BRUNO FANTINI - FMC

BRUNO FANTINI
Ilustrações:
Nori Figueiredo
Gabriel de Góes Figueiredo

Um Bom Começo
Bruno Fantini
20.000 exemplares | julho | 2012
Ilustrações:
Nori Figueiredo
Gabriel de Góes Figueiredo
Editoração:
Nori Figueiredo | André Stenico

Bruno Fantini
Ilustrações:
Nori Figueiredo
Gabriel de Góes Figueiredo
1

A FMC e a Companhia de Teatro Sia Santa prepararam um espetáculo teatral
divertidíssimo, educacional e informativo, o “Plantando o 7”.
Voltado para o público infantil, o espetáculo busca promover consciência
ambiental e boas práticas agrícolas através dos “7 Hábitos de Atuação
Responsável”.
O projeto está sendo levado até as crianças de cidades do interior do
Estado de Minas Gerais, dentro do Programa da Lei de Incentivo à Cultura
do Governo de Minas, com patrocínio exclusivo da FMC, uma empresa
responsável e comprometida com a preservação do meio ambiente.
A fim de promover e difundir ainda mais o conhecimento de práticas
responsáveis, transformamos a história do “Plantando o 7” no livro “Um
Bom Começo”, que agora passa a ser entregue a aproximadamente 25.000
crianças que tiveram a oportunidade de participar do projeto.
2
Boa leitura.

a uma vez no mundo do faz de conta, em uma dessas estórias que conhecemos
tão bem, uma Bruxa disfarçada de velhinha que ofereceu para a Branca de Neve uma
maçã.
— Mas esta maçã está podre!
Podre, manchada e bichada!
3

A Branca de Neve fez cara de nojo e nem quis chegar perto
daquela maçã! A Bruxa reclamou...
– Cobras, caveiras e lagartos! É claro que
ninguém vai saborear uma maçã nojenta
como esta!
A Bruxa ficou chateada e pensando naquela
maçã bichada...
4

Em uma floresta bem pertinho dali, a Chapeuzinho
Vermelho cantarolava alegremente para a casa da Vovó.
Mas o Lobo Mau chegou para atrapalhar.
A menina foi logo avisando o Lobo que naquela cesta não
tinha nada de guloseimas e doces.
– Aqui só têm legumes e verduras, porque a Vovó está
doente e minha mãe sabe da importância de uma
alimentação saudável.
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O Lobo não se importou, porque ele estava morto de fome.
– Me dê essa cesta, menina!
Ele vasculhou a cesta que Chapeuzinho
levava para a Vovó, e só encontrou verduras
e legumes minguados, estragados, sem
graça...
6

De repente um grande
estrondo fez toda a
floresta estremecer!
Em uma clareira
bem pertinho
dali, o Gigante
acordou atordoado.
A memória dele
estava fraca e ele
não sabia como
viera parar ali.
7

O Gigante olhou por todos os lados atrás de
uma pista, mas tudo que encontrou foi um pé
de feijão fraco, franzido e quebrado.
– Que pé de feijão fraquinho! Será que ele se
quebrou e eu acabei caindo?
O Gigante ficou chateado e pensou... Parece
que alguma coisa estranha estava acontecendo
nas estórias do mundo de faz conta.
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Em uma casinha feita de doces
não muito longe dali, a Bruxa tirou
um bolo de cenoura quentinho do
forno. Ela ofereceu o quitute para
João e Maria...
– Comam este bolo, crianças. Está
uma delícia!
Mas João e Maria torceram o nariz!
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Eles disseram para a Bruxa que tinha algo de errado com os
ingredientes que ela usava nos bolos. Parecia que o milho do
fubá, o trigo da farinha, as laranjas e as cenouras estavam todas
doentes. É verdade! As plantas pareciam todas doentes.
– Que besteira! Que absurdo! Quem disse que plantas
ficam doentes?
Chateada, ela ficou pensando...
10

