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Dezembro Site - Escola de Educação Especial Anne Sullivan

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“DEZEMBRO, MÊS DAS FESTAS”<br />

C<br />

om o aproximar-se das festas<br />

<strong>de</strong> fim <strong>de</strong> ano, as palavras <strong>de</strong><br />

Paulo, mencionadas no início<br />

<strong>de</strong>ste editorial, ganham <strong>de</strong>staque<br />

especial.<br />

É visível, não importa que credo<br />

professem, como os homens tentam<br />

mascarar seus atos e palavras <strong>de</strong> um<br />

quê místico, em <strong>de</strong>corrência das<br />

festivida<strong>de</strong>s natalinas.<br />

E, muito embora, tais palavras <strong>de</strong><br />

Paulo, “Confessam que conhecem<br />

a Deus, mas negam-no com as<br />

suas obras...”, tenham sido<br />

pronunciadas há mais <strong>de</strong> 2000 anos,<br />

elas retratam o quanto as socieda<strong>de</strong>s<br />

terrenas, ditas cristãs, estão longe <strong>de</strong><br />

agir <strong>de</strong> acordo com a fé que dizem<br />

professar.<br />

Em que pese o ambiente <strong>de</strong><br />

preocupação que paira pelos quatro<br />

cantos <strong>de</strong>ste Planeta, on<strong>de</strong> os<br />

<strong>de</strong>sarranjos financeiros,<br />

acompanhados <strong>de</strong> mudanças<br />

radicais <strong>de</strong> forma <strong>de</strong> governos,<br />

guerras <strong>de</strong> caráter religioso,<br />

movimentos terroristas, etc. são<br />

<strong>de</strong>ixados <strong>de</strong> lado, como se não<br />

existissem.<br />

E como se a vida na Terra não<br />

passasse <strong>de</strong> um conto <strong>de</strong> fadas, os<br />

rostos se cobrem <strong>de</strong> expressões <strong>de</strong><br />

serenida<strong>de</strong>, a revelar, como se fosse<br />

possível, a existência <strong>de</strong> amplo e<br />

recíproco entendimento entre os<br />

homens.<br />

Os exageros não param por aí e<br />

esten<strong>de</strong>m-se pela realização em<br />

logradouros públicos da<br />

apresentação <strong>de</strong> corais a entoarem<br />

suaves melodias que exaltam a<br />

Glória a Deus e a paz na Terra para<br />

com todos os homens.<br />

Quem procura explicações para que<br />

se pu<strong>de</strong>sse enten<strong>de</strong>r tal situação, ou<br />

seja, passar-se um ano explorandose<br />

financeiramente uns aos outros,<br />

<strong>de</strong>sviando recursos orçamentários<br />

das nações <strong>de</strong>stinados a beneficiar<br />

os seus cidadãos, sem importar-se<br />

que tais procedimentos atinjam<br />

impiedosamente crianças, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as<br />

recém-nascidas, <strong>de</strong>ixando-as sem<br />

um mínimo <strong>de</strong> assistência médico-<br />

hospitalar, até aquelas maiores que<br />

acabam sendo arrastadas pelo<br />

mundo da criminalida<strong>de</strong>, além <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>ixarem pessoas idosas, por falta<br />

