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Boletim Nº 126 - Janeiro a Março de 2008 - Lions Clube de Castelo ...

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DISTRITO 115 CENTRO - SUL . (DISTRITO MÚLTIPLO 115 - PORTUGAL) . 6000 CASTELO BRANCO<br />

DIRECTOR E EDITOR:<br />

A DIRECÇÃO<br />

Neste ano lionístico, o mote das<br />

“mudanças” continua a fazer-se ouvir,<br />

mas, ao que me parece, sem resultados à<br />

vista. Há mudanças que <strong>de</strong>moram uma<br />

ou mais gerações, mas a verda<strong>de</strong> é que<br />

as mudanças que se anseiam no nosso<br />

Movimento não se compa<strong>de</strong>cem com o<br />

tempo <strong>de</strong> uma geração, que tudo estaria<br />

findo quando o termo se atingisse.<br />

É bom atentar, antes <strong>de</strong> mais, nas<br />

mudanças que hão <strong>de</strong> fazer-se <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />

cada um <strong>de</strong> nós e, <strong>de</strong>pois, nas que <strong>de</strong>vem<br />

atingir os procedimentos institucionais e<br />

até a própria instituição.<br />

Naquele primeiro sentido, recordo a<br />

frase do Nazareno para a concretizar:<br />

“Convertei-vos”. E, se bem nos ouvirmos<br />

a nós próprios, e, se bem virmos a vida<br />

dos que connosco partilham este<br />

Movimento, <strong>de</strong> certo concluiremos que<br />

este apelo é bem necessário. Temos <strong>de</strong><br />

mudar. É imperioso que mu<strong>de</strong>mos.<br />

Quando no ano passado e em anos<br />

anteriores, vimos nas Convenções contar<br />

votos negativos nas eleições <strong>de</strong> Companheiros<br />

a cargos directivos, sendo<br />

apenas um o candidato ao cargo, tivemos<br />

<strong>de</strong> concluir que a intolerância para com<br />

os homens se mantém, mesmo sabendo<br />

que era totalmente inútil esse voto “não”,<br />

pois o candidato, porque único, seria<br />

eleito ainda se contasse apenas mais um<br />

voto “sim”, o voto do próprio candidato.<br />

Tais votos negativos mais não<br />

representam que o ódio <strong>de</strong> quem vota,<br />

ódio cego, contra a pessoa, julgando-a<br />

sem a ouvir pelo que parece ser ou<br />

parece ter feito.<br />

A <strong>de</strong>sconfiança no outro, o receio do<br />

novo e o <strong>de</strong>sconhecimento <strong>de</strong> nós<br />

próprios, são forças <strong>de</strong> que não se fala<br />

mas que nos amarram ao solo, sem nos<br />

<strong>de</strong>ixar caminhar.<br />

Aguardo com enorme expectativa os<br />

resultados das eleições das próximas<br />

Convenções, em Espinho. Iremos contar<br />

ainda mais uma vez votos “não” nas<br />

eleições do Presi<strong>de</strong>nte do CNG, dos<br />

Governadores dos Distritos, dos Vice-<br />

(Continua na pág. 6)<br />

PUBLICIDADE:<br />

ANO XXVI - N.º <strong>126</strong><br />

JAN / FEV / MAR.<br />

<strong>2008</strong><br />

CL ALÍRIO B. LOPES SERRASQUEIRO<br />

CL CARLOS MANUEL VENÂNCIO DE SOUSA<br />

No dia 29 <strong>de</strong> <strong>Março</strong> <strong>de</strong> <strong>2008</strong>, o <strong>Lions</strong> <strong>Clube</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Castelo</strong> Branco, comemorou o seu XXVII<br />

Aniversário da entrega da Carta Constitutiva,<br />

com um Programa que teve início pelas 14<br />

horas, com a realização da 1.ª Reunião da<br />

Região A e as Reuniões das duas Divisões,<br />

seguidas, das 16 às 18 horas do Fórum sobre<br />

“A Mulher e o Voluntariado”, e das 19 às 20<br />

horas, do Porto <strong>de</strong> Honra da inauguração da<br />

Se<strong>de</strong> do <strong>Clube</strong>, na Quinta Pires Marques, em<br />

<strong>Castelo</strong> Branco. À noite, o CL Presi<strong>de</strong>nte<br />

<strong>de</strong>clarava aberta a sessão festiva do<br />

Aniversário, cerimónia que se alongou até às<br />

24 horas.<br />

Noutro espaço <strong>de</strong>ste <strong>Boletim</strong> daremos notícia<br />

do Fórum, das Reuniões da Região A e das<br />

Reuniões da suas Divisões e da inauguração<br />

da se<strong>de</strong>.<br />

Eram 21,30 horas quando o Presi<strong>de</strong>nte CL<br />

António Mesquita Trigueiros <strong>de</strong>clarava aberta<br />

a sessão, segundo a fórmula protocolar “ Em<br />

nome <strong>de</strong> Deus e pela gran<strong>de</strong>za da Pátria” e<br />

convidava para saudar a Ba<strong>de</strong>ira Nacional o<br />

Governador CLAntónio Angeiras, a Ban<strong>de</strong>ira<br />

do Distrito 115 CS a CL Maria Eugénia<br />

Borges, a Ban<strong>de</strong>ira do Município a CLeo<br />

Sofia Jorge e a Ban<strong>de</strong>ira do <strong>Clube</strong> o CLeo<br />

Gonçalo Rafael.<br />

Leu a Invocação, um texto da CL Rita<br />

Calmeiro, a CLeoAndreia Serrasqueiro.<br />

INVOCAÇÃO<br />

DIZER SIM<br />

Estamos hoje reunidos<br />

porque gostamos do <strong>de</strong>safio<br />

<strong>de</strong> nos <strong>de</strong>safiarmos<br />

a dizer sim<br />

a dizer não<br />

a dizer faço<br />

a dizer contem comigo, Companheiros.<br />

Mesmo quando é fácil dizer não, recusar,<br />

ignorar e voltar as costas,<br />

mesmo quando não há tempo, nem forças nem<br />

inspiração<br />

aceitamos,<br />

participamos,<br />

apoiamos.<br />

Ser LION é dizer sim ao Companheiro,<br />

oferecer o nosso esforço, dar um passo em<br />

frente<br />

e nessa oferta ganhar tempo, ganhar forças,<br />

ganhar a recompensa <strong>de</strong> nos surpreen<strong>de</strong>rmos<br />

com a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser LION!<br />

Anossa vocação é servir,<br />

mas servir sorrindo,<br />

com a alegria <strong>de</strong> quem se realiza sempre que<br />

escolhe dizer SIM.<br />

Na sua primeira intervenção, o CL Presi<strong>de</strong>nte<br />

disse:<br />

Cumprimento e agra<strong>de</strong>ço a presença do<br />

Governador do Distrito 115 CS, das<br />

Companheiras e Companheiros do <strong>Lions</strong><br />

<strong>Clube</strong> <strong>de</strong> Abrantes, do LC <strong>de</strong> Belmonte Pedro<br />

Álvares Cabral, do <strong>Lions</strong> <strong>Clube</strong> da Costa do<br />

Sol/Carcavelos, do LC da Cova da Beira, do<br />

LC Lisboa Belém, do LC <strong>de</strong> Ourém, do LC <strong>de</strong><br />

Ponte <strong>de</strong> Sor, do LC Vila <strong>de</strong> Rei, a presença<br />

dos CLeos do Leo <strong>Clube</strong> <strong>de</strong> <strong>Castelo</strong> Branco e<br />

a presença das Companheiras e<br />

Companheiros do LC <strong>de</strong> <strong>Castelo</strong> Branco<br />

(Centro).<br />

Festejamos mais um aniversário, em<br />

espírito <strong>de</strong> alegria e amiza<strong>de</strong>. Digo-vos que<br />

<strong>de</strong>vemos disfrutar do privilégio <strong>de</strong> fazermos<br />

parte <strong>de</strong> uma ilustre história do serviço<br />

humanitário, que teve início em 1917, com a<br />

criação da Associação do <strong>Lions</strong> <strong>Clube</strong><br />

Internacional.<br />

Também em <strong>Castelo</strong> Branco, nós servimos.<br />

Aceitem um cumprimento caloroso <strong>de</strong><br />

amiza<strong>de</strong>, porque “Nenhum caminho é longo<br />

<strong>de</strong>mais quando um amigo nos acompanha”<br />

(autor <strong>de</strong>sconhecido).<br />

Feita a entrega da sessão ao Director Social,<br />

(Continua na pág. 2)


PÁG. 2<br />

FICHA DO CLUBE<br />

DIRECÇÃO DO CLUBE PARA O A.L.<br />

2007/<strong>2008</strong><br />

Presi<strong>de</strong>nte ............. CL António Mesquita Trigueiros<br />

Past-Presid. Imediato CL Vitor Carmona<br />

1.º Vice Presi<strong>de</strong>nte CL Esmeralda Carmona Men<strong>de</strong>s<br />

2.º Vice Presi<strong>de</strong>nte CL Carlos Manuel Ven|ancio <strong>de</strong> Sousa<br />

3.º Vice Presi<strong>de</strong>nte CL Antonio Manuel da Costa Bernardo Barata<br />

Secretário ............. CL Margarida <strong>de</strong> Fátima Tavares Conceição<br />

Tesoureiro ............. CL Jo\ao Marques Pedro<br />

Director Social ..... CL Jose Augusrto Alves Pacheco<br />

Director Crítico .... CL Manuel Can<strong>de</strong>ias da Costa<br />

CONSELHO FISCAL<br />

Presi<strong>de</strong>nte ............. CL PCC Fernando Marques Jorge<br />

1.º Vogal ................... CL Francisco Dias Alves<br />

2.º Vogal ................... CL José Maria Gouveia Ferreira<br />

Data da Fundação: 15 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1980<br />

Entrega da carta Constitutiva: 28 <strong>Março</strong> / 81<br />

<strong>Clube</strong> Padrinho: <strong>Lions</strong> <strong>Clube</strong> <strong>de</strong> Guimarães<br />

Padrinhos Físicos: PDG José Luís <strong>de</strong> Brito Rocha<br />

CL José da Silva Ferrão<br />

En<strong>de</strong>reço (Director)<br />

Av. Gen. Humberto Delgado, 70 - 1.º Dt.º<br />

6000 - 081 <strong>Castelo</strong> Branco<br />

Telefone: 272 340 720<br />

PROPRIETÁRIO:<br />

LIONS CLUBE DE CASTELO BRANCO (CENTRO)<br />

CLUBE N.º 038984<br />

PESSOA COLECTIVA N.º 503164410<br />

SEDE: AV. GEN. HUMBERTO DELGADO, 70 - 1.º DT.º<br />

6000 - 081 CASTELO BRANCO<br />

SUMÁRIO<br />

- EDITORIAL<br />

O NOSSO XXVII ANIVERSÁRIO<br />

- PÁGINA DOS LEOS<br />

- FORUM - A MULHER E O VOLUNTARIADO<br />

- PÁGINA DAS COMPANHEIRAS<br />

- PÁGINA DA SAÚDE<br />

- CAMPANHA DE ANGARIAÇÃO DE FUNDOS<br />

- VISITA AO CIJE<br />

- RASTREIO DE DESPISTE DE DIABETES,<br />

TENSÃO ARTERIAL E MASSA CORPORAL<br />

- INSTRUÇÃO LIONÍSTICA<br />

COMPOSIÇÃO GRÁFICA COMPUTORIZADA E IMPRESSÃO OFFSET<br />

GRÁFICA DE S. JOSÉ, LDA.<br />

Rua António Rodrigues Cardoso, 2 - Telef. 272340200<br />

6000 - 151 CASTELO BRANCO<br />

1<br />

3<br />

5<br />

6<br />

7<br />

8<br />

9<br />

10<br />

12<br />

(Continuação da pág. 1)<br />

proce<strong>de</strong>u-se à apresentação lionística e,<br />

momentos <strong>de</strong>pois, à posse <strong>de</strong> dois novos<br />

Companheiros.<br />

Foi este um dos momentos mais significativos<br />

da sessão. O Director Social<br />

anunciou a cerimónia e convidou os dois<br />

novos sócios, Companheiros do Leo <strong>Clube</strong>,<br />

Ana Sofia Jorge e Gonçalo João Carvalho<br />

Rafael para se aproximarem das Ban<strong>de</strong>iras e<br />

da Mesa. Convidou <strong>de</strong>pois os Padrinhos dos<br />

novos sócios, PCC Fernando Marques Jorge e<br />

CLJoséAugustoAlves Pacheco, e a CLIsabel<br />

Jorge, Mãe da Sofia Jorge, e a Senhora Alzira<br />

Rafael, Mãe do Gonçalo João, para os<br />

acompanharem.<br />

Os Padrinhos fizeram o elogio dos seus<br />

afilhados, pondo em <strong>de</strong>staque as suas<br />

qualida<strong>de</strong>s morais e curriculares académicas<br />

e profissionais -, a Sofia Farmacêutica e o<br />

Gonçalo Arquitecto, e tiveram palavras <strong>de</strong><br />

simpatia para com os familiares.<br />

Seguiu-se a leitura do Código <strong>de</strong> Ética dos<br />

<strong>Lions</strong>, pela Cª Mena Barata, e a saudação do<br />

CL Presi<strong>de</strong>nte, dando as boas vindas aos<br />

novos sócios, fazendo realce dos fins do<br />

Lionismo e resumindo a história do<br />

Movimento.<br />

Os Candidatos leram o Compromisso da<br />

Posse e finda a leitura o Presi<strong>de</strong>nte proclamouos<br />

sócios: “ Os CompanheirosAna Sofia Jorge<br />

e Gonçalo Rafael são agora sócios do <strong>Lions</strong><br />

<strong>Clube</strong> <strong>de</strong> <strong>Castelo</strong> Branco (Centro)”. O<br />

