmente prejudicado”, retomou o fio<br />
da meada:<br />
– Sou mais o inverno. Ventinho frio,<br />
roupinhas quentes, a gente aproveita para<br />
dormir abraçadinhos.<br />
– Dorme abraçadinho quem tem mulher<br />
em casa, ou na casa dos outros, ou mesmo na<br />
zona – completou um que estava meio calado.<br />
– Também encontro vantagens na estação<br />
do frio – pontificou Pedro Garganta. O<br />
inverno tenciona os músculos e enrijece os<br />
doces lábios.<br />
Nina engasgou com uma rodela de<br />
salaminho. Yonzinho partiu em socorro:<br />
– Mastiga devagar, boneca. O salame é<br />
um tira-gosto roliço e traiçoeiro.<br />
Era assim que a banda tocava. Havia<br />
poesia em tudo.<br />
Rocha da Bambina interrompeu a<br />
conversa, levantando-se de braços abertos:<br />
– Oi! Chega até aqui! – gritou, na direção<br />
de uma linda mulher que se aproximava.<br />
Olharam todos, ao mesmo tempo. Aquela<br />
emoção:<br />
– Oh!!! – gemeram todos. Nina, inclusive.<br />
– Vem cá, prima. Vem conhecer os meus<br />
amigos – disse Rocha, sorridente.<br />
– Prazer, pessoal – falou a moça.<br />
O primo puxou a cadeira para a visitante:<br />
– Pessoal, esta aqui é minha prima Vera.<br />
Primavera! Era a estação que estava<br />
faltando.<br />
Garganta deu a volta em torno da mesa e<br />
se aproximou, derretido.<br />
– Conheço você, não sei de onde.<br />
– Conhece Juiz de Fora? Sou de lá.<br />
– Claro – disse Pedro, os braços de polvo<br />
varrendo copos e os ombros da moça. – Vou<br />
a Juiz de Fora pelo menos uma vez por mês.<br />
Fico no Plazza. Você mora onde lá?<br />
– Moro na pensão de Dona Fulo.<br />
O clima pesou um pouco. Nina evitou<br />
o salaminho. Mas Garganta não perdeu a<br />
viagem:<br />
– Sou representante de uma empresa de<br />
tubos e conexões, por isto viajo muito. E você,<br />
Vera, mexe com o quê?<br />
O humor presente em carne e osso, muito<br />
mais carne do que osso. Vera não perdia a<br />
timidez nem a inocência primaveril:<br />
– Mexo com os quadris.<br />
Resolveram falar das últimas cachorradas<br />
políticas. Bobagem ficar perdendo tempo com<br />
as estações do ano.<br />
Do livro O matador de aluguel e outras<br />
figuras (Editora Melhoramentos)
um jeito diferente de fazer jornal de bairro ANUNCIE: 2549-1284 / copa@jornalcopacabana.com.br 5<br />
Hoje associada à diversão e ao prazer, a<br />
cerveja nasceu num contexto religioso muito<br />
diferente do atual.<br />
Na Era Pré-Histórica, há cem mil anos<br />
atrás, quando o homem chegou à conclusão<br />
de que existia uma Inteligência Superior, o<br />
primitivo habitante das cavernas logo identificou<br />
a figura divina com o Sol, considerado<br />
desde então fonte de toda a vida na Terra.<br />
Portanto, todas as cores que o disco solar assumia<br />
no correr das estações eram considerados<br />
tons divinos, ou seja, do dourado ao púrpura.<br />
E assim permaneceu até nossos dias.<br />
Mas a cerveja seria uma invenção urbana.<br />
Em 6.000 AC, na Babilônia, surgiu a primeira<br />
“bebida dos Deuses”, quando a divindade da<br />
cidade Ur-Nina soprou um recipiente de água<br />
com cevada, criando a bebida dourada de uso<br />
dos sacerdotes e reis. Mas é provável mesmo<br />
é que a descoberta tenha sido acidental, quando<br />
um recipiente com cereais ficou cheio com<br />
água da chuva, fazendo a festa dos camponeses,<br />
que a ofereceram depois aos sacerdotes de<br />
sua cidade. Os religiosos, nada bobos, a definiram<br />
como “Divinal”. O Código de Hamurábi,<br />
escrito em 1800 AC definia a profissão de<br />
cervejeiro, seu salário e as penas por adulteração<br />
do produto, já comuns à época.<br />
Heródoto conta que no Egito ela era fabricada<br />
em quantidade e uma roda de cerveja<br />
foi prestada em homenagem ao Príncipe<br />
Kanjajnjswt da IVa Dinastia (2.700 AC).<br />
Foi o primeiro “happy hour” que se<br />
tem notícia!<br />
Foram os egípcios que definiram o copo<br />
como sendo o recipiente do vinho, sendo a<br />
caneca privativa da cerveja. De outra forma<br />
era proibido o consumo.<br />
A velha cerveja assim atingiu as civilizações<br />
grega e romana, sendo que a bebida dos<br />
faraós e depois dos Imperadores de Roma era<br />
bem diferente da de hoje. Era feita de água e<br />
cevada fermentada, com gosto adocicado. Por<br />
vezes adicionava-se o gengibre e o zimbro e,<br />
claro, tomava-se quente, pois refrigerador não<br />
existia. Somente na Inglaterra do século XVI<br />
é que se introduziu o perfume do lúpulo.<br />
A igreja não só não proibiu o consumo<br />
de cerveja como a apadrinhou e criou<br />
seu protetor: Santo Agostinho de Tagaste,<br />
que viveu no século V, intelectual e Santo,<br />
apreciador da dourada bebida a ponto de<br />
fabricá-la, e que morreu em 430 pelas mãos<br />
dos bárbaros quando da invasão do Império<br />
Romano, não sem antes erguer um brinde<br />
com sua caneca. É hoje o Santo Padroeiro<br />
dos mestres cervejeiros.<br />
História sucinta da cerveja<br />
no Brasil e no mundo<br />
Com a queda do Império Romano em<br />
476 DC, a cerveja continuou a ser fabricada<br />
e consumida, principalmente nos conventos<br />
franciscanos da Alemanha, como também em<br />
outros países do Norte europeu onde as vinhas<br />
não medravam. As tabernas funcionavam nos<br />
mosteiros e tornou-se comum nos livros a figura<br />
do frade segurando uma caneca de pinho<br />
com cerveja fabricada no próprio convento.<br />
Com a Revolução Industrial, a produção<br />
de cerveja foi mecanizada e no século XIX,<br />
com o surgimento da refrigeração artificial, o<br />
produto pôde ser melhor apreciado.<br />
Bar Brahma em 1922 no Leme<br />
História sucinta da cerveja no Brasil<br />
Portugal fez o que pôde para impedir a<br />
chegada da cerveja no Brasil Colônia. Pudera,<br />
o vinho português era importante produto<br />
de exportação e chegou a ser monopólio<br />
estatal. Mas mesmo assim a cerveja chegou<br />
até nós, inicialmente de maneira tímida e em<br />
meio a uma guerra.<br />
Com a invasão holandesa de Pernambuco<br />
em 1630, trouxeram os batavos os primeiros<br />
