Colonização - Centro de Documentação e Pesquisa Vergueiro
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PRESIDENTE DO SINDICATO<br />
DE ■<br />
Orm^j^uf^<br />
DOS TRABALHADORES RURAIS DE BELA VISTA<br />
.Abapco.publicántós a carta què recebenps do STR <strong>de</strong> Bela Vista, <strong>de</strong>nunciando e re-<br />
pudiando as ameaças <strong>de</strong> morte que tem recefeido seu presi<strong>de</strong>nte, valoroso companheiro /<br />
Nelson <strong>de</strong> Assis Teles. Publicamos a carta, como um exemplo do que é o sindicalismo /<br />
combativo, que nao se afugenta diante <strong>de</strong> ameaças, na esperança que possa ser um docu<br />
mento <strong>de</strong> reflexão para os sindicalistas aqui do sul. Ao mesmo tempo, hipotecamos toí<br />
ao se S u p^idtnte a ^ ^ trabalhadores rurais <strong>de</strong> ^1* Vista, ao seu sindicato e<br />
_ '0 Sindicato dos Trabalhadores Rurais <strong>de</strong> Bela Vista,<br />
Goiás, vem <strong>de</strong>nunciar a todos os trabalhadores brasileiros<br />
da cida<strong>de</strong> e do campo as ameaças <strong>de</strong> morte que pesam sobre<br />
seu presi<strong>de</strong>nte, o companheiro NELSON DE ASSIS TELES, mem-<br />
bro da direção nacional da Central Onica dos Trabalhado -<br />
res-O/T.<br />
Coerente com a <strong>de</strong>fesa dos Direitos dos Trabalhado-<br />
res, o conpanheiro NELSON DE ASSIS TELES em nome do Sindi<br />
cato, assuniu a tarefa costumeira <strong>de</strong> convocar a pedido dê<br />
dois associados do Sindicato, o gerente da Fazenda Quilom<br />
bo, Sr. José Gabriel para resolver una disputa trabalhis-<br />
ta. Os dois associados fizeram una empreitada na fazenda<br />
citada ao preço total <strong>de</strong> Cr$ 60.000,00, combinando o paga<br />
mento em duas parcelas: Cr$ 20.000,00 na entrada e os res<br />
tantes Cr$ 40.000,00 no final do serviço.<br />
Os trabalhadores receberama entrada <strong>de</strong> Cr$ 20.000,00<br />
e quando terminaram o serviço não foram pagos os Cr$ ...<br />
40.000,00 restantes. Procuraram o Sindicato. Como <strong>de</strong> cos-<br />
tume, a direção do sindicato enviou ofício ao gerente con<br />
vidando-o para esclarecer a questão. O Sr. José Gabriel<br />
compareceu ao Sindicato na data indicada. Mas estava visi<br />
velmente orientado para não aceitar acordos. Assumiu uma<br />
posição agressiva <strong>de</strong>sacatando o presi<strong>de</strong>nte do Sindicato e<br />
os trabalhadores presentes à reunião. Agindo com firmeza,<br />
o conçjanheiro Nelson exigiu que o Sr. José Gabriel respei<br />
tasse a entida<strong>de</strong> e os trabalhadores e buscasse una atitu-<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong> entrar em acordo para a solução do problema.<br />
Um dos trabalhadores envolvidos na questão inter-<br />
viu na discussão e disse que o vereador Faraí<strong>de</strong>s Bonifa -<br />
eio Guimarães, do FMDB, político ligado ao proprietário da<br />
Fazenda Quilombo, ja estava <strong>de</strong> posse do dinheiro para o<br />
pagamento da empreitada. Diante disso, o Sr. José Gabriel<br />
se dispôs a buscar o dinheiro e efetuar imediatamente o pa<br />
gamento, tendo recebido das mãos dos lavradores o recibo<br />
correspon<strong>de</strong>nte.<br />
No último dia 12, o mesmo Sr. José Gabriel, diante<br />
<strong>de</strong> testemunhas, inclusive o companheiro Vicente Donizete<br />
<strong>de</strong> Oliveira, membro da Diretoria do Sindicato, afirmou nu<br />
ma conversa com o Sr. Faraí<strong>de</strong>s Guimarães que tinha "quê<br />
dar un sumiço nesse presi<strong>de</strong>nte do Sindicato, e <strong>de</strong>pois vou<br />
para a casa dos meus irmãos que moram em S. Paulo. Depois<br />
