Atividade complementar - Editora IBEP
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COLEÇÃO<br />
Geografia<br />
SUELI ANGELO FURLAN<br />
FRANCISCO CAPUANO SCARLATO<br />
ALOMA FERNANDES DE CARVALHO<br />
2o 2o ano<br />
ENSINO FUNDAMENTAL<br />
GEOGRAFIA
F984g<br />
3.ed.<br />
Cole•‹ o Verso e Reverso<br />
Geografia 2 o ano<br />
© <strong>IBEP</strong>, 2011<br />
Diretor superintendente Jorge Yunes<br />
Gerente editorial CŽlia de Assis<br />
<strong>Editora</strong> Maria Fernanda Regis<br />
Assistentes editoriais Celia Sunahara<br />
Diana Lucia Cappuzzo<br />
Preparadores e revisores AndrŽ Tadashi Odashima<br />
Maria Inez de Souza<br />
Luiz Gustavo Micheletti Bazana<br />
Produ•‹ o editorial JosŽ Antonio Ferraz<br />
Assistente de produ•‹ o editorial Eliane M. M. Ferreira<br />
Coordenadora de iconografia Maria do CŽu Pires Passuello<br />
Assistente de iconografia Adriana Neves<br />
Coordenadora de Arte Karina Monteiro<br />
Assistentes de Arte Marilia Vilela<br />
Tom‡s Troppmair<br />
Ilustra•› es Studio Cortez<br />
Cartografia Kids Produções Gráficas<br />
Mario Yoshida<br />
Projeto gráfico Figurativa Editorial<br />
Diagrama•‹ o Departamento de Arte <strong>IBEP</strong><br />
Capa Departamento de Arte <strong>IBEP</strong><br />
Foto da capa Getty Images<br />
CIP-BRASIL. CATALOGA‚ Ì O-NA-FONTE<br />
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ<br />
Furlan, Sueli Angelo, 1957-<br />
Geografia, 2º ano : ensino fundamental / Sueli Angelo Furlan, Francisco<br />
Capuano Scarlato, Aloma Fernandes de Carvalho. - 3.ed. - São Paulo : <strong>IBEP</strong>, 2011.<br />
il. (Verso e reverso)<br />
ISBN 978-85-342-2864-0 (aluno) - 978-85-342-2886-2 (professor)<br />
1. Geografia (Ensino fundamental) - Estudo e ensino. I. Scarlato, Francisco<br />
Capuano, 1939-. II. Carvalho, Aloma Fernandes de. III. Título. IV. Série.<br />
11-1269. CDD: 372.891<br />
CDU: 373.3.016:910<br />
024930<br />
3 a edição – São Paulo – 2011<br />
Todos os direitos reservados<br />
Av. Alexandre Mackenzie, 619 – Jaguaré<br />
São Paulo – SP – 05322-000 – Brasil – Tel.: (11) 2799-7799<br />
www.ibep-nacional.com.br editoras@ibep-nacional.com.br
Caro(a) aluno(a)<br />
Apresentação<br />
Você vive num mundo onde há pessoas e<br />
lugares que vai conhecendo melhor à medida<br />
que cresce. Sua casa, sua escola e seu bairro são<br />
lugares onde você aprende sobre a vida e sobre o<br />
mundo.<br />
É fascinante poder embarcar nessa viagem<br />
e conhecer mais a cada dia, perceber que<br />
crescemos e compreendemos melhor o mundo.<br />
Nossa ideia é colaborar com o seu<br />
crescimento, neste mundo repleto de diferenças<br />
e semelhanças. Um crescimento que depende<br />
de você, dos outros, de suas emoções, de muita<br />
curiosidade e de estudo.<br />
Pense em quanta coisa você já conhece e em<br />
quantos lugares e quantas pessoas ainda pode<br />
conhecer! Nossa coleção o acompanhará nessa<br />
fase de sua vida.<br />
Os autores
4<br />
CONHEÇA SEU LIVRO<br />
Ao longo deste livro, você poderá encontrar<br />
as seguintes vinhetas:<br />
SUMÁRIO<br />
Sempre que você quiser localizar algum dos<br />
assuntos que compõem este livro, basta consultar<br />
o sumário e conferir em que página ele se inicia.<br />
PARA COMEÇAR<br />
A cada início de capítulo, você será convidado<br />
a conversar e refl etir sobre os temas que serão<br />
apresentados por meio de imagens, textos e<br />
atividades.<br />
8<br />
Sumário<br />
Conhecendo quem sou eu ...........................10<br />
Quem sou eu? ......................................................... 12<br />
Documentos de identi cação ................................ 19<br />
Descobrindo do que eu gosto ............................... 23<br />
Conhecendo as pessoas e a família .............30<br />
Nossos sentimentos e emoções<br />
não são sempre iguais .......................................... 32<br />
Fazendo coisas diferentes ...................................... 34<br />
Você e seus amigos ................................................ 38<br />
Família: semelhanças e diferenças ....................... 44<br />
Vida familiar ........................................................... 49<br />
As famílias e os lugares ......................................... 54<br />
CAPÍTULOS<br />
O conteúdo deste livro está organizado em<br />
quatro capítulos, que reúnem assuntos ligados a cada<br />
tema que você estudará no decorrer deste ano.<br />
Opção Brasil<br />
Capítulo 1<br />
Capítulo 2<br />
Leia o texto, acompanhando a leitura do professor.<br />
Ser criança é bom<br />
Ser criança é bom<br />
Ser criança faz bem<br />
Seja uma também<br />
O sonho não acabou<br />
Basta olhar uma e ver<br />
Que a vida recomeçou<br />
[...]<br />
Nada é mais bonito do que ver uma<br />
criança feliz,<br />
Fazendo arte ou cantando ou limpando o nariz<br />
A inocência da criança é o que eu sempre quis!<br />
Ser criança é bom, faz bem<br />
Seja uma criança também<br />
O sonho não acabou<br />
Basta olhar uma e ver<br />
Que a vida recomeçou<br />
Ser criança é bom!<br />
[...]<br />
PARA COMEÇAR<br />
Márcio R. A. Souza. Ser criança é bom.<br />
In: CD Turma da Mônica. Warner<br />
Music do Brasil Ltda., 1994.<br />
Em sua opinião, é bom ser criança? Troque ideias com seus<br />
colegas sobre esse assunto.<br />
PNLD2013•GEO_2a_(010a029)cap01.indd 11 3/13/11 2:57 PM<br />
Studio Cortez<br />
11<br />
Opção Brasil
PARA BRINCAR E CONHECER OS<br />
COLEGAS<br />
Sempre que você vir essa vinheta, prepare-se<br />
para conhecer uma nova brincadeira e descobrir<br />
como é bom aprender se divertindo.<br />
As ilustrações da página anterior mostram diferentes situações em que<br />
as pessoas estão conversando.<br />
Para conviver, é muito importante conversar. Quando conversamos,<br />
expressamos o que sentimos e informamos aos outros nossos pensamentos.<br />
Trocamos ideias, mudamos de opinião, insistimos naquilo em que acreditamos,<br />
explicamos um ponto de vista ou esclarecemos um mal-entendido. Podemos<br />
até discutir, mas também fazemos as pazes.<br />
Faça em seu caderno uma lista com três<br />
situações que aconteceram com você, nas<br />
quais foi preciso conversar com pessoas de<br />
sua família para que elas o orientassem.<br />
52<br />
PEQUENO GEÓGRAFO<br />
Quando você vir esta vinheta, prepare-se para<br />
grandes descobertas! Será a sua vez de descobrir as<br />
surpresas que as pessoas e os lugares guardam.<br />
92<br />
Studio Cortez<br />
PARA LER EM CASA COM A FAMÍLIA<br />
A casa da vó Aurélia<br />
Meu pai, a Maria Helena e eu fomos morar com a vó Aurélia e o<br />
tio Amador, na casa dela, ao lado. O Fernando continuou com meus<br />
avós maternos e o tio Durval, mas eu estava sempre com ele porque<br />
era perto. Para mim, a vida não mudou: futebol, bolinha de gude,<br />
empinar pipa, rodar pião, colecionar figurinha de jogador das balas<br />
Seleções, o amor da avó espanhola e o carinho do tio Amador, que à<br />
noite, na cozinha, me sentava no colo para ver comigo o canário, que<br />
ficava para lá e para cá no balancinho da gaiola, até apagar a luz.<br />
Meu tio Amador gostava muito de estudar e me deixava<br />
brincar com caixa vazia de amostra grátis de remédio, ao lado<br />
da escrivaninha. No quarto ele tinha um esqueleto humano com<br />
caveira e tudo, pendurado num suporte e coberto com lençol. O<br />
esqueleto era meu amigo íntimo, nós conversávamos, eu apertava<br />
a mão dele, levantava os membros para ver como o movimento<br />
de um osso afetava a posição dos outros e ficava intrigado sobre<br />
como teria sido a vida dele (porque o meu tio sabia que era de um<br />
homem).<br />
Anote em seu caderno essas brincadeiras.<br />
Depois, façam um painel em folhas de cartolina e coloquem em um<br />
lugar onde todos os alunos possam consultá-lo quando não souberem<br />
do que brincar.<br />
PARA VER E PENSAR<br />
Neste ano,<br />
você estudou<br />
muitos temas<br />
interessantes:<br />
descobriu coisas sobre<br />
você, sobre as outras pessoas, sobre família,<br />
moradia, escola...<br />
Com um colega, escolha um dos temas<br />
de que vocês mais gostaram e represente-o<br />
em uma folha de papel sulfite. Vocês podem<br />
desenhar, fazer colagens, poemas, histórias<br />
em quadrinhos, cartas para os outros colegas...<br />
Depois, todos da sala vão expor os trabalhos<br />
no mural ou em um varal para trocar ideias<br />
sobre o que aprenderam durante o ano.<br />
Studio Cortez<br />
PARA LER EM CASA COM A FAMÍLIA<br />
Todo lugar é lugar de aprender! Nesta seção,<br />
você encontrará textos escolhidos para que você<br />
compartilhe com sua família o prazer da leitura.<br />
PARA VER E PENSAR<br />
Transmitir o que você aprendeu também é<br />
importante. Que tal caprichar em uma exposição<br />
sobre o que você mais gostou de conhecer neste ano?<br />
18<br />
76<br />
4. Fique de costas para o desenho. Observe seu corpo, levante seu braço<br />
esquerdo e depois o direito. E agora, o seu lado esquerdo coincide com o<br />
lado esquerdo do contorno?<br />
PARA BRINCAR E CONHECER OS COLEGAS<br />
Você já brincou de adivinhar quem é? É preciso, no mínimo, cinco<br />
jogadores.<br />
1. Um dos jogadores pensa em uma pessoa da classe, mas não diz quem é.<br />
2. Os outros jogadores têm, então, de adivinhar quem é essa pessoa<br />
fazendo perguntas ao jogador que a escolheu. Veja alguns exemplos:<br />
essa pessoa é alta ou baixa?<br />
qual é a cor de seus cabelos?<br />
qual é a cor de seus olhos?<br />
3. Quem descobrir ganha um<br />
ponto e pensa em outra<br />
pessoa pa ra os outros<br />
adivinharem.<br />
Vence o jogo quem adivinhar<br />
mais vezes...<br />
Você conheceu algumas das características físicas de seus colegas. A<br />
seguir, vamos conhecer alguns documentos que trazem informações sobre<br />
as pessoas.<br />
Pesquisa<br />
Descobrindo construções antigas<br />
Com a ajuda de um adulto, pesquise informações sobre uma construção<br />
antiga em sua cidade ou em cidades vizinhas.<br />
PEQUENO GEÓGRAFO<br />
Responda em seu caderno às seguintes perguntas.<br />
1. Quando ela foi construída?<br />
2. Qual era a função dessa construção no passado?<br />
3. Qual é a função dessa construção na atualidade?<br />
Em seu caderno, cole uma foto ou faça um desenho da construção antiga<br />
que você pesquisou.<br />
Descubra se na sua rua existem casas ou edifícios que não são utilizados<br />
para as pessoas morarem, e sim para alguma outra atividade. Anote o<br />
que você observou, não se esquecendo de dizer para que servem essas<br />
construções.<br />
Studio Cortez<br />
Studio Cortez<br />
5
6<br />
GLOSSÁRIO<br />
O glossário é a seção na qual você pode<br />
consultar o signifi cado das palavras que<br />
aparecem destacadas no livro em uma cor<br />
diferente.<br />
98<br />
INDICAÇÃO ÃÃ DE LEITURAS COMPLEMENTARES<br />
Brincadeiras<br />
Célia Catunda e Kiko Mistrorigo, Ática.<br />
Dois volumes que apresentam situações que contemplam as noções de<br />
posição, orientação, proporção, direção e plano, entre outras.<br />
Coleção Reciclar<br />
Veronica Bonar, Scipione.<br />
Trata da reciclagem, por meio de textos informativos e sugestões de<br />
atividades, em seis volumes, que enfocam a reutilização do vidro, do papel, do<br />
metal, do plástico, da madeira e dos alimentos.<br />
Crianças como você<br />
Produzido pela Unicef e publicado no Brasil pela Ática.<br />
Trata-se de uma obra que apresenta o modo de ser e de viver de crianças<br />
de diferentes partes do mundo, pertencentes a diversos grupos sociais.<br />
Histórias de avô e avó<br />
Arthur Nestrovski, Companhia das Letrinhas.<br />
Biografia e lembranças do autor sobre seus avós. São crônicas que podem<br />
ser lidas em sala de aula ou em casa.<br />
Matilda<br />
Roald Dahl, Martins Fontes.<br />
Livro literário que descreve a vida de uma menina e sua relação com os<br />
pais, os irmãos, a professora e os colegas da escola. O livro foi adaptado para<br />
o cinema, e o professor poderá lê-lo com os alunos e depois assistir ao filme.<br />
O menino maluquinho<br />
Ziraldo, Melhoramentos.<br />
Livro literário muito apreciado pelas crianças dessa faixa etária. O livro<br />
foi adaptado para o cinema, e o professor poderá lê-lo com os alunos e depois<br />
assistir ao filme.<br />
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />
Aqui você encontra a lista de obras que<br />
foram consultadas pelos autores no processo<br />
de escrita desta coleção.<br />
MAPAS<br />
Para que você se familiarize com seu país e<br />
com o mundo, separamos aqui alguns mapas<br />
para leitura.<br />
INDICAÇÃO DE LEITURAS<br />
COMPLEMENTARES<br />
Quer saber mais sobre os assuntos que você<br />
aprendeu? Gostaria de dicas de livros? Aqui você<br />
encontra uma seleção imperdível.
Você encontrará também os seguintes ícones:<br />
DESENHO<br />
Separe uma folha avulsa e prepare-se<br />
para desenhar.<br />
FAÇA NO CADERNO<br />
Esta atividade deverá ser respondida<br />
em seu caderno.<br />
ENTREVISTA<br />
Com as perguntas sugeridas pelo livro ou<br />
criadas por você, prepare-se para entrevistar<br />
alguém.<br />
REFLETINDO<br />
Refl ita sobre esses assuntos.<br />
CONVERSE COM OS COLEGAS<br />
Converse com os colegas sobre esse<br />
assunto.<br />
GLOBO TERRESTRE<br />
Conheça mais sobre o mundo em que<br />
vivemos.<br />
Ilustrações: Studio Cortez<br />
7
8<br />
Sumário<br />
Conhecendo quem sou eu ...........................10<br />
Quem sou eu? ......................................................... 12<br />
Documentos de identifi cação ................................ 19<br />
Descobrindo do que eu gosto ............................... 23<br />
Opção Brasil<br />
Capítulo 1<br />
Capítulo 2<br />
Conhecendo as pessoas e a família .............30<br />
Nossos sentimentos e emoções<br />
não são sempre iguais .......................................... 32<br />
Fazendo coisas diferentes ...................................... 34<br />
Você e seus amigos ................................................ 38<br />
Família: semelhanças e diferenças ....................... 44<br />
Vida familiar ........................................................... 49<br />
As famílias e os lugares ......................................... 54<br />
Opção Brasil
Conhecendo a moradia ...............................61<br />
Nossa moradia, nosso abrigo .............................. 65<br />
A construção da moradia ..................................... 66<br />
Recursos necessários para<br />
as boas condições de vida .................................... 70<br />
Aldeias indígenas ................................................... 73<br />
As casas também têm história ............................ 75<br />
Pesquisa .................................................................. 76<br />
Claudio Larangeira/Kino<br />
Capítulo 3<br />
Capítulo 4<br />
Rubens Chaves/Pulsar Imagens<br />
Conhecendo a escola ...................................77<br />
Diferentes tipos de escola ....................................... 79<br />
Onde fica sua escola? ............................................ 82<br />
Viver e aprender na escola .................................... 88<br />
Mapas .............................................................................................................93<br />
Glossário .........................................................................................................96<br />
Indicação de leituras <strong>complementar</strong>es ............................................................98<br />
Referências bibliográficas..............................................................................103<br />
9
10<br />
Capítulo 1<br />
CONHECENDO QUEM SOU EU<br />
Mariana estuda no Rio de Janeiro (foto de 2006).<br />
Opção Brasil
Leia o texto, acompanhando a leitura do professor.<br />
Ser criança é bom<br />
Ser criança é bom<br />
Ser criança faz bem<br />
Seja uma também<br />
O sonho não acabou<br />
Basta olhar uma e ver<br />
Que a vida recomeçou<br />
[...]<br />
Nada é mais bonito do que ver uma<br />
criança feliz,<br />
Fazendo arte ou cantando ou limpando o nariz<br />
A inocência da criança é o que eu sempre quis!<br />
Ser criança é bom, faz bem<br />
Seja uma criança também<br />
O sonho não acabou<br />
Basta olhar uma e ver<br />
Que a vida recomeçou<br />
Ser criança é bom!<br />
[...]<br />
PARA COMEÇAR<br />
Márcio R. A. Souza. Ser criança é bom.<br />
In: CD Turma da Mônica. Warner<br />
Music do Brasil Ltda., 1994.<br />
Em sua opinião, é bom ser criança? Troque ideias com seus<br />
colegas sobre esse assunto. Resposta pessoal.<br />
Studio Cortez<br />
11
12<br />
Quem sou eu?<br />
Você é uma criança. Uma criança que estuda, brinca, faz amizades, fica feliz,<br />
às vezes, mal-humorada... Uma criança como todas as outras do mundo.<br />
Mas será que as crianças são todas iguais? Será que existe outra igual<br />
a você no mundo?<br />
Estas crianças se veem assim:<br />
Yasmin<br />
Hélcio<br />
Júnior<br />
Viviane<br />
As crianças são diferentes umas das outras na aparência, no jeito e nos gostos!<br />
Ilustrações: Studio Cortez
Como você é?<br />
Vamos fazer um autorretrato? Comecemos pela aparência:<br />
como você é fisicamente?<br />
1. Desenhe em uma folha avulsa como você é.<br />
2. Reúna-se com um colega e pensem sobre as perguntas abaixo.<br />
Respostas pessoais.<br />
Será que o seu desenho mostra como você é?<br />
E o desenho de seu colega, mostra como ele é?<br />
O que você mais gostou em seu desenho?<br />
E no desenho de seu colega?<br />
Semelhanças e diferenças...<br />
Você observou que existem semelhanças e diferenças entre<br />
você e seus colegas de turma. Vamos conhecer algumas delas.<br />
1. Desenhe em uma folha<br />
avulsa o contorno da<br />
mão que você usa para<br />
escrever.<br />
2. Responda em seu<br />
caderno: Qual mão você<br />
desenhou? A direita ou a<br />
esquerda?<br />
3.<br />
Faça agora, em outra<br />
folha, o contorno de sua outra mão.<br />
Responda em seu caderno: Qual mão você desenhou agora? A direita<br />
ou a esquerda?<br />
Observe suas mãos e os desenhos que você fez delas. São iguais ou<br />
diferentes? Por quê?<br />
Studio Cortez<br />
13
14<br />
Todos os colegas da turma escrevem com a mesma mão?<br />
Vamos contar quantos colegas da turma escrevem com a mão direita e<br />
quantos escrevem com a mão esquerda?<br />
1. Anote os resultados em seu caderno.<br />
Alunos que escrevem com a mão direita.<br />
Alunos que escrevem com a mão esquerda.<br />
2. Vamos representar os resultados descobertos. Num papel quadriculado,<br />
pinte com cores diferentes o número de quadradinhos dos:<br />
alunos que escrevem com a mão direita;<br />
alunos que escrevem com a mão esquerda.<br />
Veja o exemplo da sala de Ana.<br />
Mão direita = 14 quadradinhos<br />
Mão esquerda = 8 quadradinhos<br />
Professor: para fazer esta atividade peça aos alunos:<br />
“Le vante a mão quem escreve com a mão direita”.<br />
Conte-os e registre o resultado no quadro. Repita o mesmo<br />
procedimento para a mão esquerda.<br />
Na sala de aula de Ana, a maior parte dos alunos escreve com a mão<br />
direita.<br />
3. Na sua sala, a maior parte dos alunos escreve com a mão direita ou com<br />
Professor: esta atividade, além de res saltar as semelhan ças e as diferenças que existem<br />
a mão esquerda?<br />
entre seus alunos, também desenvolve ou tras habilidades como o levantamento, o registro e<br />
a análise simples de dados e o trabalho com quantidades, importante para a cartografia. Auxilia também na percepção<br />
de lateralidade: direita e esquerda.<br />
Studio Cortez
Studio Cortez<br />
Qual é o meu tamanho?<br />
Com a ajuda do professor, vamos conhecer qual é a sua altura. Para isso,<br />
usaremos a palma da mão, um barbante e uma tesoura sem ponta.<br />
1. De pé, solicite a um colega que corte um pedaço de barbante da sua<br />
altura. Estique o barbante no chão e veja quantos palmos ele tem.<br />
Observe a imagem:<br />
2. Numa folha de papel quadriculado, represente a sua altura, pintando um<br />
quadradinhos para cada palmo que você contou. Resposta pessoal.<br />
Quantos quadrados representam sua altura?<br />
A altura dos colegas de turma<br />
Ana e seus colegas de turma fizeram a mesma atividade para representar<br />
a altura em palmos.<br />
Na sala de aula de Ana, há 22 alunos.<br />
Observe a tabela que Ana e seus colegas montaram com a ajuda do<br />
professor.<br />
Número de palmos até 9 10 a 11 12 a 13 mais de 13<br />
Número de alunos 5 10 5 2<br />
15
16<br />
A altura dos alunos da sala de Ana foi representada por cores.<br />
até 9 palmos<br />
de 10 a 11 palmos<br />
de 12 a 13 palmos<br />
mais de 13 palmos<br />
Observe como Ana representou a altura dos colegas pintando os quadradinhos.<br />
Até 9 palmos<br />
De 10 a 11 palmos<br />
De 12 a 13 palmos<br />
Mais de 13 palmos<br />
Com a ajuda do professor, vamos fazer a mesma coisa que Ana fez.<br />
Vamos representar em palmos a altura dos alunos de sua sala.<br />
1. Copie em seu caderno a tabela e complete-a, relacionando o número de<br />
alunos ao número de palmos.<br />
Número de palmos até 9 10 a 11 12 a 13 mais de 13<br />
Número de alunos * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
2. Em seu caderno, represente a altura dos seus colegas, completando o gráfico.<br />
Para cada 5 alunos, pinte, no caderno, um<br />
mesmas cores que Ana escolheu.<br />
Veja o exemplo:<br />
. Se você quiser, utilize as<br />
20<br />
Na turma de Ana, as alturas dos colegas<br />
15<br />
ficaram distribuídas assim:<br />
até 9 palmos: 5 crianças<br />
10<br />
de 10 a 11 palmos: 10 crianças<br />
5<br />
de 12 a 13 palmos: 5 crianças<br />
mais de 13 palmos: 2 crianças<br />
até 9 10-11 12-13 +13<br />
Como ficariam na sua classe?<br />
número de alunos<br />
altura em palmos<br />
Studio Cortez
Observe a imagem a seguir. Ela mostra Marina desenhando o contorno do<br />
corpo de João. Essa é uma das formas de representar o corpo.<br />
CTR-AD Representando seu corpo<br />
Vamos desenhar o contorno de nosso corpo. Forme uma dupla<br />
com um colega e siga o roteiro abaixo.<br />
Separe duas folhas de papel pardo e canetas coloridas.<br />
Faça o contorno do corpo do colega e, em seguida, peça que ele faça o seu.<br />
1. Coloque o contorno de seu corpo num mural e imagine que está olhando<br />
em um espelho. Indique, com a letra E, o lado esquerdo e, com a letra D, o<br />
lado direito.<br />
2. Observe seu corpo, levante seu braço direito e, depois, o braço esquerdo.<br />
Olhando de frente para o desenho no papel, o seu braço direito coincide<br />
com a letra D do contorno?<br />
Professor: exercícios sobre lateralidade são fundamentais para a<br />
alfabetização cartográfica, pois nos auxiliam no estudo futuro de<br />
posição geográfica.<br />
17
18<br />
3. Fique de costas para o desenho. Observe seu corpo, levante seu braço<br />
esquerdo e depois o direito. E agora, o seu lado esquerdo coincide com o<br />
lado esquerdo do contorno?<br />
PARA BRINCAR E CONHECER OS COLEGAS<br />
Você já brincou de adivinhar quem é? É preciso, no mínimo, cinco<br />
jogadores.<br />
1. Um dos jogadores pensa em uma pessoa da turma, mas não diz quem é.<br />
2. Os outros jogadores têm, então, de adivinhar quem é essa pessoa<br />
fazendo perguntas ao jogador que a escolheu. Veja alguns exemplos:<br />
essa pessoa é alta ou baixa?<br />
qual é a cor de seus cabelos?<br />
qual é a cor de seus olhos?<br />
3. Quem descobrir ganha um<br />
ponto e pensa em outra<br />
pessoa pa ra os outros<br />
adivinharem.<br />
Vence o jogo quem adivinhar<br />
mais vezes...<br />
Você conheceu algumas das características físicas de seus colegas. A<br />
seguir, vamos conhecer alguns documentos que trazem informações sobre<br />
as pessoas.<br />
Studio Cortez
CTR-AD<br />
Documentos de identifi cação<br />
Você sabe que existem documentos que trazem informações sobre você?<br />
Por exemplo, a Certidão de Nascimento e a Carteira de Identidade.<br />
DECLARANTE<br />
AVÓS<br />
AVÔ PATERNO<br />
NOME:<br />
MATRÍCULA:<br />
DATA DE NASCIMENTO (POR EXTENSO)<br />
DIA MÊS ANO<br />
HORA DE NASCIMENTO MUNICÍPIO DE NASCIMENTO E UNIDADE DA FEDERAÇÃO<br />
MUNICÍPIO DE REGISTRO E UNIDADE DA FEDERAÇÃO LOCAL DE NASCIMENTO SEXO<br />
FILIAÇÃO<br />
PAI MÃE<br />
DATA DO REGISTRO (POR EXTENSO) NÚMERO DA DNV (DECLARAÇÃO DE NASCIDO VIVO)<br />
OBSERVAÇÕES / AVERBAÇÕES<br />
AVÓ PATERNA<br />
GÊMEOS NOME E MATRÍCULA DO(S) GÊMEO(S)<br />
NÃO<br />
OS PAIS<br />
CLAUDIO BIONDINI<br />
IVONE BIONDINI<br />
NOME DO OFÍCIO<br />
Data e Local:<br />
OFICIAL REGISTRADOR<br />
MUNICÍPIO /UF<br />
ENDEREÇO Assinatura do Oficial<br />
O conteúdo da certidão é verdadeiro. Dou fé.<br />
Carlinhos lê sua<br />
Certidão de Nascimento<br />
com o pai.<br />
CARLOS BIONDINI<br />
SEIS DE NOVEMBRO DE DOIS MIL E SEIS 06 11 2006<br />
22h 20 SÃO PAULO - SP<br />
DEZ DE NOVEMBRO DE DOIS MIL E SEIS 67438 763 950<br />
NASCIDO NO HOSPITAL E MATERNIDADE CENTRAL, EM SÃO CAETANO, SP.<br />
FORAM DECLARANTES OS PAIS. ESTA CERTIDÃO FOI EXTRAÍDA DO LIVRO A-8421, FLS. 362,<br />
TERMO Nº 375291. NADA MAIS<br />
FLÁVIO JOSÉ GRECCO<br />
SÃO CAETANO DO SUL<br />
RUA PARÁ, 48<br />
CERTIDÃO DE NASCIMENTO<br />
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL<br />
REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS<br />
99999999999 9999 9 9999 999 9999999 99<br />
SÃO CAETANO DO SUL - SP HOSPITAL M<br />
ALEXANDRE BIONDINI MONICA BIONDINI<br />
ANTONIO DE SOUZA<br />
IOLANDA DA SILVA<br />
AVÔ MATERNO<br />
AVÓ MATERNA<br />
19
20<br />
Certidão de Nascimento<br />
Com a ajuda do professor, vamos ler uma Certidão de Nascimento que não<br />
está preenchida.<br />
CERTIDÃO DE NASCIMENTO<br />
DATA DE NASCIMENTO (POR EXTENSO)<br />
HORA DE NASCIMENTO<br />
FILIAÇÃO<br />
PAI MÃE<br />
AVÓS<br />
AVÔ PATERNO<br />
AVÓ PATERNA<br />
DECLARANTE<br />
NOME:<br />
MATRÍCULA:<br />
99999999999 9999 9 9999 999 9999999 99<br />
GÊMEOS NOME E MATRÍCULA DO(S) GÊMEO(S)<br />
DATA DO REGISTRO (POR EXTENSO) NÚMERO DA DNV (DECLARAÇÃO DE NASCIDO VIVO)<br />
OBSERVAÇÕES / AVERBAÇÕES<br />
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL<br />
REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS<br />
DIA<br />
MUNICÍPIO DE NASCIMENTO E UNIDADE DA FEDERAÇÃO<br />
MUNICÍPIO DE REGISTRO E UNIDADE DA FEDERAÇÃO LOCAL DE NASCIMENTO<br />
NOME DO OFÍCIO<br />
OFICIAL REGISTRADOR<br />
MUNICÍPIO /UF<br />
MÊS ANO<br />
SEXO<br />
AVÔ MATERNO<br />
AVÓ MATERNA<br />
O conteúdo da certidão é verdadeiro. Dou fé.<br />
Data e Local:<br />
ENDEREÇO Assinatura do Oficial<br />
1. Converse com os colegas: por que é importante ter Certidão<br />
de Nascimento?<br />
Reprodução
Em casa, peça a um de seus familiares que mostre a sua Certidão de<br />
Nascimento.<br />
Com base na sua Certidão de Nascimento e outras informações sobre<br />
você, vamos fazer uma ficha de identificação?<br />
2. Peça ajuda a um adulto para copiar e completar esta ficha em seu<br />
caderno.<br />
Minha identificação<br />
Respostas pessoais.<br />
Meu nome completo é * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *.<br />
Eu nasci no dia * * * * * * * * * * * * * e tenho * * * * * * anos.<br />
A cidade em que eu nasci se chama * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *.<br />
Sou filho de * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
e de * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *.<br />
Tenho * * * * * irmãos e * * * * * irmãs.<br />
Meus avós por parte de pai se chamam * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *.<br />
Meus avós por parte de mãe se chamam * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *.<br />
A importância da<br />
Certidão de Nascimento<br />
Toda criança que nasce no Brasil deve ser registrada. Quando<br />
você nasceu, um adulto de sua família foi ao cartório mais<br />
próximo do local de seu nascimento (sua casa, um hospital) e fez<br />
seu registro.<br />
Professor: com essa ficha você pode trabalhar outros conteúdos geográficos, como onde ficam as<br />