tonéis de cerveja em 1634 para a soldadesca<br />
matar as saudades da distante Holanda.<br />
Um fornecimento regular para o Recife foi<br />
mantido até 1654, quando, com a expulsão<br />
dos invasores, o vinho português voltou a<br />
monopolizar a mesa do brasileiro.<br />
Até o século XIX, somente alguns tonéis<br />
chegavam até nós, contrabandeados nos porões<br />
dos navios.<br />
A vinda da Côrte em 1808 mudou esse<br />
panorama. Já com D. João chegaram em<br />
março de 1808 dois mestres cervejeiros que<br />
atendiam não somente à família real, como a<br />
alguns nobres amigos do monarca. A 28 de<br />
janeiro, com a lei de abertura dos portos às<br />
nações amigas, a cerveja inglesa passou não<br />
só a entrar livremente no Brasil como era taxada<br />
a preço inferior ao do vinho português.<br />
Em muito pouco tempo, a dourada bebida<br />
substituiu o rival lusitano não só nas mesas<br />
da nobreza como na pobre refeição dos trabalhadores<br />
livres.<br />
Fabricada de forma artesanal até 1836,<br />
neste último ano surgiu a 26 de outubro a<br />
“Cerveja Brasileira”, vendia na rua de Mata<br />
Cavalos no. 92 (atual rua Riachuelo) e na rua<br />
Direita no. 86 (atual rua Primeiro de Março).<br />
Em 1848 a “Imperial Fábrica de Cerveja Nacional”<br />
de Henrique Leiden passava a funcionar<br />
na rua de Mata Cavalos no. 78. Em 1898,<br />
Henrique Kremer e mais vinte e quatro petropolitanos<br />
formalizam a Companhia Cervejaria<br />
Bohemia, incorporando bens da antecessora<br />
“Imperial Fábrica de Cerveja Nacional”, ampliando<br />
assim um pequeno estabelecimento<br />
fundado por Kremer em 1853 na cidade serrana.<br />
Posteriormente, sua filha Carolina Kremer<br />
ampliaria muito essa fábrica.<br />
Os fabricantes de vinho declararam uma<br />
guerra sem tréguas contra nossa cerveja,<br />
numa campanha de difamação que durou<br />
décadas até época recente. Mas nada mais<br />
poderia impedir seu sucesso entre as massas.<br />
Pudera, cerveja e celebração casam com o<br />
espírito do brasileiro, e foi com muita cerveja<br />
que nós comemoramos as vitórias brasileiras<br />
na Guerra do Paraguai em 1865-70.<br />
Com a Abolição da Escravatura em 1888,<br />
um grande número de ex-escravos abandonou<br />
as senzalas e passou a habitar o Rio de Janeiro,<br />
nas imediações da Cidade Nova. Aproveitou<br />
a ocasião o empresário alemão Joseph Villiger<br />
para fundar no Catumbi no mesmo ano da<br />
Abolição uma fábrica de cervejas, a Brahma,<br />
que depois de fundir-se com outra indústria,<br />
a Teutônica, deu origem em 1894 à grande<br />
Fábrica Brahma, origem de todas as outras, e<br />
cujo prédio foi demolido no ano de 2.012 para<br />
dar lugar à ampliação do Sambódromo.<br />
Desde 1824, com o surgimento da primeira<br />
confeitaria no Rio de Janeiro, a “Fama<br />
do Café com Leite”, mais conhecido como<br />
“Café Braguinha”, na esquina de praça da<br />
Constituição com rua do Sacramento (atuais<br />
praça Tiradentes e avenida Passos), que a<br />
cerveja possuía sua loja própria para degustação.<br />
A Confeitaria Carceller, na rua Direita<br />
passou a servi-la gelada em 1834, importando<br />
da Europa gelo envolvido em madeira e<br />
serragem. Foi um sucesso.<br />
53<br />
IMPÉRIO 445<br />
DO ALUMÍNIO E FERRO<br />
Esquadria de Alumínio e Ferro em Geral.<br />
Portas – Portões – Janelas – Basculantes –<br />
Coberturas – Forro PVC.<br />
Paulo<br />
2215-8281/3902-9102.<br />
Rua Barão de Iguatemi 445 – loja A
6<br />
ANUNCIE: 2549-1284 / copa@jornalcopacabana.com.br<br />
Desde 2010, o Espaço Brechicafé<br />
tem inovado e se aperfeiçoado<br />
para melhor atender o gosto<br />
dos frequentadores e clientes.<br />
Atualmente, além da loja com<br />
roupas de qualidade, pode-se degustar<br />
doces portugueses, salgados,<br />
sanduíches, refrigerantes e<br />
bons vinhos. Um local agradável<br />
para “garimpar” moda vintage,<br />
selecionadas e peças únicas, todas<br />
higienizadas.<br />
Todas as terças e quintasfeiras<br />
ainda pode conferir e se<br />
alegrar com o já famoso Happy<br />
Hour do Brechicafé.<br />
No dia 23 de agosto, o Espaço<br />
completou dois anos no<br />
Shopping Cidade <strong>Copacabana</strong>.<br />
Para comemorar, a dona do estabelecimento,<br />
Maria Lygia Silva<br />
Magalhães Costa, a Lyginha, organizou<br />
uma festa nos corredores<br />
do 1º pavimento com desfile<br />
de modelos vestindo a moda do<br />
brechó, acompanhadas de música<br />
ao vivo.<br />
No mesmo evento, Lyginha<br />
anunciou o lançamento da coleção<br />
de bijuterias e semi-jóias da<br />
M. Polo Bijoux. O espaço Brechicafé<br />
passa a ser o único representante<br />
da marca no Rio de<br />
Janeiro.<br />
A Moda que invadiu <strong>Copacabana</strong><br />
Dois anos de brechó chique e café<br />
O Brechicafé fica na Rua Siqueira Campos, 143 Loja 31 - Térreo. Tel: 2497-5041 / 7116-0403
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<strong>Jornal</strong> <strong>Copacabana</strong>: Você é de uma família<br />
de músicos. Tendia para essa profissão<br />
desde a infância?<br />
Danilo Caymmi: Creio em dois fatores: o<br />
ambiente que você cresce, que é o meio, e<br />
a genética.<br />
Cresci vendo meu pai trabalhar no ofício<br />
de cantor, compositor, viajando muito, tocando<br />
em casa... Claro que isso influenciou.<br />
E a genética forte por parte de pai e mãe<br />
(cantora Stella Maris). Acabou pegando em<br />
cheio meus irmãos e eu. E foi bom porque<br />
consolidamos carreiras no cenário musical<br />
brasileiro.<br />
J.C.: Além de tocar violão você é flautista,<br />
que veio antes. Por que escolheu a flauta?<br />
D.C.: Na verdade acho que o instrumento<br />
escolhe você, não o contrário.<br />
Meu pai trouxe uma flauta Block para casa,<br />
gostei daquele instrumento. Toda vez que ele<br />
ia na loja de música eu pedia uma nova flauta.<br />
Acabei virando flautista! (risos).<br />
J.C.: E porque fez faculdade de Arquitetura?<br />
D.C.: Pela mamãe. Sabendo das dificuldades<br />
e inconstâncias da carreira de músico,<br />