eu volto". Ao que o vereador Faraí<strong>de</strong>s respon<strong>de</strong>u: "Não pre<br />
cisa nem sair. Basta ficar uns dois (2) dias fora. Depois<br />
você volta que nos assunimos. Agora nós é que mandamos aqui.<br />
Nao e mais como no tenpo do PDS que ele (o presi<strong>de</strong>nte do<br />
sindicato) <strong>de</strong>itava e rolava".<br />
0 Sindicato dos Trabalhadores Rurais <strong>de</strong> Bela Vista<br />
nao aceita pressões e vai continuar a realizar sua tarefa<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r o Direito dos Trabalhadores. E responsabiliza<br />
os indivíduos citados, Sr. Faraí<strong>de</strong>s Guimarães e José Ga-<br />
briel por qualquer violência que vier a acontecer ao pre-<br />
•si<strong>de</strong>nte do Sindicato. Advertimos que essa violência não<br />
vai ficar impune.VJ<br />
mar ' d0 '" e ac °" tece ' ã "- cta miiiiiiiiiiiiiiii -<br />
"Prezados Companheiros:<br />
posseixos^Ssf SiT **** ^ P* 3 ^ ^ **nal * Bonito oo^rovando a situação dos<br />
Gran<strong>de</strong>. TS^^Í JSS^mSeín'^ "^ Joã0 Lln0 Itodri ^ s e nora em Canço<br />
Sebastião ^i^TTéc^S^^iJ^ 3 ^ 0 ? P 08861108 «» volver. Seu nom^é<br />
cs nala^ é o^^L 0 ^^-^^^^ ^ SffSSrF* ^^ *<br />
Uma onda <strong>de</strong> violência está para eclodir<br />
na Fazenda Baia Negra, antigo lote Marabá,<br />
a 70 Km da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Bonito (MS) on<strong>de</strong> mais*<br />
<strong>de</strong> 100 posseiros vivem constantemente amea<br />
çados por invasores e mandatos judiciais."<br />
0 antigo lota Marabá constitui um total<br />
da mais <strong>de</strong> 4 mil hectares, que no <strong>de</strong>correr<br />
dos anos, nas constantes remarcações da ter<br />
ra ficou reduzido em mil e oitocentos ha,"<br />
on<strong>de</strong> os colonos estão vivendo constantemen<br />
te momentos <strong>de</strong> incerteza e ameaças.<br />
_£^_J0RNflL DE BONiTO<br />
100 Colonos da Fazen<br />
'BAÍA MEGRA" SÂ0 AMEAÇADOS E DEFENDEM UM ACÜDE<br />
O PROBLEMA É O AÇUDE<br />
4, reportagem do Jornal <strong>de</strong> Bonito ficou<br />
sabendo que está para eclodir naquela locali-<br />
da<strong>de</strong>, Fazenda Baía Negra, uma onda <strong>de</strong> vio-<br />
lências <strong>de</strong> conseqüências imprevisíveis. Mais<br />
<strong>de</strong> uma centena <strong>de</strong> colonos que lá vivem la-<br />
vrando o chão para <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>rem o pão <strong>de</strong> ca-<br />
da dia, dispõe <strong>de</strong> um único açu<strong>de</strong> <strong>de</strong> água po-<br />
tável para o consumo <strong>de</strong> todos. Ultimamente<br />
lá apareceu um tal <strong>de</strong> "João Vermelho" tam-<br />
bém "dono" das terraa e anunciou qu© vai aol<br />
tar uma manada <strong>de</strong> gado e, evi<strong>de</strong>ntemente, re-<br />
sultará na poluição do açu<strong>de</strong>, o que os colo-<br />
nos não concordam <strong>de</strong> maneira alguma.<br />
TERRAS DEVOLUTAS<br />
Segundo as questões que tramitam na Jus-<br />
tiça por causa da fazenda "Baía Negra", o<br />
mais certo é que as terras são <strong>de</strong>volutas e exis<br />
tem vários donos.<br />
Desta maneira os colonos que lá trabalham<br />
há mais <strong>de</strong> seis anos vão proibir que "Jo&o<br />
Vermelho" coloque gado na área sem que uma<br />
cerca <strong>de</strong> arame farpado seja estendida em<br />
torno do aludido açu<strong>de</strong>.<br />
Falando para a reportagem do Jornal <strong>de</strong><br />
Bonito, os colonos disseram que <strong>de</strong>sejam so-<br />
mente a paz e a garantia das autorida<strong>de</strong>s, pois<br />
os verda<strong>de</strong>iros grileiros os ameaçam constan<br />
temente,