cidades que nascemos, quais suas características, ou montar com os alunos outros gráficos de somas<br />
semelhantes ao da página 16.<br />
Os cartórios devem fazer esse registro e fornecer a Certidão de<br />
Nascimento gratuitamente. Com ela, você pôde ser matriculado<br />
na escola, sabia? Mas existem outros documentos importantes...<br />
21
22<br />
Carteira de Identidade<br />
Danielle tem Carteira de Identidade desde os dois anos.<br />
A importância da<br />
Carteira de Identidade<br />
A Carteira de Identidade é o principal documento utilizado<br />
no Brasil. Para viajar, comprar bens, casar... enfim, para tudo você<br />
utiliza seu RG (Registro Geral), número indicado na Carteira de<br />
Identidade.<br />
3. Com a ajuda do professor, copie em seu caderno e continue a completar<br />
este quadro com as informações apresentadas no documento acima.<br />
Carteira de Identidade<br />
Número do Registro Geral 37 502 000-9<br />
Danielle<br />
Nome Rodrigues<br />
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
Demontie Rodrigues<br />
Filiação (nome dos pais) * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
Cícera Rodrigues<br />
Data de nascimento 8 de outubro de 2000 * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
Guarulhos – SP<br />
Naturalidade (local do nascimento) * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
Reprodução
Mas será que isso diz tudo sobre você? É claro que não…<br />
Para conhecer mais sobre você, é preciso saber quais são seus gostos,<br />
suas preferências.<br />
Descobrindo do que eu gosto<br />
... e ficava sozinho<br />
brincando no quarto<br />
semanas seguidas<br />
fazendo batalhas<br />
fazendo corridas<br />
desenhando mapas<br />
de terras perdidas<br />
inventando estrelas<br />
e foguetes espaciais<br />
Ziraldo. O menino maluquinho.<br />
85. ed. São Paulo:<br />
Melhoramentos, 2007.<br />
Reúna-se com os colegas e troquem ideias sobre as questões a<br />
seguir. Respostas pessoais.<br />
1. O menino maluquinho do texto gosta de fazer muitas brincadeiras no<br />
quarto dele. Você gosta de fazer alguma dessas brincadeiras? Qual<br />
delas?<br />
2. Que outras brincadeiras você gosta de fazer?<br />
3. Que brincadeiras você não gosta de fazer?<br />
Compare suas respostas com as de seus colegas e conversem a<br />
respeito.<br />
Eles gostam das mesmas brincadeiras que você?<br />
Que brincadeiras eles não gostam de fazer?<br />
Studio Cortez<br />
23
24<br />
Para pensar sobre você<br />
Você prefere brincar sozinho ou com os amigos?<br />
Você prefere brincar dentro de casa ou na rua, ao ar livre?<br />
Ilustrações: Studio Cortez
Você gosta de outras coisas...<br />
Studio Cortez<br />
Além de brincar, você gosta de fazer outras coisas.<br />
Vamos fazer uma lista de suas preferências.<br />
1. Você gosta de cantar?<br />
Discuta com os colegas as questões a seguir.<br />
Respostas pessoais.<br />
2. Você prefere comida salgada ou doce?<br />
3. Qual é a sua comida favorita?<br />
4. Que tipo de música você mais gosta de ouvir?<br />
5. Você prefere dias quentes ou frios?<br />
6. Qual é a cor de que você mais gosta?<br />
7. Você gosta de acordar cedo ou de dormir até tarde?<br />
8. Qual é o seu brinquedo preferido?<br />
Professor: estimule, nesses momentos de<br />
troca de ideias, a participação de todos os<br />
alunos. É importante que eles percebam que<br />
há momentos em que devem se manifestar<br />
e momentos em que devem escutar.<br />
Enfatize a necessidade de respeitarmos<br />
todas as opiniões. Para isso, valorize todas<br />
as manifestações de seus alunos. Assim, os<br />
pequenos cidadãos serão capazes de lidar<br />
com as diferenças de maneira positiva.<br />
25
André Nieto/Folha Imagem<br />
26<br />
Opção Brasil<br />
Como as crianças gostam de brincar<br />
Observe como crianças de diferentes partes do Brasil gostam de brincar.<br />
Fabiana gosta muito de<br />
desenhar e pintar. Ela mora em<br />
Manaus, no Amazonas.<br />
André, que mora em São Paulo,<br />
costuma montar seus próprios<br />
brinquedos.<br />
Leonardo, que mora em Porto<br />
Alegre, no Rio Grande do Sul,<br />
adora brincar de fazer bolhas de<br />
sabão.<br />
Fábio, que mora no Mato Grosso,<br />
costuma brincar com jogos no<br />
computador.<br />
Opção Brasil<br />
Jacek/Kino
Converse com seus colegas sobre as questões abaixo.<br />
Respostas pessoais.<br />
1. De quais brincadeiras você gosta mais em seu dia a dia?<br />
2. Será que as crianças no passado brincavam como você e seus colegas<br />
brincam hoje?<br />
Com ajuda do professor, leia e converse com os colegas sobre as<br />
brincadeiras de José Carvalho, pescador, que mora em Rio Verde – Jureia,<br />
no estado de São Paulo.<br />
[...] pois se nem roupa direito eu tinha, como é que ia ter brinquedo,<br />
né? Minha mãe fazia boneca de pano para as meninas, com trapo de<br />
roupa. Eu fazia carrinho de madeira com a madeira de caixote de maçã<br />
que dava na praia*. Naqueles tempos, dava. Eu aproveitava toda a<br />
madeira e os pregos. Depois aprendi a fazer avião de caxeta com asa,<br />
com hélice, direitinho. Fazia canoa de caxeta também. Eu fui criado<br />
solto. Quando cresci mais um bocado – eu nunca brinquei com amigo,<br />
com ninguém, ficava sozinho –, eu fiz um telégrafo. Tinha um poste<br />
com duas travessas, assim, e era bem grande, como daqui no Guaraú.<br />
E tudo foi de planta! Fazia de “capuica”, sabe qual é? Aquela flor azul,<br />
assim! Tirava todos os galhinhos e ia emendando, emendando, até...<br />
usava de fio elétrico. Numa ponta, eu fiz um posto do telégrafo, coberto<br />
de palha, no pau a pique. Fiz um telefone de madeira, com manivela<br />
que girava e tudo. Eu entrava lá, girava manivela e dizia: “Alô! Alô!” E<br />
eu mesmo respondia, claro, era só eu, né? [...]<br />
*Explicação: no litoral, o mar traz para a praia restos de diversos materiais. Ele se refere a esses restos.<br />
27
28<br />
Brincadeiras de outras épocas<br />
A tela a seguir foi pintada por Pieter Brueghel, há mais de 400 anos. O<br />
pintor deu o nome de Jogos infantis para sua obra.<br />
Repare que todas as pessoas do quadro estão brincando.<br />
Detalhes da tela Jogos infantis.<br />
Jogos infantis, de Pieter Brueghel, 1560. Óleo sobre painel de madeira, 118 cm × 160,9 cm.<br />
Faça, em seu caderno, uma lista com o nome de cinco brincadeiras<br />
que aparecem no quadro. Depois, converse com seus colegas e<br />
observe quais brincadeiras eles listaram. Há alguma diferença<br />
com relação à lista que você elaborou?<br />
Museu Kunsthistorisches, Viena, Áustria
Será que as brincadeiras que divertiam seus pais ou avós quando eles<br />
eram crianças são iguais às brincadeiras de hoje?<br />
Pergunte a seu pai, sua mãe ou a qualquer adulto que você conheça<br />
quais eram as brincadeiras deles quando eram pequenos.<br />
Anote em seu caderno o nome de uma brincadeira de outra época.<br />
Peça a um adulto para ensinar a você como era essa brincadeira.<br />
Faça, em uma folha avulsa, um desenho que explique como era<br />
essa brincadeira.<br />
Com os desenhos, você e seus colegas podem montar um mural sobre<br />
o assunto.<br />
Leia, com a ajuda do professor, este depoimento de Irene Cândida Mandira<br />
Coutinho, que vive na Reserva Extrativista do Mandira, em Cananeia, no estado<br />
de São Paulo.<br />
[…]<br />
Antigamente, no tempo de minha mãe, minha avó, as mulheres<br />
iam para a roça e levavam os filhos no jacá, amarravam uma<br />
rede na beira da roça, trabalhavam até a hora de almoçar. Desde<br />
pequenininhas, as crianças iam junto com os pais para a roça. Para<br />
pescar, os pais já levavam com mais idade. As crianças, com seis ou<br />
sete anos, quando já podiam com uma enxadinha, já começavam a<br />
trabalhar. Na verdade, não iam para trabalhar, iam para brincar; não<br />
eram forçados a nada, mas já começavam a aprender. As crianças<br />
iam para a roça para não ficar em casa sozinhas. Iam para a roça e<br />
lá os mais velhos cuidavam dos mais novos. Os pequenos já tinham<br />
sua enxadinha, sua foicinha…<br />
[…]<br />
Irene Cândida Mandira Coutinho. In: Antonio Carlos Diegues (Org.).<br />
Enciclopédia caiçara. v. 4. São Paulo: Nupaub-Cec/Hucitec, 2005. p. 361.<br />
Releia o texto e converse com os colegas sobre as semelhanças e as diferenças<br />
entre o relato de Irene e as brincadeiras de crianças.<br />
29
30<br />
Capítulo 2<br />
CONHECENDO AS PESSOAS<br />
E A FAMÍLIA<br />
Família de produtores de morangos, Atibaia, São Paulo, 2004.<br />
Age Fotostock/Keystock, s.d.
Ilustrações: Studio Cortez<br />
PARA COMEÇAR<br />
As pessoas têm muitas coisas em comum.<br />
Todas as pessoas têm um nome.<br />
Todas as pessoas precisam se alimentar.<br />
Todas as pessoas aprendem muitas coisas.<br />
Todas as pessoas gostam de algumas coisas e não gostam de outras.<br />
As pessoas têm muitas coisas diferentes entre si.<br />
As pessoas têm aparência diferente.<br />
As pessoas conhecem coisas diferentes.<br />
As pessoas vivem de modo diferente.<br />
As pessoas não gostam exatamente das mesmas coisas.<br />
31
32<br />
Nossos sentimentos e emoções<br />
não são sempre iguais<br />
Sentimos amor e vontade de agradar alguém.<br />
Sentimos dor e prazer.<br />
Sentimos alegria e tristeza.<br />
Há momentos em que Lúcia fica zangada...<br />
Arquivo dos autores
Arquivo dos autores<br />
... e há momentos em que Lúcia se diverte olhando o rosto pintado no espelho.<br />
33
34<br />
Marco Antonio Sá/kino<br />
Ricardo e<br />
Fernanda<br />
pulam corda à<br />
tarde, depois de<br />
fazer a lição de<br />
casa. Eles e seus<br />
amigos moram<br />
em São Paulo.<br />
Fazendo coisas diferentes<br />
Será que todas as crianças fazem as mesmas coisas?<br />
Reúna-se com seus colegas e observem as imagens.<br />
Algumas crianças trabalham<br />
para ajudar a família, como o<br />
menino da foto ao lado, que<br />
vive em Piracicaba, São Paulo.<br />
O trabalho infantil, no<br />
Brasil e em muitos países,<br />
é proibido por lei. Mas em<br />
muitos lugares as crianças<br />
trabalham em canaviais, em<br />
fábricas, em lixões. Muitas<br />
dessas crianças não vão à<br />
escola e não têm chance de<br />
ter um futuro melhor.<br />
CTR-AD
Iara Venanzi/Kino<br />
Os meninos do<br />
povo xavante que<br />
vivem na Aldeia<br />
Pimentel Barbosa, em<br />
Canarana, no Mato<br />
Grosso, gostam de<br />
jogar futebol.<br />
Rosa Gauditano/Studio R<br />
Professor: aproveite a<br />
oportunidade e localize,<br />
com os alunos, os<br />
lugares mencionados nas<br />
legendas das fotografias<br />
utilizando os mapas das<br />
páginas 93, 94, 95.<br />
A brincadeira<br />
de roda<br />
é muito<br />
comum. Essas<br />
crianças no<br />
Suriname, país<br />
da América<br />
do Sul,<br />
aproveitam o<br />
recreio para<br />
brincar na<br />
escola.<br />
1. Reúna-se com seus colegas e discuta: as crianças dessas fotos estão<br />
fazendo as mesmas atividades?<br />
Não, elas estão fazendo atividades diferentes.<br />
2. Qual das atividades mostradas nas fotos você gosta mais de fazer?<br />
Resposta pessoal.<br />
3. Qual das atividades mostradas nas fotos não é adequada para crianças?<br />
Por quê?<br />
A atividade em que a criança está cortando cana. Ela não é adequada porque, além do trabalho infantil ser<br />
proibido por lei, as crianças nessas condições acabam não fazendo atividades apropriadas para sua faixa<br />
etária, como estudar ou brincar.<br />
35
36<br />
Crianças de lugares diferentes<br />
Com a ajuda do professor, leia os textos que contam um pouco da história<br />
de duas crianças: Jaciré e Gilvan.<br />
Professor: ajude os alunos a localizar, no mapa da página<br />
93, os estados do Pará e do Mato Grosso.<br />
Meu nome é Jaciré Parkatêjê porque sou parkatêjê, da tribo<br />
Gavião... Parkatêjê quer dizer povo (jê) dono da parte de baixo<br />
(katê) do rio (par). Gosto de viver perto do rio e da floresta. Os<br />
meus animais preferidos são o macaco (kôkoi), a anta (kukryt) e<br />
a arara (pàn). Na nossa aldeia ainda se faz a corrida de toras e<br />
eu acho muito divertido. Lá, as moradias estão dispostas num<br />
círculo. Na área central acontecem todas as nossas festas.<br />
Adaptação dos autores para o relato de Jaciré Parkatêjê,<br />
que vive na Amazônia, no estado do Pará.<br />
Assim como Jaciré, da tribo Gavião, Maria, do povo xavante, gosta muito<br />
da floresta e não se separa de sua amiga. Rondônia, 2005.<br />
Opção Brasil
Meu nome é Gilvan. Eu moro numa fazenda no interior do<br />
Mato Grosso. Meu pai e meu avô criam gado. Todos os dias eles<br />
levam o gado para pastar. Eu sempre ajudo a cuidar do gado<br />
durante os finais de semana e, quando dá, também nos dias de<br />
semana, depois da escola. Gosto de andar a cavalo bem próximo<br />
das vacas e dos bois. Eu grito para que eles não se espalhem<br />
pelo campo. Quando crescer, eu quero ser boiadeiro como o<br />
meu pai...<br />
Studio Cortez<br />
Adaptação dos autores para o relato de Gilvan Marcondes, que vive<br />
em uma fazenda no Mato Grosso.<br />
Junto com os colegas discutam as questões abaixo.<br />
Jaciré mora em uma comunidade indígena na Amazônia, no<br />
1. Onde Jaciré e Gilvan moram? Pará; e Gilvan em uma fazenda, no interior do Mato Grosso.<br />
2. Como você imagina que são esses lugares?<br />
Resposta pessoal.<br />
3. Os lugares onde Jaciré e Gilvan moram são muito diferentes do lugar onde<br />
você mora? Resposta pessoal.<br />
4. Você conhece alguma pessoa que vive em um lugar muito diferente do<br />
local onde você mora? Quem é essa pessoa? Conte um pouco sobre a<br />
vida dela.<br />
Resposta pessoal.<br />
37
38<br />
Você e seus amigos<br />
Gabriel e seu primo Felipe se divertem na praia. Eles são muito amigos.<br />
Escolha um de seus colegas de turma e escreva um pouco<br />
sobre ele. Respostas pessoais.<br />
1. Como ele se chama?<br />
2. Onde ele mora?<br />
3. Do que vocês mais gostam de brincar quando estão juntos?<br />
Arquivo dos autores
Keystone<br />
Opção Brasil<br />
É sempre bom fazer amigos...<br />
Pedro e Joaquim, que<br />
vivem em Fortaleza, no<br />
Ceará, ficaram amigos<br />
faz pouco tempo e já se<br />
dão muito bem!<br />
Professor: ajude os<br />
alunos a localizar, no<br />
mapa da página 93, os<br />
estados do Paraná, do<br />
Ceará e de São Paulo.<br />
Joana, que precisa<br />
dessa cadeira especial<br />
para se locomover,<br />
vive rodeada de<br />
amigos. Todos vivem<br />
em Curitiba, no<br />
Paraná.<br />
Eduardo tem amigos<br />
e amigas. Eles moram<br />
no mesmo prédio, em<br />
São Paulo.<br />
Keystone<br />
39
40<br />
Trocando experiências e sentimentos<br />
O único bicho de<br />
que eu tenho medo<br />
é a onça, que vive na<br />
floresta. O rugido dela<br />
durante a noite me<br />
assusta muito. Nunca<br />
encontrei uma onça de<br />
perto, mas sei que é<br />
muito grande...<br />
Adaptação dos autores para o relato de<br />
Jaciré Parkatêjê, que vive na Amazônia.<br />
André também tem medo de onça. Ele não vive na floresta e nunca ouviu<br />
seu rugido, mas já leu muitas histórias sobre onças e outros animais.<br />
Studio Cortez<br />
Renato Soares
Reúna-se com alguns colegas e debatam as questões a seguir:<br />
1. De que animal Jaciré e André têm medo?<br />
Eles têm medo de onça.<br />
2. Você já sentiu algum medo? De quê?<br />
Resposta pessoal.<br />
3. Já sentiu raiva de alguma coisa? De quê?<br />
Resposta pessoal.<br />
4. Já sentiu alguma grande alegria?<br />
Resposta pessoal.<br />
5. Será que os adultos também sentem coisas parecidas? Pergunte a um<br />
adulto de sua casa quando ele sentiu:<br />
medo raiva alegria<br />
Registre em seu caderno as respostas que conseguir.<br />
PARA LER EM CASA COM A FAMÍLIA<br />
A onça-pintada de fato provoca medo em muita gente. Afinal, trata-se de um<br />
grande carnívoro. Esse felino majestoso, elegante, de corpo robusto, musculoso<br />
e dotado de garras poderosas e afiadíssimas está ameaçado de extinção!<br />
Você sabe o que isso quer dizer?<br />
A onça-pintada corre o risco de desaparecer. Ela é caçada por sua pele,<br />
razão pela qual, além de ser vítima dos desmatamentos que destroem seu<br />
ambiente natural, está ameaçada de<br />
extinção.<br />
Esses animais têm hábitos noturnos<br />
e diurnos e são, em geral, solitários.<br />
Comem aves, outros mamíferos,<br />
répteis e peixes. O maior problema,<br />
quando ocorrem acidentes com seres<br />
humanos, é a infecção dos ferimentos<br />
provocados pelas garras afiadas desse<br />
grande felino.<br />
Onça-pintada.<br />
Ablestock<br />
41
42<br />
As fotografias e as nossas experiências<br />
Você sabia que as fotografias podem mostrar imagens de pessoas, de<br />
objetos, de lugares e retratar as nossas experiências?<br />
As fotografias podem ser importantes documentos para o estudo da<br />
Geografia.<br />
1<br />
Vamos observar algumas fotos de pessoas e lugares diferentes.<br />
Professor: ajude os alunos a localizar, no mapa da página 93, os estados de Santa Catarina e Minas Gerais.<br />
Clara e seus amigos<br />
se divertem numa<br />
pracinha, em<br />
Montes Claros,<br />
Minas Gerais.<br />
2<br />
Keystone<br />
Bianca e Jorge<br />
brincam na praia,<br />
em Florianópolis,<br />
Santa Catarina.<br />
Opção Brasil
Vamos ler as fotografias. Para isso, observe e anote em seu<br />
caderno as seguintes informações.<br />
1. Onde a foto 1 foi tirada?<br />
2. Onde a foto 2 foi tirada?<br />
3. Quando a foto 1 foi tirada?<br />
Em 2000.<br />
4. Quando a foto 2 foi tirada?<br />
Em 2002.<br />
5. Escreva uma frase descrevendo o que acontece na foto 1.<br />
Resposta pessoal.<br />
6. Escreva uma frase descrevendo o que acontece na foto 2.<br />
Resposta pessoal.<br />
7. De qual foto você gostou mais? Explique sua resposta.<br />
Resposta pessoal.<br />
Respostas esperadas: na praia; ou também em Florianópolis,<br />
Santa Catarina. Considere as respostas desde que estejam de<br />
acordo com a legenda apresentada.<br />
Respostas esperadas: numa pracinha; ou também em Montes Claros, Minas<br />
Gerais. Considere as respostas desde que estejam de acordo com a legenda<br />
apresentada.<br />
Selecione uma foto tirada de algum lugar de que você gosta, ou alguma<br />
fotografia recortada de jornal ou revista. Cole-a em uma folha e anote as<br />
seguintes informações.<br />
Qual é a data em que a foto foi tirada?<br />
Onde a foto foi tirada?<br />
Escreva uma frase descrevendo o que acontece na foto.<br />
Se tivesse de dar um título para essa foto, que título você daria?<br />
Studio Cortez<br />
43
44<br />
Família: semelhanças e diferenças<br />
Observe as fotos.<br />
Keystone<br />
Lucas mora<br />
com seu pai,<br />
em Salvador,<br />
na Bahia.<br />
Danielle mora com seu pai e sua mãe, em Guarulhos, em São Paulo.<br />
Edilene de Brito
Edilene de Brito<br />
Edilene de Brito<br />
Lucas mora só com o pai, e Danielle mora com o pai e a mãe. Mas as<br />
famílias de Lucas e Danielle são bem maiores. Além dos avós, eles têm tios e<br />
tias, primos e primas.<br />
Veja as fotos da família de Danielle.<br />
Danielle, com sua mãe, avó e irmãos.<br />
E a sua família, como é?<br />
Quem faz parte dela?<br />
Danielle ao<br />
lado das<br />
primas.<br />
Professor: peça para que alguns alunos contem como é a<br />
fa mília deles. Explore as semelhanças e as diferenças entre<br />
as respostas apresentadas na sala. Co men te com o grupo<br />
que cada família tem uma história e um jeito de ser. Se for<br />
possível, faça um álbum de família com os alunos.<br />
45
46<br />
Observe as fotografias que mostram as famílias de Fábio, Beatriz, João,<br />
Isabela e Rafael.<br />
Professor: ajude os alunos a localizar, no mapa da<br />
página 93, os estados mencionados nas legendas:<br />
Minas Gerais (e a capital Belo Horizonte), Rio Grande<br />
do Sul, Acre e Rio de Janeiro.<br />
CTR-AD<br />
Keystone<br />
Fábio vive com seus pais e<br />
dois irmãos mais velhos,<br />
em Belo Horizonte.<br />
Beatriz e sua mãe vivem no<br />
Rio Grande do Sul.<br />
João e Isabela são irmãos e vivem<br />
no Acre. Eles moram com o pai<br />
durante a semana e nos fins de<br />
semana com a mãe.<br />
Opção Brasil
Opção Brasil<br />
Crianças Família<br />
Beatriz Vive com a mãe.<br />
* * * * * * * * * * * * Vive com os pais e dois irmãos.<br />
* * * * * * * * * * * *<br />
Estes são os<br />
avós de Rafael,<br />
com quem ele<br />
mora. Seus<br />
pais não vivem<br />
juntos, e ele é<br />
criado pela mãe<br />
com a ajuda<br />
dos avós.<br />
Depois de observar as famílias mostradas nas fotografias,<br />
faça as atividades a seguir.<br />
1. Copie o quadro em seu caderno e complete-o com o nome das crianças,<br />
conforme o modelo.<br />
Fábio<br />
João e Isabela<br />
Rafael<br />
Vivem com o pai durante a semana e nos<br />
fins de semana com a mãe.<br />
* * * * * * * * * * * * Vive com a mãe e os avós.<br />
2. Responda em seu caderno: que diferenças você observou entre as famílias<br />
apresentadas nas fotos?<br />
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos identifiquem os diferentes tipos de família apresentados nas fotos, como<br />
Beatriz, que vive só com a mãe, e Fábio, que vive com os pais e irmãos.<br />
Apesar das diferenças, todas as fotos mostram famílias. Umas são<br />
numerosas, outras são pequenas. Em algumas famílias, as crianças são<br />
cuidadas pelo pai e pela mãe; em outras, somente pela mãe ou pelo pai; e<br />
ainda em outras, somente pelos avós.<br />
47
48<br />
E sua família, como ela é?<br />
Responda em seu caderno às seguintes perguntas sobre sua<br />
família. Respostas pessoais.<br />
1. Quem mora na sua casa?<br />
2. Você vive com seus pais, com seus avós ou com algum outro parente?<br />
3. Você tem irmãos? Quantos? Como eles se chamam?<br />
4. Você tem irmãs? Quantas? Como elas se chamam?<br />
5. Na sua casa, vive alguma pessoa que não é seu parente direto, mas<br />
também faz parte de sua família? Quem é essa pessoa?<br />
6. Faça um desenho de sua família em uma folha avulsa. Não se<br />
esqueça de ninguém.<br />
Studio Cortez
Vida familiar<br />
Numa mesma família, pode haver pessoas de idades diferentes e que<br />
pensam de modo diferente. Mas uma coisa é comum à maioria das famílias:<br />
as pessoas convivem buscando se entender e ajudar umas às outras.<br />
Pessoas de uma mesma família fazem coisas diferentes. Umas gostam<br />
de esporte, outras não; umas gostam de assistir à televisão, outras não.<br />
Troque ideias com seus colegas sobre as questões apresentadas a<br />
seguir. Respostas pessoais.<br />
1. O que cada pessoa de sua família gosta de fazer nos momentos de lazer?<br />
2. Você se lembra de alguma confusão, na sua família, porque uma pessoa<br />
pretendia fazer uma coisa e outra pessoa queria fazer algo bem diferente? (Por<br />
exemplo: seu pai queria ficar em casa e você e seus irmãos queriam ir passear.)<br />
3. Como a situação foi resolvida?<br />
Você observou que as pessoas de sua família podem gostar de fazer coisas<br />
diferentes. É natural que as pessoas sejam diferentes. Por isso, é importante<br />
aceitar as diferenças e conversar para que possa haver união e respeito.<br />
Tarefas familiares<br />
Você já viu que as pessoas de uma<br />
mesma família fazem coisas diferentes.<br />
Mas não é sempre que elas estão<br />
separadas, muitas vezes também fazem<br />
coisas juntas e ajudam umas às outras.<br />
A mãe de Mizue acompanha<br />
a filha na lição de casa.<br />
AbleStock<br />
49
50<br />
Responda às seguintes questões em seu caderno.<br />
Respostas pessoais.<br />
1. Na sua casa, quem faz o quê? Copie a ficha em seu caderno e preencha-a.<br />
Compra os alimentos * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
Arruma as camas * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
Limpa a casa * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
Prepara o almoço * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
Lava a louça * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
Arruma a mesa para as refeições * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
Leva as crianças para a escola * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
Lava as roupas * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
Cuida das plantas ou animais (se houver) * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
Vai ao supermercado * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
Acompanha você na lição de casa * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
Conserta as coisas * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
2. Para conviver, é preciso cooperar. Você ajuda as pessoas de sua família a<br />
fazer as tarefas que estão nessa ficha?<br />
3. Que outras tarefas você faz para ajudar as pessoas da família?<br />
Quando não estamos na escola, há diferentes maneiras de cooperar nas<br />
tarefas familiares.<br />
No final da tarde, João e seu pai<br />
recolhem os brinquedos.<br />
CTR-AD<br />
Oscar, que vive<br />
em Campo<br />
Grande, no Mato<br />
Grosso do Sul,<br />
gosta de regar as<br />
flores do jardim.<br />
É uma maneira<br />
de colaborar.<br />
Ivania Sant’anna/Kino
É muito fácil cooperar no dia a dia!<br />
Ilustrações: Studio Cortez<br />
Converse com seus colegas sobre as formas de cooperação<br />
nas tarefas da página anterior.<br />
Façam juntos uma lista, indicando como vocês podem cooperar<br />
em casa.<br />
Reflitam sobre como é fácil e importante cooperar com as<br />
outras pessoas em casa e na escola também.<br />
Conversa de família<br />
O que as pessoas das imagens estão fazendo?<br />
51
52<br />
As ilustrações da página anterior mostram diferentes situações em que<br />
as pessoas estão conversando.<br />
Para conviver, é muito importante conversar. Quando conversamos,<br />
expressamos o que sentimos e informamos aos outros nossos pensamentos.<br />
Trocamos ideias, mudamos de opinião, insistimos naquilo em que acreditamos,<br />
explicamos um ponto de vista ou esclarecemos um mal-entendido. Podemos<br />
até discutir, mas também fazemos as pazes.<br />
Faça em seu caderno uma lista com três<br />
situações que aconteceram com você, nas<br />
quais foi preciso conversar com pessoas de<br />
sua família para que elas o orientassem.<br />
Resposta pessoal.<br />
PARA LER EM CASA COM A FAMÍLIA<br />
A casa da vó Aurélia<br />
Meu pai, a Maria Helena e eu fomos morar com a vó Aurélia e o<br />
tio Amador, na casa dela, ao lado. O Fernando continuou com meus<br />
avós maternos e o tio Durval, mas eu estava sempre com ele porque<br />
era perto. Para mim, a vida não mudou: futebol, bolinha de gude,<br />
empinar pipa, rodar pião, colecionar figurinha de jogador das balas<br />
Seleções, o amor da avó espanhola e o carinho do tio Amador, que à<br />
noite, na cozinha, me sentava no colo para ver comigo o canário, que<br />
ficava para lá e para cá no balancinho da gaiola, até apagar a luz.<br />
Meu tio Amador gostava muito de estudar e me deixava<br />
brincar com caixa vazia de amostra grátis de remédio, ao lado<br />
da escrivaninha. No quarto ele tinha um esqueleto humano com<br />
caveira e tudo, pendurado num suporte e coberto com lençol. O<br />
esqueleto era meu amigo íntimo, nós conversávamos, eu apertava<br />
a mão dele, levantava os membros para ver como o movimento<br />
de um osso afetava a posição dos outros e ficava intrigado sobre<br />
como teria sido a vida dele (porque o meu tio sabia que era de um<br />
homem).<br />
Studio Cortez
Studio Cortez<br />
Eu podia mexer no esqueleto, mas o tio insistia que eu tivesse<br />
cuidado e respeito. De modo geral eu tinha, mas às vezes, quando<br />
o tio saía, eu escurecia o quarto e convidava um ou dois moleques<br />
da rua para descobrir um tesouro lá em casa. Entrava com eles pé<br />
ante pé, com as tábuas do corredor rangendo, e ia até o quarto<br />
envolvido na penumbra. Quando se acercavam em volta do suposto<br />
tesouro coberto, num movimento rápido eu puxava o lençol e<br />
gritava com a voz mais grossa que conseguia: “É a morte!”.<br />
O esqueleto chacoalhava no suporte e a molecada, em pânico,<br />
corria feito barata tonta pelo corredor. Apavorados, alguns se<br />
