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Edi - Templo Albano do Amanhecer

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J o r n a l d o J a g u a r<br />

Informativo bimestral da Biblioteca <strong>do</strong> Jaguar - Nº 10 - Vale <strong>do</strong> <strong>Amanhecer</strong>, maio / junho de 2010 - Distribuição gratuita.<br />

JAGUARES DE TODOS OS TEMPOS!<br />

AS HERANÇAS TRANSCENDENTAIS


Jornal <strong>do</strong> Jaguar Maio / Junho de 2010 - Página 2<br />

EDITORIAL<br />

Um sonho a ser<br />

(re) vivi<strong>do</strong><br />

Por Jairo Zelaya Leite,<br />

Diretor da Biblioteca <strong>do</strong> Jaguar<br />

A chegada <strong>do</strong> 1 o de Maio é sempre uma época marcante<br />

para o Vale <strong>do</strong> <strong>Amanhecer</strong>. Tu<strong>do</strong> fica diferente, as pessoas, as<br />

ruas e até o ar, sentimos as energias que chegam, fazen<strong>do</strong>-nos<br />

reviver as nossas heranças transcendentais. As noites ficam<br />

diferentes, com seu ar de mistério e magia, e é nítida a diferença<br />

que sentimos já na noite <strong>do</strong> dia 2. Pudera, nossa Mãe dizia que<br />

uma grande amacê, <strong>do</strong> tamanho de um esta<strong>do</strong>, ja se posiciona<br />

sobre nós uma lua antes <strong>do</strong> ritual.<br />

Também torna-se inevitável, nesses dias, a lembrança<br />

<strong>do</strong> que já vivemos nesta data. Como não sonhar com a visão de<br />

nossa Mãe Clarividente, altiva no Radar, a vislumbrar com seus<br />

olhos profun<strong>do</strong>s toda a tribo posicionada para a grande<br />

celebração? Vemos, com os olhos da lembrança, toda aquela<br />

atmosfera de alegria e de plena espiritualidade vivenciada por<br />

to<strong>do</strong>s. Olhamos para o Radar e vemos a nossa irmã Edelves<br />

fazen<strong>do</strong> a evocação, com to<strong>do</strong> o seu poder transcendental. Vemos<br />

os Trinos Tumuchy e Arakém concentra<strong>do</strong>s, ladean<strong>do</strong> a nossa<br />

Mãe, como velhos contemporâneos daquela rainha. Ao re<strong>do</strong>r,<br />

vemos também os Adjuntos Yucatã, Marabô, Amayã, Cayrã,<br />

Umaytã, to<strong>do</strong>s sorrin<strong>do</strong> e olhan<strong>do</strong> para o céu, com os olhos cheios<br />

de lágrimas, a pedir pelo nosso povo, la<strong>do</strong> a la<strong>do</strong> com seus pares,<br />

que ainda nos ensinam no mun<strong>do</strong> físico.<br />

Em nossas cegueiras terrenas, apesar de to<strong>do</strong>s os<br />

caminhos pelos quais já passamos, de to<strong>do</strong> o conhecimento a<br />

que já pudemos ter acesso, não conhecemos cenário mais<br />

grandioso e transcendental que esse. É comum ouvir de quem<br />

visita o Vale na ocasião, ao ver a entrada triunfal das falanges<br />

missionárias no Solar, estarem diante de exércitos, lanças em<br />

punho, ao retornarem de uma guerra após a conquista. Onde<br />

mais poderíamos encontrar tal realidade, composta por milhares<br />

de médiuns tão firmes na mesma fé?<br />

Isso é o Vale <strong>do</strong> <strong>Amanhecer</strong>! A perfeita síntese da saga<br />

de uma tribo que, exilada de um mun<strong>do</strong> distante por não saber<br />

amar, trilhou uma nova jornada, passo a passo, na <strong>do</strong>r e no<br />

aprendiza<strong>do</strong>, que a sabe<strong>do</strong>ria infinita de Deus traçou. Avante,<br />

Jaguares, forja<strong>do</strong>s nos templos <strong>do</strong>s egípcios, nas pedras <strong>do</strong>s<br />

maias e <strong>do</strong>s incas, na espada <strong>do</strong>s espartanos, no mármore <strong>do</strong>s<br />

romanos, nos castelos feudais, nas cortes medievais, nas<br />

fogueiras <strong>do</strong>s ciganos, nas flechas <strong>do</strong>s tupinambás, na chibata<br />

<strong>do</strong>s engenhos brasileiros! Avante, povo de Seta Branca, que<br />

conheceu o amor e a ira, que perdeu-se na vaidade e no poder, e<br />

que hoje, reuni<strong>do</strong>s no planalto profetiza<strong>do</strong> pelos santos e<br />

Jornal <strong>do</strong> Jaguar<br />

Informativo bimestral da Biblioteca <strong>do</strong> Jaguar<br />

Expediente<br />

Diretor da Biblioteca <strong>do</strong> Jaguar<br />

Jairo Zelaya Leite<br />

Colabora<strong>do</strong>res<br />

Alexandre de Lima Souza<br />

Alisson Coimbra<br />

Chaia Dechen<br />

Emily Pierini<br />

Leônio Matos Gomes<br />

Luana Ferreira<br />

Marcelo Crison Jorge<br />

Marcelo Monteiro Pinto<br />

Marcelo Rodrigues <strong>do</strong>s Reis<br />

Márcio da Silva Santos<br />

Robert Moreira<br />

Impressão: Palavra Comunicação<br />

Tiragem: 3.000 exemplares<br />

Biblioteca <strong>do</strong> Jaguar<br />

CNPJ: 11.725.211/0001-08<br />

Área Especial 01 – Bloco D – Sala 04<br />

Vale <strong>do</strong> <strong>Amanhecer</strong> Planaltina – DF<br />

- Brasil - CEP: 73370-000<br />

Internet: www.biblioteca<strong>do</strong>jaguar.net<br />

E-mail: biblioteca<strong>do</strong>jaguar@gmail.com<br />

Foto: Guilherme Stuckert<br />

sacer<strong>do</strong>tes graças aos olhos de uma mulher que tomou para si as<br />

rédeas <strong>do</strong> carma e fez-se mãe, sigamos a trilha iluminada <strong>do</strong><br />

astral superior, para que tu<strong>do</strong> tenha vali<strong>do</strong> a pena!<br />

Mesmo dividi<strong>do</strong>s no físico, olhemos para os nossos irmãos<br />

com os mesmos olhos de quem deu a sua vida, a sua liberdade e<br />

to<strong>do</strong> o seu amor pela causa da tribo. E façamos com que essa<br />

mãe sinta orgulho de seus filhos, que assimilaram cada uma das<br />

suas lições, que na humildade nada entendem e nada pretendem<br />

além de praticar o que aprenderam.<br />

O Jornal <strong>do</strong> Jaguar tem orgulho de ilustrar um pouco dessa<br />

epopéia, como um espelho a refletir, a quem lê estas linhas, a sua<br />

própria história. E convida a to<strong>do</strong>s, gregos e troianos, a unirem<br />

seus espíritos em torno <strong>do</strong> Grande Oriente de Oxalá que, ao<br />

nascer <strong>do</strong> sol <strong>do</strong> Dia <strong>do</strong> Doutrina<strong>do</strong>r, atende ao apelo da grande<br />

pitonisa e “abre as suas brancas asas e consagra o povo de Seta<br />

Branca na linha indiana-oriental deste <strong>Amanhecer</strong>!”.<br />

Parabéns, Doutrina<strong>do</strong>r! E boa leitura.<br />

Visite o novo site da Biblioteca <strong>do</strong> Jaguar:<br />

http://www.biblioteca<strong>do</strong>jaguar.net<br />

TEMPLOS DO AMANHECER<br />

<strong>Templo</strong> de Formosa<br />

Por Marcelo Crison Jorge, Mestre Luz, Príncipe Maya<br />

Os <strong>Templo</strong>s <strong>do</strong> <strong>Amanhecer</strong> são grandes pronto-socorros,<br />

como disse-nos nossa Mãe, cada qual com uma história feita<br />

de trabalho, sonhos e realizações. Lançamos, nesta edição, a<br />

coluna TEMPLOS DO AMANHECER, onde convidamos os<br />

presidentes e componentes a contarem as histórias de cada<br />

templo, a saga de levar a Doutrina aos quatro cantos deste<br />

planeta. Comecemos, então, com a história <strong>do</strong> <strong>Templo</strong> de<br />

Formosa-GO.<br />

Manoel Rafael de Almeida nos conta que chegou ao Vale<br />

<strong>do</strong> <strong>Amanhecer</strong> no ano de 1974, na época, mora<strong>do</strong>r da cidade de<br />

Formosa - GO, onde era funcionário da Prefeitura dessa cidade.<br />

Inúmeros eram os casos de socorros espirituais em que<br />

os Mestres Manoel Rafael, João Pimentel e Geral<strong>do</strong> Lemos,<br />

personagens dessa história, na época instrutores de Doutrina,<br />

autoriza<strong>do</strong>s por Tia Neiva, chegavam a atender em suas próprias<br />

residências àqueles que os procuravam pelos mais diversos<br />

motivos. O quadro desobsessivo da cidade era tamanho que<br />

foram inúmeros os casos de pessoas que chegavam totalmente<br />

amarradas para serem atendidas. Algo natural para uma cidade<br />

com mais de 150 anos de história e que, em seu início, era<br />

rodeada por fazendas de engenho, sen<strong>do</strong> chamada, na época de<br />

Arraial ou Vila <strong>do</strong>s Couros, pois os viajantes inicialmente<br />

acampavam no local em barracas de couro que traziam, também<br />

para comercializar.<br />

Diante desses fatos e também pelo grande número de<br />

Médiuns da cidade de Formosa que desenvolviam-se e<br />

praticavam sua mediunidade no Vale <strong>do</strong> <strong>Amanhecer</strong>, o que<br />

acarretava um difícil problema de locomoção <strong>do</strong>s mesmos, os<br />

Mestres Manoel Rafael, Geral<strong>do</strong> Lemos e João Pimentel, em<br />

uma conversa com Tia Neiva, pediram a ela que os autorizassem<br />

a construir um <strong>Templo</strong> Externo na cidade de Formosa - GO. Ao<br />

ouvir este pedi<strong>do</strong>, Tia Neiva, “com seu inconfundível olhar”,<br />

respondeu a eles que aguardassem e que posteriormente lhes<br />

daria a resposta.<br />

Cerca de <strong>do</strong>is meses depois, os três Mestres estavam<br />

entran<strong>do</strong> no <strong>Templo</strong> Mãe e foram surpreendi<strong>do</strong>s pela Clarividente,<br />

que informou já ter uma resposta para eles, dizen<strong>do</strong>: “Filhos,<br />

consultei Pai Seta Branca, e este autorizou que fosse construí<strong>do</strong><br />

o <strong>Templo</strong> na cidade de Formosa”. E pediu a eles que procurassem<br />

uma área fora da Cidade para a construção <strong>do</strong> <strong>Templo</strong>.<br />

Após intensa procura, por volta de <strong>do</strong>is meses depois,<br />

como não estavam achan<strong>do</strong> um local definitivo, o Mestre Manoel<br />

Rafael procurou ajuda de um amigo na cidade, o Sr. Raimundinho,<br />

que tinha uma serraria desativada e a cedeu para que<br />

provisoriamente ali fossem realiza<strong>do</strong>s os trabalhos. Esta serraria<br />

localizava-se no local denomina<strong>do</strong> Cabeceira da Volta <strong>do</strong> Brejo,<br />

no final da Rua Visconde de Porto Seguro, na região leste da<br />

cidade de Formosa. Autoriza<strong>do</strong>s por Tia Neiva, no dia 16 de<br />

junho de 1977, às 19:00 horas, foi feita a abertura da Corrente<br />

Mestra na serraria. A carência de auxílio espiritual da cidade<br />

era tamanha que neste dia aconteceria apenas a abertura da<br />

Corrente Mestra, mas ao olharem para trás, os Mestres foram<br />

surpreendi<strong>do</strong>s por uma grande quantidade de pacientes<br />

esperan<strong>do</strong> para serem atendi<strong>do</strong>s. A partir daí, os trabalhos<br />

aconteciam às quartas e sextas-feiras, porque nos finais de<br />

semana os Mestres que podiam iam para o <strong>Templo</strong>-Mãe.<br />

Os Mestres Manoel Rafael, Geral<strong>do</strong> Lemos e João Pimentel,<br />

sempre que tinham oportunidade, conversavam com Tia Neiva,<br />

nesta época mais debilitada por conta da <strong>do</strong>ença que a afligia,<br />

lembran<strong>do</strong>-lhes que estavam sen<strong>do</strong> assisti<strong>do</strong>s por ela em sua<br />

clarividência nos trabalhos realiza<strong>do</strong>s na serraria, e por uma<br />

quantidade imensa de entidades, e os orientava acerca de<br />

detalhes ocorri<strong>do</strong>s nestes trabalhos.<br />

Os trabalhos na serraria duraram por volta de 2 (<strong>do</strong>is)<br />

meses, mas como era de caráter provisório, os Mestres<br />

continuaram procuran<strong>do</strong> um local definitivo para a construção<br />

<strong>do</strong> <strong>Templo</strong>. Eles encontraram um local, mas ao conversarem<br />

com Tia Neiva, ela os disse que já havia consegui<strong>do</strong> um terreno<br />

com então Deputa<strong>do</strong> Estadual Abraão Sabá, o qual tinha<br />

disponibiliza<strong>do</strong> uma área que era destinada para ser uma praça<br />

ou um templo religioso em um novo loteamento no bairro Jardim<br />

Bela Vista, afasta<strong>do</strong> <strong>do</strong> centro de Formosa. A partir daí, os<br />

