Território Zona da Mata Sul - SIT - Ministério do Desenvolvimento ...
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<strong>Território</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong><br />
RESUMO EXECUTIVO<br />
PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL – PTDRS<br />
TERRITÓRIO DA ZONA DA MATA SUL-PB<br />
2010<br />
0
RESUMO EXECUTIVO<br />
2010 – 2020<br />
PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL – PTDRS<br />
TERRITÓRIO DA ZONA DA MATA SUL - PB<br />
______________________<br />
Paraíba - 2010<br />
2
PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL<br />
Luís Inácio Lula <strong>da</strong> Silva<br />
MINISTRO DE ESTADO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO<br />
Guilherme Cassel<br />
SECRETÁRIO DE DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL<br />
Humberto Oliveira<br />
DELEGADO FEDERAL DO MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO<br />
NA PARAÍBA<br />
Ranyfábio Cavalcante Macê<strong>do</strong><br />
COOPERATIVA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO EM DESENVOLVIMENTO<br />
SUSTENTÁVEL - VÍNCULUS<br />
Severino Ramo <strong>do</strong> Nascimento<br />
INSTITUTO DE ASSESSORIA A CIDADANIA E AO DESENVOLVIMENTO<br />
LOCAL SUSTENTÁVEL – IDS<br />
Valter de Carvalho<br />
4<br />
EQUIPE TÉCNICA<br />
COORDENAÇÃO GERAL<br />
Carleuza Andrade <strong>da</strong> Silva<br />
Carlos Humberto Osório Castro<br />
Nalfra Maria Sátiro Queiroz Batista<br />
Antônio Junio <strong>da</strong> Silva<br />
CONSULTORIA TÉCNICA<br />
ESTADUAL<br />
Oneide Nery <strong>da</strong> Câmara<br />
REVISÃO TÉCNICA ESTADUAL<br />
Carlos Gonçalo de Oliveira<br />
Simone Ana Olimpio<br />
ELABORAÇÃO/CONSULTORIA<br />
PTDRS<br />
José Anchieta de Assis<br />
Rondinelly Gomes Medeiros<br />
ASSESSORIA TERRITORIAL<br />
Valdefran Maia Diniz<br />
COLABORAÇÃO<br />
Antônio Carlos <strong>da</strong> Silva Souto<br />
Maria <strong>do</strong> Socorro Figuere<strong>do</strong> Araújo<br />
GEOPROCESSAMENTO<br />
Vívian Julyanna de Meireles Monteiro
Sumário<br />
APRESENTAÇÃO 8<br />
BASES METODOLÓGICAS 10<br />
I. Caracterização Geral 13<br />
1.1 Aspectos Físicos e Geográficos 13<br />
1.2 Aspectos Demográficos e Indica<strong>do</strong>res Socioeconômicos 21<br />
II. Enfoque Dimensional 27<br />
2.1 Dimensão Sociocultural Educacional 28<br />
2.2 Dimensão Ambiental 37<br />
2.3 Dimensão Socioeconômica 41<br />
2.4 Dimensão Político – Institucional 52<br />
III. Visão de Futuro 53<br />
IV. Programas e Projetos 55<br />
V. Gestão 65<br />
VI. Estrutura Colegia<strong>da</strong> 67<br />
VII. Bibliografia Consulta<strong>da</strong> 71<br />
6
Apresentação<br />
O Plano Territorial de <strong>Desenvolvimento</strong> Rural Sustentável - PTDRS <strong>da</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>da</strong> Paraíba foi idealiza<strong>do</strong> a partir<br />
<strong>do</strong> Programa Nacional de <strong>Desenvolvimento</strong> Sustentável <strong>do</strong>s <strong>Território</strong>s Rurais - PRONAT, instituí<strong>do</strong> pela Secretaria de<br />
<strong>Desenvolvimento</strong> Territorial-SDT/<strong>Ministério</strong> de <strong>Desenvolvimento</strong> Agrário-MDA, como estratégia de fortalecimento <strong>da</strong> gestão<br />
social <strong>da</strong>s políticas públicas, como uma nova estratégia participativa de aplicação <strong>do</strong>s recursos públicos.<br />
O <strong>Território</strong> <strong>da</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong> é integra<strong>do</strong> por 13 (treze) municípios situa<strong>do</strong>s na Mesorregião <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> Paraibana, situa<strong>da</strong> no Nordeste<br />
Brasileiro. Essa região traz consigo uma história de organização e lutas de movimentos sociais e sindicais motiva<strong>da</strong>s de direitos civis, com o<br />
processo <strong>da</strong> reforma agrária, promoven<strong>do</strong> a justiça social com o desenvolvimento humano que viabiliza a inclusão de categorias explora<strong>da</strong>s e<br />
invisíveis para as políticas públicas até então, a exemplo <strong>da</strong> agricultura familiar e <strong>do</strong>s assentamentos de reforma agrária.<br />
Em decorrência desta significativa participação <strong>da</strong> agricultura familiar e <strong>do</strong>s assentamentos, na conjuntura econômica, política e social <strong>da</strong> região<br />
que em mea<strong>do</strong>s de 2003, dá-se início ao processo de articulação institucional e a criação de uma ambiência política mais favorável ao debate,<br />
ordenamento e encaminhamento <strong>da</strong>s deman<strong>da</strong>s sociais, com objetivo de ampliar algumas ações referenciais e a interlocução com os gestores<br />
públicos, na época pouco presente na definição de estratégias e ações integra<strong>do</strong>ras de desenvolvimento sustentável para o <strong>Território</strong>.<br />
8
Bases Meto<strong>do</strong>lógicas<br />
E ste <strong>do</strong>cumento considera<strong>do</strong> RESUMO EXECUTIVO tem como finali<strong>da</strong>de sintetizar o PTDRS, destacan<strong>do</strong> as principais ações<br />
estratégicas que nortearão o desenvolvimento sustentável nos territórios <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>da</strong> Paraíba.<br />
A requalificação <strong>do</strong> PTDRS, no <strong>Território</strong> <strong>da</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong> – PB, deu-se em processo participativo, com a contribuição direta <strong>do</strong>s agentes <strong>do</strong><br />
<strong>Território</strong>, refletin<strong>do</strong> sobre a reali<strong>da</strong>de <strong>do</strong> mesmo. Através de oficinas, executa<strong>da</strong>s conjuntamente pela SDT, Cooperativa Vínculus e o Colegia<strong>do</strong><br />
<strong>da</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong>. To<strong>do</strong> o processo foi trabalha<strong>do</strong> levan<strong>do</strong>-se em consideração as diretrizes defini<strong>da</strong>s pela SDT, de percepção integral de<br />
<strong>Território</strong>, construção de parcerias, descentralização, participação e potencialização <strong>da</strong>s capaci<strong>da</strong>des <strong>do</strong>s atores e atrizes locais.<br />
O processo deu-se em três etapas: na primeira foi realiza<strong>da</strong> uma Oficina Estadual, onde foi discuti<strong>da</strong> a proposta de requalificação <strong>do</strong>s PTDRS <strong>do</strong><br />
Esta<strong>do</strong> <strong>da</strong> Paraíba. Em segui<strong>da</strong> ocorreram as Oficinas temáticas onde foi feito o levantamento de <strong>da</strong><strong>do</strong>s secundários através de estu<strong>do</strong> <strong>da</strong><br />
reali<strong>da</strong>de em órgãos oficiais; levantamento de <strong>da</strong><strong>do</strong>s primários junto aos agentes sociais dentro <strong>do</strong> Comitê Gestor <strong>do</strong> <strong>Território</strong>, denomina<strong>do</strong><br />
Auto-Diagnóstico; Visão de Futuro, Princípios e Diretrizes, Objetivos e definição de Estratégias, Programas, Projetos e Ativi<strong>da</strong>des para o<br />
<strong>Território</strong>. A terceira fase foi trabalha<strong>da</strong> através de oficinas de Gestão e homologação <strong>do</strong>s PTDRS pelas plenárias territoriais. To<strong>do</strong> processo de<br />
construção <strong>do</strong> PTDRS foi executa<strong>do</strong> pela Cooperativa Vínculus com o apoio <strong>da</strong> SDT e <strong>do</strong> Colegia<strong>do</strong> Territorial. Em to<strong>da</strong>s as fases, as dimensões<br />
<strong>do</strong> desenvolvimento sustentável, seus eixos, programas e projetos defini<strong>do</strong>s pelos colegia<strong>do</strong>s e pela SDT, foram de suma importância para<br />
nortear as ações e facilitar a percepção <strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de <strong>do</strong> <strong>Território</strong>.<br />
10
I. Caracterização Geral<br />
1.1 ASPECTOS FÍSICOS E GEOGRÁFICOS<br />
<strong>Território</strong> <strong>da</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong> – PB abrange uma área 1.877,9 Km 2 O<br />
, constituí<strong>do</strong> por 13 municípios: Alhandra, Bayeux, Caaporã,<br />
Cal<strong>da</strong>s Brandão, Conde, Itabaiana, João Pessoa, Juripiranga, Pedras de Fogo, Pilar, Pitimbu, São José <strong>do</strong>s Ramos e São José de<br />
Itaipu.<br />
O <strong>Território</strong> ocupa uma importante área <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, encontran<strong>do</strong>-se inseri<strong>do</strong> no contexto <strong>da</strong> Mesorregião <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> Paraibana que compreende três<br />
Microrregiões: João Pessoa, Litoral <strong>Sul</strong> e Sapé, além <strong>do</strong>s municípios de Cal<strong>da</strong>s Brandão e Itabaiana que estão inseri<strong>do</strong>s na Microrregião de<br />
Itabaiana.<br />
Os principais centros urbanos <strong>do</strong> <strong>Território</strong> são: João Pessoa, capital <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> que polariza to<strong>da</strong> a Região, além <strong>da</strong>s ci<strong>da</strong>des de Bayeux e de<br />
Conde. Os municípios integrantes <strong>da</strong> Microrregião Litoral <strong>Sul</strong> (Alhandra, Caaporã, Pedras de Fogo e Pitimbu), além de intensas relações<br />
estabeleci<strong>da</strong>s com a capital <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, recebem também influência <strong>do</strong> vizinho Esta<strong>do</strong> de Pernambuco, consideran<strong>do</strong> a proximi<strong>da</strong>de desses<br />
municípios com aquele Esta<strong>do</strong>.<br />
13
Hidrografia<br />
A bacia hidrográfica <strong>do</strong> Rio Abiaí localiza-se no Litoral <strong>Sul</strong> <strong>do</strong><br />
Esta<strong>do</strong> <strong>da</strong> Paraíba, na fronteira com o Esta<strong>do</strong> de Pernambuco, entre<br />
as latitudes 7º10’ e 7º30’ <strong>Sul</strong> e entre as longitudes 34º48’ e 35º06’<br />
Oeste, ten<strong>do</strong> uma área de 449,5 km² e um perímetro de 110,5 km.<br />
Com extensão de 28,2 km, apresenta como seus principais afluentes<br />
os Rios Taperubus e Cupissura e o Riacho Pitanga. Possui uma área<br />
de drenagem de 450 km². Identifica-se uma série de conflitos a<br />
respeito <strong>da</strong> degra<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> própria bacia, irrigação, entre outros.<br />
Além disto, esta Bacia tem si<strong>do</strong> estu<strong>da</strong><strong>da</strong> como uma <strong>da</strong>s alternativas<br />
para a complementação <strong>do</strong> sistema de abastecimento d’água <strong>da</strong><br />
Grande João Pessoa.<br />
A área <strong>da</strong>s duas Bacias totaliza 1038,6 km². Os municípios inseri<strong>do</strong>s<br />
na área de atuação <strong>do</strong> Comitê <strong>da</strong>s Bacias Hidrográficas <strong>do</strong> Litoral<br />
<strong>Sul</strong>, total e parcialmente são: Alhandra, Caaporã, Conde, Cruz <strong>do</strong><br />
Espírito Santo, João Pessoa, Pedras de Fogo, Pitimbu, Santa Rita e<br />
São Miguel de Taipu. Neste senti<strong>do</strong>, faz-se mister a criação <strong>do</strong><br />
Comitê <strong>da</strong>s Bacias Hidrográficas <strong>do</strong> Litoral <strong>Sul</strong>, já aprova<strong>do</strong> pelo<br />
Conselho Estadual de Recursos Hídricos, como um órgão colegia<strong>do</strong>,<br />
de caráter consultivo e deliberativo que compõe o Sistema Integra<strong>do</strong><br />
de Planejamento e Gerenciamento de Recursos Hídricos, com<br />
atuação nas Bacias Hidrográficas <strong>do</strong>s Rios Gramame e Abiaí e será<br />
regi<strong>do</strong> por seu Regimento Interno e disposições pertinentes.<br />
Quadro 01: Localização <strong>do</strong>s municípios segun<strong>do</strong> as Bacias<br />
Hidrográficas <strong>Território</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong> – PB<br />
Bacias Hidrográficas Municípios<br />
Área<br />
(km²)<br />
Alhandra 225,4<br />
Caapora 144,1<br />
Rio Gramame<br />
Conde<br />
Pedras de Fogo<br />
164,8<br />
349,5<br />
Pitimbu 142,1<br />
Subtotal 1.025,9<br />
Bayeux 27,5<br />
Cal<strong>da</strong>s Brandão 67<br />
Itabaiana 204,7<br />
Sub-bacia <strong>do</strong> Baixo<br />
Rio Paraíba<br />
João Pessoa<br />
Juripiranga<br />
Pilar<br />
210,8<br />
95,8<br />
101,6<br />
São José <strong>do</strong>s Ramos 80,7<br />
São Miguel de Taipu 63,9<br />
Subtotal 852,0<br />
Total Área de Bacias 1.877,9<br />
Fonte: Secretaria Estadual de Recursos Hídricos, 2009<br />
A Bacia Hidrográfica <strong>do</strong> rio Paraíba, com uma área de 20.071,83<br />
km2, compreendi<strong>da</strong> entre as latitudes 6º51'31" e 8º26'21" <strong>Sul</strong> e as
longitudes 34º48'35"; e 37º2'15"; Oeste de Greenwich, é a segun<strong>da</strong><br />
maior <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>da</strong> Paraíba, pois abrange 38% <strong>do</strong> seu território,<br />
abrigan<strong>do</strong> 1.828.178 habitantes que correspondem a 52% <strong>da</strong> sua<br />
população total. Considera<strong>da</strong> uma <strong>da</strong>s mais importantes <strong>do</strong><br />
semiári<strong>do</strong> nordestino, ela é composta pela sub-bacia <strong>do</strong> Rio Taperoá<br />
e Regiões <strong>do</strong> Alto Curso <strong>do</strong> rio Paraíba, Médio Curso <strong>do</strong> rio Paraíba<br />
e Baixo Curso <strong>do</strong> rio Paraíba. Além <strong>da</strong> grande densi<strong>da</strong>de<br />
demográfica, na bacia estão incluí<strong>da</strong>s as ci<strong>da</strong>des de João Pessoa,<br />
capital <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, e Campina Grande, seu segun<strong>do</strong> maior centro<br />
urbano.<br />
Através <strong>do</strong> Governo Federal e Estadual, foram construí<strong>do</strong>s na área<br />
<strong>da</strong> Bacia vários açudes públicos, que são utiliza<strong>do</strong>s no abastecimento<br />
<strong>da</strong>s populações e rebanhos, irrigação, pesca e em algumas iniciativas<br />
de lazer e turismo regional. Esses reservatórios são as principais<br />
fontes de água <strong>da</strong> região e nas ocorrências de estiagens muitos deles<br />
entram em colapso, ocasionan<strong>do</strong> conflitos pelo uso <strong>do</strong>s recursos<br />
hídricos e graves problemas de ordem social e econômica.<br />
Com relação às Águas Subterrâneas, de acor<strong>do</strong> com o Serviço<br />
Geológico <strong>do</strong> Brasil, CPRM-2005, foram registra<strong>do</strong>s no <strong>Território</strong><br />
15<br />
<strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong>, 344 pontos d’água, sen<strong>do</strong> 329 poços tubulares, 11<br />
escava<strong>do</strong>s, 1 fonte natural e 3 indefini<strong>do</strong>s. A quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> água <strong>do</strong><br />
<strong>Território</strong> está em média 66%, que corresponde à água <strong>do</strong>ce.<br />
Observa-se que os municípios de Caaporã, João Pessoa e Bayeux<br />
têm uma quali<strong>da</strong>de de 100% de água <strong>do</strong>ce. A água salobra tem uma<br />
média de 46% e a água salina, registra<strong>da</strong> apenas no município de<br />
Cal<strong>da</strong>s Brandão, com cerca de 83%.<br />
Gráfico 01: Número de Pontos d’Água – <strong>Território</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong><br />
Fonte: Serviço Geológico <strong>do</strong> Brasil - CPRM, 2005
Gráfico 02: Quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s Águas Subterrâneas <strong>do</strong> <strong>Território</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong><br />
<strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong><br />
Fonte: Serviço Geológico <strong>do</strong> Brasil - CPRM, 2005<br />
Características Climáticas e Vegetação<br />
o Clima<br />
O <strong>Território</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong>, por sua posição privilegia<strong>da</strong>, apresenta<br />
condições climáticas favoráveis às explorações agropecuárias.<br />
Segun<strong>do</strong> a classificação climática de Koppen, seu tipo climático é<br />
AS Quente e Úmi<strong>do</strong> com chuvas de outono/inverno que ocorrem<br />
desde o Litoral até a grande porção <strong>do</strong> Agreste.<br />
16<br />
As precipitações médias anuais situam-se na faixa de 2.000 a 2.200<br />
mm/ano nos municípios: (Alhandra, Caaporã, João Pessoa, Pitimbu,<br />
Bayeux e Conde); de 1.800 a 2.000 mm/ano (Pedras de Fogo, São<br />
Miguel de Taipú e, por fim, de 1.600 a 1.800 mm/ano (Itabaiana,<br />
Juripiranga, Pilar, São José <strong>do</strong>s Ramos e Cal<strong>da</strong>s Brandão), cujo<br />
perío<strong>do</strong> chuvoso inicia-se de fevereiro a março e prolonga-se até<br />
agosto. O perío<strong>do</strong> de estiagem é de 5 a 6 meses, a temperatura média<br />
anual está entre 22° C e 30° C e a umi<strong>da</strong>de relativa <strong>do</strong> ar média é de<br />
70%.<br />
o Vegetação<br />
O <strong>Território</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong> registra os seguintes tipos de<br />
vegetação: PIONEIRA, CAMPOS e MATAS DE RESTINGA,<br />
MANGUEZAIS, MATA ÚMIDA e CERRADO. A PIONEIRA<br />
corresponde à faixa contígua aos limites <strong>da</strong>s preamares. É<br />
constituí<strong>da</strong> de uma vegetação herbácea, a<strong>da</strong>pta<strong>da</strong> às condições de<br />
eleva<strong>da</strong> salini<strong>da</strong>de. As vegetações CAMPOS e MATAS de<br />
RESTINGA ocorrem em segui<strong>da</strong> à PIONEIRA. O solo é arenoso e<br />
profun<strong>do</strong>.
