Newsletter Dezembro de 2008 - IEFP
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<strong>Newsletter</strong> <strong>Dezembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2008</strong> • Sobre esta edição<br />
FACILITADOR DE APRENDIZAGEM:<br />
a emergência <strong>de</strong> um perfil fundamental<br />
para as PME<br />
É evi<strong>de</strong>nte a vulgarização da figura do Facilitador, entendida <strong>de</strong> uma forma bastante genérica como o<br />
profissional que apoia processos <strong>de</strong> formação e <strong>de</strong> auto-formação nas organizações e a obtenção dos<br />
resultados <strong>de</strong> aprendizagem pretendidos, sendo evi<strong>de</strong>nte também nalguns países (sobretudo USA e<br />
Canadá) a emergência <strong>de</strong>sta profissão, que rapidamente tem ocupado um lugar específico ao lado do<br />
Consultor, Coacher ou Tutor.<br />
Apesar da vulgarização referida, o Facilitador é um perfil <strong>de</strong> contornos ainda difusos, encontrando-se<br />
<strong>de</strong>finições várias que o posicionam <strong>de</strong> forma mais ou menos evi<strong>de</strong>nte próximo dos perfis <strong>de</strong> Tutor, <strong>de</strong><br />
Formador em contexto <strong>de</strong> trabalho ou <strong>de</strong> Coacher. Assim, para o CEDEFOP, 1) o Facilitador<br />
correspon<strong>de</strong> ao(s) perfil(s) que promovem a aquisição <strong>de</strong> conhecimento e competências e que<br />
estabelecem um ambiente <strong>de</strong> aprendizagem favorável, incluindo o daqueles que exercem uma função<br />
<strong>de</strong> formação, educação, supervisão ou orientação. O Facilitador apoia o apren<strong>de</strong>nte na aquisição <strong>de</strong><br />
conhecimentos e competências através da promoção <strong>de</strong> orientação, feedback e aconselhamento,<br />
durante o processo <strong>de</strong> aprendizagem Neste sentido, as activida<strong>de</strong>s e competências que caracterizam<br />
esta figura po<strong>de</strong>m ser encontradas, <strong>de</strong> forma transversal mas em grau e intensida<strong>de</strong> diferenciados, em<br />
vários perfis da área da educação/formação.<br />
O Projecto RESYFAC – Reference System for Facilitators of Learning - coor<strong>de</strong>nado pelo CECOA–<br />
-Centro <strong>de</strong> Formação Profissional para o Comércio e Afins, numa parceria estratégica com o Instituto<br />
<strong>de</strong> Emprego e Formação Profissional e com mais 12 parceiros oriundos <strong>de</strong> diversos países europeus,<br />
adoptou a <strong>de</strong>finição do CEDEFOP, distinguindo ainda os Facilitadores Internos dos Externos<br />
(www.facilitationsystem.eu/Glossary/tabid/55/language/pt-PT/Default.aspx). Divulga-se no presente<br />
número <strong>de</strong>sta newsletter este Projecto, pela importância que po<strong>de</strong>rá assumir na estruturação <strong>de</strong> uma<br />
qualificação europeia <strong>de</strong> Facilitador da Aprendizagem<br />
Seja qual for o enfoque colocado na <strong>de</strong>finição do perfil,<br />
po<strong>de</strong>rá sempre encontrar-se um conjunto <strong>de</strong> competências<br />
comum a todas as <strong>de</strong>finições e que passam pela orientação<br />
pelo contexto organizacional, relacionando e transferindo o<br />
conhecimento para as situações <strong>de</strong> trabalho concretas, pela<br />
organização da aprendizagem através da selecção <strong>de</strong><br />
métodos <strong>de</strong> formação flexíveis e abertos e frequentemente<br />
apoiados em TIC, pelo apoio a processos <strong>de</strong> aprendizagem e<br />
<strong>de</strong> auto-aprendizagem, pela promoção do trabalho<br />
colaborativo e em grupo, pelo auto-<strong>de</strong>senvolvimento<br />
profissional… E ainda por saberes sociais e relacionais que<br />
apelam à resolução e gestão <strong>de</strong> conflitos, à gestão da<br />
diversida<strong>de</strong>, ao trabalho em equipa, à capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
adaptação a diferentes contextos, e à capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
encorajar o <strong>de</strong>senvolvimento pessoal dos indivíduos e a<br />
promoção da sua autonomia.<br />
1) Mark TISSOT, Philippe, Glossary, Terminology of vocational training<br />
policy, CEDEFOP, 2004.<br />
Outros Ângulos<br />
Facilitador <strong>de</strong> Aprendizagem:<br />
um potenciador dos recursos<br />
<strong>de</strong> educação/formação das<br />
empresas<br />
Para Troca<br />
Projecto RESYFAC - Reference<br />
System for Facilitators of<br />
Learning<br />
Bloco <strong>de</strong> Notas<br />
Acções, Seminários, Encontros<br />
Ler & Ver<br />
Recursos e Notícias<br />
1 Departamento <strong>de</strong> Formação Profissional - Centro Nacional <strong>de</strong> Qualificação <strong>de</strong> Formadores
<strong>Newsletter</strong> <strong>Dezembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2008</strong> • Sobre esta edição<br />
Tendo em consi<strong>de</strong>ração o enquadramento feito, as questões que se colocam é o do porquê da rápida<br />
generalização <strong>de</strong>ste perfil e quais os factores que têm pressionado e, na nossa opinião, pressionarão cada<br />