perdiam pela casa e iam parar na cozinha, onde estava minha avó,<br />
que gritava comigo e fazia com que eles se assustassem mais ainda.<br />
Depois as mães vinham reclamar que os filhos não conseguiam<br />
dormir à noite, de medo.<br />
A morte de minha mãe aproximou minha irmã de mim. Três<br />
anos mais velha, ela entendia melhor o significado da ausência da<br />
mãe e tentava me proteger com carinho e com o instinto maternal<br />
das meninas. Lia história à noite, ajudava nas lições e me dava<br />
conselhos. A adversidade que enfrentávamos sem eu compreender<br />
direito criou entre nós laços afetivos que duraram para sempre.<br />
Drauzio Varella. A casa da vó Aurélia. In: Nas ruas do Brás.<br />
São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2000. p. 40-42.<br />
53
54<br />
As famílias e os lugares<br />
Com a ajuda do professor, leia as histórias das famílias de Lúcia e Tonico.<br />
Elas contam um pouco sobre a vida de algumas pessoas que nasceram em<br />
um lugar e foram morar em outro. Professor: ajude os alunos a localizar, no mapa da página 93, os<br />
estados brasileiros mencionados nos relatos.<br />
Eu me chamo Lúcia.<br />
Os meus avós paternos, que são os pais de meu pai, se<br />
chamam Pedrinho e Moema. Eles se conheceram numa cidade<br />
chamada Concórdia, que fica em Santa Catarina.<br />
Vovô nasceu em Concórdia. Ele veio para São Paulo com 14<br />
anos para estudar, e voltava para lá nas férias. Vovó Moema era<br />
de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e tinha parentes na cidade<br />
em que meu avô nasceu. Ela costumava passar as férias em<br />
Concórdia, visitando esses parentes.<br />
Meus avós se conheceram em uma dessas férias e começaram<br />
a namorar por corres pondência. Namoraram alguns anos e<br />
decidiram se casar, em 1959. Tiveram seis filhos, cinco me ninos e<br />
uma meni na. Um dos filhos chama-se Paulo. Ele é meu pai.<br />
Coleção particular (original)<br />
Esta é a Lúcia, quando tinha 2 anos de idade, com Pedrinho, seu avô paterno.<br />
Coleção particular
Arquivo dos autores<br />
Os meus avós maternos, que são os pais de minha mãe, se<br />
conheceram em São Paulo.<br />
Minha avó nasceu em Virginópolis, em Minas Gerais, e<br />
também se chama Lúcia. Ela veio para São Paulo procurar<br />
emprego com 18 anos e conheceu, num baile, o vovô Rei nal do,<br />
que nasceu em São Caetano do Sul, em São Paulo. Na mo raram e<br />
se casaram. Tiveram três filhas.<br />
Uma delas chama-se Sueli, e é minha mãe.<br />
Os avós maternos de Lúcia, no dia do casamento, em 27 de novembro de 1954.<br />
A história de uma família é formada pela história de vida de cada uma<br />
das pessoas que dela fazem parte. Leia na próxima página um pouco sobre a<br />
história da família de Tonico.<br />
55
56<br />
Professor: ajude os alunos a localizar, nos mapas das páginas 94 e 95, o continente europeu e, mais especificamente, Portugal.<br />
Meu avô paterno, que se chama Antônio, nasceu muito<br />
longe daqui, num país chamado Portugal. Quando ele tinha<br />
9 anos a mãe dele, minha bisavó Florisbela, morreu. Ele ficou<br />
vivendo com os seus três irmãos e seu pai, que também se<br />
chamava Antônio.<br />
Passados alguns anos, seu pai casou-se novamente e meu<br />
avô passou a ter uma nova mãe, que se chamava Almerinda. Ele<br />
se lembra de que quando era pequeno minha bisavó Almerinda<br />
costumava passar uma pasta de alho e azeite no pão. Ele<br />
adorava comer isso!<br />
Quando tinha 19 anos, ele veio para o Brasil, nosso país, em<br />
busca de trabalho.<br />
Ele conheceu minha avó Lúcia na Missa do Galo, aquela<br />
missa que tem na noite de Natal. Eles se casaram depois de dois<br />
anos. Tive ram dois filhos, e um de les tam bém foi cha mado de<br />
Antônio. Ele é meu pai.<br />
O meu apelido é Tonico, e eu tenho o mesmo nome do meu<br />
bisavô, do meu avô e do meu pai.<br />
Estes são Antônio e<br />
Lúcia, avós do Tonico,<br />
no ano de 1932.<br />
Acervo da autora
Comparando histórias de vida<br />
Vamos reler os depoimentos de Lúcia e Tonico.<br />
Professor: oriente seus alunos para que façam essa atividade em grupos de 3 a 4 componentes.<br />
Nome dos avós paternos de Lúcia.<br />
Família de Tonico.<br />
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
Santa Catarina; e a avó, em Porto<br />
Onde eles nasceram. * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
Quantos filhos eles tiveram. * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
Nome do pai de Lúcia. * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
Nome dos avós maternos de Lúcia. * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
Minas Gerais; e Reinaldo, em São<br />
Onde eles nasceram. * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
Quantos filhos eles tiveram.<br />
Copie as fichas em seu caderno e complete-as.<br />
Família de Lúcia.<br />
O avô nasceu em Concórdia,<br />
Alegre, no Rio Grande do Sul.<br />
Lúcia nasceu em Virginópolis, em<br />
Caetano do Sul, São Paulo.<br />
Pedrinho e Moema.<br />
Seis filhos.<br />
Paulo.<br />
Lúcia e Reinaldo.<br />
Três filhas.<br />
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
Nome da mãe de Lúcia. * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
Nome do avô paterno de Tonico. * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
Onde ele nasceu. * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
Quando ele veio para o Brasil. * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
Como se chamava a avó de Tonico. * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
Quantos filhos eles tiveram. * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
Nome do pai de Tonico. * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
Sueli.<br />
Antônio.<br />
Portugal.<br />
Quando tinha 19 anos.<br />
Lúcia.<br />
Dois.<br />
Antônio.<br />
57
58<br />
A história de sua família<br />
As pessoas de uma mesma família nem sempre nascem na mesma cidade.<br />
Pode acontecer de alguém nascer em um local e depois mudar-se para outro.<br />
Isso aconteceu em sua família?<br />
Vamos fazer uma entrevista para descobrir uma parte da história de<br />
seus pais e avós. Siga as instruções abaixo e, se necessário, peça ajuda para<br />
um adulto.<br />
Entrevista<br />
Escolha um dos seus avós ou até bisavós. Se não for possível fazer a<br />
entrevista com nenhum deles, converse com um vizinho mais velho.<br />
Escreva em seu caderno o nome da pessoa entrevistada e o que ela é<br />
sua, por exemplo: “Marina – avó materna”. Depois copie as seguintes<br />
perguntas em seu caderno.<br />
Qual é o seu nome?<br />
Em que ano você nasceu?<br />
Em que cidade você nasceu?<br />
Qual é o nome dos seus pais?<br />
Qual é o nome dos seus irmãos? (Caso a pessoa escolhida tenha<br />
irmãos.)<br />
Do que você gostava de brincar quando era criança? Quem eram<br />
os seus amigos?<br />
Quais eram as suas comidas favoritas?<br />
Em que ano você entrou na escola e até que ano você estudou?<br />
Quando você começou a trabalhar? O que você fazia?<br />
Como e onde você conheceu seu esposo(a)?<br />
Quantos filhos vocês tiveram?<br />
Conte um acontecimento marcante na sua vida.
Acervo da autora<br />
Peça para que a pessoa entrevistada responda às perguntas bem<br />
devagar. Se possível, peça que um adulto ajude você a escrever as<br />
respostas no caderno.<br />
Para fazer essa entrevista, você vai precisar de tempo. Procure realizá-la<br />
no fim de semana, quando a pessoa escolhida poderá dar a entrevista<br />
tranquilamente.<br />
Esta fotografia é de<br />
1913. O menino com<br />
o arco na mão é o<br />
avô de Antônio, aos<br />
seis anos de idade.<br />
Você reparou como as<br />
crianças daquela época<br />
se vestiam de um jeito<br />
diferente?<br />
Comparando as diferentes histórias de família<br />
Vamos conhecer e comparar as histórias das famílias dos<br />
colegas de turma. Com a ajuda do professor, compare as<br />
seguintes informações:<br />
1. Entre quais anos a maioria dos avós e dos pais nasceu?<br />
2. Em quais lugares a maioria dos avós e dos pais nasceu?<br />
3. Como foi a infância dos avós?<br />
4. Como foi a infância dos pais?<br />
5. Com quantos anos eles entraram na escola?<br />
5. Como eram os lugares onde viviam?<br />
7. O que existe de semelhante entre as histórias dos avós e as dos pais?<br />
59
60<br />
Os lugares de origem das pessoas<br />
Algumas pessoas moram no mesmo lugar a vida inteira. Outras procuram<br />
novos locais para viver, o que pode acontecer uma, duas, e até várias vezes ao<br />
longo de suas vidas. E pelos mais variados motivos. Às vezes, o motivo pode<br />
ser: a busca de trabalho, a vontade de morar num lugar diferente, o desejo de<br />
morar perto dos parentes que vivem distante. Pode estar relacionado também<br />
a acontecimentos como guerras ou secas.<br />
Mudando de país<br />
Muitas pessoas vieram de<br />
outros países e se estabeleceram<br />
no Brasil. Além dos portugueses,<br />
vieram, em diferentes momentos,<br />
espanhóis, italianos, alemães,<br />
chineses, angolanos e tantos outros.<br />
Em nosso país, muitas<br />
pessoas e muitas famílias saíram<br />
de onde viviam para morar em<br />
outro lugar.<br />
O navio Kasato Maru veio do<br />
Japão trazendo imigrantes<br />
para o Brasil no ano de 1908.<br />
Converse com os colegas sobre as questões abaixo.<br />
Respostas pessoais.<br />
1. Você já saiu de um local onde você vivia para morar em outro?<br />
2. Você conhece alguém que saiu de um local onde vivia para morar em<br />
Professor: você pode ampliar este estudo dos lugares e das histórias das pessoas, construindo<br />
outro?<br />
narrativas com seus alunos e desenvolvendo a escrita de textos e memórias.<br />
Agência Estado
Claudio Larangeira/Kino<br />
Capítulo 3<br />
CONHECENDO A MORADIA<br />
As pessoas têm jeito próprio de morar. Nessa imagem vemos um detalhe de um<br />
vilarejo do litoral sul da Bahia. Observe a foto: Como são as casas? Em Caraíva<br />
as pessoas não se deslocam de carro. Vamos estudar como as pessoas vivem em<br />
diferentes moradias. Casas na Vila de Caraíva, Porto Seguro, Bahia (foto de 2007).<br />
61
62<br />
PARA COMEÇAR<br />
Observe as imagens de moradias a seguir.<br />
Opção Brasil<br />
As casas de pau<br />
a pique são feitas<br />
com madeira e<br />
barro. Casa em<br />
Minas Gerais<br />
(foto de 2003).<br />
Essa fotografia foi tirada em São Paulo, em 2003. Nela é possível reconhecer dois tipos<br />
de moradia bem diferentes: os prédios de apartamento e a autoconstrução – moradias<br />
construídas pelos próprios moradores.<br />
Isa/Kino
Opção Brasil<br />
Algumas moradias<br />
são construídas<br />
sobre as águas, com<br />
estacas de madeira.<br />
São as palafitas.<br />
Casas em São Luís,<br />
no Maranhão (foto<br />
de 2003).<br />
Claudio Larangeira/Kino<br />
Esta casa térrea<br />
foi fotografada em<br />
Itapetininga, em São<br />
Paulo (foto de 2002).<br />
As moradias são construídas de diferentes maneiras. Depende da<br />
condição financeira da pessoa, da localização e do terreno onde se<br />
vai construir, dos materiais construtivos, do tipo de transporte que se<br />
vai utilizar, do preço dos terrenos, entre outros aspectos. Qual dessas<br />
moradias mais se parece com a sua? Explique sua resposta.<br />
Resposta pessoal.<br />
Na foto, você pode ver um<br />
sobrado, que é uma casa<br />
com dois andares. Campo<br />
Grande, no Mato Grosso do<br />
Sul (foto de 2003).<br />
Isa/Kino<br />
63
64<br />
Comparando moradias<br />
As fotografias das páginas anteriores mostram diferentes tipos de construção.<br />
Moradias Como são as moradias<br />
Construção de pau a pique Moradia feita de madeira e barro.<br />
Prédios de apartamento<br />
* * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
* * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
* * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
Autoconstrução<br />
* * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
* * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
* * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
Palafitas<br />
* * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
* * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
* * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
Sobrado<br />
* * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
* * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
* * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
Casa térrea<br />
* * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
* * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
* * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
Copie, em seu caderno, o quadro das moradias, depois,<br />
complete as informações que faltam, observando as fotos das<br />
páginas anteriores.<br />
Conjuntos de moradias com vários andares.<br />
Moradia construída com poucos recursos. Na<br />
maioria das vezes, é construída com blocos de<br />
tijolo ou concreto pelos próprios moradores.<br />
Moradias construídas sobre estacas de madeira<br />
sobre a água dos rios.<br />
Moradia que tem dois andares.<br />
Moradia que tem apenas um andar.<br />
Converse com seus colegas sobre as semelhanças e as diferenças que vocês<br />
observaram nas construções retratadas nas fotos.
Nossa moradia, nosso abrigo<br />
Nossa moradia é onde convivemos com as pessoas da nossa família. Ela<br />
deve representar o abrigo, a segurança e o conforto. A moradia é um lugar de<br />
convivência.<br />
1. Faça em uma folha avulsa um desenho da sua moradia.<br />
Mostre o desenho da sua moradia para um dos colegas de turma.<br />
Peça para ele mostrar o desenho dele também.<br />
Converse com ele sobre as semelhanças e as diferenças que existem<br />
entre a sua moradia e a dele.<br />
Responda em seu caderno.<br />
Respostas pessoais.<br />
2. Como é sua moradia?<br />
3. De que material ela é feita (materiais das paredes, do telhado etc.)?<br />
Você pode se informar com algum adulto que more em sua casa.<br />
4. Quantas pessoas moram com você na sua casa?<br />
5. Quantos cômodos ela tem?<br />
6. Qual é a parte da moradia em que você mais gosta de ficar? Por quê?<br />
Leia o que você escreveu para os colegas e, com a ajuda do pro fes sor,<br />
escreva em seu caderno um texto sobre como é a sua moradia.<br />
Onde moramos<br />
Resposta pessoal.<br />
É importante conhecer o nome da rua onde você mora. Em<br />
cidades grandes, as ruas são identificadas por um CEP, o Código<br />
de Endereçamento Postal, e as moradias possuem um número. O<br />
nome do bairro, da cidade e do estado completam os dados do<br />
endereço onde você mora.<br />
65
66<br />
Complete em seu caderno o endereço onde você mora. Veja o exemplo do<br />
endereço de Mateus.<br />
Meu endereço é:<br />
Av. Maria Quitéria, 1572<br />
Coronel José Pinto<br />
Feira de Santana – BA<br />
CEP: 44035-000<br />
A construção da moradia<br />
Para construir uma moradia, é possível utilizar diferentes tipos de materiais.<br />
Observe atentamente as ilustrações que mostram a construção de moradias.<br />
Com seus colegas, tente identificar os materiais de construção que aparecem<br />
Os alunos poderão citar madeira, ferro, cimento, areia, telha e muitos<br />
nas ilustrações. outros materiais.<br />
Ilustrações: Studio Cortez
Marcos Peron/Kino<br />
Alípio Z. da Silva/Kino<br />
Materiais utilizados na construção de moradias<br />
Para construirmos uma moradia, podemos utilizar diversos materiais<br />
de construção. Além do tijolo, podemos usar madeira, ferro, cimento, areia,<br />
alumínio, telha e muitos outros materiais.<br />
As construções são feitas de materiais retirados da natureza.<br />
Os materiais que são utilizados na construção de uma casa podem ter<br />
origens variadas, tais como a madeira, que é retirada das florestas.<br />
Plantação de eucaliptos.<br />
Outros materiais podem ter origem no solo. As barras de metal, por<br />
exemplo, são originadas do ferro, que é um minério.<br />
Minério de ferro.<br />
Cite em seu caderno dois materiais utilizados na construção da sua casa. Qual<br />
é a origem desses materiais? Converse com seus colegas sobre esse assunto.<br />
Resposta pessoal.<br />
Casa de madeira.<br />
Estruturas de metal em construção.<br />
Jacek/Kino<br />
Iara Venanzi/Kino<br />
67
68<br />
Como as casas são construídas<br />
Muitas vezes, as pessoas utilizam os<br />
mesmos tipos de materiais de construção, mas<br />
acabam fazendo as suas casas com técnicas e<br />
estilos diferentes, conforme o conhecimento, as<br />
condições de vida e a época em que vivem.<br />
Jacek/Kino<br />
Há construções muito antigas, como esta casa térrea de taipa de pilão em São Sebastião<br />
(foto de 2003), e outras mais recentes, como o sobrado à direita em São Paulo (foto de 2002).<br />
Com ajuda do professor pesquise como são feitas as casas de<br />
taipa de pilão que durante séculos foi a técnica utilizada para<br />
construir moradias.<br />
As condições de vida influenciam a construção das<br />
moradias<br />
Nas construções mais simples, vivem pessoas cujas condições de vida não<br />
permitem gastar muito dinheiro na compra de materiais, como tijolo, cimento e tinta.<br />
1 2<br />
Algumas casas são construídas pelas próprias pessoas que compram os<br />
materiais e as constroem com conhecimentos populares. Essas construções<br />
podem ser chamadas de autoconstrução. Casas de taipa de pilão foram<br />
construídas durante séculos. Auxilie os alunos na pesquisa sobre as diferentes técnicas e os materiais utilizados. Compare as técnicas<br />
enfatizando o custo das construções. Compare com construções projetadas por arquitetos e executadas por engenheiros.<br />
João Prudente/Pulsar Imagens<br />
Que diferenças e semelhanças você observa entre as duas<br />
moradias das fotos?<br />
Diferenças: a construção 1 é mais simples, a casa é bem menor; a<br />
construção 2 é maior, mais luxuosa. A conservação também difere, pois<br />
a casa 2 permanece bem pintada, sem sinais de que tenha sofrido a<br />
ação do tempo. Semelhanças: ambas são construídas com telhas,<br />
madeira etc.<br />
Fabio Colombini<br />
Iara Venanzi/Kino
A favela<br />
Favela é o conjunto de moradias populares<br />
improvisadas, construídas com poucos recursos. Em<br />
muitas favelas não existe água encanada, rede de esgoto<br />
ou energia elétrica. No Brasil, algumas favelas se tornaram<br />
tão grandes que a infraestrutura de água, energia, meios de<br />
transporte etc. foi consquistada pelos moradores.<br />
Muitas dessas moradias geralmente são construídas em<br />
morros ou em terrenos localizados às margens de rios e córregos.<br />
A maior parte das<br />
moradias das fa velas é<br />
construída com res tos de<br />
madeira, chapas de lata e<br />
papelão.<br />
A palavra favela é<br />
as sociada a morro porque<br />
era o nome de um morro<br />
da cidade do Rio de Janeiro.<br />
Nesse morro, no passado,<br />
viviam muitas pessoas po bres,<br />
que não tinham dinheiro para<br />
construir as suas casas.<br />
Com a ajuda do professor, pesquise em livros, jornais, revistas<br />
ou internet (se tiver acesso) sobre as favelas que existem na sua<br />
cidade ou em uma cidade próxima e responda em seu caderno.<br />
1. Na sua cidade existem favelas?<br />
Respostas pessoais.<br />
2. Em que lugares elas estão localizadas?<br />
Favela Zaki Narchi, em São Paulo, à margem<br />
do córrego Carandiru (foto de 2004).<br />
Em seu caderno, escreva um pequeno texto sobre os problemas que os<br />
moradores das favelas enfrentam no seu dia a dia.<br />
Jacek/Kino<br />
69
70<br />
Em grupo, recortem de revistas e jornais fotos de diferentes<br />
tipos de construções para moradia no Brasil e no mundo.<br />
Façam um cartaz com os recortes, não se esquecendo de colocar<br />
legendas para identificar os lugares a que cada foto pertence.<br />
Organizem uma exposição dos cartazes e conversem sobre:<br />
a) as diferentes formas, tamanhos e estilos das casas;<br />
b) os materiais empregados nas construções;<br />
c) as impressões que as aparências das moradias nos causam.<br />
Façam um texto coletivo sobre as conclusões a que chegaram e coloquem<br />
no mural.<br />
Recursos necessários para<br />
as boas condições de vida<br />
As pessoas necessitam de alguns recursos básicos em suas moradias,<br />
para viver com conforto e ter boas condições de vida.<br />
Observe a ilustração e responda em seu caderno.<br />
Professor: comente com eles que os recursos ne ces sários para garantir o conforto e as boas condições de vida podem ser diferentes<br />
e variar de um lugar para outro. Um indígena, por exemplo, pode necessitar de recursos básicos diferentes dos nossos para obter<br />
conforto e boas condi ções de vida. Se vo cê quiser aprofundar o assunto, sugira uma pesqui sa sobre quais são as necessidades básicas<br />
de vida para os seus alunos e para crianças indígenas.<br />
Studio Cortez
1. Que tipos de recursos necessários para o conforto e as boas<br />
condições de vida das pessoas são observados nas ilustrações?<br />
Espera-se que os alunos observem que, na casa da ilustração, existem água encanada e energia<br />
elétrica, além de outros recursos necessários para o conforto e as boas condições de vida das pessoas.<br />
2. Em seu caderno, organize uma lista dos recursos que sua moradia<br />
possui. Exemplos: água encanada, energia elétrica, gás, entre outros.<br />
segurança e conforto em suas casas?<br />
Marcos Peron/Kino Será que todas as pessoas podem encontrar<br />
Ruas e casas alagadas, na cidade de Campinas, em São Paulo,<br />
após o transbordamento das águas de um rio (foto de 2000).<br />
Você já teve problemas como esse em sua casa?<br />
Conhece ou já ouviu falar de alguém que perdeu sua casa<br />
por esse motivo ou por algum outro?<br />
Converse com seus colegas sobre o assunto.<br />
71
72<br />
A casa caiçara<br />
Casa caiçara em Ilhabela, São Paulo (foto de 1998).<br />
O tipo de habitação mais comum é a casa de pau a pique<br />
simples, vindo depois a de pau a pique barreado e, em proporção<br />
menor, a casa de madeira, construída de tábuas rústicas, preparadas<br />
com serra de mão, com madeira trazida dos morros.<br />
Como cobertura usam telhas, sapé e folhas de palmeira<br />
(especialmente jiçara, palmeira que produz palmito e é muito<br />
encontrada na Baixada) […].<br />
Nice Lecocq Müller. Uma vila do litoral paulista – Icapara. In: Antonio Carlos Diegues (Org.).<br />
Enciclopédia caiçara. São Paulo: Nupaub-Cec/Hucitec, 2005. v. 4. p. 100. Texto adaptado.<br />
Hoje a casa caiçara mudou um pouco, pois a cobertura do telhado de palha<br />
foi substituída por telhas de barro ou cimento, mas muitas vilas ainda mantêm<br />
a construção de pau a pique barreado.<br />
Edson Sato/Pulsar Imagens
Aldeias indígenas<br />
Observe os diferentes desenhos feitos por povos indígenas brasileiros.<br />
Como você descreveria a organização especial das moradias?<br />
FUNAI<br />
FUNAI<br />
Muitos povos organizam a aldeia formando um círculo, com uma espécie<br />
de praça central.<br />
Nessa área, ocorrem as principais cerimônias e atividades comunitárias.<br />
Esse tipo de aldeia pode ser observado no Parque do Xingu, no Mato<br />
Grosso.<br />
Leia um depoimento do cacique kaiapó Megaron Txucarramãe.<br />
[…] Nós não moramos numa aldeia só, pois tem muitos parentes<br />
morando em aldeias diferentes. Por isso é que os brancos não<br />
invadem os lugares que a gente ocupa. Se a gente não ocupar esses<br />
lugares, os brancos invadem e estragam tudo. […]<br />
FUNAI<br />
73
74<br />
Em sua opinião, por que o cacique Megaron Txucarramãe acredita que os<br />
brancos estragam tudo? Resposta pessoal.<br />
Outros tipos de aldeias indígenas<br />
Algumas aldeias são construídas em formato de U. Os povos xavante,<br />
assurini e suruí constroem as casas em torno de um pátio central.<br />
Há aldeias em que as casas são dispostas paralelamente, formando<br />
fileiras e uma espécie de arruamento. Os carajás, atualmente, constroem<br />
aldeias nessa disposição.<br />
Aldeia Kôkraimorô, às margens do Rio Xingu, Pará (foto de 2008).<br />
Há ainda casas rodeadas por roças, como as dos marubos, no estado<br />
do Amazonas.<br />
Faça no caderno um desenho para representar a forma de<br />
organização das casas em sua rua.<br />
Observe os tipos de organização das aldeias indígenas e compare. Que<br />
tipo de aldeia se assemelha à organização da rua onde você mora?<br />
FUNAI
Opção Brasil<br />
As casas também têm história<br />
Observe a fotografia.<br />
Esta casa foi de Cora Coralina, uma importante poetisa brasileira. Ela fica em Goiás e é hoje<br />
um pequeno museu, onde é possível conhecer um pouco da vida de Cora (foto de 2003).<br />
Você sabia que existem casas e edifícios que têm mais de 100 anos? São<br />
construções antigas que duraram até os dias de hoje. Essas construções contêm<br />
um pouco da nossa história. Algumas têm sido conservadas, ou seja, cuidadas<br />
para que suas características originais não sejam modificadas.<br />
Reflita sobre as questões abaixo.<br />
Descreva uma diferença que existe entre a casa de Cora Coralina e a<br />
sua casa. Respostas pessoais.<br />
Você conhece alguma construção com mais de 100 anos?<br />
Em que lugar ela está localizada?<br />
75
76<br />
Pesquisa<br />
Descobrindo construções antigas<br />
Com a ajuda de um adulto, pesquise informações sobre uma construção<br />
antiga em sua cidade ou em cidades vizinhas.<br />
Responda em seu caderno às seguintes perguntas.<br />
1. Quando ela foi construída?<br />
PEQUENO GEÓGRAFO<br />
2. Qual era a função dessa construção no passado?<br />
3. Qual é a função dessa construção na atualidade?<br />
Respostas pessoais.<br />
Em seu caderno, cole uma foto ou faça um desenho da construção antiga<br />
que você pesquisou.<br />
Descubra se na sua rua existem casas ou edifícios que não são utilizados<br />
para as pessoas morarem, e sim para alguma outra atividade. Anote o<br />
que você observou, não se esquecendo de dizer para que servem essas<br />
construções.<br />
Studio Cortez
Capítulo 4<br />
CONHECENDO A ESCOLA<br />
Grupo escolar em Leopoldina, Minas Gerais (foto de 2005).<br />
Rubens Chaves/Pulsar Imagens<br />
77
78<br />
Local de estudo e de brincadeiras, a escola é muito importante para toda criança.<br />
Você gosta de sua escola? Explique sua resposta.<br />
Resposta pessoal.<br />
PARA COMEÇAR<br />
Você passa uma boa parte do dia na escola. A escola é um lugar muito<br />
especial. É lá que você aprende muitas coisas e faz amizades. É onde você<br />
estuda e aprende a viver situações novas. Na escola, você convive com pessoas<br />
que não são de sua família.<br />
Werner Rudhart/Kino
Sala de aula<br />
numa escola<br />
em uma<br />
fazenda em<br />
Itabuna, na<br />
Bahia (foto de<br />
2004).<br />
Diferentes tipos de escola<br />
Você sabia que existem diferentes tipos de escola? No tamanho, na<br />
quantidade de alunos, na sua localização...<br />
Observe as fotos a seguir.<br />
Alguma delas se parece com a sua sala de aula? Em que se parecem? Em<br />
que são diferentes? Resposta pessoal.<br />
Fernando Donasci/Folha Imagem<br />
Crianças<br />
ouvem a leitura<br />
de um livro<br />
infantil feita<br />
pela professora.<br />
São Paulo,<br />
2006.<br />
Haroldo Palo Jr./Kino<br />
79
80<br />
Jacek/Kino<br />
Observe as escolas a seguir.<br />
Escola em<br />
Santo André,<br />
na grande São<br />
Paulo (foto de<br />
2002).<br />
O que há de diferente nas duas construções?<br />
O que há de semelhante nas duas construções?<br />
Espera-se que os alunos respondam que as duas construções são escolas.<br />
Jacek/Kino<br />
Algumas escolas são grandes, outras são pequenas. Algumas escolas<br />
são térreas, outras têm dois ou mais andares.<br />
Sua escola é grande ou pequena?<br />
Sua escola é térrea ou tem dois ou mais andares?<br />
Espera-se que os alunos observem que a escola da fazenda é pequena e é<br />
térrea; e que a escola de Santo André é grande e tem mais de um andar.<br />
Respostas pessoais.<br />
Escola em uma<br />
fazenda em<br />
Franca, interior<br />
de São Paulo<br />
(foto de 1995).
