17.04.2013 Views

VANDERLEY DE BRITO: Dois mandatos à frente da SPA - Uepb

VANDERLEY DE BRITO: Dois mandatos à frente da SPA - Uepb

VANDERLEY DE BRITO: Dois mandatos à frente da SPA - Uepb

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>VAN<strong>DE</strong>RLEY</strong> <strong>DE</strong> <strong>BRITO</strong>:<br />

<strong>Dois</strong> <strong>man<strong>da</strong>tos</strong> <strong>à</strong> <strong>frente</strong> <strong>da</strong> <strong>SPA</strong><br />

Fun<strong>da</strong><strong>da</strong> em 11 de outubro de<br />

2006, a Socie<strong>da</strong>de Paraibana de<br />

Arqueologia teve o sócio fun<strong>da</strong>dor<br />

professor Vanderley de Brito como<br />

seu primeiro presidente. Suas<br />

primeiras ações no cargo<br />

foram no sentido diplomático,<br />

junto a instituições afins e<br />

pesquisadores, formando as<br />

primeiras parcerias e filiando os<br />

primeiros sócios. <strong>Dois</strong> meses após<br />

a fun<strong>da</strong>ção, foi criado o Boletim<br />

Informativo <strong>da</strong> <strong>SPA</strong>, com o<br />

propósito de divulgar e historiar os<br />

fatos relacionados <strong>à</strong> arqueologia no<br />

estado <strong>da</strong> Paraíba, e atuar como elo de<br />

intercâmbio entre todos os<br />

integrantes <strong>da</strong> <strong>SPA</strong>, os<br />

simpatizantes do tema e as<br />

instituições liga<strong>da</strong>s <strong>à</strong> arqueologia e<br />

a pré-história.<br />

Em 2007 a <strong>SPA</strong> promoveu<br />

seu primeiro Encontro, na ci<strong>da</strong>de<br />

de Guarabira, e no ano<br />

seguinte, através de uma<br />

parceria com a ONG Nova<br />

Consciência, que promove um


Boletim Informativo <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de Paraibana de Arqueologia - Nº 56<br />

evento anual na ci<strong>da</strong>de de Campina Grande durante o período carnavalesco, o Encontro<br />

<strong>da</strong> <strong>SPA</strong> passou a fazer parte deste grande evento e, desde então, vem cumprindo<br />

religiosamente este compromisso.<br />

A política de Vanderley a <strong>frente</strong> <strong>da</strong> <strong>SPA</strong> sempre tem sido estimular os estudiosos<br />

de arqueologia do Estado a produzir e divulgar <strong>da</strong>dos<br />

que venham a contribuir com a arqueologia regional.<br />

Outra iniciativa de Vanderley foi promover visitas<br />

regulares <strong>da</strong> <strong>SPA</strong> a Pedra do Ingá, sítio arqueológico de<br />

maior destaque midiático, e desde meados de 2006 a<br />

enti<strong>da</strong>de visita este monumento rupestre em intervalos<br />

máximos de dois meses para examinar sua facha<strong>da</strong>,<br />

pesquisar o livro de assinaturas, fiscalizar as<br />

instalações do Museu e coletar informações a cerca dos<br />

mais recentes ocorridos do lugar.<br />

Nessa gestão também foram criados: o Boletim<br />

Especial <strong>da</strong> <strong>SPA</strong> para publicação de textos sobre<br />

arqueologia, a Série Arqueológica de Literatura de<br />

Cordel, para fins didáticos, e a Biblioteca Thomas Bruno<br />

Oliveira para recolher acervo bibliográfico.<br />

Vanderley, um bom diplomata, manteve ao longo<br />

de seu man<strong>da</strong>to boas relações com IHGC, IHGP,<br />

UNIPÊ, IPHAN/PB, IPHAEP, IBAMA/PB, IHGP, UFCG,<br />

UEPB, LABAP/UEPB, ULT, SBE, UFRN, UFPE e<br />

Museus diversos <strong>da</strong> Paraíba e estados vizinhos. A <strong>SPA</strong><br />

participou de dezenas de eventos de arqueologia na Paraíba e em outros estados,<br />