vez mais as organizações e sobretudo as PME a <strong>de</strong>senvolverem a figura do Facilitador. Com efeito, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a<br />
popularização do termo Facilitador na<br />
obra Freedom to learn: a view of what<br />
education might become (Rogers, 1969),<br />
2) que as referências ao Facilitador se<br />
têm vulgarizado na literatura das áreas<br />
da educação e da formação,<br />
multiplicando-se igualmente as ofertas<br />
formativas que visam formar e qualificar<br />
Facilitadores.<br />
A resposta às questões colocadas é a<br />
necessida<strong>de</strong> sentida pelas empresas <strong>de</strong><br />
adaptação eficaz a um mercado global e<br />
a uma realida<strong>de</strong> técnica e tecnológica<br />
em rápida e permanente evolução,<br />
combinada com a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> gerir<br />
fontes <strong>de</strong> informação crescentemente<br />
d i v e r s i fi c a d a s e c o m p l e x a s .<br />
Necessida<strong>de</strong> agravada num contexto <strong>de</strong><br />
crise global como a vivida actualmente.<br />
A estratégia é cada vez mais a <strong>de</strong><br />
adopção <strong>de</strong> práticas <strong>de</strong> formação e <strong>de</strong><br />
qualificação que permitam, “in-time” e<br />
<strong>de</strong> forma autónoma e flexível, criar as<br />
competências a<strong>de</strong>quadas ao contexto e<br />
ás necessida<strong>de</strong>s específicas das<br />
empresas, i<strong>de</strong>ntificando e mobilizando<br />
os recursos (internos e externos) mais<br />
a<strong>de</strong>quados e promovendo uma<br />
formação baseada no posto <strong>de</strong> trabalho,<br />
nas tarefas e na resolução <strong>de</strong><br />
problemas. Aposta-se também mais em<br />
técnicas que promovam a participação e<br />
o trabalho <strong>de</strong> grupo, potenciando<br />
sinergias e partilhando problemas e<br />
resultados. O Facilitador (interno ou<br />
externo) assume-se nesta nova<br />
abordagem como um recurso, um pivot<br />
indispensável, criando oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
aprendizagem da forma mais eficaz e conduzindo ao aumento da respectiva qualida<strong>de</strong>, promovendo e<br />
apoiando inclusivamente processos <strong>de</strong> reconhecimento e valorização <strong>de</strong> aprendizagens não-<br />
-formais e informais.<br />
Centrado no processo – “how you do” – e não tanto nos conteúdos – “what you do” – o Facilitador surge<br />
como uma figura que contribui <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>cisiva para a melhoria da qualificação dos activos das empresas e<br />
sobretudo das PME, po<strong>de</strong>ndo constituir um perfil <strong>de</strong> especialização face ao perfil <strong>de</strong> Formador ou <strong>de</strong> Tutor<br />
em contexto <strong>de</strong> trabalho.<br />
2) Na obra o autor propunha que o sistema educativo maximizasse a liberda<strong>de</strong> individual para apren<strong>de</strong>r e que removesse<br />
os obstáculos, envolvendo os alunos no planeamento e <strong>de</strong>cisão relativos ao processo <strong>de</strong> aprendizagem e utilizando<br />
técnicas <strong>de</strong> auto-avaliação, <strong>de</strong>senvolvendo os conceitos <strong>de</strong> “learn how to learn” e “become autonomous”.<br />
Ana Cristina Paulo<br />
Directora do CNQF<br />
ana.paulo@iefp.pt<br />
2 Departamento <strong>de</strong> Formação Profissional - Centro Nacional <strong>de</strong> Qualificação <strong>de</strong> Formadores
<strong>Newsletter</strong> <strong>Dezembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2008</strong> • Outros ângulos<br />
Facilitador <strong>de</strong> Aprendizagem:<br />
um potenciador dos recursos <strong>de</strong> educação/<br />
formação das Empresas<br />
Em momentos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> e difíceis transformações sociais e económicas, pressente-se um movimento <strong>de</strong><br />
revalorização da Formação Profissional enquanto instrumento <strong>de</strong> qualificação efectiva <strong>de</strong> pessoas e<br />
organizações, vista nalguns casos como factor <strong>de</strong>cisivo para a sobrevivência em contextos muito adversos e<br />
sobretudo muito imprevisíveis em que nos encontramos.<br />
Não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser curioso e paradoxal que alguns dos alicerces aparentemente mais sólidos da nossa história<br />
colectiva mais recente, estejam neste momento em situação <strong>de</strong> evi<strong>de</strong>nte vulnerabilida<strong>de</strong>, como evi<strong>de</strong>nciam o<br />
colapso dos mercados financeiros, os sobressaltos da nova economia e a crise global que tarda em ser<br />
superada. Como contraponto a este contexto tão (largamente) <strong>de</strong>pressivo, parece ser recomendável<br />
“voltarmos à terra” e assentarmos muito bem os pés no chão. Como? Revalorizando a economia real no que<br />
ela tem <strong>de</strong> mais nobre, incorporando realismo e bom senso nas análises previsionais, conhecendo melhor os<br />
mercados e também “revalorizando” o papel das aprendizagens nas organizações.<br />
De facto, naquilo que pomposamente chamamos frequentemente o domínio do imaterial, a Formação<br />