Como é sua escola?<br />
Você conhece sua escola? Antes de responder, passeie por ela na<br />
companhia do professor.<br />
Observe onde fica a secretaria, a biblioteca, os banheiros, a lanchonete, a<br />
quadra de esportes (se houver), enfim, todos os locais importantes para<br />
você.<br />
Descubra também quem são as pessoas que nela trabalham, além<br />
dos professores.<br />
Depois de conhecer sua escola, responda às atividades a seguir em seu<br />
Professor: antes de realizar esta atividade, caminhe pela escola, elaborando um roteiro dos locais que você e os<br />
caderno. alunos vão explorar. Depois, agende a visita com os ou tros professores e demais funcionários, pedindo-lhes que<br />
se apresentem e falem um pouco sobre os trabalhos realizados em cada dependência da escola.<br />
Respostas pessoais.<br />
1. Escreva o nome e o endereço de sua escola.<br />
2. Quantas salas de aula há em sua escola?<br />
3. Quantos alunos e professores ela tem?<br />
4. Sua escola tem área para a prática de esportes? E biblioteca?<br />
5. Sua escola tem lanchonete ou cantina?<br />
6. Escreva o nome de um ou mais funcionários da escola e o que fazem.<br />
Algumas escolas têm, ainda, muitas outras dependências, como anfiteatro<br />
ou auditório, ginásio de esportes, laboratório de informática, laboratório científico<br />
etc.<br />
Mas nem todas as escolas têm todas as dependências citadas anteriormente.<br />
Algumas não têm biblioteca, outras não têm quadra de esporte e, em outras,<br />
não há lanchonete ou cantina.<br />
Sua escola tem outras dependências além daquelas citadas anteriormente?<br />
Resposta pessoal.<br />
Agora, faça em uma folha avulsa um desenho de sua escola.<br />
81
82<br />
Onde fi ca sua escola?<br />
A escola onde Daniel estuda fica a um quarteirão do hospital e a dois<br />
quarteirões da igreja Matriz. Observe.<br />
Studio Cortez
1. Desenhe, em uma folha avulsa, sua escola e a vizinhança (padaria,<br />
casas, prédios, praça etc.) e escreva o nome das ruas ou dos locais<br />
próximos dela.<br />
Agora que você desenhou um esboço da localização da sua<br />
escola, responda em seu caderno. Respostas pessoais.<br />
2. Sua escola fica perto ou longe de sua casa?<br />
3. Você vai para a escola a pé, de ônibus, de carro, de trem ou de bicicleta?<br />
4. Numa folha avulsa, faça uma lista do que existe no caminho que você<br />
faz de casa para a escola, tais como padaria(s), farmácia(s), praça(s),<br />
entre outros. Faça o desenho de cada um desses locais numa outra<br />
folha.<br />
Vimos que no trajeto de casa para a escola podemos reconhecer,<br />
por exemplo, uma igreja, uma praça, algumas ruas, com suas lojas<br />
e casas.<br />
Esses locais são chamados pontos de referência.<br />
Studio Cortez<br />
Professor: se for possível, faça um percurso com os alunos ao redor da escola para<br />
observação empírica.<br />
Desenhe em uma folha avulsa um ponto de referência que você<br />
identificou no caminho da escola para sua casa.<br />
Professor: informe aos seus alunos que rios, árvores ou outros elementos se evidenciam na paisagem por serem<br />
pontos de referência.<br />
83
84<br />
Observe a figura a seguir. Ela representa o trajeto que Flávia faz de sua<br />
casa até a escola, em Toledo, no Paraná.<br />
Flávia costuma ir para a escola a pé, tomando sempre muito cuidado com<br />
os automóveis ao atravessar as ruas. No percurso, ela passa por uma escola de<br />
natação, terrenos baldios e também em frente a uma confecção de roupas.<br />
Studio Cortez
Identifique um ponto de referência no caminho de Flávia e desenhe-o em<br />
uma folha avulsa.<br />
Ilustrações: Studio Cortez<br />
Responda em seu caderno.<br />
1. Que ponto de referência está mais distante da casa de Flávia? Que ponto<br />
de referência está mais próximo da casa de Flávia?<br />
O ponto mais distante da casa de Flávia é a confecção e o mais próximo é a locadora.<br />
2. Que outro ponto de referência, além dos citados na questão anterior,<br />
Flávia poderia utilizar para saber se está perto da escola?<br />
A escola de natação.<br />
Representando um trajeto<br />
Em grupo, escolham um trajeto que seja conhecido por<br />
todos. Pode ser o caminho da escola a uma praça ou ao<br />
supermercado mais próximo.<br />
Para representá-lo, vocês vão precisar de:<br />
cartolina ou papel de<br />
embrulho grande<br />
régua borracha<br />
lápis coloridos e<br />
lápis preto<br />
tesoura<br />
sem ponta<br />
Em uma folha de papel grande, desenhem o trajeto que seu grupo<br />
escolheu.<br />
85
86<br />
Não se esqueçam de anotar os nomes das ruas principais e de alguns<br />
locais conhecidos que vocês escolheram como pontos de referência.<br />
Copiem em seus cadernos o quadro a seguir, façam uma lista anotando<br />
os pontos de referência e criem um símbolo para representar cada um<br />
deles.<br />
Respostas pessoais.<br />
Professor, esclareça aos alunos que, nes se estudo sobre pon tos de referência, os símbolos são<br />
representações em desenho de alguns objetos, tais como uma igreja, uma casa, uma rua, uma<br />
árvore, entre outros. São figuras criadas para representar esses objetos.<br />
Ponto de referência Símbolo<br />
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
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* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *<br />
Ilustrações: Studio Cortez
Numa folha de papel sulfite, desenhem cada símbolo escolhido e,<br />
depois de recortá-los, vocês podem pintar essas referências com lápis<br />
de cor ou giz de cera.<br />
Colem os pontos de referência no trajeto desenhado na cartolina. Copiem<br />
o modelo abaixo e façam em seus cadernos uma lista dos pontos de<br />
referência mais distantes e dos mais próximos em relação ao ponto<br />
de partida.<br />
Pontos de referência<br />
mais próximos<br />
Respostas pessoais. Respostas pessoais.<br />
Com o trajeto pronto, organizem uma exposição com os demais<br />
grupos. Cada um deve identificar o local que o outro grupo escolheu<br />
para realizar o trajeto.<br />
Para isso, comparem os<br />
desenhos e os símbolos<br />
escolhidos.<br />
Studio Cortez<br />
Pontos de referência<br />
mais distantes<br />
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87
88<br />
Você e seus colegas sabem que a sala de aula é muito movimentada. Há<br />
conversas sobre o que está sendo ensinado, há também leitura, brincadeira,<br />
desenho. Enfim, muitas coisas!<br />
E nas outras turmas, você sabe o que acontece? Será que o trabalho dos<br />
outros alunos é parecido com o seu?<br />
Para responder a essas questões, convide um aluno de outra turma para<br />
vir contar o que é que ela faz em sala de aula.<br />
Entrevista<br />
Professor: antes de os alunos convida rem um colega de outra sala, converse com os professores,<br />
explicando o objetivo desta atividade, para que os professores orientem os alunos convidados.<br />
Juntos, vocês podem aumentar o número de perguntas e ficar conhecendo<br />
melhor outros alunos e salas de aula. Professor: caso a escola funcione em dois horários – ma nhã e tarde –,<br />
oriente os alunos a escreverem uma carta para alunos de um horário<br />
diferente, perguntando como é o dia a dia desses colegas (alunos da manhã escrevem pa ra alunos da tarde e vice-versa). Você po de fazer<br />
esse intercâmbio com ou tro professor ou so licitar ajuda de algum funcionário da escola.<br />
Studio Cortez<br />
Viver e aprender na escola<br />
Você e seus colegas podem seguir um roteiro de perguntas como este.<br />
O que você e seus colegas já aprenderam este ano?<br />
O que vocês mais fazem na sua sala: leem, desenham ou escrevem?<br />
O que vocês mais gostam de fazer?<br />
O que tem na sala de vocês e não tem na nossa?<br />
E o que tem na nossa sala e não tem na de vocês?
Cuidados com a escola<br />
A sua escola, assim como sua casa, deve ser bem cuidada. Afinal, você<br />
passa um tempo muito importante na escola: tempo para aprender, conhecer,<br />
encontrar os colegas, estudar e se divertir. Além disso, a escola não é só sua.<br />
É de todas as pessoas que nela estudam e trabalham.<br />
Por isso também é de sua responsabilidade cuidar e conservar os objetos<br />
e materiais de sua sala de aula e dos demais ambientes da escola.<br />
1. Faça em seu caderno uma lista com os cuidados que você<br />
deve ter com o seu material.<br />
Professor: oriente os alunos sobre os cui dados que<br />
eles devem ter com seus materiais individuais e<br />
também com aque les de uso coletivo, dos quais eles<br />
também desfrutam. Por exemplo: cuidar do seu livro é tão importante quanto guar dar os materiais de pintura e<br />
desenho, pois isso beneficia cada um deles. Esse é um trabalho de exercício da cidadania. Lembre também que<br />
a escola é um ambiente onde devemos cuidar do destino do lixo, do uso da água e da energia, entre outros.<br />
2. Reúna-se em um grupo de no máximo cinco pessoas. Juntos,<br />
escrevam em seus cadernos uma lista sobre os cuidados que<br />
todos devem ter com:<br />
os objetos da sala de aula;<br />
os objetos da escola.<br />
3. Depois, cada grupo deve expor e discutir o que pensou com os demais<br />
colegas de classe. Dessa discussão, vocês devem compor um único texto<br />
e transformá-lo em cartaz ou folheto informativo. Com isso em mãos,<br />
façam uma campanha, indo de classe em classe, para compartilhar com<br />
toda a escola sobre os cuidados que devemos ter com os materiais, a sala<br />
de aula, enfim, com a escola.<br />
Hora de estudar, hora de brincar<br />
Na escola, as atividades têm hora certa para acontecer. Hora para estudar,<br />
hora para lanchar, hora para brincar...<br />
E fora da escola você também deve ter um horário para fazer as lições,<br />
brincar, fazer outras atividades e até mesmo ajudar as pessoas de sua casa a<br />
cuidar dela.<br />
Veja o quadro de horário semanal preenchido por uma criança que<br />
estuda de manhã.<br />
89
90<br />
Hora<br />
das 7h30<br />
às 12h<br />
das 12h<br />
às 14h<br />
das 14h<br />
às 15h<br />
das 15h<br />
às 17h<br />
das 17h<br />
às 19h<br />
das 19<br />
horas em<br />
diante<br />
Segunda-<br />
-feira<br />
Terça-<br />
-feira<br />
Horário semanal<br />
Quarta-<br />
-feira<br />
Quinta-<br />
-feira<br />
Sexta-<br />
-feira<br />
Escola Escola Escola Escola Escola<br />
Almoçar e<br />
descansar<br />
Fazer lição<br />
de casa<br />
Brincar<br />
Tomar<br />
banho,<br />
arrumar o<br />
material, ler<br />
Jantar,<br />
descansar e<br />
dormir<br />
Almoçar e<br />
descansar<br />
Natação<br />
Fazer lição<br />
de casa<br />
Tomar<br />
banho,<br />
arrumar o<br />
material,<br />
desenhar<br />
Jantar,<br />
descansar e<br />
dormir<br />
Almoçar e<br />
descansar<br />
Fazer lição<br />
de casa<br />
Brincar<br />
Tomar<br />
banho,<br />
arrumar o<br />
material, ler<br />
Jantar,<br />
descansar e<br />
dormir<br />
Almoçar e<br />
descansar<br />
Natação<br />
Fazer lição<br />
de casa<br />
Tomar<br />
banho,<br />
arrumar o<br />
material,<br />
brincar<br />
Jantar,<br />
descansar e<br />
dormir<br />
Almoçar e<br />
descansar<br />
Fazer lição<br />
de casa<br />
(se houver)<br />
Brincar<br />
Ler, assistir<br />
à TV, ouvir<br />
música,<br />
descansar<br />
Tomar<br />
banho,<br />
jantar,<br />
descansar e<br />
dormir<br />
Sábado Domingo<br />
Tomar<br />
banho e<br />
arrumar o<br />
material<br />
Faça em seu caderno um quadro como o do exemplo acima. Anote<br />
seus horários e suas atividades. Aproveite para perguntar ao professor<br />
qual é o dia da semana em que vocês estudam Ciências, Geografia,<br />
História, Matemática, Língua Portuguesa e outras disciplinas, para<br />
que você possa trazer o material certo no dia da aula.<br />
Compare o seu quadro de horário semanal com os dos seus colegas.<br />
São muito diferentes do seu?
Hora de estudar<br />
Opção Brasil<br />
Como deve ser a hora de estudo na escola?<br />
E a hora de estudo fora da escola, quando você faz a lição de casa?<br />
Converse com seus colegas sobre esse assunto.<br />
Pedro costuma ler e estudar<br />
em um lugar tranquilo e<br />
bem iluminado de sua casa.<br />
Juntos, façam em seus cadernos uma lista com pelo menos três dicas<br />
para organizar os momentos de estudo dentro e fora da escola.<br />
Cada um de vocês deve anotar em seu caderno uma lista para consultá-la<br />
quando tiver dúvidas.<br />
Hora de brincar<br />
Quais são as brincadeiras<br />
boas para brincar na escola?<br />
Quais são as brincadeiras<br />
boas para brincar na escola<br />
nos dias de chuva?<br />
Converse com seus colegas sobre esse assunto. Façam juntos uma lista<br />
com pelo menos cinco brincadeiras que podem ser praticadas no pátio<br />
da escola.<br />
Studio Cortez<br />
91
92<br />
Studio Cortez<br />
Anote em seu caderno essas brincadeiras.<br />
Depois, façam um painel em folhas de cartolina e coloquem em um<br />
lugar onde todos os alunos possam consultá-lo quando não souberem<br />
do que brincar.<br />
PARA VER E PENSAR<br />
Neste ano,<br />
você estudou<br />
muitos temas<br />
interessantes:<br />
descobriu coisas sobre<br />
você, sobre as outras pessoas, sobre família,<br />
moradia, escola...<br />
Com um colega, escolha um dos temas<br />
de que vocês mais gostaram e represente-o<br />
em uma folha de papel sulfite. Vocês podem<br />
desenhar, fazer colagens, poemas, histórias<br />
em quadrinhos, cartas para os outros colegas...<br />
Depois, todos da sala vão expor os trabalhos<br />
no mural ou em um varal para trocar ideias<br />
sobre o que aprenderam durante o ano.
CHILE<br />
MAPAS<br />
Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 4. ed. Rio de Janeiro, 2007.<br />
Kids Produções Gráficas<br />
93
94<br />
Kids Produções Gráficas<br />
Continentes e Oceanos<br />
EUROPA<br />
ÁSIA<br />
ÁFRICA<br />
OCEANIA<br />
ANTÁRTIDA<br />
Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 4. ed. Rio de Janeiro, 2007.
Mario Yoshida<br />
Planisfério político<br />
180º 120ºO<br />
60ºO<br />
0º 60ºL<br />
120ºL 180º<br />
Groenlândia<br />
(Dinamarca)<br />
ISLÂNDIA<br />
Círculo Polar Ártico<br />
Alasca<br />
(EUA)<br />
R Ú S S I A<br />
CANADÁ<br />
CASAQUISTÃO<br />
GEÓRGIA<br />
USBEQUISTÃO<br />
QUIRGUISTÃO<br />
ARMÊNIA AZERBAIJÃO<br />
TURQUIA<br />
TURCOMENISTÃO TAJIQUISTÃO<br />
SÍRIA<br />
CHINA<br />
AFEGANISTÃO<br />
IRAQUE IRÃ<br />
NEPAL<br />
KUWAIT<br />
BUTÃO<br />
JORDÂNIA BAREIN PAQUISTÃO<br />
CATAR<br />
EGITO ARÁBIA E. A.<br />
BANGLADESH<br />
SAUDITA UNIDOS<br />
MYANMAR<br />
OMÃ<br />
ÍNDIA LAOS<br />
MONGÓLIA<br />
COREIA<br />
DO NORTE<br />
ESTADOS UNIDOS<br />
JAPÃO<br />
COREIA<br />
DO SUL<br />
CHIPRE<br />
LÍBANO<br />
ISRAEL<br />
TUNÍSIA<br />
MARROCOS<br />
ARGÉLIA LÍBIA<br />
TAIWAN<br />
Saara Ocidental<br />
(Marrocos)<br />
HAITI<br />
REP. DOMINICANA<br />
Porto Rico (EUA)<br />
Trópico de Câncer<br />
CUBA<br />
OCEANO<br />
PACÍFICO<br />
TOGO<br />
BENIN<br />
OCEANO<br />
PACÍFICO<br />
Equador<br />
OCEANO<br />
ÍNDICO<br />
MAURITÂNIA<br />
MALI NÍGER<br />
ERITREIA<br />
SENEGAL<br />
CHADE<br />
IÊMEN<br />
GÂMBIA<br />
BURKINA<br />
SUDÃO<br />
FASO<br />
DJIBUTI<br />
GUINÉ BISSAU<br />
GUINÉ<br />
NIGÉRIA REP.<br />
SERRA LEOA<br />
CENTRO<br />
ETIÓPIA<br />
LIBÉRIA AFRICANA<br />
SOMÁLIA<br />
CAMARÕES<br />
COSTA DO<br />
UGANDA<br />
MARFIM<br />
GUINÉ GABÃO REP.<br />
QUÊNIA<br />
EQUATORIAL<br />
DEM. RUANDA<br />
CONGO CONGO BURUNDI<br />
TANZÂNIA<br />
OCEANO<br />
ANGOLA<br />
MALAVI<br />
ATLÂNTICO<br />
ZÂMBIA<br />
MOÇAMBIQUE<br />
NAMÍBIA ZIMBÁBUE<br />
BOTSUANA MADAGÁSCAR<br />
GANA<br />
MÉXICO<br />
TAILÂNDIA VIETNÃ<br />
CAMBOJA<br />
BELIZE<br />
JAMAICA<br />
FILIPINAS<br />
BRUNEI<br />
GUIANA<br />
SURINAME<br />
Guiana Francesa<br />
(França)<br />
VENEZUELA<br />
SRI LANKA<br />
MALAÍSIA<br />
COLÔMBIA<br />
GUATEMALA<br />
HONDURAS<br />
EL SALVADOR<br />
NICARÁGUA<br />
COSTA RICA<br />
PANAMÁ<br />
CINGAPURA<br />
EQUADOR<br />
PAPUA-<br />
-NOVA GUINÉ<br />
I N D O N É S I A<br />
TIMOR LESTE<br />
PERU BRASIL<br />
BOLÍVIA<br />
PARAGUAI<br />
Trópico de Capricórnio<br />
AUSTRÁLIA<br />
SUAZILÂNDIA<br />
CHILE<br />
LESOTO<br />
ÁFRICA<br />
DO SUL<br />
URUGUAI<br />
NOVA<br />
ZELÂNDIA<br />
ARGENTINA<br />
FINLÂNDIA<br />
NORUEGA SUÉCIA<br />
ESTÔNIA<br />
LETÔNIA<br />
LITUÂNIA<br />
DINAMARCA<br />
Círculo Polar Antártico<br />
BÉLGICA<br />
REPÚBLICA<br />
TCHECA<br />
ESLOVÁQUIA<br />
LUXEMBURGO<br />
ÁUSTRIA HUNGRIA<br />
FRANÇA<br />
ESLOVÊNIA<br />
CROÁCIA SÉRVIA<br />
ITÁLIA<br />
ALBÂNIA MACEDÔNIA<br />
BELARUS<br />
POLÔNIA<br />
ALEMANHA<br />
UCRÂNIA<br />
MOLDÁVIA<br />
SUÍÇA<br />
ROMÊNIA<br />
BÓSNIA e HERZEGOVINA<br />
MONTENEGRO BULGÁRIA<br />
PAÍSES<br />
BAIXOS<br />
REINO<br />
UNIDO<br />
IRLANDA<br />
A N T Á R T I D A<br />
GRÉCIA<br />
ESPANHA<br />
PORTUGAL<br />
0 1800 3600<br />
km<br />
Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 4. ed. Rio de Janeiro, 2007.<br />
95
96<br />
GLOSSÁRIO<br />
Cartório: local onde ficam guardados os principais documentos de identificação.<br />
É no cartório que estão arquivadas as certidões de nascimento, de casamento,<br />
de óbito (morte) e os registros de compra e venda de imóveis. Também se faz o<br />
reconhecimento da assinatura (firma) de uma pessoa.<br />
Caxeta (Tabebuia cassinoides): nome de uma árvore, parente dos ipês, de madeira<br />
mole, encontrada na mata ciliar e nos alagados das planícies litorâneas. Sua<br />
madeira é muito utilizada no artesanato caiçara e em utensílios. A rabeca caiçara<br />
é feita com essa madeira.<br />
Cidade: espaço com concentração de casas e prédios distribuídos por ruas e avenidas.<br />
O que mais encontramos nas cidades é a presença de asfalto e concreto. Geralmente,<br />
existe pouca vegetação. As principais atividades econômicas são a indústria, o<br />
comércio e os serviços (bancos, hospitais, escolas etc.).<br />
Comarca: unidade judicial situada nos estados. Cada estado brasileiro possui várias<br />
comarcas onde os juízes aplicam as leis. Nos municípios que não são comarcas, os<br />
casos que necessitam de uma decisão judicial são encaminhados para a comarca mais<br />
próxima.<br />
Conservadas: preservadas; mantidas; que resistiram ao tempo.<br />
Convivem: vivem com outras pessoas respeitando as semelhanças e as diferenças.<br />
Dependências: a palavra foi utilizada com o significado de partes de uma casa.<br />
Emprego: ocupação; cargo; função. O emprego pode ser formal ou informal. É<br />
formal quando o trabalhador tem carteira de trabalho assinada, o que garante<br />
os seus direitos (férias, décimo terceiro salário, fundo de garantia etc.). É informal<br />
quando o trabalhador não é registrado, ficando sem direitos.<br />
Fazenda: foi utilizada com o significado de propriedade agrícola. A palavra também<br />
pode significar tecido, pano ou, ainda, finanças.<br />
Gado: animais criados no campo para fornecimento de leite, carne etc. Existem diversos<br />
tipos de gado: boi e vaca (bovinos); ovelha e carneiro (ovinos); cabra e bode (caprinos) etc.<br />
Jacá: balaio. Cesto de taquara de vários tamanhos, utilizado no transporte da<br />
mandioca e de outros materiais.
Local: ponto determinado no espaço. Por exemplo: a cozinha de uma casa, a<br />
praça de um bairro, a sala de aula na escola.<br />
Localização: ponto onde está uma pessoa, um local ou um navio no oceano.<br />
Lugares: pontos onde vivemos e interagimos com a paisagem. O bairro é um exemplo<br />
de lugar, pois nesse espaço você convive diariamente com uma paisagem, sendo<br />
capaz de identificar os detalhes e reconhecer casas, prédios, pessoas e lojas comerciais.<br />
Moradias: locais onde se vive; habitações.<br />
Município: menor unidade administrativa do Brasil, administrada por um prefeito<br />
e pela Câmara de Vereadores.<br />
País: espaço geográfico ocupado por um povo e limitado por linhas imaginárias:<br />
as fronteiras.<br />
Palafitas: estacas de madeira que sustentam as moradias que ficam nas margens<br />
ou dentro de lagos e rios.<br />
Pau a pique: técnica de construção que utiliza ripas (pedaços estreitos e compridos<br />
de madeira) entrecruzadas e barro.<br />
Poetisa: mulher que escreve poemas.<br />
Pontos de referência: lugares ou objetos utilizados para facilitar a localização.<br />
Quarteirão: conjunto de casas, prédios e construções.<br />
Solo: superfície sólida da crosta terrestre formada por material orgânico e inorgânico<br />
originados da decomposição de rochas e outros materiais orgânicos. O solo é<br />
onde pisamos e moramos; ele serve como meio natural para o crescimento e<br />
desenvolvimento das plantas terrestres.<br />
Telégrafo: aparelho por meio do qual são feitas transmissões ou recepções de<br />
mensagens a distância, através de códigos. Foi criado no século XVIII, mas com a<br />
popularização do telefone, por volta de 1950, passou a ser cada vez menos usado.<br />
Terrenos baldios: terrenos abandonados, onde não há casas ou prédios.<br />
Trajeto: caminho a ser percorrido; percurso.<br />
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98<br />
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INDICAÇÃO DE LEITURAS COMPLEMENTARES<br />
Brincadeiras<br />
Célia Catunda e Kiko Mistrorigo, Ática.<br />
Dois volumes que apresentam situações que contemplam as noções de<br />
posição, orientação, proporção, direção e plano, entre outras.<br />
Coleção Reciclar<br />
Veronica Bonar, Scipione.<br />
Trata da reciclagem, por meio de textos informativos e sugestões de<br />
atividades, em seis volumes, que enfocam a reutilização do vidro, do papel, do<br />
metal, do plástico, da madeira e dos alimentos.<br />
Divulgação<br />
Divulgação<br />
Crianças como você<br />
Produzido pela Unicef e publicado no Brasil pela Ática.<br />
Trata-se de uma obra que apresenta o modo de ser e de viver de crianças<br />
de diferentes partes do mundo, pertencentes a diversos grupos sociais.<br />
Histórias de avô e avó<br />
Arthur Nestrovski, Companhia das Letrinhas.<br />
Biografia e lembranças do autor sobre seus avós. São crônicas que podem<br />
ser lidas em sala de aula ou em casa.<br />
Matilda<br />
Roald Dahl, Martins Fontes.<br />
Livro literário que descreve a vida de uma menina e sua relação com os<br />
pais, os irmãos, a professora e os colegas da escola. O livro foi adaptado para<br />
o cinema, e o professor poderá lê-lo com os alunos e depois assistir ao filme.<br />
O menino maluquinho<br />
Ziraldo, Melhoramentos.<br />
Livro literário muito apreciado pelas crianças dessa faixa etária. O livro<br />
foi adaptado para o cinema, e o professor poderá lê-lo com os alunos e depois<br />
assistir ao filme.
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Divulgação<br />
Serafina e a criança que trabalha<br />
Cristina Porto e outros, Ática.<br />
Os autores utilizam material jornalístico para escrever um texto literário<br />
que apresenta histórias que retratam o cotidiano da criança trabalhadora.<br />
Menino brinca de boneca?<br />
Marcos Ribeiro, Salamandra.<br />
O autor tra balha com algo contra o qual todos nós devemos lutar<br />
para exterminar: o preconceito. Pre conceito é uma ideia apressada, geralmente errada,<br />
que podemos formular sobre as coisas e as pes soas, magoando-as e ferindo seus<br />
direitos.<br />
emblemático da cidade.<br />
Nas ruas do Brás<br />
Drauzio Varella, Companhia das Letrinhas.<br />
Histórias da infância do autor no bairro do Brás, em São Paulo.<br />
Fala de aspectos da cultura italiana e da história de um bairro<br />
O bairro de Marcelo<br />
Ruth Rocha, Salamandra.<br />
Nesse livro, junto com o garoto Marcelo, você vai descobrir o quanto<br />
pode ser divertido passear pelo bairro e descobrir o que é que ele tem.<br />
Coleção Retratos de Família<br />
Rosaly Chianca e Leonardo Chianca, Ática.<br />
Fazem parte desta coleção os livros: Uma viagem para o campo, Um<br />
dia no mar, A cidade e o trabalho do meu pai, Todo dia deveria ser<br />
dia das crianças e O aniversário da vovó. Conhecendo o dia a dia da<br />
simpática família Sousa, é possível aprender muito sobre Geografia, História, profissões,<br />
transportes, trabalho e consumo.<br />
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A nave espacial Noé<br />
Tereza Galloti Florenzano, Oficina de Textos.<br />
Trata-se de uma versão contemporânea da popular história bíblica da<br />
arca de Noé. É um livro para encantar o público infantojuvenil com o instigante enredo<br />
da viagem de Pedrinho pelo espaço, na fuga da Terra em chamas: desastre causado<br />
pela própria humanidade. Ao mesmo tempo, A nave espacial Noé fala de importantes<br />
conceitos de Geografia, Ciências e Educação Ambiental. Misturando desenhos,<br />
fotografias, imagens de satélites e imagens de radar, além de entreter, familiariza o<br />
pequeno leitor com o sensoriamento remoto e imagens de satélite divulgadas diariamente<br />
na mídia.<br />
Jack Brodóski no coração da Amazônia<br />
Flavio de Souza, Companhia das Letrinhas.<br />
Este é o primeiro livro das aventuras de Jack Brodóski, um garoto que<br />
vira o planeta Terra pelo avesso. A mãe de Jack é cantora de ópera. O pai<br />
é cozinheiro. Seus avós maternos moram num barco que viaja por todos<br />
os mares do mundo. Seu guia intelectual é o professor Almendra, um geógrafo. E Jack<br />
tem esse nome em homenagem ao escritor preferido de sua mãe: o célebre Jack London,<br />
que, como aprendemos no livro, antes de escrever suas emocionantes aventuras, foi<br />
marinheiro, mineiro, pescador e jornalista. Na companhia desse personagem inteligente,<br />
divertido e curioso, você viajará ao coração da Amazônia para resolver um mistério<br />
digno dos melhores detetives e para conhecer de perto esta que é uma das regiões<br />
geográficas mais ricas da Terra.<br />
Rios arrasadores<br />
Anita Ganeri, Melhoramentos (Saber Horrível).<br />
O livro convida a uma aventura pelo universo dos rios arrasadores.<br />
Descreve os fenômenos hidrológicos de forma divertida e curiosa. Há,<br />
por exemplo, um diário secreto de um destemido aventureiro e suas explorações fluviais<br />
que, de forma bem-humorada, descreve fenômenos observados por pesquisadores.
