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Dezembro Site - Escola de Educação Especial Anne Sullivan

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ELUCIDAÇÕES DOUTRINÁRIAS<br />

COMPREENDE<br />

H<br />

á perturbações íntimas que vão muito além<br />

das causadas pelas picuinhas com que nos<br />

envolvemos levianamente em nosso<br />

cotidiano.<br />

Na Terra, po<strong>de</strong>mos afirmar que, com honradíssimas<br />

exceções, os espíritos aqui encarnados, em fase<br />

inicial <strong>de</strong> aprimoramento moral, trazem o íntimo<br />

perturbado por dissabores <strong>de</strong> variados matizes:<br />

familiares que traem a confiança, injustiças, amigos<br />

que se comportam com ingratidão, filhos rebel<strong>de</strong>s às<br />

orientações educativas, pais negligentes...<br />

Comumente, consi<strong>de</strong>ramos que se indignar diante <strong>de</strong><br />

tais situações, reclamando o acerto <strong>de</strong> contas por<br />

parte dos que nos injuriam, até para que voltemos a<br />

lhes dirigir a palavra, é uma postura necessária para<br />

que o outro reconheça ser inadmissível nos tratar com<br />

falta <strong>de</strong> respeito ou apreço. Essa conduta, porém,<br />

muito se assemelha à do “olho por olho, <strong>de</strong>nte por<br />

<strong>de</strong>nte”. Conduta essa imposta por Moisés, há cerca <strong>de</strong><br />

6 mil anos, ao povo hebreu, que, educado na pauta da<br />

incivilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro do regime escravocrata em que<br />

vivia no Egito, possuía parcos rudimentos do respeito<br />

ao próximo.<br />

Há dois mil anos, a<strong>de</strong>quando as leis mosaicas ao<br />

entendimento da época, Jesus resumiu toda a Lei em<br />

“Amar a Deus acima <strong>de</strong> todas as coisas e ao próximo<br />

como a si mesmo”. Essa lição hoje esclarecida pela<br />

Doutrina Espírita, ainda é muito difícil <strong>de</strong> se alcançar<br />

em toda a sua extensão. Mas existe já um esforço que<br />

se nos impõe pela razão e que, se não se a<strong>de</strong>qua às<br />

pessoas e soluções dos nossos problemas conforme<br />

as nossas expectativas, nos previne contra irritações,<br />

revolta e atitu<strong>de</strong>s infelizes que comprometeriam<br />

muito mais o relacionamento que temos com os<br />

nossos companheiros. Trata-se da compreensão.<br />

A Doutrina nos explica, em primeiro lugar, que<br />

somos espíritos eternos, criados simples, ignorantes,<br />

dotados <strong>de</strong> inteligência e que ingressamos sucessivas<br />

vezes na encarnação, a fim <strong>de</strong> efetuarmos o nosso<br />

progresso, através do burilamento moral e intelectual<br />

a que nos obrigam as experiências na matéria.<br />

Encarnados, somos inseridos nos cenários que<br />

melhor nos aten<strong>de</strong>rão às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> renovação.<br />

Fazem parte da nossa escola, afetos e <strong>de</strong>safetos,<br />

aqueles com quem temos afinida<strong>de</strong> e aqueles com<br />

quem só temos problemas, aos quais nos ligamos ao<br />

longo das encarnações e com os quais nos<br />

comprometemos pela natureza <strong>de</strong> nossas escolhas.<br />

E qual a justificativa que a Doutrina nos apresenta<br />

para que nos submetamos a esses reajustes, para que<br />

passemos a compreen<strong>de</strong>r <strong>de</strong>terminadas pessoas, ao<br />

invés <strong>de</strong> <strong>de</strong>sprezá-las?<br />

Se todos encarnamos com o fim <strong>de</strong> nos aprimorarmos<br />

é porque, obviamente, ainda somos imperfeitos.<br />

MENSAGENS SEMPRE PRESENTES DO EVANGELHO<br />

NA VITÓRIA REAL<br />

Exigir, reprovar, cobrar comportamentos mais nobres<br />

daqueles com quem convivemos é uma gran<strong>de</strong> falta<br />

<strong>de</strong> lógica, já que ninguém po<strong>de</strong> oferecer a outrem o<br />