GovernadorAntónioAngeiras fez a imposição<br />

do emblema ao Gonçalo Rafael e o PCC<br />

Fernando Jorge à Ana Sofia. O PCC Brito<br />

Rocha fez entrega do Kit <strong>de</strong> materiais à Ana<br />

Sofia e a Senhora Alzira Rafael ao Gonçalo<br />

João. No final, os Padrinhos pediram aos<br />

afilhados que usassem os seus emblemas com<br />

orgulho.<br />

Seguiu-se o Momento Musical, com o<br />

Locotrio da ESART, que interpretou com<br />

mestria obras <strong>de</strong> cariz etnomusical <strong>de</strong> vários<br />

países. O Pedro La<strong>de</strong>ira tocava clarinete, o<br />

Horácio Pio, acor<strong>de</strong>ão e o Rui Sousa, flauta.<br />

Antes da última peça musical, o CL Presi<strong>de</strong>nte<br />

agra<strong>de</strong>ceu aos alunos da ESART e elementos<br />

do Locotrio a sua colaboração e teve palavras<br />

<strong>de</strong> louvor pela forma como estavam a executar<br />

as peças escolhidas.<br />

No Momento <strong>de</strong> Companheirismo, o Director<br />

Social justificou o seu <strong>de</strong>sempenho, na<br />

Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ferragens Progresso Albicastrense, Lda.<br />

MATERIAIS<br />

-DE-<br />

CONSTRUÇÃO<br />

SOFERRAGENS<br />

Estrada Nacional 18 N.º 61-A e B * Telefs. 272 344 582 - 272 344 573 * Fax 272 328 388<br />

6000-050 CASTELO BRANCO<br />

sessão, <strong>de</strong>ixando a forma tradicional, que nos<br />

vinha <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a fundação do <strong>Clube</strong>, por<br />

influência do Orientador e Padrinho, o PCC<br />

Brito Rocha, limitando-se a executar o<br />

Programa, nos exactos termos <strong>de</strong>lineados<br />

pelo Presi<strong>de</strong>nte. No dia <strong>de</strong> ontem, disse, na<br />

festa do Aniversário do <strong>Lions</strong> <strong>Clube</strong> da Cova<br />

da Beira, uma festa espectacular, e o<br />

esplêndido <strong>de</strong>sempenho da Presi<strong>de</strong>nte, CL<br />

Olga Barata, tive ocasião <strong>de</strong> comprar a 4.ª<br />

Edição d'O Lion Sabido” e folheando ao<br />

acaso, li a pág. 145: “Director da sessão<br />

agra<strong>de</strong>ce a confiança e inicia o cumprimento<br />

do Programa pré-estabelecido, sem fazer<br />

discursos nem saudar a Mesa”. Reflectindo<br />

um pouco, disse, consi<strong>de</strong>ra-se que esta é a<br />

FERRAGENS E<br />

ARTIGOS DE<br />

DECORAÇÃO<br />

(Continua na pág 3)<br />

C I M E N T O S<br />

T I J O L O S<br />

TELHAS, VIGAS<br />

E B L O C O S<br />

TINTAS PARA<br />

TODOS OS FINS<br />

LOUÇAS SANITÁRIAS<br />

A Z U L E J O S<br />

MÓVEIS DE COZINHA<br />

TUBOS GALVANIZADOS<br />

P.V.C. E POLIETILENO<br />

FERROS E AÇOS<br />

T O R N E I R A S


PÁGINA DOS LEOS<br />

Pela Cleo Andreia Serrasqueiro<br />

AS ACTIVIDADES DOS LEOS<br />

Dando continuida<strong>de</strong> a um dos objectivos<br />

propostos, no inicio <strong>de</strong>ste ano leonístico,<br />

nomeadamente, a candidatura ao prémio<br />

“LEO nosso meio ambiente, nosso futuro” e a<br />

sensibilização da nossa comunida<strong>de</strong> para<br />

<strong>de</strong>terminadas problemáticas ambientais,<br />

apresentamos mais uma vez, um texto com o<br />

qual procuramos esclarecer mais uma das<br />

problemáticas ambientais. Tendo esta sido<br />

<strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ada pelo crescimento económico e<br />

industrial das socieda<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> cada vez mais se<br />

assistirem a gran<strong>de</strong>s períodos <strong>de</strong> seca.<br />

CleoAndreia Serrasqueiro<br />

AL 2007/<strong>2008</strong><br />

Reutilização <strong>de</strong> águas residuais.<br />

Uma opção no século XXI?<br />

A explosão <strong>de</strong>mográfica, aliada ao<br />

crescimento económico e industrial das<br />

socieda<strong>de</strong>s mo<strong>de</strong>rnas, fez com que ocorresse<br />

simultaneamente um aumento do consumo <strong>de</strong><br />

água e da poluição dos recursos hídricos<br />

disponíveis. Portugal, embora seja um país<br />

que dispõe <strong>de</strong> elevados recursos hídricos, a<br />

sua irregularida<strong>de</strong>, quer a nível <strong>de</strong><br />

distribuição espacial e temporal, quer a nível<br />

da sua qualida<strong>de</strong>, torna a gestão <strong>de</strong>stes<br />

recursos num instrumento essencial para<br />

garantir a sua conservação. Nestes últimos<br />

anos tem-se evi<strong>de</strong>nciado um empobrecimento<br />

da qualida<strong>de</strong> da água.<br />

A recente Lei da Água aponta claramente<br />

para uma visão mo<strong>de</strong>rna <strong>de</strong> gestão integrada<br />

<strong>de</strong> recursos naturais. A sua aplicação<br />

representa para Portugal um enorme avanço<br />

na protecção das águas <strong>de</strong> superfície<br />

(interiores, estuarinas e costeiras) e das águas<br />

subterrâneas. Neste contexto, a reutilização<br />

<strong>de</strong> água aparece como uma importante<br />

estratégia <strong>de</strong> combate à escassez <strong>de</strong> água e <strong>de</strong><br />

redução da pressão sobre os recursos hídricos.<br />

A valorização <strong>de</strong> águas residuais não é um<br />

conceito novo, existindo relatos da sua prática<br />

na Antiga Grécia. No entanto, foi apenas a<br />

seguir à Segunda Gran<strong>de</strong> Guerra Mundial que<br />

as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong> águas<br />

residuais e o seu <strong>de</strong>stino através da aplicação<br />

no solo, ganharam um maior interesse por<br />

parte dos países mais <strong>de</strong>senvolvidos que<br />

possuíam zonas áridas. Para que a reutilização<br />

da água se processe <strong>de</strong> forma eficaz<br />

relativamente aos seus objectivos e não seja<br />

causa <strong>de</strong> prejuízos não <strong>de</strong>sejados e/ ou não<br />

previstos, torna-se necessário que o princípio<br />

da reutilização seja inserido na politica <strong>de</strong><br />

gestão <strong>de</strong> recursos hídricos <strong>de</strong> forma<br />

harmoniosa, contemplando <strong>de</strong> forma<br />

integrada todos os aspectos envolvidos,<br />

nomeadamente os aspectos ambientais,<br />

económicos, técnicos, sociais e legais. Por<br />

consequência, em situação <strong>de</strong> escassez <strong>de</strong><br />

água, as águas residuais urbanas e industriais<br />

po<strong>de</strong>m e <strong>de</strong>vem ser encaradas como um<br />

recurso hídrico a aproveitar e não como um<br />

resíduo a eliminar, constituindo a reutilização<br />

da água uma estratégia a prosseguir e um dos<br />

gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>safios que se colocam a Portugal no<br />

século XXI.<br />

As águas residuais po<strong>de</strong>m ser tratadas a<br />

níveis <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> que lhes permitam que<br />

sejam utilizadas como uma matéria-prima,<br />

nomeadamente na rega, sendo esta medida<br />

geralmente competitiva do ponto <strong>de</strong> vista<br />

técnico-económico, além <strong>de</strong> ser ambientalmente<br />

recomendável.<br />

A reutilização das águas residuais, além <strong>de</strong><br />

permitir o combate à falta <strong>de</strong> água, também<br />

proporciona um aumento da fertilida<strong>de</strong> do<br />

solo, através da incorporação ao solo <strong>de</strong><br />

nutrientes essências às plantas. Salienta-se<br />

ainda, que a aplicação da água residual no solo<br />

e nas culturas constitui um tratamento<br />

adicional para a água, na medida em que a sua<br />

percolação através do solo se traduz numa<br />

filtração da mesma e numa consequente<br />

retenção, através da adsorção às partículas do<br />

solo, <strong>de</strong> substâncias in<strong>de</strong>sejáveis presentes nas<br />

referidas águas. Os próprios nutrientes<br />

presentes nas águas residuais acabam por ser<br />

aproveitados com a reutilização, reduzindo a<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fertilizantes químicos a utilizar.<br />

Apesar das vantagens, não se po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong><br />

mencionar os inconvenientes que po<strong>de</strong>rão<br />

estar directamente relacionados com a sua<br />

reutilização. Esta <strong>de</strong>ve ser efectuada com o<br />

maior cuidado dado os riscos ambientais e <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> que po<strong>de</strong> envolver, relacionados com a<br />

possível presença <strong>de</strong> microrganismos<br />

patogénicos e <strong>de</strong> metais pesados. O principal<br />

risco, a nível biológico, resi<strong>de</strong> na<br />

possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> contaminação das plantas<br />

irrigadas e do solo, pelos microrganismos<br />

patogénicos eventualmente presentes nas<br />

águas residuais. Os microrganismos<br />

patogénicos po<strong>de</strong>rão atingir o Homem através<br />

da ca<strong>de</strong>ia alimentar, pelo contacto directo com<br />

as plantas regadas, pelo seu consumo, ou<br />

indirectamente, através da ingestão <strong>de</strong><br />

produtos provenientes dos animais consumidores<br />

primários.<br />

Estudos realizados recentemente, concluíram<br />

que é possível encarar-se os recursos<br />

hídricos não convencionais, nomeadamente as<br />

águas residuais <strong>de</strong>puradas, não só como um<br />

factor <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> alta eficiência (água +<br />

fertilizante) na agricultura mediterrânea, mas<br />

também como um factor ambiental vantajoso,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que sejam consi<strong>de</strong>radas várias<br />

restrições para os solos, sistemas <strong>de</strong> rega e<br />

culturas, em relação à qualida<strong>de</strong> da água<br />

aplicada.<br />

Cleo Andreia Serrasqueiro<br />

O NOSSO<br />

ANIVERSÁRIO<br />

(Continuaçao da pág. 2)<br />

PÁG. 3<br />

actuação correcta. No <strong>Lions</strong> <strong>Clube</strong> <strong>de</strong> <strong>Castelo</strong><br />