A VEGETAÇÃO CAMPOS é <strong>do</strong> tipo arbustivo, de densi<strong>da</strong>de<br />
variável. Em áreas mais abertas, aparecem algumas espécies típicas<br />
<strong>do</strong> cerra<strong>do</strong>.<br />
A MATA de RESTINGA é subcaducifólia, com árvores de porte<br />
médio. O cajueiro é uma <strong>da</strong>s espécies que mais caracterizam a<br />
vegetação desse tipo.<br />
Os MANGUEZAIS estão localiza<strong>do</strong>s nos estuários e se para o<br />
interior <strong>da</strong> planície até onde se façam presentes as influências<br />
marinhas pelo fluxo e refluxo <strong>da</strong>s marés. Constituem-se numa<br />
Formação Florestal Perenifólia, com espécies altamente a<strong>da</strong>pta<strong>da</strong>s<br />
ao tipo de ambiente flúvio-marinho, de salini<strong>da</strong>de eleva<strong>da</strong> e solos<br />
estáveis, pantanosos com alto teor de matéria orgânica em<br />
decomposição.<br />
A MATA ÚMIDA compreende a <strong>Mata</strong> Atlântica e <strong>Mata</strong> <strong>do</strong> Brejo.<br />
A <strong>Mata</strong> Atlântica corresponde às florestas costeiras brasileiras ou<br />
matas de encosta. Encontram-se amplamente descaracteriza<strong>da</strong>s em<br />
função <strong>da</strong> multissecular utilização, como fonte, a princípio, de<br />
essências nobres, e posteriormente como estoque de madeira inferior<br />
18<br />
para os mais varia<strong>do</strong>s fins. Até hoje se agrava a sua destruição pela<br />
ocupação, em grande escala, <strong>da</strong> cultura <strong>da</strong> cana-de-açúcar em seu<br />
habitat natural.<br />
o<br />
Foto 01: <strong>Mata</strong> Atlântica
o Solos<br />
Os principais solos encontra<strong>do</strong>s no <strong>Território</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong> são:<br />
ALISSOLOS, NEOSSOLOS FLÚVICOS, NEOSSOLOS<br />
QUARTZARÊNICOS e LATOSSOLOS. ALISSOLOS e<br />
LATOSSOLOS são solos áci<strong>do</strong>s com baixa cama<strong>da</strong> textural, argila<br />
de ativi<strong>da</strong>de baixa, áci<strong>do</strong>s com saturação de bases baixa e perfis bem<br />
diferencia<strong>do</strong>s, profun<strong>do</strong>s ou muito profun<strong>do</strong>s modera<strong>da</strong>mente<br />
drena<strong>do</strong>s, friáveis, extremamente intemperiza<strong>do</strong>s, com pre<strong>do</strong>mínio<br />
de sesquióxi<strong>do</strong>s de argilas <strong>do</strong> grupo Barreiras, sobre platôs costeiros<br />
<strong>da</strong> faixa úmi<strong>da</strong>. Quanto ao uso agrícola, estes solos podem ser<br />
explora<strong>do</strong>s com fruticultura de mo<strong>do</strong> geral (o abacaxi e o coco se<br />
destacam em área planta<strong>da</strong>) e culturas alimentares como inhame e<br />
mandioca. A principal limitação ao uso agrícola destes solos decorre<br />
<strong>da</strong> baixa fertili<strong>da</strong>de natural, necessitan<strong>do</strong>, portanto de correção de<br />
acidez e adubação para utilização agrícola intensa.<br />
Os NEOSSOLOS FLÚVICOS são solos profun<strong>do</strong>s de baixa<br />
fertili<strong>da</strong>de natural, bem drena<strong>do</strong>s. Podem variar de baixa a alta,<br />
situan<strong>do</strong>-se em terrenos <strong>da</strong> baixa<strong>da</strong> litorânea. Podem ser<br />
intensamente cultiva<strong>do</strong>s desde que se façam práticas de calagem e<br />
19<br />
adubação. Quanto aos NEOSSOLOS QUARTZARÊNICOS, são<br />
solos de textura pre<strong>do</strong>minantemente arenosa, drenagem excessiva e<br />
baixíssima fertili<strong>da</strong>de. Para seu aproveitamento agrícola, necessita<br />
de práticas de adubação, principalmente a incorporação de matéria<br />
orgânica para melhorar sua estruturação e a retenção de umi<strong>da</strong>de.<br />
Foto 02:Solos Latossolos
1.2 ASPECTOS DEMOGRÁFICOS E INDICADORES<br />
SOCIOECONÔMICOS<br />
População<br />
A população <strong>do</strong> <strong>Território</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong>, segun<strong>do</strong> o Censo<br />
Demográfico de IBGE – 2000, era de 837.320 habitantes. No meio<br />
urbano residiam 780.742 habitantes e, no rural, 56.578 habitantes,<br />
observan<strong>do</strong>-se que apenas 6,75 % <strong>do</strong> contingente populacional desse<br />
território mantinha-se na área rural. Em 2007, de 931.274 habitantes,<br />
876.063 habitantes residiam na zona urbana e 55.211 habitantes na<br />
zona rural, corresponden<strong>do</strong>, respectivamente aos percentuais de 94<br />
% e 6 %.<br />
Em termos de Densi<strong>da</strong>de Demográfica, o referi<strong>do</strong> <strong>Território</strong><br />
apresentava, em 2007, uma distribuição de 482,28 hab/km 2 . Sen<strong>do</strong> a<br />
maior densi<strong>da</strong>de demográfica registra<strong>da</strong> no município de João<br />
Pessoa com 3.213,15hab/km 2 e a menor no município de São José<br />
<strong>do</strong>s Ramos com 55,94hab/ km 2 .<br />
21<br />
Quadro 02: Características Demográficas (2007)<br />
População( Hab.)<br />
População por Sexo (Hab.)<br />
População por I<strong>da</strong>de (Hab.)<br />
Total 931.274<br />
Urbana 876.063<br />
Rural 55.211<br />
Feminino 499.390<br />
Masculino 43.1884<br />
0-14 229.449<br />
15-59 532.393<br />
60 e mais 169.432<br />
Área (Km 2 ) <strong>Território</strong> 1.931<br />
Densi<strong>da</strong>de<br />
Demográfica(Hab./Km 2 )<br />
<strong>Território</strong> 482,28<br />
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2007 e Anuário Estatístico <strong>do</strong><br />
Esta<strong>do</strong> <strong>da</strong> Paraíba, 2008<br />
A dinâmica populacional destaca três distintos grupos etários, o<br />
segmento populacional de 0-14 anos forma<strong>do</strong> por 229.449 pessoas.<br />
Essa faixa de i<strong>da</strong>de faz pressão para garantir a universalização de<br />
atendimento <strong>do</strong> ensino fun<strong>da</strong>mental e <strong>do</strong> ensino médio. No que se<br />
refere à população em i<strong>da</strong>de produtiva, ou seja, 15-59 anos de i<strong>da</strong>de,<br />
registrava uma população de 532.393 habitantes. Ter uma parcela<br />
em plena ativi<strong>da</strong>de superan<strong>do</strong> a parcela <strong>da</strong> população é importante<br />
para o desenvolvimento de uma região, entretanto faz-se necessário
forte investimento em educação e garantia de qualificação adequa<strong>da</strong><br />
para essa mão-de-obra disponível, assim como um merca<strong>do</strong> de<br />
trabalho com oferta de vagas capaz de absorvê-los.<br />
Gráfico 03 : População por situação de <strong>do</strong>micílio<br />
Fonte : IBGE, 2007<br />
A otimização <strong>do</strong> aproveitamento desta dinâmica demográfica, no<br />
senti<strong>do</strong> de proporcionar o crescimento econômico e<br />
desenvolvimento humano, dependerá <strong>da</strong> possibili<strong>da</strong>de deste<br />
22<br />
contingente populacional ser adequa<strong>da</strong>mente educa<strong>do</strong>, qualifica<strong>do</strong> e<br />
capacita<strong>do</strong> para um merca<strong>do</strong> de trabalho ca<strong>da</strong> vez mais competitivo.<br />
No que se refere uma faixa de i<strong>da</strong>de acima de 60 anos, no <strong>Território</strong><br />
<strong>da</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong>, essa população é forma<strong>da</strong> por 169.432 pessoas<br />
com 60 anos e mais a parcela de i<strong>do</strong>sos que já deixaram ou estão<br />
deixan<strong>do</strong> o merca<strong>do</strong> de trabalho.<br />
Esta população de i<strong>do</strong>sos em processo contínuo de crescimento,<br />
certamente gerará atenção <strong>do</strong> poder público no senti<strong>do</strong> de criar<br />
políticas volta<strong>da</strong>s para esta faixa etária <strong>da</strong> população, nas áreas de<br />
saúde, habitação e lazer oportunizan<strong>do</strong> uma melhor quali<strong>da</strong>de de<br />
vi<strong>da</strong>.<br />
No <strong>Território</strong> <strong>da</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong>, percebemos a concentração de<br />
mulheres jovens nas ci<strong>da</strong>des com população urbana superior, esse<br />
grupo de pessoas, tem um maior nível de escolari<strong>da</strong>de por passarem<br />
mais tempo na escola, a desistência é maior por parte <strong>do</strong>s jovens de<br />
sexo masculino.<br />
Porém não existe uma política de governo volta<strong>da</strong> para esse grupo de<br />
mulheres jovens, o merca<strong>do</strong> de trabalho ain<strong>da</strong> é preconceituoso com
elação à contratação e remuneração <strong>da</strong>s mulheres, apesar <strong>da</strong> visível<br />
inserção <strong>da</strong> mulher jovem no merca<strong>do</strong> de trabalho, ain<strong>da</strong> não é<br />
suficiente para o crescente número de mulheres. O <strong>Território</strong> tem<br />
que rever suas políticas de priorização <strong>do</strong>s projetos para atender a<br />
essa deman<strong>da</strong> crescente <strong>da</strong> população.<br />
Indica<strong>do</strong>res Socioeconômicos<br />
o Índice de <strong>Desenvolvimento</strong> Humano<br />
O conceito <strong>do</strong> <strong>Desenvolvimento</strong> Humano surgiu em 1990, quan<strong>do</strong> o<br />
Programa <strong>da</strong>s Nações Uni<strong>da</strong>s para o <strong>Desenvolvimento</strong> (PNUD)<br />
sugeriu substituir a visão tradicional de desenvolvimento, que inclui<br />
o crescimento <strong>da</strong> ren<strong>da</strong> e <strong>da</strong> produtivi<strong>da</strong>de de um país, por um<br />
enfoque mais amplo e abrangente que é o IDH. Este indica<strong>do</strong>r<br />
envolve três variáveis: longevi<strong>da</strong>de média <strong>da</strong> população, nível<br />
educacional e o acesso aos recursos econômicos (PIB per capita).<br />
23<br />
Figura 01: Índice de <strong>Desenvolvimento</strong> Humano – IDH (2.000) <strong>do</strong><br />
<strong>Território</strong> <strong>da</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong><br />
Fonte: Atlas <strong>do</strong> <strong>Desenvolvimento</strong> Humano - PNUD
No <strong>Território</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong> Paraibana, o Índice de <strong>Desenvolvimento</strong><br />
Humano Municipal (IDH-M), em 2000, como em quase to<strong>do</strong> o<br />
Nordeste, é baixo. O menor IDH é o <strong>do</strong> município de São Miguel de<br />
Taipu, com 0,524 e o maior é o de João Pessoa, com 0,783,<br />
ocupan<strong>do</strong> a 1ª posição no Esta<strong>do</strong>, como mostra a Figura 01.<br />
o Índice de Gini<br />
Outro indica<strong>do</strong>r considera<strong>do</strong> na análise é o índice de Gini, que mede<br />
o nível de concentração de ren<strong>da</strong>, cujo valor varia entre 0 e 1.<br />
Quanto mais próximo de 1, maior o nível de concentração. Dentre os<br />
municípios <strong>do</strong> <strong>Território</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong> - PB, o município que<br />
apresentava maior índice de Gini era Bayeux, num nível de 0,48 e o<br />
município com o índice mais eleva<strong>do</strong> era João Pessoa, atingin<strong>do</strong> um<br />
nível de 0,63, configuran<strong>do</strong> o maior nível de concentração de ren<strong>da</strong><br />
<strong>do</strong> <strong>Território</strong>.<br />
o Produto Interno Bruto<br />
O produto interno bruto – PIB <strong>do</strong> <strong>Território</strong>, a preços correntes, foi<br />
de R3,383 bilhões, responden<strong>do</strong> no ano de 2000 por 36,6% <strong>do</strong> PIB<br />
24<br />
estadual. Essa participação vem evoluin<strong>do</strong> positivamente a ca<strong>da</strong> ano,<br />
chegan<strong>do</strong> a aproxima<strong>da</strong>mente 38,4% no ano de 2003.<br />
Gráfico 04 : Produto Interno Bruto Per Capita (A)<br />
Fonte: IBGE/IDEME-PB, 2008<br />
Gráfico 05 : Produto Interno Bruto (B)<br />
Fonte: IBGE/IDEME-PB, 2008<br />
2000 2007<br />
2000 Gráfico 02: Quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s Águas Subterrâneas <strong>do</strong> Ter<br />
fico 02: Quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s Águas Subterrâneas <strong>do</strong> <strong>Território</strong><br />
02: Quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s Águas Subterrâneas <strong>do</strong> <strong>Território</strong> Zon<br />
Quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s Águas Subterrâneas <strong>do</strong> <strong>Território</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong><br />
li<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s Águas Subterrâneas <strong>do</strong> <strong>Território</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> Ma<br />
de <strong>da</strong>s Águas Subterrâneas <strong>do</strong> <strong>Território</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> S<br />
<strong>da</strong>s Águas Subterrâneas <strong>do</strong> <strong>Território</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong><br />
Águas Subterrâneas <strong>do</strong> <strong>Território</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong><br />
as Subterrâneas <strong>do</strong> <strong>Território</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong>
Em uma análise <strong>do</strong> PIB para o ano de 2007, observa-se que no<br />
<strong>Território</strong> <strong>da</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>da</strong> Paraíba, no ano de<br />
2007, esse indica<strong>do</strong>r econômico alcançou o nível de 8,409 Bilhões<br />
de Reais, que em termos percentuais correspondeu a 37,9% <strong>do</strong> PIB<br />
Estadual.<br />
Em termos de PIB Per Capita, indica<strong>do</strong>r que mede a produção<br />
gera<strong>da</strong> durante o ano e dividi<strong>da</strong> pela população total <strong>do</strong> município,<br />
comparan<strong>do</strong>-se os valores entre os anos de 2000 e 2007, constata-se<br />
que ocorreram aumentos em to<strong>do</strong>s os municípios que compõem o<br />
<strong>Território</strong>, sen<strong>do</strong> os valores mais expressivos nos municípios de<br />
Alhandra, Conde e João Pessoa.<br />
Vale salientar que <strong>do</strong>s 13 municípios que compõem o <strong>Território</strong>,<br />
quatro deles (Bayeux, Caaporã, João Pessoa e Pedras de Fogo),<br />
responderam por 87,8 % <strong>da</strong> formação <strong>do</strong> PIB territorial e os 9<br />
restantes por apenas 13,2%, como mostra o Quadro 03.<br />
25<br />
Quadro 03: Produto Interno Bruto – <strong>Território</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong><br />
Municípios<br />
PIB - 2000 PIB - 2007<br />
A preços Per A preços Per<br />
correntes capita correntes capita<br />
(R$ mil) (R$) (R$ mil) (R$)<br />
Alhandra 64.999 4.041 191.729 10.544<br />
Bayeux<br />
Caaporã<br />
Cal<strong>da</strong>s Brandão<br />