ela queria que tivéssemos outra profissão<br />
também. O que era algo antagônico, uma<br />
vez que papai sempre teve uma boa carreira.<br />
Acabei fazendo por ela. Escolhi Arquitetura<br />
porque tem muito a ver com a música.<br />
J.C.: Desculpe minha ignorância, mas em<br />
que elas se parecem?<br />
D.C.: Na forma, que usei muito nas canções<br />
que fiz para televisão.<br />
O mais difícil na Arquitetura é fazer a casa<br />
mais simples possível: sala, quarto, cozinha<br />
e banheiro. A chamada casa mínima.<br />
Levei isso para fazer a música mínima, na<br />
televisão. Como passar o máximo de informação<br />
possível, com qualidade, em pouco<br />
tempo. Como exemplo as músicas da minissérie<br />
Riacho Doce, da Rede Globo.<br />
J.C.: Acabou abandonando a faculdade?<br />
D.C.: Pois é. Em 1968 ganhei o 3º Festival<br />
Internacional da Canção.<br />
J.C.: Em 67 gravou com seu pai, em 68 o<br />
festival (com Andança) e resolveu se dedicar<br />
à música?<br />
D.C.: Não tinha mais tempo, a música estava<br />
falando mais alto e eu não tinha muito<br />
espírito de ficar confinado em escritório...<br />
Politicamente foi um ano faccionado. Com o<br />
AI5 houve muita perseguição política dentro<br />
da faculdade, isso me desiludiu um pouco.A<br />
música estava me seduzindo muito mais. Comecei<br />
a compor.<br />
Existiam vários grupinhos em <strong>Copacabana</strong>:<br />
o pessoal do Posto 6, o pessoal do Leme, do<br />
Guttemberg Guarabyra, Mariozinho Rocha...<br />
Depois vieram os mineiros: Nelson Ângelo,<br />
Toninho Horta, Milton Nascimento, Fernando<br />
Brant... É tanto nome que tenho medo de<br />
esquecer alguém! (risos).<br />
J.C.: Ajudou o fato de ser filho do Dorival<br />
Caymmi e de ter feito seu primeiro traba-<br />
lho com ele? Houve cobrança?<br />
D.C.: Gravei o disco Caymmi visita Tom.<br />
Nessa época, minha preocupação era com<br />
a professora de Química do Andrews (colégio),<br />
não com a cobrança musical. Tinha<br />
que estudar muito. Lembro que nas gravações<br />
estava com um fichário, bem concentrado<br />
na matéria. O legal foi ter conhecido<br />
o Tom Jobim!<br />
J.C.: E agora que sua filha está se lançando<br />
como cantora? Como se sente do outro<br />
lado, sendo você o pai?<br />
D.C.: Pois é. A mesma coisa.<br />
Eu não me preocupei, mas na verdade o<br />
filho de artista sofre Bullyng! No caso ela<br />
tem que ser um Danilo ao cubo! (risos). É<br />
complicada a maneira que as pessoas exigem<br />
isso. É chato porque amigos se afastaram<br />
da profissão por isso, por essa cobrança<br />
de serem filhos de músicos. Pessoas talentosíssimas<br />
desistiram da profissão.Por outro<br />
lado é natural que cobrem.<br />
Minha filha Alice está distante da minha<br />
obra, tem outro trabalho. Não ouvi o disco<br />
ainda.<br />
Ela foi criada em um ambiente de liberdade<br />
de expressão. Claro que incentivei que estudasse<br />
violão quando vi que ela tinha facilidade<br />
desde pequena, como o avô e o tio Dori.<br />
Ela tem outra visão. Existe o peso do nome,<br />
mas acho que está indo bem. Saiu uma boa<br />
crítica em São Paulo e está se preparando<br />
para lançar o show, aí eu vou ver. Sei que<br />
Danilo<br />
Caymmi<br />
O sucesso não bateu à porta de Danilo Caymmi à toa, a resposta está na genética e no ambiente em que foi criado. Filho mais novo de Dorival Caymmy, ele se descobriu flautista ainda<br />
criança e seguiu a carreira de músico traçada pelos pais e pelos irmãos Dori e Nana Caymmi. O primeiro disco foi ao lado do pai, mas logo conquistou o Festival Internacional da Canção<br />
e seguiu seus próprios passos. Na década de 70 a flauta, na de 80 a descoberta como cantor através de Tom Jobim, logo o sucesso nas músicas tocadas na dramaturgia da Rede Globo.<br />
Danilo quer lançar um DVD do disco Alvear, ainda esse ano e diz em primeira mão ao <strong>Jornal</strong> <strong>Copacabana</strong> que está trabalhando com os irmãos para um cd, filme, livro para comemorar<br />
o centenário de Dorival Caymmi. Saiba mais sobre esse apaixonado morador de <strong>Copacabana</strong> na entrevista abaixo.<br />
ela tem uma preocupação estética, está terminando<br />
o curso de Artes Cênicas na PUC,<br />
acredito que complementa no palco, a filosofia<br />
ajuda a escrever, já que ela é compositora.<br />
Gravou Björk, Dorival Caymmi e o restante<br />
do CD é autoral. As críticas têm sido boas.<br />
Me preocupo que ela tenha uma profissão,<br />
escolheu viver disso, com todos os percauços<br />
que podem acontecer. Me distancio do<br />
trabalho dela para que tenha liberdade.<br />
A mãe e eu sempre demos espaço para a<br />
criação, mas oriento. Tiro a glamurização da<br />
profissão, mostro a importância de compor,<br />
de ter cultura.<br />
Ela está procurando os parceiros dela. Assim<br />
Adriana Calcanhoto vai fazer parte de um<br />
show na Miranda. Acho isso bacana, que encontre<br />
o espaço dela.<br />
J.C.: Voltando à sua história. Depois do<br />
festival trabalhou com Tom Jobim, em seguida<br />
com as novelas?<br />
D.C.: Na década de 70 gravei meus discos<br />
como flautista, inclusive um dos primeiro de<br />
produção independente no Brasil, chamado<br />
Cheiro Verde. Hoje é um disco disputadíssimo,<br />
foram feitas 3000 cópias. O original está<br />
até caro! (risos).<br />
Depois foi tudo aparecendo paralelamente.<br />
Comecei a tocar com o Tom em 83/84, a convite<br />
do Paulinho Jobim, meu compadre, filho<br />
do Tom. Ele tinha que formar uma banda<br />
para o pai fazer um concerto em Viena... Dalí<br />
comecei a freqüentar a casa do Tom e ele me
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deu dois solos importantíssimos: Felicidade,<br />
que é “tristeza não tem fim...” (cantarola) e<br />
Samba do Avião. Entrei imediatamente na<br />
aula de canto e descobri a minha voz. Então<br />
posso dizer “numa boa” que o Tom me<br />
descobriu como cantor. Já tinha gravado,<br />
mas ele me fez conhecer esse instrumento e<br />
aprendi a cantar, pela responsabilidade das<br />
músicas que me deu. Fiquei trabalhando com<br />