Profissional representa porventura um dos domínios que melhor tem resistido às turbulências dos últimos<br />
tempos quer na sua valia real e simbólica, quer nas percepções sociais da importância associada à chamada<br />
Aprendizagem ao Longo da Vida (ALV). Nas empresas o valor e a pertinência da Formação são valores em<br />
alta e crescentemente estimados como um factor <strong>de</strong>cisivo para o seu padrão competitivo global. Em termos<br />
políticos a ALV constitui uma centralida<strong>de</strong> estratégica do actual Governo na medida em que se consi<strong>de</strong>ra a<br />
qualificação dos portugueses como um factor <strong>de</strong>cisivo para potenciar o crescimento económico e o aumento<br />
da riqueza do País.<br />
Parece-me pois que neste quadro tão favorável para o <strong>de</strong>senvolvimento da Formação Profissional e com<br />
tantos recursos disponíveis, a criação <strong>de</strong> condições favoráveis ao aconselhamento e orientação das pessoas<br />
e <strong>de</strong> assistência técnica qualificada para as Empresas, bem como a remoção dos chamados “custos <strong>de</strong><br />
contexto” ainda muito presentes na envolvente empresarial, são necessida<strong>de</strong>s inquestionáveis dos dias <strong>de</strong><br />
hoje que vale a pena aprofundar. É sem dúvida muito interessante a criação da figura do chamado Facilitador<br />
<strong>de</strong> Aprendizagem enquanto promotor/estimulador da aquisição <strong>de</strong> conhecimentos e competências e<br />
sobretudo <strong>de</strong> ambientes “amigos” <strong>de</strong> aprendizagens continuadas e sustentáveis. Para além das óbvias<br />
vantagens <strong>de</strong>ste novo perfil profissional, sobretudo num quadro <strong>de</strong> referência alargado ao espaço europeu,<br />
nunca é <strong>de</strong>mais referir a especial aplicação <strong>de</strong>sta nova profissionalida<strong>de</strong> a uma maior valorização e<br />
revalorização das aprendizagens informais e não formais, tão importantes no nosso sistema <strong>de</strong> formação<br />
mais ainda muito <strong>de</strong>svalorizado socialmente. E isso faz-se não pela mimetização metodológica com o<br />
sistema formal mas pela busca e <strong>de</strong>monstração permanente <strong>de</strong> evidências <strong>de</strong> resultados, <strong>de</strong> rigor e <strong>de</strong><br />
práticas eficazes e sustentadas.<br />
Em suma, o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> um novo perfil <strong>de</strong> Facilitador <strong>de</strong> Aprendizagem ao Longo da Vida a que eu<br />
chamaria um “potenciador <strong>de</strong> recursos <strong>de</strong> educação/formação”, tem sentido porque:<br />
correspon<strong>de</strong> à exigências dos mais mo<strong>de</strong>rnos sistemas <strong>de</strong> educação e formação;<br />
po<strong>de</strong> melhorar os níveis <strong>de</strong> confiança e legitimida<strong>de</strong> social das dinâmicas inerentes à ALV;<br />
po<strong>de</strong> assegurar níveis mais eficazes <strong>de</strong> comunicação entre os principais agentes e operadores <strong>de</strong><br />
educação e formação;<br />
potencia o valor da diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> recursos, metodologias e dispositivos afectos à ALV;<br />
tem um papel <strong>de</strong>cisivo no enfrentamento <strong>de</strong> contextos multivariáveis e muito imprevisíveis, estimulando<br />
soluções personalizadas e adaptadas;<br />
po<strong>de</strong> ajudar à criação <strong>de</strong> ambientes <strong>de</strong> formação intelectual e afectivamente estimulantes e por<br />
consequência geradores <strong>de</strong> níveis <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho mais elevados.<br />
Deixo por fim uma reserva construtiva: é preciso resistir às tentações hiper regulamentadoras que tudo<br />
prevêem e tudo reduzem a matrizes padronizadas e redutoras. Importa pois investir num perfil inovador que<br />
qualifique <strong>de</strong> facto os contextos e processos formativos e que assegure níveis mais harmoniosos <strong>de</strong><br />
mobilida<strong>de</strong>, bem como o aperfeiçoamento dos processos <strong>de</strong> transferência e reconhecimento das<br />
qualificações na Europa.<br />
A relevância dos trabalhos sobre este novo perfil conduzido pelo Instituto <strong>de</strong> Emprego e Formação<br />
Profissional, através do CNQF do Departamento <strong>de</strong> Formação e por outros operadores muito contribuirão,<br />
estou certo, para a <strong>de</strong>sejável melhoria e credibilida<strong>de</strong> do sistema <strong>de</strong> educação e formação em Portugal.<br />
António Pêgo<br />
Associação Empresarial <strong>de</strong> Portugal (AEP)<br />
ampego@aeportugal.com<br />
www.aeportugal.pt<br />
3 Departamento <strong>de</strong> Formação Profissional - Centro Nacional <strong>de</strong> Qualificação <strong>de</strong> Formadores
<strong>Newsletter</strong> <strong>Dezembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2008</strong> • Para troca<br />
Projecto RESYFAC<br />
Reference System for Facilitators of Learning<br />
Nos dias <strong>de</strong> hoje, as pequenas e médias empresas (PME’s) europeias, ao enfrentarem um mundo<br />
caracterizado pela sua crescente globalização, encontram-se cada vez mais conscientes da importância <strong>de</strong><br />
