BARROS, Diana Luz Pessoa de - Teoria Semiotica do - No-IP
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Programa narrativo O programa narrativo ou sintagma elementar da sintaxe<br />
narrativa <strong>de</strong>fine-se como um enuncia<strong>do</strong> <strong>de</strong> fazer que rege um enuncia<strong>do</strong> <strong>de</strong> esta<strong>do</strong>. Integra,<br />
portanto, esta<strong>do</strong>s e transformações.<br />
Retoman<strong>do</strong> alguns textos já referi<strong>do</strong>s, po<strong>de</strong>-se representá-los como<br />
programas narrativos, segun<strong>do</strong> o mo<strong>de</strong>lo abaixo:<br />
PN = F[S1 (S2 ∩ Ov)] F = função<br />
= transformação<br />
S1 = sujeito <strong>do</strong> fazer<br />
S2 = sujeito <strong>do</strong> esta<strong>do</strong><br />
∩ = conjunção<br />
Ov = objeto-valor<br />
“História <strong>de</strong> uma gata”<br />
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PN1: a gata recebe <strong>do</strong> <strong>do</strong>no os objetos-valor apartamento, <strong>de</strong>tefon, comida,<br />
carinho etc. (o sujeito <strong>do</strong> fazer é o <strong>do</strong>no da gata; a transformação é a <strong>de</strong> acariciar,<br />
alimentar etc.; o sujeito <strong>de</strong> esta<strong>do</strong>, que tem sua situação alterada, é a gata).<br />
F (acariciar, alimentar) [S1 (<strong>do</strong>no) S2 (gata) ∩ Ov (comida, carinho etc.]<br />
PN2: o <strong>do</strong>no toma da gata os objetos-valor (o sujeito <strong>do</strong> fazer é o <strong>do</strong>no; o fazer é<br />
“barrar na portaria”; o sujeito <strong>de</strong> esta<strong>do</strong> é a gata).<br />
F (barrar na portaria) [S1 (<strong>do</strong>no) S2 (gata) ∩ Ov (comida, carinho etc.)]<br />
PN3: a gata sai <strong>de</strong> casa para a rua e com isso adquire os valores <strong>de</strong><br />
liberda<strong>de</strong> e <strong>de</strong> “ser mais eu, mais gata” (o sujeito <strong>do</strong> fazer é<br />
a gata; a transformação é a <strong>de</strong> sair à rua; o sujeito <strong>de</strong> esta<strong>do</strong><br />
é a gata).<br />
F (sair <strong>de</strong> casa) [S1 (gata) S2 (gata) ∩ Ov (liberda<strong>de</strong>, i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>)]<br />
PN4: a gata, ao ficar em casa, per<strong>de</strong> os valores <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> e <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> (o<br />
sujeito <strong>do</strong> fazer é a gata; a transformação é a <strong>de</strong> ficar em casa; o sujeito <strong>de</strong> esta<strong>do</strong> é<br />
a gata).<br />
F(ficar em casa) [S1 (gata) S2 (gata) ∩ Ov (liberda<strong>de</strong>, i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>)]<br />
“Psicanálise <strong>do</strong> açúcar”<br />
PN5: a usina educa, cura o açúcar, dá-lhe a brancura <strong>do</strong> cristal (o sujeito <strong>do</strong> fazer é<br />
a usina; a transformação é a <strong>de</strong> purificar; o sujeito <strong>de</strong> esta<strong>do</strong> é o açúcar).<br />
F (purificar) [S1 (usina) S2 (açúcar) ∩ Ov (brancura, pureza)]<br />
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