ele até o falecimento em 1994.<br />
Paralelamente estava o meu trabalho como<br />
compositor, muitas músicas em parceria com<br />
Dudu Falcão, várias aberturas de novelas, seriados,<br />
minisséries...<br />
J.C.: Como conseguiu emplacar suas músicas<br />
nas novelas?<br />
D.C.: Mariozinho Rocha entrou para a direção<br />
musical da Globo e me convidou para<br />
fazer a abertura de Tieta. Minha música não<br />
foi aceita, mas entrei com uma na novela, assim<br />
começou e as coisas foram acontecendo.<br />
Com o sucesso em Riacho Doce gravei um<br />
disco produzido pelo Roberto Menescal,<br />
que descobriu outra faceta: que eu tinha<br />
um público feminino muito grande! Ele<br />
me moldou e orientou para o lado romântico.<br />
Gravamos para outras novelas... Menescal<br />
é muito importante na minha trajetória<br />
musical.<br />
J.C.: Qual a importância dessas músicas<br />
da televisão na sua carreira?<br />
D.C.: Total. Me lançou como cantor no<br />
Brasil inteiro. Até hoje toco as canções nos<br />
shows e são sempre sucesso! Riacho Doce, a<br />
abertura de Tereza Batista, que fiz com meu<br />
pai, Nada a Perder, que era da novela Patria<br />
Minha, Tenda dos Milagres! Uma série de<br />
músicas.<br />
No início dos anos 90 as pessoas acreditavam<br />
que ter a música na novela inviabilizava<br />
os seus trabalhos com as gravadoras, eu<br />
estaria cometendo um erro estratégico, mas<br />
investi no contrário e deu certo!<br />
Em Gabriela, agora, tem várias músicas da<br />
minha família, não tem minha mas podemos<br />
ouvir boas da família.<br />
Meu trabalho mais recente, Alvear, teve uma<br />
música na novela O Astro, uma parceria com<br />
Geraldinho Carneiro.<br />
Hoje esse mercado é disputadíssimo!<br />
Quando consegue, a expectativa é de que<br />
a música toque na novela, porque às vezes<br />
o personagem não deslancha e sua música<br />
não toca!<br />
J.C.: Seu trabalho mais recente foi o CD<br />
Alvear. Tem previsão de shows? Além desse<br />
já tem em mente novos trabalhos?<br />
D.C.: O novo projeto, em primeira mão<br />
para o <strong>Jornal</strong> <strong>Copacabana</strong>, será com Nana<br />
e Dori, visando o centenário de nascimento<br />
do meu pai, com algumas canções que não<br />
foram gravadas por nós. Este será trabalhado<br />
no que chamamos de “O Ano Caymmi”: de<br />
30 de abril de 2013 até 30 de abril de 2014.<br />
Faremos cd, livro, filme, uma série de coisas<br />
que estamos articulando.<br />
o Alvear eu sigo trabalhando. Ele é, desses<br />
anos todos, o disco mais importante para<br />
mim, porque é descompromissado com o<br />
mercado, é da minha alma, um disco para<br />
mim! Sem interferências externas.<br />
Tenho um concerto com a Orquestra Jazz<br />
Sinfônica de São Paulo, em novembro, no<br />
Teatro Ibirapuera, no Parque do Ipirapuera.<br />
Pretendo gravar um DVD nesse show com<br />
as músicas do Alvear. O maestro Flávio<br />
Mendes, que é produtor do meu disco, está<br />
fazendo os arranjos. Vou com a banda e a orquestra,<br />
que é bem grande. Fiz show em Fortaleza,<br />
faço esse em São Paulo em novembro...<br />
Costumo trabalhar mais fora do Rio.<br />
J.C.: Você que é filho de um “Soterocarioca”!<br />
D.C.: Diria que mais carioca do que baiano!<br />
(risos). Veio muito cedo para cá, era um<br />
homem de <strong>Copacabana</strong>! Morou aqui todo<br />
tempo.<br />
Quando me casei saí de casa e fui para Niterói.<br />
Depois morei no Jardim Botânico e na<br />
Barra da Tijuca. Meu irmão mora em Los<br />
Angeles. Quando meus pais tiveram o estado<br />
de saúde agravado eu vim para <strong>Copacabana</strong>.<br />
Aluguei um apartamento na Anita Garibaldi<br />
e depois comprei o que moro na Rua 5 de<br />
Julho. Fiquei aqui porque adorei voltar para<br />
<strong>Copacabana</strong>, tudo é perto! Minha mulher<br />
também se adaptou...<br />
<strong>Copacabana</strong> tem uma coisa que parece Manhattan,<br />
pelo menos essa área aqui! Tenho<br />
um amigo que diz que se quiser comprar<br />
uma cela de cavalo: tem! (risos). Estou aqui<br />
desde 2008 e muito feliz! E, de repente, você<br />
encontra na rua com um grande compositor<br />
como João Roberto Kelly... É muito interessante,<br />
gosto muito daqui.<br />
J.C.: Quais foram suas influências musicais?<br />
D.C.: Muita gente. Gosto de Jazz e minha<br />
formação vem por aí, o que trouxe uma busca<br />
por uma sofisticação harmônica.<br />
Costumo dizer que admiro pessoas que conheci,<br />
como meu pai, o Tom, João Gilberto,<br />
que tem um dos melhores discos que já ouvi,<br />
o Amoroso, que é um “disco de cabeceira”.<br />
Gosto de orquestrações. Gosto muito de Ari<br />
Barroso, Pixinguinha... que são “os caras”.<br />
Com o Tom aprendi muito de música e de<br />
vida. Pessoas como ele e meu pai sabiam<br />
quem você era sem você abrir a boca, uma<br />
coisa impressionante! As vezes chegava nos<br />
ensaios e o Tom já sabia meu estado de espírito<br />
naquele dia. Eram homens simples, bons<br />
e voltados para os seres humanos. Isso que<br />
é bacana!<br />
J.C.: Deixe seu recado para os leitores do<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Copacabana</strong>.<br />
D.C.: Gostaria de agradecer em meu nome e<br />
da minha família as homenagens recebidas e<br />
a estátua tão bonita do meu pai, um homem<br />
que adorava, sempre morou em <strong>Copacabana</strong><br />
e faleceu aqui, na Ronald de Carvalho com<br />
Avenida <strong>Copacabana</strong>.<br />
Alí onde ela fica era um pontinho mesmo<br />
dele, onde conversava sempre com os pescadores,<br />
o mar... um ambiente que ele adorava.<br />
Agradeço o carinho que os moradores de<br />
<strong>Copacabana</strong> receberam a presença física de<br />
Dorival Caymmi e a memória desse homem<br />
que tanto amou esse bairro.<br />
Sou orgulhoso de morar aqui.<br />
Na inauguração da estátua um pescador se<br />
aproximou, um senhor do tempo que papai<br />
ia lá na colônia... Perguntei a ele o que<br />
meu pai queria saber. - Sobre o vento, o<br />
tempo... A conversa do pescador que ele<br />
tanto cantou.