Conde<br />
Itabaiana<br />
João Pessoa<br />
Juripiranga<br />
Pedras de Fogo<br />
Pilar<br />
Pitimbu<br />
São José <strong>do</strong>s Ramos<br />
São Miguel de Taipu<br />
242.132 2.745 498.836 5.370<br />
273.899 14.676 248.724 12.829<br />
9.721 1.880 22.403 4.177<br />
69.604 4.142 220.451 11.064<br />
46.022 1.832 90.856 3.671<br />
2.462.802 4.075 6.760.023 10.010<br />
13.127 1.358 36.594 3.574<br />
135.419 5.232 194.109 7.386<br />
17.104 1.657 38.403 3.398<br />
27.707 1.949 70.384 4.361<br />
7.901 1.609 17.367 3.168<br />
13.270 2.162 19.171 2.919<br />
<strong>Território</strong> 3.383.707 4.041 8.409.050 82.471<br />
Paraíba 9. 237. 737 2 .670 22.201.750 861.749<br />
Fonte: IBGE/IDEME-PB, 2008
II. Enfoque Dimensional<br />
A situação enfrenta<strong>da</strong> pela população <strong>do</strong> <strong>Território</strong> <strong>da</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong>, na Dimensão Sociocultural Educacional, Ambiental,<br />
Socioeconômica e Político-Institucional, não difere <strong>da</strong>quela vivencia<strong>da</strong> em grande parte <strong>do</strong> País. Há grandes limitações nos<br />
serviços oferta<strong>do</strong>s à população.<br />
É notório que na última déca<strong>da</strong>, as políticas públicas vêm sen<strong>do</strong> desenvolvi<strong>da</strong>s com o objetivo de amenizar os problemas enfrenta<strong>do</strong>s pelas<br />
populações mais carentes especialmente o dramático desafio de combater a pobreza, a fome e a miséria. No entanto, observa-se a necessi<strong>da</strong>de de<br />
medi<strong>da</strong>s decisivas em educação, como por exemplo, reduzir os gargalos localiza<strong>do</strong>s de infraestrutura de saúde pública na forma de<br />
vulnerabili<strong>da</strong>de social, educação, geração de emprego e ren<strong>da</strong>, além <strong>do</strong>s precários serviços de segurança pública, nota<strong>da</strong>mente na zona rural e<br />
bases periféricas <strong>da</strong>s ci<strong>da</strong>des.<br />
Vale ressaltar a necessi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> valorização <strong>do</strong> potencial ecológico, preservação <strong>da</strong>s fontes de água e saneamento ambiental. Reduzi<strong>da</strong> oferta de<br />
serviços de assistência técnica aos pequenos produtores. No que se refere à estrutura de comercialização desfavorável aos produtores no plantio,<br />
com escassez de recursos, aquisição de insumos, numa luta para obtenção <strong>do</strong> melhor preço. Dificul<strong>da</strong>de de acesso ao credito por parte <strong>do</strong>s<br />
produtores de menor poder aquisitivo. Finalmente, a omissão <strong>da</strong>s instituições <strong>do</strong> Colegia<strong>do</strong> trava o processo de desenvolvimento sustentável <strong>do</strong><br />
<strong>Território</strong>.<br />
27
2.1 DIMENSÃO SOCIOCULTURAL EDUCACIONAL<br />
Situação <strong>da</strong> Educação<br />
o Ensino Fun<strong>da</strong>mental<br />
O número de estabelecimentos de Ensino Fun<strong>da</strong>mental, no <strong>Território</strong><br />
<strong>da</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong>, no ano 2007, registrou um total de 646<br />
estabelecimentos, sen<strong>do</strong> 492 (76%) localiza<strong>do</strong>s na zona urbana e 154<br />
(24%) na zona rural.<br />
De uma maneira geral, as questões que se colocam sobre a rede de<br />
ensino <strong>do</strong> meio rural, referem-se, via de regra, à precarie<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s<br />
instalações físicas de grande parte <strong>do</strong>s estabelecimentos e<br />
deficiências na aprendizagem culminan<strong>do</strong> com eleva<strong>do</strong>s níveis de<br />
repetência e evasão escolar.<br />
No que se refere ao número de matrículas <strong>do</strong> Ensino Fun<strong>da</strong>mental<br />
constata-se uma grande pre<strong>do</strong>minância <strong>da</strong> zona urbana, visto que, no<br />
ano de 2007, segun<strong>do</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>do</strong> Instituto de <strong>Desenvolvimento</strong><br />
Municipal e Estadual – IDEME, foram registra<strong>da</strong>s 236.687<br />
matrículas na zona urbana contra 16.598 observa<strong>da</strong>s na zona rural.<br />
28<br />
Esse fato pode ser explica<strong>do</strong> pela grande densi<strong>da</strong>de demográfica de<br />
alguns municípios que compõem o <strong>Território</strong>, nota<strong>da</strong>mente pela<br />
capital <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, João Pessoa e pelo município de Bayeux, que são<br />
constituí<strong>do</strong>s exclusivamente por zona urbana.<br />
Figura 02: Número de Alunos Matricula<strong>do</strong>s – Ensino Fun<strong>da</strong>mental<br />
ENSINO FUNDAMENTAL<br />
Total de 16.598 alunos matricula<strong>do</strong>s na zona rural<br />
Total de 236.687 alunos matricula<strong>do</strong>s na zona urbana<br />
Fonte: Anuário Estatístico <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>da</strong> Paraíba, 2008/IDEME-PB
Gráfico 06: Número de matrículas nos estabelecimentos de<br />
ensino - <strong>Zona</strong> Rural<br />
Fonte: Censo Escolar - 2006.<br />
o Ensino Médio<br />
O Ensino Médio regular é oferta<strong>do</strong> em to<strong>do</strong>s os municípios que<br />
compõem o <strong>Território</strong> <strong>da</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong>, ten<strong>do</strong> registra<strong>do</strong> no ano<br />
de 2007 um total de 40.423 matrículas, to<strong>da</strong>s na zona urbana. A<br />
30<br />
mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de Educação para Jovens e Adultos - EJA é ofereci<strong>da</strong><br />
também em to<strong>do</strong>s os municípios, embora esse Programa esteja<br />
concentra<strong>do</strong> na zona urbana, contemplan<strong>do</strong> também jovens<br />
residentes na zona rural e voltan<strong>do</strong>-se prioritariamente para<br />
trabalha<strong>do</strong>res e estu<strong>da</strong>ntes que se apresentam com i<strong>da</strong>des fora <strong>da</strong><br />
faixa etária exigi<strong>da</strong> pelo sistema regular de ensino.<br />
A distorção i<strong>da</strong>de-série no ensino médio deve merecer especial<br />
atenção <strong>do</strong> poder público, pelas potenciais conseqüências negativas<br />
que pode gerar.<br />
É nesta faixa etária que os jovens, em grande medi<strong>da</strong>, definem seus<br />
projetos de vi<strong>da</strong>. O atraso escolar <strong>do</strong>s jovens <strong>do</strong> meio rural, a<br />
impossibili<strong>da</strong>de de continuarem sua escolarização pela falta de<br />
oferta educacional ou pelas longas distâncias que precisam enfrentar<br />
para suprir esta ausência, alia<strong>do</strong> ao alto custo que isto representa<br />
para suas famílias, faz com que parte relevante destes jovens não<br />
ascen<strong>da</strong> a este nível de ensino.
Essa privação desencadeia diferentes prejuízos, não só para seu<br />
desenvolvimento integral, como para as possíveis contribuições que<br />
poderiam trazer às suas famílias e comuni<strong>da</strong>des.<br />
Outro ponto a se destacar na Educação é o de que a melhoria na<br />
quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong> ensino ain<strong>da</strong> é um desafio, particularmente na zona<br />
rural, onde se enfrentam dificul<strong>da</strong>des na interação entre educa<strong>do</strong>res e<br />
comuni<strong>da</strong>des e onde é mais urgente a construção de um projeto<br />
político-pe<strong>da</strong>gógico que valorize o saber <strong>do</strong> campo, de mo<strong>do</strong> a<br />
possibilitar que os conteú<strong>do</strong>s programáticos aten<strong>da</strong>m às necessi<strong>da</strong>des<br />
locais, numa dimensão que permita integrar o aluno num contexto<br />
global.<br />
Durante o processo de discussão e atendimento, as lideranças locais<br />
identificaram como principal desafio, nota<strong>da</strong>mente para os<br />
mora<strong>do</strong>res <strong>da</strong> zona rural, a implementação de políticas educacionais,<br />
nas quais se destacam a infraestrutura inadequa<strong>da</strong>, precárias<br />
condições de transporte e instalações escolares inadequa<strong>da</strong>s,<br />
incluin<strong>do</strong> a deficiência em equipamentos modernos ou no seu<br />
manuseio além <strong>da</strong> má quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong> ensino, devi<strong>do</strong> a fatores diversos<br />
31<br />
que vão desde a formação e a postura <strong>do</strong>s <strong>do</strong>centes até as situações<br />
sociais em que se encontram os educan<strong>do</strong>s de um mo<strong>do</strong> geral.<br />
Figura 03: Número de Alunos Matricula<strong>do</strong>s – Ensino Médio<br />
ENSINO MÉDIO REGULAR<br />
Total de 40.423 alunos matricula<strong>do</strong>s na zona urbana<br />
Fonte: Anuário Estatístico <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>da</strong> Paraíba, 2008/IDEME-PB<br />
Total de 40.423 alunos matricula<strong>do</strong>s na zona<br />
o Índice de <strong>Desenvolvimento</strong><br />
urbana<br />
de Educação Básica – IDEB<br />
O <strong>Ministério</strong> <strong>da</strong> Educação - MEC través <strong>do</strong> Instituto de Pesquisas<br />
Educacionais - INEP anualmente elabora e acompanha o IDEB,<br />
indica<strong>do</strong>r que mede o rendimento escolar <strong>do</strong>s alunos <strong>da</strong> rede<br />
municipal e estadual de ca<strong>da</strong> município. Nesse senti<strong>do</strong> cinco<br />
municípios registraram índice expressivos de rendimento: Cal<strong>da</strong>s
Brandão (0,88), Alhandra (0,78), Pilar (0,74), João Pessoa (0,69) e<br />
São Miguel de Taipú (0,69). Chama atenção o fato de que alguns<br />
municípios de pequeno porte, como é o caso de Cal<strong>da</strong>s Brandão,<br />
apresentarem um IDEB num patamar bastante superior ao verifica<strong>do</strong><br />
para a capital <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>.<br />
o Taxa de Analfabetismo<br />
No que diz respeito à taxa de analfabetismo, em 2008, <strong>do</strong>s 13<br />
municípios que compõem o <strong>Território</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong>-PB, 12<br />
(92,3%) registraram taxa de analfabetismo, no segmento<br />
populacional até 15 anos de i<strong>da</strong>de, que variaram num patamar cujas<br />
taxas estão compreendi<strong>da</strong>s entre 10% e 20%, sen<strong>do</strong> que nos valores<br />
extremos encontravam-se <strong>do</strong>is municípios - São José <strong>do</strong>s Ramos<br />
com uma taxa de analfabetismo de 24,92% e João Pessoa com uma<br />
taxa <strong>da</strong> ordem de 3,36%.<br />
o Programa Brasil Alfabetiza<strong>do</strong><br />
O MEC realiza, desde 2003, o Programa Brasil Alfabetiza<strong>do</strong>,<br />
volta<strong>do</strong> para a alfabetização de jovens, adultos e i<strong>do</strong>sos. Esse<br />
Programa é desenvolvi<strong>do</strong> em to<strong>do</strong> o território nacional, com o<br />
32<br />
atendimento prioritário a 1.928 municípios que apresentam taxa de<br />
analfabetismo igual ou superior a 25%. Desse total, 90% localizam-<br />
se na região Nordeste. To<strong>do</strong>s os Municípios que compõem o<br />
<strong>Território</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong> são beneficia<strong>do</strong>s com esse Programa de<br />
inclusão social, com atendimento aos segmentos populacionais<br />
beneficia<strong>do</strong>s, que residem nas zonas rural e urbana.<br />
o Ensino Técnico Profissionalizante<br />
No <strong>Território</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>da</strong> Paraíba, os cursos<br />
técnicos e profissionalizantes estão concentra<strong>do</strong>s nos municípios de<br />
João Pessoa e Bayeux, onde é ofereci<strong>do</strong> o maior número de cursos e<br />
vagas. Vale destacar o papel exerci<strong>do</strong>, nessa mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de de ensino,<br />
pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia-IFPB que<br />
oferece 12 cursos, sen<strong>do</strong> 6 técnicos integra<strong>do</strong>s e 6 técnicos<br />
subseqüentes, atuan<strong>do</strong> nas áreas Ambiental, Construção Civil,<br />
Tecnologia e Eventos, além de Equipamentos Biomédicos e<br />
instrumentação musical, com oferta de 30 vagas em média para ca<strong>da</strong><br />
curso.<br />
Ain<strong>da</strong> na mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de de ensino técnico-profissionalizante, merece<br />
destaque o papel exerci<strong>do</strong> pelas instituições particulares existentes
pre<strong>do</strong>minantemente na capital <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> e que atuam nas áreas de<br />
Comércio, Serviços, Informática e Gestão de Negócios.<br />
Figura 04: Número de Alunos Matricula<strong>do</strong>s – Serviço Nacional de<br />
Aprendizagem Industrial - SENAC<br />
ENSINO TÉCNICO PROFISSIONALIZANTE<br />
IFPB – JOÃO PESSOA<br />
Total de 360 vagas<br />
Fonte: Anuário Estatístico <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>da</strong> Paraíba, 2008/IDEME-PB,<br />
O Sistema SESI/SENAI com atuação nas ci<strong>da</strong>des de João Pessoa e<br />
Bayeux capacita mão-de-obra nas áreas de Eletrici<strong>da</strong>de, Construção<br />
Civil, Gráfica Editorial, Metal Mecânica e Têxtil e Vestuário, além<br />
de Automação Industrial, Segurança e Saúde <strong>do</strong> Trabalho.<br />
33<br />
O SENAC, por sua vez desenvolve programas específicos de<br />
capacitação <strong>da</strong> mão-de-obra volta<strong>do</strong>s para áreas de ativi<strong>da</strong>des<br />
desenvolvi<strong>da</strong>s pelo Comércio, Informática, além de cursos<br />
orienta<strong>do</strong>s para Quali<strong>da</strong>de e Gestão Empresarial.<br />
o Ensino Superior<br />
Nos últimos anos, a política nacional de incentivo à Educação<br />
Superior tem desperta<strong>do</strong> interesse renova<strong>do</strong> na população e isso<br />
reflete também no crescimento <strong>da</strong> oferta e <strong>da</strong> procura de cursos de<br />
Nível Superior nas diversas áreas <strong>do</strong> conhecimento com destaque<br />
para os cursos de Tecnologia, Saúde, Ciências Jurídicas,<br />
Administração, além de Gestão Ambiental.<br />
Nesse contexto, no <strong>Território</strong> <strong>da</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong>, deve-se destacar<br />
o papel exerci<strong>do</strong> por importantes programas que estimulam o<br />
desenvolvimento <strong>do</strong> Ensino de Nível Superior, a exemplo <strong>do</strong> ProUni<br />
e o FIES que têm contribuí<strong>do</strong> decisivamente, facilitan<strong>do</strong> o acesso à<br />
essa mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de de ensino.
