o mercado brasileiro para mentol paraguaio - BrasilGlobalNet
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O MERCADO BRASILEIRO PARA MENTOL PARAGUAIO<br />
Identificação do produto<br />
Tal como definido na Tarifa Externa Comum (TEC) 1 , o <strong>mentol</strong> compreende<br />
o código 2906.11.00 da Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM).<br />
O <strong>mentol</strong> é um álcool secundário que constitui a parte principal da<br />
essência da menta. Apresenta-se, normalmente, sob a forma de cristais, e<br />
possui diversas propriedades, dentre as quais antiespasmódicas, anti-sépticas,<br />
estomáquicas, tônicas descongestionantes, analgésicas, estimulantes e<br />
anestésicas.<br />
O gênero “mentha” é largamente conhecido pelo seu sabor característico<br />
e aroma refrescante. Conforme o estudo “Cultivo e Propriedades Medicinais da<br />
Hortelã”, elaborado pela Universidade Federal de Lavras (UFLA) 2 , a “mentha”<br />
compreende cerca de 25 espécies diferentes de hortelãs, todas elas pertencentes<br />
à família labiatae. Dentre as mais populares destacam-se a hortelã verde<br />
(mentha viridis); o mentrasto (mentha rotundifolia); a menta-do-levante<br />
(mentha citrata); a mentha crispa; a mentha arvensis e a hortelã pimenta<br />
(mentha piperita), que é a mais famosa e refrescante das hortelãs. O grupo<br />
“mentha” são plantas exigentes, cujo cultivo requer solo rico em nutrientes e<br />
muita água.<br />
As espécies “hortelã-pimenta” e “mentha arvensis” são as que despertam<br />
maior interesse econômico na obtenção de extratos, que são empregados em<br />
diversas indústrias, além do seu uso na medicina natural. No setor industrial, o<br />
<strong>mentol</strong> é utilizado especialmente na indústria de alimentos (<strong>para</strong> a fabricação de<br />
condimentos aromatizantes, balas, chicletes e bebidas), na de cosméticos (<strong>para</strong><br />
a elaboração de perfumes e produtos de higiene) e na de tabaco.<br />
Características gerais do <strong>mercado</strong><br />
No âmbito do comércio internacional, conforme estatísticas da<br />
UNCTAD/ITC/Trademap 3 , as exportações mundiais de <strong>mentol</strong> experimentaram<br />
expansão em todo o intervalo de 2000 a 2004, totalizando no fim do período<br />
US$ 170,3 milhões. Regionalmente, a Ásia foi a principal exportadora em 2004,<br />
com participação em torno de 67% nas vendas mundiais. Em seguida<br />
posicionaram-se os <strong>mercado</strong>s europeu, com 25%, e americano, com 7% das<br />
exportações globais.<br />
Individualmente, as vendas mundiais foram concentradas em pequeno<br />
número de países. Em 2004, apenas dois <strong>mercado</strong>s - Índia e China - foram<br />
responsáveis por mais de 55% do total das exportações. Destacaram-se, ainda,<br />
a Alemanha (17,1%); o Japão (5,0%); o Reino Unido (4,9%); os Estados Unidos<br />
(4,7%); e Cingapura (4,2%). O Paraguai posicionou, naquele ano, como o 8º<br />
maior vendedor mundial, respondendo por aproximadamente 1,7% do total das<br />
exportações de <strong>mentol</strong>. 4
Principais exportadores mundiais de <strong>mentol</strong>, 2004<br />
(US$ mil)<br />
País Valor<br />
Part.%<br />
no total<br />
Índia 57.012 33,5%<br />
China 36.915 21,7%<br />
Alemanha 29.148 17,1%<br />
Japão 8.484 5,0%<br />
Reino Unido 8.276 4,9%<br />
Estados Unidos 7.993 4,7%<br />
Cingapura 7.203 4,2%<br />
Paraguai 2.839 1,7%<br />
França 1.673 1,0%<br />
Hong Kong 1.665 1,0%<br />
Arábia Saudita 1.403 0,8%<br />
Países Baixos 1.321 0,8%<br />
Subtotal 163.932 96,3%<br />
Outros países 6.352 3,7%<br />
Total 170.284 100,0%<br />
Fonte: UNCTAD/ITC/Trademap.<br />
No que se refere às exportações <strong>para</strong>guaias, observa-se que, entre 2000<br />
e 2004, ocorreu alto crescimento: em média 18% ao ano. Em valores, as vendas<br />
