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patrícia susana pinho castanheira liderança e gestão das escolas ...

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Enquadramentos organizacionais<br />

Em meados do século XX, surge uma nova forma de conceptualizar as relações entre as<br />

organizações e o meio em que se inserem. Deste modo, assumiu-se que a incerteza e<br />

instabilidade do meio científico, tecnológico, económico e comercial desempenham um<br />

papel crucial na estruturação <strong>das</strong> organizações. Os precursores desta teoria – apelidada de<br />

teoria da contingência – são Lawrence e Lorsch, os quais vão, a partir de 1967, desenvolver a<br />

noção de que as estruturas organizacionais se adaptam, através da diferenciação de<br />

comportamento e de funcionamento e através de um processo de integração de esforços,<br />

de modo a responder às exigências do ambiente (Lawrence & Lorsch, 1969: 9). As vantagens<br />

deste tipo de abordagem prendem-se com o reconhecimento da legitimidade <strong>das</strong> diferenças<br />

entre as estruturas <strong>das</strong> diversas organizações, reconhecimento esse intimamente ligado à<br />

necessidade de adaptação <strong>das</strong> diferentes organizações para fazer face, por um lado, a um<br />

ambiente em mudança com o qual se necessitam relacionar e, por outro, ao conflito<br />

inerente às mesmas.<br />

Uma outra teoria que tenta explicar a reacção da organização ao meio é a teoria do caos.<br />

Segundo Griffiths, Hart e Blair, caos é “a term usually applied to the exploration of patterns<br />

emerging from apparently random events within a physical or social system” (1991: 432).<br />

Para estes autores, este termo é incorrecto, sendo que a definição mais correcta seria<br />

“dinâmica não-linear” ou “teoria dos sistemas dinâmicos” (idem). Estes autores apresentam<br />

uma organização não-linear como sendo complexa e composta por diversas variáveis que<br />

apresentam, ainda assim, simetrias recursivas entre elas (ibidem: 433). A organização não-<br />

linear é sensível a pequenas mudanças nas condições iniciais 10 , resultado da interacção entre<br />

os membros e/ou com o meio, e que são cruciais para sinalizar o início da turbulência, visto<br />

que, ocorrências aparentemente inócuas podem tornar-se acontecimentos da maior<br />

importância (ibidem: 439-440). Sendo esta uma teoria dos sistemas dinâmicos há que<br />

apontar o facto de se acreditar que as condições iniciais não são preditoras do resultado<br />

final já que pequenas mudanças nos componentes centrais em volta dos quais os<br />

10 Daqui se explica o chamado “efeito-borboleta”, i.e., pequenas mudanças nas condições iniciais podem levar a grandes<br />

alterações no resultado final.<br />

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