Revista ANP - União Sul-Brasileira
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Alberto R. Timm<br />
REVISTA <strong>ANP</strong> 08<br />
REPORTAGEM ESPECIAL<br />
O que é reavivamento<br />
O período pós-Conferência<br />
Geral de Atlanta, EUA (junho-julho de<br />
2010), tem se caracterizado por uma<br />
forte ênfase na busca de um reavivamento<br />
e uma reforma espiritual entre<br />
os obreiros e demais membros da igreja.<br />
Tal ênfase é uma resposta humana<br />
positiva ao apelo divino contido na promessa<br />
de 2 Crônicas 7:14: “Se o meu<br />
povo, que se chama pelo meu nome,<br />
se humilhar, e orar, e me buscar, e se<br />
converter dos seus maus caminhos, então,<br />
eu ouvirei<br />
dos céus, perdoarei<br />
os seus<br />
pecados e sararei a<br />
sua terra.” Sem dúvida,<br />
“um reavivamento<br />
da verdadeira piedade<br />
entre nós” é “a maior<br />
e a mais urgente de todas<br />
as nossas necessidades. Buscá-lo, deve ser<br />
nossa primeira ocupação.” – Mensagens Escolhidas,<br />
vol. 1, p. 121.<br />
Ellen G. White acrescenta: “Precisa<br />
haver um reavivamento e uma reforma, sob a<br />
ministração do Espírito Santo. Reavivamento<br />
e reforma são duas coisas diversas. Reavivamento<br />
significa renovação da vida espiritual,<br />
um avivamento das faculdades da mente e do<br />
coração, uma ressurreição da morte espiritual.<br />
Reforma significa uma reorganização, uma<br />
mudança nas ideias e teorias, hábitos e práticas.<br />
A reforma não trará o bom fruto da justiça<br />
a menos que seja ligada com o reavivamento<br />
do Espírito. Reavivamento e reforma devem<br />
efetuar a obra que lhes é designada, e no realizá-la,<br />
precisam fundir-se.” – Mensagens Escolhidas,<br />
vol. 1, p. 128.<br />
Podemos compreender melhor o assunto<br />
se tivermos em mente que reavivamento<br />
é a causa ou motivação e que reforma é o<br />
efeito ou consequência. Ambas devem andar<br />
juntas, pois reavivamento sem reforma é mera<br />
ilusão espiritual; e reforma sem reavivamento<br />
não passa de um formalismo ético. Portanto, é<br />
Reavivamento é a causa ou motivação e que<br />
reforma é o efeito ou consequência.<br />
Ambas devem andar juntas, pois<br />
reavivamento sem reforma é mera ilusão<br />
espiritual; e reforma sem reavivamento<br />
não passa de um formalismo ético.<br />
indispensável que consideremos ambos os conceitos<br />
com suas respectivas implicações.<br />
REAVIVAMENTO<br />
Causa / Motivação)<br />
O conceito de “reavivamento” espiritual<br />
é amplo e multifacetado, com muitos desdobramentos.<br />
Mas, independente do ângulo em que<br />
se aborde o tema, jamais poderíamos perder de<br />
vista quatro de suas características fundamentais.<br />
Reconhecimento da malignidade<br />
do pecado<br />
No mundo em que vivemos,<br />
temos “cerveja<br />
sem álcool”, “café descafeinado”<br />
e supostos<br />
“pecados despecaminados”.<br />
Muitos “terapeutas do púlpito” não mais<br />
estimulam os pecadores a se arrependerem<br />
de seus próprios pecados, mas apenas tentam<br />
ajudá-los a superar os traumas emocionais provocados<br />
pelos pecados dos outros, distribuindo<br />
incontáveis “analgésicos espirituais”. Em outras<br />
palavras, muitos hoje não admitem mais a pecaminosidade<br />
do sua própria natureza humana.<br />
As culturas se transformam ao longo<br />
dos séculos, mas o pecado jamais perde a sua<br />
malignidade com o transcurso do tempo. Isaías<br />
59:2 adverte: “Mas as vossas iniquidades fazem<br />
separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos<br />
pecados encobrem o seu rosto de vós, para que<br />
não vos ouça.” Sem uma clara compreensão da<br />
pecaminosidade do pecado, o pecador nunca<br />
sentirá necessidade de uma genuína conversão<br />
pessoal, pois “os sãos não precisam de médico,<br />
e sim os doentes” (Mt 9:12). Portanto, o verdadeiro<br />
reavivamento destrona o orgulho pessoal,<br />
levando o pecador a reconhecer a profunda malignidade<br />
dos seus próprios pecados.<br />
Sede de Deus<br />
No Salmo 42:1-2 lemos: “Como suspi-