Baixar - Brasiliana USP
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FUTURO DAS MOÇAS<br />
Esperar... esperar...<br />
PARA YARA DE ALMEIDA<br />
Havia no teu verso expressivo e risonho,<br />
Do amor e da esperança a doce alacridade;<br />
O verso meu cantava o funeral de um sonho,<br />
Em soluços de dor e prantos de saudade,<br />
YARA DE A.<br />
A astronomia nos ensina que um<br />
astro embora tenha deixado de existir,<br />
pode por muitos e muitos annos, mostrar-se<br />
no ceu, atravez de suas fulgürações.<br />
Quem sabe si aquella estrella<br />
que todas as noites scintilla na face<br />
concava do firmamento, já não desappareceu<br />
do numero dos astros que povoam<br />
o universo?!... E ella brilha<br />
ainda.<br />
E^ assim também a esperança.<br />
Quantas è quantas vezes ella nos<br />
enche a alma e o coração, ao passo que<br />
objecto que a inspira ha muito se confundiu<br />
nos abysmos do Nada?...<br />
A esperança, pois, nem sempre é<br />
resignação que uma alma se impõe,<br />
na certeza de alcançar o ideal sonhado<br />
um dia.<br />
A's vezesr como a estrella que brilha<br />
sem existir, a esperança é uma<br />
illusão, doce e bella como todas as<br />
illusões...<br />
LUPE.<br />
Rio, 1S-7-17.<br />
Dr. Nicolau Ciancio<br />
— receita —<br />
PEPTOli<br />
Fascinação Fi-<br />
Ao inesquicivel Octavio A.<br />
gueiredo<br />
Esta saudade me mata. Este desejo<br />
que sinto — o teu porte gentil e esquino<br />
dentro em minh'alma retrata.<br />
Vivo a soffrer e a sentir a falta do<br />
teu enlevo. Isto é um enorme peccado<br />
que tu podes redimir. Escuta, pois,<br />
o que digo : deixa de ser scismador.<br />
Vem ser o consolante desta pobre e<br />
triste amiga. Vem !<br />
Seremos noivos á seguir divino<br />
noivado.<br />
Escuta : ao longe pelas collinas os<br />
pegüreiros vão cantondo os seus idyllios<br />
eomtigo...<br />
Vamos ! O besqne convida. Ha<br />
sombras quietas e tristes.<br />
Fascinaste-me, e no emtanto não<br />
ouves o que te imploro ! Ah ! esperanças<br />
que eu vejo fngindo como as<br />
águas claras de um rio !<br />
EUNYCE M. CUNHA.<br />
Trahição A' ALGUÉM<br />
Era em Maio. A tarde decahia silenciosa.<br />
Entre a catesbea já o sol<br />
emergia seus últimos raios; parecia<br />
que a própria natureza auxiliava minha<br />
prece de amor que junto a ti murmurava.<br />
Tudo era doce e sorridente neste<br />
tempo. Feliz ao lado teu julgava-me<br />
mui ditoso !... quanto eras falsa !<br />
Se por ventura advinhasse tua intenção<br />
; planejada juntamente com<br />
satan teria livrado do perjúrio que fui<br />
alvo innocente. Porém o destino do<br />
alto vem traçado, aceito tua trahição<br />
•como se fora um beijo casto de...<br />
«amor».—MANOEL LEMOS.<br />
Typographia "]Vlei?eu_no"<br />
Especialidade em trabalhos commerciaes, Jornaes, Revistas, Theses, etc, etc.<br />
80 RUA DO SENADO<br />
RIO DE JANEIRO