Mestres de pronto começaram a providenciar material para a<br />

construção <strong>do</strong> primeiro <strong>Templo</strong> <strong>do</strong> <strong>Amanhecer</strong> de Formosa que,<br />

a exemplo <strong>do</strong> <strong>Templo</strong> Mãe, inicialmente foi de palha.<br />

Com o passar <strong>do</strong>s anos, foi designa<strong>do</strong> o Adjunto Jaguaru,<br />

Mestre João Menez para assumir a presidência <strong>do</strong> <strong>Templo</strong>, ten<strong>do</strong><br />

exerci<strong>do</strong> grandiosa missão durante muitos anos. Atualmente, o<br />

Adjunto Ray, Mestre Pedro Car<strong>do</strong>so é o Presidente.<br />

Nesta humilde síntese, sem ater-se a minúcias e<br />

dificuldades, assim ocorreu a história <strong>do</strong> início da fundação <strong>do</strong><br />

<strong>Templo</strong> <strong>do</strong> <strong>Amanhecer</strong> de Formosa. E, através desta história, o<br />

Mestre Manoel Rafael, hoje com 76 anos de idade, presta sua<br />

homenagem aos mestres e amigos desencarna<strong>do</strong>s, Geral<strong>do</strong><br />

Lemos e João Pimentel, pela amizade baseada na conduta<br />

<strong>do</strong>utrinária e pela confiança nas palavras de Koatay 108, Tia<br />

Neiva, bem como a to<strong>do</strong>s aqueles que direta ou indiretamente,<br />

contribuíram para o início desta grandiosa força, o TEMPLO DO<br />

AMANHECER DE FORMOSA – GO.<br />

Esta é a nossa história. Conte-nos a de seu <strong>Templo</strong>! Envie<br />

seu e-mail para biblioteca<strong>do</strong>jaguar@gmail.com


Jornal <strong>do</strong> Jaguar Maio / Junho de 2010 - Página 3<br />

SOB OS OLHOS DA CLARIVIDENTE<br />

Jaguar,<br />

a caminho de Deus<br />

Por Tia Neiva<br />

Jaguares de to<strong>do</strong>s os tempos!<br />

Jaguar, meu filho Jaguar!<br />

A vida promete tu<strong>do</strong>, Salve Deus!<br />

Porém, tu<strong>do</strong> tem você que dar.<br />

Ninfas <strong>do</strong> <strong>Amanhecer</strong>, queridas,<br />

Queridas filhas, lindas em cores,<br />

Filhas, Ninfas, meus amores.<br />

Ninfas luzes! De onde vens?<br />

Daqui... Dali... De longe...Do mar?<br />

Das matas, das planícies, enfim,<br />

À culpa, os amores as fez voltar.<br />

Da península itálica, Jaguar, de onde veio?<br />

Dos Tumuchys? Das pirâmides? Talvez!<br />

Do Delta <strong>do</strong> Nilo, de Amon-rá,<br />

De Ramsés, de Aknatom, <strong>do</strong> triste Vale <strong>do</strong>s Reis?<br />

Das planícies macedônicas pre<strong>do</strong>minância total,<br />

De Esparta à dura espada, Atenas, o mar...<br />

Assírios, Hititas, Dórios, Mesopotâmia,<br />

Grécia e Pérsia, meu filho te veio marcar.<br />

Jaguar! Povo de Seta Branca.<br />

Filósofo Jaguar, Simiromba também,<br />

Jaguar, ciência Tumuchy, filosofia,<br />

Geográficos Jaguares, sol Arakem.<br />

Mago <strong>do</strong> Evangelho. Você meu filho Jaguar,<br />

Como espadas luminosas, transforman<strong>do</strong> a brilhar,<br />

Doutrinan<strong>do</strong>, esperan<strong>do</strong> à sua origem chegar.<br />

Porém, antes, muito antes da montanha branca<br />

ceder,<br />

Passarás naquela estrada que Pai Zé Pedro e Pai<br />

João traçaram,<br />

Mil e Setecentos no Brasil, à Cabala de Ariano,<br />

O caminho geográfico, à velha estrada que ficou.<br />

Passarão os desenganos da evolução de Yara e<br />

Yemanjá<br />

À renúncia de Jurema, de Iracema e Juremá.<br />

De Janaina, Janara e a meiguice de Iramar,<br />

À fuga de Janaina, princesa de alto mar.<br />

Talvez por esta velha estrada, Jaguar,<br />

Muita lágrima nas tristes noites chorou,<br />

Que também nas ricas tendas ciganas,<br />

Violinos, paixões, realizações de amor.<br />

De repente novamente o Império,<br />

Desta vez no Brasil, Jaguar! Consagrou.<br />

Da Sinhazinha, o senhor branco,<br />

À política, os requintes, o <strong>do</strong>utor.<br />

Um dia não mais me verás, porém, meu filho,<br />

Estou rogan<strong>do</strong> a Deus, na jornada de amor,<br />

Ven<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong> em desatinos, seres em busca de luz,<br />

Ouvin<strong>do</strong> Jesus a dizer: Salve Deus, Jaguar<br />

Doutrina<strong>do</strong>r!<br />

Foto: Guilherme Stuckert<br />

VOZ DA EXPERIÊNCIA<br />

No limiar <strong>do</strong> terceiro<br />

milênio<br />

Por Mário Sassi, Trino Triada Tumuchy<br />

Faltam, apenas, vinte e cinco anos para o<br />

ano 2000! Já se passaram, portanto, mil<br />

novecentos e setenta e quatro anos, desde que<br />

Jesus iniciou, com sua vinda ao planeta, o Sistema<br />

Crístico deste ciclo. Daqui mais um quarto de<br />

século, estaremos no Terceiro Milênio, que irá ser,<br />

talvez, o Primeiro Milênio de um outro sistema, a<br />

Era de Aquário.<br />

Para as almas e para os corpos, restam,<br />

provavelmente, apenas esses vinte e cinco anos.<br />

Para os espíritos que habitam essas almas e esses<br />

corpos, haverá novos caminhos a percorrer, novos<br />

corpos e novas almas.<br />

Se tomarmos por base o começo e o fim de<br />

ciclos anteriores, podemos prever transformações<br />

<strong>do</strong>lorosas, drásticas, e o nascimento de novas<br />

formas civilizatórias, novos conceitos de vida.<br />

Nada indica que continuaremos na atual linha de<br />

vida. Os fatos reais evidenciam isso. A demografia<br />

nos apavora com os da<strong>do</strong>s <strong>do</strong> crescimento<br />

populacional. Os Ecologistas nos dão notícias<br />

sombrias da destruição da natureza. A poluição<br />

aumenta drasticamente e, em pouco tempo,<br />

começaremos a sentir os efeitos da poluição<br />

atômica.<br />

Os sistemas políticos e econômicos se tornam, a cada<br />

dia, menos eficientes. O Homem se padroniza e perde sua<br />

individualidade. A liberdade é apenas aparente. Cada vez mais<br />

as almas se enclausuram e se concentram nas neuroses, nas<br />

psicoses e nos vícios autodestrui<strong>do</strong>res. Periodicamente, as<br />

neuroses eclodem coletivas, em guerras e <strong>do</strong>utrinas<br />

extremadas.<br />

A conseqüência direta da desagregação da alma aumenta<br />

a ansiedade pela tranqüilidade <strong>do</strong> espírito. Essa atitude explica<br />

a atual busca mística e religiosa. As religiões tentam ir ao<br />

encontro dessa demanda, mas sua própria infra-estrutura,<br />

apenas humana, psicológica, constitui obstáculo. Falta o<br />

caminho mais seguro, que corresponda à realidade humana,<br />

que sirva de farol às mentes obscurecidas e abra caminho para<br />

o espírito.<br />

Essa situação foi prevista pelo Mestre Jesus, em seus<br />

principais aspetos, numa das poucas profecias que fez: segun<strong>do</strong><br />

um <strong>do</strong>s seus <strong>do</strong>ze apóstolos, Mateus – que também se chamou<br />

Levi –, Jesus havia termina<strong>do</strong> um longo debate no <strong>Templo</strong> de<br />

Jerusalém e fora ter com seus discípulos. Sentaram-se no<br />

Monte das Oliveiras, e os discípulos chamaram sua atenção<br />

para o belo edifício <strong>do</strong> templo, que <strong>do</strong>minava a paisagem. Disselhes<br />

Jesus:<br />

“Vedes tu<strong>do</strong> isto! Em verdade vos digo que não ficará aí<br />

pedra sobre pedra: tu<strong>do</strong> será arrasa<strong>do</strong>. Tomai cuida<strong>do</strong> que ninguém<br />

vos engane! Porque aparecerão muitos em meu nome dizen<strong>do</strong>: eu<br />

sou o Cristo! E a muitos hão de enganar. Ouvireis falar de guerras<br />

e boatos de guerras. Ficai alerta e não vos perturbeis com isso. É<br />

necessário que assim aconteça, mas ainda não é o fim. Porque se<br />

levantará nação contra nação, e reino contra reino: haverá fome,<br />

peste e terremotos por toda parte. Mas tu<strong>do</strong> isto será apenas o<br />

princípio das <strong>do</strong>res. Então vos hão de entregar a atribulação e a<br />

morte. E, por causa <strong>do</strong> meu nome, sereis odia<strong>do</strong>s de to<strong>do</strong>s os<br />

povos. Muitos hão de perder a fé, atraiçoar-se e odiar-se uns aos<br />

outros. Surgirão falsos profetas em grande número, iludin<strong>do</strong> a<br />

muitos. E com o excesso de impiedade, há de a caridade arrefecer<br />

no coração de muitos. Mas, quem perseverar até o fim, será salvo.<br />

Será este Evangelho <strong>do</strong> reino prega<strong>do</strong> no mun<strong>do</strong> inteiro, em<br />

testemunho a to<strong>do</strong>s os povos: só depois disto virá o fim!<br />

Quan<strong>do</strong>, pois, virdes reinar no lugar santo os horrores da<br />

desolação, de que falou o profeta Daniel – atenda a isto o leitor! –<br />

então fujam para os montes os que estiverem na Judéia, e quem se<br />

achar no telha<strong>do</strong> não desça para buscar alguma coisa em casa. E<br />

quem estiver no campo, não volte para buscar o seu manto. Ai das<br />

mulheres que, naqueles dias, andarem grávidas, ou com filhinho ao<br />

peito! Orai para que vossa fuga não incida no inverno nem no dia de<br />

Sába<strong>do</strong>. Então sobreviverá uma atribulação tão grande como não<br />

tem havi<strong>do</strong> igual desde o princípio <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> até agora, nem haverá<br />

igual, jamais. Se aqueles dias não fossem abrevia<strong>do</strong>s, não se salvaria<br />

pessoa alguma, mas aqueles dias serão abrevia<strong>do</strong>s em atenção aos<br />

escolhi<strong>do</strong>s.<br />

Quan<strong>do</strong>, então, alguém vos disser: “eis aqui está o Cristo! Eilo<br />

acolá!”, não acrediteis, porque aparecerão falsos Cristos e falsos<br />

profetas, que farão grandes sinais e prodígios, a ponto de<br />

enganarem, possivelmente, até os escolhi<strong>do</strong>s. Eis que vos ponho<br />

de sobreaviso! Quan<strong>do</strong>, pois, disserem: eis que estais no deserto!<br />

– não saiais. Eis que estais no interior da casa! – não lhe deis<br />

crédito. Pois, assim como o relâmpago que rompe no oriente fuzila<br />

até o ocidente, assim há de ser, também, na vinda <strong>do</strong> Filho <strong>do</strong><br />

Homem. Onde houver carniça, aí se juntam as águias!<br />

Logo depois da atribulação daqueles dias, escurecerá o Sol, e<br />

a Lua dará sua claridade; as estrelas cairão <strong>do</strong> céu, e serão abaladas<br />

as energias <strong>do</strong> firmamento. E então aparecerá no céu o sinal <strong>do</strong> Filho<br />

<strong>do</strong> Homem. Lamentar-se-ão to<strong>do</strong>s os filhos da Terra, e verão o Filho<br />

<strong>do</strong> Homem vin<strong>do</strong>, sobre as nuvens <strong>do</strong> céu, com grande poder e<br />

majestade. Enviará os seus anjos, ao som vibrante da trombeta, e<br />

ajuntarão os seus escolhi<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s quatro pontos cardeais, de uma<br />

extremidade <strong>do</strong> céu até a outra.<br />

Aprendei isto por uma semelhança tirada da figueira: quan<strong>do</strong><br />

os seus ramos se vão enchen<strong>do</strong> de seiva e brotan<strong>do</strong> folhas, sabeis<br />

que está próximo o verão. Do mesmo mo<strong>do</strong>, quan<strong>do</strong> presenciardes<br />

tu<strong>do</strong> isto, sabei que está à porta. Em verdade vos digo que não<br />

passará esta<br />

geração sem que<br />

tu<strong>do</strong> isto aconteça.<br />

O Céu e a Terra<br />

passarão, mas não<br />

hão de passar as<br />

minhas palavras.<br />

Aquele dia, porém, e<br />

aquela hora,<br />

ninguém os<br />

conhece, nem<br />

mesmo os anjos <strong>do</strong><br />

Céu, mas, tão<br />

somente, o Pai!<br />

“O Mediunismo é, apenas,<br />

um <strong>do</strong>s componentes <strong>do</strong> Sistema<br />

Crístico. Ele não invalida os<br />

aspectos anteriores, as religiões,<br />

as iniciações e as <strong>do</strong>utrinas.<br />

Apenas estabelece uma nova<br />

perspectiva”<br />

Foto: Guilherme Stuckert<br />

Como foi nos tempos de Noé, assim há de ser quan<strong>do</strong> vier o<br />

Filho <strong>do</strong> Homem. Nos dias que precederam o dilúvio, a gente comia<br />

e bebia, casava e dava em casamento, até o dia em que Noé entrou<br />

na arca. E não atinaram, até que veio o dilúvio e os arrebatou a<br />

to<strong>do</strong>s. Bem assim há de ser por ocasião <strong>do</strong> advento <strong>do</strong> Filho <strong>do</strong><br />