10<br />
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um jeito diferente de fazer jornal de bairro ANUNCIE: 2549-1284 / copa@jornalcopacabana.com.br 11
12 ANUNCIE: 2549-1284 / copa@jornalcopacabana.com.br<br />
Os Cinemas do Centro<br />
os que ainda podem ser salvos<br />
Luis Carlos Teixeira Mendes<br />
A Cinelândia, que já foi palco de grandes estreias cinematográficas, sempre atraindo marés de gente, não justifica mais o seu nome. Das dezenas de cinemas que possuía,<br />
tanto na Praça Mahatma Ghandi quanto em seus arredores, só restou apenas um cinema frequentável: o lindo Odeon.<br />
A revitalização da Cinelândia, há anos em franca decadência, começou com as reformas do Teatro Municipal e Dulcina e a reabertura do Serrador. É de suma importância<br />
que os cinemas que se encontram desativados sejam reformados e readaptados para os dias atuais, como aconteceu com o Roxy, em <strong>Copacabana</strong>. Só dessa forma a Cidade<br />
do Cinema poderá honrar o seu nome e reviver a importância cultural do passado.<br />
Segue uma lista de cinemas que se encontram fechados ou funcionando em situação precária. Alguns estão intactos e outros não podem ser frequentados devido à péssima<br />
reputação.<br />
PALÁCIO<br />
A construção deste cinema foi a resposta<br />
que o Grupo Luiz Severiano Ribeiro deu<br />
ao Metro Passeio, inaugurando-o em 1942<br />
na mesma rua, e tornando-o um dos cinemas<br />
mais tradicionais da cidade. Lindo e<br />
imponente, o Palácio foi transformado em<br />
dois na década de 80, sempre atraindo ótimo<br />
público. Com a crescente decadência<br />
do local, foi o cinema que mais resistiu,<br />
juntamente com o Odeon, até fechar suas<br />
portas em 2008. O espaço, que se tornaria<br />
um centro de convenções, continua intacto<br />
como cinema até hoje, isolado apenas por<br />
tapumes.<br />
METRO BOAVISTA<br />
Inaugurado em 1936 como Metro Passeio era o cinema<br />
mais luxuoso do País. A famosa sala de espera em<br />
estilo D. João VI possuía um requinte só encontrado<br />
em museus. Em 1969 passou por ampla reforma<br />
e surgiu o Metro Boavista, um cinema moderno e<br />
extremamente confortável. Sua enorme tela exibia<br />
filmes em 70 mm e chegou a possuir o sistema de som<br />
sensurround, que dava a nítida impressão de estarmos<br />
dentro do filme. Inexplicavelmente o cinema fechou<br />
na década de 90 e continua intacto até hoje. Sem<br />
dúvida, um dos melhores cinemas da cidade.<br />
PATHÉ<br />
PLAZA<br />
Inaugurado em 1928 este Inaugurado em 1936 como cine-<br />
tradicional cinema semma de primeira linha, foi com o<br />
pre teve público cativo. decorrer dos anos se tornando ul-<br />
Lançador de grandes títrapassado e, nos anos 70, já era<br />
tulos da Art Filmes era um adorável “poeirão”. Mesmo<br />
comum as filas homéri- na sua fase decadente só exibia<br />
cas que se estendiam por filmes inéditos, com destaques<br />
toda a praça. Na década para os filmes de terror, os filmes<br />
de 90 foi transformado “B” e as inocentes pornochan-<br />
em templo evangélico e o chadas. O enorme espaço está<br />
cinema permanece intac- fechado há mais de 30 anos e lá<br />
to e muito bem conserva- caberiam, pelo menos, três novas<br />
do pela igreja. De linda e modernas salas.<br />
arquitetura art déco, é<br />
impressionante o lustre<br />
ORLY<br />
em forma de olho na sala<br />
de exibição. A devolução<br />
deste cinema à população<br />
passou a ser uma questão<br />
de honra à memória cultural<br />
da cidade.<br />
Inaugurado em 1935 e pequeno para os padrões da época, este<br />
cinema teve vários nomes antes de virar Orly, em 1974. Situado<br />
num subsolo ao lado do Teatro Dulcina, o cinema nunca teve<br />
boa reputação. Após reformas na década de 80, passou por um<br />
processo de elitização ao exibir filmes de arte. A iniciativa não<br />
perdurou e caiu definitivamente no esquema pornô, funcionando<br />
até hoje em condições insalubres. Acredito que o espaço,<br />
após ampla reforma, daria um ótimo cinema alternativo.<br />
ÍRIS<br />
É louvável o esforço de seus proprietários<br />
em manter este lindo cinema,<br />
o mais antigo do Brasil em<br />
funcionamento. Com a mesma arquitetura<br />
desde 1921, sua deslumbrante<br />
fachada chama a atenção de<br />
quem passa em frente. Adepto do<br />
esquema pornô, a péssima frequência<br />
também assusta. Há, inclusive,<br />
shows de strip tease ao vivo. A importância<br />
deste cinema na história do<br />
Rio parece não surtir o menor efeito<br />
às autoridades: o descaso é total!<br />
REX<br />
Assim como o Cine Plaza, virou um “poeira”<br />
com o decorrer dos anos. Este enorme<br />
cinema, inaugurado em 1934 com 1900<br />
lugares, passou a exibir a partir dos anos<br />
70, a famosa programação dupla: quase<br />
sempre um filme de Kung Fu e outro<br />
picante. Em meados dos anos 80 adotou<br />
a solução pornô e continua funcionando<br />
até hoje em condições deploráveis. Muito<br />
bem situado ao lado do Teatro Rival, o espaço<br />
é tão grande que dariam, pelo menos,<br />
quatro modernas salas.