lançamentos de livros, posses, Workshops e promoveu inúmeras palestras, excursões<br />

estu<strong>da</strong>ntis, mini-cursos, se fazendo presente também em diversas escavações e<br />

expedições de campo. No âmbito fiscalizador, protocolou denúncias de depre<strong>da</strong>ção ao<br />

patrimônio arqueológico do Estado.<br />

Para divulgar a arqueologia local, além dos Boletins que são enviados para 5.000<br />

parceiros e interessados, a <strong>SPA</strong> lançou o livro “PRÉ-HISTÓRIA: estudos para a<br />

arqueologia <strong>da</strong> Paraíba”, recolhendo textos inéditos sobre pré-história na Paraíba e criou<br />

o blog <strong>da</strong> <strong>SPA</strong>, que recebe em média 30 visitas diárias.<br />

Em fins de 2008, Vanderley de Brito foi reeleito e, em sua segun<strong>da</strong> gestão sua<br />

luta foi para consoli<strong>da</strong>r a <strong>SPA</strong>. Neste sentido, a administração de Vanderley, em parceria<br />

com a EDUFCG, registrou o Boletim Informativo <strong>da</strong> <strong>SPA</strong> no ca<strong>da</strong>stro ISSN e, junto ao<br />

Ministério <strong>da</strong> Fazen<strong>da</strong>, adquiriu o ca<strong>da</strong>stro CNPJ para a Socie<strong>da</strong>de.<br />

Agora em janeiro de 2011, depois de quatro anos <strong>à</strong> <strong>frente</strong> <strong>da</strong> <strong>SPA</strong>, Vanderley<br />

está passando o Maracá <strong>da</strong> <strong>SPA</strong> para o novo presidente eleito e pretende ficar apenas<br />

na quali<strong>da</strong>de de sócio, sem cargos na direção, para se dedicar com mais tranqüili<strong>da</strong>de a<br />

seus estudos e pesquisas individuais. Com a consciência de que foi vitorioso na luta em<br />

função de que os primeiros passos foram <strong>da</strong>dos para que a <strong>SPA</strong> se tornasse um órgão<br />

dinâmico e respeitável no estudo e fomento <strong>da</strong> arqueologia paraibana.<br />

Dezembro de 2010<br />

2


Boletim Informativo <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de Paraibana de Arqueologia - Nº 56<br />

Maria Beltrão lança livro de<br />

arqueologia<br />

Maria Beltrão lançou no dia 08 de<br />

dezembro seu livro “O Alto Sertão”, em<br />

tarde movimenta<strong>da</strong> de autógrafos no<br />

Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro -<br />

IHGB, no Rio de Janeiro-RJ.<br />

O livro reúne anotações que são<br />

resultado de mais de 30 anos de pesquisa<br />

<strong>da</strong> arqueóloga no alto sertão <strong>da</strong> Bahia e<br />

muitos dos fatos relatados são de pouco<br />

conhecimento do público.<br />

A capa <strong>da</strong> obra é assina<strong>da</strong> por Victor<br />

Burton, que também assina várias<br />

ilustrações, mistura<strong>da</strong>s <strong>à</strong>s dos caboclos<br />

locais.<br />

A apresentação é de Luciano Sal<strong>da</strong>nha Coelho, <strong>da</strong> Academia Brasileira de<br />

Filosofia, e o prefácio de outro imortal, Candido Mendes.<br />

O evento literário reuniu além dos amigos, historiadores, arquitetos, urbanistas,<br />

professores universitários, empresários e comunicadores.<br />

Pesquisador <strong>da</strong> PB é aprovado<br />

em seleção de Mestrado em PE<br />

O pesquisador Allysson Alan,<br />

graduado em Biologia na UEPB e<br />

colaborador <strong>da</strong> <strong>SPA</strong>, foi aprovado na<br />

seleção de mestrado em arqueolgia <strong>da</strong><br />

UFPE com o projeto: Collembola<br />

(Hexapo<strong>da</strong>, Arthropo<strong>da</strong>) e sítios<br />

arqueológicos, implicações em<br />

diagênese óssea.<br />

Allyson pretende desenvolver<br />

seus estudos sobre os colêmbolos que<br />

são encontrados no substrato de sítios arqueológicos que contem ossos, dentes e<br />