daquele país evoluíram de US$ 1,7 milhão em 2000, <strong>para</strong> US$ 2,8 milhões em<br />
2004 e, em volume, de 124 toneladas <strong>para</strong> 215 toneladas. Em 2004, cerca de<br />
98% das vendas <strong>para</strong>guaias foram direcionados aos <strong>mercado</strong>s vizinhos da<br />
América do Sul (Brasil: 89% e Argentina: 9%). 5<br />
Exportações <strong>para</strong>guaias de <strong>mentol</strong>,<br />
2000-2004<br />
(US$ mil)<br />
Ano Valor Variação %<br />
2000 1.720 -<br />
2001 2.064 20,0%<br />
2002 2.981 44,4%<br />
2003 3.816 28,0%<br />
2004 2.839 -25,6%<br />
Fonte: UNCTAD/ITC/Trademap.<br />
Pelo lado das importações mundiais, ainda conforme estatísticas do<br />
Trademap, foi registrado discreto crescimento médio de 1,5% ao ano, cujos<br />
valores passaram de US$ 195,8 milhões em 2001, <strong>para</strong> US$ 204,6 milhões em<br />
2004. A exemplo das exportações, os principais países importadores também<br />
foram os asiáticos, que responderam por cerca de 43% das compras do mundo.<br />
Em seguida, posicionaram a Europa com 29%; a América com 24%; a Oceania<br />
com 2%; e a África com 2%.<br />
2
Em 2004, as compras mundiais também apresentaram-se concentradas<br />
em pequeno número de países. Na relação de importadores foram listados 103<br />
países, mas somente 21 mostraram participação no total maior ou igual a 1%.<br />
Tiveram destaque a China (19,4% do total); os Estados Unidos (13,9%); a<br />
Alemanha (10,2%); Cingapura (6,3%); e Reino Unido (5,4%). O Brasil<br />
posicionou-se, naquele ano, como o 6º maior comprador, responsável por<br />
aproximadamente 4% da demanda internacional.<br />
Principais importadores mundiais de <strong>mentol</strong>, 2004<br />
(US$ mil)<br />
País Valor<br />
Part.%<br />
no total<br />
China 39.667 19,4%<br />
Estados Unidos 28.508 13,9%<br />
Alemanha 20.802 10,2%<br />
Cingapura 12.803 6,3%<br />
Reino Unido 11.078 5,4%<br />
Brasil 8.143 4,0%<br />
França 6.992 3,4%<br />
Hong Kong 6.871 3,4%<br />
Tailândia 5.702 2,8%<br />
México 5.636 2,8%<br />
Japão 4.263 2,1%<br />
Taiwan 3.956 1,9%<br />
Subtotal 154.421 75,5%<br />
Outros países 50.139 24,5%<br />
Total 204.560 100,0%<br />
Fonte: UNCTAD/ITC/Trademap.<br />
Perfil do <strong>mercado</strong> <strong>brasileiro</strong><br />
O Brasil é importador líquido de <strong>mentol</strong>. Conforme estudo da UFLA 6 , o<br />
cultivo da menta foi desenvolvido no Brasil como uma cultura desbravadora em<br />
terras férteis, bem drenadas e ricas em matérias orgânicas recém-desmatadas.<br />
Paraná e São Paulo foram os estados que ofereceram condições mais favoráveis<br />
<strong>para</strong> o seu cultivo. Durante a Segunda Guerra Mundial, o Brasil ocupou lugar de<br />
destaque no ranking mundial de <strong>mentol</strong>, respondendo por mais de 63% do total<br />
produzido. O estado do Paraná respondeu, na ocasião, por cerca de 95% da<br />
produção brasileira.<br />
Entretanto, o surgimento de doenças de difícil controle nas lavouras de<br />
menta, principalmente a ferrugem (Puccinia menthae), aliado à baixa<br />
rentabilidade na venda do produto, ocasionou uma diminuição gradativa do<br />
plantio no solo <strong>brasileiro</strong>.<br />
No Brasil, o uso do <strong>mentol</strong> na indústria de cosméticos e artigos de higiene<br />
é regulamentado pelo Parecer Técnico da Anvisa nº 8, de 1º de novembro de<br />
2005. O referido Parecer determina que o uso do <strong>mentol</strong> deverá ser restringido à<br />
concentração máxima de 1%. O uso em baixas concentrações não produz efeitos<br />
tóxicos, entretanto, em concentração igual ou superior a 3% pode apresentar<br />
efeitos irritantes à pele.<br />
3
As estatísticas do MDIC/SECEX/AliceWeb 7 referentes ao comércio exterior<br />