No <strong>Território</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong>, o Ensino Superior é desenvolvi<strong>do</strong><br />
através <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Federal <strong>da</strong> Paraíba – UFPB /Campus I, <strong>da</strong><br />
Universi<strong>da</strong>de Estadual <strong>da</strong> Paraíba – UEPB/Campus de João Pessoa,<br />
e <strong>do</strong> Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – IFPB,<br />
que na condição e de instituições públicas oferecem o maior número<br />
de cursos e de vagas, contemplan<strong>do</strong> as mais diversas áreas <strong>do</strong><br />
conhecimento humano, abrangen<strong>do</strong> as Ciências Humanas, Sociais,<br />
Ciências <strong>da</strong> Saúde e Tecnologia, ten<strong>do</strong> no ano de 2007, si<strong>do</strong><br />
ofereci<strong>da</strong>s um total de 3.710 vagas, apenas pela UFPB.<br />
Figura 05: Principais Instituições de Ensino Superior<br />
Fonte: IEFPB Instituições de Ensino Superior, 2008<br />
UNIPÊ<br />
ENSINO SUPERIOR<br />
UFPB - Total de 3.710 vagas<br />
UNIPÊ - Total de 3.230 vagas<br />
34<br />
Dentre as instituições particulares de Educação Superior que atuam<br />
no <strong>Território</strong>, o Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ exerce<br />
papel relevante, não apenas pelos seus mais de 30 anos de fun<strong>da</strong>ção,<br />
mas por apresentar uma varie<strong>da</strong>de de cursos e uma expressiva<br />
quanti<strong>da</strong>de de vagas oferta<strong>da</strong>s, ten<strong>do</strong> registra<strong>do</strong> no ano de 2007 a<br />
oferta de 3.230 vagas.<br />
Situação <strong>da</strong> Saúde<br />
De acor<strong>do</strong> com o Ca<strong>da</strong>stro Nacional <strong>do</strong>s Estabelecimentos de Saúde<br />
<strong>do</strong> Brasil - CNES, o <strong>Território</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>da</strong><br />
Paraíba contava em outubro de 2010 com 1.447 estabelecimentos de<br />
saúde <strong>do</strong>s quais 416 eram públicos e 1.031 particulares, destacan<strong>do</strong>-<br />
se os municípios de João Pessoa com 1.265 uni<strong>da</strong>des, Bayeux com<br />
48 uni<strong>da</strong>des, Itabaiana e Pedras de Fogo com 25 uni<strong>da</strong>des.<br />
No que diz respeito ao atendimento na área de saúde, o <strong>Território</strong><br />
contava em Outubro de 2010 com 3.750 leitos hospitalares, sen<strong>do</strong><br />
em sua maioria localiza<strong>do</strong>s na capital <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, João Pessoa, com<br />
3.460 leitos corresponden<strong>do</strong> a 92% <strong>do</strong> total <strong>da</strong> oferta de leitos<br />
hospitalares <strong>do</strong> <strong>Território</strong>, o que revela uma grande concentração <strong>do</strong>s
serviços de saúde, sobrecarrega<strong>do</strong> por um intenso processo de<br />
deman<strong>da</strong> que se orienta para a capital <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>.<br />
De acor<strong>do</strong> com o padrão estabeleci<strong>do</strong> pela Organização Mundial de<br />
Saúde - OMS (relação: 2 leitos para ca<strong>da</strong> 1.000 habitantes), o<br />
<strong>Território</strong> <strong>da</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong> deveria contar com 1.863 leitos. Vale<br />
ressaltar que o <strong>Território</strong> dispõe de 3.750 leitos hospitalares<br />
apresentan<strong>do</strong> um superávit de 1.887 leitos.<br />
Quadro 04: Situação <strong>da</strong> Saúde – <strong>Território</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong><br />
Equipamentos de Saúde 1.447<br />
- Particulares 1.031<br />
- Públicos 416<br />
- Leitos 3.750<br />
Profissionais de Saúde 14.086<br />
Taxa de Mortali<strong>da</strong>de Infantil<br />
21 para ca<strong>da</strong> grupo de 1.000<br />
nasci<strong>do</strong>s vivos (*)<br />
Fonte: Ca<strong>da</strong>stro Nacional <strong>do</strong>s Estabelecimentos de Saúde <strong>do</strong> Brasil – CNES, 2010 e Anuário<br />
Estatístico <strong>da</strong> Paraíba/IDEME - 2008 (*)<br />
Embora esse número esteja acima <strong>do</strong>s padrões estabeleci<strong>do</strong>s pela<br />
OMS, verifica-se uma concentração desse equipamento no<br />
35<br />
município de João Pessoa que atende deman<strong>da</strong>s oriun<strong>da</strong>s de to<strong>do</strong> o<br />
Esta<strong>do</strong> <strong>da</strong> Paraíba e até mesmo de municípios de Esta<strong>do</strong>s vizinhos,<br />
fazen<strong>do</strong> com que se verifique pontos de estrangulamento causa<strong>do</strong>s<br />
por uma intensa deman<strong>da</strong> ao setor de saúde <strong>do</strong> <strong>Território</strong>.<br />
Nesse mesmo ano, foi observa<strong>da</strong> a existência de 14.086 profissionais<br />
<strong>da</strong>s diversas áreas de saúde, com destaque para o município de João<br />
Pessoa, que concentra 84 % <strong>do</strong> total desses profissionais.<br />
Os principais serviços de saúde <strong>do</strong> <strong>Território</strong> <strong>da</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong><br />
são presta<strong>do</strong>s por instituições de governo (municipal e estadual) com<br />
alternativas de atendimento de hospitais e clínicas particulares. A<br />
maioria <strong>da</strong> população, principalmente a oriun<strong>da</strong> <strong>da</strong> zona rural, tem o<br />
atendimento médico presta<strong>do</strong> por Uni<strong>da</strong>des Básicas <strong>da</strong> Família, com<br />
equipes <strong>do</strong> PSF. O principal problema dessa mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong>de de<br />
atendimento consiste no fato de que a maioria <strong>do</strong>s profissionais de<br />
saúde não tem compromisso com os municípios, nem com as<br />
comuni<strong>da</strong>des rurais, em muitos casos, não cumprin<strong>do</strong> a carga horária<br />
exigi<strong>da</strong> em contrato, o que tem causa<strong>do</strong> muitos problemas para a<br />
comuni<strong>da</strong>de, principalmente para os segmentos populacionais mais<br />
carentes.
o Mortali<strong>da</strong>de<br />
A taxa de mortali<strong>da</strong>de infantil no <strong>Território</strong> <strong>da</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong>, em<br />
2006, correspondeu aproxima<strong>da</strong>mente em termos médios, um<br />
patamar de 21 óbitos de crianças de 0 a 1 ano de i<strong>da</strong>de para ca<strong>da</strong><br />
grupo de 1.000 nasci<strong>do</strong>s vivos. O maior índice de mortali<strong>da</strong>de<br />
infantil foi registra<strong>do</strong> no município de Alhandra com 32 óbitos para<br />
ca<strong>da</strong> grupo de 1.000 nasci<strong>do</strong>s vivos.<br />
Cultura<br />
O <strong>Território</strong> <strong>da</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong> possui uma grande diversi<strong>da</strong>de<br />
cultural como tradições folclóricas e eventos: Festa <strong>da</strong> Lagosta,<br />
Quadrilhas Juninas, Grupo de Capoeira, Procissão de São Pedro,<br />
Procissão <strong>do</strong> Senhor <strong>do</strong> Bonfim, Festa de Iemanjá, JampaIn<strong>do</strong>r,<br />
Samba Jampa, Festa <strong>do</strong>s Pesca<strong>do</strong>res, Corri<strong>da</strong> de Barcos, Festa <strong>do</strong><br />
Caranguejo, Coco de Ro<strong>da</strong>, Ciran<strong>da</strong>, pescarias, pren<strong>da</strong>s, corri<strong>da</strong> de<br />
canoa, Festa <strong>da</strong>s (os) Padroeiras (os) <strong>da</strong>s Ci<strong>da</strong>des, Grupo Cultural de<br />
quadrilha Nação Brasileira, Grupo de Jovens Renascer de Gurugí.<br />
36<br />
O mais importante local de expressão <strong>do</strong>s valores culturais e de lazer<br />
<strong>do</strong> <strong>Território</strong> são as feiras livres, uma vez que é aí que a socie<strong>da</strong>de<br />
local pode conhecer melhor a sua identi<strong>da</strong>de cultural. Nas feiras<br />
livres podemos encontrar formas varia<strong>da</strong>s <strong>da</strong> cultura e <strong>do</strong> lazer<br />
locais, como comi<strong>da</strong>s típicas, artesanato, literatura de cordel e<br />
música (forró, violeiros e embola<strong>do</strong>res de coco).<br />
Foto 03: Centro Histórico – João Pessoa/PB
2.2 DIMENSÃO AMBIENTAL<br />
Características Geoambientais<br />
O <strong>Território</strong> apresenta potencial para o desenvolvimento de sistemas<br />
agroflorestais, bem como de manejo de microbacias, pela riqueza de<br />
sua rede hidrográfica. A implantação desses sistemas representa<br />
importante alternativa de preservação ambiental, técnica e<br />
econômica para as proprie<strong>da</strong>des rurais, possibilitan<strong>do</strong> a introdução<br />
<strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de florestal, sua preservação e a <strong>do</strong>s recursos hídricos, em<br />
bases socioeconômicas e agroecológicas.<br />
No <strong>Território</strong> <strong>da</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong> está concentra<strong>do</strong> grande número<br />
de Uni<strong>da</strong>des de Preservação e Conservação <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, como sen<strong>do</strong>:<br />
Patrimônio Ambiental<br />
o Área de Proteção Ambiental Tambaba (APA)<br />
Localiza<strong>da</strong> na Microrregião <strong>do</strong> Litoral <strong>Sul</strong>, no município de Conde,<br />
esta área apresenta expressiva quanti<strong>da</strong>de de falésias, roche<strong>do</strong>s e<br />
piscinas naturais de águas claras e mornas. Com uma área de 3.270<br />
hectares, a Área de Proteção Ambiental Tambaba abrange, no<br />
37<br />
senti<strong>do</strong> Norte – <strong>Sul</strong>, as locali<strong>da</strong>des de: Lagoa Preta, Praia de<br />
Tabatinga, Fazen<strong>da</strong> Bucatu, Praia de Coqueirinho e Tambaba.<br />
o Parque Estadual <strong>Mata</strong> <strong>do</strong> Xém-Xém<br />
Localiza<strong>da</strong> na Microrregião de João Pessoa, situa-se próximo ao<br />
Aeroporto Castro Pinto, no município de Bayeux. Possui uma área<br />
de 182 hectares.<br />
Foto 04: Área de Proteção Ambiental<br />
Tambaba
o Parque Estadual <strong>do</strong> Aratu<br />
Localiza<strong>do</strong> no município de João Pessoa, este parque abrange uma<br />
área de 341 hectares. É um ecossistema associa<strong>do</strong> à <strong>Mata</strong> Atlântica.<br />
A formação florestal é constituí<strong>da</strong> pre<strong>do</strong>minantemente por mangues.<br />
Por ser área de estuário, possui uma rica fauna.<br />
o Parque Estadual <strong>do</strong> Jacarapé (APP)<br />
Com uma área de 380 hectares, este parque está caracteriza<strong>do</strong> pela<br />
ocorrência de floresta de mangue, ecossistema associa<strong>do</strong> à <strong>Mata</strong><br />
Atlântica. Está localiza<strong>do</strong> no município de João Pessoa.<br />
o Área de Preservação Permanente <strong>Mata</strong> <strong>do</strong> Buraquinho (APP)<br />
Sob jurisdição Federal, esta área de preservação encontra-se em<br />
João Pessoa, conta com uma área de 515 hectares e se constitui na<br />
maior reserva de <strong>Mata</strong> Atlântica urbana <strong>do</strong> Brasil. O Jardim<br />
Botânico Benjamim Maranhão faz parte dessa área de preservação.<br />
Características Antrópicas<br />
A Mesorregião <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> Paraibana, área de ocorrência <strong>da</strong> <strong>Mata</strong><br />
Atlântica encontra-se praticamente devasta<strong>da</strong>, restan<strong>do</strong> apenas 3,2 %<br />
39<br />
dessa cobertura florestal. Essa devastação, prende-se à expansão <strong>da</strong><br />
agricultura canavieira na déca<strong>da</strong> de 70, bem como a especulação<br />
imobiliária nos dias atuais, associa<strong>da</strong> à utilização de matéria-prima<br />
(lenha e madeira), para suprir o merca<strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r de produtos<br />
florestais. Um projeto de lei que pode reverter esse processso de<br />
devastação <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> Atlântica foi aprova<strong>do</strong> no ano de 2006. Trata-se<br />
<strong>do</strong> projeto destina<strong>do</strong> a proteger o seu bioma – conjunto de seres<br />
vivos e a vegetação nativa. Calcula-se que restem apenas 7,3 % <strong>do</strong>s<br />
1,3 milhão de quilômetros quadra<strong>do</strong>s originais <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> Atlântica.<br />
Foto 05: Área Antropiza<strong>da</strong> <strong>do</strong> Parque Jacarapé
Características Socioambientais<br />
o Abastecimento e Saneamento Básico<br />
Quanto aos tipos de tratamento a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s pelos sistemas de<br />
abastecimento d’água no <strong>Território</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong>, verifica-se<br />
que o convencional é o mais aplica<strong>do</strong>. Cerca de 08 municípios que<br />
correspondem a 30,2% <strong>do</strong>s municípios <strong>do</strong> <strong>Território</strong> são abasteci<strong>do</strong>s<br />
através <strong>da</strong> bacia <strong>do</strong> Rio Paraíba. Foram registra<strong>do</strong>s também um<br />
percentual de 17,0% de municípios que utilizam o processo de<br />
filtração lenta/desinfecção. Esse tratamento denomina<strong>do</strong> “filtro<br />
russo” é utiliza<strong>do</strong> por 15,1% <strong>do</strong>s municípios <strong>do</strong> <strong>Território</strong>.<br />
Segun<strong>do</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>da</strong> Companhia de Água e Esgotos <strong>da</strong> Paraíba -<br />
CAGEPA, na Bacia <strong>do</strong> rio Paraíba, os sistemas de esgotamento<br />
sanitário existentes atendem apenas os municípios <strong>da</strong> Grande João<br />
Pessoa, onde cerca de 40% <strong>do</strong> efluente coleta<strong>do</strong> passa pelo processo<br />
de tratamento, e o município de Bayeux, que apesar de contar com<br />
rede coletora, não conta com esse processo, sen<strong>do</strong> os dejetos<br />
lança<strong>do</strong>s in natura no corpo receptor.<br />
40<br />
o Saneamento Ambiental<br />
No que se refere à destinação de resíduos sóli<strong>do</strong>s, o <strong>Território</strong><br />
apresenta índices de cobertura significativa apenas em 2 municípios,<br />
concentra<strong>do</strong>s em João Pessoa-Capital (62.667) e Bayeux (1.963),<br />
ligações ativas de esgotamento sanitário à CAGEPA. Nos outros 11<br />
municípios que compõem o <strong>Território</strong> é inexpressiva ou até mesmo<br />
inexistente a disponibili<strong>da</strong>de desse serviço, fican<strong>do</strong> grande parte <strong>da</strong><br />
população coberta apenas pelo sistema de fossas ou por condições<br />
ain<strong>da</strong> mais precárias.<br />
Gráfico 07: Número de Domicílios com Ligações<br />
Fonte: CAGEPA, 2009
2.3 DIMENSÃO SOCIOECONÔMICA<br />
Estrutura Fundiária<br />
A Estrutura Fundiária <strong>do</strong> <strong>Território</strong> <strong>da</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong> apresentava<br />
no ano de 2006, segun<strong>do</strong> o Censo Agropecuário <strong>do</strong> IBGE, 6.870<br />
estabelecimentos agropecuários no estrato de até 10 (dez) hectares o<br />
que correspondia a 2% <strong>do</strong> número total de estabelecimentos <strong>do</strong><br />
Esta<strong>do</strong>. A área ocupa<strong>da</strong> nesse estrato era de 19.412 hectares que<br />
correspondia a 0,27% <strong>da</strong> área ocupa<strong>da</strong> em relação ao Esta<strong>do</strong>.<br />
Gráfico 08: Número de Pessoal Ocupa<strong>do</strong> e Estabelecimentos<br />
Agropecuários no <strong>Território</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong><br />
Fonte: IBGE - Censo Agropecuário 2006.<br />
41<br />
Foto 06: Horticultura<br />
o Assentamentos<br />
O <strong>Território</strong> <strong>da</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong> registra um expressivo aumento de<br />
projetos de assentamento, fato que se verifica nos últimos dez anos,<br />
devi<strong>do</strong> às desapropriações provoca<strong>da</strong>s, sobretu<strong>do</strong>, pela organização<br />
<strong>do</strong>s movimentos sociais. Entre os municípios <strong>do</strong> <strong>Território</strong><br />
destacam-se os municípios de Pitimbu, São Miguel de Taipu,<br />
Alhandra e Conde, ocupa<strong>do</strong>s por assentamentos, o que influencia<br />
diretamente a organização social, política e econômica <strong>da</strong>s<br />
comuni<strong>da</strong>des locais.