Homem. De <strong>do</strong>is que se acharem no campo, um será admiti<strong>do</strong> e o<br />

outro deixa<strong>do</strong> de parte; de duas mulheres que estiverem moen<strong>do</strong> no<br />

moinho, uma será admitida e a outra deixada de parte. Alerta, pois!<br />

Porque não conhecereis o dia em que virá o vosso Senhor. Atendeis<br />

a isto: se o pai de família soubesse em que hora da noite havia de<br />

vir o ladrão, decerto vigiaria e não o deixaria penetrar em sua casa.<br />

Ficais, pois, alertas também vós, porque o Filho <strong>do</strong> Homem virá<br />

numa hora em que não O esperais” (Mateus, 24-2/44)<br />

A pequena diferença na forma como essa profecia nos é<br />

relatada por Lucas e Marcos, a confirma em sua essência.<br />

Destaca-se, nela, a menção de um ciclo anterior, cujo símbolo<br />

foi a arca de Noé. A palavra “geração”, evidentemente, se referia<br />

ao sistema <strong>do</strong> ciclo atual, e assim por diante. Com um pouco de<br />

cautela no problema da semântica e das traduções, poderemos<br />

tirar, dessa advertência de Jesus, um quadro acura<strong>do</strong> da<br />

realidade atual.<br />

Qual seria a intenção de Jesus ao traçar um quadro tão<br />

sombrio?<br />

A resposta poderá ser encontrada por cada pessoa, na<br />

dependência da perspectiva como olha as coisas <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>.<br />

Um fato se evidencia no Evangelho: “O meu Reino não é deste<br />

mun<strong>do</strong>!” O reino menciona<strong>do</strong> pelo Mestre Jesus, às vezes<br />

substituí<strong>do</strong> pela palavra “céu”, se refere à tranqüilidade <strong>do</strong><br />

espírito, à “paz verdadeira”, que pode ser obtida pelo ser humano<br />

qualquer que seja a situação que o cerque.<br />

Sempre que a vibração <strong>do</strong> espírito pre<strong>do</strong>mina, a psique e<br />

o corpo se tornam secundários. Como conseqüência direta dessa<br />

afirmativa, qualquer ser humano pode ser feliz e tranqüilo,<br />

mesmo que o mun<strong>do</strong> esteja se desmoronan<strong>do</strong> em torno.<br />

Mas, para que isso possa ser obti<strong>do</strong>, é necessário que<br />

haja o méto<strong>do</strong>, o sistema, as setas indicativas <strong>do</strong> caminho. É<br />

por isso, talvez, que surge a expressão Sistema Crístico, pois<br />

sistema é um corpo de <strong>do</strong>utrinas cujas partes são todas dirigidas<br />

para o mesmo fim. Tem, portanto, o aspecto dinâmico que se<br />

adapta a cada etapa <strong>do</strong> fim a que se destina.<br />

O Mediunismo é, apenas, um <strong>do</strong>s componentes <strong>do</strong> Sistema<br />

Crístico. Ele não invalida os aspectos anteriores, as religiões,<br />

as iniciações e as <strong>do</strong>utrinas. Apenas estabelece uma nova<br />

perspectiva, melhor adaptada ao quadro atual. O Homem de<br />

hoje não se satisfaz, apenas, com a forma. As religiões são<br />

excessivamente formais, estratificadas. O Mediunismo desce<br />

às essências, e pouco se preocupa com a forma. O que interessa<br />

nele é que o ser humano possa se encontrar, individualmente,<br />

e tenha um bom instrumental para equacionar sua vida, que é<br />

sempre única e inimitável.<br />

Penetremos, seguros, no limiar <strong>do</strong> Terceiro Milênio!


Jornal <strong>do</strong> Jaguar Maio / Junho de 2010 - Página 4<br />

VOZ DIRETA<br />

As Raças Adâmicas<br />

Por Francisco Cândi<strong>do</strong> Xavier, pelo espírito Emmanuel<br />

Em meio às comemorações pelo centenário de<br />

nascimento <strong>do</strong> grande médium mineiro Chico Xavier, o Jornal <strong>do</strong><br />

Jaguar presta sua homenagem, transcreven<strong>do</strong> o terceiro capítulo<br />

da obra “A Caminho da Luz”, leitura obrigatória para os que<br />

querem saber mais sobre a história da humanidade. Informações<br />

revela<strong>do</strong>ras daquele que, assim como nossa Mãe Clarividente,<br />

nos aponta Capela como a nossa origem.<br />

O SISTEMA DE CAPELA<br />

Nos mapas zodiacais, que os astrônomos terrestres<br />

compulsam em seus estu<strong>do</strong>s, observa-se desenhada uma grande<br />

estrela na Constelação <strong>do</strong> Cocheiro, que recebeu, na Terra, o<br />

nome de Cabra ou Capela. Magnífico sol entre os astros que<br />

nos são mais vizinhos, ela, na sua trajetória pelo Infinito, fazse<br />

acompanhar, igualmente, da sua família de mun<strong>do</strong>s, cantan<strong>do</strong><br />

as glórias divinas <strong>do</strong> Ilimita<strong>do</strong>. A sua luz gasta cerca de 42<br />

anos para chegar à face da Terra, consideran<strong>do</strong>-se, desse mo<strong>do</strong>,<br />

a regular distância existente entre a Capela e o nosso planeta,<br />

já que a luz percorre o espaço com avelocidade aproximada de<br />

300.000 quilômetros por segun<strong>do</strong>.<br />

Quase to<strong>do</strong>s os mun<strong>do</strong>s que lhe são dependentes já se<br />

purificaram física e moralmente, examinadas as condições de<br />

atraso moral da Terra, onde o homem se reconforta com as<br />

vísceras <strong>do</strong>s seus irmãos inferiores, como nas eras préhistóricas<br />

de sua existência, marcham uns contra os outros ao som de<br />

hinos guerreiros, desconhecen<strong>do</strong> os mais comezinhos princípios<br />

de fraternidade e pouco realizan<strong>do</strong> em favor da extinção <strong>do</strong><br />

egoísmo, da vaidade, <strong>do</strong> seu infeliz orgulho.<br />

UM MUNDO EM TRANSIÇÕES<br />

Há muitos milênios, um <strong>do</strong>s orbes da Capela, que guarda<br />

muitas afinidades com o globo terrestre, atingira a culminância<br />

de um <strong>do</strong>s seus extraordinários ciclos evolutivos.<br />

As lutas finais de um longo aperfeiçoamento estavam<br />

delineadas, como ora acontece convosco, relativamente às<br />

transições esperadas no século XX, neste crepúsculo de<br />

civilização.<br />

Alguns milhões de Espíritos rebeldes lá existiam, no<br />

caminho da evolução geral, dificultan<strong>do</strong> a consolidação das<br />

penosas conquistas daqueles povos cheios de piedade e<br />

virtudes, mas uma ação de saneamento geral os alijaria daquela<br />

humanidade, que fizera jus à concórdia perpétua, para a<br />

edificação <strong>do</strong>s seus eleva<strong>do</strong>s trabalhos As grandes<br />

comunidades espirituais, diretoras <strong>do</strong> Cosmos, deliberam, então,<br />

localizar aquelas entidades, que se tornaram pertinazes no crime,<br />

aqui na Terra longínqua, onde aprenderiam a realizar, na <strong>do</strong>r e<br />

nos trabalhos penosos <strong>do</strong> seu ambiente, as grandes conquistas<br />

<strong>do</strong> coração e impulsionan<strong>do</strong>, simultaneamente, o progresso <strong>do</strong>s<br />

seus irmãos inferiores.<br />

ESPÍRITOS EXILADOS NA TERRA<br />

Foi assim que Jesus recebeu, à luz <strong>do</strong> seu reino de amor<br />

e de justiça, aquela turba de seres sofre<strong>do</strong>res e infelizes.<br />

Com a sua palavra sábia e compassiva, exortou essas almas<br />

desventuradas à edificação da consciência pelo cumprimento<br />

<strong>do</strong>s deveres de solidariedade e de amor, no esforço regenera<strong>do</strong>r<br />

de si mesmas.<br />

Mostrou-lhes os campos imensos de luta que se<br />

des<strong>do</strong>bravam na Terra, envolven<strong>do</strong>-as no halo bendito da sua<br />

misericórdia e da sua caridade sem limites.<br />

Abençoou-lhes as lágrimas santifica<strong>do</strong>ras, fazen<strong>do</strong>-lhes sentir<br />

os sagra<strong>do</strong>s triunfos <strong>do</strong> futuro e prometen<strong>do</strong>-lhes a sua<br />

colaboração cotidiana e a sua vinda no porvir.<br />

Aqueles seres angustia<strong>do</strong>s e aflitos, que deixavam atrás<br />

de si to<strong>do</strong> um mun<strong>do</strong> de afetos, não obstante os seus corações<br />

empederni<strong>do</strong>s na prática <strong>do</strong> mal, seriam degreda<strong>do</strong>s na face<br />

obscura <strong>do</strong> planeta terrestre; andariam despreza<strong>do</strong>s na noite<br />

<strong>do</strong>s milênios da saudade e da amargura; reencarnariam no seio<br />

das raças ignorantes e primitivas, a lembrarem o paraíso perdi<strong>do</strong><br />

nos firmamentos distantes.<br />

Por muitos séculos não veriam a suave luz da Capela,<br />

mas trabalhariam na Terra acaricia<strong>do</strong>s por Jesus e conforta<strong>do</strong>s<br />

na sua imensa misericórdia.<br />

FIXAÇÃO DOS CARACTERES RACIAIS<br />

Com o auxílio desses Espíritos degreda<strong>do</strong>s, naquelas<br />

eras remotíssimas, as falanges <strong>do</strong> Cristo operavam ainda as<br />

últimas experiências sobre os flui<strong>do</strong>s renova<strong>do</strong>res da vida,<br />

aperfeiçoan<strong>do</strong> os caracteres biológicos das raças humanas.<br />

A Natureza ainda era, para os trabalha<strong>do</strong>res da<br />

espiritualidade, um campo vasto de experiências infinitas; tanto<br />

assim que, se as observações <strong>do</strong> mendelismo fossem<br />

transferidas àqueles milênios distantes, não se encontraria<br />

nenhuma equação definitiva nos seus estu<strong>do</strong>s de biologia. A<br />

moderna genética não poderia fixar, como hoje, as expressões<br />

<strong>do</strong>s “genes”, porqüanto, no laboratório das forças invisíveis, as<br />

células ainda sofriam longos processos de acrisolamento,<br />

imprimin<strong>do</strong>-se-lhes elementos de astralidade, consolidan<strong>do</strong>se-lhes<br />

as expressões definitivas, com vistas às organizações<br />

<strong>do</strong> porvir.<br />

Se a gênese <strong>do</strong> planeta se processara com a cooperação<br />

<strong>do</strong>s milênios, a gênese das raças humanas requeria a<br />

contribuição <strong>do</strong> tempo, até que se aban<strong>do</strong>nasse a penosa e<br />

longa tarefa da sua fixação.<br />

ORIGEM DAS RAÇAS BRANCAS<br />

Aquelas almas aflitas e atormentadas reencarnaram,<br />

proporcionalmente, nas regiões mais importantes, onde se<br />

haviam localiza<strong>do</strong> as tribos e famílias primitivas, descendentes<br />

<strong>do</strong>s “primatas”, a que nos referimos ainda há pouco. Com a sua<br />

reencarnação no mun<strong>do</strong> terreno, estabeleciam-se fatores<br />

definitivos na história etnológica <strong>do</strong>s seres.<br />

Um grande acontecimento se verificara no planeta é<br />

que, com essas entidades, nasceram no orbe os ascendentes<br />

das raças brancas.<br />

Em sua maioria, estabeleceram-se na Ásia, de onde<br />

atravessaram o istmo de Suez para a África, na região <strong>do</strong> Egito,<br />

encaminhan<strong>do</strong>-se igualmente para a longínqua Atlântida, de<br />

que várias regiões da América guardam assinala<strong>do</strong>s vestígios.<br />

Não obstante as lições recebidas da palavra sábia e<br />

mansa <strong>do</strong> Cristo, os homens brancos olvidaram os seus<br />

sagra<strong>do</strong>s compromissos.<br />

Grande percentagem daqueles Espíritos rebeldes, com<br />

muitas exceções, só puderam voltar ao país da luz e da verdade<br />

depois de muitos séculos de sofrimentos expiatórios; outros,<br />

porém, infelizes e retrógra<strong>do</strong>s, permanecem ainda na Terra, nos<br />

dias que correm, contrarian<strong>do</strong> a regra geral, em virtude <strong>do</strong> seu<br />

eleva<strong>do</strong> passivo de débitos clamorosos.<br />

QUATRO GRANDES POVOS<br />

As raças adâmicas guardavam vaga lembrança da sua<br />

situação pregressa, tecen<strong>do</strong> o hino sagra<strong>do</strong> das reminiscências.<br />

As tradições <strong>do</strong> paraíso perdi<strong>do</strong> passaram de gerações<br />

a gerações, até que ficassem arquivadas nas páginas da Bíblia.<br />

mun<strong>do</strong> distante da Capela, com o transcurso <strong>do</strong>s anos reuniramse<br />

em quatro grandes grupos que se fixaram depois nos povos<br />

mais antigos, obedecen<strong>do</strong> às afinidades sentimentais e<br />

lingüísticas que os associavam na constelação <strong>do</strong> Cocheiro.<br />

Uni<strong>do</strong>s, novamente, na esteira <strong>do</strong> Tempo, formaram desse mo<strong>do</strong><br />

o grupo <strong>do</strong>s árias, a civilização <strong>do</strong> Egito, o povo de Israel e as<br />

castas da Índia.<br />

Dos árias descende a maioria <strong>do</strong>s povos brancos da<br />

família in<strong>do</strong>-européia nessa descendência, porém, é necessário<br />

incluir os latinos, os celtas e os gregos, além <strong>do</strong>s germanos e<br />

