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O POLIEMPREENDE, cuja origem<br />

remonta a 2004, é um projecto global<br />

que engloba os <strong>Instituto</strong>s <strong>Politécnico</strong>s<br />

do país, dando origem a um concurso<br />

nacional <strong>de</strong> projectos <strong>de</strong> empreen<strong>de</strong>dorismo<br />

on<strong>de</strong> competem todos os<br />

primeiros lugares dos concursos regionais<br />

<strong>de</strong> cada instituição. O fomento<br />

<strong>de</strong> uma cultura empresarial neste<br />

universo <strong>de</strong> instituições <strong>de</strong> ensino superior<br />

tem potenciado aspectos muito<br />

relevantes, tais como:<br />

• O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> competências<br />

empreen<strong>de</strong>doras, integrando-as<br />

no plano <strong>de</strong> estudos e nas activida<strong>de</strong>s<br />

curriculares, com vista a preparar os<br />

estudantes para o envolvimento em<br />

projectos inovadores autónomos;<br />

• A alteração na cultura científica das<br />

instituições académicas, no sentido<br />

<strong>de</strong> levar os seus agentes a <strong>de</strong>senvolver<br />

projectos <strong>de</strong> vocação empresarial,<br />

que possam criar valor para as regiões<br />

e para as comunida<strong>de</strong>s locais;<br />

• A criação <strong>de</strong> estruturas, através da<br />

colaboração com Câmaras Municipais,<br />

IAPMEI (FINICIA), banca, investidores<br />

<strong>de</strong> risco, entre outros, que possam<br />

apoiar projectos <strong>de</strong> vocação empresarial<br />

inovadores que apresentem viabilida<strong>de</strong><br />

e potenciem o <strong>de</strong>senvolvimento<br />

económico regional e nacional.<br />

No momento em que o <strong>Instituto</strong><br />

<strong>Politécnico</strong> <strong>de</strong> <strong>Lisboa</strong> assume a<br />

responsabilida<strong>de</strong> da gestão do programa<br />

Poliempreen<strong>de</strong> para o ano <strong>de</strong><br />

2011, importa realçar a relevância e<br />

o papel das instituições <strong>de</strong> ensino<br />

superior num quadro <strong>de</strong> fomento ao<br />

empreen<strong>de</strong>dorismo e à competitivida<strong>de</strong><br />

das empresas.<br />

A globalização das economias, a<br />

intensificação da concorrência e os<br />

novos mercados exigem das socieda<strong>de</strong>s<br />

contemporâneas e das suas<br />

economias esforços acrescidos no<br />

sentido <strong>de</strong> aumentar a sua capacida<strong>de</strong><br />

competitiva. Um dos meios mais<br />

eficazes para atingir este objectivo é<br />

o conhecimento científico, que po<strong>de</strong><br />

permitir incorporar no tecido empresarial<br />

novos produtos, conceitos e<br />

i<strong>de</strong>ias, assim como fortes índices <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento tecnológico.<br />

Politecnia n.º 25 Fevereiro / 2011<br />

As instituições <strong>de</strong> ensino superior<br />

são, por excelência, as gran<strong>de</strong>s concentradoras<br />

<strong>de</strong> conhecimento porque,<br />

ao incorporarem no seu corpo docente,<br />

em qualida<strong>de</strong> e quantida<strong>de</strong>, uma<br />

enorme diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> saberes, têm<br />

potenciado o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> projectos<br />