<strong>brasileiro</strong> de <strong>mentol</strong>, entre 1996 e 2005, mostram crescimento médio da ordem<br />
de 6,2% ao ano, evoluindo de US$ 6,3 milhões, <strong>para</strong> US$ 10,8 milhões. O<br />
melhor desempenho das trocas brasileiras ocorreu em 1997, somando US$ 13,6<br />
milhões, dos quais US$ 5,2 milhões originários das exportações e US$ 8,4<br />
milhões das importações brasileiras.<br />
No primeiro semestre de 2006, o intercâmbio comercial <strong>brasileiro</strong> de<br />
<strong>mentol</strong> somou US$ 8 milhões, o que representou aumento de 21% em<br />
com<strong>para</strong>ção com o mesmo intervalo de 2005.<br />
O saldo da balança comercial é deficitário em todo o período sob análise,<br />
e as importações representam cerca de 88% do total das trocas comerciais. No<br />
decênio, o déficit comercial acumulado foi da ordem de US$ 48,5 milhões, sendo<br />
o maior déficit o registrado em 2005, quando totalizou US$ 8,3 milhões. Em<br />
2006 (janeiro-julho), a balança comercial brasileira de <strong>mentol</strong> manteve a mesma<br />
tendência do decênio, com déficit de aproximadamente US$ 7 milhões.<br />
No que se refere às exportações brasileiras, as estatísticas dos últimos<br />
dez anos indicam decréscimo médio da ordem de 5,5% ao ano. No período, os<br />
valores caíram de US$ 2,1 milhões em 1996, <strong>para</strong> US$ 1,3 milhão em 2005.<br />
Após apresentar altas taxas de expansão nos dois primeiros anos do decênio, as<br />
vendas brasileiras iniciaram processo de declínio sucessivo, mostrando<br />
recuperação somente a partir de 2004, conforme mostra a tabela a seguir:<br />
Perfil das importações 8<br />
Exportações brasileiras de <strong>mentol</strong>, 1996-2005<br />
(US$ mil)<br />
Ano Valor Variação %<br />
1996 2.099 15,2%<br />
1997 5.235 149,4%<br />
1998 2.615 -50,0%<br />
1999 2.478 -5,2%<br />
2000 1.878 -24,2%<br />
2001 2.167 15,4%<br />
2002 1.765 -18,6%<br />
2003 1.002 -43,2%<br />
2004 1.146 14,4%<br />
2005 1.267 10,6%<br />
Fonte: MDIC/SECEX/Aliceweb.<br />
Os números referentes às compras brasileiras de <strong>mentol</strong> apresentaram<br />
oscilações em todo o período de 1996 a 2005. Mas mesmo oscilante, o<br />
crescimento médio registrado foi da ordem de 9,9% ao ano, passando os valores<br />
de US$ 4,1 milhões, <strong>para</strong> US$ 9,6 milhões. Em 1997, as compras brasileiras<br />
expandiram em mais de 100%, totalizando US$ 8,4 milhões. Após esse<br />
incremento, as importações brasileiras alternaram momentos de crescimento e<br />
de retração. Entre 2004 e 2005 foram registrados aumentos da ordem de 24,4%<br />
e de 15,4%, respectivamente, contabilizando a maior cifra em 2005, quando<br />
atingiu US$ 9,6 milhões.<br />
4
Em 2006 (janeiro-julho), as compras brasileiras mostraram bom<br />
desempenho, com crescimento da ordem de 20% em relação ao mesmo período<br />
de 2005.<br />
Importações brasileiras de <strong>mentol</strong>, 1996-2005<br />
(US$ mil)<br />
Ano Valor Variação %<br />
1996 4.135 -7,7%<br />
1997 8.370 102,4%<br />
1998 5.601 -33,1%<br />
1999 6.427 14,7%<br />
2000 6.347 -1,2%<br />
2001 5.461 -14,0%<br />
2002 6.671 22,2%<br />
2003 6.662 -0,1%<br />
2004 8.290 24,4%<br />
2005 9.566 15,4%<br />
Fonte: MDIC/SECEX/Aliceweb.<br />
As compras brasileiras de <strong>mentol</strong> originárias do Paraguai experimentaram<br />
expansão média anual de 5,8% e, em valores, passaram de US$ 1,6 milhão em<br />
1996, <strong>para</strong> US$ 2,7 milhões em 2005. Uma análise das estatísticas ano a ano<br />
mostra que ao longo do decênio as compras brasileiras no <strong>mercado</strong> <strong>para</strong>guaio<br />
sofreram significativas oscilações. O maior crescimento foi registrado em 2002,<br />
de cerca de 68% em com<strong>para</strong>ção com o ano anterior. Entretanto foi em 2003<br />
