patrícia susana pinho castanheira liderança e gestão das escolas ...
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Enquadramentos organizacionais<br />
Tabela 1 – Escolas de Pensamento Organizacional segundo Gordon – adaptado a partir de Gordon (1993: 15)<br />
Escola Década Perspectiva Descrição<br />
Teoria<br />
organizacional<br />
anterior a 1900<br />
Gestão<br />
Científica<br />
Antes de<br />
1900<br />
Estrutural Enfatizava a divisão do trabalho e a importância da<br />
maquinaria para facilitar o desempenho <strong>das</strong> tarefas<br />
1910 Estrutural Descrevia a <strong>gestão</strong> como uma ciência; os empregados<br />
tinham responsabilidades específicas e diferentes;<br />
encorajava a selecção científica, o treino e a igual divisão e<br />
trabalho entre os empregados e os administradores<br />
Escola Clássica 1920 Estrutural Listava os deveres do gestor como sendo planear, organizar,<br />
dirigir os empregados, coordenar as actividades e controlar<br />
o desempenho; os seus princípios básicos defendiam a<br />
especialização de tarefas, a unidade de comando, uma<br />
cadeia de comando e a coordenação de actividades<br />
Burocracia 1920 Estrutural Enfatizava a ordem, o sistema, a racionalidade, a<br />
uniformidade e a consistência na <strong>gestão</strong>; estes atributos<br />
levariam a tratamento igual de todos os empregados por<br />
parte dos administradores<br />
Relações<br />
Humanas<br />
1920 Comportamental Focava a importância <strong>das</strong> atitudes e sentimentos dos<br />
trabalhadores; as regras e normas informais influenciavam o<br />
desempenho<br />
1930 Estrutural Colocava de novo a ênfase nos princípios da escola clássica<br />
acima descritos<br />
1940 Comportamental Encorajava a participação individual na tomada de decisão;<br />
notava o impacto do grupo de trabalho no desempenho<br />
Nova Escola<br />
Clássica<br />
Dinâmica de<br />
Grupo<br />
Liderança 1950 Comportamental Reforçava a importância de os grupos terem tanto líderes<br />
sociais, como líderes de tarefas; distingue entre a Teoria X e<br />
a Teoria Y na <strong>gestão</strong><br />
Tomada de 1950 Comportamental Sugeria que os indivíduos se sentiam satisfeitos ao tomar<br />
Decisão<br />
decisões<br />
Escola<br />
1960 Integrativa Pretendia tomar em consideração a tecnologia e os grupos<br />
Sociotécnica<br />
de trabalho quando se tentava interpretar um sistema de<br />
trabalho<br />
Teoria dos 1960 Integrativa Representava a organização como um sistema aberto com<br />
Sistemas<br />
inputs, transformações, outputs, e feedback; os sistemas<br />
procurariam equilíbrio e equifinalidade de experiências<br />
Teoria da 1980 Integrativa Enfatizava o ajuste entre os processos organizacionais e as<br />
Contingência<br />
características da situação; pretendia ajustar a estrutura da<br />
organização às diversas contingências<br />
Contudo, muitos outros autores se dedicaram a construir tipologias sistematizadoras do<br />
desenvolvimento teórico ocorrido na área. Autores como Pfeffer, entendem que to<strong>das</strong> as<br />
teorias sobre as organizações são, na sua essência, políticas dado que tomam como<br />
garantidos alguns pressupostos e uma visão particular do mundo, defendendo-os e<br />
procurando, em última instância, o seu estabelecimento como doutrinas (1981: 11). Pfeffer<br />
divide as teorias sobre as organizações em teorias racionais, teorias burocráticas, modelos<br />
de tomada de decisão, anarquias organiza<strong>das</strong> e teorias políticas. Meyer, por seu turno,<br />
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