outros vestígios humanos enterrados, bem como material lítico e cerâmico. O tema<br />

principal <strong>da</strong> pesquisa analisa o papel dos colêmbolos na diagênese óssea, em sítios<br />

arqueológicos do Estado.<br />

Segundo o pesquisador: “o meu trabalho é de deman<strong>da</strong> internacional e trabalhará<br />

com análise <strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de óssea, contribuiremos assim com os estudos arqueológicos <strong>da</strong><br />

Paraíba.”<br />

Dezembro de 2010<br />

3


Boletim Informativo <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de Paraibana de Arqueologia - Nº 56<br />

A nascente do Bacamarte<br />

No dia 05 de dezembro, o pesquisador Vanderley de Brito (sócio <strong>da</strong> <strong>SPA</strong>) foi até<br />

o bairro de Nova Brasília, zona norte <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de de Campina Grande, para localizar a<br />

nascente do riacho Bacamarte. Por se tratar de uma área já totalmente urbaniza<strong>da</strong>, a<br />

maioria de suas águas fluviais segue cursos subterrâneos e isso dificultou a localização<br />

<strong>da</strong> nascente. Contudo, o<br />

pesquisador se valeu de estudos<br />

topográficos e guiou-se pelos<br />

canais e bueiros até encontrar a dita<br />

nascente. Segundo os estudos de<br />

Vanderley a cabeceira do<br />

Bacamarte foi encontra<strong>da</strong> numa<br />

antiga cacimba que atualmente se<br />

localiza no canteiro central que<br />

divide as mãos <strong>da</strong> Rua Terezinha<br />

Ribeiro. Dali, o riacho segue para<br />

sudoeste penetrando no bairro de<br />

Santo Antônio e depois toma o<br />

rumo leste até o bairro de José<br />

Pinheiro, passando por trás do<br />

cemitério deste bairro, tomando a<br />

direção nordeste descendo o<br />

íngreme <strong>da</strong> serra <strong>da</strong> Cachoeira com<br />

destino a Pedra do Marinho.<br />

Logicamente, as águas <strong>da</strong><br />

cabeceira do Bacamarte são<br />

esgotos <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de, que ao longo do<br />

curso recebem adições de esgotos na ci<strong>da</strong>des de Riachão do Bacamarte e Ingá,<br />

passando pela célebre Pedra Lavra<strong>da</strong> do Ingá com destino <strong>à</strong> sua desembocadura no rio<br />

Paraíba, na locali<strong>da</strong>de de <strong>Dois</strong> Riachos, em terras do município de Mogeiro.<br />

Dezembro de 2010<br />

4


Boletim Informativo <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de Paraibana de Arqueologia - Nº 56<br />

ARTIGO ____________________________________________<br />

O primeiro registro <strong>da</strong>s pinturas rupestres de Serra Branca<br />

Luis Carlos Gomes*<br />

Era o ano de 1976 quando eu fiscalizava operações rurais do BNB e ao mesmo<br />

tempo procurava junto aos rurícolas por pedras diferentes existentes nas fazen<strong>da</strong>s, pois na<br />

ver<strong>da</strong>de eu estava em busca de minérios para apresentá-los a um geólogo, aposentado <strong>da</strong><br />

Petrobrás que se encontrava na região para localizar um minério de nome lítio (vim saber<br />

depois que se tratava de um mineral radioativo e por coincidência soube de uma informação<br />

que poderia ser desse minério, mas não dei prosseguimento <strong>à</strong> pesquisa).<br />

Desenho <strong>da</strong>s pinturas rupestres de Serra Branca (1976).<br />

Ao chegar a Vieiropolis após uma fiscalização procurei por “essas pedras diferentes”<br />

quando me disseram que tinha sim, mas era em cima <strong>da</strong> serra. E era a "pedra dos<br />

letreiros". Fiquei curioso para conhecer essa “pedra dos letreiros”, pois até ali nunca havia<br />

escutado falar sobre a dita pedra. Não fazia portando a mínima idéia do que se tratava. Mas<br />

como naquele dia havia mais trabalho a realizar, marquei a visita para o sábado seguinte.<br />