<strong>do</strong>s eslavos.<br />

As quatro grandes massas de degreda<strong>do</strong>s formaram os<br />

pródromos de toda a organização das civilizações futuras,<br />

introduzin<strong>do</strong> os mais largos benefícios no seio da raça amarela<br />

e da raça negra, que já existiam.<br />

É de grande interesse o estu<strong>do</strong> de sua movimentação no<br />

curso da História.<br />

Através dessa análise, é possível examinarem-se os<br />

defeitos e virtudes que trouxeram <strong>do</strong> seu paraíso longínquo,<br />

bem como os antagonismos e idiossincrasias peculiares a cada<br />

qual.<br />

AS PROMESSAS DO CRISTO<br />

Ten<strong>do</strong> ouvi<strong>do</strong> a palavra <strong>do</strong> Divino Mestre antes de se<br />

estabelecerem no mun<strong>do</strong>, as raças adâmicas, nos seus grupos<br />

insula<strong>do</strong>s, guardaram a reminiscência das promessas <strong>do</strong> Cristo,<br />

que, por sua vez, as fortaleceu no seio das massas, envian<strong>do</strong>lhes<br />

periodicamente os seus missionários e mensageiros.<br />

Eis por que as epopéias <strong>do</strong> Evangelho foram previstas e<br />

cantadas alguns milênios antes da vinda <strong>do</strong> Sublime Emissário.<br />

Os envia<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Infinito falaram, na China milenária, da celeste<br />

figura <strong>do</strong> Salva<strong>do</strong>r, muitos séculos antes <strong>do</strong> advento de Jesus.<br />

Os inicia<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Egito esperavam-no com as suas profecias. Na<br />

Pérsia, idealizaram a sua trajetória, anteven<strong>do</strong>-lhe os passos<br />

nos caminhos <strong>do</strong> porvir; na Índia védica, era conhecida quase<br />

toda a história evangélica, que o sol <strong>do</strong>s milênios futuros<br />

iluminaria na região escabrosa da Palestina, e o povo de Israel,<br />

durante muitos séculos, cantou-lhe as glórias divinas, na<br />

exaltação <strong>do</strong> amor e da resignação, da piedade e <strong>do</strong> martírio,<br />

através da palavra de seus profetas mais eminentes.<br />

Uma secreta intuição iluminava o espírito divinatório<br />

das massas populares. To<strong>do</strong>s os povos O esperavam em seu<br />

seio acolhe<strong>do</strong>r; to<strong>do</strong>s O queriam, localizan<strong>do</strong> em seus caminhos<br />

a sua expressão sublime e divinizada. Todavia, apesar de surgir<br />

um dia no mun<strong>do</strong>, como Alegria de to<strong>do</strong>s os tristes e Providência<br />

de to<strong>do</strong>s os infortuna<strong>do</strong>s, à sombra <strong>do</strong> trono de Jessé, o Filho de<br />

Deus em todas as circunstâncias seria o Verbo de Luz e de<br />

Amor <strong>do</strong> Princípio, cuja genealogia se confunde na poeira <strong>do</strong>s<br />

sóis que rolam no Infinito.<br />

VOCÊ SABIA?<br />

O bilhete de Chico<br />

Por Carmem Lúcia Zelaya, 1 a Muruaicy<br />

“À prezada irmã Neiva, rogan<strong>do</strong> as suas preces em meu favor.<br />

Seu irmão e reconheci<strong>do</strong>, Chico Xavier. Goiás, 2-9-74”<br />

Busquei no acervo este bilhete envia<strong>do</strong> à nossa Mãe<br />

Clarividente pelo grande missionário Chico Xavier, mas, não me<br />

lembro quem foi o porta<strong>do</strong>r, infelizmente. Len<strong>do</strong>-o temos a certeza<br />

da admiração e <strong>do</strong> respeito que havia entre ambos, apesar de<br />

nunca terem se encontra<strong>do</strong> fisicamente.<br />

Fica aqui registrada a nossa homenagem ao médium<br />

mineiro que, assim como Tia Neiva, viveu para trazer aos<br />

encarna<strong>do</strong>s a mensagem de amor e de esperança da<br />

Espiritualidade Maior.


Jornal <strong>do</strong> Jaguar Maio / Junho de 2010 - Página 5<br />

ESPECIAL<br />

Heranças<br />

Transcendentais<br />

Por Marcelo Reis, Adjunto Urano<br />

Dou início à presente reflexão ao tempo em que recorro<br />

ao filósofo romano Marco Túlio Cícero, reconheci<strong>do</strong> como um<br />

<strong>do</strong>s maiores ora<strong>do</strong>res da Antiguidade. Cícero se referia à<br />

história como sen<strong>do</strong> “testemunha <strong>do</strong>s tempos, luz da verdade,<br />

vida da memória, mestra da vida, mensageira <strong>do</strong> passa<strong>do</strong>”.<br />

Inspira<strong>do</strong> pelas palavras <strong>do</strong> pensa<strong>do</strong>r romano, sou da opinião<br />

de que a história <strong>do</strong>s Jaguares, em linhas gerais, corresponde<br />

às heranças transcendentais que nos dão ânimo e nos inspiram<br />

em nossa continuada trajetória evolutiva.<br />

Nossas heranças, portanto, servem de testemunho das<br />

encarnações a que demos vigor, iluminam as verdades pelas<br />

quais devemos nos orientar, vitalizam de mo<strong>do</strong> contínuo as<br />

memórias das experiências encarnatórias que nos precedem,<br />

atuam como mestras que nos advertem <strong>do</strong> seguro itinerário a<br />

cumprir e, por fim, ininterruptamente, empenham-se em nos<br />

conscientizar <strong>do</strong>s êxitos e de nossos desatinos passa<strong>do</strong>s.<br />

O repertório de nossa bagagem transcendental não cuida<br />

apenas de informar os vínculos cármicos pelos quais nos<br />

responsabilizamos, mas, ainda, importa complementar,<br />

proporciona senti<strong>do</strong>s aos rituais que desenvolvemos, provoca<br />

nosso empenho <strong>do</strong>utrinário e, em síntese, consagra o espírito<br />

de unidade que caracteriza e ao mesmo tempo individualiza a<br />

tribo Jaguar.<br />

Deixemo-nos por algum momento percorrer o solo da<br />

história. Numerosas e marcantes são as passagens históricas<br />

que se oferecem a delinear a trajetória <strong>do</strong> Jaguar por este plano<br />

físico. Da soma dessas experiências resulta um acervo de<br />

heranças a que nos deteremos em distinguir resumidamente.<br />

Isso porque, reafirmo, o senti<strong>do</strong> de unidade que distingue a<br />

tribo Jaguar emana dessas heranças que nos enlaçam e nos<br />

posicionam sob o signo da comunhão.<br />

Nossas narrativas de origem, tão bem descritas por uma<br />

série de registros proporciona<strong>do</strong>s pelo Mestre Tumuchy, e ao<br />

mesmo tempo referenda<strong>do</strong>s pela Clarividente e comunica<strong>do</strong>s<br />

pela Espiritualidade Maior, apresentam-nos com algum<br />

detalhamento o exílio sofri<strong>do</strong> pelos capelinos, a colonização da<br />

Terra desempenhada pelos Equitumans, o avanço tecnológico<br />

e científico experimenta<strong>do</strong> pelos Tumuchys e a participação<br />

<strong>do</strong>s Jaguares na definição <strong>do</strong>s povos que implantariam as<br />

primeiras civilizações de que tem notícia a história em sua<br />

versão oficialmente reconhecida.<br />

No entanto, a trajetória <strong>do</strong>s que migraram de Capela<br />

com destino à Terra não se encerraria com o alvorecer das<br />

culturas civilizacionais da Antiguidade. Passagens históricas<br />

outras informam o nosso transcendente, assim como seus traços<br />

e lega<strong>do</strong>s correspondentes. Dessas vivências, acumulou o<br />

Jaguar um repertório de aprendiza<strong>do</strong>s e de tradições que nos<br />

interessa minimamente evocar. Preliminarmente, importa fazer<br />

referência à religiosidade acentuada alcançada pela civilização<br />

<strong>do</strong> Antigo Egito. Exemplos dessa disposição para o sagra<strong>do</strong><br />

egípcia podem ser reconheci<strong>do</strong>s se mencionarmos a experiência<br />

monoteísta inspirada pelo faraó Akhenaton, que, com a rainha<br />

Nefertiti, integrou o casal solar. Dos egípcios antigos ainda<br />

merecem nota a soberania alcançada pelos Ramsés, a necrópole<br />

<strong>do</strong> Vale <strong>do</strong>s Reis e a projeção iniciática e hieroglífica <strong>do</strong> divino<br />

Amon-Rá. Dos gregos: de um la<strong>do</strong>, o espírito combativo, a<br />

disciplina rigorosa e o ânimo enérgico <strong>do</strong>s espartanos; de outro,<br />

o prelúdio da democracia, a valorização <strong>do</strong> saber e o senti<strong>do</strong> de<br />

cidadania característicos <strong>do</strong>s atenienses.<br />

Ao observarmos uma seqüência cronológica, poderíamos<br />

listar um número ainda maior de lega<strong>do</strong>s proporciona<strong>do</strong>s por<br />

povos históricos em relação aos quais os jaguares se integraram<br />

ou, de mo<strong>do</strong> mais particular, cuidaram de dar vida. Desses<br />

lega<strong>do</strong>s, destacamos: o ímpeto expansionista que resultou na<br />

formação e na consolidação <strong>do</strong> Império Romano e precipitou, à<br />

frente, a afirmação <strong>do</strong> advento da Cristandade; os destaca<strong>do</strong>s<br />

conhecimentos astronômicos e o permanente culto aos deuses<br />

desenvolvi<strong>do</strong> pela civilização <strong>do</strong>s Maias; a alegria singular, o<br />

aperfeiçoamento das solidariedades como princípio, a ênfase<br />

na liberdade, o profetismo e o senti<strong>do</strong> tribal cultiva<strong>do</strong> pelos<br />

ciganos – em especial pelos Katshimoshy; a rica passagem de<br />

Angical, que, sublinho, assinalou e consagrou a magia <strong>do</strong>s nagôs<br />

e <strong>do</strong>s Enoques, afirmou os encantos das princesas na Cachoeira<br />

<strong>do</strong> Jaguar e testemunhou o compromisso missionário assumi<strong>do</strong><br />

pelo espírito de Natacha em prol da criação <strong>do</strong> Doutrina<strong>do</strong>r.<br />

Importa uma questão: o que resultou dessas<br />

experiências <strong>do</strong> homem no tempo? Respostas de tom análogo<br />

nos vêm à mente: o definhamento <strong>do</strong> esplen<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Antigo Egito,<br />

o apagamento da civilização helênica clássica, a supressão <strong>do</strong><br />

império romano, a extinção enigmática e abrupta da civilização<br />

maia, os enfrentamentos entre os Ferreiras e os Pereiras no<br />

povoa<strong>do</strong> de Angical e a traumática divisão vivida por aqueles<br />

que pertenceram à tribo <strong>do</strong>s Katshimoshy.<br />

Ou seja, observadas em perspectiva e em conjunto,<br />

essas passagens nos advertem da implacável efemeridade física<br />

<strong>do</strong>s enre<strong>do</strong>s humanos. Ponderada a máxima evangélica<br />

assinalada por Jesus, o Verbo Encarna<strong>do</strong>, poderíamos sugerir<br />

que nosso reino, definitivamente, não é deste mun<strong>do</strong>. Estamos<br />

pauta<strong>do</strong>s fundamentalmente pelo anseio de retorno às nossas<br />

origens. Mas, para tanto, devemos nos desvencilhar das amarras<br />

cármicas a que estamos cingi<strong>do</strong>s. Mesmo porque, enten<strong>do</strong> ser<br />

oportuno reconhecer e sublinhar: não herdamos dessas<br />

experiências históricas anteriormente relatadas apenas<br />

aspectos positivos, mas por meio delas também nos<br />

comprometemos espiritualmente.<br />

Admitida a consciência de nosso endividamento cármico<br />

e reconhecida a maturidade espiritual proveniente da soma das<br />

encarnações por nós protagonizadas, resta-nos, como resposta<br />

ao propósito evolutivo compartilha<strong>do</strong> por to<strong>do</strong>s os jaguares,<br />

insistir com nosso empenho missionário, este que se apresenta<br />

como o único instrumento capaz de proporcionar de mo<strong>do</strong> efetivo<br />

a reintegração <strong>do</strong> ser encarna<strong>do</strong> com as determinações divinas.<br />