Divulgação Divulgação Divulgação Divulgação<br />
Tempo ruim<br />
Anita Ganeri, Melhoramentos (Saber Horrível).<br />
O livro Tempo ruim trata, de maneira agradável, de assuntos considerados<br />
chatos como: Física, Química, História, Geografia, Artes, entre outros. Contém<br />
diversas informações essenciais e interessantes, além de ilustrações bemhumoradas,<br />
que ajudam a ensinar de forma dinâmica, divertida e horripilante, tornando o<br />
saber mais atraente para os jovens.<br />
Tudo que você queria saber sobre as plantas<br />
Sueli Ângelo Furlan, Oficina de Textos.<br />
Por meio de textos, fotografias e ilustrações, apresenta a história de plantas<br />
que fazem parte de nosso dia a dia, que viajaram bastante até chegar aqui e<br />
que começaram a ser usadas pelo homem há muitos anos. Esclarece o que são plantas exóticas<br />
e nativas; plantas endêmicas e plantas sob risco de extinção.<br />
Viagens para lugares que eu nunca fui<br />
Arthur Nestrovski. Companhia das Letrinhas.<br />
O livro conta uma viagem diferente. Estamos acostumados a<br />
nos deslocar para estudar ou a lazer. Quando viajamos, vamos a outra cidade,<br />
onde tudo é diferente e estranho. Neste livro, o autor explora a ideia de uma viagem<br />
imaginária, criando um caderno de viagens. Com muita poesia, ele descreve lugares como<br />
Sevilha, Marrakech, Itapuã, Bessarábia, o Parque Kruguer, na África, Bali, Gorgonzola, Machu<br />
Picchu, São Francisco, Darjeeling, Kyoto, a Ilha de Páscoa, o Rio Negro, as Montanhas Celestes<br />
chinesas, Alexandria e o bairro paulista do Cambuci. Nas palavras do próprio autor, “para a<br />
gente viajar, não precisa muito: só a vontade, só um pouco de tempo. Basta abrir os olhos,<br />
basta fechar os olhos, basta abrir um livro, depois fechar”.<br />
Diário de um banana<br />
Jeff Kinney, Vergara & Riba.<br />
Não é fácil ser criança. E ninguém sabe disso melhor do que Greg Heffley,<br />
que se vê mergulhado no Ensino Fundamental, onde crianças pequenas dividem<br />
os corredores com garotos que são mais altos, mais malvados e já se barbeiam.<br />
101
102<br />
Divulgação Divulgação Divulgação Divulgação<br />
O livro dos sentimentos<br />
Todd Parr, Panda Books.<br />
livro nos ajuda a refletir sobre isso.<br />
Você já reparou quantos sentimentos é capaz de sentir e expressar? Esse<br />
Agora eu era<br />
Arthur Nestrovski, Companhia das Letrinhas.<br />
Qual criança não gosta de brincar de “agora eu era”? De fazer de conta que<br />
é um super-herói, um vilão, alguém que vive as mais incríveis aventuras, onde tudo sai como<br />
o imaginado? Nesse livro, o autor entra na brincadeira e conta como seria a vida se fosse um<br />
explorador do Polo Norte, um médico, um empresário, um faquir, uma surfista, um sushiman...<br />
Balela<br />
Jon Scieszka e Lake Smith, Companhia das Letrinhas.<br />
Igor Q. Balela é um alienígena, mas nem por isso está livre das obrigações<br />
corriqueiras de todo terráqueo: provas, lições de casa e, sobretudo, chegar à<br />
escola no horário – coisa que ele nunca consegue. Prestes a ser deixado em “Castigo Perpétuo”,<br />
Igor inventa uma mirabolante desculpa, em que combina palavras de diversos idiomas.<br />
O segredo da Rua 18<br />
Zelia Gattai, Companhia das Letrinhas.<br />
Quando Doralice e Miguelinho se mudaram para a Rua 18, que tristeza<br />
sentiram... A rua não tinha nome, só um número numa placa de madeira, nem<br />
sequer uma árvore ou planta alegrando o lugar. Até que um dia a mãe de<br />
Doralice tem a ideia de fazer um jardim bem em frente à sua casa. Sem demora, a menina e o<br />
amigo topam a tarefa de preparar o canteiro. Para envolver as outras crianças na dura tarefa,<br />
Miguelinho e Doralice acabam convencendo-as da existência de um tesouro, enterrado bem<br />
ali na rua. O que eles não sabem é que, ao buscar o tesouro do pirata Gancho de Ouro, vão<br />
acabar descobrindo o segredo da Rua 18.
REFERÊNcIaS BIBLIoGRÁFIcaS<br />
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-grossense – patrimônios básicos. Cotia: Ateliê Editorial, 2006.<br />
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_______ (Org.). Geografia e ensino: textos críticos. Campinas: Papirus, 1989.
ISBN 978-85-342-2886-2<br />
9 788534 228862<br />
BI22886
MANUAL DO<br />
PROFESSOR<br />
Verso e Reverso<br />
Ensino Fundamental<br />
2 o ano<br />
Sueli Angelo Furlan<br />
Sueli Angelo Furlan é mestre e doutora em Geografia Física pela Universidade de São Paulo. É, também, bacharel e licenciada em<br />
Biologia e Geografia pela mesma universidade. Como professora e pesquisadora do Departamento de Geografia da Universidade<br />
de São Paulo desde 1986, é responsável pela disciplina Biogeografia. Trabalhou muitos anos no Ensino Fundamental em escolas<br />
públicas de São Paulo. Participou também do CONDEPHAAT – Conselho Estadual de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e<br />
Arquitetônico do Estado de São Paulo – tendo atuado como técnica de vários projetos de tombamento de áreas naturais, entre eles<br />
o tombamento da Serra do Mar. É defensora ativa da causa ambientalista desde os anos 1980, e atualmente desenvolve pesquisas<br />
socioambientais no litoral paulista. Foi fundadora e presidente de ONGs que trabalham com temáticas socioambientais.<br />
Foi também consultora do United Nations Research Institute for Social Development (ONU), desenvolvendo pesquisas sobre<br />
temáticas socioambientais. Trabalhou na elaboração e na implantação dos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino<br />
Fundamental. É autora de vários livros didáticos e paradidáticos e recebeu o Prêmio Jabuti, em 1997, para livro didático.<br />
Francisco Capuano Scarlato<br />
Francisco Capuano Scarlato é mestre e doutor em Geografia Humana pelo Departamento de Geografia da Universidade de<br />
São Paulo, onde atua como professor e pesquisador. É, também, bacharel e licenciado em Geografia e História pela mesma<br />
universidade. Foi membro do conselho deliberativo do CONDEPHAAT – Conselho Estadual de Defesa do Patrimônio Histórico,<br />
Artístico e Arquitetônico do Estado de São Paulo. É assessor do projeto Memória e História junto à FDE – Fundação para<br />
o Desenvolvimento da Educação – da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo. Prestou assessoria a programas de<br />
formadores de opinião sobre o Brasil, junto ao Ministério das Relações Exteriores. Trabalhou na elaboração dos Parâmetros<br />
Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental. Atualmente é chefe do Departamento de Geografia da USP.<br />
Autor de vários livros e artigos, recebeu o Prêmio Jabuti, em 1997 para livro didático.<br />
Aloma Fernandes de Carvalho<br />
Aloma Fernandes de Carvalho é formada em Pedagogia pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. É professora<br />
do segundo ao quinto ano do Ensino Fundamental. Trabalhou com a educação de jovens e adultos, por meio do Programa de<br />
Educação de Adultos da Universidade de São Paulo. Participou da organização de cursos de formação de professores indígenas<br />
e em projetos de produção de material didático desenvolvidos por diferentes ONGs. Fez parte da equipe de elaboração dos<br />
documentos de História e Geografia dos Parâmetros Curriculares Nacionais, projeto desenvolvido pelo MEC, como especialista<br />
de Ensino Fundamental. Atuou na rede pública de ensino de diferentes municípios como capacitadora e consultora.<br />
Geografi a<br />
3ª- edição<br />
São Paulo<br />
2011
2<br />
Apresentação<br />
Prezada professora, prezado professor,<br />
Ao elaborarmos os livros desta Coleção, tivemos como objetivo<br />
principal constituir um material que servisse como instrumento de apoio<br />
para o planejamento e o desenvolvimento do seu trabalho junto aos alunos.<br />
Acreditamos que quando o livro didático se apresenta de forma instigante<br />
diante do mundo e da realidade do aluno, estimulando-o a uma atitude de<br />
desafio ao conhecimento, ele efetivamente se torna um instrumento didático e<br />
pedagógico para o professor.<br />
Vale lembrar que a construção de um repertório de conhecimentos<br />
geográficos possibilita ao aluno desenvolver valores e atitudes que lhe permitem<br />
realizar mais conscientemente as tarefas de seu dia a dia, ingressar no mundo<br />
do trabalho com maior autonomia, interpretar e avaliar as informações<br />
veiculadas pela mídia, participar de decisões políticas relacionadas aos problemas<br />
de sua comunidade e de seu país. Enfim, formar-se como cidadão consciente e<br />
atuante.<br />
Você encontrará nos livros desta Coleção textos e imagens de qualidade,<br />
produzidos ou selecionados para efetivamente servir como fontes de<br />
informação. Escolhemos fotografias e ilustrações que revelam a diversidade<br />
cultural de nosso país, bem como a diversidade que caracteriza nosso<br />
patrimônio físico e natural.<br />
Procuramos também relacionar os conteúdos abordados com temas<br />
relevantes da atualidade. Você poderá observar, expressos no texto e nas<br />
imagens, temas relacionados com a pluralidade cultural que caracteriza nossa<br />
sociedade e também com questões ambientais, éticas e de saúde.<br />
Não podemos perder de vista que nosso maior objetivo, como educadores,<br />
é o de ensinar a pensar com liberdade e criatividade; propiciar às crianças e<br />
aos jovens condições para se constituírem como indivíduos mais livres, mais<br />
autônomos e, certamente, mais felizes.<br />
Os autores
PARTE GERAL<br />
Sumário<br />
1. Ensinar Geografia nos primeiros anos do Ensino Fundamental ............. 4<br />
1.1. A estrutura da coleção ............................................................. 5<br />
1.2. Quadro de conteúdos ............................................................... 5<br />
2. Recursos didáticos ........................................................................ 9<br />
2.1. A construção de um vocabulário específico ................................ 9<br />
2.2. O trabalho com documentos .................................................... 9<br />
2.3. O papel da observação ............................................................10<br />
2.4. Aprender a ler e a fazer mapas .................................................11<br />
2.5. O trabalho com projetos e o livro didático .................................12<br />
2.6. A avaliação ............................................................................13<br />
3. A Geografia para o 2 o ano ..............................................................15<br />
3.1. Objetivos e conteúdos gerais dos capítulos ................................16<br />
PARTE ESPECÍFICA<br />
2 o ano – Plano geral de objetivos e encaminhamentos .........................18<br />
Capítulo 1 – Conhecendo quem sou eu .................................19<br />
Capítulo 2 – Conhecendo as pessoas e a família .....................24<br />
Capítulo 3 – Conhecendo a moradia .....................................29<br />
Capítulo 4 – Conhecendo a escola ........................................33<br />
Indicação de leituras <strong>complementar</strong>es para os alunos ............................40<br />
Indicação de leituras <strong>complementar</strong>es para o professor .............................44<br />
Referências bibliográficas ..................................................................44<br />
3
4<br />
Parte Geral<br />
1. Ensinar Geografia nos primeiros anos do Ensino Fundamental<br />
Mesmo antes de ingressar na escola, a criança observa, pergunta e procura explicar os fenômenos<br />
so ciais e naturais que ocorrem em seu dia a dia. Na escola, é importante que o aluno possa ampliar,<br />
re ver, reformular e sistematizar as noções que construiu (e constrói) de forma espontânea, por meio<br />
da apren dizagem de conteúdos da Geografia.<br />
Esse processo de ampliação, reformulação e sistematização não se consolida nesse segmento da escolaridade.<br />
É uma construção gradativa, que ocorre à medida que os alunos aprendem a observar, descrever,<br />
comparar, explicar, representar e espacializar acontecimentos sociais e naturais de forma cada vez mais<br />
genérica, considerando dimensões de tempo cada vez mais amplas, para além do tempo presente.<br />
Por isso, o ensino de Geografia não se restringe à exposição do professor, à leitura do livro di dá tico,<br />
à memorização de conceitos ou às respostas de um questionário. É algo muito mais complexo e desafiador.<br />
Envolve a compreensão de um modo de pensar e explicar o mundo pautado em noções, con ceitos,<br />
procedimentos e princípios pelos quais a Geografia constrói os seus próprios saberes.<br />
Os livros desta Coleção oferecem ao professor um conjunto de situações de aprendizagem que<br />
sus citam problemas relacionados ao cotidiano dos alunos, sempre considerando diferentes escalas<br />
de espaço e tempo. Afinal, é importante que os alunos aprendam a relacionar aquilo que acontece<br />
em seu dia a dia, e que caracteriza o modo de ser e viver do seu grupo social, com acontecimentos<br />
ocorridos em outros lugares e em outros tempos, que caracterizam (ou caracterizaram) o modo de<br />
ser e viver de outros gru pos sociais.<br />
Promover a ampliação do conhecimento dos alunos a respeito de temas cuja relevância é de inquestionável<br />
valor para a sociedade atual é também um dos objetivos desta Coleção. Por isso, sempre<br />
que possível, os conteúdos trabalhados nos livros enfocam explícita ou implicitamente temas re lacio<br />
nados à ética, à saúde, ao ambiente, ao trabalho, ao consumo, à diversidade cultural e natural que<br />
carac te rizam nosso país e o mundo como um todo.<br />
A fim de promover discussões e de favorecer o desenvolvimento de uma atitude mais propositiva<br />
diante dos temas abordados, sugeriuse uma série de atividades nas quais os alunos são convidados a<br />
in formar, comunicar e até mesmo convencer os colegas, os funcionários da escola, os familiares e a<br />
co mu nidade mais ampla da qual fazem parte sobre assuntos ou problemas relativos à conservação do<br />
am biente, à relação entre qualidade de vida e saúde, à valorização da diversidade cultural e natural,<br />
ao in gres so no mundo do trabalho e às desigualdades socioeconômicas.<br />
Foi dada especial ênfase às atividades que envolvem temas que possibilitam mudanças nas atitudes<br />
e nos valores dos próprios alunos. Os cuidados com a saúde e o bemestar físico e emocional,<br />
a pre ser vação e conservação do ambiente escolar, os problemas ambientais que a comunidade sofre,<br />
os dis tin tos modos de ser e viver do povo brasileiro são alguns dos temas sugeridos. A finalização<br />
dessas atividades envolve a organização de campanhas cujo públicoalvo é a própria comunidade<br />
escolar, ou seja, os colegas, os funcionários da escola, os pais e familiares.
1.1 A estrutura da Coleção<br />
Os livros desta Coleção encontramse organizados em capítulos independentes, mas relacionados<br />
entre si. Cada capítulo se inicia com uma seção de discussão mais abrangente, intitulada "Para começar".<br />
Na sequência, os capítulos encontram-se divididos em itens e subitens. Ao final de cada livro, o aluno<br />
en contrará o item "Indicação de leituras <strong>complementar</strong>es", no qual são indicadas outras obras que tratam<br />
dos principais temas que ele estudará durante o ano, um "Glossário", com definições de ter mos usados no<br />
ensino-aprendizagem de Geografia, e "Mapas".<br />
Há também o item "Referências bibliográficas".<br />
1.2 Quadro de conteúdos<br />
A seguir, apresentamos um quadro com os conteúdos de cada livro.<br />
2 o<br />
ANO<br />
CONTEÚDOS<br />
Capítulo 1 – Conhecendo quem eu sou<br />
– Quem sou eu?<br />
– Documentos de identificação<br />
– Descobrindo do que eu gosto<br />
Capítulo 2 – Conhecendo as pessoas e a família<br />
– Nossos sentimentos e emoções não são sempre iguais<br />
– Fazendo coisas diferentes<br />
– Você e seus amigos<br />
– Família: semelhanças e diferenças<br />
– As famílias e os lugares<br />
Capítulo 3 – Conhecendo a moradia<br />
– Nossa moradia, nosso abrigo<br />
– A construção da moradia<br />
– Recursos necessários para as boas condições de vida<br />
– As casas também têm história<br />
Capítulo 4 – Conhecendo a escola<br />
– Diferentes tipos de escola<br />
– Onde fica sua escola?<br />
– Viver e aprender na escola<br />
5
6<br />
3 o<br />
ANO<br />
CONTEÚDOS<br />
Capítulo 1 – Escola: lugar de aprender e conviver<br />
– Você e sua turma na escola<br />
– A escola como parte da sociedade<br />
– Representando espaços<br />
– Representando locais de uma escola<br />
Capítulo 2 – Rua: lugar de moradias, de circulação<br />
e outras funções<br />
– A rua onde você mora<br />
– A localização das ruas<br />
Capítulo 3 – Conhecendo o bairro<br />
– O bairro onde você mora<br />
– Diferentes tipos de bairros<br />
– O lugar onde você vive<br />
– Os bairros e os serviços<br />
– As mudanças no bairro<br />
Capítulo 4 – Os lugares e a paisagem<br />
– A observação da paisagem<br />
– A paisagem e seu significado<br />
– Vida rural<br />
– Vida urbana
4 o<br />
ANO<br />
CONTEÚDOS<br />
Capítulo 1 – A paisagem e o modo de viver<br />
– A leitura das paisagens<br />
– Estudando o município<br />
– O município se transforma<br />
Capítulo 2 – A sociedade e a natureza<br />
– A interação seres humanos e natureza<br />
– As paisagens e a passagem do tempo<br />
– O tempo e a natureza<br />
Capítulo 3 – O clima, o relevo e os rios na paisagem<br />
– A presença da água na paisagem<br />
– Os tipos de tempo e a atmosfera<br />
– O tempo e o clima<br />
– O relevo na paisagem<br />
– Os rios e os relevos: histórias que se cruzam<br />
– Os animais e as plantas participam da formação da paisagem<br />
Capítulo 4 – A paisagem, as pessoas e o trabalho<br />
– O modo de viver e de trabalhar<br />
– Trabalho e profissão<br />
– Instrumentos de trabalho<br />
– Trabalhadores e salário<br />
– Os produtos obtidos do trabalho<br />
7
8<br />
5 o<br />
ANO<br />
CONTEÚDOS<br />
Capítulo 1 – Eu e o outro: a formação do povo brasileiro<br />
– O que é ser brasileiro?<br />
– A formação do povo brasileiro<br />
Capítulo 2 – O povoamento do território brasileiro<br />
– O povoamento do território brasileiro<br />
– Território: uma construção humana<br />
– População brasileira em números<br />
– Tem gente que vem... Tem gente que vai...<br />
Capítulo 3 – Brasil e a construção de seu território<br />
– A população urbana no Brasil<br />
– As paisagens das cidades se transformam<br />
– Urbanização e indústrias<br />
– Metrópoles: as grandes cidades brasileiras<br />
– Um Brasil dividido por regiões<br />
Capítulo 4 – Os mapas e a representação dos fatos<br />
– Os mapas nos estudos geográfi cos<br />
– Diferentes tipos de mapa<br />
– Como os mapas são feitos?<br />
– A representação e os mapas em outros tempos<br />
– Construção do mapamúndi
2. Recursos didáticos<br />
2.1 A construção de um vocabulário específico<br />
A linguagem adotada nesta Coleção apresenta palavras e expressões típicas do vocabulário da Geografia.<br />
Embora adotando um vocabulário adequado à faixa etária, evitou-se a elaboração de textos que<br />
simplifiquem ou infantilizem o conhecimento geográfico, com o objetivo de proporcionar aos alunos e ao<br />
professor textos informativos de qualidade. Afinal, o uso de termos próprios desta área do conhecimento<br />
facilita a com preensão dos conceitos e é fundamental para a aprendizagem.<br />
Por outro lado, vários conceitos utilizados por este campo do conhecimento conflitam com termos<br />
usuais do cotidiano (é o que acontece com o termo “paisagem”, por exemplo). A experiência revela<br />
que é inútil tentar sobrecarregar o aluno, sobrepondo ao conceito do cotidiano o conceito científico<br />
rígido. Mais adequado é ensinar o aluno a discernir o uso do termo e do conceito nos diferentes contextos,<br />
ex pli citando uma convivência que se impõe na prática.<br />
Ao final de cada volume, é apresentado um glossário com palavras e expressões que têm um<br />
sig nificado especial para a Geografia. No livro, as palavras cujas definições constam do "Glossário"<br />
estão destacadas em cores, para chamar a atenção do aluno. O "Glossário" também comporta termos<br />
do dia a dia, cuja com preensão foi reiterada por meio da definição do verbete. Sempre que houver<br />
necessidade, é importante orientar os alunos a consultá-lo. Além disso, é possível organizar um<br />
dicionário de palavras e expressões relacionadas ao estudo realiza do. Este é um encaminhamento<br />
interessante, que auxilia os alunos a sis tematizar o vocabulário aprendido.<br />
Vale lembrar ao professor seu papel de mediador entre os alunos e as diversas fontes de informação<br />
utilizadas no processo de aprendizagem. Eventualmente pode acontecer de os alunos não<br />
com preen derem ou não conhecerem o significado de uma palavra ou de uma expressão. Cabe ao<br />
professor aju dá-los a resolver as dúvidas linguísticas, orientando-os quanto aos procedimentos mais<br />
adequados: con sultar um dicionário, comparar com as ideias de outro texto, compartilhar a dúvida<br />
e debatêla com os colegas.<br />
2.2 O trabalho com documentos<br />
O trabalho com diversas fontes documentais é especialmente importante no ensino de Geografia,<br />
pois permite a percepção do conhecimento geográfico como uma elaboração humana, realizada por<br />
pes soas em determinados contextos. Para conhecer uma paisagem, é preciso ter acesso a documentos<br />
que forneçam pistas para aquele que realiza a pesquisa construir seu conhecimento.<br />
Os livros desta Coleção foram elaborados no sentido de fornecer ao professor uma diversidade<br />
de do cumentos. São depoimentos de pessoas comuns e especialistas, fotografias, gravuras, mapas,<br />
do cumentos oficiais, trechos de livros literários, músicas, poesias e notícias de jornal, apresentados<br />
sem re duções ou simplificações que possam comprometer seu valor informativo. O professor, quando<br />
assim julgar necessário, deverá atuar como mediador entre os alunos e os documentos oferecidos,<br />
in cen ti vando os alunos a construir suas próprias interpretações.<br />
É importante ressaltar que os documentos não representam a “verdade” sobre determinada época<br />
ou determinado lugar. Eles revelam – ou fornecem pistas para aqueles que os consultam – parte da<br />
realidade passada ou presente. Estão impregnados pelos valores e emoções daqueles que os pro duziram<br />
e os conservaram. Por isso, é fundamental ensinar os alunos a ter uma posição mais argumentativa e<br />
crítica diante dos documentos, incentivando-os a refletir sobre as intenções daqueles que os elaboraram.<br />
9
10<br />
O professor poderá, assim, propor aos alunos que pesquisem informações adicionais que os ajudem<br />
a con textualizar os documentos oferecidos nos livros desta Coleção, levantando dados sobre os<br />
seus autores e outras personagens (que não foram descritas), época, técnicas e materiais utilizados<br />
em sua elaboração.<br />
As imagens foram cuidadosamente selecionadas procurando valorizar o papel importante que<br />
elas têm na aprendizagem dos conhecimentos geográficos. A força das imagens, nos dias de hoje, é<br />
in ques tionável. Podemos até mesmo dizer que o mundo atual converteu-se em um mundo de imagens.<br />
Além disso, elas constituem um recurso didático extremamente importante para o professor, sobretudo<br />
para aquele que trabalha com alunos dos primeiros anos do Ensino Fundamental.<br />
2.3 O papel da observação<br />
Observar é um procedimento importante no estudo da Geografia. Distingue-se das observações<br />
des preocupadas que fazemos em nosso dia a dia.<br />
O professor deve considerar a possibilidade da observação direta e indireta. Direta quando há contato<br />
direto com o objeto que está sendo observado, como as construções que marcam a paisagem do<br />
bairro. Indireta quando o objeto encontra-se representado por meio de diferentes linguagens – mapas,<br />
grá ficos, esquemas, fotografias, vídeos ou gravuras.<br />
A observação direta é orientada pela intenção do observador, que busca pelo olhar respostas a<br />
determinados tipos de problemas. Desenvolver a capacidade dos alunos de observar com propósitos<br />
o entorno social e natural é um dos objetivos do ensino dessa área. Para esse tipo de observação,<br />
pro fessores e alunos devem previamente discutir e determinar o que querem saber ou pesquisar. A<br />
leitura de textos ou de teorias sobre o assunto auxilia a desvendar o que está implícito nas paisagens.<br />
É con veniente nessa fase formular hipóteses, questões, sugestões ou definir a expectativa sobre os<br />
fatos a serem pesquisados. Para completar a observação, podemse fazer entrevistas, levantamento de<br />
dados, leitura de textos e até mesmo realizar novas observações, para confrontar os dados observados<br />
com aqueles obtidos em outras fontes de informação (escritas ou imagéticas).<br />
Aqui, o papel das imagens merece ser destacado. Buscar informações na leitura e interpretação<br />
de ilustrações e fotografias é um procedimento importante. O desenvolvimento de um sentido estético<br />
foi considerado fundamental, por isso pro curouse oferecer aos alunos um conjunto de imagens<br />
diversificado e de qualidade.<br />
As imagens que aparecem nos livros foram cuidadosamente selecionadas, considerando seu valor<br />
in formativo em potencial. Poucas cumprem função apenas ilustrativa. Por isso, o professor pode<br />
aproveitá-las como fonte de informação, discutindo com os alunos o que elas transmitem.<br />
É importante ressaltar que as imagens não são apenas ilustrativas. Elas precisam ser ques tionadas<br />
em função do problema que está sendo pesquisado. Elaborar questões sobre as imagens, in cen tivar<br />
os alunos a trocar impressões sobre elas, confrontá-las com as informações apresentadas nos textos<br />
que as acompanham e compará-las com outras imagens presentes no livro são sugestões de encaminhamentos.<br />
Além disso, as imagens poderão servir como tema para a produção de textos, sejam<br />
eles legendas – caso os alunos estejam em processo de consolidação da base alfabética – ou notícias<br />
de jornal, folhetos informativos, cartazes etc.<br />
E, como já foi dito, a maioria das imagens retrata a diversidade sociocultural e natural de nosso<br />
país. Elas constituem, de fato, um acervo de imagens “brasileiras”. Com elas, os alunos podem<br />
aprender um pou co mais sobre as características do Brasil, seu povo e suas paisagens.