uma constante actualização dos seus Recursos Humanos <strong>de</strong> forma a manter o seu negócio competitivo e<br />
atractivo para o mercado.<br />
Face a este contexto, as entida<strong>de</strong>s formadoras começam a posicionar-se no mercado das PME’s <strong>de</strong> forma a<br />
oferecerem serviços a<strong>de</strong>quados às suas necessida<strong>de</strong>s específicas, apostando em ofertas formativas<br />
baseadas no aproveitamento <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendizagem criadas no local <strong>de</strong> trabalho, em situações<br />
reais do dia-a-dia. Assim, a aprendizagem assenta nas capacida<strong>de</strong>s individuais <strong>de</strong> resolver os problemas<br />
específicos e concretos apresentados e <strong>de</strong> adquirir as competências necessárias para gerir os seus próprios<br />
processos <strong>de</strong> aprendizagem.<br />
Nesta sequência, é fundamental promover a facilitação das aprendizagens nas PME’s europeias,<br />
nomeadamente através da construção <strong>de</strong> um perfil europeu <strong>de</strong> facilitador da aprendizagem, entendido como<br />
o promotor da aquisição <strong>de</strong> conhecimentos e competências através da criação <strong>de</strong> um contexto <strong>de</strong><br />
aprendizagem a<strong>de</strong>quado, incluindo assim, os profissionais da área da educação e da formação profissional,<br />
os consultores e os responsáveis internos das empresas que <strong>de</strong>sempenham estas funções. O facilitador das<br />
aprendizagens mais do que ensinar o indivíduo, estimula a sua aprendizagem: o seu objectivo é ajudar o<br />
indivíduo a <strong>de</strong>senvolver as suas diversas competências fornecendo orientação, retorno <strong>de</strong> informação e<br />
aconselhamento permanente durante todo o processo <strong>de</strong> aprendizagem.<br />
A facilitação das aprendizagens converte a aprendizagem não formal em aprendizagem intencional e<br />
estruturada nos seus objectivos, na sua duração (início e termo do processo <strong>de</strong> aprendizagem) e no seu<br />
apoio. A facilitação das aprendizagens, nesta perspectiva, leva ao aumento da qualida<strong>de</strong> da aprendizagem<br />
não formal e po<strong>de</strong> inclusivamente resultar em processos <strong>de</strong> aprendizagem formal ou em processos <strong>de</strong><br />
validação das aprendizagens.<br />
É assim, neste contexto e <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início <strong>de</strong> <strong>2008</strong>, que o CECOA – Centro <strong>de</strong> Formação Profissional para o<br />
Comércio e Afins, numa parceria estratégica com o Instituto <strong>de</strong> Emprego e Formação Profissional e com<br />
mais 12 parceiros oriundos <strong>de</strong> diversos países europeus tais como a Alemanha, a Dinamarca, a Eslováquia, a<br />
Holanda, a Itália, a Lituânia, Malta e o Reino Unido e com o apoio da Comissão Europeia através do<br />
Programa <strong>de</strong> Aprendizagem ao Longo da Vida – Leonardo da Vinci, se encontra a <strong>de</strong>senvolver o projecto<br />
RESYFAC – Reference System for Facilitators of Learning. O objectivo geral do projecto RESYFAC é<br />
aprofundar o conhecimento existente a nível nacional e europeu no que concerne aos processos <strong>de</strong><br />
facilitação das aprendizagens (nomeadamente não formais e informais) nos diversos contextos<br />
correspon<strong>de</strong>ntes, contribuindo assim para o reconhecimento/transparência das qualificações dos<br />
facilitadores das aprendizagens no Espaço Europeu e concorrendo consequentemente para uma mobilida<strong>de</strong><br />
mais eficaz <strong>de</strong>stes profissionais através do estabelecimento <strong>de</strong> um Sistema <strong>de</strong> Referência a nível Europeu<br />
que será no futuro a base <strong>de</strong> um Sistema ECVET para os facilitadores da aprendizagem.<br />
Assim, neste momento, tendo sido levada a cabo pela parceria do projecto uma investigação em 28 países<br />
europeus com o objectivo <strong>de</strong> esclarecer, numa perspectiva <strong>de</strong> resultados da aprendizagem, quais as<br />
activida<strong>de</strong>s, tarefas, conhecimentos, aptidões e competências comuns a todos os profissionais <strong>de</strong>sta área<br />
(facilitadores, tutores, mentores, coaches, etc...) e quais são aquelas que são específicas a cada realida<strong>de</strong><br />
cultural, o próximo passo está a ser dado pelo parceiro dinamarquês AMU que, ao realizar uma análise<br />
criteriosa dos resultados obtidos, irá obter os dados que permitirão, por um lado, a criação <strong>de</strong> mapas<br />
interactivos cujo objectivo é evi<strong>de</strong>nciar quais as principais tendências europeias nesta matéria, e por outro<br />
lado, a construção <strong>de</strong> um Sistema <strong>de</strong> Referência a nível europeu que irá contribuir para a estruturação <strong>de</strong><br />
uma qualificação europeia <strong>de</strong> Facilitador da Aprendizagem.<br />
Importa ainda referir que, num contexto em que a mobilida<strong>de</strong> europeia constitui um importante factor <strong>de</strong><br />