Devemos, portanto, incentivar a realização <strong>do</strong>s trabalhos<br />

mediúnicos com o propósito de intensificar o resgate dessas<br />

heranças e, assim, alcançarmos a to<strong>do</strong>s aqueles que de nós<br />

esperam o reajuste ou mesmo a oportunidade de se reconduzir<br />

espiritualmente. Em síntese, esse patrimônio espiritual, a um<br />

só tempo, habilita-nos a seguir a marcha evolutiva e nos exige<br />

o cumprimento de nossos compromissos cármicos e<br />

missionários.<br />

Isso posto, por agora, enten<strong>do</strong> ser providencial dar lugar<br />

à sabe<strong>do</strong>ria originada de nossas matrizes <strong>do</strong>utrinárias de sorte<br />

a enriquecer verdadeiramente esta reflexão de que me ocupo.<br />

Mario Sassi, o “Mestre Tumuchy”, por meio da exatidão de suas<br />

palavras e de sua ampla visão espiritual, confiou-nos um<br />

raciocínio que traduz com acerto e fidelidade a importância das<br />

heranças transcedentais para o desenvolvimento de nossa<br />

missão encarnatória. Referiu-se ao Jaguar o Tumuchy nos<br />

seguintes termos:<br />

(...) seu espírito tem a experiência de muitas<br />

encarnações, de experiências vividas durante milhares de anos.<br />

Ele tem a experiência acumulada de 20 ou 30 encarnações<br />

diferentes (...) O Vale existe para reavivar sua memória<br />

A ação dessas heranças, dessa bagagem<br />

de que é porta<strong>do</strong>r o homem<br />

a caminho de Deus, faz-se essencial<br />

em seus propósitos evolutivos.<br />

espiritual, a principal coisa que ele vai lhe ensinar é a retomada<br />

de contato com seu próprio espírito.<br />

Em reforço ao que apresentei anteriormente, de mo<strong>do</strong><br />

diligente, é Mario Sassi, uma vez mais, aquele que se dedica a<br />

construir uma reflexão interessada em nos conscientizar acerca<br />

da importância dessas múltiplas heranças pelos jaguares<br />

constituídas em uma seqüência de roupagens encarnatórias:<br />

Aos poucos esses espíritos [alguns desses, hoje,<br />

integram-se à <strong>do</strong>utrina <strong>do</strong> <strong>Amanhecer</strong>] foram (...) nascen<strong>do</strong> em<br />

meio aos povos e nações que eles haviam ajuda<strong>do</strong> a criar. A<br />

partir daí podemos entrar na História e identificar razoavelmente<br />

as civilizações que se seguiram até nossa época. Nomes como<br />

Chineses, Caldeus, Assírios, Persas, Hititas, Fenícios, Dórios,<br />

Incas, Assírios, Astecas, Gregos e etc., já nos são familiares<br />

pela História. Nessas raças e povos, através de milhares de<br />

anos, esses experimenta<strong>do</strong>s espíritos [que, segun<strong>do</strong> o Vale,<br />

seriam originários de Capela e dispunham de um grau evolutivo<br />

acima <strong>do</strong>s demais que na Terra se encontravam personifica<strong>do</strong>s]<br />

acabavam sempre por ocuparem posições de man<strong>do</strong> e se<br />

destacavam como reis, nobres, dita<strong>do</strong>res, cientistas, artistas<br />

e políticos.<br />

Por tu<strong>do</strong> isso, confio que as heranças transcendentais<br />

assumam uma posição de centralidade quan<strong>do</strong> nos ocupamos<br />

de ousar compreender a Doutrina <strong>do</strong> <strong>Amanhecer</strong>, sua visão de<br />

mun<strong>do</strong> particular e seu momento histórico atual. To<strong>do</strong> o<br />

panorama <strong>do</strong>utrinário em que nos inscrevemos e nosso<br />

comprometimento e empenho espirituais se encontram<br />

enlaça<strong>do</strong>s com as heranças de que é porta<strong>do</strong>ra a tribo Jaguar.<br />

Séculos de caminhada e amadurecimento espiritual nos cobram<br />

implacavelmente a retomada de nossas heranças<br />

transcendentais. Como sentenciou a clarividente ao se referir<br />

aos nossos antepassa<strong>do</strong>s, com os quais nos reencontramos:<br />

“Removen<strong>do</strong> séculos, encontraremos, <strong>do</strong>s nossos<br />

antepassa<strong>do</strong>s, suas heranças nos destinos que nos cercam”.<br />

Ocupemo-nos <strong>do</strong> contexto <strong>do</strong>utrinário <strong>do</strong> <strong>Amanhecer</strong>,<br />

especificamente de sua cena ritualística. Há nos rituais uma<br />

espécie de reavivamento dessa memória espiritual a que o<br />

sau<strong>do</strong>so Tumuchy fez menção. Uma expectativa e uma<br />

disposição permanentes de reabilitar esse patrimônio<br />

transcendente. Quan<strong>do</strong> nos referimos aos rituais<br />

desempenha<strong>do</strong>s na <strong>do</strong>utrina <strong>do</strong> <strong>Amanhecer</strong> como cabalísticos,<br />

estamos, entre outras coisas, reconhecen<strong>do</strong> a possibilidade de<br />

acesso à bagagem transcendental. O poder cabalístico <strong>do</strong><br />

<strong>Amanhecer</strong> é aquele que autoriza e viabiliza a transferência e a<br />

instalação das heranças transcendentais. Tratam-se de<br />

heranças de forças responsáveis por municiar o corpo mediúnico<br />

e, conseqüentemente, proporcionar sustentação às realizações<br />

mediúnicas.<br />

Em resumo e uma vez mais, os rituais <strong>do</strong> <strong>Amanhecer</strong>,<br />

recorrentemente, evocam as heranças transcendentais.<br />

Integram essas heranças. Ocupam-se dessas heranças.<br />

Servem-se dessas heranças. Ao se referir ao ritual de Abatá,<br />

por exemplo, Tia Neiva esclareceu que a abertura <strong>do</strong>s canais<br />

de emissão <strong>do</strong>s médiuns proporciona maior fluxo de heranças,<br />

que nos chegam em favor <strong>do</strong>s trabalhos espirituais.<br />

Outra questão que se apresenta como essencial para a<br />

nossa ponderação é aquela que considera a paridade entre<br />

bagagem transcendental e charme. As heranças<br />

transcendentais, revelou-nos Tia Neiva, constituem nosso<br />

charme, um acervo de forças que remontam às nossas origens<br />

e experiências evolutivas. O charme, inclusive, segun<strong>do</strong> revelou<br />

ainda a Clarividente, corresponde a uma forma de energia<br />

indispensável à nossa permanência na Terra6. Ao oportunizar o<br />

cumprimento de nossos comprometimentos cármicos, o charme<br />

desempenha ainda a função de dar forma e de nos ajustar a<br />

nossa programação encarnatória.<br />

Ainda acerca <strong>do</strong>s ritos, merece destaque o Julgamento<br />

Transcendental. Nele assume um papel de extrema importância<br />

a Condessa Natanry, “Testemunha <strong>do</strong>s tempos”. Por ocasião da<br />

realização <strong>do</strong> Julgamento Transcendental, a condessa<br />

desempenha a função de guardiã de to<strong>do</strong>s os méritos daqueles<br />

que se apresentam como prisioneiros da Espiritualidade Maior.<br />

Intercede em favor <strong>do</strong> Jaguar de mo<strong>do</strong> a acompanhar a<br />

consecução de seus reajustes cármicos. A Condessa Natanry,<br />

a exemplo da Virgem Santíssima, opera como a Intercessora, o<br />

princípio feminino que acolhe o filho e lhe ampara em sua busca<br />

pela redenção.<br />

Uma breve referência aos cantos <strong>do</strong>utrinários nos<br />

permite uma vez mais visualizar a recorrente menção à bagagem<br />

transcendental que se faz oportuna para o cumprimento de<br />

nossos desígnios <strong>do</strong>utrinários. O canto da Ninfa <strong>do</strong> Cavaleiro<br />

Especial nos adverte <strong>do</strong> poder das heranças transcendentais,<br />

que se conforma indispensável à continuação de nossa jornada.<br />

Do Canto <strong>do</strong> Cavaleiro Especial, ainda, temos a afirmação:<br />

“...trabalhan<strong>do</strong> em busca de minhas heranças transcendentais,<br />

que fortalecem o meu sol interior, fazen<strong>do</strong>-me este poder<br />

decrescente iniciático, da cura <strong>do</strong> plexo físico.”<br />

Ainda em referência ao contexto <strong>do</strong>utrinário, vale<br />

ressaltar a importância das consagrações. Quan<strong>do</strong> as vivencia,<br />

o médium <strong>do</strong> <strong>Amanhecer</strong> amplia seu acesso ao acervo de forças<br />

que procede de seu transcendente. Consagrar-se é validar a<br />

revigorar o nosso gabarito espiritual, é fortalecer-se para a<br />

marcha evolutiva. Nossa passagem existencial só apresensenta<br />

senti<strong>do</strong> se observarmos as juras transcedentais provocadas<br />

pelas heranças de que somos porta<strong>do</strong>res e só resultará bemsucedida<br />

se a meta cármica for plenamente atingida.<br />

Por último, importa uma vez mais citar nossa Mãe<br />

Clarividente, quan<strong>do</strong> esta nos conscientiza a respeito <strong>do</strong><br />

compromisso evolutivo e <strong>do</strong> vínculo inquebrantável que se<br />

estabelece entre os três reinos da natureza, que organizam a<br />

composição <strong>do</strong> homem encarna<strong>do</strong>, com as heranças<br />

transcendentais que lhe são correspondentes. A ação dessas<br />

heranças, dessa bagagem de que é porta<strong>do</strong>r o homem a caminho<br />

de Deus, faz-se essencial em seus propósitos evolutivos.<br />

Vejamos o que afirma a Clarividente:<br />

“O trabalho evolutivo <strong>do</strong> espírito é feito através <strong>do</strong> corpo<br />

e da alma. Assim, nós colocamos nosso corpo e nossa alma a<br />

serviço <strong>do</strong> espírito, através de nossas heranças. Assim, quan<strong>do</strong><br />

fazemos nossas emissões, estamos nos reportan<strong>do</strong> a todas as<br />

vivências <strong>do</strong> nosso espírito, porque ele não pertence a este<br />

plano, mas, sim, às nossas origens.”<br />

Diante <strong>do</strong> exposto, jaguares, ao fazermos reverberar em<br />

nós as palavras plenas de sabe<strong>do</strong>ria proferidas por nossa Mãe<br />

Mentora, devemos ajuizar que nosso espírito não pertence a<br />

este plano. O reconhecimento de que as intolerâncias, as<br />

ambições, as rudezas, as incompreensões, enfim, de que o nosso<br />

desamor não opera em favor da evolução com a qual estamos<br />

comprometi<strong>do</strong>s certamente pode nos autorizar o acesso às<br />

raízes transcendentais e nos proporcionar o ansia<strong>do</strong> reencontro<br />

com Deus e com aqueles que verdadeiramente constituem a<br />

família espiritual a que pertencemos: um dia, nas origens.<br />

II Anodaê <strong>do</strong>s Jaguares<br />

Participe dessa grande festa,<br />

que será realizada em favor da<br />

troca <strong>do</strong> telha<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>Templo</strong>-Mãe.<br />

Dia 07 de maio de 2010, às 20h00, no Orfanato.<br />

Ingressos antecipa<strong>do</strong>s à venda na<br />

Sorveteria Sabor Místico, na área <strong>do</strong> <strong>Templo</strong>.


Jornal <strong>do</strong> Jaguar Maio / Junho de 2010 - Página 6<br />

FALANGES MISSIONÁRIAS<br />

As Falanges <strong>do</strong>s Devas<br />

Por Luana Ferreira, Ninfa Lua Dharman Oxinto<br />

e Chaia Dechen, Ninfa Lua Maya<br />

Segun<strong>do</strong> a mitologia<br />

hindu, os Devas equivalem<br />

aos anjos <strong>do</strong> Cristianismo. O<br />

nome deriva da raiz sânscrita div,<br />

que significa resplandecente,<br />

aludi<strong>do</strong> à sua aparência<br />

autoluminosa. Como adjetivo,<br />

significa algo divino, celeste,<br />

glorioso 1 . Tia Neiva se referia a<br />

eles como “os Devas <strong>do</strong> Espaço”,<br />

seres de grande evolução que,<br />

dentro <strong>do</strong> Sistema Crístico,<br />

governam a natureza e os<br />

elementos. Na Terra, em nossa<br />

Doutrina, os Filhos de Devas são<br />

mestres e ninfas responsáveis<br />

pelas consagrações e<br />

classificações <strong>do</strong>s médiuns. São<br />

eles, também, que registram e<br />

arquivam os da<strong>do</strong>s de cada<br />

Jaguar, no Castelo <strong>do</strong>s Devas.<br />

Existem falanges missionárias<br />

que servem diretamente aos<br />

Filhos de Devas, ten<strong>do</strong> sua<br />

missão intimamente ligada aos<br />

Mãe Magdala, Madrinha <strong>do</strong>s<br />

Filhos de Devas. Arte: Vilela<br />

rituais e consagrações por eles coordena<strong>do</strong>s, sen<strong>do</strong>, por isso,<br />

conhecidas como as “falanges <strong>do</strong>s Devas”.<br />

Para entendermos mais sobre essas falanges Devas,<br />

comecemos por entender a idéia geral de FALANGES, que são<br />

grupos de espíritos de mesmo padrão vibratório ou afinidade e<br />

que podem ter origens diferentes. Formam, nos planos<br />

espirituais, grupos imensos que atuam intensamente, de acor<strong>do</strong><br />

com sua natureza, de forma benéfica ou não, por to<strong>do</strong> o Universo.<br />

Na Terra, não se formam falanges de espíritos<br />

encarna<strong>do</strong>s, mas apenas grupos que se unem por suas<br />

afinidades.<br />

Na Doutrina <strong>do</strong> <strong>Amanhecer</strong>, Koatay 108 (Tia Neiva)<br />

formou duas linhas de falanges engloban<strong>do</strong> os médiuns: Falanges<br />

de Mestra<strong>do</strong> e Falanges Missionárias, estas em sua missão de<br />

agrupar os espíritos milenares, forman<strong>do</strong>, com Apará e<br />

Doutrina<strong>do</strong>r, o Oráculo <strong>do</strong> <strong>Amanhecer</strong> ou Oráculo <strong>do</strong> Jaguar.<br />