No dia combinado subimos a serra: eu e mais três trabalhadores que iam abrindo a pica<strong>da</strong><br />

na mata. Todos eles conheciam bem aquela pedra onde costumavam caças mocós.<br />

Ao chegarmos a “pedra dos letreiros” fiquei admirado com o que vi. Eram pinturas<br />

desenha<strong>da</strong>s na pedra em diversos formatos nunca vistos antes por mim em parte alguma.<br />

Na época não possuía máquina fotográfica, mas fiz os registros <strong>da</strong>s pinturas rupestres,<br />

primeiro num caderno e depois, em casa, desenhados em cartolina com pincel atômico.<br />

Dezembro de 2010<br />

5


Boletim Informativo <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de Paraibana de Arqueologia - Nº 56<br />

Em Sousa mostrei os desenhos a algumas pessoas que me sugeriram publicar num<br />

jornal e assim fiz. Mandei o material para a re<strong>da</strong>ção de um jornal em João Pessoa-PB que<br />

publicou tal qual eu havia enviado – desenhos e descrição do local.<br />

Passados alguns dias <strong>da</strong> publicação, recebi a carta de um odontólogo paraibano<br />

radicado em São Paulo, sugerindo-me comunicar o achado ao IPHAEP. E assim o fiz.<br />

Depois dessa comunicação ao Instituto, começaram a chegar os pesquisadores.<br />

Um conterrâneo meu de São João do Rio do Peixe que trabalha num ministério em Brasília-<br />

DF leu o jornal. Por coincidência na semana seguinte entrou de férias vindo <strong>à</strong> Paraíba<br />

desejou visitar as pinturas <strong>da</strong> Serra Branca, mas ele que portava uma máquina fotográfica<br />

realizou belíssimas fotos <strong>da</strong>s pinturas rupestres e do interior <strong>da</strong> caverna. Ao retornar a<br />

Brasília mandou de lá para mim vários slides com as pinturas <strong>da</strong> Serra <strong>da</strong> Arara que eu os<br />

guar<strong>da</strong>va com o maior zelo.<br />

Por volta do ano de 1996 (ou antes, não me recordo bem) estava acontecendo no<br />

Brejo <strong>da</strong>s Freiras um seminário sobre turismo do qual eu e Robson Marques participamos.<br />

Nesta oportuni<strong>da</strong>de cometi a tolice de levar os slides de Serra Branca para mostrar a uma<br />

<strong>da</strong>s palestrantes, ou seja, a arqueóloga Mali Trevas, mesmo contrariando a opinião de<br />

Robson que estava presente naquela ocasião.<br />

Aquela foi <strong>à</strong> última vez que vi meus slides, pois Mali Trevas os pediu emprestados<br />

para copiá-los – ou sei lá fazer o que com eles – para devolvê-los em poucos dias. Mas o<br />

fato é que Mali nunca se lembrou de devolvê-los. Os slides que apresentavam imagens <strong>da</strong>s<br />

pinturas rupestres de Serra Branca, bem preserva<strong>da</strong>s naquele ano de 1976 eram na<br />

ver<strong>da</strong>de um importante registro fotográfico que foi extraviado. Hoje as pinturas já sofrem<br />

agressões com o lodo, urina e fezes dos mocós que habitam naquelas pedras. Embora eu<br />

tenha solicitado a Zé Bento, então secretário municipal para man<strong>da</strong>r fazer uma pequena<br />

parede de contenção <strong>da</strong>s águas pluviais no topo <strong>da</strong> pedra <strong>da</strong> caverna, se ele atendeu a<br />

minha solicitação, então se pode considerar que prestou uma colaboração <strong>à</strong> preservação<br />