Sempre que possível, as imagens dos livros são acompanhadas por legendas que indicam em que<br />
re gião do Brasil e do mundo elas foram feitas; o nome das pessoas, dos lugares, dos objetos, plantas<br />
e ani mais que nelas aparecem; e a época em que foram feitas. Essas informações também poderão<br />
ser discutidas com os alunos, que poderão obter informações <strong>complementar</strong>es por meio delas e criar<br />
no vas legendas, reapresentando o que aprenderam sobre o tema estudado.<br />
2.4 Aprender a ler e a fazer mapas<br />
Os mapas têm grande importância no ensino de Geografia. Eles representam e sintetizam informações<br />
po líticas, econômicas, físicas e biológicas de diferentes lugares do mundo. Conhecer as características<br />
e as diferentes funções dos mapas e saber utilizá-los para resolver problemas cotidianos é fundamental.<br />
Ensinar os alunos a utilizar essa importante linguagem de Geografia lendo, obtendo e espacializando<br />
informações em diferentes tipos de mapas é um dos objetivos do ensino da área. Desde os anos<br />
iniciais, os alu nos podem ter contato com diferentes tipos de mapas e seu portador por excelência:<br />
o atlas. Podem tam bém trabalhar com o globo terrestre. Esse contato, porém, não deve ser casual<br />
ou esporádico. Por ser uma abstração da realidade, o trabalho com o mapa deve ocorrer de acordo<br />
com um planejamento sis temático do professor em função dos conhecimentos e da capacidade que<br />
os alunos dessa faixa etária podem desenvolver a respeito das representações espaciais.<br />
Os livros desta Coleção apresentam uma ampla diversidade de mapas e também atividades pontuais<br />
que privilegiam dois eixos de trabalho: o da produção e o da leitura de mapas. Esses dois eixos<br />
podem ocorrer de forma simultânea, pois não há necessidade de que os alunos aprendam primeiro a<br />
produzir mapas para depois aprender a lê-los e consultá-los, ou vice-versa.<br />
O eixo da produção de mapas foi concebido com base em atividades simples, como representar<br />
objetos do cotidiano (as mesas e carteiras da sala de aula, por exemplo) e lugares próximos: a sala de<br />
aula, a es cola, a casa e todos aqueles espaços de percepção imediata (espaço vivido) que as crianças<br />
conhecem e que constituem lugares adequados para que elas os representem. A partir daí, o aluno<br />
pode começar a representar espaços cada vez mais distantes e desconhecidos (espaço concebido).<br />
Apesar de a noção de perspectiva ser de difícil compreensão para os alunos dos anos iniciais, é<br />
fun damental que o professor analise as representações produzidas pelos alunos em função da forma,<br />
do ta manho, da posição, orientação, distância, direção e proporção dos objetos e lugares representados.<br />
Essa análise pode ser realizada no confronto com a realidade e na comparação das produções<br />
dos próprios alunos.<br />
Para aprofundar o trabalho de representação do espaço, o professor poderá aproveitar as atividades<br />
sugeridas e criar outras, considerando diferentes perspectivas. É fundamental propor aos alunos de senhar<br />
em diferentes perspectivas e trabalhar com a visão vertical de um objeto ou lugar, ou seja, como se esti<br />
vessem olhando de cima para baixo; ou ainda desenhar a partir da visão oblíqua os objetos e luga res,<br />
como se estivessem observandoos de cima e um pouco de lado (tal como a visão que as pessoas têm de<br />
uma cidade quando a olham de um mirante, de um prédio muito alto ou da janela de um avião). Esses<br />
desafios são oportunidades para que eles construam noções relacionadas às técnicas de projeção comumente<br />
utilizadas pelos cartógrafos e compreendam como ocorre a representação gráfica do espaço.<br />
Os alunos aprenderão a importância e a funcionalidade da linguagem gráfica na representação<br />
(como ponto, linha, área, cor, ícones etc.) por meio de atividades em que são desafiados a representar<br />
objetos e lugares de forma simplificada e esquemática. É importante lembrar que essas atividades<br />
tor nam-se mais significativas para os alunos quando são realizadas em contextos de comunicação.<br />
11
12<br />
Ou seja, é importante que os alunos representem um objeto ou lugar para comunicar algo para<br />
alguém. Dessa forma, eles estarão aprendendo também sobre a função social e científica que os mapas<br />
possuem: a de transmitir informações.<br />
Nesse sentido, o professor encontrará nos livros situações em que os alunos têm de representar a<br />
própria casa com o objetivo de mostrar aos colegas como ela é, ou a própria escola, com o objetivo<br />
de informar a distribuição de suas dependências para um visitante que não a conhece. O professor<br />
poderá ainda organizar brincadeiras, como a caça ao tesouro – em que os alunos reunidos em grupos<br />
pro duzem mapas para que as crianças dos outros grupos localizem um objeto escondido.<br />
O eixo de leitura de mapas foi planejado com o objetivo de que os alunos aprendam a extrair<br />
e comparar informações representadas em diferentes tipos de mapa. Com a elaboração de plantas<br />
e roteiros, aos poucos o aluno adquire capacidade de passar do nível concreto para a realização de<br />
operações mais abs tratas. Ensinar a codificar e colocar informações nas representações do espaço<br />
cotidiano é o primeiro passo para ensiná-lo a decodificar e a conhecer a utilidade dos símbolos. Ao<br />
conseguir obter in for mações num guia de rua, num mapa rodoviário, numa planta de casa, num painel<br />
com as linhas do metrô ou com a distribuição das lojas de um shopping center, o aluno passa a<br />
ler o mapa. O professor po derá aproveitar as atividades sugeridas nos livros com croquis, cartas de<br />
cidades, fotografias aéreas e imagens de satélite e planejar outras, utilizando como suporte mapas,<br />
cartas e plantas de construção que são publicados em jornais e revistas de sua cidade ou estado.<br />
A compreensão das legendas merece atenção especial, pois elas são a linguagem simbólica dos<br />
ma pas e fornecem explicações sobre: a localização, o tema que está sendo representado, a quan tidade<br />
representada, entre outras, necessárias para que os alunos trabalhem com as informações con ti das nos<br />
mapas. O professor deve sempre incentivar a leitura das legendas, decodificando suas infor mações<br />
para os alunos compreenderem o que está sendo mostrado.<br />
Conhecer e utilizar diferentes tipos de mapa e o atlas amplia as possibilidades dos alunos de ex traírem<br />
e analisarem informações relacionadas ao conhecimento geográfico. Além disso, essa aprendizagem<br />
contri bui para os alunos consolidarem uma noção de espaço flexível, abran gen te e relacional.<br />
2.5 O trabalho com projetos e o livro didático<br />
Atualmente, muito se vem discutindo sobre a didática de projetos. A organização dos objetivos<br />
de aprendizagem, dos conteúdos e das atividades que ocorrerão em sala de aula em projetos de estudo<br />
é um recurso didático que potencializa o trabalho do professor e, ao mesmo tempo, permite um<br />
envolvimento mais consciente do aluno em seu próprio processo de aprendizagem.<br />
Um projeto de estudo representa uma macrossi tuação de ensino pela qual o professor de sencadeia<br />
uma sequência de atividades voltadas para a realização de um objetivo, compartilhado com os alunos.<br />
Ao compartilhar um objetivo de aprendizagem, os alunos assumem compromissos, definem papéis e<br />
têm a possibilidade de adquirir uma maior consciência de sua atuação na escola, pois sabem por que<br />
e para que estudam determinado assunto.<br />
Ao longo da parte específica deste Manual, oferecemos a indicação de alguns projetos de estudo,<br />
cujos temas têm relação com o conteúdo de cada livro. Essas sugestões, na medida do possível,<br />
favo recem a integração do trabalho da Geografia com as demais áreas do currículo. Essa integração<br />
pro por ciona ao aluno a oportunidade de estabelecer relações entre fatos, conceitos e procedimentos<br />
das diferentes áreas para o entendimento de um fenômeno social ou natural. Isso é especialmente<br />
inte res sante quando se pretende que os alunos construam compreensões cada vez mais amplas sobre<br />
uma mesma temática, vindo a percebê-la de diferentes pontos de vista.
O trabalho com projetos, porém, deve considerar as especificidades de cada área de conhecimento,<br />
pois essa forma de organizar o trabalho não representa uma diluição dos conteúdos das áreas<br />
em um único tra balho. Nesse sentido, é interessante que o professor defina quais são os objetivos e<br />
os conteúdos específicos de cada uma das áreas envolvidas no projeto. Para tanto, ele pode utilizar<br />
os livros desta Co le ção como um referencial, aproveitando as atividades propostas como parte das<br />
atividades do projeto, ou ainda valendose de textos e imagens como fontes de informação.<br />
Vale a pena ressaltar que o envolvimento dos alunos em um projeto de estudo é algo essencial. Eles<br />
precisam atribuir algum sentido a esse projeto, identificar sua relevância intelectual ou mesmo so cial.<br />
Um problema que os desafie a buscar informações, trocar ideias, discutir e tomar decisões é uma forma<br />
interessante de iniciar um projeto. Determinar com os alunos as etapas que serão per corridas para que<br />
esse problema seja solucionado, definir prazos e tarefas, combinar a função de cada aluno ou grupo de<br />
alunos (bem como a do professor) nesse trabalho coletivo são outros aspectos a serem considerados.<br />
2.6 A avaliação<br />
Na concepção de aprendizagem adotada pelos livros desta Coleção, a avaliação dos alunos deve<br />
ser feita de forma contínua e sistemática, em razão dos objetivos de aprendizagem definidos no livro<br />
e do projeto pedagógico da escola. Os alunos podem, entretanto, ser solicitados a comunicar o que<br />
apren deram ao final de cada capítulo. É interessante que esse registro possa ser feito por meio de<br />
desenhos ou textos, sempre considerando o domínio que as crianças têm da escrita.<br />
É interessante também que o professor, ao longo do trabalho com cada capítulo, utilize algumas<br />
ati vi dades sugeridas no livro para avaliar a atuação dos alunos, observando o seu grau de envolvimento<br />
no estudo, o domínio dos procedimentos básicos já trabalhados e a ampliação de sua compreensão<br />
em relação aos fatos e conceitos abordados. A realização de entrevistas ou atividades pontuais (como<br />
ques tionários) é também uma situação de avaliação.<br />
É importante, porém, que os alunos participem com consciência das situações de avaliação,<br />
apren dendo a refletir sobre o quanto ampliaram seus conhecimentos. Duas questões básicas podem<br />
ser feitas constantemente:<br />
• O que você sabe agora e não sabia antes do estudo?<br />
• O que você não sabe e as outras crianças parecem saber? Por quê?<br />
Esses questionamentos podem proporcionar aos alunos a retomada de assuntos que eventual mente<br />
não compreenderam ou, ainda, gerar novas perguntas a serem pesquisadas. A produção escrita ou oral<br />
de uma autoavaliação, baseada nas perguntas anteriormente feitas, é uma estratégia adequada.<br />
Pautas de registro de observação e avaliação<br />
As situações de avaliação não devem ser pautadas apenas em atividades pontuais, mas também<br />
na observação que o professor realiza ao longo do ano a respeito dos processos de aprendizagem de<br />
cada um de seus alunos.<br />
Com o objetivo de fornecer um instrumento que facilite a tarefa de sistematizar essas observações<br />
e de avaliar as aprendizagens realizadas pelos alunos, indicamos o uso de pautas que permitam ao<br />
pro fessor fazer um registro individualizado, considerando as aquisições globais e específicas da área<br />
e tam bém as dimensões conceituais, proce dimentais e atitudinais dos conteúdos trabalhados.<br />
O registro em pautas possibilita ao professor acompanhar os avanços de cada aluno e também<br />
diag nosticar a diversidade característica do grupo com o qual trabalha. Dessa forma, poderá projetar<br />
metas in dividuais e coletivas em vários momentos do ano escolar.<br />
A elaboração das pautas de observação pode ser baseada na descrição dos objetivos de aprendizagem<br />
apresentada em cada capítulo e também nos aspectos globais da aprendizagem, relacionados<br />
à atuação das crianças como estudantes.<br />
13
14<br />
Para preencher as pautas, o professor pode criar códigos próprios, adotando aqueles que pro porcionarem<br />
informações suficientes. Pode, por exemplo, utilizar:<br />
• um código numérico (5, 4, 3 etc.), para o grau de aquisição da aprendizagem;<br />
• um código quantitativo: Sempre, Muito, Médio, Pouco, Nunca;<br />
• um código qualitativo: Ótimo, Bom, Regular, Ruim;<br />
• um código para caracterizar o grau de autonomia dos alunos diante das tarefas propostas:CA<br />
(com autonomia), AC (com ajuda dos colegas), AP (com ajuda do professor) etc.<br />
Apresentamos um exemplo de pauta que o professor e a equipe pedagógica da escola podem utilizar como<br />
modelo para a criação de seus próprios instrumentos de avaliação. Esse é um desafio interessante do ponto<br />
de vista pedagógico, pois a avaliação dos alunos ainda é uma questão em debate na área da Educação.<br />
Aluno Reconhece<br />
componentes<br />
naturais na<br />
paisagem.<br />
1<br />
2<br />
3<br />
4<br />
5<br />
6<br />
7<br />
8<br />
9<br />
10<br />
11<br />
12<br />
13<br />
14<br />
15<br />
16<br />
17<br />
18<br />
19<br />
20<br />
4 o ano – Capítulo 2: A sociedade e a natureza<br />
Reconhece<br />
componentes<br />
construídos<br />
pelo ser<br />
humano na<br />
paisagem.<br />
Estabelece<br />
relações de<br />
comparação<br />
entre uma<br />
mesma<br />
paisagem em<br />
diferentes<br />
épocas.<br />
Conhece<br />
elementos da<br />
fauna e da flora<br />
de diferentes<br />
paisagens<br />
brasileiras.<br />
Valoriza a<br />
conservação e a<br />
preservação dos<br />
componentes<br />
naturais das<br />
paisagens: água,<br />
solo etc.<br />
Manifesta<br />
atitude de<br />
respeito e<br />
interesse pela<br />
conservação<br />
de ambientes<br />
naturais.
3. A Geografia para o 2 o ano<br />
Os anos iniciais no Ensino Fundamental representam uma oportunidade para o aluno rever, ampliar<br />
e reor ganizar uma série de conhecimentos que ele adquiriu no cotidiano e na escola, relativos<br />
ao grupo social do qual faz parte, ao modo de ser e de viver das pessoas de uma forma geral, aos<br />
lugares que conhece ou de que já ouviu falar e à natureza.<br />
O livro do 2 o<br />
ano oferece aos alunos um conjunto de atividades por meio do qual se espera que<br />
eles aprendam fatos, conceitos, procedimentos e atitudes específicos da área de Geografia. Aborda<br />
temas relacionados ao cotidiano dos alunos, considerando a possibilidade de eles estabelecerem<br />
comparações entre o seu modo de ser e de viver e o modo de ser e de viver dos colegas da clas se e<br />
das pessoas que vivem em outros lugares.<br />
Foi dada especial ênfase às questões relacionadas com o convívio e com as relações sociais que<br />
o alu no desenvolve a partir do grupo próximo, com o qual se relaciona na escola, na casa, na rua. As<br />
no ções espaciais também foram desenvolvidas a partir do cotidiano do aluno, do seu espaço vivido,<br />
que é onde ele mora e desenvolve seu estudo. Essas relações foram ampliadas passo a passo. Trata<br />
-se das primeiras descobertas afetivas, das relações sociais e espaciais. O aluno estará conhecendo<br />
“quem sou eu”, “as pessoas e a família”, “ a moradia e a escola”. O eixo central é a comparação, o<br />
estabelecimento de se me lhanças e diferenças e o reconhecimento e a aceitação crítica da diversidade<br />
presente nas relações so ciais e espaciais.<br />
O tratamento dado aos conteúdos valoriza, sobretudo, os objetos do dia a dia e o relato das<br />
pessoas como fontes de informação. Essa opção se justifica porque essas fontes são acessíveis ao<br />
professor, que pode contar com a colaboração de pessoas da comunidade e dos próprios alunos para<br />
pesquisá-las. É interessante que o professor convide pessoas para relatar suas experiências aos alunos<br />
ou compartilhe ele mesmo sua própria experiência de vida.<br />
Além disso, o livro apresenta outras fontes de registro e estudo, como fotografias, ilustrações e<br />
do cumentos. O professor poderá complementá-las, caso tenha ou tros materiais disponíveis, além do<br />
livro didático.<br />
É preciso considerar, ainda, que um dos aspectos mais importantes desse primeiro ano de estudo<br />
da Geo grafia é a ampliação da capacidade dos alunos de observar, descrever, fazer perguntas e<br />
formular explicações sobre o espaço geográfico vivido. Por isso mesmo, as atividades propostas no<br />
livro visam pro mover a aprendizagem desses procedimentos, incentivando os alunos a registrar e<br />
comunicar aquilo que descobriram ou aprenderam em situações de conversação, discussão ou elaboração<br />
de textos escritos.<br />
A maioria das atividades propostas não pressupõe uma resposta única. Pelo contrário, as respostas<br />
dadas pelos alunos devem revelar justamente suas vivências, percepções e compreensões sobre<br />
o meio social e natural no qual se encontram inseridos. Cabe ao professor, com seu bom senso e sua<br />
criatividade, avaliar a qualidade das respostas, incentivando os alunos a reformularemnas, quando<br />
julgar oportuno, em situações de discussão e confronto.<br />
A fim de possibilitar um trabalho mais amplo, uma série de projetos foi sugerida para que o<br />
professor possa aprofundar o estudo de um ou mais temas. A equipe pedagógica deve avaliar quais<br />
projetos são interessantes de serem realizados, lembrando-se sempre de que não há uma necessidade<br />
rigorosa de trabalhar com todos os conteúdos sugeridos no livro. Além disso, é importante planejar<br />
uma abordagem que permita a integração dessas áreas com as demais áreas da grade curricular.<br />
15
16<br />
3.1 Objetivos e conteúdos gerais dos capítulos<br />
Capítulo 1 –<br />
Conhecendo<br />
quem sou eu<br />
Capítulo 2 –<br />
Conhecendo<br />
as pessoas<br />
e a família<br />
OBJETIVOS<br />
– Comparar as próprias características<br />
físicas com as dos colegas de<br />
classe, reconhecendo semelhanças<br />
e diferenças.<br />
– Reconhecer a diversidade presente<br />
nos seres humanos.<br />
– Adquirir os primeiros procedimentos<br />
de alfabetização cartográfica.<br />
– Aprender a utilização dos documentos<br />
de identificação.<br />
– Valorizar a riqueza de possibilidades<br />
e de colaboração proveniente<br />
das diferenças.<br />
– Reconhecer e comparar características<br />
afetivas e emotivas entre<br />
crianças de diversos lugares.<br />
– Identificar e aprender a respeitar<br />
culturas e modos de ser diferentes.<br />
– Reconhecer valores de solidariedade,<br />
convivência e amizade.<br />
– Identificar e respeitar diferentes<br />
constituições familiares.<br />
– Perceber diferentes papéis na família<br />
e valorizar a cooperação, o<br />
diálogo e o convívio familiar.<br />
– Entender a família em diferentes<br />
contextos culturais, econômicos e<br />
históricos.<br />
– Compreender a historicidade do<br />
grupo familiar.<br />
CONTEÚDOS<br />
– As diferentes características físicas<br />
dos seres humanos.<br />
– Comparação e quantificação das<br />
diferenças e semelhanças entre as<br />
pessoas.<br />
– A representação do eu.<br />
– A importância e a utilidade dos<br />
documentos de identificação.<br />
– Diferenças afetivas e de preferências<br />
entre as pessoas.<br />
– As pessoas: sentimentos e emoções<br />
comuns e diferentes.<br />
– Diferentes modos de ser.<br />
– A importância da amizade.<br />
– Família: semelhanças e diferenças.<br />
– O convívio familiar: conflitos,<br />
cooperação e diálogo.<br />
– Diferentes famílias.<br />
– Histórias de família.
Capítulo 3 –<br />
Conhecendo<br />
a moradia<br />
Capítulo 4 –<br />
Conhecendo<br />
a escola<br />
OBJETIVOS<br />
– Comparar moradias e estabelecer<br />
diferenças entre elas.<br />
– Reconhecer a moradia como local<br />
de convivência e de abrigo.<br />
– Reconhecer as interações entre<br />
sociedade e natureza na construção<br />
das moradias.<br />
– Identificar diferentes materiais e<br />
técnicas utilizados na construção<br />
das moradias.<br />
– Analisar e criticar situações problemáticas<br />
com relação às condições<br />
precárias e à falta de moradia.<br />
– Reconhecer condições básicas que<br />
permitem boa qualidade de vida.<br />
– Compreender que melhorias nas<br />
condições de vida não são usufruídas<br />
por todos.<br />
– Compreender o contexto histórico<br />
das construções.<br />
– Identificar diferentes tipos de escola.<br />
– Conhecer o espaço da es cola, sua<br />
estrutura e localização.<br />
– Trabalhar a alfabetização cartográfica<br />
espacializando movimentos de<br />
casa à escola.<br />
– Desenvolver noções de vizinhança,<br />
de espaço exterior e de referenciais<br />
de localização.<br />
– Promover interações sociais e troca de<br />
experiências entre alunos da escola.<br />
– Desenvolver atitudes de responsabilidade<br />
e respeito em relação ao<br />
ambiente que cerca o aluno e atuar<br />
positivamente nesse ambiente.<br />
– Desenvolver a noção de tempo<br />
vivido e adquirir capa cidade de<br />
organizarse e estruturar o tempo.<br />
CONTEÚDOS<br />
– Diferentes formas de morar.<br />
– Moradia: local de convivência e<br />
de abrigo.<br />
– A utilização de recursos naturais e<br />
a construção das moradias.<br />
– Técnicas e materiais utilizados na<br />
construção de moradias.<br />
– As casas e suas histórias.<br />
– Os diferentes tipos de escola.<br />
– A localização da escola.<br />
– A representação de trajetos, a determinação<br />
de pontos de referência<br />
e a utilização de símbolos.<br />
– O convívio na escola.<br />
– Cuidados com a escola: a responsabilidade<br />
de cada um.<br />
– Aprendendo a organizar e a estruturar<br />
o tempo.<br />
17
Parte Específica<br />
2 o ANO<br />
PLANO GerAL<br />
de ObjetivOs e<br />
eNcAmiNhAmeNtOs<br />
• Capítulo 1 – Conhecendo quem sou eu<br />
• Capítulo 2 – Conhecendo as pessoas e a família<br />
• Capítulo 3 – Conhecendo a moradia<br />
• Capítulo 4 – Conhecendo a escola
Capítulo 1<br />
CONHECENDO QUEM SOU EU<br />
páginas 10 a 29<br />
Os conteúdos e as atividades propostos neste capítulo têm como objetivos ampliar os conhecimentos<br />
que os alunos já têm sobre o seu próprio modo de ser e promover a construção de conhecimentos<br />
a res peito de modos distintos de ser. Para tanto, optou-se por um recorte temático que valoriza o<br />
modo de ser de cada um dos alunos: suas características físicas, suas pre ferências, suas brincadeiras<br />
e atividades co tidianas. Além dessas qualidades, eles com pre en derão que podemos utilizar documentos<br />
para identifi car as pessoas – e que esses documentos, apesar de não informarem o modo de<br />
ser dessas pessoas, são específi cos e necessários no mundo atual, pois fornecem os dados legais de<br />
cada indivíduo.<br />
Os alunos poderão reconhecer semelhanças e diferenças entre o seu modo de ser e o dos colegas,<br />
estabelecendo laços de identifi cação. A adaptação dos alunos novos e a integração do grupo podem<br />
ser incentivadas por meio das atividades e discussões propostas.<br />
As imagens e os textos deste capítulo foram selecionados também com a intenção de proporcionar<br />
aos alunos elementos de comparação entre o seu modo de ser e o de crianças que vivem em outros<br />
lugares do Brasil, ou que viveram em épocas passadas.<br />
Por meio de situações de conversação e discussão, os alunos poderão comparar diferentes pontos<br />
de vista e experiências vividas. O professor poderá aproveitar as situações de síntese e de registro<br />
escrito, su geridas no livro, para trabalhar a língua escrita.<br />
Observação: os assuntos tratados neste item poderão levantar questões relacionadas às se melhan<br />
ças e às diferenças que existem entre meninos e meninas, sejam elas físicas ou culturais. Neste<br />
sentido, é importante que o professor acolha as ideias e opiniões dos alunos, atuando como mediador<br />
e evi tando impor seus próprios valores. Será uma boa oportunidade para discutir e relativizar as<br />
ideias pre concebidas de comportamentos e gostos “de menina” e “de menino”. Menina pode jogar<br />
futebol? Me nino pode brincar de casinha? São exemplos de questões que podem ser abordadas e<br />
relativizadas.<br />
Encaminhamentos • Objetivos • <strong>Atividade</strong>s <strong>complementar</strong>es<br />
Para começar • página 11<br />
Encaminhamento: o professor poderá ler a letra da música de Márcio R. A. Souza pausadamente<br />
com os alunos, solicitando que eles acompanhem a leitura no texto do livro. Seria interessante cantar<br />
a música com os alunos. Por fi m, organizar uma discussão coletiva sobre as ideias que o texto apresenta.<br />
O trabalho com músicas e poesias escolhidas com base em critérios contextualizados, além de<br />
ser agradável pelo aspecto sonoro, sempre acrescenta experiências afetivas e vivências diferentes,<br />
que o aluno pode comparar com as suas. Talvez as crianças conheçam músicas semelhantes que falem<br />
sobre crianças. Procure considerar contribuições locais nesse aspecto.<br />
19
20<br />
<strong>Atividade</strong> <strong>complementar</strong><br />
É possível organizar uma pesquisa sobre outras canções, inclusive do re pertório popular, que<br />
tragam elementos do universo infantil. Os CDs do selo Palavra Cantada, de Paulo Tatit e Sandra<br />
Peres, e as cantigas tradicionais são fontes de informação interessantes.<br />
Quem sou eu? • página 12<br />
Objetivos: comparar as próprias características físicas com as dos alunos da turma, reconhecendo<br />
se me lhanças e diferenças. Reconhecer e aceitar a diversidade presente nos seres humanos e respeitar<br />
a ri que za de possibilidades e de colaboração proveniente das diferenças.<br />
Encaminhamento: o professor poderá ler o texto com os alunos, a fim de garantir a plena<br />
com preensão. Os questionamentos apresentados podem ser respondidos oralmente, em discussões<br />
coletivas.<br />
<strong>Atividade</strong> <strong>complementar</strong><br />
As informações compartilhadas pelos alunos poderão ser registradas pelo professor na lousa ou<br />
em cartazes, com o objetivo de trabalhar a língua escrita e os pro cedimentos de re gistro e sistematização.<br />
Como você é? • página 13<br />
O desenho poderá ser feito em sala de aula. Se for possível, é interessante ofe recer lápis de cor,<br />
giz de cera e outros materiais com os quais os alunos possam desenhar e co lorir o seu retrato.<br />
<strong>Atividade</strong> <strong>complementar</strong><br />
O professor poderá aproveitar a ocasião para conversar com os alunos a respeito das semelhanças<br />
e diferenças entre as crianças da própria turma. Será uma boa ocasião para eles se conhe cerem<br />
melhor! Caso julgue adequado, o professor poderá inclusive compartilhar as lem branças da própria<br />
infância, contando para a turma sobre seu tempo de criança.<br />
Semelhanças e diferenças... • página 13<br />
O aluno continuará a estabelecer semelhanças e diferenças entre ele e os colegas. Além de analisar<br />
as diferenças entre as características físicas e ge né ticas, os alunos farão o primeiro trabalho com<br />
lateralidade, utilizando o desenho das mãos.<br />
Todos os colegas da classe escrevem com a mesma mão? • página 14<br />
Nesta atividade, os alunos farão um levantamento de dados, quantificar e representar o resultado<br />
em quadradinhos, iniciando o trabalho com a linguagem gráfica. As impressões que ele obteve dos<br />
colegas até aqui estavam permeadas de avaliações subjetivas. Agora, irá representá-las por meio de<br />
uma linguagem visual objetiva: os quadradinhos irão apontar exatamente quantos alunos destros e<br />
canhotos existem na classe. Para concluir, o professor deve mostrar a importância do levantamento<br />
de dados para agilizar a apreensão da informação, pois a disposição visual é um agente facilitador.<br />
Esse levantamento prepara os alunos para a leitura de gráficos.
