Download do Caderno de Resumos - anpuh - Associação Nacional ...
Download do Caderno de Resumos - anpuh - Associação Nacional ...
Download do Caderno de Resumos - anpuh - Associação Nacional ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
ROMANTISMO E CIENTIFICISMO: CULTURA HISTÓRICA NO<br />
PENSAMENTO SOCIAL BRASILEIRO NA 1 a METADE DO SÉCULO XX.<br />
Raimunda Rodrigues Oliveira<br />
Mestre em História – UFC<br />
Professora <strong>de</strong> História da URCA<br />
A criação literária se afirma no in<strong>de</strong>fini<strong>do</strong> <strong>do</strong> social ou coletivamente constituí<strong>do</strong>, ultrapassa seus<br />
autores. Aqueles que se imaginam cria<strong>do</strong>res vêem-se presos num círculo <strong>de</strong> referências que vai<br />
além <strong>de</strong> sua época e espaço. Toda escrita pressupõe um corpo extenso <strong>de</strong> leitura, aquele que<br />
<strong>de</strong>fine a trama da tecelagem construída pelo autor, sen<strong>do</strong> que este, invariavelmente,<br />
<strong>de</strong>sconhece todas as suas afiliações. Sen<strong>do</strong> assim, o trabalho <strong>do</strong> historia<strong>do</strong>r interessa<strong>do</strong> na<br />
gênese da criação literária como forma <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar socialmente seu autor po<strong>de</strong> seguir a<br />
fórmula <strong>de</strong> Certeau tentan<strong>do</strong> reencontrar na História Cultural os próprios temas da História<br />
Social. A formação <strong>do</strong> pensamento <strong>do</strong>s letra<strong>do</strong>s que nasceram na segunda meta<strong>de</strong> <strong>do</strong> século<br />
XIX seria capaz <strong>de</strong> esclarecer a questão primordial a partir da qual tem origem toda a<br />
mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong>, a saber, a construção <strong>de</strong> uma memória da socieda<strong>de</strong> oci<strong>de</strong>ntal? É aqui que estão<br />
as preocupações nacionalistas <strong>do</strong> pensamento social brasileiro na 1ª meta<strong>de</strong> <strong>do</strong> século XX. A<br />
preocupação <strong>de</strong> estar inseri<strong>do</strong> nessa discussão e em inserir nela, mostrar a partir <strong>de</strong>la o objeto<br />
<strong>de</strong> suas preocupações, o futuro da nação brasileira, <strong>de</strong>ixa evi<strong>de</strong>nte a conformação <strong>de</strong> uma<br />
<strong>de</strong>terminada cultura histórica exposta em seu repertório <strong>de</strong> leituras.<br />
HISTÓRIA, MEMÓRIA E GÊNERO<br />
Regia Agostinho da Silva<br />
Professora <strong>de</strong> História da UFMA<br />
Pensar as relações entre História, Memória e Gênero é também pensar o quanto à história e a<br />
memória são perpassadas por recortes <strong>de</strong> gênero. Como aponta Michelle Perrot, homens e<br />
mulheres guardam e narram memórias diferenciadas, marcadas pelo olhar cultural <strong>do</strong> gênero<br />
que ocupam. Partin<strong>do</strong> <strong>de</strong>sse pressuposto preten<strong>de</strong>-se nesse encontro temático estabelecer um<br />
diálogo profícuo entre pesquisa<strong>do</strong>res <strong>de</strong> narrativas femininas e masculinas que versem sobre<br />
diferentes olhares a cerca da Memória e da História.<br />
"ENTRE VERSOS E (RE)VERSOS DA VIOLA": TRADIÇÃO E ERUDIÇÃO DA CANTORIA DE<br />
VIOLA E A INSERÇÃO DO AUDITORIO PEDRO BANDEIRA NA CIDADE DE JUAZEIRO DO<br />
NORTE (1960-2004).<br />
Reinal<strong>do</strong> Forte Carvalho<br />
Esta pesquisa tem como objetivo investigar o lugar social da cantoria <strong>de</strong> viola na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Juazeiro <strong>do</strong> Norte a partir da inserção <strong>do</strong> auditório Pedro Ban<strong>de</strong>ira no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 1960 a 2004.<br />
Procuramos discutir como a cultura da cantoria <strong>de</strong> viola foi sen<strong>do</strong> criada, produzida, transmitida e<br />
difundida na socieda<strong>de</strong> em questão. Nossa intenção é compreen<strong>de</strong>r como a cantoria foi<br />
produzida <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> espaço <strong>do</strong> auditório a partir <strong>do</strong> momento que passou ser chama<strong>do</strong> e<br />
conheci<strong>do</strong> como "a escola <strong>de</strong> canta<strong>do</strong>res e poetas <strong>do</strong> nor<strong>de</strong>ste". Nesta pesquisa preten<strong>de</strong>mos<br />
compreen<strong>de</strong>r a cultura da cantoria <strong>de</strong> viola a partir da construção e interpretação das diversas<br />
falas, gestos e ações coletadas em cartas, jornais e <strong>de</strong>poimentos orais.<br />
ASS OCI AÇ ÃO NAC IONAL DE HISTÓRIA – ANP UH CEARÁ 36