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Cálculo do VaR para Títulos de Renda Fixa

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No caso <strong>de</strong> títulos <strong>de</strong> renda fixa, aproximamos a distribuição da variação <strong>do</strong> valor da carteira pela<br />

distribuição da variação das taxas <strong>de</strong> juros e da duração da carteira. Isso irá facilitar enormemente todas<br />

as contas a serem feitas.<br />

Também <strong>para</strong> facilitar as contas, usaremos taxas <strong>de</strong> juros contínuas ao invés <strong>de</strong> taxas discretas na<br />

mo<strong>de</strong>lagem financeira. O próprio BCB utilizou esse formato <strong>de</strong> taxa na criação <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo padrão <strong>de</strong><br />

risco <strong>de</strong> juros prefixa<strong>do</strong> publica<strong>do</strong> na circular 2972. Com esse procedimento a aproximação da<br />

volatilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> preço pela volatilida<strong>de</strong> da taxa fica mais simples. Nesse caso o preço <strong>de</strong> um título<br />

prefixa<strong>do</strong> com valor final 1, é da<strong>do</strong> por<br />

on<strong>de</strong> r é a taxa <strong>de</strong> juros no formato contínuo.<br />

<strong>VaR</strong> <strong>para</strong> títulos in<strong>de</strong>xa<strong>do</strong>s 3<br />

−rt<br />

A volatilida<strong>de</strong> da variação <strong>do</strong> preço po<strong>de</strong> ser aproximada i por<br />

P = e<br />

(2)<br />

dP = t P dr ⇒ σ = t Pσ<br />

(3)<br />

Ten<strong>do</strong> a volatilida<strong>de</strong> da variação das taxas contínuas, po<strong>de</strong>-se por (3) obter a volatilida<strong>de</strong> corrente<br />

<strong>do</strong> preço multiplican<strong>do</strong>-se esta pelo seu prazo. Como a volatilida<strong>de</strong> é relativamente estável com o prazo<br />

<strong>do</strong>s títulos, o trabalho <strong>de</strong> avaliação da volatilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma carteira po<strong>de</strong> ser reduzi<strong>do</strong> à preocupação com<br />

a volatilida<strong>de</strong> da taxa (on<strong>de</strong> basta uma) e não a volatilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> retorno <strong>de</strong> cada título.<br />

Para se aplicar (1) e calcular o <strong>VaR</strong> <strong>de</strong> um título <strong>de</strong> renda fixa, basta calcularmos a volatilida<strong>de</strong> da<br />

taxa <strong>de</strong> juros contínua e a duração <strong>do</strong> título. Para se estimar a volatilida<strong>de</strong> vários méto<strong>do</strong>s estão<br />

disponíveis na literatura. Méto<strong>do</strong>s estatísticos tais como máxima verossimilhança, suavização<br />

exponencial ou X-GARCH, que se baseiam no retorno passa<strong>do</strong> ou méto<strong>do</strong>s basea<strong>do</strong>s na volatilida<strong>de</strong><br />

implícita em opções. Um ótimo resumo com aplicação <strong>para</strong> o merca<strong>do</strong> brasileiro esta em Duarte (1996).<br />

Uma questão prática importante no trato da volatilida<strong>de</strong>, é a transformação <strong>do</strong> seu prazo. Supon<strong>do</strong><br />

que os retornos (no nosso caso é a variação da taxa <strong>de</strong> juros contínua) são in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes e i<strong>de</strong>nticamente<br />

distribuí<strong>do</strong>s (iid), po<strong>de</strong>-se passar da volatilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um prazo maior <strong>para</strong> prazo menor dividin<strong>do</strong>-se pelo<br />

número perío<strong>do</strong>s menores conti<strong>do</strong>s no perío<strong>do</strong> maior (np).<br />

σ =<br />

prazo _ menor<br />

σ<br />

prazo _ maior<br />

np<br />

Por exemplo, <strong>para</strong> transformar uma volatilida<strong>de</strong> anual em diária basta fazer a seguinte conta:<br />

σ<br />

dia<br />

=<br />

σ ano<br />

252<br />

<strong>VaR</strong> <strong>de</strong> uma carteira <strong>de</strong> renda fixa<br />

Vimos acima o calculo <strong>do</strong> <strong>VaR</strong> <strong>de</strong> um título <strong>de</strong> renda fixa e agora esten<strong>de</strong>mos esse resulta<strong>do</strong> <strong>para</strong><br />

uma carteira <strong>de</strong> títulos prefixa<strong>do</strong>s. Novamente a dificulda<strong>de</strong> esta no cálculo da volatilida<strong>de</strong> da carteira,<br />

supera<strong>do</strong> isso o <strong>VaR</strong> é obti<strong>do</strong> pela simples aplicação <strong>de</strong> (1).<br />

Representamos abaixo uma carteira com m títulos <strong>de</strong> diferentes vencimentos:<br />

P n P n C + + + = L<br />

1<br />

1<br />

2<br />

2<br />

m m P n<br />

dP<br />

dr

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