que as compras originárias do Paraguai atingiram a maior participação sobre as<br />
compras totais do produto realizadas pelo Brasil, como podemos observar na<br />
tabela abaixo:<br />
Importações brasileiras de <strong>mentol</strong><br />
originárias do Paraguai,1996-2005<br />
(US$ mil)<br />
Ano Valor<br />
Part. % no<br />
total<br />
1996 1.602 38,7%<br />
1997 2.408 28,8%<br />
1998 1.403 25,0%<br />
1999 2.126 33,1%<br />
2000 1.449 22,8%<br />
2001 1.471 26,9%<br />
2002 2.467 37,0%<br />
2003 3.622 54,4%<br />
2004 2.404 29,0%<br />
2005 2.658 27,8%<br />
Fonte: MDIC/SECEX/Aliceweb.<br />
Em 2006 (janeiro-julho), as importações procedentes do Paraguai<br />
mostraram expansão de 29% em relação ao mesmo intervalo de 2005,<br />
totalizando US$ 2,5 milhões.<br />
5
Principais países fornecedores 9<br />
O Paraguai é um dos principais exportadores de <strong>mentol</strong> ao Brasil. No<br />
decênio 1996-2005, a participação do país nas compras brasileiras mostrou<br />
oscilações em todos os anos e, em média, atingiu 32,4% ao ano. O melhor<br />
desempenho das importações brasileiras originárias do Paraguai ocorreu em<br />
2003, quando apresentou crescimento da ordem de 47%, em com<strong>para</strong>ção com<br />
2002, totalizando US$ 3,6 milhões. Nesse ano, a participação <strong>para</strong>guaia foi de<br />
54,4% no total das compras brasileiras de <strong>mentol</strong>.<br />
Os principais vendedores ao Brasil, em 2005, foram a Índia (49,8% do<br />
total); Paraguai (27,8%); Alemanha (8,4%); Japão (6,2%); e Estados Unidos<br />
(6,1%). Vale destacar o crescimento ocorrido nas compras brasileiras originárias<br />
da Índia nos últimos anos, fato que gerou uma diminuição gradativa nas<br />
compras procedentes de outros países, sobretudo do Paraguai e dos Países<br />
Baixos, conforme pode ser constatado na tabela a seguir:<br />
Importações brasileiras de <strong>mentol</strong>,<br />
por principais países fornecedores, 2003-2005<br />
(US$ mil)<br />
País<br />
2003 2004 2005<br />
Valor Part.% Valor Part.% Valor Part.%<br />
Índia 1.502 22,5% 3.670 44,3% 4.761 49,8%<br />
Paraguai 3.622 54,4% 2.404 29,0% 2.658 27,8%<br />
Alemanha 462 6,9% 750 9,1% 801 8,4%<br />
Japão 192 2,9% 152 1,8% 594 6,2%<br />
Estados Unidos 51 0,8% 300 3,6% 583 6,1%<br />
França 83 1,2% 135 1,6% 84 0,9%<br />
Reino Unido 0 0,0% 15 0,2% 25 0,3%<br />
China 13 0,2% 449 5,4% 20 0,2%<br />
Itália 1 0,0% 12 0,1% 14 0,2%<br />
Espanha 42 0,6% 31 0,4% 14 0,1%<br />
Cingapura 6 0,1% 0 0,0% 11 0,1%<br />
Irlanda 0 0,0% 0 0,0% 1 0,0%<br />
Dinamarca 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%<br />
Países Baixos 668 10,0% 362 4,4% 0 0,0%<br />
Subtotal 6.641 99,7% 8.280 99,9% 9.566 100,0%<br />
Outros países 20 0,3% 10 0,1% 0 0,0%<br />
Total 6.661 100,0% 8.290 100,0% 9.566 100,0%<br />
Fonte: MDIC/SECEX/Aliceweb.<br />
Questões logísticas 10<br />
Em 2005, o estado de São Paulo foi o principal comprador de <strong>mentol</strong>,<br />
responsável por cerca de 91% do total importado pelo País. Em seguida<br />
posicionaram os estados do Paraná (5,4%); e Rio de Janeiro (1,5%).<br />
6
Importações brasileiras de <strong>mentol</strong>,<br />
por estado da federação, 2005<br />
(US$ mil)<br />
Estado da federação Valor Part.%<br />
São Paulo 8.695 90,9%<br />
Paraná 516 5,4%<br />
Rio de Janeiro 141 1,5%<br />
Subtotal 9.352 97,8%<br />
Outros estados 214 2,2%<br />
Total 9.566 100,0%<br />
Fonte: MDIC/SECEX/Aliceweb.<br />
Os modais utilizados no transporte das <strong>mercado</strong>rias importadas, em 2005,<br />
foram: marítimo (63,6%), rodoviário (26,2%) e aéreo (1,1%). A carga<br />
transportada por modal marítimo foi desembarcada, em sua maior parte, nos<br />
portos de Santos-SP (96,4%), do Rio de Janeiro-RJ (6,7%) e de Paranaguá-PR<br />