Branco, o Director Social é por tradição o<br />

director da sessão. Mas não há nos Estatutos<br />

nada que nos diga que lhe cabe a função <strong>de</strong><br />

director da sessão e em lugar algum se<br />

encontra estipulado que o director da sessão,<br />

em vez <strong>de</strong> executar o Programa estabelecido<br />

pelo Presi<strong>de</strong>nte, dá largas à sua criativida<strong>de</strong> e<br />

dirigi a sessão com os discursos que tiver por<br />

a<strong>de</strong>quados. Por outro lado, e esta razão não é<br />

<strong>de</strong>spicienda, nós queixamo-nos <strong>de</strong> que as<br />

nossas sessões, sobretudo as festivas, são<br />

longas e por isso fastidiosas. E uma das<br />

razões que contribuem para isso são as longas<br />

intervenções do Director da Sessão. Por esta<br />

razão, venho dirigindo e vou continuar a<br />

dirigir a sessão, segundo o que,<br />

acertadamente, se preconiza n”O Lion<br />

Sabido”.<br />

Ainda no Momento <strong>de</strong> Companheirismo,<br />

usaram da palavra, para felicitar o <strong>Clube</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Castelo</strong> Branco, a Presi<strong>de</strong>nte do LC da Cova<br />

da Beira, CL Olga Barata, a Presi<strong>de</strong>nte do LC<br />

<strong>de</strong> Abrantes, CL Maria da Graça, a CL Sofia<br />

Jorge e o CL Gonçalo João, e por fim o PCC<br />

Brito Rocha, na qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Padrinho do<br />

<strong>Clube</strong>.<br />

(Continua na pág. 4)


PÁG. 4<br />

O NOSSO XXVII ANIVERSÁRIO<br />

(Continuação da pág. 3)<br />

O CL Brito Rocha evocou os momentos da<br />

fundação do <strong>Clube</strong>, momentos difíceis, disse,<br />

sendo a fundação do <strong>Clube</strong> possível porque o<br />

LC <strong>de</strong> Guimarães fez o seu apadrinhamento<br />

Recordou <strong>de</strong> seguida, emocionado, o falecido<br />

PDG Arnaldo Gouveia, o Companheiro<br />

que o acompanhara, na cerimónia da entrega<br />

da Carta Constitutiva do <strong>Clube</strong>, na direcção da<br />

sessão e <strong>de</strong> quem fez o elogio como Homem e<br />

gran<strong>de</strong> Lion.<br />

O Director da sessão, encerrou o Momento<br />

<strong>de</strong> Companheirismo e fez entrega da sessão ao<br />

CL Presi<strong>de</strong>nte, que fez o seu relatório,<br />

prestando ao Governador informação das<br />

activida<strong>de</strong>s do <strong>Clube</strong>, neste ano lionístico.<br />

Disse:<br />

Caras e Caros Companheiras e Companheiros<br />

Caras e Caros Convidados<br />

Caros Companheiros <strong>de</strong> <strong>Clube</strong>s <strong>Lions</strong><br />

Demais entida<strong>de</strong>s lionísticas<br />

CL Governador do Distrito 115 Centro Sul<br />

AntónioAngeiras<br />

Em nome do LCCBC é um prazer e uma<br />

honra recebermos por ocasião das<br />

comemorações do seu XXVIIAniversário.<br />

Acreditem que é com alguma emoção que<br />

me dirijo a vocês por duas razões: pelo<br />

crescimento, em número, <strong>de</strong> pessoas, a que<br />

vimos assistindo nas realizações <strong>de</strong>ste clube,<br />

e, também, pela vossa generosida<strong>de</strong> com a<br />

actual Direcção. Nunca ouvimos ou sentimos<br />

<strong>de</strong> vós a menor reserva quanto ao apoio para as<br />

activida<strong>de</strong>s que nos propusemos realizar.<br />

O que temos feito a todos vós o <strong>de</strong>vemos.<br />

E fizemos algo? Vejamos. Coerentes com o<br />

Programa <strong>de</strong> Activida<strong>de</strong>s que apresentamos<br />

para o ano Lionístico 2007/<strong>2008</strong> em <strong>Castelo</strong><br />

Branco, temos que dizer que não só o<br />

cumprimos como já o ultrapassámos.<br />

No âmbito da solidarieda<strong>de</strong>, principal razão<br />

da nossa existência, a nível local oferecemos 6<br />

enxovais a jovens mães, continuamos a<br />

subsidiar, mensalmente, com oitenta euros,<br />

uma estudante do IPCB para assim po<strong>de</strong>r<br />

concluir o seu curso; visitámos o CIJE on<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>mos carinho e conforto a jovens e crianças<br />

tão necessitadas e, só no fim, as tão <strong>de</strong>sejadas<br />

prendas; os LEOS distribuíram, pelo Natal,<br />

cabazes e brinquedos por um sorriso;<br />

efectuámos um rastreio da diabetes e<br />

hipertensão arterial emAlcains on<strong>de</strong> estiveram<br />

uma centena <strong>de</strong> pessoas; para além do apoio a<br />

pedidos pontuais e urgentes que nos têm<br />

chegado e aos quais, <strong>de</strong>ntro das nossas<br />

possibilida<strong>de</strong>s temos procurado respon<strong>de</strong>r.<br />

Mas, fomos solidários também a nível<br />

mundial. Realizámos um concerto com a<br />

Orquestra Sinfónica da Escola Superior <strong>de</strong><br />

Artes Aplicadas, com o apoio da Câmara<br />

Municipal <strong>de</strong> <strong>Castelo</strong> Branco e da ESART, no<br />

âmbito da campanha Sightfirst II, on<strong>de</strong><br />

estiveram 500 pessoas e se angariou a verba <strong>de</strong><br />

cerca <strong>de</strong> 2500€.<br />

Outra componente importante foi a actuação<br />

e formação cívica: organizámos e realizámos<br />

reflexões sobre “A Mulher e o Voluntariado”,<br />

“Alterações climáticas e Desenvolvimento<br />

sustentável;Ahistória <strong>de</strong> <strong>Castelo</strong> Branco”...<br />

Reforçámos o companheirismo e espírito<br />

lionístico entre os membros do clube, nos<br />

convívios que os companheiros Maria José e<br />

João Pedro, Teresa e Alírio Serrasqueiro nos<br />

brindaram, para além do bom ambiente nas<br />

Assembleias.<br />

Já vou longo e não o queria fazer. Para<br />

terminar, permitam-me apenas mais algumas<br />

reflexões importantes.<br />

Apostámos nos Leos porque garantem o<br />

futuro do movimento lionístico e exce<strong>de</strong>ram,<br />

em muito, as suas responsabilida<strong>de</strong>s. Ao seu<br />

orientador CL António Barata, o nosso e<br />

vosso reconhecimento.<br />

Terminamos com o sonho tornado realida<strong>de</strong>.<br />

A frase “Prosseguir, com<br />

<strong>de</strong>terminação, o projecto <strong>de</strong> construção,<br />

aquisição ou permuta da se<strong>de</strong>” adquiriu mais<br />

sentido. Tem valido a pena todo o esforço <strong>de</strong><br />

todos nós. Sim é um projecto <strong>de</strong> todos!<br />

Conseguimos um espaço amplo e digno,<br />

mas muito há, ainda, por fazer.<br />

Ao Ex.mo CL Governador António Angeiras<br />

dizer-lhe da satisfação por estar<br />

connosco neste momento, quase diríamos<br />

histórico para o <strong>Lions</strong> <strong>Clube</strong> <strong>de</strong> <strong>Castelo</strong><br />

Branco Centro. Bem haja!<br />

É um prazer e um privilégio estar convosco<br />

e servir o lionísmo.<br />

Muito obrigado<br />

A terminar a sessão, tivemos ocasião <strong>de</strong><br />

ouvir o Governador CLAntónioAngeiras.<br />

O CL Presi<strong>de</strong>nte encerrou a sessão,<br />

segundo a sua fórmula habitual, com um<br />

pensamento:<br />

“Por vezes sentimos que aquilo que fizemos<br />

não é senão uma gota <strong>de</strong> água no mar.<br />

Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma<br />

gota” (Madre Teresa <strong>de</strong> Calcutá).


PÁG. 5<br />

FORUM - A MULHER E O VOLUNTARIADO<br />

O VALOR DOS VALORES DO HUMANISMO<br />

Num mundo marcado pela ausência <strong>de</strong><br />

solidarieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong> fraternida<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> a<br />

ausência <strong>de</strong> valores ten<strong>de</strong> a converter-se em<br />

valor, torna-se imperioso restabelecer o valor<br />

dos valores humanistas e lutar contra o vírus<br />

do individualismo que contaminou a<br />

socieda<strong>de</strong>. O Homem actual, em geral, é o<br />

produto acabado do narcisismo perverso que<br />

expan<strong>de</strong> o “vírus egocêntrico e narcisista”<br />

cujos efeitos secundários enredam as pessoas<br />

na teia do hedonismo, da permissivida<strong>de</strong> na<br />

procura duma felicida<strong>de</strong> que não encontra.<br />

Renegaram-se os valores do humanismo e<br />

luta-se, permanentemente, pelos valores<br />

materiais, on<strong>de</strong> se pensa encontrar segurança<br />

e conforto mas no seu intimo é um homem<br />

actual é infeliz, inseguro, ansioso,<br />

<strong>de</strong>pressivo, vulnerável e indiferente por<br />

saturação. A perda dos valores humanistas<br />

levou à permissivida<strong>de</strong>. Segundo o Psiquiatra<br />

Enrique Rojas (2007), “este novo homem,<br />

consumista, hedonística, permissivo,<br />

alimenta-se intelectualmente da Televisão<br />

(que provoca o mesmo fenómeno que a<br />

droga: <strong>de</strong>pendência) vive do comando à<br />

distância e da literatura light, nomeadamente,<br />

das revistas sentimentais, a fim <strong>de</strong> evadir-se e<br />

passar o tempo mas no fundo sofre <strong>de</strong><br />

ansieda<strong>de</strong> permanente e <strong>de</strong> <strong>de</strong>pressão por que<br />

não tem referências, pois per<strong>de</strong>u a bússola e<br />

ao per<strong>de</strong>r a bússola sente-se vazio.” (Rojas,<br />

2007, pp. 57-85).<br />

O homem ao renegar os valores do<br />

humanismo per<strong>de</strong>u a bússola e navega à<br />

<strong>de</strong>riva sem saber a que agarrarse.<br />

Não sabe on<strong>de</strong> ancorar-se.<br />

Vive cheio <strong>de</strong> vazio existencial.<br />

Face à crise dos valores<br />

humanistas, <strong>de</strong>ve assumir-se<br />

uma atitu<strong>de</strong> Pedagógica e<br />

educar no sentido <strong>de</strong> “recuperar<br />

o humanismo perdido para que<br />

estejamos atentos à nova moral<br />

que não é mais que uma moral<br />

estatística, materialista,<br />

relativista, e por isso mesmo<br />

vazia”. É preciso “ voltar aos<br />

valores dos humanismo,<br />

baseado numa formação sólida,<br />

aberta e pluralista, cujas<br />

coor<strong>de</strong>nadas não dêem<br />

priorida<strong>de</strong> ao êxito material, ao<br />

prazer, (…) a fim <strong>de</strong> conseguir<br />

um homem mais digno, que<br />

quer ser mais culto para ser mais<br />

livre; construir um mundo mais<br />

cordial e compreensivo; criar<br />

um espaço mais afectivo on<strong>de</strong><br />

se interligam o material, o<br />

espiritual e cultural” (Rojas,<br />

2007, pp. 131-132).<br />

O homem sem valores<br />

humanistas sente-se atraído por<br />

muitas coisas, mas não se<br />

vincula a nenhuma. É, portanto,<br />

um homem com défice<br />

<strong>de</strong> vínculo e, por isso mesmo, passa pela vida<br />

borboleteando.<br />

Apesar dos bens materiais, é infeliz e inseguro,<br />

estando longe daquele ser sólido e<br />

humanista que procura a solidarieda<strong>de</strong>, a<br />

fraternida<strong>de</strong>. Segundo Rojas (2007), “o<br />

homem light”, sem valores humanistas,<br />

relativizou o absoluto e caiu no vazio. Movese<br />

cheio <strong>de</strong> vazio interior. Felizmente, ainda<br />

há quem se preocupe com o facto <strong>de</strong> os valores<br />

actuais serem a ausência <strong>de</strong> valores (por isso<br />

aqui estamos). Para sairmos da actual crise <strong>de</strong><br />

valores, <strong>de</strong>vemos agir moralmente, isto é, por<br />

puro respeito à lei do <strong>de</strong>ver (lei moral)<br />

tratando o outro, “ sempre como um fim e<br />

nunca como um meio”, como <strong>de</strong>fendia Kant.<br />

É preciso recuperar o imperativo categórico<br />

que diz: age apenas segundo a máxima tal que<br />

possas ao mesmo tempo querer que ela se<br />

torne lei universal. Recupere-se, também, os<br />

(Continua na pág. 6)<br />

O FÓRUM<br />

O coração e alma da organizaçao <strong>de</strong>ste<br />

Fórum, em <strong>Castelo</strong> Branco, foi a PDG<br />

Avelina Angeiras. Coube-lhe, por isso,<br />

<strong>de</strong>pois das apresentações do Presi<strong>de</strong>nte do<br />

