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projeto parcial _ok_ - Carolina. - ECA

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o entendimento da música em si, mas os próprios conceitos de execução pianísticos também<br />

apresentavam uma grande variedade de soluções.<br />

Durante o século XVIII, muitos compositores e tecladistas pesquisaram as diversas<br />

possibilidades sonoras que poderiam extrair do piano. Isso favoreceu uma produção muito<br />

grande de métodos para piano. Enquanto esses conhecimentos foram se solidificando,<br />

começou uma enorme discussão sobre o que deveria ser a técnica pianística e como se deveria<br />

ensiná-la. Por muito tempo acreditou-se que principal objetivo da técnica deveria ser<br />

conseguir uma igualdade de toque dos dedos. Sendo assim bastaria a repetição para se<br />

conquistar a virtuosidade. Compositores como Listz e Czerny acreditavam nessa idéia e<br />

ensinavam seus alunos que depois de muitas repetições de escalas e de outros métodos<br />

mecânicos, sua técnica iria se aprimorando automaticamente. Contudo, houve também<br />

aqueles que discordassem desse pensamento, como Chopin e Schumann. Esses dois<br />

compositores e pianistas em especial preocuparam-se muito com a didática não só quando<br />

ensinavam seus alunos, mas principalmente quando criaram métodos de ensino para eles.<br />

Fomentaram assim a preocupação com a forma com que os professores de piano estavam<br />

ensinando seus alunos e isso se reflete também nas que escreveram para o instrumento.<br />

Hoje se entende que a interpretação deve englobar vários aspectos para ser<br />

completamente dominada. Pode-se dizer que a “interpretação minuciosa” ao piano se<br />

preocupa com aspectos da escrita, harmonia, forma, textura, caráter, articulação, dinâmica,<br />

acentuação e pedalização. Os pontos importantes a serem aprofundados, mencionados<br />

anteriormente, se completam com as convenções características de cada período, como por<br />

exemplo, sobre a escrita e as valorizações harmônicas. Ao incorporar esse conhecimento o<br />

pianista terá o necessário para executar uma boa interpretação, pois não basta o pianista tocar<br />

as notas da partitura corretamente: esse não é um músico, é um mero digitador.<br />

1) Nº4 Biteendes Kind<br />

1.1) Análise harmônica<br />

A obra gira em torno da função de dominante, com isso provoca uma tensão<br />

harmônica que é auditivamente sutil, dando uma sensação de elevação (flutuando), ou<br />

seja, não é algo concreto que se confirma, mas que fica em suspenso. Devido à<br />

sutileza, a audição muitas vezes pode não levar ao interprete a entender que a<br />

primeira frase da peça seja uma dominante que caminha para uma tônica e termina<br />

em uma dominante (V-I-V). Certamente o mesmo teria de ter uma audição aguçada ou<br />

uma intuição consolidada para sentir isso de uma maneira mais intuitiva; ou ele teria<br />

que racionalmente compreender pela digitação no teclado (para isso teria que<br />

dominar ou ter um conhecimento sólido em questão da técnica sensorial no piano,<br />

que também não está desvinculada a audição) ou olhando pela própria partitura, essa<br />

seria a forma analítica que é mais sólida e confiável nesse caso.

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