Qual o meu tamanho? • páginas 15 e 16<br />
Prosseguindo com o trabalho de alfabetização cartográfica, o aluno se prepara para mapear<br />
o eu. Este trabalho é importante, pois permite que, usando uma estrutura conhecida – o próprio<br />
corpo –, ele se familiarize com sistemas de medição (barbante e mão) e de representação (“mãozinhas”).<br />
Ele deve concluir perguntando quais etapas foram ne cessárias para chegar à representação<br />
em quadradinhos, na página 16. Deve também medir (re gistrar os dados), quantificar a<br />
comparação com os colegas (tratar os dados) e depois re pre sentá-los. Mostrar que o levantamento<br />
das informações revela o resultado do trabalho feito.<br />
<strong>Atividade</strong> <strong>complementar</strong><br />
Outros aspectos físicos poderão ser comparados e quantificados, articulando-os com ativi dades<br />
de Matemática. Por exemplo: número de crianças e variedade de cor dos olhos, altura, ou número de<br />
dentes que já caíram. Esses aspectos podem ser or ga nizados em tabelas. Se o professor achar conveniente,<br />
poderá traçar paralelos entre os as pectos quantificados, tais como o mês de aniversário e a<br />
quantidade de dentes. Caso a variá vel época do ano seja considerada (como a altura das crian ças no<br />
começo e no final do ano letivo), as tabelas poderão ser guardadas durante um perío do, para que os<br />
alunos possam verificar as mudanças que ocorreram ou os aspectos que não se alteraram.<br />
Representando seu corpo • páginas 17 e 18<br />
A atividade deverá ser feita com os alunos reunidos em duplas. Se possível, disponibilizar materiais<br />
variados, tais como giz de cera, caneta hidrocor e até giz de lousa colorido. Ou tros materiais<br />
como fios de lã, barbante, retalhos, botões, grãos de feijão etc. poderão proporcionar um trabalho<br />
mais bem elaborado.<br />
<strong>Atividade</strong> <strong>complementar</strong><br />
Os alunos poderão também identificar e marcar as partes do corpo no desenho, fazendo uma interface<br />
com Ciências. Para a comparação, o professor poderá fazer uma exposição na classe fixando<br />
os mapas dos corpos na parede ou em varais, pois assim as diferenças e semelhanças ficarão mais<br />
visíveis. Esta é mais uma oportunidade de aprofundar o autoconhecimento e a percepção do próximo,<br />
e também a lateralidade.<br />
Para brincar e conhecer os colegas • página 18<br />
O professor poderá aproveitar a brincadeira de “adivinha quem é” para trabalhar com textos descritivos.<br />
Após isso, os alunos poderão descrever, reunidos em duplas ou grupos de quatro ou cinco<br />
componentes, a aparência de um dos colegas da classe. Quando terminarem de produzir seus textos,<br />
o professor poderá lê-los em voz alta e pedir para que os alunos adivinhem de quem se está falando.<br />
Os alunos terão maior referência sobre o que é um texto descritivo se o professor fornecer um modelo.<br />
Isso poderá ser feito pela leitura de textos literários que contemplem a descrição de personagens<br />
ou com a produção – pelo próprio professor – de textos descritivos. Neste último caso, o professor<br />
poderá descrever pessoas conhecidas pela turma (funcionários da escola, crianças da própria classe<br />
ou de outras turmas, personalidades célebres, ele mesmo etc.).<br />
21
22<br />
Documentos de identificação • páginas 19 a 22<br />
Objetivo: reconhecer a importância e a utilização de documentos oficiais de identificação.<br />
Encaminhamento: o professor deverá mostrar que na certidão de nascimento existem dados como<br />
nome da pessoa, local de nascimento (país, estado, município e comarca), horário de nas ci mento,<br />
sexo, nome dos pais e dos avós e até um número geral que identifica a pessoa (o número do registro).<br />
Explicar que estado e município são divisões do espaço brasileiro com finalidades administrativas,<br />
e que comarca refere-se a uma delimitação sob a competência de um juiz.<br />
Os alunos que já possuem o documento de identificação (carteira de identidade ou RG) poderão<br />
trazê-lo para mostrar aos colegas. O professor poderá apresentar o seu próprio documento e compartilhar<br />
com os alunos os momentos nos quais o utiliza em seu dia a dia. A ficha de identificação<br />
poderá ser feita como lição de casa, com a ajuda dos familiares.<br />
O aluno pode pesquisar com os pais as situações em que têm de utilizar esses documentos e os<br />
pro blemas que podem surgir com a falta deles.<br />
Descobrindo do que eu gosto • páginas 23 a 29<br />
Objetivos: identificar e comparar preferências. Reconhecer a diversidade de pensamentos, ideias<br />
e modos de ser.<br />
Encaminhamento: o professor deverá ler o texto e as questões com os alunos, promovendo uma<br />
discussão coletiva sobre o assunto. O importante, neste momento, é que os alunos reflitam sobre suas<br />
preferências e conversem com os colegas sobre os diferentes modos de ser. Eles devem perceber também<br />
que podemos nos referir a pessoas, lugares e objetos por números (identidade, endereço postal<br />
de uma rua etc.), mas que podemos descobrir outras qualidades a partir das impressões e emoções<br />
sobre as pessoas e os lugares.<br />
como as crianças gostam de brincar<br />
As fotografias desse item fornecem informações sobre o modo de ser de crianças pertencentes a<br />
diversos grupos sociais e que vivem em diferentes cidades brasileiras. O professor deverá aproveitálas<br />
ao máximo, incentivando os alunos a comunicar suas impressões e também a comparar as informações<br />
por eles apreendidas em cada uma delas. O texto da página 27 é um relato de um pescador<br />
que o professor deve ler para os alunos. É importante pausar a leitura e perguntar aos alunos sobre o<br />
modo de brincar deste pescador quando era criança.<br />
<strong>Atividade</strong> <strong>complementar</strong><br />
É possível solicitar aos alunos que pesquisem uma ou mais fotografias que retratem crianças em<br />
seu cotidiano. Essa pesquisa poderá ser feita em casa, utilizando-se de revistas e jornais. Selecionadas<br />
as fotografias, os alunos poderão criar legendas para elas. Essa produção provavelmente revelará<br />
interpretações variadas, que poderão ser discutidas entre os alunos com a mediação do professor. O<br />
professor poderá aproveitar o trecho da obra O menino maluquinho, citado na página 23, e ler o livro<br />
com os alunos. Será uma boa oportunidade para realizar uma leitura com partilhada e desenvolver um<br />
trabalho em interface com a área de Língua Portuguesa.
incadeiras de outras épocas<br />
A reprodução da tela de Pieter Brueghel poderá ser aproveitada para uma atividade bastante<br />
interessante. Nela, as crianças poderão conhecer jogos e brincadeiras que as pessoas realizavam em<br />
outros tempos – no caso, há mais de 400 anos. Um encaminhamento in teressante é reunir os alunos em<br />
duplas e pedir a eles que encontrem, pelo menos, cinco brincadeiras conhecidas e cinco brincadeiras<br />
desconhecidas. É um bom momento para o professor mostrar que existem costumes que permanecem<br />
vivos, e que são transmitidos, em geral, oralmente, de geração a ge ra ção. O aluno perceberá<br />
que muitas brincadeiras que ele conhece ainda são as mesmas de séculos atrás. O professor deve<br />
explorar a cena da pintura, na qual as crianças brincam tranquilamente nas ruas, e comparar com as<br />
brincadeiras de rua atualmente, que quase não se veem mais nas cidades, ou são bas tante limitadas<br />
pela presença de carros, de pedestres, pela falta de espaço nas calçadas e até por perigos que as ruas<br />
modernas oferecem.<br />
Durante o registro do nome das brincadeiras conhecidas, haverá uma ótima oportunidade para<br />
tra ba lhar a escrita espontânea. O professor poderá também, caso seja possível, en riquecer o que está<br />
sendo comentado, levantando mais informações sobre a época retratada no quadro e sobre seu autor,<br />
consultando livros, filmes e desenhos animados. A leitura do relato de Irene pode também ser discutida<br />
com os alunos. O professor pode perguntar como as crianças brincavam na roça.<br />
<strong>Atividade</strong> <strong>complementar</strong><br />
O professor poderá escrever um cartaz com a colaboração dos alunos, anotando as brincadeiras<br />
que podem ser realizadas na hora do recreio, e afixá-lo em um local onde to dos possam consultá-lo.<br />
O fato de combinarem entre si os jogos e as brincadeiras que podem fazer jun tos confere maior autonomia<br />
ao grupo, permitindo-lhes expressar suas ideias e tomar decisões cole ti vas. A realização de<br />
algumas dessas brincadeiras é uma atividade que favorece a integração dos alunos.<br />
Studio Cortez<br />
23
24<br />
Capítulo 2<br />
CONHECENDO AS PESSOAS<br />
E A FAMÍLIA<br />
páginas 30 a 60<br />
Neste capítulo, o aluno irá reconhecer e comparar características afetivas entre os alunos da própria<br />
tur ma e com outros que vivem em outros lugares.<br />
Este capítulo aborda, também, temas relacionados às diferentes constituições familiares, aos<br />
pa péis que as pessoas exercem na família, às situações de convívio familiar e à importância da cooperação.<br />
Es pera-se que os alunos construam novos referenciais para compreender amplamente o<br />
signifi cado do ter mo “família”.<br />
Foi dada especial ênfase às atividades de comparação, pois elas possibilitam aos alunos o re conhe<br />
cimento de semelhanças e diferenças, não apenas entre o modo de ser e de viver dos in te grantes,<br />
do grupo, mas também, entre as pessoas que vivem em outros lugares.<br />
Encaminhamentos • Objetivos • <strong>Atividade</strong>s <strong>complementar</strong>es<br />
Para começar • página 31<br />
Encaminhamento: o professor poderá ler o texto com os alunos e, durante a leitura, comentar<br />
as informações apresentadas, convidando os alunos a compartilhar com o grupo suas opiniões e suas<br />
experiências.<br />
Nossos sentimentos e emoções não são sempre iguais • página 32<br />
É interessante analisar as fotografi as com os alunos, procurando os indícios que re ve lam o estado<br />
de espírito da criança (em qual das fotografi as Lúcia está contente, por exemplo).<br />
Fazendo coisas diferentes • páginas 34 e 35<br />
Objetivos: identifi car e comparar as diferenças. Reconhecer diferentes atividades produzidas<br />
pelos alunos.<br />
Encaminhamento: os alunos poderão observar as imagens e acompanhar a leitura do professor<br />
ou realizá-la em grupos de dois ou três integrantes.<br />
Ao fi nal, o professor poderá incentivar um debate sobre o que há de semelhante e de dife rente<br />
entre as ati vidades que as crianças das imagens e do texto estão realizando e comparar essas ati vidades<br />
com aque las que realizam diariamente.<br />
O aluno deverá perceber que as atividades de rotina de cada criança dependem das possibilidades<br />
que ela tem a seu dispor, do lugar onde vive (cidade grande ou pequena) e até da situação econômica da<br />
família, como no caso da criança da página 34, que trabalha precocemente. O professor deverá ex plicar<br />
que o trabalho infantil é proibido, pois pela Constituição Brasileira somente a partir dos 16 anos uma<br />
criança pode ingressar no mercado de trabalho. Explicar também que, segundo o Estatuto da Criança e<br />
do Ado lescente, toda criança em idade escolar tem direito aos estudos; este direito é garantido por lei.
Crianças de lugares diferentes • página 36 e 37<br />
Os textos deverão ser lidos em sala de aula, de forma individual ou coletiva. A comparação entre<br />
as informações que os relatos e as imagens apresentam poderá ser re gis trada na lousa pelo professor,<br />
com o objetivo de sistematizar as ideias dos alunos. Caso eles co nhe çam uma crian ça que tenha<br />
uma vida diferente, o professor deverá solicitar que compartilhem essa in for ma ção com os demais<br />
colegas da classe.<br />
<strong>Atividade</strong> <strong>complementar</strong><br />
A atividade proporciona mais um contexto interessante para o professor con tar histórias relacionadas<br />
a sua própria infância ou à infância de algum outro adulto que tenha uma vida muito diferente<br />
daquela dos seus alunos. Os próprios alunos poderão mencionar histórias de pessoas que eles conheçam<br />
e que vivam em lugares diferentes daquele onde eles moram.<br />
Observação: nas culturas indígenas brasileiras, podemos considerar que as crianças e os adultos<br />
brincam o tempo todo. Isso porque não existe uma distinção tão clara entre trabalho e lazer, tra balho<br />
e co munhão, trabalho e tempo livre – tal como existe para a maioria dos grupos sociais urba nos. O<br />
trabalho é motivo de festa e brincadeira, embora, muitas vezes, a tarefa seja árdua – preparar o terreno<br />
para o plantio, caminhar quilômetros em busca de caça etc. Os mais velhos ensinam os mais novos<br />
por meio de brinquedos e jogos.<br />
Você e seus amigos • páginas 38 a 43<br />
Objetivos: um dos objetos do estudo da Geografia é a compreensão do ser humano como ser<br />
so cial, ou seja, capaz de conviver em sociedade. Tendo como base o próprio grupo com o qual se<br />
relaciona, brinca e realiza atividades, o aluno perceberá que as relações sociais estão presentes no<br />
cotidiano, nos espaços de sua vivência.<br />
Encaminhamento: a atividade proposta poderá ser realizada com os alunos organizados em<br />
duplas. Caso os alunos tenham mais de um amigo com quem tenham grande afinidade, o professor<br />
poderá pedir para que escolham um deles para fazer a descrição em sala de aula. Os demais po derão<br />
ser descritos em casa. Caso haja alunos que não tenham amigos mais próximos, o professor poderá<br />
sugerir que eles escolham uma pessoa da turma de quem gostem muito ou de quem quei ram ser amigos,<br />
ou ainda pedir para que eles descrevam um amigo de fora da escola. Even tual mente, até mesmo<br />
um parente ou um adulto com quem eles tenham amizade poderão ser descritos.<br />
trocando experiências e sentimentos<br />
Nesta atividade, além de perceberem a diversidade no modo de sentir, pretendemos que o aluno<br />
entenda que o conteúdo de ensino está presente na pró pria vida e que as experiências e os sentimentos<br />
fazem parte da percepção dos lugares e das outras pessoas. A atividade sobre as experiências e os<br />
sentimentos dos alunos deverá ser realizada de forma franca e aber ta. O professor poderá propô-la<br />
em sala de aula, para que os alunos possam trocar suas vivências.<br />
Observação: pode acontecer de um dos alunos não conseguir obter respostas para as questões<br />
da pá gina 41. O professor deverá se mostrar compreensivo e tolerante, pois nem todas as pessoas<br />
gostam ou conseguem falar de si mesmas.<br />
25
26<br />
As fotografias e as nossas experiências<br />
Na atividade com as fotografias das páginas 42 e 43 o aluno dará continuidade ao trabalho de<br />
leitura de imagem. A possibilidade de trabalho com outros tipos de lin guagem pode fornecer muitas<br />
informações sobre a paisagem, os hábitos das pessoas, a utilização do espaço e sua organização. O<br />
aluno observará, levantará dados sobre o contexto de produção da foto (tem po e espaço), analisará<br />
o movimento e as ações presentes na imagem (o que estão fazendo) e sin tetizará numa frase a interpretação<br />
que fez é um momento para discutir a fotografia como documento.<br />
Família: semelhanças e diferenças • páginas 44 a 47<br />
Objetivo: identificar semelhanças e diferenças entre famílias de diversos grupos sociais.<br />
Encaminhamento: ler as legendas das fotos e analisar as fotografias em sala de aula,<br />
individualmente. Em se gui da, pro por uma discussão sobre o que os alunos identificaram como semelhante<br />
e diferente entre as fa mílias retratadas. Perceber e respeitar as singularidades e as diferenças<br />
presentes na forma e no modo com que se constituem os agrupamentos familiares faz parte do trabalho<br />
de aceitação da pluralidade cul tural. A comparação de diversos tipos de agrupamentos familiares<br />
permite a percepção das diferenças com maior clareza. A compreensão de outras possibilidades contribui<br />
para a di mi nuição do ego centrismo da criança, pois é quando ela consegue perceber o outro. O<br />
professor po derá registrar na lousa as opiniões fornecidas pelos alunos durante a discussão.<br />
<strong>Atividade</strong> <strong>complementar</strong><br />
É possível solicitar que os alunos inventem, de forma individual ou reunidos em duplas, novas<br />
legendas para as fotografias, conforme foi discutido em sala de aula.<br />
E sua família, como ela é? • páginas 48<br />
Ler o encaminhamento descrito na página 48 e pedir aos alunos que respondam às questões<br />
em sala de aula. Como tarefa para casa, eles deverão confirmar com os fa miliares os dados sobre<br />
os quais, eventualmente, tenham dúvida e fazer o desenho de sua família. No retorno, o professor<br />
poderá mostrar os desenhos para todos do grupo. No desenho da família, é normal que a criança não<br />
consiga manter a proporcionalidade quanto ao tamanho das pes soas e às partes do corpo. A tendência<br />
é desenhar segundo a importância afetiva que é atribuída a cada elemento.<br />
Vida familiar • páginas 49 a 53<br />
Objetivos: a família é o grupo de convívio mais próximo do aluno. O objetivo deste item é que o<br />
aluno reconheça que, apesar das discordâncias que podem levar a algum conflito, na família existem<br />
muitos momentos de harmonia e união, além de identificar e aceitar diferentes constituições familiares.<br />
Encaminhamento: o professor deverá ler o texto com os alunos e, na sequência, pedir que respondam<br />
às questões. Quando terminarem de respondê-las, os alunos poderão ser reunidos em grupos<br />
para, juntos, comparar o modo de ser de suas famílias. Ao final da discussão, cada grupo poderá relatar<br />
as semelhanças e as diferenças que observarem.<br />
tarefas familiares
Ao descrever situações de colaboração e convívio entre as pessoas com as quais vive, o aluno<br />
adquire consciência da importância das relações cooperativas e do papel de cada indivíduo no funcionamento<br />
coletivo. O quadro deverá ser completado como lição de casa, com a ajuda dos familiares.<br />
A reflexão sobre as maneiras como os próprios alunos cooperam em casa também. No retorno,<br />
o professor deverá incentivar os alunos a trocar suas experiências, valorizando as ações que reflitam<br />
cooperação. Adicionalmente, o professor poderá conversar com eles sobre a importância da coo peração<br />
no trabalho escolar, combinando como e quando ela poderá ocorrer.<br />
O professor deverá pedir que os alunos analisem as situa ções de cooperação retratadas nas fotografias<br />
da página 50, o que poderá ser feito em grupos, conforme encaminhamento sugerido no livro.<br />
conversa de família<br />
Na escola, é muito importante que os alunos possam reconhecer a importância do diálogo e<br />
tenham a oportunidade de desenvolver as capacidades necessárias para dialogar de forma cada vez<br />
mais autônoma. Para tanto, é importante que eles possam entender a importância da palavra para<br />
resolver problemas, negociar, expressar suas opiniões e compreender outros pontos de vista. As atividades<br />
propostas neste item deverão ser realizadas em sala de aula, individualmente ou em duplas.<br />
É importante que o professor converse com os alunos sobre as ações representadas nas ilustrações da<br />
página 51 e sobre as situações do dia a dia que necessitam ser discutidas com os familiares. A troca de<br />
im pressões com os colegas é fundamental, pois trata-se de um tema relacionado ao convívio social.<br />
Para ler em casa com a família • página 52<br />
A leitura do texto com a família poderá ser feita solicitando que as crianças tragam comentários<br />
sobre a impressão que tiveram sobre a história contada por Drauzio Varella.<br />
É importante que o professor também compartilhe suas impressões com os alunos.<br />
As famílias e os lugares • páginas 54 a 59<br />
Objetivos: identificar e conhecer as famílias em diferentes contextos históricos, econômicos e<br />
culturais.<br />
Encaminhamento: ler os relatos com os alunos.<br />
comparando histórias de vida<br />
Para esta atividade da página 57, que poderá ser rea lizada com os alunos reunidos em grupos<br />
de três a quatro componentes ou em duplas, o professor deverá orientá-los para ler novamente os<br />
relatos e preencher passo a passo as fichas. Conversar sobre o local de nascimento de cada um dos<br />
personagens, sobre o lugar onde eles se conheceram e qual deles nasceu em outro país.<br />
A história de sua família<br />
Encaminhar a atividade de entrevista conforme as sugestões indicadas no livro. Um adulto poderá<br />
ajudar os alunos a anotar as informações fornecidas pela pessoa entrevistada. O professor deverá<br />
reservar um tempo razoável para que a entrevista possa ocorrer de forma tranquila (de uma semana<br />
a 20 dias, por exemplo). Caso a pessoa a ser entrevistada more em outra cidade, o professor poderá<br />
sugerir, se for viável, que o aluno faça a entrevista pelo correio ou utilizando outros meios de comu-<br />
27
28<br />
nicação, como telefone, fax ou correio eletrônico.<br />
Os lugares de origem das pessoas.<br />
O aluno perceberá que a vida das pessoas é dinâmica e que a realidade das famílias está permeada<br />
por relações sociais, históricas e espaciais. O concreto que se manifesta na situação familiar atual é<br />
fruto de movimentos e transformações. Este estudo é um passo importante para, nos próximos anos,<br />
trabalhar com deslocamento de pessoas das áreas ru rais para as cidades ou outros tipos de migrações.<br />
E, ainda, privilegia a construção de no ções sobre o conceito de lugar, por meio da identifi cação da<br />
ligação que as pessoas têm com sua região, os seus deslocamentos e suas memórias.<br />
<strong>Atividade</strong> <strong>complementar</strong><br />
O estudo da história da família poderá ser ampliado e transformado em projeto. Para tanto, o<br />
professor deverá pedir aos alunos que levantem questões sobre o que gostariam de saber da história<br />
da família deles e registrar aquilo que for dito pelos alunos em um cartaz. Nesse estudo, depoimentos<br />
dos familiares e fotografi as são as principais fontes de in formação que o professor poderá explorar.<br />
Como produto fi nal do trabalho, os alunos poderão con feccionar um álbum de família, com fotografi<br />
as, desenhos e textos informativos sobre os parentes e suas histórias.<br />
As informações obtidas poderão ser organizadas cronologicamente, permitindo aos alunos compararem<br />
acontecimentos no tempo e espaço.<br />
Neste capítulo, os alunos estudarão a casa como lugar – conceito básico para a Geografi a –,<br />
Acervo da autora
Capítulo 3<br />
CONHECENDO A MORADIA<br />
considerando a relação entre diferentes grupos sociais e suas interações com a natureza, abordadas<br />
aqui por meio dos materiais que pessoas de diferentes lugares e épocas utilizaram para construir<br />
suas moradias. A conceitualização dessa relação é algo que os alunos construirão ao longo de sua<br />
es colaridade e do estudo da Geografi a. Nesta etapa, é importante que os alunos aprendam a observar<br />
e a descrever essa relação a partir de suas experiências de vida e das características do modo de ser,<br />
de viver e de trabalhar do seu grupo social e de outros grupos que eles são capazes de identifi car.<br />
O tema conhecendo a moradia permite também abordar a questão da precariedade de moradia,<br />
buscando discutir e refl etir sobre esses problemas em diferentes contextos sociais. Materiais e estilos arqui<br />
tetônicos fi carão em evidência, representando uma primeira aproximação dos alunos com o assunto.<br />
Encaminhamentos • Objetivos • <strong>Atividade</strong>s <strong>complementar</strong>es<br />
Para começar • páginas 62 a 64<br />
Encaminhamento: os alunos reconhecerão semelhanças e diferenças entre diversos tipos de moradia.<br />
O professor deverá chamar a atenção dos alunos para o lugar onde as casas retratadas se en contram<br />
e, com a ajuda de um atlas, pedir que localizem esses lugares no mapa político do Brasil.<br />
<strong>Atividade</strong> <strong>complementar</strong><br />
páginas 61 a 76<br />
É possível propor aos alunos que criem novas legendas para as foto grafi as das páginas 61 e 62<br />
ou, ainda, que pesquisem em revistas e jornais fotografi as de diferentes tipos de casa. As imagens<br />
coletadas pelos alunos poderão ser classifi cadas conforme critérios criados por eles (por exemplo:<br />
tipos de materiais de construção, técnicas utilizadas ou ainda localidade na qual se encontram – campo<br />
ou cidade).<br />
Nossa moradia, nosso abrigo • páginas 65 e 66<br />
Objetivos: reconhecer a função e a importância das moradias. Analisar semelhanças e diferenças<br />
entre elas.<br />
Encaminhamento: a ideia de moradia como abrigo é tema de refl exão deste item. Os alunos<br />
deverão ter a oportunidade de descrever a casa deles, compartilhando com os colegas parte de seu<br />
co tidiano. Uma apreciação dos desenhos produzidos por eles poderá ser feita. Os textos sobre as<br />
moradias dos alunos poderão ser lidos, juntamente com a contemplação dos desenhos.<br />
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<strong>Atividade</strong> <strong>complementar</strong><br />
No contexto do trabalho com este item, é possível organizar uma ex posição com os desenhos<br />
dos alunos sobre as suas moradias. Essa exposição poderá ser afixada em um mural fora da sala de<br />
aula, para que os alunos das outras turmas possam apreciá-la.<br />
A construção da moradia • páginas 66 a 70<br />
Objetivos: conhecer diferentes técnicas e estilos utilizados na construção de moradias. Identificar<br />
a origem dos materiais necessários nas construções e relacionar condições econômicas com as<br />
pos si bilidades de moradia. Desenvolver o espírito de cidadania, criticando as condições precárias de<br />
moradia e a falta de infraestrutura básica e de equipamentos em residências. Reconhecer a im portância<br />
de mo radias dignas para todos os seres humanos.<br />
Encaminhamento: as imagens poderão ser analisadas em sala de aula, com os alunos reunidos<br />
em duplas. As respostas formuladas por eles deverão ser debatidas coletivamente. Caso julgue necessário,<br />
os alunos poderão rever suas anotações e reformulá-las.<br />
materiais utilizados na construção de moradias<br />
O professor deverá perguntar aos alunos quais outros materiais eles conhecem que são utilizados<br />
na construção de casas e edifícios. Ao re lacionar os materiais retirados da natureza com os<br />
produtos industrializados, o aluno reconhecerá por meio dessas relações que a base material para as<br />
construções é a natureza e identificará pos sibilidades de interação com o meio ambiente. O professor<br />
deverá perguntar aos alunos qual tra balho teve de ser feito para que a madeira se transformasse em<br />
janela, sem esquecer que, além do trabalho de derrubada das árvores e corte da madeira, ela teve de<br />
ser transportada e vendida. A sua confecção também envolveu outras matérias-primas como pregos,<br />
tintas que tiveram de ser transformadas.<br />
Quando os alunos terminarem de responder às questões relacionadas aos diferentes tipos de materiais<br />
utilizados na construção de moradias, o professor deverá organizar uma discussão coletiva na<br />
qual a relação entre as pessoas e a natureza – no caso, associada à construção da moradia – fique em<br />
evidência. Pode-se ampliar a discussão perguntando de onde vêm os materiais identificados e propor<br />
uma pesquisa em outras fontes sobre essa pergunta.<br />
como as casas são construídas<br />
O aluno relacionará o desenvolvimento tecnológico com novas possibilidades de aproveitamento dos<br />
recursos naturais, materializados nas construções. O pro fessor deverá comparar as moradias quanto às<br />
técnicas de trabalho, aos instrumentos e às má qui nas utilizados nas construções. Por exemplo, as técnicas<br />
para construção de edifícios são mais so fisticadas do que para construção de uma moradia simples, pois<br />
envolvem a utilização de tra tores, es cavadeiras, guindastes etc. Ressaltar a ideia de que culturas diferentes<br />
são res ponsáveis por ex pres sões de estilos artísticos e arquitetônicos diferentes. A observação desses aspectos<br />
facilita a com preensão da diversidade cultural e dos modos de produzir diferentes espaços geográficos.<br />
As condições de vida influenciam na construção de moradias<br />
O aluno continuará a perceber como as condições socioeconômicas influenciam a vida das pessoas.<br />
Na comparação das desigualdades entre as moradias, o professor deve mostrar que as duas são
o abrigo e o aconchego das famílias que nelas habitam. O professor poderá conversar com os alunos<br />
sobre o desenvolvimento econômico e tec nológico de um país que não beneficia a todos os seus habitantes<br />
– na realidade exclui grande parte da população. Essa desigualdade se reflete nas moradias,<br />
nos materiais e nas técnicas utilizados nas construções.<br />
saiba mais - A favela<br />
O professor deverá mostrar que, muitas vezes, os moradores das favelas aproveitam materiais<br />
que outras pessoas dispensam ou jogam fora para construir suas moradias e seus abrigos com o que<br />
encontram e recolhem, reutilizando esses produtos. É importante que os alunos entendam que a localização<br />
das favelas em lugares distantes, em áreas que apresentam risco (como no caso dos morros) ou<br />
que estão sujeitas a enchentes não é uma opção, mas sim a única possibilidade que sobra para muitas<br />
pessoas. Mostrar a inexistência ou precariedade de equipamentos urbanos e de infraestrutura.<br />
Ao escreverem o texto sobre os problemas dos moradores da favela, o professor poderá fazer os<br />
alunos imaginar o dia a dia das crianças que moram na favela. Como fazem para ir para a escola e<br />
depois voltar para casa? Que dificuldades pode trazer a inexistência de água encanada, esgoto, luz<br />
elétrica, telefones públicos etc.? Vale ressaltar que esses problemas não são exclusivos das favelas. Em<br />
diversas cidades, alguns bairros não têm rede de esgoto, energia, ou telefonia pública, por exemplo.<br />
Recursos necessários para as boas condições de vida • páginas 70 a 72<br />
Objetivo: refletir sobre os recursos que proporcionam conforto, saúde e bem-estar à comunidade.<br />
Encaminhamento: nem todas as pessoas têm conforto mínimo em suas casas. Essa ideia deve<br />
ser discutida pelos alunos, de preferência com o apoio de notícias de jornal que tratem de problemas<br />
re la cio nados à moradia, tal como sugerem o texto e a imagem da página 71. As condições dos locais<br />
e do meio am biente onde vivem as pessoas têm muita influência na qualidade de vida. Um local situado<br />
perto de fon tes poluidoras, sem saneamento básico, certamente influirá na saúde das pessoas.<br />
Prin cipalmente nas cidades, onde se aglomeram muitas pessoas, boas condições de saneamento são<br />
es sen ciais e um direito da população. O professor deve desenvolver essa compreensão crítica da<br />
realidade e dos direitos do cidadão.<br />
As questões da página 71 poderão ser respondidas em casa. No retorno, o professor deverá conver<br />
sar com os alunos sobre a estrutura do lugar onde vivem, ou seja, sobre os serviços públicos que<br />
che gam até a casa deles e trazem maior conforto e segurança.<br />
será que todas as pessoas podem encontrar segurança e conforto em suas casas?<br />
O professor deverá chamar a atenção dos alunos para o fato de que o conforto de uma casa não<br />
depende apenas do seu tamanho ou do poder aquisitivo de seus moradores, mas também do local e<br />
da forma como ela é construída. O professor deverá alertar que o mais grave não é a perda de coisas<br />
materiais, mas os danos à saúde e até o risco de morte que a situação retratada pode oferecer. Mostrar<br />
também que a natureza tem suas leis de funcionamento, como: quando chove muito o rio enche e<br />
transborda. Mostrar também que geralmente as pessoas de baixa renda, não tendo outros lugares para<br />
se estabelecer, ocupam áreas de risco como beira de rios, morros e outros.<br />
A casa caiçara – a leitura do texto pode sucitar outro aspecto - a relação cultural que a moradia<br />
pode expressar. Destacar a relação espacial que existe na organização de uma aldeia indígena, o<br />
próximo assunto a ser trabalhado.<br />
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32<br />
Aldeias indígenas • páginas 73 e 74<br />
Objetivos: comparar as formas das aldeias indígenas com as formas de morar conhecidas dos alunos<br />
e chamar a atenção dos alunos sobre o modo como os povos indígenas projetam sua ocupação.<br />
Encaminhamento: o professor deve realizar a leitura compartilhada do texto e a observação das<br />
imagens. Em seguida, encaminhar uma conversa comparando as formas das aldeias com as formas de<br />
morar conhecidas dos alunos. Nesta comparação, a intenção é chamar a atenção dos alunos sobre o<br />
modo como os povos indígenas projetam sua ocupação. Para isso, o professor pode iniciar por questões<br />
sobre as semelhanças e diferenças: Como é a forma da distribuição espacial das construções indígenas<br />
exemplificadas no livro? Há em nossa organização formas circulares de moradia? Quais as semelhanças<br />
e diferenças em relação ao nosso modo de organizar nossas moradias? Qual explicação é apresentada<br />
no texto para a forma em U?<br />
Partindo das respostas a estas perguntas, os alunos podem estabelecer as semelhanças e diferenças<br />
entre os povos quanto a organização das moradias. O professor pode explicar que a construção e organização<br />
de uma aldeia indígena varia conforme os costumes de cada etnia. Pode acrescentar outros exemplos,<br />
tais como os Yanomami (do norte da região amazônica), que levantam uma única e gigantesca casa<br />
onde moram juntos todos os habitantes da aldeia. Outros, como os Wajãpi (do Amapá) e os Rikbaktsa<br />
(do Mato Grosso) preferem casas menores, onde vivem apenas uma ou duas famílias, e estabelecem<br />
essas casas distantes umas das outras, reunindo-se aos outros índios de seu grupo apenas em ocasiões<br />
específicas. Alguns grupos indígenas da região central do Brasil, principalmente os que falam línguas do<br />
tronco linguístico Jê, constroem suas casas formando um círculo. As casas permanecem na periferia da<br />
aldeia, limitando a circunferência, e o centro do círculo transforma-se em um local público. Quando os<br />
índios Kayapó (do Mato Grosso e Pará) iniciam a construção de uma dessas aldeias circulares, marcam<br />
o centro do círculo com um maracá, para então iniciar a construção das casas em volta dele.<br />
O professor pode colocar na lousa essas informações e sugerir que os alunos criem desenhos de<br />
como imaginam esses modos de morar indígena. Na sequência, comparar e comentar que, apesar dos<br />
homens, no seu conjunto, terem criado diferentes formas diferentes de morar, cada povo desenvolveu<br />
suas tendências próprias.<br />
<strong>Atividade</strong> <strong>complementar</strong><br />
A partir desta discussão sobre as diferenças no modo de morar indígena, o professor pode sugerir<br />
uma apreciação do mapa de terras indígenas do Brasil com base no mapa presente no atlas escolar.<br />
Ao examinarem o mapa, o professor pode levantar outras questões como: Onde vivem os povos indígenas<br />
no Brasil hoje? A partir desta pergunta, o professor pode orientar uma pesquisa sobre o modo<br />
de morar de alguns povos dos cerrados, como os Kayapó e os Rikbaktsa e outros da Amazônia como<br />
os Surui de Rondônia, ou Assurini no Pará. O objetivo é aprofundar um pouco mais a pesquisa sobre<br />
a cultura indígena pelo estudo da organização da moradia.<br />
As casas também têm história • páginas 75 e 76<br />
Objetivos: perceber que as construções antigas fazem parte da história dos lugares; comparar<br />
mo radias antigas com as atuais.<br />
Encaminhamento: o professor deverá conversar com os alunos sobre as construções antigas<br />
do bairro ou da cidade, se possível com o apoio de textos e imagens. Caso não disponha dessas in-
formações, po derá transmitir aos alunos a história de construções históricas importantes de várias<br />
par tes do Brasil, por exemplo, o Pelourinho, em Salvador.<br />
Pesquisa - descobrindo construções antigas<br />
O professor deverá chamar a atenção sobre as semelhanças e diferenças que existem entre as<br />
construções antigas e atuais, explorando as imagens desse item.<br />
<strong>Atividade</strong> <strong>complementar</strong><br />
É interessante organizar um pequeno álbum sobre importantes cons truções históricas, tombadas<br />
pelo patrimônio histórico, a ser elaborado durante um projeto de estudo rela cio nado ao tema. O professor<br />
poderá dividir a turma em grupos e propor que cada um pesquise infor ma ções sobre algumas<br />
construções (selecionadas previamente pelo próprio pro fessor, conforme os mate riais que estiverem<br />
disponíveis). Aspectos rela ciona dos à época em que foram feitas as cons truções estu dadas, aos mate riais<br />
com os quais elas foram construídas, ao estilo da cons trução e à função que elas tinham inicial mente<br />
poderão ser abordados pelos alunos. É im por tante ressaltar que o professor deverá orientar os alunos<br />
na consulta às fontes, aju dando-os a lo ca lizar e obter informações.<br />
Studio Cortez<br />
33
34<br />
Capítulo 4<br />
CONHECENDO A ESCOLA<br />
páginas 77 a 92<br />
Este capítulo aborda temáticas relacionadas ao convívio escolar. Conhecer a localização e a<br />
estrutura da escola e saber como agir no dia-a-dia para preservar os materiais e espaços co muns são<br />
os objetivos centrais de aprendizagem.<br />
Vale a pena ressaltar que a escola representa o primeiro espaço público no qual as crianças aprendem<br />
a conviver, mediadas por regras que visam o bem-estar coletivo. O professor poderá optar por<br />
trabalhar este capítulo no início do ano letivo, visando favorecer a adaptação dos alu nos ao espaço<br />
e ao convívio escolares.<br />
Conteúdos específi cos da área de Geografi a são aqui trabalhados de forma contextualizada. O<br />
tema “escola” permite que conteúdos relacionados à linguagem cartográfi ca sejam abordados de forma<br />
signifi cativa para os alunos. Assim, os alunos aprenderão a representar o espaço físico da escola com o<br />
objetivo de comunicar a localização de suas dependências para as pessoas que não o conhecem.<br />
Encaminhamentos • Objetivos • <strong>Atividade</strong>s <strong>complementar</strong>es<br />
Para começar • página 78<br />
Encaminhamento: ler o texto com os alunos e discutir sobre a escola. Qual será a opinião dos<br />
alu nos sobre ela? Do que mais gostam? O que mudariam? Perguntas como essas poderão ser feitas<br />
à turma. Registre as respostas na lousa.<br />
Diferentes tipos de escola • páginas 79 e 80<br />
Objetivos: reconhecer semelhanças e diferenças entre diversos tipos de escola (rural e urbana,<br />
grande e pequena, com ou sem recursos públicos ou privados etc.).<br />
Encaminhamento: analisar as fotografi as de salas de aula e de escolas das páginas 79 e 80,<br />
conforme as questões formuladas no texto. O professor deverá garantir que os alunos leiam e compreendam<br />
os textos das legendas, nos quais há indicações sobre o local onde estão situadas as escolas<br />
retratadas. A análise poderá ser feita com os alunos reunidos em duplas.<br />
Como é sua escola? • página 81<br />
O passeio pela escola deverá ser realizado de forma descontraída, com o professor indicando aos<br />
alunos os principais lugares (secretaria, banheiros etc.) e questionando os alunos sobre esta localização:<br />
perto do que é... ao lado direito ou esquerdo de... etc. É interessante apresentá-los às pessoas que<br />
trabalham nesses locais para que eles possam, posteriormente, entrar em contato com elas com mais<br />
segurança e autonomia. Após o passeio, o professor poderá con vidar um funcionário da se cretaria para<br />
ser entrevistado pelos alunos, com o objetivo de fornecer informações que os ajudem a res ponder ao<br />
questionário da página 81. As respostas poderão ser ela boradas, individualmente, ou em pequenos grupos.
