Prof. Me. Marcos Danilo Chiodi Martins - UniSEB
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como pescar um peixe, conhecimento tácito que nos é passado quando pequenos, para um<br />
documento digital estruturado, com facilidades de busca e cheio de arquivos de ajuda.<br />
Como a própria origem indica o conhecimento tácito (do latin, tacitus, que significa<br />
aquele que cala, que fica em silêncio) está dentro da cabeça de quem o possui. Nesse sentido<br />
são dois os desafios a serem vencidos, primeiro que o dono do conhecimento tácito tem que<br />
estar disposto a ceder esse conhecimento, segundo que ele também deverá ser capaz de traduzir<br />
conceitos muitas vezes abstratos e não estruturado para uma forma compreensível e de fácil<br />
acesso a outros que necessitem do mesmo.<br />
Segundo SCHÖN (1997, p. 82) referenciando POLANYI (1966), uma das referências<br />
mais importantes no estudo do conhecimento tácito e que foi um filósofo e polímata húngaro-<br />
britânico, definiu, o conhecimento tácito, da seguinte maneira (apud DUARTE, 2003):<br />
... espontâneo, intuitivo, experimental, conhecimento cotidiano, do tipo revelado pela<br />
criança que faz um bom jogo de basquetebol, (…) ou que toca ritmos complicados no<br />
tambor, apesar de não saber fazer operações aritméticas elementares. Tal como um<br />
aluno meu me dizia, falando de um seu aluno: Ele sabe fazer trocos, mas não sabe<br />
somar os números. Se o professor quiser familiarizar-se com este tipo de saber, tem de<br />
lhe prestar atenção, ser curioso, ouvi-lo, surpreender-se, e atuar como uma espécie de<br />
detetive que procura descobrir as razões que levam as crianças a dizer certas coisas.<br />
Esse tipo de professor se esforça por ir ao encontro do aluno e entender o seu próprio<br />
processo de conhecimento, ajudando-o a articular o seu conhecimento-na-ação com o<br />
saber escolar. Este tipo de ensino é uma forma de reflexão-na-ação que exige do<br />
professor uma capacidade de individualizar, isto é, de prestar atenção a um aluno,<br />
mesmo numa turma de trinta, tendo a noção do seu grau de compreensão e das suas<br />
dificuldades.<br />
O maior desafio de todos na gestão do conhecimento: transformar o conhecimento<br />
tácito em conhecimento explícito, NONAKA e TAKEUCHI (2008). Foi dessa necessidade que<br />
surgiu a teoria do conhecimento proposta por NONAKA e TAKEUCHI (1995), que desenha as<br />
duas dimensões do conhecimento, a dimensão epistemológica, onde o conhecimento transita de<br />
tácito para explícito, e a dimensão ontológica, que se refere aos níveis por onde o conhecimento<br />
flui, ou seja, do indivíduo para a organização, conforme pode ser visto abaixo.<br />
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