<strong>da</strong>quele patrimônio.<br />

Novos prazos para a Tarairiú<br />

* Sócio <strong>da</strong> <strong>SPA</strong>.<br />

A Revista Eletrônica Tarairiú Nº02, está<br />

prorrogando o prazo para o envio de artigos.<br />

Lança<strong>da</strong> em 2010, a Revista Tarairiú<br />

reúne artigos de arqueologia, história,<br />

paleontologia e espeleologia e para o segundo<br />

número, o prazo para envio de artigos foi prorrogado. O motivo <strong>da</strong> modificação foi a geração do<br />

número ISSN. Como este ain<strong>da</strong> não foi possível ser gerado, a equipe do Laboratório de<br />

Arqueologia e Paleontologia <strong>da</strong> UEPB está trabalhando com este objetivo. Assim, a <strong>da</strong>ta limite<br />

para o envio que era dia 31 de dezembro de 2010 foi modifica<strong>da</strong> para 15 de fevereiro de 2011.<br />

Portanto,você que deseja publicar um artigo na Revista Tarairiú deve enviá-lo até esta<br />

<strong>da</strong>ta. Confira o Dossiê Nº02 e as normas para publicação.<br />

Fonte: http://labapuepb.blogspot.com/2011/01/novos-prazos-para-revista-tarairiu-n02.html<br />

Dezembro de 2010<br />

6


Boletim Informativo <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de Paraibana de Arqueologia - Nº 56<br />

Queima<strong>da</strong>s: seu povo, sua terra<br />

No dia 14 de dezembro, o geógrafo Prof.<br />

Antônio Carlos Ferreira Lopes lançou a quarta<br />

edição <strong>da</strong> obra “Queima<strong>da</strong>s: seu povo, sua terra”.<br />

Livro que trata <strong>da</strong> história do município de<br />

Queima<strong>da</strong>s – PB.<br />

A edição, que tem o prefácio do historiador<br />

Vanderley de Brito (sócio <strong>da</strong> <strong>SPA</strong>), veio revisa<strong>da</strong> e<br />

amplia<strong>da</strong>, trazendo um capítulo sobre a origem do<br />

município que trata sobre os habitantes préhistóricos<br />

<strong>da</strong> região, outro sobre o abandono e<br />

depre<strong>da</strong>ção do patrimônio local, incluindo sítios<br />

arqueológicos, e um capítulo dedicado aos sítios<br />

arqueológicos do município onde faz referências <strong>à</strong>s<br />

ações <strong>da</strong> <strong>SPA</strong> na salvaguar<strong>da</strong> e pesquisa destes<br />

locais.<br />

O evento, que ocorreu na Escola Estadual Antônio Vital do Rêgo (antigo<br />

Assisão) e contou com a participação <strong>da</strong> <strong>SPA</strong> representa<strong>da</strong> pelo seu presidente Prof.<br />

Vanderley de Brito e o consócio Prof. Thomas Bruno Oliveira.<br />

Alunos de geografia visitam cavernas areníticas na Paraíba<br />

Nos dias 27 de novembro e 04 de dezembro de 2010, o geógrafo Eduardo<br />

Pazera Jr. (sócio <strong>da</strong> <strong>SPA</strong>), docente <strong>da</strong> disciplina geografia ambiental e geomorfologia <strong>da</strong><br />

Universi<strong>da</strong>de Aberta Vi<strong>da</strong> (UNAVIDA) – João Pessoa-PB, acompanhado dos geógrafos<br />

Remyson Duarte (SBE 1641) e Erivelto Vicente, levaram cerca de 30 alunos do curso de<br />

licenciatura plena em geografia para uma aula de campo sobre espeleologia.<br />

Foram visita<strong>da</strong>s as cavernas areníticas do vale do rio Mumbaba (município de<br />

João Pessoa) - Caverna <strong>da</strong> Onça e do rio Taquarituba (município de Santa Rita-PB) – e<br />