No ano de 2006 existiam 56 (cinqüenta e seis) projetos de<br />
assentamento rural no <strong>Território</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong> Paraibana, sen<strong>do</strong><br />
42 (quarenta e <strong>do</strong>is), cobrin<strong>do</strong> uma área de 10.370 ha, benefician<strong>do</strong><br />
2.671 famílias viabiliza<strong>do</strong>s pelo Instituto Nacional de Colonização e<br />
Reforma Agrária – INCRA.<br />
Gráfico 09<br />
Fonte: INCRA, GERA-PB (consulta OUT/2006)<br />
Além disso, observa-se também 10 (dez) assentamentos apoia<strong>do</strong>s<br />
através <strong>do</strong> Programa Nacional de Crédito Fundiário – PNCF, sob a<br />
42<br />
gestão <strong>do</strong> Instituto de Terras <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>da</strong> Paraíba – INTERPA, além<br />
de mais 4 (quatro) outros assentamentos estaduais.<br />
Assistência Técnica e Extensão Rural<br />
A ativi<strong>da</strong>de de assistência técnica nos municípios que compõem o<br />
<strong>Território</strong> <strong>da</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong> é presta<strong>da</strong> às comuni<strong>da</strong>des através <strong>da</strong><br />
EMATER, dentro <strong>do</strong> Programa Nacional de Assistência Técnica e<br />
Extensão Rural. O <strong>Território</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong>, conta com<br />
escritórios locais nos 13 municípios.<br />
É importante destacar o apoio institucional que é ofereci<strong>do</strong> às<br />
famílias beneficia<strong>da</strong>s através <strong>do</strong> Programa de Assessoria Técnica<br />
Social e Ambiental – ATES. Subsidia<strong>do</strong> pelo Governo Federal, tem<br />
como objetivo melhorar a quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong> <strong>do</strong>s assenta<strong>do</strong>s através<br />
de projetos volta<strong>do</strong>s para a obtenção de crédito rural, serviços sociais<br />
que viabilizem a composição de infraestrutura produtiva, básica e<br />
agroindustrialização.<br />
A ATES tem como diretrizes básicas a proteção ao meio ambiente e<br />
ao desenvolvimento de ativi<strong>da</strong>des nos assentamentos que sejam<br />
calca<strong>da</strong>s na sustentabili<strong>da</strong>de.
43
Principais Ativi<strong>da</strong>des Produtivas<br />
No que se refere à utilização <strong>da</strong>s áreas <strong>do</strong>s estabelecimentos<br />
agropecuários, verifica-se que no ano de 2006 as terras utiliza<strong>da</strong>s<br />
com lavouras permanentes e temporárias ocupavam 97,7% <strong>da</strong> área<br />
agricultável <strong>do</strong> <strong>Território</strong>, enquanto as áreas de pastagem ocupavam<br />
33,7%. Os municípios de Pedras de Fogo, Alhandra e Caaporã são<br />
os que apresentavam as maiores áreas ocupa<strong>da</strong>s com estas lavouras.<br />
Neste snti<strong>do</strong>, deve-se destacar que no <strong>Território</strong> as culturas<br />
temporárias ocupavam uma área de 33.133 hectares e as culturas<br />
permanentes 5.208 hectares.<br />
Dentre as culturas temporárias, a cana de açúcar destaca-se por<br />
ocupar 71% <strong>da</strong> área planta<strong>da</strong> <strong>do</strong> <strong>Território</strong>, enquanto milho, feijão e<br />
mandioca, juntas, correspondiam uma área de 22%.<br />
44<br />
Gráfico 10: Área com culturas temporárias e permanentes<br />
Fonte: IBGE - Censo Agropecuário, 2006.<br />
Fonte: IBGE - Censo Agropecuário 2006.<br />
Pitimbu<br />
Fonte: IBGE - Censo Agropecuário 2006.<br />
Foto 7: Agroindústria
O urucum e o açafrão também estão presentes na economia <strong>do</strong><br />
<strong>Território</strong>. A exploração se dá de forma pouco tecnifica<strong>da</strong>, que tem<br />
como finali<strong>da</strong>de a produção de coloríficos naturais, o tradicional<br />
colorau, o que é normalmente feito para o consumo <strong>do</strong>méstico e para<br />
a ven<strong>da</strong> in natura nas uni<strong>da</strong>des familiares. Já o urucum vem sen<strong>do</strong><br />
difundi<strong>do</strong> e explora<strong>do</strong> através de incentivos governamentais e <strong>da</strong><br />
indústria de corantes naturais produzi<strong>do</strong>s a partir <strong>da</strong> extração <strong>da</strong><br />
bixina, com o apoio <strong>da</strong> Empresa Paraibana de Pesquisa<br />
Agropecuária – Emepa.<br />
o Fruticultura<br />
A produção de frutas no <strong>Território</strong> é bastante diversifica<strong>da</strong>: abacaxi,<br />
mamão, melancia, maracujá, manga e castanha de caju; sen<strong>do</strong> que o<br />
principal produto <strong>da</strong> fruticultura é o coco <strong>da</strong> baía, que em 2007<br />
ocupava uma área de 12% <strong>da</strong> área total cultiva<strong>da</strong>. Esta ativi<strong>da</strong>de<br />
caracteriza-se pela produção que abastece a agroindústria e por<br />
expressiva parcela que se destina ao consumo in natura,<br />
comercializa<strong>da</strong> em feiras e merca<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s principais centros urbanos<br />
<strong>do</strong> <strong>Território</strong>.<br />
45<br />
A cultura <strong>do</strong> caju, em especial, tem contribuí<strong>do</strong> para a economia <strong>da</strong><br />
região, pela produção de castanha. Esta ativi<strong>da</strong>de apresenta boa<br />
perspectiva de expansão, com área que pode ser ocupa<strong>da</strong><br />
racionalmente, além <strong>do</strong> beneficiamento e <strong>da</strong> comercialização que<br />
pode se intensificar com um maior nível de participação <strong>do</strong>s<br />
produtores.<br />
Além <strong>da</strong> fruticultura cultiva<strong>da</strong>, destaca-se também no <strong>Território</strong><br />
<strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong> – PB, a produção <strong>da</strong> mangaba, fruto facilmente<br />
encontra<strong>do</strong> nos tabuleiros costeiros e que é obti<strong>do</strong> através de práticas<br />
extrativistas. Essa cultura vem se tornan<strong>do</strong> um produto com<br />
crescente deman<strong>da</strong> na agroindústria alimentar nota<strong>da</strong>mente na<br />
produção de polpas e sucos dentre outros.<br />
Foto 08: Coco-<strong>da</strong>-baía
o Pecuária<br />
A pecuária é uma ativi<strong>da</strong>de econômica importante no <strong>Território</strong><br />
<strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong> que apresentava em 2000, de acor<strong>do</strong> com o Censo<br />
Agropecuário, um rebanho bovino <strong>da</strong> ordem de 73.870 cabeças. No<br />
ano de 2008, o efetivo evoluiu para 108.108 cabeças.<br />
No <strong>Território</strong>, é vali<strong>do</strong> destacar que o município de Itabaiana tem<br />
uma tradição na criação de bovino, com um rebanho de cerca de<br />
65,7% em 2008.<br />
Gráfico 11: Efetivo <strong>do</strong> Rebanho Bovino e Caprino<br />
Fonte: IBGE, 2008<br />
46<br />
Com relação à caprinocultura, os <strong>da</strong><strong>do</strong>s apresenta<strong>do</strong>s no Gráfico 11<br />
registram um rebanho de 16.174, cabeças em 2008. Ain<strong>da</strong> o<br />
município de Itabaiana teve participação significativa com 63,7%<br />
No que se refere à produção de leite bovino em 2008 o <strong>Território</strong><br />
obteve uma produção de Dois Milhões e Cinquenta e Três Mil litros<br />
de leite.<br />
o Apicultura<br />
A produção de mel de abelha na <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong> vem aumentan<strong>do</strong><br />
continuamente, revelan<strong>do</strong> um crescimento em torno de 350% se<br />
compara<strong>do</strong>s os anos 2004/2000, embora se concentre num pequeno<br />
número de municípios (Itabaiana e Conde). Destaque para o<br />
município de Itabaiana, com 100% <strong>da</strong> produção <strong>do</strong> <strong>Território</strong> em<br />
2000 e 17,73% no ano de 2004. Neste ano, o maior produtor foi o<br />
município de Conde, com 22,3%, em segui<strong>da</strong> de Itabaiana com<br />
17,7%%. Em 2008, o <strong>Território</strong> registrou uma produção de 19.620<br />
Kg de mel. O município de Conde liderou a produção com cerca de<br />
32%.
