Livro Completo - Ramacrisna
Livro Completo - Ramacrisna
Livro Completo - Ramacrisna
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
56<br />
Parceiros:<br />
Apoiadores:<br />
Prefeitura<br />
Municipal<br />
de Betim<br />
hoje, mas são praticantes dos ensinamentos do professor Arlindo<br />
aprendidos através do pai.<br />
Mesmo depois de deixar as suas atividades, Sr. Waldir passou a<br />
ser parte integrante do Conselho Deliberativo e foi homenageado<br />
em 2008, quando o seu nome foi dado ao prédio da escola de<br />
mecânica.<br />
Flavia diz que entre seu pai e o professor Arlindo havia uma amizade,<br />
uma identificação e um respeito muito grande. “Às vezes<br />
eles não concordavam, mas a amizade superava essas dificuldades.<br />
Nunca ouvi uma voz mais alta entre eles. Não existia animosidade.<br />
As discussões existiam, mas não eram pessoais. A empatia<br />
não era modificada devido às discordâncias administrativas. Meu<br />
pai sentiu muito quando o prof. Arlindo morreu. A perda de um<br />
amigo”.<br />
Para Estevam ficou uma lição: a alegria no desenvolvimento do<br />
trabalho. “Isso nós aprendemos com ele. O prazer pelo trabalho,<br />
eles não levantavam contrariados para ir trabalhar. O prazer pelo<br />
trabalho em ajudar o outro. Não tinham o objetivo da remuneração<br />
e sim de servir ao próximo. As pessoas ficavam intrigadas<br />
porque eles sorriam tanto se tinham tantas dificuldades. Isso é<br />
uma herança que pretendo passar para os meus dois filhos. O<br />
trabalho era uma coisa prazerosa e a remuneração não era o<br />
fator principal”.<br />
Missão <strong>Ramacrisna</strong> . 50 ANOS<br />
Durantes os 50 anos de existência, a <strong>Ramacrisna</strong> arregimentou<br />
uma legião de amigos. Vindos de todos os cantos, seguidores de<br />
diversas crenças, pertencentes a diversas classes... enfim, diversos<br />
mundos se encontram lá. Dentre esses amigos, surgiu José Farid<br />
Rahme. Descendente de Libaneses, comerciante da área de supermercados<br />
que se encantou pela filosofia da obra erguida pelo<br />
seu melhor amigo, Arlindo Corrêa da Silva.<br />
“Balas para adoçar a vida”. Era assim que “Seu Farid” chegava<br />
todos os domingos para visitar a <strong>Ramacrisna</strong>, com muitas balas<br />
a serem distribuídas. Para as crianças, ele era “o homem das balas”.<br />
Um minuto depois de sua chegada, já se encontrava rodeado<br />
de meninos para receber a guloseima.<br />
O que as crianças não percebiam é que, por trás dessa visão<br />
lúdica, a visita do Sr. Farid tinha um outro significado. Como ele<br />
era uma pessoa muito reservada, falava pouco, ele vinha porque<br />
gostava mesmo de ouvir as palavras do professor Arlindo. As balas<br />
eram pretexto para deixar sua colaboração para as obras da<br />
Instituição que aconteceram por mais de 30 anos. Isso era tão significativo<br />
para o Sr. Farid que, mesmo depois de seu falecimento<br />
em 2006, a família continua colaborando com a <strong>Ramacrisna</strong>.<br />
Mônica, filha do Sr. Farid, concorda com a importância da <strong>Ramacrisna</strong><br />
na vida de seu pai porque ele adorava ajudar as pessoas.<br />
Segundo ela, as vindas à Betim, muitas vezes acompanhadas<br />
pela família, eram prazerosas, cheias de novidades e alegria.<br />
“Meu pai não falava muito. Mas também nem precisava. A gente<br />
entendia tudo e já sabia o que ele queria dizer”, completa<br />
Mônica.<br />
Laços de amizade profunda - Arlinda Corrêa da Silva e José Farid Hame.<br />
57