Caverna do Índio.<br />

Essa visita teve como objetivo analisar os diversos problemas ambientais que<br />

assolam esses ecossistemas, tais como: desmatamento e queima<strong>da</strong>s devido <strong>à</strong><br />

expansão desordena<strong>da</strong> dos canaviais, e ain<strong>da</strong>, poluição do solo e dos mananciais,<br />

dentre outros efeitos <strong>da</strong>s ações do homem.<br />

O segundo objetivo foi investir maciçamente no processo de conscientização dos<br />

futuros professores de geografia sobre a importância <strong>da</strong>s cavernas e sobre a ciência<br />

espeleológica, visando <strong>à</strong> difusão desses conhecimentos com a socie<strong>da</strong>de através <strong>da</strong><br />

sala de aula, confecção de trabalhos científicos e ações de educação ambiental, no<br />

intuito de frear a depre<strong>da</strong>ção <strong>da</strong>s cavi<strong>da</strong>des.<br />

Caberia agora, pressionar <strong>à</strong>s instituições governamentais, dos três níveis, no<br />

sentido de fiscalizar esse patrimônio espeleológico, punindo com rigor os responsáveis<br />

pela degra<strong>da</strong>ção dessas rari<strong>da</strong>des naturais.<br />

A<strong>da</strong>ptado de: http://www.sbe.com.br/sbenoticias/SBENoticias_177.pdf<br />

Dezembro de 2010<br />

7


Boletim Informativo <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de Paraibana de Arqueologia - Nº 56<br />

A igreja do povoado de Bacamarte<br />

No dia 10 de dezembro, o pesquisador Vanderley de Brito (sócio <strong>da</strong> <strong>SPA</strong>),<br />

realizou uma expedição até o município de Riachão do Bacamarte, distante 40km de<br />

Campina Grande, para realizar um levantamento de <strong>da</strong>dos <strong>da</strong> antiga igreja de Sant’<br />

Anna, construí<strong>da</strong> em 1780, no povoado de Bacamarte, que fica numa colina que se<br />

eleva a margem direita do riacho Bacamarte.<br />

O templo é uma<br />

dos mais antigos <strong>da</strong><br />

região e, segundo<br />

moradores, numa<br />

reforma recente para<br />

recompor parte do<br />

assoalho apodrecido do<br />

interior <strong>da</strong> igreja, foram<br />

desenterra<strong>da</strong>s ossa<strong>da</strong>s<br />

humanas, possivelmente<br />

sepulturas de padres ou<br />

pessoas abasta<strong>da</strong>s <strong>da</strong><br />

região, que ali jaziam.<br />

O historiador Vanderley de Brito está desenvolvendo um estudo histórico <strong>da</strong><br />

região do município do Ingá e em breve estará lançando o resultado destes estudos.<br />

Dezembro de 2010<br />

8


Boletim Informativo <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de Paraibana de Arqueologia - Nº 56<br />

Curso de noções em arqueologia foi<br />

realizado em Forquilha-CE<br />

O projeto de Ações Integra<strong>da</strong>s de Extensão<br />

Rural em comuni<strong>da</strong>des tradicionais do semi-árido e<br />

<strong>da</strong> Amazônia Oriental realizou em Forquilha-CE,<br />

entre os dias 22 e 23 de outubro, uma oficina de<br />

Introdução <strong>à</strong> Arqueologia. Este projeto conta com o<br />

auxílio do CNPq e é uma ação integra<strong>da</strong> do<br />

Laboratório de Climatologia e Recursos Hídricos <strong>da</strong><br />

UFC, coordenado pelos Professores Doutores,<br />

Adryane Gorayeb e Edson Vicente <strong>da</strong> Silva, em<br />

parceria com DNOCS e Prefeitura Municipal de<br />

Forquilha. A Oficina de introdução <strong>à</strong> Arqueologia foi<br />

ministra<strong>da</strong> por Igor Pedroza (mestrando em<br />

Arqueologia-UFPE/bolsista CNPq e Historiador-<br />

UECE), com o auxílio de graduandos em Geografia e<br />

bolsistas de Laboratórios <strong>da</strong> UFC. O conteúdo teórico<br />

foi ministrado no Auditório <strong>da</strong> Secretária de<br />

Agricultura, Recursos Hídricos e Meio Ambiente do<br />

município.<br />

Participaram do Curso: funcionários do<br />

DNOCS/Forquilha, dentre os quais Célio Cavalcante<br />

(sócio corresponde <strong>SPA</strong>, que gentilmente<br />

disponibilizou as imagens ao lado), secretários<br />

municipais, os presidentes do COM<strong>DE</strong>MA, do<br />

Sindicato dos Trabalhadores Rurais, <strong>da</strong> Associação Acolha Silvestre Duarte, Trabalhadoras<br />