Quadro 05: Produção de Mel de Abelha 2000,2004, 2008 (em Kg)<br />
Municípios 2000 2004 2008<br />
Alhandra - - 1.800<br />
Conde - 3.460 6.300<br />
João Pessoa - - 5.320<br />
Itabaiana 3.450 2.750 4.200<br />
Pitimbu - - 2.000<br />
Total <strong>do</strong> <strong>Território</strong> 3.450 6.210 19.620<br />
Fonte:: IBGE – Produção Agrícola Municipal<br />
Censo Agropecuário, 2008<br />
o Aquicultura e Pesca Artesanal<br />
A aquicultura continental no território é uma ativi<strong>da</strong>de realiza<strong>da</strong> por<br />
produtores não ca<strong>da</strong>stra<strong>do</strong>s em Colônias ou Associações de<br />
pesca<strong>do</strong>res artesanais ou aquicultores, porém essa ativi<strong>da</strong>de tende a<br />
ser expandi<strong>da</strong>, visto que foram prioriza<strong>do</strong>s projetos de implantação<br />
de aquicultura em Assentamentos <strong>da</strong> Reforma Agrária, comuni<strong>da</strong>des<br />
remanescentes de Quilombolas e Indígena, durante o processo de<br />
construção <strong>do</strong> Programa Territorial <strong>do</strong> <strong>Ministério</strong> <strong>da</strong> Pesca e<br />
Aquicultura - MPA.<br />
47<br />
Segun<strong>do</strong> o Censo Agropecuário de 2006, o município de Itabaiana<br />
registra um total de 27 estabelecimentos. Analisan<strong>do</strong>-se os <strong>da</strong><strong>do</strong>s<br />
relativos à pesca artesanal nos municípios <strong>da</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong>, os<br />
mais representativos são: Pitimbú, Cabedelo e João Pessoa.<br />
Foto 09: Pesca Artesanal
o Agroindústria Familiar<br />
O beneficiamento mais tradicional <strong>da</strong> produção <strong>da</strong> agricultura<br />
familiar <strong>do</strong> <strong>Território</strong> é o <strong>da</strong> mandioca. O processo produtivo, em<br />
sua maioria, segue padrões tecnológicos inadequa<strong>do</strong>s. Podem-se<br />
listar três produtos desse beneficiamento: a farinha, a goma, que nem<br />
sempre é explora<strong>da</strong> e o bejú, este último produzi<strong>do</strong> de forma<br />
especializa<strong>da</strong> em algumas locali<strong>da</strong>des. A farinha e a goma são<br />
vendi<strong>da</strong>s no ataca<strong>do</strong> em sacos de 50Kg a atravessa<strong>do</strong>res, que<br />
vendem aos distribui<strong>do</strong>res.<br />
As usinas de álcool e açúcar, assim como, os engenhos de cachaça,<br />
exercem forte influência no <strong>Território</strong>, pois tratam-se de uma<br />
indústria de grande porte e de tradição.<br />
Existem ain<strong>da</strong> outras iniciativas de beneficiamento de produtos<br />
como o leite para a produção de queijos, as chama<strong>da</strong>s queijarias<br />
caseiras, nos sítios ou nas ci<strong>da</strong>des-sede <strong>do</strong>s municípios. As mais<br />
sofistica<strong>da</strong>s atendem a algumas exigências sanitárias, força<strong>da</strong>s pela<br />
atuação e orientação <strong>da</strong> Vigilância Sanitária Estadual. Esse controle<br />
fitossanitário começa aos poucos a ser implanta<strong>do</strong> pela agricultura<br />
48<br />
familiar, ten<strong>do</strong> em vista que os agricultores <strong>do</strong> <strong>Território</strong> já estão em<br />
processo de capacitação.<br />
Vale destacar os maiores laticínios <strong>do</strong> <strong>Território</strong> com destaque para<br />
Pilar e Conde, que absorvem a produção de leite não só <strong>do</strong> <strong>Território</strong><br />
como também de outros municípios <strong>do</strong> entorno, com uma grande<br />
diversi<strong>da</strong>de de produtos, como iogurte, queijos, <strong>do</strong>ces e<br />
achocolata<strong>do</strong>s.<br />
Ain<strong>da</strong> sobre a agroindústria, existe uma enorme varie<strong>da</strong>de de<br />
ativi<strong>da</strong>des e produtos dentro <strong>da</strong> agricultura familiar, como a<br />
produção de licores caseiros, o camarão de água <strong>do</strong>ce conserva<strong>do</strong> ao<br />
sal, o amen<strong>do</strong>im cozi<strong>do</strong> e assa<strong>do</strong> e os <strong>do</strong>ces caseiros de coco e<br />
batata-<strong>do</strong>ce.<br />
o Infraestrutura Produtiva<br />
Duas importantes ro<strong>do</strong>vias federais (BR’s 101 e 230) e inúmeras<br />
estaduais compõem a malha viária <strong>do</strong> <strong>Território</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong>. Ao<br />
norte, a BR 101 liga os municípios <strong>do</strong> litoral norte com o vizinho<br />
Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio Grande <strong>do</strong> Norte e ao sul com o Esta<strong>do</strong> de<br />
Pernambuco. Já a BR 230 liga os municípios <strong>do</strong> litoral no senti<strong>do</strong>
leste-oeste aos principais pólos regionais: Campina Grande, Patos,<br />
Sousa e Cajazeiras até o limite com o Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Ceará.<br />
A ro<strong>do</strong>via estadual PB 008 liga a ci<strong>da</strong>de de João Pessoa às praias <strong>do</strong><br />
litoral sul até o município de Pitimbu, enquanto a PB 044 liga<br />
Pitimbu ao município de Caaporã até integrar-se à BR 101. A PB<br />
025 liga João Pessoa ao município de Lucena e este à BR 101.<br />
Existe também outra opção de acesso deste município para João<br />
Pessoa que é feito através de ferry-boat até a ci<strong>da</strong>de de Cabedelo<br />
atravessan<strong>do</strong>-se o estuário <strong>do</strong> Rio Paraíba e deste através <strong>da</strong> BR 230<br />
chega-se a João Pessoa.<br />
A PB 018 liga o distrito de Jacumã à sede <strong>do</strong> município de Conde<br />
até a BR 101. Já a PB 032 liga o município de Pedras de Fogo à BR<br />
101. A PB 004 liga o município de João Pessoa aos de Bayeux,<br />
Santa Rita, Cruz <strong>do</strong> Espírito Santo até Sapé, enquanto a PB 041 liga<br />
Sapé ao município de Capim e este à BR 101 que dá acesso aos<br />
municípios de Mamanguape, RioTinto e Marcação até Baía <strong>da</strong><br />
Traição. A PB 065 liga <strong>Mata</strong>raca à BR 101 e a PB 073 integra a BR<br />
230 aos municípios de Sobra<strong>do</strong> e Sapé, chegan<strong>do</strong> até Guarabira. A<br />
49<br />
PB 048 liga o município de São Miguel de Taipu a Pilar até a BR<br />
230.<br />
A BR 230 no senti<strong>do</strong> João Pessoa – Campina Grande e vice-versa dá<br />
acesso ao município de Itabaiana através <strong>da</strong> PB 082 e ao município<br />
de São José <strong>do</strong>s Ramos através <strong>da</strong> PB 054.<br />
Assim, pelo acima exposto, percebe-se que to<strong>do</strong>s os municípios <strong>do</strong><br />
<strong>Território</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong>, sem excessão, dispõem de ligações<br />
ro<strong>do</strong>viárias que dão acesso entre si e aos médios e grandes centros<br />
urbanos <strong>da</strong> Paraíba e de outros Esta<strong>do</strong>s.<br />
o Energia elétrica<br />
A população residente na zona rural <strong>do</strong> <strong>Território</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong><br />
tem conta<strong>do</strong> nos últimos anos com uma melhora substancial no<br />
acesso aos serviços de fornecimento de energia elétrica. Seja através<br />
<strong>da</strong>s ações <strong>do</strong> governo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, desenvolvi<strong>do</strong> pelo Projeto<br />
Cooperar no Programa de Combate à Pobreza Rural – PCPR seja<br />
através <strong>do</strong> programa Luz para To<strong>do</strong>s, sen<strong>do</strong> este uma parceria entre<br />
os governos estadual e federal e a iniciativa priva<strong>da</strong>.
o Turismo<br />
No <strong>Território</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong>, os municípios de Conde e Pitimbu<br />
são os que apresentam maiores recursos em beleza e varie<strong>da</strong>de de<br />
paisagens naturais, especialmente quan<strong>do</strong> se trata <strong>da</strong>s belas praias<br />
que se estendem por muitos desses municípios. Assim, se bem<br />
explora<strong>do</strong>s, estes podem fazer <strong>do</strong> turismo rural uma importante fonte<br />
de ren<strong>da</strong> e ocupação para a economia local. Mesmo aqueles<br />
municípios que não possuem praias certamente apresentam potencial<br />
eleva<strong>do</strong> para este fim, mas precisam ser melhor estu<strong>da</strong><strong>do</strong>s e<br />
pesquisa<strong>do</strong>s para que essa alternativa de ocupação e ren<strong>da</strong> venha a se<br />
desenvolver.<br />
O município de Pitimbu integra o Programa Nacional de<br />
Municipalização <strong>do</strong> Turismo – PNMT, sen<strong>do</strong> detentor <strong>do</strong> Selo<br />
Turístico, uma espécie de selo de garantia de quali<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s<br />
municípios que investem em ativi<strong>da</strong>des turísticas. O referi<strong>do</strong> selo é<br />
outorga<strong>do</strong> pala EMBRATUR – Empresa Brasileira de<br />
<strong>Desenvolvimento</strong> <strong>do</strong> Turismo - aos municípios que participam <strong>do</strong><br />
PNMT, programa considera<strong>do</strong> modelo de referência mundial pela<br />
Organização Mundial <strong>do</strong> Trabalho – OMT.<br />
50<br />
Foto 10: Praia de Abiaí – Município de Pitimbu<br />
o Artesanato<br />
No <strong>Território</strong> <strong>da</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong>, o artesanato se revela como uma<br />
<strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des que mais oferecem oportuni<strong>da</strong>de de geração de ren<strong>da</strong>.<br />
Em muitos municípios existem associações e cooperativas de<br />
artesãos com um número crescente de pessoas desenvolven<strong>do</strong> essa<br />
ativi<strong>da</strong>de.<br />
No município de Pitimbu existem <strong>do</strong>is grupos de artesãos, sen<strong>do</strong><br />
uma associação, localiza<strong>da</strong> na zona urbana e um grupo informal de
produção forma<strong>do</strong> por trabalha<strong>do</strong>res <strong>do</strong> assentamento Apasa <strong>do</strong><br />
Abiaí. Ambos trabalham com fibras extraí<strong>da</strong>s <strong>do</strong> coqueiro. Segun<strong>do</strong><br />
<strong>da</strong><strong>do</strong>s forneci<strong>do</strong>s pelo “Programa Paraíba em Suas Mãos”, cerca de<br />
122 mulheres participam <strong>da</strong>quela associação e 17 no grupo de<br />
produção. A riqueza cultural e a beleza dessa arte têm proporciona<strong>do</strong><br />
para essas mulheres uma fonte de ren<strong>da</strong> extra, proporcionan<strong>do</strong> um<br />
aumento <strong>da</strong> ren<strong>da</strong> familiar entre os artesãos, uma vez que as peças<br />
por eles produzi<strong>da</strong>s são vendi<strong>da</strong>s com certa facili<strong>da</strong>de em feiras<br />
livres, exposições e outros eventos de divulgação <strong>do</strong> artesanato<br />
paraibano.<br />
Os artesãos vêm conquistan<strong>do</strong> ca<strong>da</strong> vez mais merca<strong>do</strong>s, visto que<br />
suas ven<strong>da</strong>s para outros esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Nordeste e <strong>do</strong> Brasil têm cresci<strong>do</strong><br />
bastante nos últimos anos.<br />
O que se observa nessa ativi<strong>da</strong>de é o alto grau de informali<strong>da</strong>de e de<br />
isolamento <strong>do</strong>s produtores/as e artesãos/ãs, que utilizam barro,<br />
madeiras, diversos tipos de fibras e ossos.<br />
A varie<strong>da</strong>de e a beleza <strong>do</strong> artesanato paraibano, atesta<strong>do</strong>s não só<br />
pela população local, como também pelos que visitam a Paraíba<br />
51<br />
levou o Governo Estadual a implementar ações no senti<strong>do</strong> de<br />
valorizar o trabalho artesanal através <strong>da</strong> promoção <strong>do</strong>s seus produtos<br />
e também pela elevação <strong>da</strong> autoestima <strong>do</strong>s artesãos que participam<br />
<strong>do</strong> programa “Paraíba em Suas Mãos”, que já somam mais de 2.000<br />
produtores dessa arte em to<strong>do</strong> o Esta<strong>do</strong>.<br />
Foto 11: Artesanto Paraibano
2.4 DIMENSÃO POLÍTICO INSTITUCIONAL<br />
O novo mo<strong>do</strong> de planejar as políticas públicas, nos territórios de<br />
identi<strong>da</strong>des rurais, segue uma linha diferente <strong>do</strong> modelo<br />
desenvolvimentista utiliza<strong>do</strong> até o presente momento. Estamos<br />
viven<strong>do</strong> um novo momento histórico, que requer uma visão de<br />
desenvolvimento multidimensional. Para alcançar essa finali<strong>da</strong>de<br />
teremos que vencer grandes desafios, dentre esses: reorganizar as<br />
bases <strong>do</strong>s colegia<strong>do</strong>s territoriais - a reorganização <strong>da</strong>s coordenações<br />
territoriais e estruturas de apoio como as redes e dinâmicas<br />
existentes no te rritório, para articular de forma democrática e<br />
transparente comos gestores públicos, o crescimento <strong>do</strong><br />
desenvolvimento territorial; outro diz respeito à implantação <strong>da</strong>s<br />
novas institucionali<strong>da</strong>des, entender o processo político em ca<strong>da</strong><br />
território faz parte <strong>do</strong> desenvolvimento territorial, não<br />
conseguiremos avançar com programas como “<strong>Território</strong> <strong>da</strong><br />
Ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia”, sem uma visão ampla de to<strong>do</strong> o processo.<br />
Equilibrar os conflitos de forças antagônicas dentro <strong>do</strong>s territórios<br />
em torno de um projeto amplo de desenvolvimento rural sustentável<br />
para agricultura familiar requer um trabalho enorme de articulação<br />