<strong>Clube</strong>, CL Trigueiros, e da Presi<strong>de</strong>nte a<br />

Região A, CL Maria Eugénia Borges, a<br />

primeira intervenção, sobre “<strong>Lions</strong>, uma<br />

Oportunida<strong>de</strong> da Mulher Voluntária”.<br />

Com saber e saber dizer, a PDG Avelina<br />

Angeiras dissertou sobre as activida<strong>de</strong>s das<br />

mulheres no Lionismo, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os primórdios,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que, Hellen Keller, na Convenção<br />

Internacional <strong>de</strong> 1919, incitou os <strong>Lions</strong> a<br />

direccionar os seus esforços em favor do<br />

cegos. Se<strong>de</strong>, diria, os “paladinos dos cegos”.<br />

Des<strong>de</strong> então, sempre as mulherres, como<br />

esposas dos <strong>Lions</strong>, participaram activamente<br />

nas activida<strong>de</strong>s do vountariado dos <strong>Clube</strong>s.<br />

Mais tar<strong>de</strong>, soaria a hora dos Lioness <strong>Clube</strong>s,<br />

<strong>Clube</strong>s cujos sócios eram as mulheres,<br />

solução que a Associação Internacional<br />

encontrou para contornar as dificuda<strong>de</strong>s<br />

estatutáras, que vedavam às mulheres serem<br />

sócias do <strong>Lions</strong> <strong>Clube</strong>s. Há 20 anos, todavia,<br />

as mulheres pu<strong>de</strong>ram finalmene ser sócias<br />

também elas dos <strong>Lions</strong> <strong>Clube</strong>s, notando-se<br />

aqui e ali alguma resitência à sua entrada em<br />

alguns <strong>Lions</strong> <strong>Clube</strong>s, mesmo em Portugal.<br />

Foi Mo<strong>de</strong>radora do 1º Painel a CL Maria<br />

Eugéna Borges, que fez a apresentação da<br />

PDG Maria Avelina Angeiras, E foi<br />

Mo<strong>de</strong>radora do 2º Painel a CL Isabel Jorge,<br />

que apresentou o Prof. Doutor José Pires dos<br />

Santos.<br />

Por não termos o texto da PDG Avelina<br />

Angeiras, um trabalho rico mas <strong>de</strong><br />

improviso, com <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> sli<strong>de</strong>s, não<br />

po<strong>de</strong>mos dar <strong>de</strong>le uma i<strong>de</strong>ia ainda que pálida,<br />

por para tanto nos faltar o engenho.. Dele<br />

po<strong>de</strong> todavia concluir-se que as activida<strong>de</strong>s<br />

levadas a cabo pelo Mundo pelos <strong>Lions</strong><br />

<strong>Clube</strong>s todas tiveram a colaborção senão a<br />

marca exclusiva das mulheres, quer como<br />

esposas dos <strong>Lions</strong>, quer como Lionesses, quer<br />

agora como <strong>Lions</strong>.<br />

Da intervenção do Senhor Prof. Doutor João<br />

dos Santos Pires pu<strong>de</strong>mos obter uma<br />

súmula da sua autoria que se publica com<br />

enorme alegria, nas colunas ao lado.<br />

O <strong>Boletim</strong> felicita e agra<strong>de</strong>ce.


PÁG. 6<br />

“Antigamente, era apanágio <strong>de</strong> jovem<br />

prendada o saber pintar, tocar piano, falar<br />

francês, bordar e possuir outros atributos que,<br />

<strong>de</strong> momento, não me ocorrem.<br />

Mas a rápida evolução e as transformações<br />

que daí advêm, conduzem a outros interesses.<br />

Acuso o maior respeito e admiração por todas<br />

as referências apontadas! Aliás, confesso a<br />

minha tristeza por não saber bordar. No meu<br />

imaginário, o bordar é sinónimo do usufruir<br />

agradável <strong>de</strong> um tempo livre e <strong>de</strong>scontraído;<br />

mas na realida<strong>de</strong> é diferente… Não sou fã das<br />

agulhas, das linhas e do pano vazio. Gosto, isso<br />

sim, <strong>de</strong> regalar os olhos nos lindos bordados<br />

que certas mãos pacientes e habilidosas<br />

realizam. Recordo até que na casa da minha<br />

avó Laura havia uma cómoda gran<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> as<br />

toalhas mais ricas e os lençóis <strong>de</strong> linho eram<br />

cuidadosamente arrumados, no meio <strong>de</strong> um<br />

odor perfumado. E recordo também que o<br />

avesso <strong>de</strong>stas peças era muitas vezes olhado,<br />

atentamente, pela sua perfeição. Um avesso<br />

“atabalhoado” significava falta <strong>de</strong> cuidado, <strong>de</strong><br />

empenho e <strong>de</strong> esmero. O avesso testemunhava<br />

a habilida<strong>de</strong> e a perfeição da artífice. Era uma<br />

referência porque, neste caso, o parecer e o ser<br />

eram importantes e tidos em conta!<br />

Os loucos solilóquios dos meus pensamentos<br />

justificam a aparente incoerência do<br />

que escrevo. E tudo porque leio jornais, ouço<br />

notícias, escuto <strong>de</strong>bates, e cada vez me<br />

convenço mais <strong>de</strong> que muita coisa está mesmo<br />

do avesso!<br />

- Dizem que a crise económica está<br />

ultrapassada. Mas então, e o endividamento<br />

das famílias? E as pessoas que se queixam no<br />

Do avesso...<br />

talho, na peixaria ou no supermercado, da<br />

carestia <strong>de</strong> vida? Gostaria <strong>de</strong> perceber!<br />

- E se as limitações económicas não <strong>de</strong>ixam<br />

muitas hipóteses às distracções, o tão elogiado<br />

passeio que tanto bem faz à saú<strong>de</strong>, e muito<br />

mais ao bolso <strong>de</strong> cada um, fica comprometido.<br />

Se o calor que se aproxima convida ao<br />

<strong>de</strong>ambular na frescura do anoitecer, o receio<br />

<strong>de</strong> encontros e confrontos nada apetecíveis<br />

são um convite à <strong>de</strong>sistência. Azar <strong>de</strong> quem<br />

passeia ou pouca segurança em muitas zonas?<br />

Gostava <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r.<br />

- E a afirmação <strong>de</strong> que os professores nunca<br />

foram avaliados e não <strong>de</strong>sejam sê-lo? É uma<br />

afirmação muito, muito, mas muito<br />

incompleta. Esclarecer e informar<br />

correctamente é pedir algo excessivo?<br />

- E as capacida<strong>de</strong>s intelectuais que nos<br />

últimos tempos surgiram e conduzem a não sei<br />

quantos diplomas? Por algum motivo, se diz:<br />

“Depressa e bem não faz ninguém!”; menos<br />

ainda um bordado <strong>de</strong> avesso perfeito!...<br />

Não somos o eterno bordado da Penélope <strong>de</strong><br />

Ulisses! Mas não é possível, ainda que <strong>de</strong><br />

modo fabulístico, copiar um pouco da sua<br />

inesgotável constância? Cada um <strong>de</strong>ve fazer<br />

aquilo que sabe mas com justiça, coerência e<br />

humilda<strong>de</strong>.<br />

- Neste momento, apesar da proximida<strong>de</strong> da<br />

Primavera e <strong>de</strong> toda a sua beleza, tenho<br />

sauda<strong>de</strong>s dos avessos cuidadosamente<br />

guardados, numa cómoda <strong>de</strong> alfazema, na<br />

casa da minha avó. Cheiravam a persistência,<br />

a respeito, a confiança e a serenida<strong>de</strong>…<br />

Aamiza<strong>de</strong> da C/Mena<br />

O VALOR DOS VALORES DO HUMANISMO<br />

(Continuação da pág. 5)<br />

valores dos existencialistas e personalistas<br />

cristãos, isto é, aprendamos a “estar no mundo<br />

uns com os outros.” Isto só é possível<br />

reabilitando os valores do humanismo. Para<br />

isso, é preciso darmos o primado ao Ser. Se<br />

continuarmos <strong>de</strong>svalorizando o Ser e a<br />

alimentar o Vírus do individualismo, como<br />

tem acontecido até agora, continuaremos a<br />

contribuir para uma socieda<strong>de</strong> cada vez mais<br />

ansiosa, <strong>de</strong>pressiva e, consequentemente,<br />

psiquiatrizada, pois, se consi<strong>de</strong>rarmos o outro<br />

como um objecto a ser manipulado para servir<br />

os nossos fins, em trabalho, ou lazer,<br />

<strong>de</strong>struímos os afectos e ficaremos cada vez<br />

mais sós embora acompanhados por presenças<br />

ausentes o que nos torna mais se<strong>de</strong>ntos <strong>de</strong><br />

contacto emocional e mais vulneráveis. A<br />

vulnerabilida<strong>de</strong>, por sua vez, coloca-nos em<br />

susceptibilida<strong>de</strong> emocional, retira-nos<br />

recursos psicológicos para fazer frente às<br />

adversida<strong>de</strong>s e aos infortúnios da vida e neste<br />

caso caminha-se a passos largos para a <strong>de</strong>pres-<br />

são e, concomitantemente, para a disfunção da<br />

personalida<strong>de</strong>.<br />

A perda do valor dos valores humanistas<br />

levou a que o actual momento histórico se<br />

caracterize, entre outras coisas, pela falta <strong>de</strong><br />

gran<strong>de</strong>s i<strong>de</strong>ais e se viva, “aqui e agora”, sem fé<br />

e sem esperança.<br />

Julgamos que uma das questões centrais que<br />

um movimento humanista/solidário <strong>de</strong>ve por a<br />

si mesmo, não só pelo esclarecimento dos<br />

valores humanistas que o norteiam, mas<br />

também pelo compromisso social e político<br />

que encerra, é o da recuperação da tábua <strong>de</strong><br />

valores humanistas e, assim, o da discussão<br />

das condições existenciais dos seres humanos.<br />

Precisamos recuperar a credibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que o<br />

agir por <strong>de</strong>ver e por respeito à lei moral (Kant)<br />

po<strong>de</strong> contribuir para o bem-estar mental.<br />

Como? Em primeiro lugar funcionando como<br />

um instrumento <strong>de</strong> agregação <strong>de</strong> valores<br />

humanistas, através do incentivo à<br />

fraternida<strong>de</strong>, aos afectos. Um homem, frater-<br />

Pela C.ª Mena Barata<br />

Mesa do Fórum<br />

no, solidário e afectivo, possui mais força.<br />

Afraternida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ve ser assumida em<br />

muitas vertentes mas o voluntariado como<br />

forma <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> é, sem dúvida, uma<br />

das vertentes privilegiadas <strong>de</strong> comunhão e<br />

partilha e po<strong>de</strong> ser exercido nas Ruas, nas<br />

Igrejas, nos Bairros, nos Hospitais, etc.. Os<br />

voluntários ao <strong>de</strong>dicarem o seu tempo e a sua<br />

generosida<strong>de</strong> a quem <strong>de</strong>la carece respon<strong>de</strong>m a<br />

valores fundamentais: ajuda, colaboração,<br />

partilha e melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida. Ao<br />

mobilizarem-se para causas <strong>de</strong> interesse<br />

social e comunitário, criam laços <strong>de</strong><br />

solidarieda<strong>de</strong>, <strong>de</strong> afectivida<strong>de</strong> e confiança<br />

mútua que nos protegem em tempos <strong>de</strong> crise e<br />

contribuem para uma socieda<strong>de</strong> mais unida,<br />

mais humana, e mais fraterna. O voluntariado<br />

traz vantagens para a socieda<strong>de</strong> como um todo<br />

e para as pessoas que o praticam em particular,<br />

por isso, <strong>de</strong>ve ser apoiado, valorizado e<br />

divulgado.<br />

A solidarieda<strong>de</strong> é a profunda aspiração dos<br />

valores humanistas, mas, para que ela não se<br />

fique no i<strong>de</strong>al, <strong>de</strong>ve encontrar a sua linha <strong>de</strong><br />

acção e essa linha <strong>de</strong> acção po<strong>de</strong> ser exercida,<br />

nomeadamente, através do voluntariado e da<br />

relação <strong>de</strong> ajuda neste “estar no mundo uns<br />

com os outros” para a solidarieda<strong>de</strong>, para a<br />

partilha, para os afectos, ajudando a tornar<br />

menos pesados os silêncios ruidosos <strong>de</strong>ste<br />

tempo em que quem pontifica é Cronos e não<br />

Cairos e, simultaneamente, converte-se na<br />

chave mestra da educação dos afectos<br />

permitindo eliminar a experiência do vazio<br />

existencial que afecta a maioria das pessoas.<br />

O voluntariado possibilita a partilha <strong>de</strong><br />

afectos, dá espaço à verbalização <strong>de</strong> emoções,<br />

e solidifica os valores do humanismo levando<br />

ao aperfeiçoamento pessoal on<strong>de</strong> os<br />

compromissos existenciais assumem a vida<br />

como encontro.<br />

JOÃO DOS SANTOS<br />

Kant, I. (1988), Fundamentação da Metafísica dos<br />

Costumes. Lisboa. Edições 70.<br />

Oliver, J. (2007), Affluenza, Porto, Civilização<br />

Editora.<br />

Rojas, E. (2007), O Homem Light -uma Vida Sem<br />

Valores Madrid, Editorial Hoy.