integração tanto para a economia como para os indivíduos, a parceria preten<strong>de</strong> ainda investigar, no âmbito<br />
do projecto RESYFAC, como po<strong>de</strong> a mobilida<strong>de</strong> ser uma mais-valia para o reconhecimento Europeu da<br />
qualificação dos facilitadores da aprendizagem.<br />
Este objectivo em particular enquadra-se nas priorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>finidas pela Comissão Europeia não só <strong>de</strong> formar<br />
um espaço europeu comum na área da educação e formação profissional através da criação <strong>de</strong> um Quadro<br />
Europeu <strong>de</strong> Qualificações (EQF - European Qualifications Framework), mas também <strong>de</strong> promover a<br />
transparência, a comparabilida<strong>de</strong>, a transferência e o reconhecimento das qualificações entre os diversos<br />
Sistemas <strong>de</strong> Educação e Formação Profissional através da criação do Sistema Europeu <strong>de</strong> Créditos para a<br />
Educação e Formação Profissional (ECVET - European Credit Vocational Education Training). De facto, é<br />
claramente recomendado pela Comissão Europeia que os Estados-membros continuem, no âmbito das suas<br />
4 Departamento <strong>de</strong> Formação Profissional - Centro Nacional <strong>de</strong> Qualificação <strong>de</strong> Formadores
<strong>Newsletter</strong> <strong>Dezembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2008</strong> • Para troca<br />
iniciativas ligadas à Educação e Formação Profissional, a <strong>de</strong>senvolver a base conceptual do Sistema ECVET,<br />
implementando os seus princípios e promovendo uma cooperação institucional mais acentuada nesta área.<br />
Neste contexto, o primeiro passo apontado pela Comissão Europeia para alcançar um Sistema ECVET passa<br />
por conhecer quais são as especificida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>terminada qualificação em cada contexto nacional <strong>de</strong><br />
forma a ser aferido em que medida a mobilida<strong>de</strong> é uma mais valia no quadro <strong>de</strong>ssa qualificação e a ser<br />
estabelecido um Sistema <strong>de</strong> Referência a nível europeu. Para os Facilitadores da Aprendizagem, o projecto<br />
RESYFAC, através dos resultados que preten<strong>de</strong> alcançar, po<strong>de</strong> contribuir para preparar o terreno para que<br />
esta qualificação seja valorizada e reconhecida a nível Europeu.<br />
Para mais informações sobre o projecto RESYFAC, por favor aceda<br />
ao site do CECOA: www.cecoa.pt/projectos/transncio/resyfac.htm<br />
ao site do projecto: http://www.facilitationsystem.eu<br />
ou contacte a Filipa Kirkby através do e-mail: filipa.kirkby@cecoa.pt<br />
Filipa Kirkby - CECOA<br />
Inovação e Desenvolvimento<br />
Innovation and Development<br />
filipa.kirkby@cecoa.pt<br />
5 Departamento <strong>de</strong> Formação Profissional - Centro Nacional <strong>de</strong> Qualificação <strong>de</strong> Formadores
<strong>Newsletter</strong> <strong>Dezembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2008</strong> • Bloco <strong>de</strong> Notas<br />
Eventos que vão acontecer<br />
2ª Conferência Internacional RESUP<br />
DESIGUALDADES NO ENSINO SUPERIOR E NA INVESTIGAÇÃO<br />
Lausanne, 18, 19 e 20 <strong>de</strong> Junho 2009<br />
Conferência organizada pelo Study Network on Higher Education (RESUP) em<br />
parceria com o Observatory for Science, Policy and Society (OSPS) a Faculty of<br />
Social and Political Sciences (SSP) e a University of Lausanne (UNIL)<br />
As <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s no âmbito dos subsistemas do ensino superior e da investigação<br />
constituem uma questão-chave na análise das dinâmicas dos sectores referidos.<br />
Nos últimos anos, particularmente, vários trabalhos têm sido <strong>de</strong>senvolvidos, visando nomeadamente<br />
avaliar o impacto da expansão do acesso ao ensino superior, da internacionalização e da diferenciação na<br />
redução ou ampliação das <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s, sejam elas no acesso ao ensino superior, na integração no<br />
mercado <strong>de</strong> trabalho e nos percursos académicos, ou <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> género ou inter-institucionais.<br />
A presente Conferência visa aumentar o conhecimento sobre a presente<br />
problemática, a sua medida e tipo <strong>de</strong> produção, assim como sobre as suas<br />
consequências, através da apresentação <strong>de</strong> comunicações centradas numa<br />
análise internacional e na apresentação <strong>de</strong> boas práticas.<br />
Informação relativa ao Programa da Conferência, inscrições, contactos dos<br />
organizadores e outras matérias, está disponível na página do RESUP:<br />
www.u-bor<strong>de</strong>aux2.fr/resup/ ou na página do Observatory for Science, Policy and Society:<br />
www.unil.ch/osps<br />
Contextos educativos na socieda<strong>de</strong> contemporânea<br />
Encontro da Secção <strong>de</strong> Sociologia da Educação da Associação Portuguesa <strong>de</strong> Sociologia<br />
Lisboa, 23 e 24 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 2009<br />
A educação constitui hoje uma dimensão fundamental no<br />