O desenho da escola poderá ser feito em sala de aula. Quando os alunos tiverem terminado, o<br />
pro fessor deverá pedir que eles conversem sobre os locais da escola que desenharam. O professor<br />
deverá tratar de forma franca e aberta a questão relativa à desigualdade material que existe entre as<br />
escolas, permitindo que os alunos formulem suas próprias explicações sobre o assunto. Dependendo<br />
das condições e maturidade da turma, os alunos podem agendar uma conversa com a direção da<br />
escola, para conversar sobre as questões que discutiram.<br />
Onde fica sua escola? • páginas 82 a 87<br />
Objetivos: conhecer o espaço da escola, sua estrutura e localização. Espacializar movimentos<br />
de casa para a es cola e vice-versa. Desenvolver noções de vizinhança, de espaço exterior e de referenciais<br />
de localização.<br />
Encaminhamento: o professor poderá aproveitar a ilustração e perguntar aos alunos se a escola<br />
que ali aparece fica na cidade ou no campo. Em seguida, colocar em prática a atividade de re presentação<br />
da es cola e de seu entorno, seguindo o encaminhamento sugerido. O professor po derá fa -<br />
zer um passeio com os alunos, para que adquiram noções de inclusão da escola num es paço maior<br />
(o quarteirão), no ções de vizinhança e de continuidade (o espaço continua além da es cola e forma<br />
um todo) necessárias para o primeiro trabalho de representação espacial. Se o pas seio não puder ser<br />
realizado, o professor deverá pedir que os alunos se recordem dos nomes das ruas e dos lugares próximos<br />
à escola. Poderá também trazer para a sala de aula um guia de ruas, assim os alunos poderão<br />
pesquisar informações adicionais.<br />
O aluno ampliará suas noções espaciais passando da análise de ambientes fechados (noção de<br />
interioridade), como a casa e a sala de aula, para ambientes externos (noções de exterioridade).<br />
O professor poderá trabalhar as relações de proximidade tomando como referência o próprio<br />
corpo do aluno: o que ou quem está perto? o que ou quem está distante? A partir daí, descentralizar<br />
a análise pa ra um objeto exterior: o que está mais perto da sala de aula: o pátio ou a cantina? O que<br />
está mais perto do pátio: a sala de aula ou a secretaria?<br />
A criança começará a identificar os primeiros referenciais de localização e a reconhecer construções<br />
sig nificativas no caminho da escola para a casa. Esses pontos referenciais reforçam a ideia<br />
de exte rio ridade, importante para desenvolver noções espaciais. Um objeto situado exte riormente a<br />
outro man tém relações espaciais com o primeiro e vice-versa.<br />
representando um trajeto<br />
Os alunos representarão um trajeto conhecido, que fazem diariamente e que já faz parte do seu<br />
cotidiano. Agora observarão atentamente o trajeto e desvendarão significados que, até então, não<br />
conseguiam ver. Os alunos terão de decidir sobre os pontos de referência mais significativos para<br />
eles. O professor poderá perguntar o motivo pelo qual escolheram aquela construção e não a outra,<br />
ou aquele ponto e não o outro. Pedir para os alunos observarem se no trajeto existem construções<br />
antigas, áreas verdes, praças, igrejas etc.<br />
O desenvolvimento da linguagem simbólica, proposto na página 86, permitirá ao aluno aprofundar<br />
o trabalho com as representações gráficas, exercitando a abstração ao relacionar sím bolos ao<br />
espaço real.<br />
Para a análise dos pontos de referência mais próximos e mais distantes (página 87), se o aluno<br />
escolheu a escola como ponto de partida, o professor poderá depois inverter e perguntar: E da sua<br />
casa, qual é o ponto de referência mais próximo e o mais distante? Dessa forma, o aluno apro fun dará<br />
35
36<br />
as noções de descentralização, assumindo a postura de observador do espaço e ana lisando a posição e<br />
a perspectiva dos objetos com relação a outros pontos de referência; então, concluirá que, dependendo<br />
do ponto de referência, o que está perto da escola estará distante da casa e vice-versa. O professor<br />
também poderá trabalhar a ordem dos referenciais: indo da escola para casa, em qual dos pontos o<br />
aluno passa em primeiro lugar, em segundo etc., depois inverter.<br />
A seguir, sugerimos alguns critérios para análise dos desenhos de projeto. Avalie os conteúdos<br />
dos desenhos em relação a conteúdos da alfabetização cartográfica.<br />
Localização<br />
♦ Avalie como os alunos desenham o caminho de casa para a escola, por exemplo.<br />
Como posicionam a casa em relação à rua? No mapa, os elementos se<br />
relacionam com base nas coordenadas geográficas – latitude e longitude.<br />
♦ Utilize o próprio desenho da criança como um instrumento de ensino. Faça<br />
perguntas do tipo: o que há à direita ou à esquerda da sua casa? Se ela já tem<br />
essas noções, é possível falar dos pontos cardeais – norte, sul, leste e oeste.<br />
♦ Peça que a criança observe novamente o local retratado e repita o mesmo<br />
desenho, completando as informações que ficaram faltando.<br />
Proporção ou escala<br />
♦ Verifique se existe proporção entre os elementos representados pelo aluno e<br />
entre estes e os reais. Se o desenho for de uma rua, por exemplo, os carros são<br />
menores que uma casa? No mapa, apesar de as localidades estarem reduzidas,<br />
há proporção entre os elementos.<br />
♦ Para que a criança perceba a proporção de tamanho entre os diferentes elementos<br />
que a cercam, sugira que utilize palmos ou passos como unidade de<br />
medida. Qual o tamanho de um quarteirão ou de um carro? Ao medir ambos<br />
com os passos, ela terá noção do tamanho a ser dado no desenho.
Projeção ou perspectiva<br />
♦ Analise de qual ponto de vista as casas foram desenhadas. De frente? Do alto?<br />
No mapa, são usadas projeções cartográficas – metodologia que representa a<br />
superfície da Terra, sempre de cima.<br />
♦ Faça perguntas ao aluno para estimulá-lo a perceber quais elementos estão<br />
mais à frente ou mais longe. No início do Ensino Fundamental, a garotada<br />
não consegue desenhar em perspectiva.<br />
simbologia<br />
♦ Avalie se a criança tem habilidade para estabelecer em seus desenhos traços<br />
que representam elementos que ela observa a sua volta. No mapa, há uma<br />
série de convenções para indicar como representar rios, estradas, cidades etc.<br />
♦ Os alunos costumam fazer desenhos parecidos. Por exemplo, casas com um<br />
triângulo sobre um retângulo. Induza-os a prestar atenção nas construções da<br />
rua onde moram. Com o tempo, eles percebem que elas não são todas iguais:<br />
umas são maiores, outras menores; e o número de janelas também é diferente.<br />
37
38<br />
Leitura dos arredores<br />
Um carro ou uma rua com casas. Qualquer desenho pode apresentar recursos suficientes<br />
para que você entenda como seu aluno está representando o mundo. Se ele faz um carrinho<br />
enorme em uma rua pequena ou uma igreja menor do que uma casa, é sinal de que ainda não<br />
tem noção de proporção.<br />
Muitos professores pedem que os estudantes retratem a rua onde moram ou o trajeto de casa<br />
à escola. "Esse material só tem valor se for analisado com critério e se servir, depois, para a<br />
introdução de novos conceitos", enfatiza a professora de Geografia, Maria Inez Moura Fazzini<br />
Biondi, de Ilhabela, São Paulo. Ela usou durante mais de 15 anos os desenhos de seus alunos<br />
com essa preocupação. E, defendeu dissertação de mestrado sobre o tema na Universidade de<br />
São Paulo. Os desenhos acima fazem parte de seu trabalho.<br />
Maria Inez passeava com os alunos pelos arredores da Escola Estadual Prefeito Leonardo<br />
Reale sugerindo várias possibilidades de representação gráfica. "Num primeiro momento, a garotada<br />
retratava a paisagem vista", acrescentaram em seus trabalhos imagens que não faziam<br />
parte das paisagens locais."<br />
Disponível em: .<br />
Acesso em: 07 jun. 2008<br />
Viver e aprender na escola • páginas 88 a 92<br />
Objetivos: promover interações sociais por meio do convívio escolar e da troca de experiências<br />
entre alu nos da escola; perceber-se como parte integrante da escola; desenvolver atitudes de responsa<br />
bilidade e de respeito em relação ao ambiente que os cerca e atuar positivamente neste ambiente;<br />
de senvolver a noção de tempo vivido e adquirir capacidade de organizar-se e estruturar o tempo.<br />
Encaminhamento: conhecer os alunos das outras turmas, ouvir a experiência dos alunos mais<br />
velhos e reconhecer diferenças e semelhanças entre o trabalho de um ano e de outro são fatores que<br />
auxiliam o aluno a se integrar na escola e a reconhecê-la como uma comunidade. Por isso, foi proposta<br />
a reali zação de uma entrevista com alunos de outras turmas. Para fazê-la, o professor de verá ler o texto<br />
com os alunos e discutir o roteiro de entrevista proposto. Caso os alunos tenham ou tras questões, o<br />
roteiro poderá ser ampliado. No dia da entrevista, professor e alunos deverão com binar quem fará as<br />
perguntas e quem anotará as respostas. Ao final da entrevista, o professor deverá incentivar os alunos<br />
a comentar as informações que obtiveram.<br />
<strong>Atividade</strong> <strong>complementar</strong><br />
Caso julgue adequado, o professor poderá convidar mais de uma criança de outra turma para ser<br />
entrevistada. Assim sendo, os alunos terão condições de comparar experiências e opiniões de várias<br />
pessoas. Opcionalmente, a entrevista poderá ser realizada por meio de carta, como su gere a dica dada<br />
no livro. Neste caso, os alunos terão a oportunidade de tra ba lhar com dois tipos de texto: questionário de<br />
entrevista e carta, ampliando a interface do trabalho de Geografia com a área de Língua Portuguesa.
cuidados com a escola<br />
É fundamental que os alunos aprendam a importância da conservação e preservação de ambientes<br />
próximos (como a escola e o bairro) e de ambientes distantes (a Floresta Ama zônica, por exemplo).<br />
Para tanto, é preciso que eles saibam agir em seu dia a dia de forma a conservar e preservar os ambientes<br />
nos quais se encontram inseridos. Afinal, qual é a escola que não sofre com o descaso e a sujeira<br />
produzida por seus alunos? Daí a sugestão de discutir com os alunos os cuidados que eles podem<br />
ter diariamente com a escola. Eles podem começar com um levantamento dos problemas da escola.<br />
Ao discutir responsabilidades sobre os cuidados com a escola, os alunos se envolvem com o<br />
compromisso de tornar o ambiente cada vez melhor. É importante que eles entendam que o bom<br />
funcionamento do coletivo depende das contribuições individuais. O professor deverá alertar que<br />
quando alguém cumpre suas responsabilidades pode solicitar o mesmo dos colegas.<br />
<strong>Atividade</strong> <strong>complementar</strong><br />
A campanha sobre os cuidados que os alunos podem ter para a con servação e preservação dos<br />
materiais coletivos e dos espaços comuns da escola poderá ser transformada em um projeto, no qual<br />
os alunos terão de pesquisar sobre os principais problemas que o ambiente escolar sofre em razão<br />
da ação irrefletida de alunos, funcionários e familiares, e indicar as soluções que en con tra rem para<br />
resolver esses problemas. A manutenção da limpeza, a conservação dos materiais comuns e a coleta<br />
do lixo produzido na sala de aula e nos espaços coletivos são temas interessantes para se dis cutir. Com<br />
isso, os alunos estarão aprendendo a desenvolver uma atitude mais propositiva diante das questões<br />
ambientais. Folhetos e cartazes poderão ser produzidos.<br />
hora de estudar, hora de brincar<br />
O espaço vivido está vinculado ao tempo vivido. A escola é um bom exemplo de como as duas<br />
noções se entrelaçam. Por meio da percepção imediata de seu cotidiano escolar, o aluno irá desenvolver<br />
noções de organização do tempo em um espaço e reconhecer a sucessão nas atividades que<br />
desenvolve. Desenvolverá, assim, noções do tempo obje tivo, que pode ser medido, como a semana e<br />
o dia. Com base no quadro com o horário semanal, o professor poderá de senvolver noções de antes e<br />
depois. Poderá trabalhar também com Língua Portuguesa: tomando o re creio como referência, falar<br />
do tempo do verbo passado (o que você fez?), do presente (o que você es tá fazendo?) e do futuro (o<br />
que você fará?).<br />
A estruturação de atividades que possam ser feitas no horário de estudar e de brincar devem<br />
também ser analisadas dentro de uma perspectiva temporal: O que seria melhor fazer antes e depois?<br />
Qual atividade demora mais e qual demora menos para ser feita?<br />
<strong>Atividade</strong> <strong>complementar</strong><br />
Escrever a rotina do dia na lousa é uma outra forma de ajudar os alunos a construir importantes<br />
noções de temporalidade. Esse procedimento também favorece uma atitude de maior autonomia por<br />
parte dos alunos, pois, uma vez que podem prever quais atividades serão fei tas e quando acontecerão,<br />
eles poderão gradualmente se organizar para realizá-las.<br />
39
40<br />
INDICAÇÃO DE LEITURAS COMPLEMENTARES PARA OS ALUNOS<br />
Para compor a biblioteca da classe, ou até mesmo a biblioteca da escola, sugerimos al-<br />
gumas obras que tratam de temas relacionados à Geografi a. Porém, os alunos vão precisar de<br />
ajuda para ler as obras indicadas, o que poderá ser feito pelo professor ou por um outro adulto<br />
da escola ou da família. O con tato com modelos de texto de qualidade é fundamental para a<br />
aprendizagem e o aperfeiçoamento da língua escrita e também para o aprendizado de procedimentos<br />
relacionados à busca e à seleção de in for mações em fontes escritas, fundamentais<br />
no processo de aprendizagem da Geografi a.<br />
A arte de brincar<br />
Adriana Friedmann, Página Aberta Ltda.<br />
Esse livro é uma coletânea de jo gos, brincadeiras e adivinhas brasileiras. A<br />
autora, além de ensinar a jogar, tem o cuidado de indicar as origens e as variações<br />
regionais de algumas das brincadeiras mais populares.<br />
A nave espacial Noé<br />
Tereza Galloti Florenzano, Oficina de Textos.<br />
Trata-se de uma versão contemporânea da popular história bíblica da arca de<br />
Noé. É um livro para encantar o público infanto-juvenil com o instigante enredo da<br />
viagem de Pedrinho pelo espaço, na fuga da Terra em chamas: desastre causado pela<br />
própria humanidade. Ao mesmo tempo, A nave espacial Noé fala de importantes<br />
conceitos de Geografia, Ciências e Educação Ambiental. Misturando desenhos,<br />
fotografias, imagens de satélites e imagens de radar, além de entreter, familiariza<br />
o pequeno leitor com o sensoriamento remoto e imagens de satélite divulgadas<br />
diariamente na mídia.<br />
Brincadeiras<br />
Célia Catunda e Kiko Mistrorigo, Ática.<br />
Dois volumes que apresentam situações que contemplam as noções de posição,<br />
orientação, proporção, direção e plano, entre outras.
Coleção Reciclar<br />
Veronica Bonar, Scipione.<br />
Trata da reciclagem, por meio de textos informativos e sugestões de atividades,<br />
em seis volumes, que enfocam a reutilização do vidro, do papel, do metal, do plástico,<br />
da madeira e dos alimentos.<br />
Coleção Retratos de Família<br />
Rosaly Chianca e Leonardo Chianca, Ática.<br />
Fazem parte desta coleção os livros: Uma viagem para o campo, Um dia no mar, A<br />
cidade e o trabalho do meu pai, Todo dia deveria ser dia das crianças e O aniversário<br />
da vovó. Conhecendo o dia a dia da simpática família Sousa, é possível aprender<br />
muito sobre Geografia, História, profissões, transportes, trabalho e consumo.<br />
Coleção Todo o Mundo<br />
Cristina Von, Callis.<br />
Os pequenos livros dessa coleção revelam o mo do de ser e de viver de crianças de<br />
várias partes do mundo por meio de textos literários simples, que poderão ser lidos<br />
pelos próprios alunos.<br />
Crianças como você<br />
Produzido pela Unicef e publicado no Brasil pela Ática.<br />
Trata-se de uma obra que apresenta o modo de ser e de viver de crianças de<br />
diferentes partes do mundo, pertencentes a diversos grupos sociais.<br />
De hora em hora<br />
Ruth Rocha, Quinteto.<br />
Nesse livro, um garoto chamado Marcelo mostra o seu dia a dia, e o aluno vai<br />
descobrir que agenda agitada este garoto tem! Ao mesmo tempo descobrirá que<br />
podemos encontrar tempo para tudo, basta saber se organizar.<br />
41
42<br />
Diversidade<br />
Tatiana Belinky, Quinteto.<br />
Neste livro, a autora trata das diferenças entre as pessoas: físicas, de comportamento<br />
etc. e nos ensina o quanto é importante respeitar as nossas dife renças e as diferenças<br />
dos demais.<br />
Histórias de avô e avó<br />
Arthur Nestrovski, Companhia das Letrinhas.<br />
Biografia e lembranças do autor sobre seus avós. São crônicas que podem ser lidas<br />
em sala de aula ou em casa.<br />
Jack Brodóski no coração da Amazônia<br />
Flavio de Souza, Companhia das Letrinhas.<br />
Este é o primeiro livro das aventuras de Jack Brodóski, um garoto que vira o<br />
planeta Terra pelo avesso. A mãe de Jack é cantora de ópera. O pai é cozinheiro. Seus<br />
avós maternos moram num barco que viaja por todos os mares do mundo. Seu guia<br />
intelectual é o professor Almendra, um geógrafo. E Jack tem esse nome em homenagem<br />
ao escritor preferido de sua mãe: o célebre Jack London, que, como aprendemos no<br />
livro, antes de escrever suas emocionantes aventuras, foi marinheiro, mineiro, pescador<br />
e jornalista. Na companhia desse personagem inteligente, divertido e curioso, você<br />
viajará ao coração da Amazônia para resolver um mistério digno dos melhores detetives<br />
e para conhecer de perto esta que é uma das regiões geográficas mais ricas da Terra.<br />
Matilda<br />
Roald Dahl, Martins Fontes.<br />
Livro literário que descreve a vida de uma menina e sua relação com os pais, os<br />
irmãos, a professora e os colegas da escola. O livro foi adaptado para o cinema, e o<br />
professor poderá lê-lo com os alunos e depois assistir ao filme.
Menino brinca de boneca?<br />
Marcos Ribeiro, Salamandra.<br />
O autor vai tra balhar com algo contra o qual todos nós devemos lutar para<br />
exterminar: o preconceito. Pre conceito é uma ideia apressada, geralmente errada, que<br />
podemos formular sobre as coisas e as pes soas, magoando-as e ferindo seus direitos.<br />
Nas ruas do Brás<br />
Drauzio Varella, Companhia das Letrinhas.<br />
Histórias da infância do autor no bairro do Brás em São Paulo. Fala de aspectos<br />
da cultura italiana e da história de um bairro emblemático da cidade.<br />
O bairro de Marcelo<br />
Ruth Rocha, Salamandra.<br />
Nesse livro, junto com o garoto Marcelo, você vai descobrir o quanto pode ser<br />
divertido passear pelo bairro e descobrir o que é que ele tem.<br />
O barulho do tempo<br />
Vivina de Assis Viana, FTD.<br />
Esse livro nos ensina a entender como ocor re a passagem do tempo e a perceber<br />
que, apesar de o tempo ser o mesmo, nós podemos sentir sua passagem de formas<br />
muito diferentes.<br />
O império da Amazônia<br />
Pedro Cavalcanti, Companhia das Letrinhas.<br />
Neste livro, o autor fala de uma civilização que, para muitos, deixou de existir. Mas, ao<br />
narrar a história, Pedro Cavalcanti deixa a dúvida no ar: será que os maias deixaram de existir?<br />
Sem qualquer contato com a nossa civilização, teriam persistido em sua brilhante tradição<br />
de arquitetos e astrônomos, bem como em seus estranhos ritos de sacrifícios humanos? São<br />
essas perguntas curiosas que o livro procura responder ensinando como é a floresta.<br />
43
44<br />
O menino maluquinho<br />
Ziraldo, Melhoramentos.<br />
Livro literário muito apreciado pelas crianças dessa faixa etária. O livro foi<br />
adaptado para o cinema, e o professor poderá lê-lo com os alunos e depois assistir ao<br />
filme.<br />
Os Direitos da Criança<br />
Lenice B. Silva, Ática.<br />
Por meio de uma série de ilustrações e de um texto bem agradável, é possível<br />
aprender sobre os direitos da criança e descobrir que toda criança tem direito de se<br />
alimentar para ser saudável.<br />
Rios arrasadores<br />
Anita Ganeri, Melhoramentos (Saber Horrível).<br />
A coleção “Saber Horrível” é uma coleção de livros ilustrados criada para fazer as<br />
crianças se interessarem por História, Geografia, Ciências e outras matérias escolares.<br />
O livro convida a uma aventura pelo universo dos rios arrasadores. Descreve os<br />
fenômenos hidrológicos de forma divertida e curiosa. Há, por exemplo, um diário<br />
secreto de um destemido aventureiro e suas explorações fluviais que, de forma bem-<br />
-humorada, descreve fenômenos observados por pesquisadores.<br />
Serafina e a criança que trabalha<br />
Cristina Porto e outros, Ática.<br />
Os autores utilizam material jornalístico para escrever um texto literário que<br />
apresenta histórias que retratam o cotidiano da criança trabalhadora.<br />
Tempo ruim<br />
Anita Ganeri, Melhoramentos (Saber Horrível).<br />
O livro Tempo ruim trata, de maneira agradável, assuntos considerados chatos
como: Física, Química, História, Geografia, Artes, entre outros. Contém diversas<br />
informações essenciais e interessantes, além de ilustrações bem-humoradas, que<br />
ajudam a ensinar de forma dinâmica, divertida e horripilante, tornando o saber mais<br />
atraente para os jovens.<br />
Tudo que você queria saber sobre as plantas<br />
Sueli Ângelo Furlan, Oficina de Textos.<br />
Por meio de textos, fotografias e ilustrações apresenta a história de plantas<br />
que fazem parte de nosso dia a dia, que viajaram bastante até chegar aqui e que<br />
começaram a ser usadas pelo homem há muitos anos. Esclarece o que são plantas<br />
exóticas e nativas; plantas endêmicas e plantas sob risco de extinção.<br />
Viagens para lugares que eu nunca fui<br />
Arthur Netrovski, Companhia das Letrinhas.<br />
O livro conta uma viagem diferente. Estamos acostumados a nos deslocar para<br />
estudar ou a lazer. Quando viajamos, vamos a outra cidade, onde tudo é diferente e<br />
estranho. Neste livro, o autor explora a ideia de uma viagem imaginária, criando um<br />
caderno de viagens. Com muita poesia, ele descreve lugares como Sevilha, Marrakesh,<br />
Itapuã, Bessarábia, o Parque Kruger, na África, Bali, Gorgonzola, Machu Picchu, São<br />
Francisco, Darjeeling, Kyoto, a Ilha de Páscoa, o Rio Negro, as Montanhas Celestes<br />
chinesas, Alexandria e o bairro paulista do Cambuci. Nas palavras do próprio autor,<br />
“para a gente viajar, não precisa muito: só a vontade, só um pouco de tempo. Basta<br />
abrir os olhos, basta fechar os olhos, basta abrir um livro, depois fechar”.<br />
Studio Cortez<br />
45
46<br />
INDICAÇÃO DE LEITURAS COMPLEMENTARES PARA O PROFESSOR<br />
BOSI, Ecléa. Memória e sociedade: Lembranças de velhos. 4. ed. São Paulo: Cia. das Letras, 1995.<br />
CARVALHO, Aloma Fernandes de. Jovens em Ação!: Ações para melhorar o ambiente e a<br />
quali dade de vida nas cidades. São Paulo: Melhoramentos, 2000.<br />
CORNELL, Joseph. Brincar e aprender com a natureza: guia de atividades infantis para pais<br />
e monitores. São Paulo: Melhoramentos, 1996.<br />
CUNHA, Nylse Helena Silva. Papel do brinquedo na estimulação do desenvolvimento infantil.<br />
São Paulo: Maltese.<br />
MURGEL BRANCO, Samuel. O ambiente da nossa casa. São Paulo: Moderna, 1999.<br />
(Viramundo).<br />
PARAIRE, Philippe & COLLIN, Marie-Marthe. O meio ambiente para as crianças: respostas a<br />
pequenas curiosidades. São Paulo: Scipione, 1990.<br />
RODRIGUES, Rosicler Martins. Cidades brasileiras: o passado e o presente. São Paulo: Moderna,<br />
1995. (Desafios).<br />
SIMIELLI, Maria Helena. Coleção Primeiros Mapas. São Paulo: Ática.<br />
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