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PREVIEW<br />
A tradicionalíssima CELESTE, apresentou<br />
uma preview da moda primavera-verão<br />
2013, num belíssimo desfile em sua loja em<br />
<strong>Copacabana</strong>, pontuado por novidades. Aliás,<br />
é mais que uma loja, é um ponto fashion onde<br />
as mulheres se encontram para saber das novidades,<br />
degustar um cafezinho e ficar “up to<br />
date” com a moda.<br />
Num ambiente amplo, bonito e confortável,<br />
a CELESTE apresentou roupas atualíssimas<br />
que vestem mulheres de todas as idades.<br />
Seus modelos, são cuidadosamente escolhidos<br />
e inter-cambiáveis, atendendo a clientela.<br />
Sempre em sintonia com o mundo contemporâneo,<br />
reafirmando sua postura de preocupação<br />
com o meio ambiente, traz em sua<br />
nova coleção tecidos ecologicamente corretos,<br />
com fibras e tinturas naturais.<br />
O desfile, de umas 50 peças, apresentou<br />
uma variedade de modelos que transitavam<br />
por vários estilos, e iam do casual às roupas<br />
de festas.<br />
A “Foulard Print” ou a estampa-lenço,<br />
muito badalada nas principais grifes internacionais<br />
como Gucci, Emilio Pucci e Dolce<br />
& Gabana, e seguindo tal tendência, esta padronagem<br />
teve uma forte presença no desfile<br />
da CELESTE, e promete ser um dos “hits”<br />
da moda desse verão. É destaque em belas<br />
pantalonas, blusas e vestidos, tudo em tecidos<br />
leves e confortáveis.<br />
Para quem procura um estilo “casual” há,<br />
entre outros, uma variedade de jeans de ótima<br />
qualidade, no estilo clássico com corte reto,<br />
ou “flair”, todas com a cintura no lugar. Para<br />
acompanhar, uma primorosa camisaria de finíssimo<br />
acabamento e cheia de detalhes com<br />
punhos e golas trabalhadas em renda ou estampas<br />
contrastantes, esbanjando estilo, bom<br />
gosto e elegância. Os tecidos são nobres e tecnológicos,<br />
acompanhando as tendências do<br />
mundo da moda atual. Além disso, há bermudas<br />
para serem usadas com camisetas e blusas<br />
com lindas estampas florais em policromia,<br />
ideais para o dia a dia.<br />
Especial destaque vai para os “spencers”<br />
de mangas curtas, com estampas florais suaves,<br />
uma graça, ideais para compor e valorizar<br />
uma roupa.<br />
Outras peças básicas para atualizar seu<br />
guarda roupa com um visual chic-despojado,<br />
são as saias longas em tons neutros, em corte<br />
reto, evasê, godê ou com recortes assimétricos.<br />
Se completam com blusas, com ou sem<br />
CELESTE<br />
PRIMAVERA-VERÃO<br />
mangas, com aplicações e bordados, ou ainda<br />
com camisetas.<br />
Os vestidos, são peças chave para o calor!<br />
A variedade é enorme e para todos os gostos:<br />
desde o “tubinho” ao longo, em diversos<br />
comprimentos. Do monocromático ao animal<br />
print às estampas florais com grandes e vistosos<br />
hibiscus, e às ricas estampas tropicais que<br />
alternavam cores fortes com tons suaves. Uma<br />
gama de cores, que incluiu degrades, com detalhes<br />
vibrantes fazendo um look alegre e descontraído<br />
para a temporada primavera-verão.<br />
A assimetria nos decotes, valorizados por<br />
ferragens nobres, destacando o colo, causou<br />
um frisson no desfile. Muito criativos os vestidos<br />
com arrojados decotes nas costas todos<br />
trabalhados com entrelaçamentos.<br />
A renda, outro clássico da temporada,<br />
pode dar um ar romântico aos vestidos e blusas<br />
desfilados ou um ar mais sexy quando a<br />
renda era vazada nos decotes, na cintura ou<br />
nas costas, uma ousadia na medida certa. A<br />
renda marcou presença forte tanto nos detalhes<br />
como em peças inteiras, como os delicados<br />
vestidos em tom pastel com forro em cor<br />
contrastante, dando um toque de sofisticação.<br />
Muitos vestidos apresentados traziam um<br />
mix de texturas com recortes em renda cheios<br />
de referência aos anos 60, destacando à silhueta<br />
feminina. Detalhe também para o zíper<br />
aparente, um toque de contemporaneidade.<br />
Para a “night”, e ocasiões especiais, o<br />
pretinho básico veio reinventado com recortes<br />
em renda vazada, deixando ver a pele,<br />
imprimindo uma sensualidade sem exageros.<br />
Ou traziam os decotes com belos rebordados<br />
com paetês que dão brilho ao rosto. Dentro da<br />
gama mais sofisticada encontramos blusas em<br />
Lurex com aplicações de cristais, Um luxo!<br />
Os acessórios foram um capitulo a parte.<br />
Bolsas e sapatos muito classudos dentro da<br />
tendência atual, valorizados pelas belas ferragens<br />
e criados para compor a coleção primavera-verão<br />
num look chic e elegante, comprovando<br />
que a CELESTE é a loja onde você<br />
encontra tudo que precisa para sair pronta!<br />
O público prestigiou e lotou o desfile, reafirmando-se<br />
como uma loja cheia de estilo<br />
que vai ao encontro do gosto da sua clientela.<br />
A CELESTE é um espaço para mulheres<br />
antenadas, que têm atitude e bom gosto, que<br />
adoram novidades, mas sempre priorizando a<br />
qualidade. É uma referência à moda feminina,<br />
a cara da mulher carioca.<br />
<strong>Copacabana</strong>: Rua Raimundo Correa, 19. Tel: 2235-5662<br />
Tijuca: Rua Conde de Bonfim, 468. Tel: 2278-0665
um jeito diferente de fazer jornal de bairro ANUNCIE: 2549-1284 / copa@jornalcopacabana.com.br 15
16 ANUNCIE: 2549-1284 / copa@jornalcopacabana.com.br<br />
Virgílio Rocha e o galerista Artur Fidalgo.<br />
O artista Danilo Ribeiro expôs seus quadros.<br />
ArtRio 2012<br />
Theatro NetRio e seus hostess<br />
Os hostess do Theatro NetRio. Um charme a mais.<br />
Sucesso de público<br />
e negócios, a feira de<br />
arte contou com a Artur<br />
Fidalgo Galeria, de arte<br />
contemporânea, representando<br />
o nosso bairro!<br />
Uma das atrações do<br />
espaço ficou por conta<br />
do artista Franklin Cassaro<br />
(abaixo), que apresentou<br />
seus trabalhos ao<br />
vivo, atraindo a atenção<br />
dos frequentadores que<br />
lotaram o estande.<br />
Se deu liga me liga<br />
samba venceu no Bloco Folia do Galo<br />
Os jurados: Paulo Roberto, Cláudio Pinheiro (ambos da Banda de Ipanema), Virgilio<br />
Rocha (<strong>Jornal</strong> <strong>Copacabana</strong>), o Presidente do bloco Paulo Cabral e o Diretor do bloco e<br />
representante da STAM, Carlos Pêssoa.<br />
Foi realizada a escolha do samba do Bloco Folia do Galo<br />
para o Carnaval de 2013, em <strong>Copacabana</strong>. O samba vencedor<br />
foi “Se deu liga me liga”, de Marcelo, Eliane e Feife.<br />
O tema escolhido foi uma homenagem a patrocinadora do<br />
Bloco, STAM - Fechaduras e Cadeados - empresa de Friburgo,<br />
e o desfile será no domingo de Carnaval, concentrando<br />
a partir das 13h na Rua Júlio de Castilho esquina com Raul<br />
Pompéia.<br />
Comemoração<br />
A colunista, Virgilio Rocha (<strong>Jornal</strong> <strong>Copacabana</strong>), Carla Valadão (Versátil) e Ramoa<br />
(Biscuit) na festa da Versátil Comunicação e aniversário de Carla.
