A MEDIDA DO TEMPO GEOLÓGICO E A IDADE DA TERRA
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A <strong>MEDI<strong>DA</strong></strong> <strong>DO</strong> <strong>TEMPO</strong><br />
<strong>GEOLÓGICO</strong> E A <strong>I<strong>DA</strong>DE</strong> <strong>DA</strong><br />
<strong>TERRA</strong><br />
Idade relativa e idade radiométrica
Qual a idade da Terra?<br />
A medida do tempo geológico<br />
e a idade da Terra<br />
Qual a sequência de acontecimentos?<br />
Como se agrupam as rochas?<br />
Que informações nos dão as rochas?<br />
O que se pode inferir para o presente?<br />
Como será daqui para a frente?
A medida do tempo geológico<br />
e a idade da Terra<br />
O tempo geológico, pela sua enorme grandeza, fora do<br />
alcance da mente humana, constitui um obstáculo à<br />
compreensão do passado da Terra.<br />
Foi um importante objecto de estudo, desde o século XVII,<br />
originando uma controvérsia científica que se prolongou até à<br />
segunda, metade do século XX.
A medida do tempo geológico<br />
e a idade da Terra<br />
1664<br />
Foi o arcebispo Usher, que tornou o cálculo célebre, baseado no<br />
estudo da Bíblia que definiu o momento preciso de formação da<br />
terra - 23 de Outubro do ano 4004 aC.<br />
1780 e 1830<br />
James Hutton e Charles Lyel, calcularam a idade da Terra em<br />
200 milhões de anos.<br />
Hutton assumiu, definitivamente, que a história do tempo do<br />
homem sobre a Terra tinha sido antecedida de uma outra<br />
história anterior à sua presença.<br />
Referiu o caso da muralha de Adriano (uma fortificação romana em território<br />
britânico), na altura com 16 séculos de existência, tinha sofrido poucas alterações,<br />
pelo que as transformações geológicas seriam muito mais demoradas e não<br />
poderiam ser avaliadas em períodos de tempo desta ordem de grandeza.
A medida do tempo geológico<br />
e a idade da Terra<br />
1863<br />
Lord Kelvin, através de estudos termodinâmicos – áreal onde era<br />
especialista – calculou a idade da Terra em 100 milhões de anos. Trinta anos<br />
após, afirmou que afinal a Terra apenas tinha 20 milhões de anos.<br />
1889<br />
John Joly, calcularam a taxa de saturação de sal dos oceanos, tendo<br />
concluído que a idade da Terra seria entre 90 a 100 milhões de anos.<br />
1896<br />
Marie Curie e Henri Becquerel, descobriam a radioactividade.<br />
1907<br />
Rutherford e Boltwood, através do<br />
decaimento radioactivo, conseguiram<br />
medir a idade de rochas.<br />
Rocha mais antiga da Terra<br />
3,96 mil milhões de anos<br />
Rocha mais antiga<br />
4,6 mil milhões de anos
Idade relativa<br />
Ao observar uma rocha, com as suas características<br />
particulares, recuamos no tempo para perceber:<br />
As condições ambientais, quer físicas quer químicas;<br />
A sua origem;<br />
A sua litologia;<br />
O seu conteúdo fossilífero.
Idade relativa<br />
Fósseis:<br />
Encontram-se sobretudo em<br />
rochas sedimentares<br />
São restos de um organismo<br />
ou vestígios da sua<br />
actividade, que viveu em<br />
determinado tempo da<br />
história da Terra e que se<br />
encontra preservado nas<br />
rochas.