(6,5%).<br />
Por modal rodoviário, a totalidade da carga foi transportada pela rodovia<br />
de Foz do Iguaçu e teve como origem o Paraguai. Por último, a carga aérea teve<br />
como entrada no Brasil os aeroportos internacionais de São Paulo, Campinas e<br />
Rio de Janeiro.<br />
Tratamento tarifário 11<br />
O Imposto de Importação (II) incidente nas compras brasileiras de <strong>mentol</strong><br />
é de 12%, entretanto, no âmbito do MERCOSUL, o produto <strong>para</strong>guaio é livre do<br />
Imposto de Importação. A importação brasileira de <strong>mentol</strong> é livre do Imposto<br />
sobre Produtos Industrializados (IPI).<br />
Incidem, efetivamente, sobre o <strong>mentol</strong> <strong>para</strong>guaio as tarifas referentes aos<br />
Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor<br />
Público - PIS/PASEP (1,65%) e à Contribuição <strong>para</strong> o Financiamento da<br />
Seguridade Social – Cofins (7,6%), além do Imposto sobre Circulação de<br />
Mercadorias e Serviços (ICMS), de competência estadual, cuja alíquota varia<br />
normalmente de 0 a 25%, em função da essencialidade ou seletividade do<br />
produto, podendo ultrapassar esse percentual em alguns casos, por exemplo, de<br />
serviços de telecomunicação (30%).<br />
Tratamento administrativo 12<br />
A importação brasileira de <strong>mentol</strong> está sujeita a Licenciamento de<br />
Importação, junto ao SISCOMEX, antes do desembaraço aduaneiro. No caso de<br />
importação de <strong>mentol</strong> <strong>para</strong> uso nas indústrias alimentícia e de medicamentos, o<br />
Licenciamento de Importação deverá ser analisado pela Agência Nacional de<br />
Vigilância Sanitária (Anvisa).<br />
A empresa interessada ou seu representante legal habilitado deve<br />
apresentar, no desembaraço da <strong>mercado</strong>ria, a Petição <strong>para</strong> Fiscalização e<br />
Liberação Sanitária - Pós Chegada da Mercadoria no Território Nacional,<br />
preenchida e acompanhada dos seguintes documentos:<br />
7
• Guia de Recolhimento da União, da Secretaria do Tesouro Nacional - GRU,<br />
original.<br />
• Licença de Funcionamento (Alvará) ou documento correspondente válido<br />
<strong>para</strong> a atividade prevista, emitido pela autoridade sanitária competente do<br />
estado, município ou do Distrito Federal;<br />
• Declaração do detentor do registro autorizando a importação por terceiros,<br />
original e cópia, quando couber;<br />
• Documento de procuração que legaliza o vínculo do representante legal à<br />
pessoa jurídica detentora do documento de regularização do produto na<br />
Anvisa somente no caso de não cadastramento desse vínculo, pela<br />
autoridade sanitária competente, no Cadastro de Terceiros Legalmente<br />
Habilitados a Representar o Importador;<br />
• Laudo Analítico de Controle de Qualidade, quando exigido em legislação<br />
sanitária complementar regulamentada Anvisa;<br />
• Conhecimento de carga embarcada (AWB, BL, CTR);<br />
• Fatura comercial (Invoice);<br />
• Autorização de acesso <strong>para</strong> inspeção física (IN SRF Nº 206, DE 25/09/2002,<br />
de 28/09/98);<br />
• Termo de Guarda e Responsabilidade da <strong>mercado</strong>ria em armazém externo ao<br />
recinto alfandegado, quando couber.<br />
No caso de importação <strong>para</strong> uso na agropecuária (insumos agrícolas e<br />
pecuária), o produto deverá ser submetido, no ponto de ingresso, à conferência<br />
documental e de lacre pelo Fiscal Federal Agropecuário do Ministério da<br />
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). A fiscalização e a inspeção<br />
sanitária, fitossanitária e de qualidade serão realizadas em estabelecimento<br />
registrado ou relacionado no MAPA ou na Estação Aduaneira Interior (EADI), de<br />
