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Escola Secundária <strong>de</strong> Do<strong>na</strong> Luísa <strong>de</strong> Gusmão<br />
Discipli<strong>na</strong> <strong>de</strong> Matemática<br />
Trabalho sobre o <strong>Número</strong> <strong>de</strong> <strong>Ouro</strong> <strong>na</strong> <strong>Natureza</strong><br />
Julia<strong>na</strong> Vidas nº 12 e Radassa Vedoveli nº 14<br />
30 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2005<br />
2
Índice<br />
Pág.<br />
Introdução...................................................................................... 4<br />
Desenvolvimento........................................................................... 5<br />
- O número <strong>de</strong> ouro (razão <strong>de</strong> Fibo<strong>na</strong>cci)<br />
- O número <strong>de</strong> ouro <strong>na</strong> <strong>na</strong>tureza(curiosida<strong>de</strong>s)<br />
- A sucessão <strong>de</strong> Fibo<strong>na</strong>cci <strong>na</strong> <strong>Natureza</strong><br />
- A espiral <strong>de</strong> Fibo<strong>na</strong>cci<br />
- Geometria <strong>na</strong> <strong>Natureza</strong><br />
Conclusão....................................................................................... 12<br />
Construção elaborada no Sketchpad............................................... 12<br />
Bibliografia..................................................................................... 13<br />
3
Introdução<br />
Este trabalho tem como objectivo saber o que representa o número <strong>de</strong> ouro <strong>na</strong><br />
<strong>Natureza</strong>.<br />
O número <strong>de</strong> ouro é um número irracio<strong>na</strong>l que nos surge numa gran<strong>de</strong><br />
quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> elementos da <strong>Natureza</strong>, <strong>na</strong> forma <strong>de</strong> uma razão.<br />
A <strong>de</strong>sig<strong>na</strong>ção adoptada para este número é a letra Φ (phi maiúsculo), é a inicial<br />
do nome Fídias, escultor e arquitecto em Ate<strong>na</strong>s e encarregado da construção do<br />
Parthénon.<br />
Des<strong>de</strong> a antiguida<strong>de</strong> que este número é conhecido. Por exemplo no Egipto as<br />
Pirâmi<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Gizé foram construídas tendo em conta a razão áurea: a razão<br />
entre a altura <strong>de</strong> uma face e meta<strong>de</strong> do lado da base da gran<strong>de</strong> pirâmi<strong>de</strong> é igual<br />
ao número <strong>de</strong> ouro. O Papiro <strong>de</strong> Rhind refere-se a uma razão sagrada que se<br />
julga ser o Φ . Hoje sabemos que esta razão ou secção áurea po<strong>de</strong> ser obtida<br />
por construção <strong>de</strong> figuras geométricas conhecidas por figuras <strong>de</strong> ouro.<br />
G D<br />
F<br />
lado<br />
diago<strong>na</strong>l<br />
C<br />
E<br />
I<br />
H<br />
Dois pentágonos inscritos numa<br />
circunferência.<br />
Primeira estrelação do<br />
<strong>de</strong>cágono inscrito<br />
numa circunferência.<br />
4
Desenvolvimento<br />
O número <strong>de</strong> ouro (razão <strong>de</strong> Fibo<strong>na</strong>cci)<br />
Um dos gran<strong>de</strong>s nomes da matemática que surge inevitavelmente quando se<br />
fala da ligação da Matemática com a <strong>Natureza</strong> é o <strong>de</strong> Fibo<strong>na</strong>cci.<br />
Há relativamente pouco tempo começou-se a dar importância aos números <strong>de</strong><br />
Fibo<strong>na</strong>cci e <strong>de</strong>scobriu-se que são muito frequentes e po<strong>de</strong>m ser usados para<br />
caracterizar diversas proprieda<strong>de</strong>s <strong>na</strong> <strong>Natureza</strong>, sendo o seu aparecimento não<br />
um acaso, mas o resultado <strong>de</strong> um processo físico <strong>de</strong> crescimento das plantas e<br />