52<br />
<strong>do</strong>s protagonistas sociais e reformulação <strong>da</strong>s estratégias de<br />
desenvolvimento. Para isso, estamos realizan<strong>do</strong> o trabalho de<br />
requalificação <strong>do</strong> PTDRS <strong>do</strong> <strong>Território</strong> <strong>da</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong>, onde<br />
foi amplamente discuti<strong>da</strong> com o colegia<strong>do</strong> territorial. Essa nova<br />
forma de governança <strong>do</strong> espaço territorial, utilizan<strong>do</strong> ferramentas de<br />
diagnóstico participativo, almeja chegar ao indicativo de estratégias<br />
de planejamento para o território de identi<strong>da</strong>de.<br />
Foto 12: Oficinas Temáticas
III. Visão de Futuro<br />
A<br />
agricultura familiar e a pesca têm acesso às<br />
tecnologias apropria<strong>da</strong>s e sustentáveis, a<strong>da</strong>ptáveis à<br />
reali<strong>da</strong>de local. O <strong>Território</strong> desenvolve sistemas<br />
integra<strong>do</strong>s sustentáveis de produção vegetal e animal, rica e diversa,<br />
corresponden<strong>do</strong> satisfatoriamente, em termos de quanti<strong>da</strong>de e<br />
quali<strong>da</strong>de, à deman<strong>da</strong> por alimentos <strong>da</strong> população local. Os<br />
resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s com o processamento de produtos agropecuários<br />
atendem aos padrões de consumo e legislação vigente. A a<strong>do</strong>ção de<br />
práticas de preservação <strong>do</strong> meio ambiente, fauna e flora, está<br />
recuperan<strong>do</strong> áreas degra<strong>da</strong><strong>da</strong>s e protegen<strong>do</strong> margens de rios e<br />
nascentes, utilizan<strong>do</strong> plantas nativas e frutíferas para o florestamento<br />
e reflorestamento <strong>do</strong> território.<br />
As famílias ribeirinhas e pesqueiras estão trabalhan<strong>do</strong> de forma<br />
organiza<strong>da</strong> em cooperativas, associações e colônias de pesca<strong>do</strong>res,<br />
utilizan<strong>do</strong>-se de embarcações muni<strong>da</strong>s de equipamentos de pesca,<br />
que respeitem o meio ambiente, atendem os padrões de consumo e<br />
<strong>da</strong> legislação vigente.<br />
53<br />
No <strong>Território</strong> <strong>da</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong>, são desenvolvi<strong>da</strong>s várias<br />
estratégias, que visam garantir a segurança alimentar:<br />
aperfeiçoamento <strong>do</strong>s viveiros de mu<strong>da</strong>s; educação alimentar e<br />
nutricional; realização de pesquisas e desenvolvimento de<br />
tecnologias alternativas nas áreas <strong>da</strong> agropecuária e <strong>da</strong>s ciências<br />
sociais; e apoio às ativi<strong>da</strong>des não agrícolas. As ativi<strong>da</strong>des produtivas<br />
estão diversifica<strong>da</strong>s, como o turismo, artesanato e agroindústria. As<br />
nossas estra<strong>da</strong>s são bem conversa<strong>da</strong>s propician<strong>do</strong> o trânsito <strong>da</strong>s<br />
pessoas e <strong>da</strong> produção.<br />
Não existe mais analfabetismo, os filhos e filhas <strong>do</strong>s<br />
trabalha<strong>do</strong>res/as rurais e agricultores/as familiares estão to<strong>do</strong>s na<br />
escola e a exploração <strong>do</strong> trabalho infantil foi extinta. As famílias <strong>do</strong>s<br />
agricultores/as familiares têm uma ren<strong>da</strong> justa, saúde e ensino de<br />
quali<strong>da</strong>de – <strong>do</strong> básico até a Universi<strong>da</strong>de. To<strong>da</strong>s as famílias rurais<br />
têm moradia digna com saneamento básico e eletrificação.<br />
As associações, cooperativas, conselhos de gestão, sindicatos,<br />
colônias de pesca<strong>do</strong>res e ONGs estão articula<strong>do</strong>s e informatiza<strong>do</strong>s,
trabalhan<strong>do</strong> em rede, uma vez que as famílias estão capacita<strong>da</strong>s, para<br />
gestão <strong>da</strong> informação e acesso à internet.<br />
Ten<strong>do</strong> em vista o nível organizacional <strong>da</strong> população, os dirigentes e<br />
os gestores públicos são constituí<strong>do</strong>s pelos representantes <strong>da</strong>s<br />
organizações <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de civil que atuam no <strong>Território</strong>. Nele, a<br />
gestão pública se dá de forma compartilha<strong>da</strong> e com alto grau de<br />
transparência. To<strong>da</strong>s as esferas de governo estão atuan<strong>do</strong> em<br />
parceria, visan<strong>do</strong> garantir o desenvolvimento integra<strong>do</strong> sustentável<br />
<strong>do</strong> <strong>Território</strong>.<br />
São valoriza<strong>da</strong>s e respeita<strong>da</strong>s to<strong>da</strong>s as diferenças, sejam elas de<br />
classe, cre<strong>do</strong>, gênero, geração, raça ou etnia (indígenas e<br />
quilombolas). As famílias <strong>do</strong> <strong>Território</strong> estão mais tolerantes e<br />
humaniza<strong>da</strong>s. Não há mais qualquer fato de violência registra<strong>do</strong> e o<br />
êxo<strong>do</strong> rural está conti<strong>do</strong>.<br />
54<br />
Foto 13 : Reunião <strong>do</strong> Colegia<strong>do</strong> Territorial
IV. Eixos Estratégicos, Programas e Projetos<br />
N a apresentação <strong>do</strong>s grupos durante as Oficinas e principalmente nas falas durante as discussões, os participantes já apontam<br />
alguns caminhos e de que forma pensam o desenvolvimento <strong>do</strong> setor. É vali<strong>do</strong> ressaltar que as diretrizes aponta<strong>da</strong>s se integram<br />
diretamente às diretrizes <strong>do</strong> Programa de Política de <strong>Desenvolvimento</strong> <strong>do</strong> Brasil Rural.<br />
* <strong>Desenvolvimento</strong> sustentável - Assegurar a utilização plena e sustentável <strong>do</strong>s recursos naturais: agrícolas, aquícolas e pesqueiros;<br />
* Inclusão Social - Modelo de desenvolvimento centra<strong>do</strong> na produção familiar e democratização <strong>do</strong> acesso a água como meio de produção;<br />
* Fortalecimento sócio cultural - Modelo de desenvolvimento centra<strong>do</strong> na produção familiar e democratização <strong>do</strong> acesso a água como meio<br />
de produção;<br />
* Fortalecimento organizacional <strong>da</strong> cadeia produtiva - integração competitiva <strong>do</strong>s pesca<strong>do</strong>res artesanais e Aquicultores familiares na cadeia<br />
produtiva, asseguran<strong>do</strong> o abastecimento <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> interno e contribuin<strong>do</strong> com a segurança alimentar;<br />
* Fortalecimento <strong>do</strong>s arranjos Organizacionais - Fortalecimento <strong>do</strong> associativismo e cooperativismo junto aos segmentos marginaliza<strong>do</strong>s <strong>do</strong><br />
setor, com foco na produção, beneficiamento, comercialização e crédito;<br />
* Articulação interinstitucional - ações articula<strong>da</strong>s entre as diversas esferas de governo e entre <strong>Ministério</strong>s com ativi<strong>da</strong>des que impactam a<br />
deman<strong>da</strong> social <strong>do</strong> território;<br />
55
* Abor<strong>da</strong>gem Territorial - A<strong>do</strong>ta a abor<strong>da</strong>gem territorial como estratégia de construção participativa <strong>da</strong>s deman<strong>da</strong>s sociais <strong>do</strong> território e sua<br />
adequação a diversi<strong>da</strong>de social, cultural e ambiental <strong>da</strong> Paraíba. A<strong>do</strong>ta os territórios de identi<strong>da</strong>de como uni<strong>da</strong>de de articulação <strong>da</strong>s ações <strong>do</strong><br />
território e <strong>da</strong>s demais políticas públicas.<br />
Quadro 06: Distribuição de Eixos, Programas e Projetos por Dimensão<br />
DIMENSÃO EIXOS PROGRAMAS PROJETOS<br />
Sócio Cultural Educacional<br />
Ambiental<br />
Socioeconômica<br />
Político Institucional<br />
Total<br />
5 8 22<br />
7 9 13<br />
4 5 15<br />
2 2 6<br />
18 24 56<br />
56
DIMENSÃO<br />
SÓCIOCULTURAL<br />
EDUCACIONAL E EIXOS<br />
AGLUTINADORES<br />
DIMENSÃO<br />
SOCIOECONÔMICO E<br />
EIXOS<br />
AGLUTINADORES<br />
TERRITÓRIO<br />
DA ZONA DA<br />
MATA SUL<br />
57<br />
DIMENSÃO<br />
AMBIENTAL E EIXOS<br />
AGLUTINADORES<br />
DIMENSÃO<br />
POLÍTICO-<br />
INSTITUCIONAL<br />
EIXO ESTRATÉGICO
DIMENSÃO SOCIOCULTURAL EDUCACIONAL<br />
EIXO AGLUTINADOR: EDUCAÇÃO DO CAMPO<br />
PROGRAMAS PROJETOS<br />
EDUCAÇÃO CONTEXTUALIZADA E CIDADÃ NAS ESCOLAS<br />
DO CAMPO<br />
-Projeto demonstrativo de Educação em Agroecologia;<br />
Projeto demonstrativo de Educação Ambiental<br />
-Projeto de Resgate <strong>da</strong>s culturas tradicionais locais;<br />
-Projeto de Combate ao analfabetismo em comuni<strong>da</strong>des rurais, aquícolas e pesqueiras;<br />
-Projeto de Ampliação <strong>do</strong> acesso às Políticas de combate ao analfabetismo;<br />
-Projeto de Democratização <strong>do</strong> acesso e contextualização <strong>da</strong> inclusão Digital no <strong>Território</strong>;<br />
IMPLANTAÇÃO E AMPLIAÇÃO DE CENTROS DE INCLUSÃO<br />
- Projeto para Ampliar e melhorar as salas digitais e telecentros;<br />
DIGITAL<br />
- Projeto para implantação de novas salas digitais.<br />
EIXO AGLUTINADOR: PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL<br />
PROGRAMAS PROJETOS<br />
RESGATE DA MEMÓRIA POPULAR E PROMOÇÃO DO<br />
TURISMO HISTÓRICO-CULTURAL<br />
-Projeto de Resgate histórico e valorização <strong>da</strong>s comuni<strong>da</strong>des tradicionais;<br />
-Projeto de Mapeamento cultural <strong>da</strong>s tradições locais;<br />
-Projeto de Valorização e manutenção <strong>da</strong> identi<strong>da</strong>de cultural <strong>do</strong>s grupos tradicionais;<br />
EIXO AGLUTINADOR: SAÚDE<br />
PROGRAMAS PROJETOS<br />
AMPLIAÇÃO E FORTALECIMENTO DAS AÇÕES DE SAÚDE<br />
PREVENTIVA E ATENÇÃO INTEGRAL À FAMÍLIA<br />
- Fortalecimento <strong>da</strong> rede de atenção integral à saúde <strong>da</strong> família no Campo;<br />
-Fortalecimento <strong>da</strong> rede de atenção integral à família;<br />
-Manutenção <strong>da</strong>s Equipes de Saúde permanentes nas comuni<strong>da</strong>des.<br />
58
EIXO AGLUTINADOR CULTURA, LAZER E ARTESANATO<br />
PROGRAMAS PROJETOS<br />
VALORIZAÇÃO DAS EXPRESSÕES CULTURAIS LOCAIS E<br />
PROMOÇÃO DO ESPORTE<br />
PROGRAMAS PROJETOS<br />
GÊNERO<br />
-Diagnóstico, resgate e divulgação <strong>da</strong>s expressões culturais locais;<br />
-Incentivo à prática esportiva;<br />
-Incentivo à iniciação artística juvenil.<br />
EIXO AGLUTINADOR: GÊNERO,GERAÇÃO, ETNIA<br />
-Incentivo a formação de novos grupos de mulheres e apoio aos grupos existentes;<br />
-Implantação de programas de combate a violência contra a mulher;<br />
GERAÇÃO -Implantação de programas de inserção de mulheres no merca<strong>do</strong> de Trabalho;<br />
ETNIA<br />
-Incentivo a formação de grupos de jovens e i<strong>do</strong>sos, nas comuni<strong>da</strong>des rurais, e apoio aos grupos<br />
existentes;<br />
-Incentivo a formação de grupos tradicionais de indígenas, quilombolas, nas comuni<strong>da</strong>des rurais e<br />
apoio aos grupos existentes.<br />
DIMENSÃO AMBIENTAL<br />
EIXO AGLUTINADOR PROGRAMAS PROJETOS<br />
RECURSOS FAUNÍSTICOS<br />
RECURSOS FLORESTAIS<br />
Programa de incentivo a criação e<br />
Manutenção <strong>da</strong>s RPPN<br />
PRESERVAÇÃO DAS ESPÉCIES FAUNÍSTICAS EM<br />
<strong>SIT</strong>UAÇÃO DE RISCO, COM ENFOQUE NO<br />
FORTALECIMENTO DA FAUNA AQUÁTICA.<br />
MANEJO SUSTENTÁVEL DOS RECURSOS<br />
FLORESTAIS DA ZONA DA MATA<br />
59<br />
Conscientização e implantação de novas RPPNs<br />
Programa de Pesquisa e reprodução de espécies nativas ameaça<strong>da</strong>s<br />
de extinção.<br />
Programa de preservação <strong>da</strong> fauna aquática<br />
Criação de viveiro de mu<strong>da</strong>s de espécies nativas e frutíferas
EIXO AGLUTINADOR PROGRAMA PROJETOS<br />
RECURSOS MINERAIS<br />
APROPRIAÇÃO DAS INFORMAÇÕES SOBRE<br />
RECURSOS MINERAIS NO TERRITÓRIO, COM<br />
ENFOQUE NOS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS<br />
DA EXPLORAÇÃO<br />
60<br />
Sistematização e divulgação <strong>da</strong>s informações<br />
preliminares sobre o potencial mineral <strong>da</strong> região, a<br />
situação <strong>da</strong> exploração e a legislação vigente<br />
EIXO AGLUTINADOR PROGRAMA PROJETOS<br />
EDUCAÇÃO<br />
AMBIENTAL<br />
PROGRAMA DE DIVULGAÇÃO E MOBILIZAÇÃO<br />
EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL<br />
Sistematização e divulgação <strong>da</strong>s informações sobre<br />
Educação Ambiental na região, através <strong>do</strong>s espaços<br />
midiáticos existentes no território<br />
EIXO AGLUTINADOR PROGRAMA PROJETOS<br />
GESTÃO<br />
AMBIENTAL<br />
MAPEAMENTO DOS RECURSOS NATURAIS<br />
EXISTENTES<br />
Sistematização e divulgação <strong>da</strong>s informações<br />
preliminares sobre o potencial ambiental <strong>da</strong> região, a<br />
situação <strong>da</strong> exploração e a legislação vigente<br />
Apoio a formação de consócios intermunicipais para<br />
projetos ambientais<br />
EIXO AGLUTINADOR PROGRAMAS PROJETOS<br />
RECURSOS HÍDRICOS<br />
FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL DA REDE<br />
GOVERNAMENTAL DE FISCALIZAÇÃO<br />
AMBIENTAL<br />
PREVENÇÃO E COMBATE À POLUIÇÃO E<br />
MONITORAMENTO DOS RECURSOS HÍDRICOS.<br />
Instalação de um escritório <strong>do</strong> IBAMA no <strong>Território</strong>.<br />
Melhoria na gestão pública <strong>do</strong>s recursos hídricos <strong>do</strong><br />
território<br />
Combate ao uso de agrotóxicos nas margens <strong>do</strong>s<br />
mananciais e cursos d’água.