destino, conforme indicado na solicitação apresentada.<br />
Fundamentos e exigências legais:<br />
A legislação pertinente à importação brasileira de <strong>mentol</strong> está<br />
condicionada ao cumprimento das seguintes exigências:<br />
- Autorização de funcionamento da empresa importadora;<br />
- autorização específica <strong>para</strong> pesquisa;<br />
- registro do produto e as demais condições estabelecidas pelo Decreto<br />
nº 1.662, de 06/10/95; Portaria Ministerial 301, de 25/04/96; Lei nº<br />
9.712, de 20/11/98; Lei n.º 6.198, de 26/12/74;<br />
- registro da empresa no Ministério da Agricultura, Pecuária e<br />
Abastecimento e as demais exigências estabelecidas pela Lei nº 7.802,<br />
de 11/07/89, Decreto nº 98.816, de 11/01/90; e legislações<br />
complementares.<br />
Para que o produto tenha tratamento preferencial no escopo do<br />
MERCOSUL, é necessário a comprovação da sua origem nesses países. Não será<br />
considerado originário do país exportador o produto resultante de operação ou<br />
processo efetuado no seu território, que lhe confira a forma final em que será<br />
comercializado quando: a) nessa operação ou processo, for utilizado material ou<br />
insumo não originário desse país; b) consista apenas em montagem,<br />
embalagem, fracionamento em lotes ou volumes, seleção, classificação,<br />
marcação, composição de sortimentos de produtos ou simples diluições em água<br />
ou outra substância que não altere as características do produto como originário;<br />
8
ou c) outras operações ou processos equivalentes que alterem a classificação do<br />
produto, considerada a quatro dígitos.<br />
O certificado de origem deverá ser apresentado à fiscalização da<br />
Secretaria da Receita Federal do Ministério da Fazenda, quando solicitado, junto<br />
com os demais documentos que instruem a declaração de importação ou<br />
documento equivalente, utilizado como base <strong>para</strong> o despacho aduaneiro.<br />
Somente serão aceitos certificados de origem emitidos por órgãos ou entidades<br />
autorizados e visados por autoridade diplomática ou consular brasileira, com<br />
jurisdição no país. Não serão aceitos certificados de origem emitidos por<br />
fabricantes ou exportadores.<br />
Empresas <strong>para</strong>guaias exportadoras<br />
Os empresários <strong>brasileiro</strong>s interessados em fazer negócios com o<br />
Paraguai, poderão consultar informações referentes à exportação <strong>para</strong>guaia e<br />
poderão, também, eventualmente, solicitar lista de empresas <strong>para</strong>guaias<br />
exportadoras de <strong>mentol</strong> no sítio do Pro<strong>para</strong>guay<br />
(http://www.pro<strong>para</strong>guay.gov.py).<br />
Empresas brasileiras importadoras 13<br />
Ciente da importância de apresentar diretório importador <strong>para</strong> produtos<br />
da demanda brasileira, o Ministério das Relações Exteriores (MRE), em parceria<br />
com a Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex), lançou em<br />
2006, no âmbito do Programa de Substituição Competitiva de Importações<br />
(PSCI), o Catálogo de Importadores Brasileiros (CIB). O catálogo foi produzido a<br />
partir de informações obtidas diretamente das empresas importadoras, em<br />
atendimento a consulta específica da Funcex. Trata-se de uma iniciativa pioneira<br />
e que vem ao encontro das tradicionais demandas da comunidade empresarial<br />
sul-americana.<br />
O CIB, disponível em formato eletrônico e na BrazilTradeNet (“PSCI”),<br />
traz dados completos de 5.307 empresas importadoras e permite consulta tanto<br />
por código quanto por nome da empresa importadora. É possível, ainda, filtrar a<br />
consulta por faixas de valor importado. Tendo em vista a necessidade de facilitar<br />
as consultas, foi adotada a nomenclatura do Sistema Harmonizado (SH), em<br />