<strong>de</strong>senvolvimento das socieda<strong>de</strong>s, bem como na vida <strong>de</strong> cada<br />
pessoa. As suas conquistas e fracassos traçam caminhos,<br />
<strong>de</strong>finem oportunida<strong>de</strong>s, marcam diferenças. A melhor prova<br />
disso é a pluralida<strong>de</strong> <strong>de</strong> discursos e controvérsias em torno da educação. Num momento em que a escola<br />
acolhe o universo <strong>de</strong> crianças e adolescentes, outras formas <strong>de</strong> educação encontram-se em franca<br />
expansão, com modalida<strong>de</strong>s diversas e para segmentos da população muito variados (formações on-job,<br />
reconhecimento <strong>de</strong> compertências, universida<strong>de</strong>s da 3ª ida<strong>de</strong>, cursos para bebés, entre inúmeras outras).<br />
Neste sentido, a Associação Portuguesa <strong>de</strong> Sociologia preten<strong>de</strong> fomentar a reflexão e a acção nesta área,<br />
criando um espaço <strong>de</strong> divulgação e <strong>de</strong>bate acerca dos avanços mais recentes do conhecimento<br />
sociológico sobre as realida<strong>de</strong>s educativas, a nível nacional e internacional, envolvendo os especialistas<br />
nesta área, bem como outras pessoas interessadas no tema, incluindo professores, formadores, técnicos,<br />
jornalistas...<br />
Mais informação disponível em www.aps.pt<br />
6 Departamento <strong>de</strong> Formação Profissional - Centro Nacional <strong>de</strong> Qualificação <strong>de</strong> Formadores
<strong>Newsletter</strong> <strong>Dezembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2008</strong> • Bloco <strong>de</strong> Notas<br />
Eventos que vão acontecer<br />
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<strong>Newsletter</strong> <strong>Dezembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2008</strong> • Ler & Ver<br />
Divulgação <strong>de</strong> recursos<br />
e <strong>de</strong> Referenciais <strong>de</strong> Formação<br />
A Agência Nacional para a Qualificação, IP editou recentemente uma brochura sobre o<br />
Catálogo Nacional <strong>de</strong> Qualificações – “Catálogo Nacional <strong>de</strong> Qualificações – para uma oferta<br />
relevante e certificada”. Esta brochura preten<strong>de</strong> dar a conhecer este instrumento <strong>de</strong> gestão<br />
estratégica das qualificações <strong>de</strong> nível não superior, integrado no Sistema Nacional <strong>de</strong><br />
Qualificações.<br />
O Catálogo tem como objectivo promover e facilitar o acesso à qualificação <strong>de</strong> dupla certificação a<br />
jovens e adultos, nomeadamente: i) modularizando a oferta <strong>de</strong> formação – <strong>de</strong>finindo percursos<br />
formativos organizados em unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> curta duração (25 e/ou 50horas) e ii)<br />
disponibilizando referenciais para processos <strong>de</strong> Reconhecimento, Validação e Certificação <strong>de</strong><br />
Competências.<br />
Esta brochura, que agora se divulga, está disponível para consulta na página da ANQ (na área do<br />
Catálogo Nacional <strong>de</strong> Qualificações), bem como na página do próprio Catálogo<br />
www.catalogo.anq.gov.pt e apresenta os conteúdos, as funcionalida<strong>de</strong>s e as potencialida<strong>de</strong>s da<br />
utilização <strong>de</strong>sta ferramenta. São ainda apresentados exemplos <strong>de</strong> organização <strong>de</strong> um referencial global<br />
<strong>de</strong> formação do CNQ; <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Formação <strong>de</strong> Curta Duração (UFCD) da componente <strong>de</strong> formação<br />
<strong>de</strong> base; <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Formação <strong>de</strong> Curta Duração (UFCD) da componente <strong>de</strong> formação tecnológica<br />
e ainda <strong>de</strong> um Referencial <strong>de</strong> Reconhecimento, Validação e Certificação <strong>de</strong> Competências Profissional.<br />
O Catálogo é um instrumento aberto e em permanente actualização sendo gerido pela Agência Nacional<br />
para a Qualificação, I.P.<br />
8 Departamento <strong>de</strong> Formação Profissional - Centro Nacional <strong>de</strong> Qualificação <strong>de</strong> Formadores
<strong>Newsletter</strong> <strong>Dezembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2008</strong> • Ler & Ver<br />
Divulgação <strong>de</strong> recursos<br />
e <strong>de</strong> Referenciais <strong>de</strong> Formação<br />
Letting learning out of the box : comparative study on faciliating learning in SMEs<br />
Este relatório apresenta os resultados <strong>de</strong> um estudo comparativo do “estado<br />
da arte” da facilitação da aprendizagem em pequenas e médias empresas,<br />
em seis países europeus: Dinamarca, Alemanha, Malta, Portugal e Eslovénia.<br />
Este estudo faz parte do projecto Desenvolvimento <strong>de</strong> competências através<br />
<strong>de</strong> autoformação em serviço em PMEs” (CompServ), apoiado pelo Programa<br />
Leonardo da Vinci.<br />
O objectivo do estudo era obter indicações sobre a forma <strong>de</strong> introdução <strong>de</strong><br />
novas técnicas <strong>de</strong> aprendizagem (facilitação da aprendizagem e autoaprendizagem)<br />