RECURSOS HÍDRICOS<br />
DIMENSÃO SOCIOECONÔMICA<br />
DIVERSIDADE DAS CADEIAS PRODUTIVAS<br />
EIXO AGLUTINADOR PROGRAMAS PROJETOS<br />
ESTRUTURA FUNDIÁRIA E REFORMA AGRÁRIA<br />
PREVENÇÃO E COMBATE À POLUIÇÃO E<br />
MONITORAMENTO DOS RECURSOS HÍDRICOS.<br />
APOIO ÀS FAMÍLIAS ASSENTADAS E<br />
FORTALECIMENTO DA MOBILIZAÇÃO<br />
POPULAR PELA REFORMA AGRÁRIA<br />
61<br />
Monitoramento <strong>da</strong> ocupação indiscrimina<strong>da</strong> <strong>da</strong>s<br />
margens <strong>do</strong>s mananciais.<br />
Tratamento <strong>do</strong> esgotamento urbano, de resíduos<br />
sóli<strong>do</strong>s.<br />
Construção de aterros sanitários<br />
Criação <strong>do</strong> banco de <strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>da</strong>s terras desapropriáveis<br />
no território <strong>da</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong><br />
Regularização fundiária de proprie<strong>da</strong>des <strong>da</strong><br />
agricultura familiar e <strong>da</strong>s comuni<strong>da</strong>des<br />
tradicionais(indígenas e quilombolas)<br />
Fortalecimento <strong>da</strong> mobilização social em favor <strong>da</strong><br />
reforma agrária<br />
Regularização fundiária de proprie<strong>da</strong>des <strong>da</strong> agricultura<br />
familiar e <strong>da</strong>s comuni<strong>da</strong>des tradicionais (indígenas e<br />
quilombolas)<br />
Fortalecimento <strong>da</strong> mobilização social em favor <strong>da</strong> reforma<br />
agrária
EIXO AGLUTINADOR PROGRAMAS PROJETOS<br />
POLÍTICAS DE CRÉDITO E INICIATIVAS DA<br />
ECONOMIA SOLIDÁRIA<br />
ASSISTÊNCIA TÉCNICA<br />
COMERCIALIZAÇÃO E PROMOÇÃO DA<br />
ECONOMIA SOLIDÁRIA<br />
FORTALECIMENTO DAS EXPERIÊNCIAS<br />
DE ECONOMIA SOLIDÁRIA<br />
PROMOÇÃO DA AUTONOMIA NA GESTÃO<br />
DOS RECURSOS DO CRÉDITO<br />
DEMOCRATIZAÇÃO E<br />
FORTALECIMENTO DA REDE DE<br />
ASSISTÊNCIA TÉCNICA<br />
ESTRUTURAÇÃO DE ESPAÇOS DE BASES<br />
DE COMERCIALIZAÇÃO SOLIDÁRIA<br />
62<br />
Apoio e estímulo aos Fun<strong>do</strong>s Rotativos Solidários<br />
Fortalecimento <strong>da</strong>s redes de iniciativas <strong>da</strong> economia<br />
popular solidária<br />
Capacitação <strong>do</strong>s/as agricultores/as familiares para o<br />
acesso às linhas de crédito e gestão <strong>do</strong>s recursos<br />
acessa<strong>do</strong>s<br />
Constituir turma especial de Medicina Veterinária<br />
para assenta<strong>do</strong>s rurais, em convênio com o<br />
PRONERA/INCRA<br />
Ampliação <strong>da</strong> rede governamental de Assistência<br />
Técnica.<br />
Formação Continua<strong>da</strong> de técnicos nas Ciências<br />
Agrárias em Aqüicultura, Pesca, Agroecologia e<br />
Economia Solidária.<br />
Ampliação e fortalecimento <strong>da</strong> base de<br />
comercialização Territorial <strong>da</strong> Agricultura Familiar<br />
Instalação de feiras <strong>da</strong> agricultura familiar em outras<br />
locali<strong>da</strong>des e apoio à base de serviço e<br />
comercialização – BSC<br />
Viabilização <strong>do</strong> acesso a espaços referenciais de<br />
comercialização <strong>do</strong>s produtos <strong>da</strong> agricultura familiar<br />
e <strong>da</strong> economia popular solidária<br />
Instalação e promoção de consumo ético, justo e<br />
solidário
DIMENSÃO POLÍTICO-INSTITUCIONAL<br />
EIXO AGLUTINADOR PROGRAMAS PROJETOS<br />
BASE INSTITUCIONAL<br />
BASE ORGANIZATIVA<br />
FORTALECIMENTO DAS INTERAÇÕES<br />
ENTRE OS ATORES SOCIAIS DO<br />
TERRITÓRIO<br />
FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL DAS<br />
ENTIDADES DE BASE (ASSOCIAÇÕES E<br />
COOPERATIVAS)<br />
63<br />
Fortalecimento e Apoio a Rede Estadual de<br />
Colegia<strong>do</strong>s<br />
Intercâmbios entre os <strong>Território</strong>s<br />
Formação continua<strong>da</strong> para gestores públicos<br />
e atores <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de civil sobre controle<br />
social, educação fiscal e interações<br />
municipais na realização de projetos<br />
Articulação e formação continua<strong>da</strong> <strong>da</strong>s<br />
Enti<strong>da</strong>des <strong>da</strong> Agricultura Familiar<br />
Articulação e formalização <strong>do</strong>s grupos de<br />
produtores/as artesãos/ãs<br />
Apoio a Constituição de cooperativas no<br />
<strong>Território</strong>
EDUCAÇÃO DO CAMPO<br />
INFRA ESTRUTURA E SERVIÇOS BÁSICOS<br />
APOIO E RESGATE CULTURAL DO TERRITÓRIO<br />
AGROECOLOGIA<br />
ACESSO AO MERCADO E ECONOMIA SOLIDÁRIA<br />
APOIO AO MEIO AMBIENTE<br />
LINHAS ESTRATÉGICAS<br />
Educação contextualiza<strong>da</strong> e ci<strong>da</strong>dã nas escolas <strong>do</strong> campo<br />
Educação para a diversi<strong>da</strong>de e inclusão social<br />
Ensino superior e profissionalizante no campo<br />
Implantação de centros de inclusão digital<br />
Moradia no campo<br />
Saúde no campo<br />
Cultura, leitura, lazer e esportes no campo<br />
Implantação <strong>do</strong> Centro de Apoio às Mulheres Vítimas de Violência<br />
Incentivo à iniciação artística juvenil<br />
Resgate histórico/ cultural <strong>da</strong>s comuni<strong>da</strong>des tradicionais, indígenas e quilombolas<br />
Combate ao uso de agrotóxicos nas margens <strong>do</strong>s mananciais e cursos d’água.<br />
Recomposição florestal e recuperação de solos <strong>da</strong>s matas ciliares e de áreas degra<strong>da</strong><strong>da</strong>s<br />
Melhoramento genético e manejo adequa<strong>do</strong> <strong>do</strong>s rebanhos locais<br />
Estruturação de uni<strong>da</strong>des familiares e comunitárias de beneficiamento <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de <strong>da</strong><br />
produção animal<br />
Fortalecimento <strong>da</strong> rede de Bancos Comunitários de Sementes<br />
Dinamização <strong>da</strong> produção <strong>da</strong> apicultura e <strong>da</strong> meliponicultura<br />
Formação Continua<strong>da</strong> de técnicos nas Ciências Agrárias em aqüicultura, Pesca ,<br />
Agroecologia e Economia Solidária.<br />
Inserção <strong>da</strong>s mulheres nas dinâmicas de produção e comercialização, a partir <strong>da</strong>s práticas de<br />
economia solidária<br />
Fortalecimento <strong>da</strong>s redes de iniciativas <strong>da</strong> economia popular solidária<br />
Ampliação e fortalecimento <strong>da</strong>s Feiras <strong>da</strong> Agricultura Familiar<br />
Viabilização <strong>do</strong> acesso a espaços referenciais de comercialização <strong>do</strong>s produtos <strong>da</strong> agricultura<br />
familiar e <strong>da</strong> economia popular solidária(CECAF, CIAF)<br />
Construção de aterros sanitários.<br />
Fortalecimento <strong>da</strong> rede de organizações de piscicultores/as e pesca<strong>do</strong>res/as artesanais<br />
Intercâmbios entre os <strong>Território</strong>s<br />
Apoio a Educação Ambiental e gestão ambiental<br />
64
V. Gestão<br />
T<br />
o<strong>do</strong> o processo de dinamização <strong>da</strong> agricultura de base familiar na <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong> depende <strong>da</strong> configuração de um ambiente<br />
institucional, que permita aos diversos atores envolvi<strong>do</strong>s participar <strong>da</strong> gestão deste plano. Neste senti<strong>do</strong>, sua concretização se<br />
configura como um marco referencial para o início destas ativi<strong>da</strong>des.<br />
Para garantir que as ações propostas tenham coerência com o referencial acima exposto, é necessário animar e coordenar uma rede ampla, plural<br />
e interdisciplinar de apoio à agricultura familiar no <strong>Território</strong>, cuja ação se concretize nos municípios. Sua priori<strong>da</strong>de estratégica deve ser<br />
articular parcerias, tanto com outros setores <strong>do</strong> setor público em seus distintos níveis, quanto com atores priva<strong>do</strong>s interessa<strong>do</strong>s e em condições de<br />
contribuir para o fortalecimento <strong>da</strong>s cadeias produtivas agrícolas e não agrícolas, que sejam estruturantes de processos de dinamização <strong>da</strong><br />
agricultura em regime de economia familiar no território <strong>da</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong>.<br />
A gestão <strong>do</strong> PTDRS será feita pela Secretaria Executiva <strong>do</strong> PTDRS, sen<strong>do</strong> um representante <strong>da</strong> Coordenação executiva territorial, e um<br />
representante <strong>do</strong> núcleo técnico por dimensão (BNB, SEBRAE, EMATER, ONG), totalizan<strong>do</strong> 5 membros.<br />
A Secretaria Executiva <strong>do</strong> PTDRS será responsável pelo acompanhamento e monitoramento <strong>da</strong>s ações realiza<strong>da</strong>s pelos órgãos/instituições<br />
responsável pelos projetos territoriais, realizan<strong>do</strong> visitas periódicas e relatórios mensais de acompanhamento <strong>do</strong>s projetos e ações.<br />
65
To<strong>da</strong> última quinta feira de ca<strong>da</strong> mês, na reunião <strong>da</strong> Coordenação<br />
Territorial, será apresenta<strong>do</strong> o relatório <strong>do</strong>s projetos e ações pela<br />
Secretaria Executiva <strong>do</strong> PTDRS.<br />
A Coordenação territorial realiza reuniões mensais para avaliação e<br />
uma Reunião Trimestral com a Plenária Territorial para socialização<br />
<strong>do</strong>s projetos. A Secretaria Executiva deve: observar, monitorar os<br />
an<strong>da</strong>mentos <strong>do</strong>s projetos nos núcleos técnicos; a Coordenação<br />
Territorial, junto a Secretaria executiva <strong>do</strong> PTDRS, deve articular<br />
transporte, alimentação e locais para reuniões itinerantes no<br />
território.<br />
É papel <strong>da</strong> Secretaria Executiva <strong>do</strong> PTDRS divulgar na mídia as<br />
ações <strong>do</strong> território, seja na internet, rádios comunitárias e públicas,<br />
jornais e impressos. Fazer visitas periódicas aos municípios,<br />
reuniões públicas, identificar as redes e ações territoriais existentes,<br />
fazer um projeto de custeio para gestão logística e operacional para<br />
gestão <strong>do</strong> PTDRS, instalação <strong>da</strong> sede <strong>do</strong> colegia<strong>do</strong> territorial,<br />
transporte, recursos para passagens e alimentação <strong>do</strong>s participantes.<br />
66
VI. Estrutura Colegia<strong>da</strong><br />
A organização <strong>do</strong> Colegia<strong>do</strong> de desenvolvimento territorial <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong> propõe uma nova maneira de conceber a gestão <strong>da</strong>s<br />
políticas na área agrária. Neste senti<strong>do</strong>, seu modelo de representação pensa tais políticas de forma horizontal, onde os sujeitos<br />
beneficia<strong>do</strong>s são ao mesmo tempo propositores, fiscaliza<strong>do</strong>res e executores dessas políticas. No entanto, apesar <strong>do</strong>s avanços com a política de<br />
desenvolvimento territorial, vários são os vícios que persistem em manter as tradições de governabili<strong>da</strong>de centraliza<strong>da</strong>s neste meio. Esse fato<br />
ocasiona muitas vezes decisões em favor de grupos que não representam a coletivi<strong>da</strong>de, haven<strong>do</strong> em alguns momentos a execução de projetos<br />
que não condiz com a priori<strong>da</strong>de territorial.<br />
Apesar <strong>da</strong>s adversi<strong>da</strong>des, sabemos que estamos no caminho certo e que a política de desenvolvimento territorial, proporcionará para o território<br />
oportuni<strong>da</strong>des de ver<strong>da</strong>deiro crescimento econômico, político e social, respeitan<strong>do</strong> as potenciali<strong>da</strong>des locais em seus aspectos ambientais e<br />
culturais. Assim, ver<strong>da</strong>deiramente acreditamos que com o processo de conscientização e formação ci<strong>da</strong>dã nosso povo poderá de forma efetiva,<br />
tomar as decisões que melhorem a sua quali<strong>da</strong>de de vi<strong>da</strong>, dentro <strong>da</strong>s políticas oferta<strong>da</strong>s por esse modelo de desenvolvimento.<br />
67
INSTITUIÇÕES PÚBLICAS ESTATAIS<br />
- SEPLAG<br />
- EMATER<br />
- SEDAP<br />
- UFPB<br />
- INCRA<br />
- DFDA<br />
- MPA<br />
- SEBRAE<br />
- LUZ PARA TODOS<br />
- Banco <strong>do</strong> Brasil<br />
- BNB<br />
- CEF<br />
- SRT<br />
-INSS<br />
- FUNASA<br />
- SUDEMA<br />
- CAGEPA<br />
- MAPA<br />
- CONAB<br />
- IBAMA<br />
- COOPERAR<br />
- INST.CHICO M.<br />
-ASSEMBLÉIA L.<br />
- IDEME<br />
- AESA<br />
- CAPT. PORTOS<br />
- INTERPA<br />
- EMEPA<br />
- FUNAI<br />
- SEDH<br />
ORGANIZAÇÕES SOCIAIS<br />
- CPT<br />
- FETAG<br />
- FETRAF<br />
- SINTRAF<br />
- MLT<br />
- MST<br />
- STR<br />
- PASTORAL DOS MIGRANTES<br />
- Fórum <strong>do</strong> Semi–Ári<strong>do</strong><br />
- Fórum <strong>do</strong>s Assenta<strong>do</strong>s<br />
- Associações Comunitárias:<br />
INDIGENA,<br />
QUILOMBOLA,MULHERES,<br />
- Cooperativas de Produção e Crédito<br />
- PROHORT<br />
- UNIFRUTA<br />
- ECOSUL<br />
- ECOVAZEA<br />
69<br />
ESTRUTURA INSTITUCIONAL, GOVERNABILIDADE E GESTÃO SOCIAL<br />
NO TERRITÓRIO<br />
INSTÂNCIAS DE CONCERTAÇÃO<br />
- Colegia<strong>do</strong> Territorial<br />
- CMDRS;<br />
- Conselhos Setoriais;<br />
-Comitê de Bacias<br />
Hidrográficas<br />
- CONSEA<br />
-Câmara temática <strong>da</strong> pesca<br />
ONGS<br />
- CENDAC<br />
- VINCULUS<br />
- CECNEC<br />
- HOLOS
REPRESENTANTES DE<br />
GOVERNO<br />
GOVERNO<br />
Prefeitura Municipal de Alhandra<br />
Prefeitura Municipal de João Pessoa COOPACRED<br />
Prefeitura Municipal de Juripiranga CECNEQ<br />
Prefeitura Municipal de Pedras de Fogo FETAG<br />
Prefeitura Municipal de Pitimbu FETRAF<br />
70<br />
SOCIEDADE CIVIL<br />
Comissão Pastoral <strong>da</strong> Terra – CPT<br />
Prefeitura Municipal de São José Dos Ramos STR de Pedras de Fogo<br />
EMATER STR de São Miguel de Taipu<br />
COORDENAÇÃO TERRITORIIAL<br />
BANCO DO NORDESTE Grupo de Jovens Renascer de Gurugi<br />
SEBRAE Associação de Maricultoras (Mulheres)<br />
Prefeitura Municipal de São José <strong>do</strong>s Ramos<br />
SOCIEDADE<br />
CIVIL<br />
Prefeitura de Pitimbu FETRAF/FETAG<br />
BANCO DO NORDESTE Grupo de Jovens Renascer de Gurugi<br />
CPT<br />
COORDENAÇÃO EXECUTIVA<br />
NUCLEO TÉCNICO<br />
SEBRAE Associação de Maricultoras (Mulheres)
VII. Bibliografia Consulta<strong>da</strong><br />
CANTALICE,Felipe Agenor de Oliveira - COTIDIANO QUILOMBOLA EM MITUAÇU–TC <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Estadual <strong>da</strong> Paraíba/CH.<br />
COEP – Programa Comuni<strong>da</strong>des Semiári<strong>do</strong>: Construin<strong>do</strong> caminhos para ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia no Nordeste <strong>do</strong> Brasil, COEP, Rio de Janeiro 2009.<br />
KatiannyIrlly(²), Erika Magalhães(¹), Aman<strong>da</strong> Soares(²), Carla Miran<strong>da</strong>(²),Heloísa Marinho(²),Hugo Belarmino(²)Larissa Lins(²), Maria Luiza<br />
Alencar(³), Pablo Honorato(²) ,Victor Evangelista(²)Centro de Ciências Jurídicas/ Departamento de Direito Priva<strong>do</strong>/ PROBEX -<br />
SISTEMATIZAÇÃO DE UMA EXTENSÃO POPULAR EM DIREITO: O TRABALHO DO NEP FLOR DE MANDACARU COM A<br />
COMUNIDADE QUILOMBOLA DE PARATIBE. UFPB/ PRAC.<br />
LLORENS, Francisco Albuquerque – <strong>Desenvolvimento</strong> Econômico Local: caminhos e desafios para construção de uma nova agen<strong>da</strong> política,<br />
Rio de Janeiro, BNDS, 1999.<br />
MARIANO NETO, Belarmino -Ecologia e Imaginário: Memória cultural, natureza e submundialização, João Pessoa: CT/Editora<br />
Universitária/UFPB, 2001.<br />
MONTEIRO, Karoline <strong>do</strong>s Santos - PROPRIEDADE DA TERRA E TERRITÓRIO QUILOMBOLA: umareflexão a partir comuni<strong>da</strong>de negra de<br />
Gurugi, Paraíba.Curso de Geografia/UFPB.<br />
71
NABER, Gregg – Entre a cruz e a espa<strong>da</strong>: violência e misticismo no Brasil rural, 1ª Edição, São Paulo, Editora Terceiro Nome, 2003.<br />
PERICO, Rafael Echeverry – Identi<strong>da</strong>de e território no Brasil, Brasília, Instituto Internacional de Cooperação para Agricultura, 2009.<br />
PETRAS, James – Império e políticas revolucionárias na América Latina, São Paulo: Xamã, 2002.<br />
MDA, - COLEÇÃO TALENTOS DO BRASIL, programa Talentos <strong>do</strong> Brasil, 2009.<br />
SDT/ MDA, Catálogo de Boas Práticas Territoriais, Brasília 2010.<br />
Sites Consulta<strong>do</strong>s<br />
Comuni<strong>da</strong>des negras <strong>da</strong> Paraíba:<br />
http://www.palmares.gov.br/005/00502001.jsp?ttCD_CHAVE=81<br />
Comuni<strong>da</strong>des negras <strong>do</strong> Paratibe:<br />
http://www.auniao.pb.gov.br/v2/index.php?option=com_content&task=view&id=20152&Itemid=44<br />
72
Coordenação:<br />
Colegia<strong>do</strong> de <strong>Desenvolvimento</strong> Territorial <strong>da</strong> <strong>Zona</strong> <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Sul</strong> - PB<br />
<strong>Ministério</strong> <strong>do</strong> <strong>Desenvolvimento</strong> Agrário - MDA<br />
Secretaria de <strong>Desenvolvimento</strong> Territorial - SDT<br />
APOIO:<br />
VÍVINCULUS - Cooperativa de Prestação de Serviços em <strong>Desenvolvimento</strong> Sustentável<br />
74