científicos <strong>de</strong> ponta nos vários<br />

domínios <strong>de</strong> investigação.<br />

Estes projectos <strong>de</strong>ram, em muitos<br />

casos, origem a empresas que<br />

hoje intervêm nos mercados com<br />

enorme sucesso, revolucionando<br />

produtos, sistemas <strong>de</strong> distribuição<br />

e <strong>de</strong> vendas, traduzindo-se numa<br />

intervenção inequívoca ao nível da<br />

competitivida<strong>de</strong> e do aumento <strong>de</strong> valor<br />

acrescentado.<br />

Contudo, estes exemplos sendo<br />

bons, não o são em quantida<strong>de</strong> suficiente<br />

para se po<strong>de</strong>r afirmar com<br />

proprieda<strong>de</strong> que a intervenção das<br />

instituições <strong>de</strong> ensino superior portuguesas<br />

no seu todo tivesse contribuído<br />

<strong>de</strong> forma directa e substantiva<br />

na estrutura empresarial nacional, <strong>de</strong><br />

modo a impulsionar um verda<strong>de</strong>iro<br />

<strong>de</strong>senvolvimento tecnológico direccio-<br />

Parar para Pensar<br />

O Ensino Superior e o Empreen<strong>de</strong>dorismo<br />

L. M. Vicente Ferreira<br />

(...) é preciso aliciar os<br />

estudantes estimulando-os<br />

para um exercício permanente<br />

<strong>de</strong> criativida<strong>de</strong> e inovação (...)<br />

nado para as empresas e para as suas<br />

áreas <strong>de</strong> proximida<strong>de</strong> geográfica.<br />

Mas, importa também referir que<br />

esta não era a missão principal das<br />

instituições <strong>de</strong> ensino superior. A sua<br />

missão primeira era a formação <strong>de</strong><br />

quadros <strong>de</strong> nível superior, a maioria<br />

dos quais, <strong>de</strong>stinados a dar suporte<br />

às estruturas técnicas das empresas<br />

e, nessa medida, o compromisso<br />

assumido com a socieda<strong>de</strong> foi claramente<br />

cumprido.<br />

Porém, estamos hoje num momento<br />

<strong>de</strong> viragem e <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição <strong>de</strong><br />

novos paradigmas para os <strong>Instituto</strong>s<br />

<strong>Politécnico</strong>s e Universida<strong>de</strong>s. Neste<br />

novo contexto, as instituições <strong>de</strong><br />

ensino superior nacionais mostramse<br />

disponíveis para serem um motor<br />

fundamental na ajuda da mo<strong>de</strong>rnização<br />

da estrutura produtiva, não só <strong>de</strong><br />

forma indirecta, através das formações<br />

<strong>de</strong> nível superior que suportem<br />

os quadros técnicos das empresas,<br />

mas também <strong>de</strong> forma directa, intervindo<br />

em sintonia com os próprios<br />

empresários através <strong>de</strong> projectos e/<br />

ou parcerias <strong>de</strong> investigação <strong>de</strong> interesse<br />

incontestável para as empresas,<br />

aliciando-os para a criação <strong>de</strong><br />

valor, para a optimização <strong>de</strong> processos<br />

e para o melhoramento e renovação<br />

<strong>de</strong> produtos.<br />

Mas importa, também, incutir no<br />

aluno <strong>de</strong> ensino superior um espírito<br />

empreen<strong>de</strong>dor. Para isso, é preciso<br />

aliciar os estudantes estimulandoos<br />

para um exercício permanente <strong>de</strong><br />

criativida<strong>de</strong> e inovação, envolvendoos<br />

nos projectos <strong>de</strong> investigação das<br />

instituições, preparando-os simultaneamente<br />

para <strong>de</strong>safios <strong>de</strong> assunção <strong>de</strong><br />

risco, <strong>de</strong> forma a <strong>de</strong>senvolverem competências<br />

capazes <strong>de</strong> os motivar para<br />

uma activida<strong>de</strong> empresarial.<br />

O <strong>Instituto</strong> <strong>Politécnico</strong> <strong>de</strong> <strong>Lisboa</strong><br />

tem responsabilida<strong>de</strong>s nesta matéria<br />

e, por isso, quer ser parte activa<br />

neste processo <strong>de</strong> mudança ajudando<br />

no aumento do emprego para os<br />

jovens com formação superior, no<br />

incremento da competitivida<strong>de</strong> das<br />

empresas e no crescimento da riqueza<br />

nacional.<br />

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