recurso que não conseguiu adquirir para si mesmo. É<br />

ainda uma gran<strong>de</strong> hipocrisia <strong>de</strong> nossa parte, posto<br />

que a maior parte, senão todas, as recriminações que<br />

dirigimos aos outros po<strong>de</strong>riam igualmente nos ser<br />

dirigidas.<br />

Além do que, se por vezes nos sentimos<br />

prejudicados, o mesmo <strong>de</strong>vem também sentir os que<br />

nos dão vazão a esse sentimento. A <strong>de</strong>sobediência<br />

filial <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong> fato gran<strong>de</strong> pesar para o coração <strong>de</strong><br />

um pai. Mas ao pai não seria mais preocupante a<br />

insegurança e a confusão que o filho traz no íntimo e<br />

das quais não po<strong>de</strong>rão advir boas consequências?<br />

Olhar os <strong>de</strong>sajustes alheios e se esforçar por <strong>de</strong> fato<br />

compreendê-los, não só nos poupa uma série <strong>de</strong><br />

dispensáveis irritações e laivos <strong>de</strong> vaida<strong>de</strong> como nos<br />

permite nos exercitarmos, ainda que muito<br />

superficialmente, no amor ao próximo, não<br />

perturbando ainda mais quem já se basta com as<br />

próprias dificulda<strong>de</strong>s que se impõe, e nos permitindo<br />

recuperar a simpatia e a confiança que talvez<br />

tenhamos sido nós a aniquilar em nosso passado.<br />

4 CORREIO DA FRATERNIDADE, DEZEMBRO, 2011<br />

Débora<br />

“Ten<strong>de</strong> bom ânimo; eu venci o<br />

mundo.” – JESUS. (João, 16:33)<br />

É importante enumerar algumas das circunstâncias difíceis em que se encontrava<br />

Jesus, quando asseverou perante os discípulos: “ten<strong>de</strong> bom ânimo; eu venci o mundo”.<br />

Ele era alguém que, na conceituação do mundo, não passava <strong>de</strong> vencido vulgar.<br />

Sabia-se no momento <strong>de</strong> entrar em amarga solidão.<br />

Confessava que fora incompreendido pelos homens aos quais se propusera servir.<br />

Não ignorava que os adversários lhe haviam assaltado a comunida<strong>de</strong> em formação,<br />

através <strong>de</strong> um amigo invigilante.<br />

Dirigia-se aos companheiros, anunciando que eles próprios seriam dispersos.<br />

Falava, sem rebuços, da flagelação <strong>de</strong> que seria vítima.<br />

Via-se malquisto pela maioria, perseguido, traído.<br />

Não <strong>de</strong>sconhecia que lhe envenenavam as intenções.<br />

Certificara-se <strong>de</strong> que as pessoas mais altamente colocadas eram as primeiras a<br />

examinar o melhor processo <strong>de</strong> confundi-lo.<br />

Percebera o ódio <strong>de</strong> que se tornara objeto, principalmente por parte daqueles que<br />

pretendiam açambarcar o nome <strong>de</strong> Deus, a serviço <strong>de</strong> interesses inferiores.<br />

Reconhecia-se a poucos passos da morte, a que se inclinaria, con<strong>de</strong>nado sem culpa.<br />

Entretanto, ele dizia: “ten<strong>de</strong> bom ânimo; eu venci o mundo”.<br />

Quando te encontres em crise, lembra-te do Mestre.<br />

Subjugado, seria o conquistador inesquecível.<br />

Batido, passaria à condição <strong>de</strong> senhor da vitória.<br />

Assim ocorre, porque os construtores do aperfeiçoamento espiritual não estão na Terra<br />

para vencer no mundo, mas notadamente para vencer o mundo, em si mesmos, <strong>de</strong><br />

modo a servirem ao mundo, sempre mais, e melhor.<br />

Palavras <strong>de</strong> Vida Eterna – Emmanuel, psicografia <strong>de</strong> Francisco C. Xavier – lição 136 (Compilado por Delcio)

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