A <strong>de</strong>pressão é uma doença mental que se<br />

caracteriza por tristeza mais marcada ou<br />

prolongada, perda <strong>de</strong> interesse por<br />

activida<strong>de</strong>s habitualmente sentidas como<br />

agradáveis e perda <strong>de</strong> energia ou cansaço<br />

fácil.<br />

Ter sentimentos <strong>de</strong>pressivos é comum,<br />

sobretudo após experiências ou situações<br />

que nos afectam <strong>de</strong> forma negativa. No<br />

entanto, se os sintomas se agravam e<br />

perduram por mais <strong>de</strong> duas semanas<br />

consecutivas, convém começar a pensar em<br />

procurar ajuda.<br />

A <strong>de</strong>pressão po<strong>de</strong> afectar pessoas <strong>de</strong> todas<br />

as ida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a infância à terceira ida<strong>de</strong>, e<br />

se não for tratada, po<strong>de</strong> conduzir ao suicídio,<br />

uma consequência frequente da <strong>de</strong>pressão.<br />

Estima-se que esta doença esteja associada à<br />

perda <strong>de</strong> 850 mil vidas por ano, mais <strong>de</strong> 1200<br />

mortes em Portugal.<br />

A<strong>de</strong>pressão po<strong>de</strong> ser episódica, recorrente<br />

ou crónica, e conduz à diminuição<br />

substancial da capacida<strong>de</strong> do indivíduo em<br />

assegurar as suas responsabilida<strong>de</strong>s do dia-adia.<br />

A <strong>de</strong>pressão po<strong>de</strong> durar <strong>de</strong> alguns meses<br />

a alguns anos. Contudo, em cerca <strong>de</strong> 20 por<br />

cento dos casos torna-se uma doença crónica<br />

sem remissão. Estes casos <strong>de</strong>vem-se,<br />

fundamentalmente, à falta <strong>de</strong> tratamento<br />

a<strong>de</strong>quado.<br />

A <strong>de</strong>pressão é mais comum nas mulheres<br />

do que nos homens: um estudo realizado pela<br />

Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, em 2000,<br />

mostrou que a prevalência <strong>de</strong> episódios <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>pressão unipolar é <strong>de</strong> 1,9 por cento nos<br />

homens e <strong>de</strong> 3,2 por cento nas mulheres.<br />

Quais são os factores <strong>de</strong> risco?<br />

Pessoas com episódios <strong>de</strong> <strong>de</strong>pressão no<br />

passado;<br />

Pessoas com história familiar <strong>de</strong> <strong>de</strong>pressão;<br />

Pessoas do género feminino: a <strong>de</strong>pressão é<br />

mais frequente nas mulheres, ao longo <strong>de</strong><br />

toda a vida, mas em especial durante a<br />

adolescência, no primeiro ano após o parto,<br />

menopausa e pós-menopausa;<br />

Pessoas que sofrem um qualquer tipo <strong>de</strong><br />

perda significativa, mais habitualmente a<br />

perda <strong>de</strong> alguém próximo;<br />

Pessoas com doenças crónicas - sofrendo do<br />

coração, com hipertensão,com asma, com<br />

diabetes, com história <strong>de</strong> tromboses, com<br />

artroses e outras doenças reumáticas, SIDA,<br />

fibromialgia, cancro e outras doenças;<br />

Pessoas que coabitam com um familiar<br />

portador <strong>de</strong> doença grave e crónica (por<br />

exemplo, pessoas que cuidam <strong>de</strong> doentes<br />

comAlzheimer);<br />

Pessoas com tendência para ansieda<strong>de</strong> e<br />

pânico;<br />

Pessoas com profissões geradoras <strong>de</strong> stress<br />

ou em circunstâncias <strong>de</strong> vida que causem<br />

stress;<br />

Pessoas com <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> substância<br />

químicas (drogas) e álcoo;<br />

Pessoas idosas.<br />

s<br />

Por: CL PEDRO RIBEIRO CRISÓSTOMO<br />

Depressão<br />

É possível prevenir a <strong>de</strong>pressão?<br />

Como em todas as doenças, a prevenção é<br />

sempre a melhor abordagem, <strong>de</strong>signadamente<br />

para as pessoas em situação <strong>de</strong> risco, pois<br />

permite a intervenção precoce <strong>de</strong> profissionais<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e impe<strong>de</strong> o agravamento dos<br />

sintomas.<br />

Se sofre <strong>de</strong> ansieda<strong>de</strong> e/ou ataques <strong>de</strong><br />

pânico, não hesite em procurar ajuda médica<br />

especializada, pois muitas vezes são os<br />

primeiros sintomas <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>pressão.<br />

Se apresenta queixas físicas sem que os<br />

exames <strong>de</strong> diagnóstico encontrem uma<br />

explicação então abor<strong>de</strong> o assunto com o seu<br />

médico assistente.<br />

Quais são os sintomas da <strong>de</strong>pressão?<br />

A <strong>de</strong>pressão diferencia-se das normais<br />

mudanças <strong>de</strong> humor pela gravida<strong>de</strong> e<br />

permanência dos sintomas. Está associada,<br />

muitas vezes, a ansieda<strong>de</strong> e/ou pânico.<br />

Os sintomas mais comuns são:<br />

Modificação do apetite (falta ou excesso <strong>de</strong><br />

apetite);<br />

Perturbações do sono (sonolência ou<br />

insónia);<br />

Fadiga, cansaço e perda <strong>de</strong> energia;<br />

Sentimentos <strong>de</strong> inutilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> falta <strong>de</strong><br />

confiança e <strong>de</strong> auto-estima,sentimentos <strong>de</strong><br />

culpa e sentimento <strong>de</strong> incapacida<strong>de</strong>;<br />

Falta ou alterações da concentração;<br />

Preocupação com o sentido da vida e com a<br />

morte;<br />

Desinteresse, apatia e tristeza;<br />

Alterações do <strong>de</strong>sejo sexual;<br />

Irritabilida<strong>de</strong>;<br />

Manifestação <strong>de</strong> sintomas físicos, como dor<br />

muscular, dor abdominal, enjoo.<br />

Quais são as causas da <strong>de</strong>pressão?<br />

As causas diferem muito <strong>de</strong> pessoa para<br />

pessoa. Porém, é possível afirmar-se que há<br />

factores que influenciam o aparecimento e a<br />

permanência <strong>de</strong> episódios <strong>de</strong>pressivos. Por<br />

exemplo, condições <strong>de</strong> vida adversas, o<br />

divórcio, a perda <strong>de</strong> um ente querido, o<br />

<strong>de</strong>semprego, a incapacida<strong>de</strong> em lidar com<br />

<strong>de</strong>terminadas situações ou em ultrapassar<br />

obstáculos, etc.<br />

Determinar qual o factor ou os factores que<br />

<strong>de</strong>senca<strong>de</strong>aram a crise <strong>de</strong>pressiva po<strong>de</strong> ser<br />

importante, pois para o doente po<strong>de</strong>rá ser<br />

vantajoso apren<strong>de</strong>r a evitar ou a lidar com esse<br />

factor durante o tratamento.<br />

Algumas doenças po<strong>de</strong>m provocar ou<br />

facilitar a ocorrência <strong>de</strong> episódios <strong>de</strong>pressivos<br />

ou a evolução para <strong>de</strong>pressão crónica. São<br />

exemplo as doenças infecciosas, a doença <strong>de</strong><br />

Parkinson, o cancro, outras doenças mentais,<br />

doenças hormonais, a <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong><br />

substâncias como o álcool, entre outras. O<br />

mesmo po<strong>de</strong> suce<strong>de</strong>r com certos<br />

medicamentos, como os corticói<strong>de</strong>s, alguns<br />

anti-hipertensivos, alguns imunossupressores,<br />

alguns citostáticos, medicamentos <strong>de</strong><br />

Pela Drª Rita Crisóstomo<br />

PÁG. 7<br />

terapêutica hormonal <strong>de</strong> substituição, e<br />

neurolépticos clássicos, entre outros.<br />

Como se diagnostica a <strong>de</strong>pressão?<br />

Pela avaliação clínica do doente, <strong>de</strong>signadamente<br />

pela i<strong>de</strong>ntificação, enumeração e<br />

curso dos sintomas bem como pela presença<br />

<strong>de</strong> doenças <strong>de</strong> que pa<strong>de</strong>ça e <strong>de</strong> medicação<br />

que possa estar a tomar.<br />

Não existem meios complementares <strong>de</strong><br />

diagnóstico específicos para a <strong>de</strong>pressão, e a<br />

bem da verda<strong>de</strong>, tão pouco são necessários: o<br />

diagnóstico clínico é fácil e bastante preciso.<br />

Dirija-se sempre ao seu médico <strong>de</strong> família<br />

ou clínico geral: estes médicos po<strong>de</strong>m<br />

reconhecer a presença da doença, e caso<br />

consi<strong>de</strong>rem necessário, po<strong>de</strong>m contactar<br />

com um médico psiquiatra para<br />

esclarecimento do diagnóstico e para<br />

orientação terapêutica (o medicamento a<br />

usar, a dose, a duração, a resposta esperável<br />

face ao tipo <strong>de</strong> pessoa, a indicação para um<br />

tipo específico <strong>de</strong> psicoterapia, a necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> outros tipos <strong>de</strong> intervenção, etc.).<br />

Como se trata a <strong>de</strong>pressão?<br />

Normalmente, através do uso <strong>de</strong><br />

medicamentos, <strong>de</strong> intervenções<br />

psicoterapêuticas, ou da conjugação <strong>de</strong><br />

ambas.<br />

As intervenções psicoterapêuticas são<br />

particularmente úteis nas situações ligeiras e<br />

reactivas às adversida<strong>de</strong>s da vida bem como<br />

em associação com medicamentos nas<br />

situações mo<strong>de</strong>radas e graves. A <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong><br />

iniciar uma psicoterapia <strong>de</strong>ve ser sempre<br />

<strong>de</strong>batida com o seu médico: a oferta <strong>de</strong><br />

serviços é gran<strong>de</strong>, não é auto-regulada, e é<br />

difícil a pessoa <strong>de</strong>primida conseguir escolher<br />

o que mais lhe convém sem ajuda médica.<br />

Os medicamentos usados no tratamento<br />

das <strong>de</strong>pressões são <strong>de</strong>signados por anti<strong>de</strong>pressivos.<br />