em contexto <strong>de</strong> trabalho, que potenciassem a criação <strong>de</strong><br />
padrões organizativos <strong>de</strong> trabalho não baseados em funções e que<br />
permitissem ultrapassar os obstáculos típicos à efectiva aprendizagem neste tipo <strong>de</strong> empresas.<br />
Gui<strong>de</strong> to conceive and evaluate e-learning courses for SMEs entrepreneurs and<br />
training provi<strong>de</strong>rs: implementing e-learning in SMEs<br />
Este guia foi <strong>de</strong>senvolvido no âmbito do projecto piloto ELQ-SMEs-e-Learning<br />
Quality for SMEs: guidance and counselling”, apoiado pelo Programa<br />
Leonardo da Vinci. O objectivo do consórcio envolvido no projecto era<br />
<strong>de</strong>senvolver um guia <strong>de</strong> orientação para a concepção e avaliação <strong>de</strong> cursos<br />
<strong>de</strong> formação online <strong>de</strong>stinados a PMEs.<br />
Os autores consi<strong>de</strong>ram que guia não é um trabalho completo, <strong>de</strong>vendo ser<br />
encarado como um passo em frente na tentativa <strong>de</strong> disponibilizar materiais e<br />
recursos úteis tendo em conta critérios <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> do e-learning e da<br />
avaliação ROI.<br />
Procura-se proporcionar apoio e orientação aos empreen<strong>de</strong>dores e outros<br />
<strong>de</strong>cisores, na selecção dos programas <strong>de</strong> formação online mais a<strong>de</strong>quados<br />
para os seus empregados, elevando, também a sua consciencialização para as vantagens das<br />
soluções <strong>de</strong> formação online na resposta a necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> formação e a perfis <strong>de</strong> empregados<br />
específicos (auto-orientação e automotivação).<br />
São disponibilizadas, em Cd-Rom, sete boas práticas a nível europeu.<br />
Planeamento estratégico para PME’s<br />
O curso <strong>de</strong> Planeamento estratégico para PME’s <strong>de</strong>stina-se a gestores,<br />
activos com experiência profissional, que tenham necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> obter uma<br />
perspectiva consistente dos principais conceitos abrangidos pelo<br />
planeamento estratégico.<br />
O planeamento estratégico para PME’s é uma ferramenta útil para os<br />
indivíduos que têm uma orientação profissional na área da gestão, numa<br />
vertente estratégia.<br />
9 Departamento <strong>de</strong> Formação Profissional - Centro Nacional <strong>de</strong> Qualificação <strong>de</strong> Formadores
<strong>Newsletter</strong> <strong>Dezembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2008</strong> • Ler & Ver<br />
Divulgação <strong>de</strong> recursos<br />
e <strong>de</strong> Referenciais <strong>de</strong> Formação<br />
Formação PME<br />
Nesta página do site do portal da AEPPortugal são divulgados<br />
eventos, formação, notícias, manuais, estudos, programas e outra<br />
informação dirigida às PME, no sentido <strong>de</strong> apoiar a mo<strong>de</strong>rnização<br />
das empresas e qualificação dos recursos humanos, <strong>de</strong> modo a<br />
estarem preparadas para competir no mercado interno e externo.<br />
Referenciais <strong>de</strong> Formação Contínua <strong>de</strong> Formadores já editados pelo CNQF:<br />
‣ Gestão da Formação<br />
‣ Concepção e Produção <strong>de</strong> Materiais para Auto-Estudo<br />
‣ Animação <strong>de</strong> Grupos em Formação<br />
‣ Avaliação das Aprendizagens<br />
‣ Para uma Cidadania Activa: a Igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Homens e Mulheres<br />
‣ Técnicas <strong>de</strong> Avaliação na Formação<br />
‣ Utilização Pedagógica <strong>de</strong> Imagens Digitais<br />
‣ Sistemas e Metodologias <strong>de</strong> Formação Profissional em Portugal • 1960-2003<br />
‣ Exploração Pedagógica <strong>de</strong> Recursos Didácticos – do Audiovisual ao Multimédia<br />
‣ Desenvolvimento <strong>de</strong> Recursos Formativos para a Internet – WebQuest<br />
‣ Da Expressão Dramática à Comunicação<br />
‣ Métodos e Estratégias <strong>de</strong> Formação<br />
‣ Utilização do PowerPoint para o Desenvolvimento <strong>de</strong> Produtos Interactivos para a Formação<br />
‣ Par uma cidadania activa: A aprendizagem Intercultural<br />
‣ A Educação Sexual no Contexto da Formação Profissional.<br />
Informamos ainda que os referenciais <strong>de</strong> Formação Pedagógica Inicial e Contínua <strong>de</strong> Formadores, já<br />
editados, se encontram acessíveis, para donwload, no portal do <strong>IEFP</strong> I.P., - www.iefp.pt<br />
Projecto Europeu Teval 2<br />
A equipa do projecto europeu TEVAL 2 - Innovative Evaluation Mo<strong>de</strong>l in Teaching and Training<br />
Organisations (www.teval-ii.eu), está a realizar, em colaboração com o Instituto do Emprego e Formação<br />
Profissional, I.P., Departamento <strong>de</strong> Formação Profissional, Centro Nacional <strong>de</strong> Qualificação<br />
<strong>de</strong> Formadores, um survey para averiguar as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> formação<br />
<strong>de</strong> formadores para a aplicação <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> avaliação <strong>de</strong><br />