E assim foi marcada com urgência a reunião dos vilões!
– Ordem! Ordem! A Assembleia dos Vilões está aberta!
Os quatro vilões – a Bruxa malvada, o Lobo Mau, o
Gigante do pé de feijão e a Bruxa – se reuniram para
conversar sobre aqueles problemas.
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A primeira Bruxa reclamou
que a Branca de Neve não
quis comer sua maçã. E
todos sabiam que a princesa
adorava maçãs! A Bruxa
mostrou a maçã bichada
para os outros vilões.
- Alguém aqui comeria
uma maçã bichada assim?
Eu não!
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Era a vez do Gigante contar
a sua história, mas como ele
bateu a cabeça ao cair do céu,
sua memória continuava fraca.
Depois de muito esforço, ele
se lembrou de ter perseguido
o menino João até um pé de
feijão. Porém, mal ele se agarrou
na planta e esta
cedeu e quebrou!
— Alguém aqui
tentaria escalar
um pé de feijão
fraquinho assim?
Eu não!
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A Bruxa disse para os demais vilões que
nenhum bolo adiantava. João e Maria torciam
o nariz e não comiam nada! Ela sabia que havia
algo de errado com o milho, a cenoura, o trigo e
os outros ingredientes que ela usava.
– Alguém aqui comeria um bolo feito com
ingredientes podres assim? Eu não!
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Por fim, o Lobo Mau
também disse qual era
o seu problema. Na
cesta que Chapeuzinho
Vermelho levava para a
Vovó só havia verduras
e legumes minguados,
molengas e infestados
por vários bichos. Tinha
algo de errado com
essas plantas!
– Alguém aqui comeria
verduras e legumes
estragados assim? Eu não!
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16
A Assembleia dos Vilões foi
interrompida pela inesperada
chegada de um rapaz. Ele se
apresentou como o Mestre
do Campo e disse que sabia
cuidar muito bem da saúde
das plantas.
O Mestre do Campo também
sabia qual era o problema do
mundo do faz de contas. Se
as plantas estavam doentes,
nenhuma vilania poderia
funcionar. E sem as vilanias,
nenhuma das histórias teria
como continuar.

Para a surpresa dos vilões, o Mestre do Campo disse que, assim
como nós, humanos, as plantas também ficam doentes.
– Quando nós ficamos doentes, tomamos remédios. Quando as
plantas ficam doentes, elas devem ser tratadas com defensivos
agrícolas. Esses defensivos salvam milhões de plantações no
mundo inteiro – e só assim nós podemos saboreá-las!
– Ouçam! Há alguns hábitos que devemos seguir para tratar
bem uma planta! Vamos aprender a Plantar os Sete!
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Plantar os Sete? O vilões pareciam não entender. Quais sete?
O Mestre explicou que todo defensivo é uma fórmula química, e por
isso devemos ter cuidado ao aplicá-lo nas plantas, como temos com
os remédios que nós mesmos tomamos. Para a nossa segurança,
foram criados os Sete Hábitos da Atuação Responsável.
– Defensivo é para planta! E remédio é para gente!
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O primeiro hábito é chamar um
agrônomo, como o próprio Mestre do
Campo. O agrônomo estuda bastante
e conhece tanto as plantas como
os produtos. Só ele pode receitar o
produto correto. O agrônomo visita
a lavoura, examina as plantas com
cuidado e passa a receita.
– Lembre-se: sempre leia a bula antes
de usar os produtos!
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O transporte e o armazenamento são o segundo e o terceiro
passos: as garrafas e galões devem sempre ser transportados
sozinhos e depois guardados em locais seguros.
– Esses defensivos devem ficar separados da plantação e das
pessoas, em uma casinha seca e segura!
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Qualquer produto químico, como é o caso
dos defensivos, deve ser manuseado com
segurança. Assim, chegamos ao quarto passo:
usar os EPIs.
EPIs – ou Equipamentos de Proteção Individual
– servem para proteger quem trabalha com
produtos químicos.
- Quem carrega um produto químico deve
sempre usar luvas!
- O Lobo parece um astronauta com toda
essa parafernália! E ele gostou tanto
de cuidar das plantas que decidiu
fazer a sua própria horta.
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O quinto e o sexto passos são o preparo da calda e a
aplicação do defensivo. A calda é a mistura de cada
produto químico com a água, para lançá-los nas
plantas. Nessa hora ninguém deve ficar por perto!
Depois de misturada, a calda é colocada em um
borrifador, para aplicar na plantação. Cuidado com
respingos e com o vapor do borrifador!
– Eu só mexo a calda e só aplico o defensivo
usando os EPIs!
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O sétimo e último passo é a reciclagem das embalagens dos defensivos. As garrafas
devem ser bem lavadas – ao menos três vezes – e a água da lavagem não pode ser
jogada no chão, mas num reservatório especial, onde será tratada. Depois, temos
que furar a embalagem, e só então elas podem ser recicladas!
– Amanhã vocês vão ver como esses defensivos
vão curar as plantas!
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Finalmente as plantas – e as estórias – do mundo do faz de conta
voltaram ao normal. A Bruxa envenenou a maçã, mas a Branca de Neve
foi salva pelo Príncipe encantado. O Lobo foi atrás da Chapeuzinho, mas
um Caçador a socorreu. O Gigante continuou a perseguir o João do pé
de feijão, que é esperto, e se salvou. A Bruxa fez muitos bolos para João
e Maria, mas eles finalmente conseguiram escapar!
– E assim terminaram todas as nossas estórias.
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