Estes medicamentos são a pedra<br />

basilar do tratamento das <strong>de</strong>pressões<br />

mo<strong>de</strong>radas e graves e das <strong>de</strong>pressões<br />

crónicas, po<strong>de</strong>ndo ser úteis nas <strong>de</strong>pressões<br />

ligeiras e não criam habituação nem alteram<br />

a personalida<strong>de</strong> da pessoa. Com a evolução<br />

da ciência e da farmacologia, estes<br />

medicamentos são cada vez mais eficazes no<br />

controlo e tratamento da <strong>de</strong>pressão,<br />

nomeadamente por interferência com a acção<br />

<strong>de</strong> neurotransmissores, como a serotonina e a<br />

noradrenalina, no hipotálamo, a zona do<br />

cérebro responsável pelo humor (emoções).<br />

Se o médico lhe prescrever medicamentos<br />

anti<strong>de</strong>pressivos, siga as suas indicações e<br />

nunca pare o tratamento sem lhe comunicar<br />

as razões.<br />

Estes medicamentos não têm efeito<br />

imediato: po<strong>de</strong> <strong>de</strong>morar algumas semanas, 4<br />

a 6, até começar a sentir-se melhor. O<br />

(Continua na pág. 9)


PÁG. 8<br />

CAMPANHA DE ANGARIAÇÃO DE FUNDOS<br />

CONVÍVIO EM CASA DOS COMPANHEIROS<br />

ALÍRIO SERRASQUEIRO E MULHER Cª TERESA SERRASQUEIRO.<br />

Interrompido há uns anos, este Convívio<br />

em casa dos Companheiros Alírio e mulher,<br />

a Cª Teresa, em Alcains, teve <strong>de</strong> novo<br />

realização, no dia 23 <strong>de</strong> Fevereiro, a partir<br />

das 13 horas. Eram quase 23 horas quando os<br />

últimos Companheiros se <strong>de</strong>spediam dos<br />

donos da casa.<br />

Companheiros e Convidados, 70 pessoas,<br />

pu<strong>de</strong>ram <strong>de</strong>sfrutar um magnífico almoço <strong>de</strong><br />

“laburdo” e um esplêndido jantar <strong>de</strong> arroz<br />

<strong>de</strong> marisco. A <strong>de</strong>spesa, toda a <strong>de</strong>spesa, com<br />

excepção <strong>de</strong> algumas saborosas sobremesas<br />

que as nossas Companheiras ofereceram<br />

para o Convívio, toda foi suportada pelos<br />

Companheiros Alírio e Teresa, O <strong>Clube</strong><br />

beneficiou da receita que o nosso Tesoureiro<br />

não perdoou aos convivas, <strong>de</strong> todos<br />

cobrando o que seria o custo das refeições e<br />

ainda o preço dos bilhetes <strong>de</strong> uma rifa <strong>de</strong> um<br />

telemóvel que ele próprio ofereceu.<br />

Do Convívio se publica a reportagem<br />

fotográfica possível, “ad perpetuam rei<br />

memoriam” e registo dos participantes.<br />

Estão <strong>de</strong> parabéns os donos da casa. Tudo<br />

correu na melhor forma, com a dignida<strong>de</strong><br />

dos gran<strong>de</strong>s acontecimentos gastronómicos.<br />

O <strong>Clube</strong>, o <strong>Boletim</strong> e os Companheiros, <strong>de</strong><br />

que nos fazemos representantes, sem<br />

procuração, felicitam o benemérito casal.<br />

Bem hajam, Companheiros. Aos<br />

Companheiros e Convidados o <strong>Boletim</strong><br />

felicita também pela generosa participação,<br />

em ambiente <strong>de</strong> uma sã alegria e larga<br />

amiza<strong>de</strong>.<br />

Uma coisa temos como certa: se, no<br />

próximo ano, o donos da casa repetirem o<br />

convite lá estaremos todos e <strong>de</strong> certo que<br />

com mais convidados ainda.<br />

(Continuação da 1ª Pág.)<br />

Se, por nosso mal, isso vier a suce<strong>de</strong>r,<br />

haveremos <strong>de</strong> convir que mal vai o<br />

nosso Lionismo. Cristo, no Templo,<br />

<strong>de</strong>rrubou as mesas dos cambistas. Nos<br />

nosso <strong>Clube</strong>s acaso teremos <strong>de</strong> retirar<br />

das mesas os que nelas não <strong>de</strong>vem ter<br />

assento?<br />

Ninguém po<strong>de</strong> ser Lion, se não for<br />

pessoa <strong>de</strong> clara idoneida<strong>de</strong>. Se acaso<br />

entrou no <strong>Clube</strong> sem esse requisito, há<br />

que dar remédio, com convite à<br />

conversão. Isto em nome da tolerância.<br />

Isto porque o Código que professamos,<br />

nos interpela a ajudar o próximo, o que<br />

está mesmo ao nosos lado, o<br />

Companheiro que necessita <strong>de</strong> ser ele<br />

também tolerante a tempo inteiro.<br />

Dentro do Movimento há mudanças a<br />

fazer com urgência, o que tem sido dito.<br />

.<br />

Há tempos, um alto responsável da<br />

estrutura lionística portuguesa escrevia<br />

que apenas 10% -”...raramente exce<strong>de</strong><br />

os 10% ...” - das receitas chega ao seu<br />

<strong>de</strong>stino e o mais era gasto a “Suportar<br />

mordomias dos Presi<strong>de</strong>ntes, Vice-<br />

Presi<strong>de</strong>ntes + Directores Internacionais<br />

+ Past Presi<strong>de</strong>ntes + Past Directores Internacionais<br />

e, mais toda uma panóplia<br />

<strong>de</strong> administrativos e gastos inerentes” /<br />

“Viagens em 1ª classe, hotéis <strong>de</strong> luxo,<br />

etc., etc. e extensivo aos cônjuges”.<br />

São estas, acusações gravíssimas e<br />

terríveis. Todos assim as consi<strong>de</strong>ram,<br />

estou certo. Tão graves que ninguém até<br />

hoje levantou a voz. Estou certo que<br />

ninguém se teve por alvo <strong>de</strong>las. Daí que<br />

pergunte:<br />

.<br />

Que se fez, entretanto, para saber-mos<br />

se é verda<strong>de</strong> ou apenas uma incorrecta<br />

informação?<br />

Vivemos tempos marcados pela indiferença.<br />

Infelizmente, alguns não<br />

“suportam” este modo <strong>de</strong> viver e <strong>de</strong>ci<strong>de</strong>m<br />

afastar-se,em lugar <strong>de</strong> dar corpo a uma<br />

luta pelas “mudanças” imperiosas que<br />

têm <strong>de</strong> ser feitas.<br />

Por mim, estive esperando que as<br />

nossas hierarquias se pronunciassem.<br />

Nada vi ainda escrito em <strong>de</strong>fesa ou em<br />

rejeição daquele libelo.Ouvi “bocas”<br />

Quem nos aco<strong>de</strong>?<br />

Para que não esqueça, aqui <strong>de</strong>ixo o<br />

meu apelo.<br />

CL A.P.


VISITA AO CIJE<br />

A nossa visita à Casa da Infância e<br />

Juventu<strong>de</strong> foi este ano bem tardia. Do Dia <strong>de</strong><br />

Reis, ou data próxima, viemos a cair no dia 2<br />

<strong>de</strong> <strong>Março</strong> <strong>de</strong> <strong>2008</strong>. O CL Presi<strong>de</strong>nte soube<br />

justificar-se: “Devíamos vir pelo Natal,<br />

disse, mas todos os dias <strong>de</strong>vem ser Natal”. E<br />

as crianças, setenta e muitas meninas, dos 6<br />

aos 18 anos, compreen<strong>de</strong>ram que nos<br />

atrasámos mas que soubemos arranjar a<br />

justificação própria dos adultos. E<br />

aceitaram, com largos sorrisos e muitas<br />

palmas. “No próximo ano voltaremos, mas<br />

mais cedo”. Aqui, <strong>de</strong> certo, o motivo das<br />

palmas, das muitas palmas, que se ouviram.<br />

A participação dos Companheiros não<br />

<strong>de</strong>sdisse da que é habitual nas activida<strong>de</strong>s a<br />

favor da comunida<strong>de</strong>. Companheiras e<br />

Companheiros éramos <strong>de</strong>z! … Não vou<br />

<strong>de</strong>ixar aqui os seus nomes, e <strong>de</strong> certo que<br />

ninguém se vai lembrar <strong>de</strong> olhar as<br />

fotografias para ver quem está presente. Se o<br />

fizer, adicione mais um, o que nelas não está<br />

porque é o fotógrafo <strong>de</strong> serviço.<br />

Foi pena que estivéssemos tão poucos. As<br />

crianças preparam-se para nos brindar com<br />

os seus bailados. E que bem que se saíram!<br />

Estão <strong>de</strong> parabéns as suas Professoras. Está<br />

<strong>de</strong> parabéns a Instituição que sabe como é<br />

valiosa e rica uma sólida educação nesta área<br />

e consegue, apesar das dificulda<strong>de</strong>s que os<br />

orçamentos criam, dar-lhe execução.<br />

Em compensação da falta <strong>de</strong> Companheiros,<br />

é imperioso <strong>de</strong>ixar aqui uma<br />

palavra <strong>de</strong> agra<strong>de</strong>cimento às Pastelarias que<br />

não quiseram dar-nos bolos <strong>de</strong> ontem, mas<br />

<strong>de</strong> hoje, bolos e salgadinhos que propositadamente<br />

confeccionaram para esta<br />

visita. Tudo oferta, sem pagamento <strong>de</strong><br />

qualquer natureza. O nosso Bem haja às<br />

Pastelaria Montalvão, PastelariaAPalmeira,<br />

Pastelatia Chocolate, Pastelaria Império,<br />

Pastelaria A Colmeia, Pastelaria Barata, e<br />

ainda à Danone e à Beira Sumos, aquela que<br />

ofereceiu os iogurtes e esta os sumos<br />

consumidos na merenda.<br />

PÁG. 9<br />

Depressão<br />

(Continuação da pág. 7)<br />

tratamento dura no mínimo quatro a seis<br />

meses. Obtenha toda a informação e esclareça<br />

todas as dúvidas com o seu médico.<br />

Rita Crisóstomo<br />

Médica<br />

A CAMPANHA SIGTH FIRSTH NO LIONS CLUBE DE CASTELO BRANCO<br />

Programado há mais <strong>de</strong> três meses, com o<br />

propósito <strong>de</strong> obter fundos para a Campanha<br />

Sigth Firsth, o Concerto da ORQUESTRA<br />

SINFÓNICA DA ESART Escola Superior <strong>de</strong><br />

Artes Aplicadas -, do Instituto Politécnico <strong>de</strong><br />

<strong>Castelo</strong> Branco, foi um êxito que não<br />

esquecerá mais, nos anais do <strong>Lions</strong> <strong>Clube</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Castelo</strong> Branco.<br />

Teve este Concerto lugar na sala do Cine-<br />

Teatro Avenida, cedida pela Câmara<br />

Municipal, sendo <strong>de</strong> justiça aqui <strong>de</strong>ixar a<br />

primeira palavra <strong>de</strong> agra<strong>de</strong>cimento ao<br />

Presi<strong>de</strong>nte Joaquim Morão. O maior<br />

agra<strong>de</strong>cimento, que se nos perdoe a franqueza<br />

à moda das Beiras, vai para a Escola Superior<br />

<strong>de</strong> Artes Aplicadas <strong>de</strong> <strong>Castelo</strong> Branco, cuja<br />

Orquestra proporcionou à Cida<strong>de</strong> um<br />

espectáculo <strong>de</strong> rara qualida<strong>de</strong>. O Director<br />

Nacional da Campanha First Sigth II, Past<br />

Director Internacional da Associação<br />

Internacional <strong>de</strong> <strong>Lions</strong> <strong>Clube</strong>s, Rui Machado<br />

da Costa Taveira, verda<strong>de</strong>iramente<br />

surpreendido com a qualida<strong>de</strong> do Orquestra,<br />

dos seus executantes e do seu Maestro,<br />

Maurício Dini Ciacci, com viva satisfação<br />

confi<strong>de</strong>nciou-nos que para concertos <strong>de</strong>sta<br />

qualida<strong>de</strong> estaria sempre disponível para vir a<br />

(Continua na pág. 10)


PÁG. 10<br />

RASTREIO DE DESPISTE DE DIABETES, TENSÃO ARTERIAL E MAS<br />

No dia 23 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> <strong>2008</strong>, o <strong>Lions</strong><br />

<strong>Clube</strong> <strong>de</strong> <strong>Castelo</strong> Branco, realizou na vila <strong>de</strong><br />