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SCAF PRINT<br />
A nova tendência<br />
A nova sensação da moda<br />
primavera-verão é a estampa<br />
lenço, ou “scarf print” como<br />
também é chamada e que já<br />
vem colorindo e marcando<br />
presença nas principais passarelas<br />
do mundo. Foi o grande<br />
“hit” dos últimos desfiles. A<br />
marca “Dolce & Gabana”,<br />
por exemplo, apostou todas<br />
as fichas nessas padronagens,<br />
e chegou a fazer um<br />
desfile inteiro só com as<br />
estampas que remetem aos<br />
lenços criados por Emilio<br />
Pucci nos anos 60. Foi o<br />
suficiente para virar febre<br />
no mundo da moda. Quase<br />
todos os itens do vestuário,<br />
bolsas, cintos, shorts, e até<br />
sapatos, ganharam agora<br />
esse padrão. Posso afirmar<br />
que é uma tendência<br />
que se firmou: é um chic<br />
e elegante moderno com<br />
um ar vintage.<br />
Cores alegres se misturam com vários<br />
tons fortes, verde esmeralda, azul royal e<br />
amarelo-ouro, com muita criatividade formando<br />
padrões harmônicos de muita beleza.<br />
As padronagens passeiam com grande<br />
desenvoltura pelos anos 70 reavivando o<br />
“pesley” indiano, os ares ciganos, o “animal<br />
print” e os deslumbrantes padrões barrocos.<br />
Glamour e elegância pontuam essas<br />
coleções.<br />
O “scarf Print” possui estampas grandes,<br />
vistosas, chamativas no melhor estilo<br />
Versace, e, certamente, você não passará<br />
despercebida usando um longo com esses<br />
“lenços”. Como são estampas que agregam<br />
volume em alguns casos, é necessário aten-<br />
tar para alguns detalhes para não criar uma<br />
distorção na silhueta. Use, de preferência,<br />
com um cinto largo ou faixa de seda para<br />
marcar bem a cintura e harmonizar melhor<br />
o look.<br />
Você também poderá usar o “scarf<br />
print” só nos acessórios e compor o resto<br />
do look com peças monocromáticas. Eis<br />
uma boa opção para as mais discretas ou<br />
para ser usado no ambiente de trabalho.<br />
A estampa traduz o equilíbrio perfeito<br />
entre elegância, harmonia de cores e simetria<br />
num traço que conjuga luxo e exuberância.<br />
Um look o qual as celebridades,<br />
como Beyoncé, dentre outras, já aderiram.<br />
Só falta você!<br />
MANIA DE MUSEUS<br />
INVADE A CIDADE<br />
De repente, não mais do que de repente,<br />
uma nova mania tomou conta das chamadas<br />
autoridades culturais carioca: transformar<br />
em museus qualquer construção histórica e,<br />
indo mais além, apresentando arrojados projetos<br />
arquitetônicos para abrir novos museus<br />
numa cidade onde esse mesmo governo deixa<br />
(ou deixou) morrer à míngua uma série<br />
deles. Afinal, alguém já viu algum governador,<br />
prefeito ou secretário de cultura estadual<br />
nos museus cariocas visitando alguma exposição<br />
ou participando de debates sobre arte?<br />
Começa por ai.<br />
E notem que o Rio de Janeiro já contou,<br />
sob responsabilidade do Estado, inúmeros<br />
museus temáticos que gradativamente foram<br />
deixando a cena melancolicamente. Por motivos<br />
vários: falta de pessoal técnico especializado,<br />
verbas para conservação (não falo nem<br />
de aquisição de obras, pois isso nunca existiu<br />
na política governamental), enfim, um a um<br />
deixaram de existir sem que nenhum grito<br />
de protesto seja conhecido. Nem dos artistas<br />
nem do público.<br />
Mas também qual é o público que freqüenta<br />
museu no Rio. O nativo da terra não<br />
é; o turista tampouco uma vez que O Rio é<br />
vendido lá fora como a terra de carnaval, futebol<br />
e praias. E uma verdade: o que é que<br />
ele vai fazer num museu carioca quando a<br />
maioria sequer tem uma cantina decente, uma<br />
lojinha de lembranças, bancos nas salas de<br />
exposição, etc.<br />
Um exemplo: numa quinta-feira recente,<br />
às 15:30, acompanhei uma amiga ao Museu<br />
Nacional de Belas Artes que, justiça seja feita,<br />
melhorou muitíssimo o nível de suas exposições<br />
e os espaços estavam literalmente vazios;<br />
ou melhor, apenas nós dois éramos os<br />
únicos visitantes.<br />
Como o MNBA outros tantos museus<br />
cariocas vivem à míngua de público, mes-<br />
mo aqueles assinados por arquitetos famosos,<br />
como o Museu de Arte Contemporânea<br />
de Niterói e o Museu de Arte Moderna, que<br />
só despertam atenção quando vêem de fora<br />
exposições de grandes nomes da História da<br />
Arte e assim mesmo quando divulgadas pela<br />
televisão. Como a imprensa atual dá pouca<br />
mídia ao assunto preferindo à Arte a culinárias<br />
– já notaram como cada vez mais a cozinha<br />
ocupa os espaços dos nossos jornais e<br />
revistas?<br />
Museus são instrumentos de cultura uma<br />
vez que neles são conservadas as nossa memória<br />
seja do passado ou do presente, ou,<br />
como querem agora, do futuro – se é que<br />
possamos estruturar ou perscrutar o que nos<br />
reserva o futuro.<br />
Para piorar a situação, mesmo quando<br />
os acervos particulares são cedidos em<br />
comodato frequentemente acontecem catástrofes,<br />
como o caso recente da Coleção<br />
Jean Boghici que uma parte iria para o novo<br />
Museu de Arte Brasileira, na Praça Mauá,<br />
já que ele ainda não divulgou qual será seu<br />
acervo próprio, ou indo mais longe, o lamentável<br />
incêndio do Museu de Arte Moderna,<br />
1978, que praticamente destruiu a<br />
maioria das obras do pintor uruguaio Torres<br />
Garcia e de uma dezena de artistas brasileiros,<br />
que sequer foram recompensados<br />
financeiramente pela perda de suas obras.<br />
Como se sabe, o seguro contra incêndio do<br />
MAM estava a descoberto há anos.<br />
O que é preciso salientar nessa nova onda<br />
museológica: os Centros Culturais instalados<br />
na cidade e patrocinados pelas grandes empresas<br />
como o Banco do Brasil, Caixa Econômica<br />
e Correios, além de fartas verbas e com<br />
programação de alto nível demonstram, sim,<br />
que eles estão fazendo pela cultura carioca o<br />
que nunca um museu sob responsabilidade do<br />
estado fez ou tentou fazer. Essa é a verdade.
18 ANUNCIE: 2549-1284 / copa@jornalcopacabana.com.br<br />
Nunca mais aquele cãozarrão nos esperando<br />
no topo da escada, latindo com uma<br />
expressão feliz e olhos arregalados. Os<br />
olhos amarelos que a gente tanto gostava.<br />
Nunca mais aqueles pelos<br />
“cheirosos” ficando nas<br />
nossas mãos e nas nossas<br />
roupas quando ele se arrastava<br />
na gente, doido por um<br />
carinho, ou a “neve” de pelos<br />
que cobria o chão da sala<br />
quando ele, apesar de saber<br />
que não podia, se esgueirava<br />
para dentro.<br />
O pastor canadense, com<br />
os pelos densos amarelados<br />
pelo sol, o tamanho descomunal<br />
e as orelhas triangulares,<br />
erguidas o tempo todo, se foi.<br />
Hunter se foi sem sofrer,<br />
sem dar trabalho a ninguém,<br />
sem um longo calvário de<br />
alguma doença. Partiu assim, de repente, em<br />
uma noite comum. Partiu na presença da família,<br />
sentiu que estava protegido, que podia<br />
relaxar e ir para onde tinha que ir. Sim, porque<br />
ele tinha que ir, a idade estava se tornando<br />
impossível, e a vida não é infinita.<br />
Eu gosto de pensar que agora ele está correndo<br />
ao lado da Lua, sua grande companhei-<br />
Hunter<br />
ra que partiu antes dele. Devem estar correndo<br />
sob os olhares do Bull – o mais bonito<br />
de todos – que, agora, não briga mais com o<br />
pai. Hunter, Lua e Bull, juntos, correndo em<br />
algum lugar...<br />
No mesmo dia - aliás<br />
madrugada - em que Hunter<br />
partia, nove filhotes nasciam.<br />
Na mesma casa, há<br />
dez metros de distância.<br />
Cada um tem sua crença,<br />
muitos dirão que se trata<br />
de simples coincidência,<br />
outros dirão que é destino,<br />
ou obra de uma força superior.<br />
Longe de mim dizer o<br />
que é certo ou errado, mas<br />
que foi um fato simbólico,<br />
isso é inegável. Foi o ciclo<br />
da vida que se evidenciou.<br />
O nascimento no mesmo<br />
dia da morte, o começo de<br />
uma vida – ou no caso nove – no mesmo<br />
momento do final de outra. Vida e morte,<br />
lados opostos de uma mesma moeda. Negar<br />
um é negar o outro.<br />
Só nos resta aceitar aquilo que não podemos<br />
mudar ou controlar, e compreender que<br />
é parte de um ciclo natural. O ciclo da vida.<br />
Grande abraço e até a próxima.