Rurais de Forquilha, <strong>da</strong> Colônia de Pescadores Z-68, o advogado Rodrigo Corrêa<br />

Rodrigues <strong>da</strong> Silva, o radialista Aristóteles Loiola, acadêmicos <strong>da</strong>s Universi<strong>da</strong>des: UFC –<br />

UVA – INTA – IFC, dentre outros.<br />

Visita ao Pai Mateus<br />

Entre os dias 26 e 27 de dezembro o pesquisador Erik de Brito (sócio <strong>da</strong> <strong>SPA</strong>) se<br />

reuniu com amigos e familiares para uma visita ao sítio arqueológico Lajedo de Pai<br />

Mateus, no município de Cabaceiras. A equipe ficou hospe<strong>da</strong><strong>da</strong> no Hotel Fazen<strong>da</strong>, onde<br />

pernoitou, para um levantamento fotográfico dos matacões com pinturas rupestres deste<br />

lajedo e <strong>da</strong> paisagística local com os benefícios <strong>da</strong> iluminação vespertina e matutina<br />

natural. A ação rendeu belas fotografias deste importante sítio arqueológico do cariri<br />

paraibano.<br />

Dezembro de 2010<br />

9


Boletim Informativo <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de Paraibana de Arqueologia - Nº 56<br />

ARTIGO ____________________________<br />

O menino que via índios<br />

Erick de Brito*<br />

Há muita coisa no mundo que a ciência não<br />

consegue explicar e, na falta de um diagnóstico coerente,<br />

prefere omitir até que possa encontrar um dia o fio <strong>da</strong> mea<strong>da</strong><br />

destas incógnitas.<br />

Quando somos iniciados nos conhecimentos científicos, a orientação é não se<br />

envolver nestas questões que fogem <strong>à</strong> lógica científica. No entanto, somos humanos e,<br />

devido a esta condição, muitas vezes questões deste gênero nos convi<strong>da</strong> a reflexões.<br />

É comum ouvirmos no meio rural depoimentos de pessoas que sonham com almas<br />

pena<strong>da</strong>s de índios trazendo informações de lugares a serem desenterrados. O próprio Leon<br />

Clerot registrou em seu livro “30 anos na Paraíba” um destes depoimentos, que,<br />

curiosamente, acabou por revelar um cemitério indígena na Serra <strong>da</strong> Margari<strong>da</strong>, interior do<br />

município de Salgado de São Félix.<br />

Pois bem, sem qualquer pretensão, gostaria de narrar a história de um amigo meu,<br />

criado na ci<strong>da</strong>de de Ingá, que quando criança muitas vezes sonhou com índios lhe<br />

revelando lugares a serem visitados. Tais sonhos se repetiam constantemente e acabaram<br />

também por produzir no menino visões de cerimônias e cotidiano tribal.<br />

Conforme o menino foi<br />

crescendo, as visões foram se esvaindo<br />

e desapareceram por completo. Até<br />

que um dia este menino foi levado a<br />

visitar a Pedra do Ingá e, diante <strong>da</strong><br />

Pedra, percebeu que aquelas<br />

inscrições milenares tinham alguma<br />

relação com os misteriosos sonhos que<br />

lhe acompanharam por quase to<strong>da</strong> a<br />

infância. A partir <strong>da</strong>í, o menino passou<br />

a an<strong>da</strong>r pelas serras no entorno de sua<br />

ci<strong>da</strong>de, seguindo a intuição e alguns<br />

dos lugares indicados nos sonhos que<br />

pôde lembrar, e assim, registrou inúmeras inscrições rupestres nas regiões de Ingá, Itatuba,<br />

Aroeiras, Natuba, Serra Redon<strong>da</strong> e outros lugares. Muitas destas ain<strong>da</strong> inéditas.<br />