Alcains, no edifício se<strong>de</strong> da Junta <strong>de</strong><br />

Freguesia, um rastreio <strong>de</strong> <strong>de</strong>spiste da<br />

diabetes, tensão arterial e massa corporal.<br />

A activida<strong>de</strong> foi largamente anunciada, na<br />

Conferência <strong>de</strong> Imprensa a que se alu<strong>de</strong><br />

noutro espaço e <strong>de</strong>pois nos semanários<br />

Reconquista, Gazeta do Interior e Povo da<br />

Beira e nas Rádios locais: Rádio Juventu<strong>de</strong>,<br />

Rádio Urbana, Rádio Beira Interior, na Junta<br />

<strong>de</strong> Freguesia e na Igreja Matriz <strong>de</strong>Alcains<br />

.<br />

Os exames estiveram a cargo da CLIsabel<br />

Jorge, da CLeo Sofia Jorge, do CL Paulo<br />

Murad, do Cº João Tavares, do CL Pedro<br />

Pitté e do Dr. José Luís. A parte <strong>de</strong> registo<br />

esteve a cargo do CLAntónio Felino.<br />

Muitos Companheiros vieram participar<br />

nesta activida<strong>de</strong>, dando apoio aos médicos e<br />

paramédicos. Muitos <strong>de</strong>les, não todos, o que<br />

lamentamos, têm a presença marcada na<br />

reportagem fotográfica da activida<strong>de</strong>.<br />

Foi com enorme alegria que pu<strong>de</strong>mos<br />

abraçar o nosso CL Nisa Rato, que em<br />

Outubro fora submetido em Coimbra a uma<br />

melindrosa intervenção cirúrgica. Muito<br />

<strong>de</strong>bilitado, o que era notório, o CL Nisa<br />

Rato vivia este encontro com uma alegria<br />

que nos tocava. O <strong>Boletim</strong> <strong>de</strong>seja-lhe com<br />

toda a força <strong>de</strong> que os amigos somos capazes<br />

a plena recuperação da grave enfermida<strong>de</strong><br />

que suportou. Boa saú<strong>de</strong>, Companheiro.<br />

No final da manhã a equipa tinha realizada<br />

uma centena <strong>de</strong> exames <strong>de</strong> cada um dos<br />

rastreios. Foi um bom trabalho, que a<br />

comunida<strong>de</strong> não esquece.<br />

A CAMPANHA SIGTH FIRSTH<br />

(Continuação da pág. 3)<br />

<strong>Castelo</strong> Branco. Foi <strong>de</strong> facto uma enorme<br />

surpresa para todos os que pela primeira vez<br />

viam actuar esta jovem Orquestra, formada por<br />

jovens estudantes da Escola Superior <strong>de</strong> Artes<br />

aplicadas <strong>de</strong> <strong>Castelo</strong> Branco, vê-los executar<br />

com a mestria, que se julgava só ser conseguida<br />

por homens e mulheres <strong>de</strong> mais ida<strong>de</strong>. Bem<br />

haja o Presi<strong>de</strong>nte do Instituto Politécnico <strong>de</strong><br />

<strong>Castelo</strong> Branco. Bem haja a Escola Superior <strong>de</strong><br />

Artes Aplicadas, bem hajam o seu Director e a<br />

sua Subdirectora, bem hajam os músicos da<br />

Orquestra, os jovens alunos instrumentistas da<br />

Escola, bem haja o seu excelente Maestro.<br />

No Programa <strong>de</strong>ste Concerto, <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong><br />

<strong>Março</strong> <strong>de</strong> <strong>2008</strong>, a propósito da história da<br />

Orquestra Sinfónica da EESART, cujos<br />

primeiros passos datam <strong>de</strong> 2001, diz-se que<br />

“tem um duplo papel: contribuir<br />

profundamente para a formação sólida <strong>de</strong><br />

jovens instrumentistas e criar espaços públicos<br />

para a fruição da música”. E acrescenta-se: “Os<br />

estudantes da ESART têm oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolver uma aproximação profissional à<br />

performance e <strong>de</strong> conhecer um amplo corpus<br />

<strong>de</strong> música orquestral. No que diz respeito ao<br />

público, há sempre a preocupação <strong>de</strong> levar à<br />

prática um reportório que se julga pleno <strong>de</strong><br />

eficácia. Para além <strong>de</strong> provi<strong>de</strong>nciar uma<br />

efectiva formação aos instrumentistas com<br />

expectativas profissionais elevadas, a<br />

Orquestra é também um elemento gerador <strong>de</strong><br />

diversos momentos em que a música<br />

orquestral <strong>de</strong> diferentes tempos procura<br />

integrar-se na vida cultural das pessoas”.<br />

Nesta noite, <strong>de</strong>ste Concerto, estes objectivos<br />

colheram plena realização.AEscola está<br />

<strong>de</strong> parabéns.<br />

Do Programa, na sua primeira parte,<br />

Maurício Ciacci fez ouvir “L'Italiana in<br />

Algieri, <strong>de</strong> Gioacchino Rossini, e Peer Gyny,<br />

Suite <strong>Nº</strong> 1, Op.46, <strong>de</strong> Edvard Grieg. Na<br />

segunda parte pu<strong>de</strong>mos ouvir a Sonfonia <strong>Nº</strong> 5,<br />

em Dó menor, Op. 67, <strong>de</strong> Ludwig van<br />

Beethoven.<br />

A maioria da assistência era composta por<br />

jovens alunos das nossas Escolas, que <strong>de</strong> certo<br />

não conheciam o Libreto da peças executadas,<br />

mas que as viveram com a intensida<strong>de</strong> e o<br />

prazer que as gran<strong>de</strong>s obras sempre nos<br />

proporcionam.As palmas vivas saídas da suas<br />

pequenas mãos sublinhavam incisivamente<br />

esse gozo espiritual que as movia.<br />

Também aqui o Concerto atingiu o objectivo<br />

que a Escola e a Orquestra se propõem<br />

alcançar: “ … preten<strong>de</strong>mos cada vez mais<br />

tocar um público com capacida<strong>de</strong> e vonta<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> fazer leituras próprias sobre o que vê e<br />

ouve. (…) a música <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser uma coisa e<br />

passa a ser uma activida<strong>de</strong> em que todos<br />

participam”.<br />

Este Concerto não esquece mais. Esta noite<br />

será lembrada por muitos e muitos anos.<br />

O <strong>Lions</strong> <strong>Clube</strong> <strong>de</strong> <strong>Castelo</strong> Branco agra<strong>de</strong>ce<br />

à Escola que nos proporcionou esta noite<br />

inolvidável e à Cida<strong>de</strong> que quis participar e<br />

esteve presente na sala do Cine Teatro<br />

Avenida.


(Continuação da pág. 12)<br />

INSTRUÇÃO LIONÍSTICA<br />

É importante ler os Objectivos do<br />

Lionismo. São a nossa razão <strong>de</strong> ser como<br />

associação. É bom por isso que sejam<br />

lembrados, não vá pensar-se que ser Lion é<br />

ter amigos influentes e achar ocasião <strong>de</strong> bons<br />

negócios.<br />

E é bom que o Código <strong>de</strong> Ética seja lido<br />

ainda que a sua leitura seja incómoda para<br />

algumas consciências.<br />

Código <strong>de</strong> Ética dos <strong>Lions</strong> e Código <strong>de</strong><br />

Ética do Lionismo.<br />

Tenho para mim que não é indiferente<br />

dizer <strong>de</strong> uma ou <strong>de</strong> outra forma.<br />

Sabemos que na Convenção Internacional<br />

<strong>de</strong> St. Louis, em 1918, foi aprovado o Código<br />

<strong>de</strong> Ética dos <strong>Lions</strong>.<br />

Sabemos também que na Convenção <strong>de</strong><br />

Braga, em 1980, foi aprovado o Código <strong>de</strong><br />

Ética do Lionismo.<br />

Por mim, tenho como mais correcta a<br />

<strong>de</strong>signação adoptada pela Convenção<br />

Internacional Código <strong>de</strong> Ética dos <strong>Lions</strong>. O<br />

Código dirige-se a pessoas e não a<br />

instituições. O Código <strong>de</strong> Ética é dos <strong>Lions</strong> e<br />

não do Lionismo.<br />

Em que diferem, a versão internacional e a<br />

versão portuguesa?<br />

Assinalo apenas duas diferenças relevantes:<br />

No Código <strong>de</strong> Ética dos <strong>Lions</strong>, versão<br />

Internacional, não se faz referência a Deus<br />

nem se contém o item “Servir e não Servirse”.<br />

A referência a Deus e o item “Servir e não<br />

Servir-se” são exclusivas do Código <strong>de</strong> Ética<br />

aprovado em Braga.<br />

Qual <strong>de</strong>vemos usar?<br />

Cada Presi<strong>de</strong>nte tem o direito <strong>de</strong> usar a<br />

versão que lhe aprouver. O que não po<strong>de</strong> é<br />

fazer a mistura das duas, ou seja, omitir a<br />

referência a Deus e acrescentar o item<br />

“Servir e não Servir-se”.<br />

Substituição do Presi<strong>de</strong>nte:<br />

Pensam alguns que o Presi<strong>de</strong>nte po<strong>de</strong><br />

fazer-se substituir pelo Companheiro que lhe<br />

aprouver indicar.<br />

Não é assim.<br />

As nossas Direcções têm 3 Vice-Presi<strong>de</strong>ntes<br />

e só estes substituem o Presi<strong>de</strong>nte. Se<br />

faltarem o Presi<strong>de</strong>nte e os três Vice-<br />

Presi<strong>de</strong>ntes não po<strong>de</strong> constituir-se a<br />

assembleia nem reunir a Direcção, como tal.<br />

Note-se que é o Presi<strong>de</strong>nte da Direcção<br />

quem representa o <strong>Clube</strong>, activa e<br />

passivamente, e não o Presi<strong>de</strong>nte da<br />

Assembleia.<br />

Como sabem, segundo os Estatutos<br />

Internacionais o Presi<strong>de</strong>nte da Assembleia é<br />

também o Presi<strong>de</strong>nte da Direcção, mas isso<br />

parece não estar <strong>de</strong> acordo com a lei<br />

portuguesa, dizem alguns. Tenho para mim<br />

que a nossa lei não proíbe que seja a mesma<br />

pessoa o Presi<strong>de</strong>nte da Assembleia e o<br />

Presi<strong>de</strong>nte da Direcção. E já vi Estatutos <strong>de</strong><br />

ONG em que isso se consagra.<br />

Apropósito: Que os Presi<strong>de</strong>ntes não esqueçam<br />

que não po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>ixar a mesa da presidência<br />

da reunião, mesmo momentaneamente, sem<br />

que se façam substituir por um dos Vice-<br />

Presi<strong>de</strong>ntes. E não esqueçam que a<br />

substituição é automática, ou seja, substitui-o<br />

o 1º Vice, se este não estiver, o 2º e se este não<br />

estiver o 3º. Faltando qualquer <strong>de</strong>stes, não há<br />

substituição nem reunião, nem ausência da<br />

mesa, portanto.<br />

Mesmo externamente o Presi<strong>de</strong>nte só po<strong>de</strong><br />

ser substituído por um dos Vice-Presi<strong>de</strong>ntes da<br />

sua Direcção.<br />

Intervenções numaAssembleia:<br />

Leio no Manual Para Dirigentes, <strong>de</strong> Áureo<br />

Rodrigues e Rui Taveira, que “Manda o bom<br />

senso e o respeito pelos outros que não haja<br />

mais do que três intervenções. Estando<br />

presente, em acto oficial, competirá ao<br />

Governador a intervenção <strong>de</strong> fundo que será a<br />

última. / Depois do Governador só se admite o<br />

encerramento…”, que <strong>de</strong>ve ser feito pelo<br />

Presi<strong>de</strong>nte do Cube.<br />

Nos <strong>Clube</strong>s em que há Director Crítico ou<br />

Comentador este é sempre o último a falar.<br />

Fala <strong>de</strong>pois do Presi<strong>de</strong>nte e este quebra o<br />

protocolo, diz-se, se quiser falar <strong>de</strong> novo.<br />

Cabe-lhe apenas encerrar a sessão.<br />

Por esta razão é que nas assembleias em que<br />

esteja presente o Governador não há ou não<br />

<strong>de</strong>ve haver Director Crítico. Depois da<br />

intervenção do Governador mais ninguém<br />

fala. Ele será o Crítico da sessão, se vir que há<br />

razões para o fazer e quiser usar esse direito.<br />

Porque o Governador é sempre o último a<br />

falar, antes <strong>de</strong>le usarão da palavras as<br />

entida<strong>de</strong>s lionísticas e civis por or<strong>de</strong>m<br />

crescente <strong>de</strong> representativida<strong>de</strong>, ou seja do<br />

menos para o mais representativo.<br />

E isto é assim porque no protocolo lionístico<br />

a or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> procedência, a nível <strong>de</strong> clube, é a<br />

seguinte: Presi<strong>de</strong>nte, Actuais e ex-Dirigentes<br />

Internacionais, incluindo Governadores, por<br />

or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>crescente, ex-Presi<strong>de</strong>nte Imediato,<br />