Por Tia Neiva sabemos que, na Cachoeira <strong>do</strong> Jaguar, muitos<br />

haviam consegui<strong>do</strong> formar o Adjunto de Jurema, libertan<strong>do</strong>-se<br />

da maior parte de seus carmas. Era a formação de um grupo que<br />

se uniu a outros, que já estavam nos planos espirituais, para<br />

grande realização na Terra. Manipulavam a energia das heranças<br />

conquistadas, e passaram a trabalhar com a transferência das<br />

forças em benefício de irmãos e irmãs, encarna<strong>do</strong>s e<br />

desencarna<strong>do</strong>s.<br />

Por sua prestatividade em sua evolução milenar, através<br />

<strong>do</strong>s tempos, foi demonstra<strong>do</strong> o valor daqueles espíritos,<br />

exercen<strong>do</strong> suas funções físicas, psicológicas e espirituais por<br />

meio das reencarnações em que tiveram papel principal em<br />

posições de alta hierarquia nos diversos povos, deixan<strong>do</strong> as<br />

suas marcas nos diversos campos das atividades da realeza,<br />

sacer<strong>do</strong>tais e místicas, fixan<strong>do</strong> as bases das transformações<br />

espirituais, que foram evoluin<strong>do</strong> e se transportan<strong>do</strong> no tempo,<br />

até chegarem ao Vale <strong>do</strong> <strong>Amanhecer</strong>, para o início <strong>do</strong> Terceiro<br />

Milênio.<br />

Cada uma das falanges trouxe suas bagagens e<br />

atribuições específicas, unin<strong>do</strong>-se pelos laços transcendentais<br />

que fizeram o progresso espiritual daquele grupo em outras<br />

eras, geran<strong>do</strong> forças específicas para os trabalhos hoje<br />

existentes no Vale <strong>do</strong> <strong>Amanhecer</strong>, unificadas pela força Crística<br />

e pela sabe<strong>do</strong>ria <strong>do</strong> Evangelho de Jesus Cristo. A Ninfa somente<br />

deverá participar de uma falange missionária quan<strong>do</strong> receber a<br />

sua Consagração de Centúria, com exceção <strong>do</strong> ingresso nas<br />

falanges de Nityamas, Gregas e Mayas, sen<strong>do</strong>, no caso <strong>do</strong>s<br />

mestres, as falanges de Magos e Príncipes, nas quais também<br />

não necessitma aguardar a Centúria. No caso dessas 5 falanges,<br />

os médiuns já podem usar as indumentárias nas suas<br />

consagrações de Elevação de Espadas e de Centúria.<br />

No <strong>Amanhecer</strong> existem 22 falanges missionárias, que<br />

se organizaram em função da missão e <strong>do</strong> transcendente de<br />

Mestres e Ninfas, sen<strong>do</strong> o objeto deste artigo, as chamadas<br />

Falanges Devas, criadas inicialmente para crianças e<br />

a<strong>do</strong>lescentes: Nityamas, Gregas, Mayas, Magos e Príncipes<br />

Mayas.<br />

GREGAS<br />

Conduzida pela Guia Missionária Abariana Verde - a<br />

Grande Kaly - a falange de Gregas foi organizada para jovens de<br />

12 aos 18 anos, mas hoje recebe componentes de qualquer<br />

idade. Foi consagrada em 1º de maio de 1978. À época de<br />

Pitya, em Delfos, as Gregas eram meninas e a<strong>do</strong>lescentes que<br />

a Pitonisa incumbiu de recolher as armas <strong>do</strong>s guerreiros mortos<br />

ou feri<strong>do</strong>s, para serem consagradas no <strong>Templo</strong> de Apolo, assim<br />

como para prestarem socorro aos guerreiros feri<strong>do</strong>s. Hoje,<br />

durante as consagrações, ficam de honra e guarda, sempre<br />

portan<strong>do</strong> suas lanças, que são conduzidas na posição vertical,<br />

na mão esquerda, com a finalidade de desintegrar correntes<br />

negativas. A Grega só se separa de sua lança nos trabalhos de<br />

Randy, Cura, Indução e Junção, quan<strong>do</strong> usa lanças próprias de<br />

cada setor; para a Bênção de Pai Seta Branca, quan<strong>do</strong> a Grega<br />

Lua vai receber o Pai, dispensa a lança e ainda ao entrar na<br />

cassandra, a Grega deixa sua lança bem apoiada, em posição<br />

vertical, <strong>do</strong> la<strong>do</strong> de fora.<br />

A Princesa Kaly tem um albergue nos planos<br />

espirituais, de onde sai com muitas companheiras - o Povo das<br />

Kalys, espíritos de elevada estatura e por serem bem altas<br />

intimidam os espíritos não ilumina<strong>do</strong>s aprisionan<strong>do</strong>-os numa<br />

barreira formada pelas lanças etéricas, que usam para adentrar<br />

nas densas matas e terríveis pântanos, onde acodem espíritos<br />

perdi<strong>do</strong>s e os livram <strong>do</strong>s bandi<strong>do</strong>s <strong>do</strong> espaço, com a ajuda <strong>do</strong>s<br />

Cavaleiros de Oxossi. Quan<strong>do</strong> se manifestam no plano físico,<br />

as Kalys trazem as forças <strong>do</strong>s mares, da brisa marinha e a<br />

junção das forças <strong>do</strong>s ventos – Tanoaês.<br />

“As Gregas são as helênicas. Sua permanente lança na<br />

mão simboliza a muralha ou paredão que fizeram ao defender,<br />

por mais de uma vez, Helena de Tróia. E muitas morreram pelo<br />

seu amor.” (Tia Neiva, s/d)<br />

MAYAS E PRÍNCIPES MAYAS<br />

Estas falanges portam as forças transmitidas pelo<br />

grandioso poder de Yucatã (Yucatán), desenvolvi<strong>do</strong> na<br />

civilização que viveu na península de Yucatã, no México, e que<br />

foi desintegrada. A falange das Mayas foi consagrada em 1º de<br />

maio de 1979, tem como mentora a Virgem <strong>do</strong> Sol. Já a falange<br />

<strong>do</strong>s Príncipes Mayas, por sua vez, havia si<strong>do</strong> inicialmente criada<br />

para compor a corte <strong>do</strong> ritual de Casamento, conduzin<strong>do</strong> a<br />

espada para o noivo. A camisa amarela simboliza o<br />

conhecimento e a faixa vermelha traz a transcendência <strong>do</strong>s<br />

ciganos, em sua encarnação como Katchimochis, na Rússia,<br />

simbolizan<strong>do</strong>, também, o poder da cura desobssessiva.<br />

Testemunhas afirmam que, nas primeiras reuniões com a<br />

falange, Tia Neiva teria afirma<strong>do</strong> que o mentor <strong>do</strong>s Príncipes<br />

seria o Rei Montezuma, conheci<strong>do</strong> na História pelo episódio da<br />

invasão espanhola à América. Os Príncipes, por sua vez,<br />

consideram como mentor o Príncipe Ariane, mas não há<br />

registros escritos que comprovem uma ou outra regência. “Os<br />

Príncipes Mayas têm os seus Adjuntos de origem, mas são<br />

missionários <strong>do</strong> Adjunto Yuricy e têm o dever de estarem<br />

harmoniza<strong>do</strong>s com o Adjunto Yuricy e seguirem suas escalas<br />

de trabalho.” (Tia Neiva, 8.10.1985)<br />

MAGOS E NITYAMAS<br />

Na Planície Peloponense à época de Esparta, havia um<br />

povoa<strong>do</strong> onde Magdala era uma Pitonisa. Madrinha <strong>do</strong>s Devas,<br />

hoje missionária responsável pelas Nityamas nos <strong>Templo</strong>s <strong>do</strong><br />

<strong>Amanhecer</strong>, trouxera da Índia poderoso sacerdócio, com muitos<br />

conhecimentos esotéricos, tratamentos com ervas, trabalhos<br />

espirituais, havia consegui<strong>do</strong> muitas curas, sem nada cobrar<br />

de seus pacientes, o que originou imensas filas diante de sua<br />

porta, geran<strong>do</strong> ódio das autoridades e médicos, que a<br />

expulsaram de uma grande cidade, onde uma <strong>do</strong>ença<br />

desconhecida se alastrou rapidamente, matan<strong>do</strong> grande parte<br />

da população antes que os médicos locais pudessem saber <strong>do</strong><br />

que se tratava, e formou um grupo em que deu o nome de<br />

Nityamas, poderosas jovens que conforme tradição cigana<br />

dançavam, ao re<strong>do</strong>r de fogueiras, de onde recebiam energias,<br />

invocavam espíritos, liam mãos, profetizavam, representavam<br />

peças, sempre cobrin<strong>do</strong> seus rostos com véus. Eram temidas<br />

por toda aquela região, por serem Filhas de Devas, possuin<strong>do</strong><br />

poderes para controlar as condições meteorológicas, invocan<strong>do</strong><br />

forças da natureza. Também trabalhavam para proteção <strong>do</strong>s<br />

homens que iam às guerras, deixan<strong>do</strong> as mulheres para cuidar<br />

<strong>do</strong> povoa<strong>do</strong>. Estes homens, após longa ausência, retornavam<br />

a seus lares a salvos, após as batalhas sangrentas em grandes<br />

tropas mercenárias, com intensos massacres, onde antes das<br />

Nityamas, poucos voltavam, geralmente quan<strong>do</strong> conseguiam,<br />

eram com graves ferimentos, deficiências.<br />

Os homens que ficavam na aldeia, sem condições para<br />

participar de combates, começaram a ajudar as Nityamas,<br />

receben<strong>do</strong> assim sua consagração como Magos, Filhos de<br />

Devas, após desenvolverem sua mediunidade e adquirir<br />

poderes espirituais. Estes viajavam, atravessan<strong>do</strong> terras e<br />

mares, levan<strong>do</strong> para a humanidade seus conhecimentos<br />

<strong>do</strong>utrinários e a Voz <strong>do</strong> Céu. No Oriente, os Magos obtiveram<br />

grande importância política e religiosa, chegan<strong>do</strong> a ter<br />

autoridade de reis, mas não eram reis. Medas e Persas, Assírios<br />

e Caldeus foram profundamente influencia<strong>do</strong>s pelos Magos,<br />

que tinham os profun<strong>do</strong>s conhecimentos da Astronomia e da<br />

Astrologia, participan<strong>do</strong>, também, pela influência <strong>do</strong> Judaísmo,<br />

da expectativa da chegada <strong>do</strong> Messias. Alerta<strong>do</strong>s pela Estrela<br />

Sublimação, três Magos foram a Jerusalém para a<strong>do</strong>rar o Filho<br />

de Deus, que nascera em Belém, sempre guia<strong>do</strong>s pela Estrela.<br />

Seus nomes, de origem oriental e relaciona<strong>do</strong>s com realeza e<br />

poder, eram Melchior (em hebreu: “Rei da Luz”), Baltazar (em<br />

aramaico: “Deus proteja a vida <strong>do</strong> Rei”) e Gaspar (em persa:<br />

“O Vence<strong>do</strong>r”). Sen<strong>do</strong> uma casta sacer<strong>do</strong>tal sábia, existente<br />

entre Medas, Caldeus e Persas, e que os sábios ofertaram os<br />

três presentes homenagean<strong>do</strong> a Divindade de Jesus (incenso),<br />

a Sua Realeza (ouro) e a Sua Humanidade, isto é, teria que<br />

nascer e morrer (mirra, um refina<strong>do</strong> perfume oriental).<br />

As Falanges <strong>do</strong>s Devas foram especialmente<br />

inicialmente destinadas às crianças e aos a<strong>do</strong>lescentes, entre<br />

12 e 18 anos, no início, porém foi aberta a possibilidade de<br />

permanência após 18 anos. Nityamas e Magos formam filas<br />

magnéticas, fazem corte para os rituais, imantram o ambiente<br />

e acendem a Chama da Vida. Foram consagradas no 1º de<br />

maio de 1974, quan<strong>do</strong> foi preparada uma corte para a entrega<br />

<strong>do</strong> diploma de Doutrina<strong>do</strong>r. Como as Nityamas tinham<br />

dificuldades materiais, faziam suas roupas com pedaços de<br />

teci<strong>do</strong>s colori<strong>do</strong>s, razão pela qual, no Vale <strong>do</strong> <strong>Amanhecer</strong>, suas<br />

indumentárias são formadas por nesgas coloridas. As Nityamas<br />

Madruxas (madrinhas das Nityamas) foram instituídas em<br />

1981, após o casamento da Primeira Nityama, que foi a Primeira<br />

Madruxa consagrada.<br />

“As Nityamas viviam em um pequeno povoa<strong>do</strong> de onde<br />

os homens mercenários, guerreiros, partiam e as deixavam.<br />

Elas tinham a devoção com o Devas, Deus das Nuvens, e por<br />

isso se chamavam Nityamas - o mesmo que Filhas de Devas.<br />

Faziam grandes fogueiras e chamavam a chuva. Diziam que<br />

sua praga ou agouro pegava como o mal ou como o bem.” (Tia<br />

Neiva, s/d)<br />

Notas<br />

1 Wikipedia.<br />

2 Uma das quatro partes <strong>do</strong> “Planeta Monstro”, bela bola luminosa, assim<br />

denomina<strong>do</strong> por ser muitas vezes maior que a Terra, visita<strong>do</strong> por Tia Neiva<br />

em um de seus des<strong>do</strong>bramentos na década de 1960. Capela significa “Última<br />

Espera”, lá vivem os seres a quem chamamos “Cavaleiros de Oxosse”, seres<br />

físicos que têm importante função na Terra, e se apresentam desmaterializa<strong>do</strong>s.<br />

3 Amacês são naves espaciais, verdadeiros laboratórios energéticos, invisíveis<br />

aos nossos olhos, porque em outra dimensão, que se deslocam com precisão,<br />

poden<strong>do</strong> desempenhar as funções de portal de desintegração, de ro<strong>do</strong>viária<br />

espacial, portan<strong>do</strong> potentes energias destinadas a vários pontos <strong>do</strong> Universo.<br />

4 Uma forma de energia nebulosa, uma nuvem com limites, controlada pela<br />

força da gravidade que a pressiona em toda sua periferia, e que faz a divisão<br />