um jeito diferente de fazer jornal de bairro ANUNCIE: 2549-1284 / copa@jornalcopacabana.com.br 19<br />
Áries: 21/03 à 20/04 - Signo do<br />
elemento fogo, Áries tem como<br />
planeta regente Marte, o Deus da<br />
guerra, que lhe dá a forte de que<br />
precisa para enfrentar e vencer<br />
todos os desafios. Impetuoso e<br />
impulsivo, você segue sempre em<br />
frente. Este mês você obterá grande<br />
fortuna. Arrisque na loteria.<br />
Touro: 21/04 à 20/05 - Signo do<br />
elemento terra, touro tem como<br />
planeta regente Vênus, a deusa do<br />
amor e da harmonia, que lhe empresta<br />
otimismo necessário para<br />
vencer todas as crises. Perseverante<br />
você nunca foge de seus propósitos<br />
e nem das responsabilidades.<br />
Devido à Venus, esse mês será de<br />
casamentos e relacionado ao amor.<br />
Gêmeos: 21/05 à 20/06 - Signo<br />
do elemento Ar, gêmeos tem<br />
como planeta regente Mercúrio,<br />
o mensageiro dos deuses, que<br />
lhe dá energia mental e intelectual<br />
para analisar todos os lados<br />
de qualquer questão. Você é, sem<br />
dúvida, um grande diplomata e<br />
ótimo comerciante. Terá mudanças<br />
positivas.<br />
Câncer: 21/06 à 21/07 - Signo do<br />
elemento água, Câncer tem como<br />
astro regente a Lua, a deusa da<br />
maternidade, que lhe proporciona<br />
um agradável convívio familiar.<br />
Paciente e compreensivo, você<br />
ainda tem a seu favor uma grande<br />
intuição e mediunidade. Aproveite!<br />
Viagens à vista.<br />
Leão: 22/07 à 22/08 - Signo do<br />
elemento fogo, Leão tem como<br />
astro regente o Sol, que o faz<br />
brilhar intensamente, e até sem<br />
querer ofusca os outros. Companheiro<br />
fiel e dedicado, o leonino<br />
é capaz de relacionamentos intensos,<br />
calorosos e fiéis. Aproveite a<br />
boa fase de dinheiro, mas cuidado,<br />
não empreste demais.<br />
Virgem: 23/08 à 22/09 - Signo<br />
do elemento terra, Virgem tem<br />
como planeta regente Mercúrio,<br />
que lhe garante inteligência e<br />
precisão. Meticuloso e crítico por<br />
excelência, você é muito exigente<br />
consigo e com as outras pessoas,<br />
por isso, procure ser mais maleável,<br />
dengoso e se vista bem.<br />
Previsões<br />
Libra: 23/09 à 22/10 - Signo do<br />
elemento Ar, Libra tem como<br />
planeta regente Vênus, que lhe<br />
propicia energia para a arte e o<br />
amor. Com sua natural diplomacia,<br />
você age de modo apaziguador,<br />
buscando semear a paz no<br />
ambiente em que vive. Diana, a<br />
deusa da caça, vai trazer fortuna<br />
e melhorias. Tenha certeza.<br />
Escorpião: 23/10 à 21/11 - Signo<br />
do elemento água, escorpião tem<br />
como planeta regente Plutão, o<br />
que mora na escuridão, o mensageiro<br />
do cosmo. Isso o faz genial<br />
e briguento. Dono de uma incrível<br />
capacidade para trabalhar<br />
e fazer valer seus argumentos.<br />
Tome cuidado com os gastos esse<br />
mês, economize!<br />
Sagitário: 20/11 à 21/12 - Signo<br />
do elemento fogo, sagitário tem<br />
como planeta regente Júpiter.<br />
Uma nova fase está para começar.<br />
E sua felicidade vai depender<br />
de você saber se adaptar às novidades.<br />
Não adianta adiar o que é<br />
inevitável. Enfrente logo os problemas.<br />
Capricórnio: 22/12 à 20/01 -<br />
Signo do elemento terra, Capricórnio<br />
tem como planeta regente<br />
Saturno, o deus do tempo. Determinação<br />
e perseverança são palavras<br />
chave na sua vida, e você<br />
não mede nem tempo nem esforços<br />
para realizar seus sonhos. Período<br />
bom e de muita sorte. Um<br />
amor novo o fará feliz.<br />
Aquário: 21/01 à 19/02 - Signo<br />
do elemento Ar, Aquário tem<br />
como planeta regente Urano, que<br />
simboliza a energia do futuro.<br />
Arauto de uma nova era, você<br />
sempre se destaca pelo espírito<br />
inovador e pelas ideias avançadas<br />
e criativas. Terá muitas surpresas<br />
e alegrias. Novos amigos<br />
também.<br />
Peixes: 20/02 à 20/03 - Signo do<br />
elemento água, Peixes tem como<br />
planeta regente Netuno, que lhe dá<br />
força espiritual e inspiração divina.<br />
Romântico e místico, você dificilmente<br />
vive a realidade e prefere<br />
vagar por mundos idealizados.<br />
Mas tenha fé acima de tudo.<br />
Acervo Paradise Videolocadora<br />
Em que filme...<br />
Novidades<br />
4.RODRIGO SANTORO é um asqueroso personagem<br />
cafetão viciado em anfetaminas?<br />
1.MEGAN<br />
FOX tem asas<br />
de anjo e deixa<br />
Mickey Rourke<br />
atento?<br />
2.EMILY<br />
BROWNING<br />
tem vários<br />
empregos e<br />
um deles bem<br />
inusitado?<br />
3.FERNANDO<br />
CEYLÃO aparece<br />
fantasiado de<br />
super heroi num<br />
baile do passado?<br />
1.Homem do Futuro, de Claudio Torres / 2.Reis e Ratos, de Mauro Lima / 3.Beleza Adormecida, de Julia Leigh / 4.O Anjo do Desejo<br />
de Mitch Glazer.
20<br />
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