Capítulo 5 Capital Humano e Bem-Estar Social em Moçambique
Capítulo 5 Capital Humano e Bem-Estar Social em Moçambique
Capítulo 5 Capital Humano e Bem-Estar Social em Moçambique
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
5.5.6. Ultimo grau atingido<br />
Pobreza e <strong>B<strong>em</strong></strong>-<strong>Estar</strong> <strong>em</strong> <strong>Moçambique</strong>: 1996-97<br />
O resumo das estimativas sobre o último grau atingido é apresentado na Tabela 5.14.<br />
Estas estimativas foram efectuadas apenas para crianças, da amostra, que alguma vez<br />
frequentaram a escola mas que, no momento do levantamento, já não estavam frequentá-la--<br />
teoriacamente existe probabilidade de estas crianças ter<strong>em</strong> completado a sua formação. Qual<br />
é o determinante mais importante do t<strong>em</strong>po que estas crianças dispend<strong>em</strong> na escola? Ao se<br />
analizar<strong>em</strong> os resultados é importante recordar que estas crianças faz<strong>em</strong> parte de um grupo<br />
especial que entrou no sist<strong>em</strong>a educativo. Baseando-se nos resultados da Tabela 5.12 sobre os<br />
determinantes de ter frequentado a escola (ou seja, de ter ingressado no sist<strong>em</strong>a) constatou-se que<br />
as crianças que alguma vez frequentaram á escola vêm de AFs onde os adultos possu<strong>em</strong> altos<br />
níveis de escolaridade; nas zonas rurais é mais provável que elas sejam do sexo masculino<br />
enquanto na zona urbana estas crianças pertenc<strong>em</strong> a AF mais ricos.<br />
A coluna 1 da Tabela 5.12 indica que um chefe de AF letrado aumenta a probabilidade<br />
da criança ir a escola ( <strong>em</strong> 29 porcento nas aréas urbanas e 15 porcento nas aréas rurais).<br />
Porém, a coluna 1 da Tabela 14 mostra que uma vez dentro do sist<strong>em</strong>a de educação, o facto de<br />
ter um chefe letrado (na zona urbana) não t<strong>em</strong> impacto significativo no ultimo grau atingido.<br />
Portanto, só os níveis mais altos de educação dos adultos são importantes para manter<strong>em</strong> a<br />
criança a estudar . Ter um adulto com EP2 aumento o ultimo grau atingido <strong>em</strong> 0.80 nas aréas<br />
urbanas e <strong>em</strong> quase 0.94 nas aréas rurais.<br />
Os outros factores associados com a classe atingida são o rendimento nas aréas urbanas<br />
(coluna 2) e o genéro nas aréas rurais. O que é importante é que estes factores também<br />
influênciam na decisão inicial de enviar a criança a escola primária.<br />
5.5.7. Eficiência escolar<br />
Eficiência escolar refere-se ao t<strong>em</strong>po que o estudante leva para terminar um determinado<br />
nível de educação. Os atrasos na escola primária ou as reprovações reduz<strong>em</strong> a eficiência e<br />
desmoralizam o estudante levando-o eventualmente á desistência.<br />
As estimativas dos determinantes de eficiência para os estudantes que completaram os<br />
seus estudos são resumidos na Tabela 5.15. Como foi referido anteriormente, estes estudantes<br />
são um grupo especial que viv<strong>em</strong> <strong>em</strong> AFs com chefes com bom nível de escolaridade, os das<br />
zonas urbanas viv<strong>em</strong> <strong>em</strong> AFs mais ricos. Os factores que aumentam a eficiência do estudante<br />
são geralmente os mesmos que elevam a última classe frequentada. Por ex<strong>em</strong>plo, o baixo nível<br />
de educação (chefes letrados) t<strong>em</strong> um papel insignificante enquanto que um nível alto de<br />
educação (adulto com EP2) t<strong>em</strong> um impacto importante no aumento da eficiência da criança.<br />
Note que nas aréas rurais o factor com maior impacto no aumento da eficiência é a educação da<br />
mulher---- uma mulher adulta com EP1 aumenta a eficiência por 12 pontos de percentag<strong>em</strong><br />
291