1º, 2º e 3º Vice-Presi<strong>de</strong>ntes, Secretário,<br />

Tesoureiro, outros Directores, ex-Presi<strong>de</strong>ntes<br />

por or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>crescente.<br />

Duas Notas mais, para terminar:<br />

1.O serviço <strong>de</strong> mesa:<br />

As senhoras são sempre as primeiras a ser<br />

servidas em cada mesa. A “dona da casa” é a<br />

última das Senhoras e o “dono a casa” é o<br />

último <strong>de</strong> todos a ser servido.<br />

Chamei este ponto à colação, pois não o vejo<br />

praticado sempre, normalmente por culpa <strong>de</strong><br />

quem serve e distracção dos “donos da casa”.<br />

Vamos estar atentos.<br />

2. O respeito pelos oradores:<br />

Leio no Regulamento das Convenções do<br />

Distrito 115 CS, aprovado em 27 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong><br />

PÁG. 11<br />

1991:<br />

“Os oradores a quem for concedido o uso da<br />

palavra têm direito a ser escutados em silêncio<br />

absoluto, não sendo <strong>de</strong> admitir, numa<br />

Assembleia <strong>de</strong> <strong>Lions</strong>, quaisquer apartes ou<br />

quebras a esta regra”.<br />

Já tive ocasião <strong>de</strong> me pronunciar sobre esta<br />

questão duas ou três vezes. E não vou dizer<br />

nada <strong>de</strong> novo, antes me limitarei a dizer o que<br />

sempre venho dizendo.<br />

Para mim foi sempre e continua a ser motivo<br />

<strong>de</strong> espanto que esta regra tenha achado<br />

cabimento num Regulamento Lionístico.<br />

O lugar <strong>de</strong>la será num Manual <strong>de</strong> Boa<br />

Educação ou num Manual <strong>de</strong> Etiqueta ou num<br />

Manual <strong>de</strong> Boas Maneiras.<br />

Mal ia o Lionismo em 1991 para que no<br />

Regulamento das Convenções se sentisse<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> inserir aquela norma <strong>de</strong> boa<br />

educação.<br />

Pergunto, todavia: vai agora melhor para<br />

propormos a eliminação da regra?<br />

A resposta, em meu parecer e salvo o<br />

<strong>de</strong>vido respeito por opinião em contrário, é<br />

negativa. Mal vai o nosso Lionismo, porque<br />

ainda não apren<strong>de</strong>mos a respeitar-nos.<br />

29.03.<strong>2008</strong>,no 27º Aniversário do LC <strong>de</strong><br />

<strong>Castelo</strong> Branco (Centro) - Intervenção na 1ª<br />

Reunião da RegiãoA..<br />

NOTA DA REDACÇÃO<br />

Por falta <strong>de</strong> espaço, o que nos entristece,<br />

não po<strong>de</strong> este <strong>Boletim</strong> dar notícia do<br />

Aniversário do <strong>Lions</strong> <strong>Clube</strong> da Cova da<br />

Beira e da Conferência <strong>de</strong> Imprensa para<br />

relançamento da Campanha Sigth First.<br />

Deixamos aqui duas fotografias das<br />

reportagem, uma <strong>de</strong> cada um dos eventos.<br />

Conferência <strong>de</strong> Imprensa<br />

Aniversário do LC da Cova da Beira


PÁG. 12<br />

Porque a CL Presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Região me<br />

pediu esta intervenção, aqui estou para falar<br />

da “coisa”, das “coisas” lionísticas. Não me<br />

foi dado um tema, pediu-me a CL Maria<br />

Eugénia uma “instrução lionística”.<br />

Olhei para os muitos eventos em que tenho<br />

participado, em <strong>Clube</strong>s jovens e em <strong>Clube</strong>s<br />

<strong>de</strong> ida<strong>de</strong> bem madura, e revivi aquela<br />

sensação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sagrado que me tem assaltado<br />

nalgumas <strong>de</strong>ssas visitas. Entra-se na sala<br />

on<strong>de</strong> a activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>corre ou vai <strong>de</strong>correr e<br />

vê-se que as Ban<strong>de</strong>iras estão incorrectamente<br />

colocadas. Pe<strong>de</strong>-se a palavra e todos<br />

oradores saúdam todas as entida<strong>de</strong>s civis e<br />

lionisticas presentes. O Presi<strong>de</strong>nte levanta-se<br />

e sai a aten<strong>de</strong>r o telemóvel, ficando a Mesa<br />

sem Presi<strong>de</strong>nte. Um Companheiro toma a<br />

palavra e a assembleia continua a gozar o<br />

convívio, apesar <strong>de</strong> o director da sessão<br />

percutir uma e muitas vezes o sino, por vezes<br />

com marteladas bem vivas. A assembleia é<br />

massacrada com discursos e mais discursos,<br />

por vezes uma <strong>de</strong>zena senão uma dúzia,<br />

alguns bem longos e bem fastidiosos.<br />

Todos reconhecem que tudo isto está<br />

errado e que resulta em boa parte do<br />

<strong>de</strong>sconhecimento do protocolo e da coisa<br />

lionística e, por vezes, <strong>de</strong>ixem-me que o diga<br />

já, da falta <strong>de</strong> educação. Eu sei que é forte,<br />

muito forte, esta maneira <strong>de</strong> dizer, mas nas<br />

Beiras nunca <strong>de</strong>ixamos <strong>de</strong> chamar os dos<br />

bois pelo nome.<br />

Sob aquela enumeração <strong>de</strong> procedimentos<br />

errados, serei tão sucinto quando possível.<br />

Por mim, gostaria mais <strong>de</strong> tratar um tema<br />

da história do Lionismo ou ater-me numa<br />

reflexão lionística, mas não quis ir fora do<br />

que me foi recomendado e tive receio,<br />

confesso, <strong>de</strong> escandalizar alguns dos que<br />

porventura me escutassem, se me ocupasse<br />

da História do Lionismo.Arranjarei coragem<br />

para outra ocasião.<br />

SERRASQUEIRO & FILHOS, LDA.<br />

DE CASTELO BRANCO (CENTRO)<br />

Falemos em primeiro lugar da colocação das<br />

Ban<strong>de</strong>iras.<br />

Aregra é simples, Se são em número ímpar, a<br />

Ban<strong>de</strong>ira Nacional fica no meio; se são em<br />

número par, a Ban<strong>de</strong>ira Nacional fica do lado<br />

direito da mesa assembleia (lado esquerdo <strong>de</strong><br />

quem, na assembleia, olha <strong>de</strong> frente para as<br />

ban<strong>de</strong>iras), seguindo-se-lhe <strong>de</strong>pois as <strong>de</strong>mais<br />

por or<strong>de</strong>m <strong>de</strong>crescente da importância: a da<br />

União Europeia, a do Distrito Múltiplo, as dos<br />

Sub-distritos, a do Município, as dos <strong>Clube</strong>s<br />

por or<strong>de</strong>m da sua antiguida<strong>de</strong> e a do <strong>Clube</strong> em<br />

último lugar.<br />

Até há pouco tempo, a saudação das Ban<strong>de</strong>iras<br />

era feita por Companheiros que se<br />

<strong>de</strong>slocavam ao suporte dos mastros, mas vem<br />

sendo hábito olhá-las apenas, pensando cada<br />

um <strong>de</strong> nós no seu significado. Esta nova forma<br />

teve pelo menos uma vantagem. Deixaram <strong>de</strong><br />

pegar na Ban<strong>de</strong>ira com a mão esquerda, em<br />

lugar <strong>de</strong> com a mão direita, alguns dos que<br />

faziam a saudação.<br />

As Saudações das Autorida<strong>de</strong>s Civis e Lionísticas:<br />

A regra é muito simples: - Só invocam os<br />

presentes o orador <strong>de</strong> fundo e o “dono da casa”.<br />

Em lugar <strong>de</strong>ste procedimento, tornou-se<br />

regra geral <strong>de</strong> conduta, nas assembleias,<br />

sobretudo nas festivas, que todos os que pe<strong>de</strong>m<br />

a palavra e falam se permitem invocar todas as<br />

autorida<strong>de</strong>s civis e lionísticas presentes.<br />

Este procedimento é um daqueles que muito<br />

contribui para que as nossas assembleias se<br />

arrastem fastidiosamente e <strong>de</strong>smotivem os que<br />

participam, sobretudo se forem jovens.<br />

Para cúmulo da <strong>de</strong>sdita, na maioria das vezes<br />

a maioria dos que falam nada dizem e se dizem<br />

mais não fazem que repetir o que outros já<br />

disseram.<br />

Remédio: não o encontro para as assembleias<br />

festivas, mas para as ordinárias, para<br />

aquela em que participam apenas sócios, o<br />

Pelo C L Alves Pacheco*<br />

Director Crítico fará a aplicação da coima que<br />

ao caso caiba. Não esqueça o Crítico todavia<br />

que se impõe um critério <strong>de</strong> bom senso para<br />

discernir quando <strong>de</strong>ve e não <strong>de</strong>ve multar.<br />

Fixar o tempo da intervenção <strong>de</strong> cada um dos<br />

oradores po<strong>de</strong> ser e é, se usado com senso e<br />

com <strong>de</strong>lica<strong>de</strong>za, uma forma <strong>de</strong> evitar que as<br />

assembleias, mesmo as festivas, se arrastem<br />

por largo tempo.<br />

Or<strong>de</strong>m normal <strong>de</strong> uma cerimónia ou assembleia:<br />

Não vou aqui enumerar todos os passos <strong>de</strong><br />

uma cerimónia. Todos sabemos que se inicia<br />

com a Abertura pelo Presi<strong>de</strong>nte, seguida da<br />

saudação das Ban<strong>de</strong>iras, da Invocação e da<br />

leitura do Código <strong>de</strong> Ética (se for caso disso).<br />

O meu reparo vai para os aplausos que uma<br />

vez por outra se fazem ouvir <strong>de</strong>pois da leitura<br />

da Invocação. Ensinaram-me que não há<br />

palmas <strong>de</strong>pois da leitura da Invocação, por<br />

bonita ou profunda que seja, nem <strong>de</strong>pois da<br />

leitura do Código <strong>de</strong> Ética. Não encontro<br />

escrita a razão <strong>de</strong>sta razão protocolar, mas<br />

entendo que a Invocação, seja a da Divinda<strong>de</strong>,<br />

seja a das virtu<strong>de</strong>s que fazem do homem o<br />

Homem com maiúscula, <strong>de</strong>ve ser ouvida e<br />

guardada no silêncio mais profundo do nosso<br />

ser. O mesmo se po<strong>de</strong> dizer do Código <strong>de</strong><br />

Ética. É leitura para reflexão que se <strong>de</strong>ve<br />

interiorizar e viver em silêncio. Os gran<strong>de</strong>s<br />

momentos, aqueles que sublimam a nossa<br />

humanida<strong>de</strong> são momentos íntimos que<br />

<strong>de</strong>vemos saborear em recolhimento e não<br />

distrair com palmas.<br />

Sempre me disseram, quando entrei no<br />

Movimento, que o Código <strong>de</strong> Ética dos <strong>Lions</strong><br />

<strong>de</strong>veria ser lido em todas as assembleias <strong>de</strong><br />

jantar e festivas do <strong>Clube</strong>. Há quem assim o<br />

não entenda e tenha passado a ler os<br />

Objectivos do Lionismo em lugar do Código<br />

<strong>de</strong> Ética. Há quem faça ler tanto o Código<br />

como os Objectivos na mesma cerimónia.<br />

(Continua na pág. 11)<br />

SERRASQUEIRO & FILHOS, LDA.<br />

(Continua na pág. 3)<br />

OBRAS PÚBLICAS E PARTICULARES<br />

CONSTRUÇÕES E SANEAMENTOS<br />

RUA D. DINIS, 40 R/C 272 906 341 6005 - 042 ALCAINS

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