nível de seis dígitos (SH 6). As empresas relacionadas no catálogo<br />
representaram mais de 80% do volume importado pelo País anualmente. O CIB<br />
está disponível em português, espanhol e inglês. Entretanto, conforme<br />
salientado, as listagens do CIB não são exaustivas. Compreendem apenas as<br />
empresas que se dispuseram a responder questionário encaminhado pela<br />
Funcex, a respeito do perfil importador das firmas brasileiras.<br />
No que tange ao <strong>mercado</strong> de <strong>mentol</strong>, o CIB mostra a presença de 20<br />
empresas brasileiras importadoras, conforme relacionadas a seguir, em ordem<br />
alfabética, com a respectiva indicação de endereço eletrônico e fax:<br />
9
Empresas brasileiras importadoras de <strong>mentol</strong><br />
Empresa E-mail Fax<br />
Aromax Ind. e Com. Ltda. rafael@aromax.com.br 55 11 5572-9953<br />
Braswey S.A. Ind. e Com. suporte@braswey.com.br 55 11 5182-2365<br />
Denver - Cotia Ind. e Com. Ltda. vendas@denvercotia.com.br 55 11 3048-8737<br />
Dragoco Perfumes e Aromas Ltda. Cassioveras@sti.com.br 55 11 5666-8341<br />
Gama Indl. Coml. de Secos e Molhados Ltda. Luizcarlos@grupomabel.com.br 55 62 238-6147<br />
Geroma do Brasil Ind. e Com. Ltda. geroma@convoy.com.br 55 42 228-1100<br />
Givaudan-Roure do Brasil Ltda. marco.candido@givaudan.com 55 11 3760-8070<br />
Haarmann e Reimer Ltda. valeria.ramos.vr@bayer-ag.br 55 11 523-5229<br />
Iff Essências e Fragrâncias Ltda. roger.santanna@iff.com 55 21 3369-6200<br />
Ind. de Produtos Alimentícios Cory Ltda. vmleao@cory.com.br 55 16 603-2292<br />
Kolynos do Brasil Ltda. 55 81 3341-1422<br />
Mane do Brasil Ind. e Com. Ltda. manebrrj@alimpo.com.br 55 21 2445-0494<br />
Neles Controns do Brasil Ltda. ancken.von@nelescontrons.com.br 55 12 3921-1400<br />
Proaroma Ind. e Com. Ltda. Proaroma@proaroma.com.br 55 11 4066-7599<br />
Quest Internat. do Brasil Ind. e Com. Ltda. jose.bittencourt@questintl.com 55 19 3876-8900<br />
Riclan S.A. expo@riclan.com.br 55 19 3526-8104<br />
Simas Industrial S.A. Simasexport@digi.com.br 55 84 206-6850<br />
Sumitomo Corporation do Brasil S.A. wilson.matsuo@sumitomocorp.co.jp 55 11 3283-6005<br />
Warner-Lambert Ind. e Com. Ltda. zina.lucio@pfizer.com 55 11 3059-1289<br />
Yah Sheng Chong Com. e Ind. Ltda. andre@allflavors.com.br 55 11 5505-0400<br />
Ainda com referência ao universo de empresas importadoras do produto<br />
em questão, cumpre esclarecer que o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e<br />
Comércio Exterior do Brasil (MDIC) dispõe de relação completa das empresas<br />
brasileiras importadoras do Paraguai. Tal relação, contudo, não permite filtrar as<br />
consultas utilizando como variável o código dos produtos. O endereço eletrônico<br />
da Secretaria de Comércio Exterior do MDIC é:<br />
http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/secex/depPlaDesComExterior/indEstati<br />
sticas/empExpImp_Importadoras.php<br />
Endereços úteis<br />
A seguir lista das representações diplomáticas <strong>para</strong>guaias no Brasil, bem<br />
como das brasileiras no Paraguai, cujos dados completos encontram-se<br />
disponíveis no sítio do Ministério das Relações Exteriores<br />
(http://www.mre.gov.br):<br />
Embaixada do Paraguai em Brasília<br />
SES - Av. das Nações, Quadra 811, Lote 42<br />
70427-900 - Brasília - DF<br />
Telefones: (061) 3242-3732 / 3242-3968 / 3244-8649 e 3244-9449<br />
Fax: (061) 3242-4605<br />
E-mail: embapar-sec1@yawl.com.br<br />
Expediente: segunda a sexta-feira - das 08h30 às 17h00<br />
10
Consulados <strong>para</strong>guaios no Brasil:<br />
Consulado-Geral em Curitiba-PR<br />
Tels.: (041) 223-2132 / 222-9226<br />
Fax: (041) 222-9226<br />
Consulado-Geral em Paranaguá-PR<br />
Tels.: (041) 422-1539 / 422-1899 / 422-6735<br />