<strong>do</strong>s diversos planos.<br />

FÉ<br />

O Homem de Fé<br />

Por Alisson Coimbra, Mestre Lua<br />

Cada ser humano é entendi<strong>do</strong> como um universo, to<strong>do</strong>s<br />

são um conjunto de experiências e sentimentos, um<br />

conglomera<strong>do</strong> de estruturas biológicas e emocionais; as<br />

características que propiciam a esses universos uma<br />

singularidade constituem o que chamamos de personalidade,<br />

que é determinada pela formação que se desenvolve por meio<br />

<strong>do</strong> que se agrega como valor e experiência de vida. A<br />

personalidade é construída através de um processo complexo,<br />

que armazena e aglutina o conjunto de características<br />

psicológicas, que confere a cada ser humano, a possibilidade<br />

de ser um indivíduo único, <strong>do</strong>no de uma individualidade; ter<br />

personalidade é a capacidade de traduzir o que a vida propicia<br />

ao ser humano.<br />

O universo individual, ou individualidade, tem uma<br />

relação estreita com a personalidade, partin<strong>do</strong> <strong>do</strong> princípio de<br />

personalidade como um aglomera<strong>do</strong> de importâncias, a busca<br />

<strong>do</strong> eu interior é a melhor forma de construir uma personalidade<br />

transforma<strong>do</strong>ra. Dentro dessa busca, a mais substancial é o<br />

que chamamos de fé, que acrescenta a personalidade um<br />

contexto mais profun<strong>do</strong> de entendimento no tocante a viver<br />

experiências.<br />

A palavra fé (<strong>do</strong> grego: Pistia = Acreditar, <strong>do</strong> latim;<br />

Fides = fidelidade) simboliza o que é verdade para o indivíduo,<br />

visto que a fé transforma uma idéia ou teoria numa verdade<br />

inquebrável e imutável, muita vez íntima, muita vez globalizada,<br />

e o homem que tem fé é aquele que acredita e que é fiel a sua<br />

idéia. To<strong>do</strong> homem de fé é um crente, aquele que crê, e alcançar<br />

uma fé íntima significa comprometer-se com o que é verdade,<br />

com o que se acredita.<br />

Na Doutrina <strong>do</strong> <strong>Amanhecer</strong>, figura como consenso o<br />

entendimento de que o Jaguar se liga à vida espiritual pela<br />

missão, a que toda a tribo está orientada, pelos responsáveis<br />

espirituais, a comprometer-se. Em meio a essa orientação, vale<br />

ressaltar que toda missão faz uso das funcionalidades de cada<br />

elemento emprega<strong>do</strong>. Somente pode-se executar e cumprir uma<br />

missão se o missionário estiver muni<strong>do</strong> das ferramentas ou<br />

especializações necessárias para a execução, e em se tratan<strong>do</strong><br />

de uma missão espiritual, a ferramenta fundamental é a fé, ou<br />

seja, acreditar e ser fiel a essa missão; “Na Doutrina Espírita a fé<br />

representa o dever de raciocinar com a responsabilidade de viver”<br />

(Carta Aberta Nº 2 – Tia Neiva).<br />

Participar da Doutrina <strong>do</strong> <strong>Amanhecer</strong>, realizar rituais e<br />

alcançar consagrações, significa o comprometimento e a<br />

execução da missão <strong>do</strong>utrinária, mas muitos Jaguares se limitam<br />

em acreditar que isso é tu<strong>do</strong> o que significa fazer parte desse<br />

contexto mediúnico, ou ainda que isso representa tu<strong>do</strong> o que<br />

significa ser um Jaguar. Lembran<strong>do</strong> <strong>do</strong> conceito de fé que foi<br />

visto anteriormente, esta faz parte da personalidade, compõe e<br />

está agregada aos valores íntimos. Lembran<strong>do</strong> ainda o que a<br />

mentora da Doutrina pregou sobre o que significa a fé <strong>do</strong> Jaguar,<br />

ser um médium dessa Doutrina está além da compreensão<br />

limitada de execução da missão. Ser Jaguar significa muito<br />

mais <strong>do</strong> que vestir roupas diferentes e promover contatos com<br />

os espíritos, com os oráculos e as cabalas místicas, muito<br />

menos ainda significa exibir símbolos de consagrações<br />

hierárquicas, ser Jaguar está muito antes disso tu<strong>do</strong>, e muito<br />

depois também.


Jornal <strong>do</strong> Jaguar Maio / Junho de 2010 - Página 7<br />

No Vale, encontramos pessoas de diferentes origens<br />

culturais e orientações religiosas originais. No entanto, não<br />

existe conflito nem mesmo dentro <strong>do</strong>s que tem um passa<strong>do</strong><br />

totalmente diverso. O compromisso <strong>do</strong> médium, antes mesmo<br />

da missão, é ser compreensivo. Em princípio, as revelações da<br />

Doutrina estimulam o homem a ser compreensivo com sua vida,<br />

serem melhores que antes, estimulam os Jaguares a entenderem<br />

suas próprias situações encarnatórias para que cada um possa<br />

promover o melhor de si, assim Tia Neiva explica: “Somos MAGOS<br />

DO EVANGELHO e, como espadas luminosas, vamos transforman<strong>do</strong><br />

e ensinan<strong>do</strong>, com nossa força e conhecimento aqueles que<br />

necessitam de esclarecimento. É somente pela força <strong>do</strong> JAGUAR,<br />

nesta DOUTRINA DO AMANHECER, e na dedicação constante de<br />

nossas vidas por amor, que podemos manipular as energias e<br />

transformar o ódio, a calúnia e a inveja, em amor e humildade, nos<br />

corações que, <strong>do</strong>entes de espíritos, permanecem no erro. Quantos<br />

se perdem por falta de CONHECIMENTO e por não terem a lei. Nós<br />

temos a nossa Lei! Nós temos a nossa Lei, que é o amor e o espírito<br />

da verdade. Vamos amar e na simplicidade de nosso coração,<br />

Foto: Marcelo Reis<br />

distribuir tu<strong>do</strong> o que recebemos na Lei <strong>do</strong> Auxílio aos nossos<br />

semelhantes” (Carta Aberta Nº 7).<br />

A religião tem como princípio fundamental a redenção,<br />

onde a pessoa se converte a um contexto, se inclui na idéia de<br />

renovação proposta pela religião, e a redenção <strong>do</strong> homem jaguar<br />

é justamente a compreensão mais ampla da vida. Os irmãos da<br />

corrente mediúnica <strong>do</strong> <strong>Amanhecer</strong> se denominam como Mestres,<br />

exatamente porque um mestre é o detentor das possibilidades,<br />

é quem pode agir com precisão numa situação específica, é<br />

quem adquiriu conhecimentos. Fazen<strong>do</strong> uma ponte entre o que<br />

significa a fé, ser Mestre e a personalidade, pode-se deduzir<br />

que ser Jaguar compromete o individuo a um caminho de ações,<br />

partin<strong>do</strong> de ações transforma<strong>do</strong>ras em suas próprias vidas e<br />

chegan<strong>do</strong> às ações que influenciam vidas próximas e alheias, e<br />

isso se dá sem o intermédio de entidades. O Jaguar deve entender<br />

melhor seu espaço e sua função nesse espaço, simboliza o<br />

acalanto da última hora, detêm a palavra revela<strong>do</strong>ra de um<br />

mun<strong>do</strong> desconheci<strong>do</strong>, e assim sen<strong>do</strong>, não pode ser um homem<br />

confuso, nem mesmo titubeante, deve sempre ser preciso e<br />

assertivo.<br />

Vive-se hoje um momento de transformações<br />

extremas, inclusive na dinâmica <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, a atualidade é uma<br />

revelação ao ser humano das consequências de sua conduta no<br />

planeta: a natureza mostra sua personalidade, a tecnologia<br />

implanta novas formatações de interação e o Homem Jaguar<br />

deve ter, nesse mun<strong>do</strong> globaliza<strong>do</strong> e dinâmico, uma linguagem<br />

universal, deve ser o exemplo de conduta, de compreensão e<br />

precisão. Não se pode mais perder tempo, olhar a vida alheia só<br />

significa algo positivo se for com olhos de Mestre, que quer<br />

concretizar o evangelho através de seus atos. Isto é a realidade<br />

<strong>do</strong> Jaguar, não pode ser uma utopia, pois esse homem de fé é<br />

comprometi<strong>do</strong> com a vida de uma forma muito profunda.<br />

O Jaguar deve entender sua função de homem livre,<br />

pensamento amplo e possibilidades ilimitadas, tu<strong>do</strong> o que limita<br />

e aprisiona essa realidade mediúnica necessita ser bani<strong>do</strong>, os<br />

olhos de um mestre não fitam um ébrio ou um errante com<br />

condenação, mas sim contemplação. O Jaguar é livre para<br />

compreender e aceitar as condições adversas, ele favorece a<br />

dinâmica da evolução, nunca corrobora com a involução. Sob<br />

as orientações da Clarividente, tem-se esse caminho: “Filho,<br />

não interessa, ao Homem, o seu vizinho. Interessa, sim, a função<br />

que ele desempenha. É verdade que não podemos separar a obra <strong>do</strong><br />

seu autor, mas, quan<strong>do</strong> eu daqui partir, dirão: O Doutrina<strong>do</strong>r e a sua<br />

Doutrina! Por conseguinte, filho, esqueça essas pequenas<br />

preocupações de avaliação social, em termos <strong>do</strong>s componentes já<br />

ativos nesta jornada <strong>do</strong>utrinária para o III Milênio. (Tia Neiva).<br />

O Jaguar é o herdeiro dessa revelação, dessa <strong>do</strong>utrina<br />

rediviva, como é chamada por alguns veteranos, e por assim<br />

ser, tem o compromisso com Jesus de ser sempre o melhor que<br />

puder independente das cores de suas capas e o tamanho de<br />

suas placas, o <strong>do</strong>utrina<strong>do</strong>r <strong>do</strong> novo milênio é identifica<strong>do</strong> na<br />

multidão, não pela cruz que carrega nas costas, mas pela<br />

<strong>do</strong>utrina que carrega no coração, por seus atos e suas virtudes.<br />

Martin Luther King, um grande baluarte e símbolo da luta<br />

pelos direitos civis <strong>do</strong>s negros e mulheres, um <strong>do</strong>s mais<br />

importantes ativista político estadunidense, ganha<strong>do</strong>r <strong>do</strong> prêmio<br />

Nobel da Paz no ano de 1964 por ter executa<strong>do</strong> uma campanha<br />

de não violência e de amor para com o próximo, também inseri<strong>do</strong><br />

num contexto religioso por ser pastor protestante membro da<br />

Igreja Batista dirigiu as seguintes palavras aos seus<br />

compatriotas:<br />

“Nós não somos o que gostaríamos de ser.<br />

Nós não somos o que ainda iremos ser.<br />

Mas, graças a Deus,<br />

Não somos mais quem nós éramos.”<br />

Contextualizan<strong>do</strong> as palavras <strong>do</strong> pastor no senti<strong>do</strong><br />

religioso <strong>do</strong> Vale <strong>do</strong> <strong>Amanhecer</strong>, e ainda num contexto global,<br />

tem-se um grande exemplo <strong>do</strong> que simboliza um homem de fé.<br />

CIÊNCIA<br />

Avistan<strong>do</strong> Capela<br />

Por Marcelo Monteiro, Mestre Lua, Físico<br />

Começamos este pequeno texto informalmente, para<br />

dividir com vocês uma experiência vivida por um sau<strong>do</strong>so<br />

Adjunto <strong>do</strong> <strong>Amanhecer</strong>. Certa vez, estávamos reuni<strong>do</strong>s para<br />

comemorar o aniversário da Biblioteca <strong>do</strong> Jaguar quan<strong>do</strong> o<br />

mestre Guilherme, Adjunto Amayã (e aqui peço licença ao seu<br />

povo e aos seus familiares para o comentário), foi convida<strong>do</strong> a<br />

nos passar um pouco <strong>do</strong>s ensinamentos que ele havia ti<strong>do</strong> a<br />

oportunidade de aprender em seus vários anos próximo de Tia<br />

Neiva.<br />

Ali ele conversava com três ou quatro mestres, eu dentre<br />

os quais, atentos às suas palavras e entre as várias histórias<br />

que contou, vividas junto da Tia, uma delas nos chamou mais<br />

atenção. Relatou que, um dia, Tia voltou-se a ele e perguntou:<br />

“filho, você quer ver Capela?” Prontamente, exclamou que sim.<br />

Ela continuou: “então, filho, acorde bem ce<strong>do</strong>, antes de o Sol<br />

nascer, e olhe na direção em que ele aparecerá. Verá uma estrela<br />

bem brilhante”. Contou que, por vezes, Tia estava lá, com olhar<br />

distante, olhan<strong>do</strong> naquela direção, “olhan<strong>do</strong> para casa”.<br />

Disse que, por alguns dias, realizou aquele<br />

procedimento ensina<strong>do</strong> por ela para que conseguisse ver Capela.<br />

Depois de insistir bastante, conseguiu. Viu aquela estrela que<br />

o fez ficar emociona<strong>do</strong>. Marcou como um dia especial para ele.<br />

Explicou que Capela estava numa posição quase atrás <strong>do</strong> Sol,<br />

dificultan<strong>do</strong> a sua visualização naqueles dias. Voltou à Tia<br />

sorrin<strong>do</strong> e ela sorriu para ele saben<strong>do</strong> o que havia visto.<br />