dos frutos.<br />
Há números que nos surpreen<strong>de</strong>m, um <strong>de</strong>sses números é o chamado número <strong>de</strong><br />
ouro, também conhecido como rácio dourado ou proporção divi<strong>na</strong>. È um<br />
número irracio<strong>na</strong>l, dado pela dízima infinita não periódica 1,61803398... e<br />
também po<strong>de</strong> ser representado pela meta<strong>de</strong> da soma <strong>de</strong> 5 com a unida<strong>de</strong>.<br />
Uma das ocorrências mais espantosas do número <strong>de</strong> ouro encontra-se <strong>na</strong><br />
disposição das pétalas das rosas. Elas separam-se por ângulos que são partes<br />
fraccionárias <strong>de</strong> Φ e essa disposição permite "arranjar" as pétalas <strong>de</strong> forma<br />
compacta e maximizar a sua exposição à luz.<br />
O número <strong>de</strong> <strong>Ouro</strong> <strong>na</strong> <strong>Natureza</strong> (curiosida<strong>de</strong>s)<br />
O mistério e o encanto que está associado a este número ultrapassa todo o<br />
horizonte do que é humano!<br />
- No corpo humano<br />
Uma das áreas que Leo<strong>na</strong>rdo da Vinci estudou foi as proporções do corpo<br />
humano e aqui uma vez mais temos a razão <strong>de</strong> ouro:<br />
5
As proporções do corpo humano contêm a relação <strong>de</strong> ouro. Neste caso po<strong>de</strong>-se<br />
ver a simetria <strong>na</strong> face <strong>de</strong> um homem.<br />
Baseado <strong>na</strong> razão <strong>de</strong> ouro, nos números <strong>de</strong> Fibo<strong>na</strong>cci e <strong>na</strong>s dimensões médias<br />
huma<strong>na</strong>s, o arquitecto Le Corbusier construiu, em 1946, um esquema <strong>de</strong><br />
proporções relativas ao corpo humano chamado “Modulor”.<br />
Trata-se duma sequência <strong>de</strong> medidas que Le Corbusier usou para encontrar<br />
harmonia <strong>na</strong>s suas composições.<br />
Já Leo<strong>na</strong>rdo Da Vinci estudou exaustivamente as proporções da forma huma<strong>na</strong><br />
<strong>de</strong> on<strong>de</strong> resultou o famoso <strong>de</strong>senho on<strong>de</strong> o corpo humano se encontra inserido<br />
<strong>na</strong> forma i<strong>de</strong>al do circulo e <strong>na</strong>s perfeitas proporções do quadrado.<br />
6
Este esquema foi construído com base no número <strong>de</strong> ouro.<br />
- Nas plantas<br />
A presença da razão áurea po<strong>de</strong> ser directa ou encontrar-se camuflada ou ainda<br />
associada à sucessão <strong>de</strong> Fibo<strong>na</strong>cci.<br />
Nos girassóis da família Compositae as sementes formam dois conjuntos <strong>de</strong><br />
espirais logarítmicas com sentidos diferentes.<br />
Cada conjunto tem um número <strong>de</strong> sementes e os dois conjuntos tem dois<br />
números <strong>de</strong> sementes que são consecutivos <strong>de</strong> Fibo<strong>na</strong>cci.<br />
7
O mesmo acontece com as pinhas<br />
Po<strong>de</strong>mos afirmar que o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento das plantas po<strong>de</strong> ser<br />
relacio<strong>na</strong>da com os números <strong>de</strong> Fibo<strong>na</strong>cci.<br />
Existe, por exemplo, uma planta <strong>de</strong> nome Euforbia, que tem duas sépalas<br />
gran<strong>de</strong>s, três peque<strong>na</strong>s, cinco pétalas e oito estames.<br />
8
A sucessão <strong>de</strong> Fibo<strong>na</strong>cci <strong>na</strong> <strong>Natureza</strong><br />
Já reparou que muitas flores têm 5 pétalas, que nós temos 2 mãos, cada uma<br />
com 5 <strong>de</strong>dos e cada <strong>de</strong>do se divi<strong>de</strong> em 3 partes?<br />
...e que o a<strong>na</strong>nás tem 8 diago<strong>na</strong>is num sentido e 13 noutro?<br />
Porque será que as margaridas têm geralmente 34, 55 ou 89 pétalas?<br />