Ambiente em que<br />
viveram;<br />
Dados sobre a temperatura,<br />
oxigenação, salinidade…<br />
• Grande expansão temporal<br />
• Pequena expansão geográfica<br />
Fósseis:<br />
Idade relativa<br />
Idade geológica das<br />
rochas que os contêm.<br />
• Pequena expansão temporal<br />
• Grande expansão geográfica<br />
ÓPTIMOS PARA <strong>DA</strong>TAÇÕES
Princípio da<br />
Sobreposição de Estratos<br />
– idade relativa dos<br />
fósseis<br />
Em estratos sedimentares não deformados,<br />
os fósseis que se encontram em estratos<br />
superiores são mais recentes do que os que<br />
se encontram em estratos inferiores.<br />
Idade relativa
Princípio da Identidade<br />
Paleontológica<br />
Estratos que contenham o mesmo conjunto de<br />
fósseis, têm a mesma idade.<br />
Idade relativa
Idade Radiométrica<br />
A descoberta da radioactividade permitiu saber que<br />
isótopos com propriedades radioactivas tendem a<br />
transformar-se com o tempo, noutros isótopos,<br />
independentemente das condições do ambiente.<br />
A rocha que contêm determinado isótopo radioactivo,<br />
terá uma relação isótopo pai / isótopo filho<br />
correspondente ao intervalo de tempo necessário para<br />
que ocorra essa transformação.
1 tempo de semivida<br />
2 tempo de semivida<br />
3 tempo de semivida<br />
4 tempo de semivida<br />
Idade Radiométrica<br />
O período de semi-vida de um par<br />
de isótopos é sempre igual.<br />
Ex: período de semivida do par K 40 /Ar 40 = 1,4x10 9 M.a.<br />
Isótopo-pai Isótopo-filho Idade da rocha<br />
100% 0% recente<br />
50% 50% 1,4x10 9 M.a.<br />
25% 75% 2,8x10 9 M.a.<br />
12,5% 87,5% 4,2x10 9 M.a.<br />
6,25% 93,75% 5,6x10 9 M.a.<br />
… …. …<br />
Tendo conhecimento do tempo que leva um elemento a desintegrar-se, os cientistas podem pesquisar as<br />
quantidades presentes do isótopo-pai e do isótopo-filho e chegar à data do início da desintegração.
Idade Radiométrica<br />
1. Supõe que num cristal de<br />
zircão existe 75% de<br />
U-235. Qual a<br />
percentagem de Pb-207<br />
no cristal?<br />
25%<br />
2. Qual a fracção de<br />
semivida relativa a essa<br />
situação?<br />
½ de semivida<br />
3. Calcula a idade do<br />
referido cristal.<br />
0,35x10 9 anos<br />
(350 M.a)<br />
Como a semivida é de 0,7x10 9 anos,<br />
metade da semivida é de 0,35x10 9 anos
Idade Radiométrica<br />
Os isótopos radioactivos desintegram-se em intervalos de<br />
tempo constantes.<br />
A utilização de determinado par isotópico depende do<br />
objecto em estudo (se é mais recente ou mais antigo).
Idade Radiométrica<br />
Permite datar as rochas, ao contrário da<br />
datação relativa, que apenas permite ordenálas.<br />
Permite conhecer:<br />
Idade absoluta das rochas<br />
Duração dos processos geológicos<br />
Velocidade dos processos geológicos<br />
Compreender o passado da Terra.
Datação relativa<br />
Resumindo…<br />
Permite datar as rochas, mas apenas com base na relação cronológica entre<br />
estruturas geológicas.<br />
Apoia-se no estudo dos fósseis (de idade) e nos estratos para datar as rochas.<br />
Princípios subjacentes à datação relativa:<br />
- Princípio da horizontalidade;<br />
- Princípio da sobreposição dos estratos (pode aplicar-se a R. Sedimentares<br />
deformadas, desde que não ocorra a inversão dos estratos);<br />
- Princípio da Identidade Paleontológica.
Datação absoluta<br />
Permite estimar a idade das rochas em milhões de anos, através da desintegração<br />
radioactiva de isótopos radioactivos naturais.<br />
Resumindo…<br />
Estes desintegram-se espontaneamente e a uma velocidade constante (não são<br />
afectados por condições ambientais, como a temperatura e a pressão)<br />
Combinando técnicas de datação absoluta e de datação relativa, os<br />
geólogos determinaram a sequência cronológica dos acontecimentos que<br />
marcaram, ao longo dos tempos, a história da Terra. A partir desta<br />
sequência construíram a escala de tempo geológico
TPC<br />
Pesquisa sobre a escala de tempo geológico,<br />
fazendo um esquema no teu caderno diário com os<br />
principais acontecimentos/divisões da escala.