Desperto pela curiosi<strong>da</strong>de, passou a ler sobre o assunto e também passou a<br />

experimentar os <strong>da</strong>dos de leitura tentando reproduzir gravuras rupestres em pequenos<br />

blocos de rocha e confeccionar artefatos por lascamento e polimento de rochas.<br />

Hoje esse meu amigo, Dennis Mota, não mais sonha e nem tem visões com índios.<br />

Está cursando geografia na UEPB, mas continua, nas horas vagas, seguindo sua intuição,<br />

descobrindo novos sítios arqueológicos e aprimorando a arte <strong>da</strong> arqueologia experimental.<br />

Como se tivesse cumprindo uma missão para a qual foi destinado.<br />

*Estu<strong>da</strong>nte secun<strong>da</strong>rista, sócio <strong>da</strong> <strong>SPA</strong><br />

Dezembro de 2010<br />

10


Boletim Informativo <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de Paraibana de Arqueologia - Nº 56<br />

Prof. Juvandi é convi<strong>da</strong>do para grupo de pesquisa internacional<br />

O professor do Departamento de História do campus III <strong>da</strong> UEPB, Juvandi de Souza<br />

Santos (sócio <strong>da</strong> <strong>SPA</strong>), recebeu recentemente um convite para compor o Programa de<br />

Pesquisas Interdisciplinares <strong>da</strong> Região Platina Oriental (PROPRATA), o grupo, que recebe<br />

apoio do CNPq, visa estu<strong>da</strong>r as missões religiosas - principalmente as Jesuíticas - instala<strong>da</strong>s<br />

no Brasil no período imediato ao contato.<br />

No dia 09 de dezembro o professor Juvandi apresentou sua tese-relatório sobre os<br />

Índios Cariris ao programa de Pós-doc de Arqueologia <strong>da</strong> Pontifícia Universi<strong>da</strong>de Católica do<br />

Rio Grande do Sul (PUCRS). O trabalho envolveu uma pesquisa em 17 sítios arqueológicos<br />

nos estados <strong>da</strong> Paraíba e Rio Grande do Norte, além de outros nove na França. O objetivo <strong>da</strong><br />

pesquisa foi encontrar um padrão de sepultamento dos índios cariri e saber se existia uma<br />

semelhança com os povos pré-históricos estu<strong>da</strong>dos na França. Seu orientador, o professor<br />

Arno Alvarez Kern, como coordenador do PROPRATA, foi responsável pelo convite para que<br />

participasse do grupo.<br />

Arno Kern, conceituado pesquisador, há anos pesquisa as missões ibéricas coloniais,<br />

suas relações interdisciplinares e povoamento pré-histórico e colonial do Rio <strong>da</strong> Prata. Estudou<br />

missões de jesuítas em vários locais do Brasil e de outros países, porém, nunca no Nordeste.<br />

Juvandi sugeriu, então, que fossem feitas pesquisas na região, já que se têm relatos delas por<br />

estas paragens. A pesquisa começará na Paraíba e pretende-se que seja estendi<strong>da</strong> por to<strong>da</strong> a<br />

região posteriormente. Além <strong>da</strong> figura do professor Juvandi, a UEPB estará representa<strong>da</strong> nesta<br />

empreita<strong>da</strong> pelo Laboratório de Arqueologia e Paleontologia (LABAP), com participação de<br />

alunos e pesquisadores.<br />

Em parceria com o PROPRATA, a equipe do Laboratório pesquisará missões de<br />

jesuítas no Nordeste, incluindo processos de escavação, pois várias ci<strong>da</strong>des do interior<br />

paraibano como Campina Grande e Fagundes, receberam missões deste tipo.<br />

Mais informações, confira os portais: http://proprata.com e<br />

http://labapuepb.blogspot.com.<br />

- Mapa de atuação <strong>da</strong> <strong>SPA</strong> em 2010 -<br />

Dezembro de 2010<br />

11


Boletim Informativo <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong>de Paraibana de Arqueologia - Nº 56<br />

Dezembro de 2010<br />

12

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!