Coincidência ou não todos estes números fazem parte da sucessão <strong>de</strong> Fibo<strong>na</strong>cci<br />
(1,1,2,3,5,8,13,34,55,89), sequência on<strong>de</strong> cada termo (a partir do segundo) é a<br />
soma dos dois prece<strong>de</strong>ntes.<br />
9
Os números <strong>de</strong> Fibo<strong>na</strong>cci po<strong>de</strong>m ser usados para caracterizar diversas<br />
proprieda<strong>de</strong>s <strong>na</strong> <strong>Natureza</strong>. O modo como as sementes estão dispostas no centro<br />
<strong>de</strong> diversas flores é um <strong>de</strong>sses exemplos.<br />
A <strong>na</strong>tureza "arrumou" as sementes do girassol sem intervalos, <strong>na</strong> forma mais<br />
eficiente possível formando espirais que tanto curvam para a esquerda como<br />
para a direita. O curioso é que os números <strong>de</strong> espirais em cada direcção são<br />
quase sempre números <strong>de</strong> Fibo<strong>na</strong>cci .<br />
Se <strong>de</strong>senharmos um rectângulo cujos lados tenham uma razão entre si igual ao<br />
número <strong>de</strong> ouro (rectângulo <strong>de</strong> ouro), este po<strong>de</strong> ser dividido num quadrado e<br />
noutro rectângulo <strong>de</strong> ouro.<br />
Se unirmos os quartos <strong>de</strong> circunferência <strong>de</strong> todos os quadrados vamos obter<br />
uma espiral, chamada espiral dourada.<br />
Na <strong>na</strong>tureza há á espirais como esta, relacio<strong>na</strong>das com o número <strong>de</strong> ouro, como,<br />
por exemplo, nos moluscos náuticos ou numa simples couve –flor.<br />
10
Geometria <strong>na</strong> <strong>Natureza</strong><br />
Há muito tempo que as manifestações da geometria têm intrigado muitas<br />
pessoas. Na regularida<strong>de</strong> do crescimento das árvores, <strong>na</strong>s proporções do corpo<br />
humano e dos animais, <strong>na</strong> frequência do <strong>na</strong>s cimento <strong>de</strong> coelhos, <strong>na</strong> forma da<br />
concha da Nautilus, <strong>na</strong> regularida<strong>de</strong> do girassol aparece a razão áurea.<br />
Crescimento em espiral da concha está relacio<strong>na</strong>do com o número <strong>de</strong><br />
ouro.<br />
A regularida<strong>de</strong> <strong>na</strong> espiral da pinha está relacio<strong>na</strong>da com o<br />
número <strong>de</strong> ouro.<br />
A razão entre o comprimento da falange mais falanginha e da<br />
falanginha mais falangeta é o número <strong>de</strong> ouro.<br />
11
Conclusão<br />
Após a realização <strong>de</strong>ste trabalho, constatou-se que a existência do número <strong>de</strong><br />
ouro é constatada em muitos exemplos da <strong>Natureza</strong>. . O corpo humano é <strong>de</strong><br />
facto uma ilustração notável e obvia da presença da regra <strong>de</strong> ouro. E como<br />
vimos , quer no reino animal quer animal a sua presença é constante. Muito<br />
ficou por dizer , pois <strong>de</strong>certo que novas <strong>de</strong>scobertas se farão futuramente.<br />
Construção elaborada no Sketchpad<br />
Construimos um triângulo isósceles [ABC] . Os ângulos internos <strong>de</strong> vértices A<br />
e B têm cada um 72º <strong>de</strong> amplitu<strong>de</strong> . Depois construimos novos triângulos no<br />
interior da figura, todos eles com dois ãngulos internos com 72º <strong>de</strong> amplitu<strong>de</strong>.<br />
Por fim <strong>de</strong>senhamos a espiral equiangular<br />
m ABC = 72°<br />
m CA = 10,06 cm<br />
m AB = 6,22 cm<br />
( m CA)<br />
( m AB)<br />
= 1,618<br />
A<br />
E<br />
C<br />
B<br />
12
Eis a espiral dourada que obtemos após escon<strong>de</strong>r os triângulos:<br />
Bibliografia<br />
www. Educ.fc.pt/icm/icm99/icm17/curiosidouro.htm<br />
www.educ.fac.ul,pt./icm/icm2002/icm203/números.htm<br />
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