Não Temais... Não vos Preocupeis...

do céu é para os que sabem ser felizes na terra” (Vasquez de Prada,
A.).
Saber que cada passo, cada acontecimento, é algo querido ou
permitido por Deus, nosso Pai, para atingirmos nossa realização
eterna, enche-nos de alegria. É como a manifestação sensível de
uma situação interior, ou melhor, o sentimento mais preciso de um
ajustamento pessoal intimo. Se a dor é o sinal – o sensor – de um
estado patológico, a alegria é o indicador de um estado de plenitude
de vida.
“A natureza avisa-nos por um sinal preciso que nosso destino está
atingido. Esse sinal é a alegria (...). Onde há alegria, há realização”
(Bergson, H.).
O fundamento de nossa alegria é nossa filiação divina. Quando nossa
fé é profunda e ocupa todos os espaços de nossa vida, então
sabemos que somos verdadeiramente filhos de um Pai que nos ama
mais do que todos os pais e mães do mundo juntos podem amar um
filho único. Como podemos perder a alegria e a paz se somos
realmente filhos de um Pai infinitamente bom, infinitamente feliz e
infinitamente poderoso, e que, além disso, deseja mais do que nós
mesmos nossa felicidade?
Deus cuida com esmerado carinho de uma florzinha considerada por
nós insignificante, de um passarinho que talvez para nós nada vale,
como não vai cuidar de você é que Seu filho (a)? Se Deus te ama a
tal ponto que quis fazer-se homem e morrer na cruz por você, como
não vai estar amorosamente atento às tuas necessidades com maior
dedicação que a que põe uma mãe diante das carências de seu filho?
Que dessa confiança filial, dessa serena paz, brote sempre uma
alegria esperançosa que te faça ver por detrás de cada acontecimento
um desígnio oculto de Deus, uma graça, e é isso que enche de
contentamento a alma.
Regina Lopes
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