Salve Deus! Não temos mais Tia Neiva no plano físico<br />

para nos apontar “nossa casa”. No entanto, Mario Sassi 1 , como<br />

também Emmanuel através de Chico Xavier 2 , nos deixou<br />

indica<strong>do</strong> que cientistas encontraram esta estrela e<br />

acrescentaram-na em nossos mapas <strong>do</strong> céu. Para nós um<br />

“planeta monstro”, devi<strong>do</strong> a sua dimensão comparada à Terra e<br />

o fato de haverem seres moleculares “encarna<strong>do</strong>s”, porém com<br />

outra constituição física.<br />

Os astrônomos chamaram-na de Capella. Segun<strong>do</strong><br />

esses astrônomos e as imagens apresentadas por telescópios<br />

potentes, é um sistema binário, ou seja, vemos apenas uma,<br />

mas são duas estrelas amarelas e irmãs, com massas 2,6 e 2,7<br />

vezes a massa <strong>do</strong> Sol (uma delas é 9 vezes maior que o Sol e a<br />

outra é 12 vezes maior). Elas se movem uma em torno da outra<br />

a meros 113 milhões de km (menos que a distância da Terra ao<br />

Sol), giran<strong>do</strong> como se estivessem de mãos dadas. Esta dança<br />

acontece a uma distância de 42,2 anos-luz daqui. Isto significa<br />

que se uma nave saísse de lá viajan<strong>do</strong> a velocidade da luz, ou<br />

melhor, percorren<strong>do</strong> 300.000 km a cada segun<strong>do</strong>, mesmo sen<strong>do</strong><br />

tão rápida, levaria mais de 42 anos para chegar a Terra. Para<br />

nós, aparece na constelação de Cocheiro ou Auriga e é a estrela<br />

principal desta constelação. Tem luminosidade muito maior que<br />

a <strong>do</strong> Sol estan<strong>do</strong> na sexta posição entre as mais brilhantes <strong>do</strong><br />

céu.<br />

Bem, se a ciência a localizou no firmamento, e temos a<br />

referência da nossa Doutrina de que as duas informações<br />

convergem para a mesma Capela, então, olhemos para o céu,<br />

olhemos para esta estrela e estaremos olhan<strong>do</strong>, fisicamente,<br />

para onde tanto ansiamos voltar.<br />

Hoje, meus irmãos, devi<strong>do</strong> à tecnologia, ao avanço <strong>do</strong>s<br />

estu<strong>do</strong>s em astronomia e ao mapeamento <strong>do</strong>s astros e de parte<br />

<strong>do</strong> universo que nos cerca, temos a condição de saber com<br />

grande precisão onde estará cada estrela no céu em um instante<br />

preciso. Isso pode ser calcula<strong>do</strong> e mostra<strong>do</strong> em imagens de<br />

computa<strong>do</strong>r. Por exemplo, onde a famosa constelação <strong>do</strong><br />

Cruzeiro <strong>do</strong> Sul aparecerá, no firmamento, às 20h, no dia <strong>do</strong> seu<br />

aniversário? Essa questão pode ser respondida, com certa<br />

facilidade, por aquele que se interessar em saber.<br />

Quem dera tivéssemos a sagacidade em perguntar ao<br />

mestre Guilherme, naquela ocasião, se ele se lembrava <strong>do</strong> dia<br />

preciso em que avistou Capela. Com essa informação e com os<br />

recursos que dispomos hoje poderíamos ratificar mais um fato<br />

científico expressa<strong>do</strong> por nossa mãe Koatay 108, apenas<br />

verifican<strong>do</strong> que naquele dia preciso Capela aparecia bem<br />

próxima <strong>do</strong> Sol naquela manhã. Tu<strong>do</strong> bem, talvez não fosse a<br />

hora. E como disse Tia Neiva: “a ciência que nega a fé em Deus<br />

é tão inútil quanto a fé que nega a Ciência. Verdade ratificada<br />

por Einstein quan<strong>do</strong> diz que “Ciência sem Religião é paralítica.<br />

Religião sem ciência é cega”.<br />

Com cuida<strong>do</strong>, preparamos uma maneira para que vocês,<br />

meus irmãos, caso se interessem, tenham semelhante emoção<br />

àquela expressada pelo Jaguar, Mestre Guilherme, ao identificar<br />

o “Planeta-Mãe” no céu.<br />

Como dito antes, o Mestre Tumuchy deixou registra<strong>do</strong><br />

que “dá-se ao conjunto planetário, onde há outros espíritos<br />

‘encarna<strong>do</strong>s’, <strong>do</strong> outro la<strong>do</strong> <strong>do</strong> Sol o nome Capela, que é a maior<br />

Estrela da Constelação de Cocheiro de nossas cartas celestes” 1 .<br />

Devi<strong>do</strong> aos movimentos da Terra, essa constelação se apresenta<br />

em diferentes posições para nós durante o ano, mostran<strong>do</strong>-se<br />

“mais próxima” <strong>do</strong> nascer <strong>do</strong> Sol, visualmente, durante os meses<br />

de maio e junho. Por esse motivo é mais difícil observá-la<br />

próximo às 6h da manhã, pois a intensidade <strong>do</strong>s raios <strong>do</strong> solares<br />

não permite que vejamos a luz das outras estrelas.<br />

No Dia <strong>do</strong> Doutrina<strong>do</strong>r, Capela irá passar a linha <strong>do</strong><br />

horizonte, <strong>do</strong> la<strong>do</strong> leste, onde nasce o Sol, por volta das 10h.<br />

Então, não poderemos vê-la na madrugada <strong>do</strong> dia 1º, porque<br />

estará abaixo da linha <strong>do</strong> horizonte, nem logo que ultrapasse<br />

essa linha, pois o dia já estará claro.<br />

Contu<strong>do</strong>, torcen<strong>do</strong> por uma noite sem muitas nuvens,<br />

poderemos visualizar a “última espera” ou a “guarnição <strong>do</strong> nicho<br />

de Deus” 3 por volta de 18h e 30min. Como?<br />

Sigam conosco o procedimento:<br />

Primeiro precisamos definir algumas referências para<br />

sabermos em que direção vamos olhar.<br />

- Com uma bússola, verificamos que se nos colocarmos<br />

de frente para o radar da Estrela Candente, olhan<strong>do</strong> para onde<br />

está o 1º Comandante, estaremos olhan<strong>do</strong> exatamente para o<br />

ponto cardeal oeste.<br />

- Nesta mesma posição, se levantar lateralmente seu<br />

braço direito estará apontan<strong>do</strong> para o Norte. Estas duas direções<br />

já nos bastam, porque nossa estrela estará entre elas.<br />

- Para quem estiver em frente ao <strong>Templo</strong> (ou ali perto<br />

da Casa Grande) o raciocínio é o mesmo, bastan<strong>do</strong> se posicionar<br />

olhan<strong>do</strong> pra imagem grande de Jesus à direita da entrada <strong>do</strong><br />

<strong>Templo</strong>-Mãe, ambos se encontram também na direção oeste<br />

ou, como sabemos, de frente para o la<strong>do</strong> leste, onde nasce o<br />

Sol.<br />

Depois de posiciona<strong>do</strong>, pode olhar na região <strong>do</strong> céu<br />

entre estes <strong>do</strong>is pontos (norte e oeste). O noroeste fica<br />

aproximadamente à direita <strong>do</strong> “Morro Salve Deus”.<br />

Então, veremos por volta de 18h30min uma<br />

configuração das estrelas como a mostrada nesta figura.


Jornal <strong>do</strong> Jaguar Maio / Junho de 2010 - Página 8<br />

Para estar certo que olha para Capela pode<br />

acompanhar os seguintes passos, numera<strong>do</strong>s na figura:<br />

1 – Encontre as chamadas 3 Marias (parte da constelação de<br />

Órion);<br />

2 - Verifique se há duas estrelas bem brilhantes <strong>do</strong> la<strong>do</strong><br />

esquer<strong>do</strong> e direito das 3 Marias. São elas a Rigel e a<br />

Betelgeuse nessa ordem;<br />

3 - Fixe o olhar nesta estrela grande ao la<strong>do</strong> direito das 3<br />

Marias e, numa linha vertical, vá descen<strong>do</strong> até encontrar<br />

uma outra de luz intensa. Essa é a chamada “Estrela de Davi”,<br />

que a rigor não é uma estrela, e sim, o planeta Vênus.<br />

Provavelmente será a primeira “estrela” a aparecer no Céu<br />

este dia. Como sabemos, planetas não emitem luz, só refletem<br />

a luz <strong>do</strong> Sol. Assim, para ter certeza que é Vênus repare que<br />

ele não pisca como fazem as estrelas, a luz dele é constante.<br />

4 - Por fim, olhe à direita se afastan<strong>do</strong> de Vênus, mas<br />

aproximadamente na mesma altura dele. A estrela que estiver<br />

piscan<strong>do</strong> com maior intensidade é a Alfa da Constelação de<br />

Cocheiro, é Capela! Ficará visível até 19:15h<br />

aproximadamente, dependen<strong>do</strong> da luminosidade <strong>do</strong> local e<br />

de onde estará observan<strong>do</strong>. Este roteiro vale para observação<br />

em dias seguintes ao 1º de Maio. Por volta de 7 a 10 dias.<br />

Depois ela se esconderá antes da noite chegar.<br />

Mestres e Ninfas, esperamos que se emocionem ao<br />

olhar para esta estrela especial para os Jaguares. Talvez<br />

muitos a reconheçam só ao levantar os olhos para o céu...<br />

Aqueles irmãos que estiverem nos <strong>Templo</strong>s <strong>do</strong><br />

<strong>Amanhecer</strong> ou fora <strong>do</strong> Vale e que quiserem saber como são<br />

feitos os cálculos para acompanhar a trajetória de Capela ou<br />

como estará o céu visto de sua cidade pode entrar em contato<br />

conosco por correio eletrônico 4 . Com alegria, trocaremos<br />

informações, pois são “mestres ensinan<strong>do</strong> mestres”.<br />

Notas:<br />

1. Mario Sassi. O que é o Vale <strong>do</strong> <strong>Amanhecer</strong>. 2ªed. 1987,<br />

p.47.<br />

2.Emmanuel, Chico Xavier. A caminho da luz.1939, p.33.<br />

3.Mario Sassi. 2000-conjunção de <strong>do</strong>is planos. 2ªed. p. 26.<br />

4. E-mail para contato: cienciavale@gmail.com<br />

PERFIL ESPIRITUAL<br />

A Condessa Natanry<br />

Por Alexandre de Lima Souza, Mestre Lua<br />

A história da Condessa de Natanry, ou Condessa<br />

Natarry, começa antes <strong>do</strong> episódio da Queda da Bastilha, marco<br />

da Revolução Francesa, entre o fim <strong>do</strong> século XVIII e início <strong>do</strong><br />

século XIX. Revolucionários que não concordavam com o regime<br />

monarquista na França entravam nas casas <strong>do</strong>s nobres,<br />

cometiam atrocidades, assassinavam as pessoas, marcavam<br />

essas casas com cruzes de sangue.<br />

A Biblioteca <strong>do</strong> Jaguar agradece a colaboração <strong>do</strong>s nossos patrocina<strong>do</strong>res, que permite a concretização deste trabalho.<br />

Arte: Vilela<br />

Arte gráfica: Márcio da Silva Santos<br />

Segun<strong>do</strong> relatos, Tia Neiva dizia que a Condessa era<br />

uma mulher rica, poderosa, altiva e era muito influente na<br />

sociedade francesa da época, porém seu mari<strong>do</strong> foi acusa<strong>do</strong>,<br />

antes da tomada <strong>do</strong> poder, de fazer parte desse movimento<br />

revolucionário. A condessa assistiu ao julgamento de seu mari<strong>do</strong><br />

e mesmo com to<strong>do</strong> o seu poder e influência, o mesmo foi condena<strong>do</strong><br />

à morte, apesar de ser inocente. A partir deste dia, por causa<br />

dessa injustiça, ela mu<strong>do</strong>u seu comportamento e começou a<br />

participar de to<strong>do</strong>s os julgamentos que aconteciam naquela época,<br />

lutan<strong>do</strong> para que a justiça sempre prevalecesse.<br />

No astral superior, quan<strong>do</strong> um espírito se desvia <strong>do</strong><br />

roteiro traça<strong>do</strong> para a sua vida na Terra, existe um julgamento,<br />

chama<strong>do</strong> de Leilão, que ocorre quan<strong>do</strong> os mentores daquele<br />

espírito, em conjunto com altas entidades, julgam se devem ou<br />

não desencarná-lo, pois aquela conduta desviada pode acarretar<br />

ainda mais desatinos ao seu carma. Quan<strong>do</strong> a Condessa<br />

desencarnou, a espiritualidade a colocou junto aos Leilões. Ela<br />

ainda se veste de preto devi<strong>do</strong> ao seu papel de “testemunha <strong>do</strong>s<br />

tempos”, como também por ter si<strong>do</strong> viúva de um homem<br />

injustiça<strong>do</strong>. Hoje é uma entidade de altíssima hierarquia e teve<br />

várias encarnações junto aos Jaguares.<br />

No ano de 1982, por determinação de Pai Seta Branca,<br />

Tia Neiva iniciou o trabalho de Julgamento. Preparou, então, a<br />

representante da Condessa Natanry, na qualidade de testemunha<br />

<strong>do</strong>s tempos vivi<strong>do</strong>s pelos Jaguares, figura que tornou-se<br />

obrigatória nos Julgamentos e Aramês, perante a qual os<br />

prisioneiros e prisioneiras devem passar e prestarem reverência<br />

antes de retirarem suas atacas e exês, pois representa o espírito<br />

da justiça zelan<strong>do</strong> pelo cobra<strong>do</strong> e pelo cobra<strong>do</strong>r. A primeira Ninfa<br />

preparada para representar a Condessa foi Teresinha Bastos,<br />

que assumiu esse papel nos primeiros rituais.<br />

Hoje, a Ninfa Normanda Zelaya é a responsável pelas<br />

representantes da Condessa, conduz a escala e é quem presta<br />

todas as orientações necessárias.<br />

Ser representante da Condessa Natanry é ter o<br />

compromisso de zelar pela sua conduta e equilíbrio perante o<br />

corpo mediúnico, tornan<strong>do</strong>-se um referencial positivo para seus<br />

irmãos e irmãs da Doutrina <strong>do</strong> <strong>Amanhecer</strong>. Importante lembrar<br />

que as representantes não são uma falange missionária<br />

específica, poden<strong>do</strong> pertencer a qualquer outra falange.

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