<strong>de</strong> instituições a<strong>de</strong>quadas, sem<br />

abrigo e etc.<br />

Acaba, inexoravelmente, se<br />

encontrando com o restante das<br />

palavras <strong>de</strong> Paulo, acima citadas –<br />

“sendo abomináveis e<br />

<strong>de</strong>sobedientes, e reprovados para<br />

toda boa obra”.<br />

Em outras palavras, pura hipocrisia!<br />

É oportuno para os meios espíritas<br />

que se resgate aqui a expressão <strong>de</strong><br />

Emmanuel, a este respeito: ... “O<br />

Espiritismo, em sua feição <strong>de</strong><br />

Cristianismo redivivo, tem papel<br />

muito mais alto que o <strong>de</strong> simples<br />

campo para novas observações<br />

técnicas da ciência instável do<br />

mundo”... 1<br />

Como mergulhar-se em tal<br />

ambiente <strong>de</strong> festas alusivas ao<br />

natalício <strong>de</strong> Jesus, ignorando os<br />

movimentos sociais <strong>de</strong> protestos<br />

que estão sendo realizados em<br />

vários países, que terminam em<br />

fatídicos banhos <strong>de</strong> sangue<br />

<strong>de</strong>correntes dos choques <strong>de</strong> civis<br />

com autorida<strong>de</strong>s policiais?<br />

No entanto, as gran<strong>de</strong>s lojas estão<br />

cada vez mais cheias!<br />

Sim, e as consequências não se<br />

farão tardar. Passadas as ilusões<br />

<strong>de</strong>ssas festivida<strong>de</strong>s vazias, sobra a<br />

dura constatação <strong>de</strong> que os<br />

problemas então <strong>de</strong>ixados<br />

trefegamente continuam os<br />

mesmos. As Obras a que Paulo se<br />

refere em seu versículo não estão<br />

em atitu<strong>de</strong>s falsas <strong>de</strong> comemorações<br />

do natalício do Mestre. Elas<br />

continuam esperando pela mudança<br />

“Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com<br />

as obras, sendo abomináveis e <strong>de</strong>sobedientes, e<br />

reprovados para toda boa obra.” – PAULO. (Tito, 1:16)<br />

do sentimento humano. Em lugar <strong>de</strong><br />

vaida<strong>de</strong>s, ostentação, luxo,<br />

brinquedos finos, etc. que se<br />

comece a <strong>de</strong>senvolver, no íntimo<br />

daqueles que se dizem cristãos, as<br />

obras <strong>de</strong> saneamento <strong>de</strong> seus<br />

sentimentos.<br />

Não esquecer que amanhã todos<br />

estarão <strong>de</strong> volta ao mundo dos<br />

espíritos.<br />

Pensar e refletir bastante, na lição<br />

que Jesus contou <strong>de</strong> um ju<strong>de</strong>u rico<br />

que tinha tudo que a vida material<br />

podia lhe dar. Enquanto o pobre<br />

Lázaro <strong>de</strong> riqueza tinha suas feridas<br />

e se alimentava das sobras da mesa<br />

que o ju<strong>de</strong>u abastado atirava para os<br />

cachorros. Um, concentrado na sua<br />

riqueza material, alimentava cada<br />

vez mais o seu egoísmo. O outro<br />

movido pela experiência dolorosa<br />

por que passava, aprendia a<br />

enten<strong>de</strong>r que a vida na Terra é<br />

<strong>Escola</strong> <strong>de</strong> recuperação para todos os<br />

homens. Aceitou os <strong>de</strong>sígnios do<br />

Pai. Despren<strong>de</strong>u-se da hipocrisia e<br />

do egoísmo. Desencarnados, o<br />

ju<strong>de</strong>u mal conseguia <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong><br />

sentir o cheiro que exalava <strong>de</strong> suas<br />

próprias vestes em <strong>de</strong>composição.<br />

Enquanto Lázaro <strong>de</strong>slocava-se<br />

suavemente na sua nova condição<br />

<strong>de</strong> espírito <strong>de</strong>sencarnado que havia<br />

aprendido, através das dores por<br />

que passou, a ser humil<strong>de</strong>, a<br />

esquecer em um canto sua vaida<strong>de</strong>,<br />

orgulho, etc.<br />

Em lugar <strong>de</strong> votos disto, ou daquilo,<br />

<strong>de</strong>seja este editorial que a sabedoria<br />

do Senhor Jesus ilumine o<br />

entendimento <strong>de</strong> cada um, através<br />

da profunda reflexão das palavras<br />

<strong>de</strong> Paulo ...“Confessam que<br />

conhecem a Deus, mas negam-no<br />

com as obras, sendo abomináveis<br />

e <strong>de</strong>sobedientes, e reprovados<br />

para toda boa obra.”<br />

1<br />

Caminho, Verda<strong>de</strong> e Vida – Emmanuel - psic. Francisco C. Xavier –<br />

lição 116 – 8 a ed. FEB<br />

2 CORREIO DA FRATERNIDADE, DEZEMBRO, 2011

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