Fax: (041) 422-6735<br />
Consulado-Geral do Rio de Janeiro-RJ<br />
Tels.: (021)553-2294<br />
Fax: (021)553-2512<br />
Consulado-Geral em São Paulo-SP<br />
Tels.: (011)255-7818 / 257-6122<br />
Fax: (011)258-4459<br />
Consulado em Campo Grande-MS<br />
Tel.: (067)721-4430<br />
Fax: (067)721-4430<br />
Consulado em Foz do Iguaçu-PR<br />
Tel.: (045)523-2898<br />
Fax: (045)523-2898<br />
Consulado em Guaíra – PR<br />
Tel.: (0446)42-1505<br />
Fax: (0446)42-1505<br />
Consulado em Ponta Porã-MS<br />
Tel.: (067)431-1913<br />
Fax: (067)431-1913<br />
Consulado em Porto Alegre-RS<br />
Tel.: (051)346-1314<br />
Fax: (051)346-1314<br />
Consulado em Porto Murtinho-MS<br />
Tel.: (067)287-1107<br />
Fax: (067)287-1107<br />
Consulado em Santos-SP<br />
Tel.: (0132)22-8070<br />
Fax: (0132)33-5118<br />
Embaixada do Brasil em Assunção<br />
Cel. Irazabal, Esquina Eligio Ayala<br />
Casilla de Correo 22<br />
Assuncion - Paraguay<br />
Tel.: (59521) 214-680/534/466<br />
Fax: (59521) 212-693<br />
11
E-mail: parbrem@embajadabrasil.org.py<br />
Consulados <strong>brasileiro</strong>s no Paraguai<br />
Consulado em Pedro Juan Caballero<br />
Tels.: (59536) 72-218 / 73-562<br />
Fax: (59536) 72-628<br />
Consulado- Geral em Ciudad del Este<br />
Tels.: (59561) 500-984 / 986<br />
Fax: (59561) 500-985<br />
E-mail: consulbr@telesurf.com.py<br />
Outros endereços<br />
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC)<br />
(http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/inicial/index.php)<br />
Ministério das Relações Exteriores<br />
(http://www.mre.gov.br/)<br />
BrazilTradeNet<br />
(http://www.braziltradenet.gov.br/)<br />
Receita Federal<br />
(http://www.receita.fazenda.gov.br)<br />
Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (ABIA)<br />
(http://www.abia.org.br/<br />
Associação Brasileira das Indústrias de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos<br />
(ABIHPEC)<br />
(http://www.abihpec.org.br/)<br />
Pro<strong>para</strong>guay<br />
(http://www.pro<strong>para</strong>guay.gov.py/)<br />
12
1<br />
Tarifa Externa Comum – TecWin 2006 – Acesso em 04/09/06. A Tarifa Externa Comum<br />
(TEC) foi implantada no Brasil pelo Decreto 1343/94. A TecWin é a versão eletrônica da TEC,<br />
que contempla o tratamento tarifário e administrativo aplicado às importações brasileiras. É<br />
atualizada diariamente via internet e está disponível em www.aduaneiras.com.br.<br />
2<br />
http://www3.ufla.br/~wrmaluf/bth034/bth034.html – Acesso em 04/09/06.<br />
3<br />
O Trademap é uma ferramenta de análise de <strong>mercado</strong>s, cobrindo 5.300 produtos e 180<br />
países. É desenvolvido pela Seção de Análise de Mercados do International Trade Centre<br />
(ITC), da UNCTAD/OMC. Disponível na BrazilTradeNet (www.braziltradenet.gov.br) – Acesso<br />
em 04/09/06. O Trademap também está disponível, em inglês, no sítio do ITC<br />
(www.intracen.org).<br />
4<br />
Idem.<br />
5<br />
Idem.<br />
6<br />
http://www3.ufla.br/~wrmaluf/bth034/bth034.html – Acesso em 05/09/06.<br />
7<br />
www.desenvolvimento.gov.br – Acesso em 05/09/06. O Ministério do Desenvolvimento,<br />
Indústria e Comércio Exterior (MDIC) mantém o sistema AliceWeb. O AliceWeb disponibiliza<br />
estatísticas, em meio eletrônico, das importações e exportações brasileiras, por produtos e<br />
países de destino. Para tanto, utiliza o Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação<br />
de Mercadorias, ou simplesmente Sistema Harmonizado (SH).<br />
8<br />
Idem.<br />
9<br />
AliceWeb – Acesso em 08/09/06.<br />
10<br />
Idem.<br />
11<br />
TecWin – Acesso em 08/09/06<br />
12<br />
Idem.<br />
13<br />
Catálogo de Importadores Brasileiros – CIB. Disponível na BrazilTradeNet/PSCI. Acesso em<br />
04/09/06.<br />
Brasília, setembro de 2006.<br />
♣ ♣ ♣<br />
13