competências, a partir das suas práticas actuais. Este estudo está a<br />
ser realizado, igualmente e neste momento, também nos restantes<br />
países da parceria - Alemanha, Polónia, França, Roménia e Itália, <strong>de</strong><br />
modo que os resultados permitiram a perspectiva europeia dos<br />
formadores em activida<strong>de</strong>. Os resultados permitirão <strong>de</strong>senvolver um<br />
curso <strong>de</strong> formação em avaliação especialmente concebido para<br />
formadores. Agra<strong>de</strong>cemos a colaboração <strong>de</strong> todos os formadores e<br />
coor<strong>de</strong>nadores <strong>de</strong> formação no preenchimento <strong>de</strong> um rápido questionário<br />
on-line, pelo que solicitamos a colaboração da vossa entida<strong>de</strong> para a divulgação<br />
e motivação dos seus formadores a colaborar nesta iniciativa.<br />
O questionário está disponível no link seguinte e bastará fazer "enviar" no final para respon<strong>de</strong>r: http://<br />
spreadsheets.google.com/viewform?key=p50ytB4JPcwz_V-0OEeIYbw.<br />
10 Departamento <strong>de</strong> Formação Profissional - Centro Nacional <strong>de</strong> Qualificação <strong>de</strong> Formadores
<strong>Newsletter</strong> <strong>Dezembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2008</strong> • Ler & Ver<br />
Divulgação <strong>de</strong> recursos<br />
e <strong>de</strong> Referenciais <strong>de</strong> Formação<br />
Eurotrainer: Estudo sobre os formadores <strong>de</strong><br />
educação & formação nas empresas<br />
O estudo EUROTRAINER visa fornecer uma visão global e análise da situação dos formadores nos 32 países<br />
Europeus no que diz respeito, entre outros aspectos, às tarefas e responsabilida<strong>de</strong>s, competências,<br />
formação contínua e status. O objectivo geral do estudo foi dar a conhecer <strong>de</strong> modo mais profundo os<br />
aspectos, exigências e <strong>de</strong>safios com os quais o grupo-alvo (formadores nas empresas) é confrontado no seu<br />
ambiente profissional com vista a:<br />
I<strong>de</strong>ntificar as questões e aspectos centrais relacionados com o grupo-alvo e a situação <strong>de</strong> trabalho<br />
dos formadores;<br />
Determinar as áreas que necessitam <strong>de</strong> especial atenção e acção;<br />
Analisar semelhanças e diferenças nas tendências nos países Europeus;<br />
I<strong>de</strong>ntificar “exemplos <strong>de</strong> boas práticas” e <strong>de</strong>linear como e com que tipo <strong>de</strong> alterações e futuras<br />
implicações po<strong>de</strong>m essas práticas evoluir para iniciativas a nível local, regional, nacional, sectorial e/<br />
ou Europeu.<br />
Mais ainda, o estudo visa tornar a profissão <strong>de</strong> formador mais visível e atractiva, levando a cabo não só<br />
acções <strong>de</strong> investigação na área, mas também através <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> disseminação e partilha <strong>de</strong><br />
experiências com promotores e entida<strong>de</strong>s especialistas na matéria a nível nacional e internacional.<br />
Baseado numa abordagem <strong>de</strong>scentralizada, em cooperação com 17 consórcios parceiros, o estudo envolveu<br />
uma combinação <strong>de</strong> diferentes metodologias para avaliar <strong>de</strong>senvolvimentos recentes na área dos formadores<br />
(nas empresas) <strong>de</strong> educação & formação profissionais (VET) através da Europa e formular orientações para<br />
melhor apoiar este grupo-alvo nas suas funções. Os métodos aplicados incluíram i) análise <strong>de</strong> literatura<br />
existente, análise secundária da informação estatística e materiais <strong>de</strong> origens várias; ii) um questionário<br />
distribuído entre os peritos nacionais em 30 países Europeus. Foram tidos em consi<strong>de</strong>ração 280<br />
questionários <strong>de</strong>vidamente preenchidos; iii) entrevistas semi-estruturadas com peritos nacionais (num total<br />
<strong>de</strong> 57). Coligidos e organizados pelos parceiros do projecto, os relatórios dos países foram numa primeira<br />
fase baseados numa análise secundária, mas incluem igualmente resultados das entrevistas. Os resultados<br />
do inquérito não constituíram parte da análise <strong>de</strong> nível nacional, já que o tamanho das amostragens por país<br />
era muito pequeno. Assim, o inquérito foi numa primeira fase interpretado numa perspectiva internacional<br />
comparativa, agregando as respostas a nível Europeu.<br />
O Grupo-Alvo: o estudo investiga a situação dos formadores internos. Os parceiros do projecto i<strong>de</strong>ntificaram o grupo-alvo<br />
como “pessoas que estimulam e integram as funções <strong>de</strong> formação inicial e/ou contínua e <strong>de</strong> educação no seu emprego/<br />
trabalho (preferencialmente através <strong>de</strong> um envolvimento activo no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> formação) e que são<br />
empregados em empresas privadas ou públicas”<br />
Relatório final: http://ec.europa.eu/education/more-information/doc/eurotrainer1_en.pdf<br />
Relatórios dos países: http://ec.europa.eu/education/more-information/doc/eurotrainer2_en.pdf<br />
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