Parte 3 - Mesquita do Brás
Parte 3 - Mesquita do Brás
Parte 3 - Mesquita do Brás
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
ma Econômico<br />
ISLÂMICO<br />
objetivos sociais de acor<strong>do</strong> com os seus valores particulares. Por<br />
exemplo, não impõe uma carga horária menor para o trabalha<strong>do</strong>r<br />
apenas por considerá-lo produtor de riqueza (e valor), como<br />
faz o socialismo, mas por considerá-lo uma pessoa que Deus Altíssimo<br />
enobreceu, estabelecen<strong>do</strong> seu direito a uma vida digna.<br />
Esse direito não se resume a uma mera legislação, como faz o<br />
capitalismo, mas constitui uma realidade islâmica testemunhada,<br />
que a nação garante e cujo cumprimento e respeito os membros<br />
da sociedade islâmica exigem das autoridades responsáveis.<br />
2 – Base real: Isso significa que o Islã trabalha para interagir<br />
com as inclinações naturais, suprin<strong>do</strong> as necessidades humanas<br />
básicas, de acor<strong>do</strong> com a realidade da vida social. O Islã promove<br />
a união entre a educação individual, o fortalecimento da renda<br />
pessoal e o controle legal da autoridade. Ele concilia a liberdade<br />
de administração econômica <strong>do</strong>s indivíduos e o princípio<br />
de justiça social, de existência necessária. Coordena toda a sorte<br />
de empenho humano e o quinhão <strong>do</strong> capital <strong>do</strong> investi<strong>do</strong>r na distribuição<br />
<strong>do</strong>s benefícios de produção, estabelecen<strong>do</strong> a santidade<br />
<strong>do</strong> direito à propriedade individual como princípio. Porém, concede<br />
ao chefe <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> islâmico a autoridade de redistribuição<br />
das riquezas, para o benefício das classes pobres.<br />
Assim, o Islã reúne a questão moral e real no seu<br />
sistema econômico, distante da utopia socialista e da exploração<br />
capitalista.<br />
Óh, Comunidade de Mohammad (S.)!<br />
O avanço <strong>do</strong>s muçulmanos na a<strong>do</strong>ção e convocação ao<br />
apego completo ao méto<strong>do</strong> de Deus Altíssimo, quer no cam-<br />
2 - “Sedutores” aqui é uma palavra que guarda uma conotação religiosa explícita. O Satanás (Shaitan, em árabe), em<br />
vários trechos <strong>do</strong> Alcorão Sagra<strong>do</strong>, é denomina<strong>do</strong> de “O Sedutor”. Ou seja, “sedutores” são aqueles indivíduos que,<br />
leva<strong>do</strong>s por maus impulsos e agin<strong>do</strong> como verdadeiros “demônios” sociais, desencaminham outras pessoas, disseminan<strong>do</strong><br />
a discórdia, promoven<strong>do</strong> o desequilíbrio econômico e levan<strong>do</strong> milhões a um esta<strong>do</strong> de miséria (NE).<br />
po econômico, quer em qualquer outro campo, não é para se<br />
proteger das crises que pairam sobre os sistemas correntes de<br />
ignorância e o que acarretam elas de sofrimento aos povos.<br />
A insistência <strong>do</strong>s muçulmanos em recorrer à vida islâmica,<br />
com base no sistema econômico islâmico e nas demais legislações<br />
sociais e políticas islâmicas, não é um impulso egoísta na<br />
direção da lei, por considerá-la a realização de interesses individualistas,<br />
ou para, simplesmente, regular tu<strong>do</strong> o que se refere<br />
aos assuntos <strong>do</strong> indivíduo, da sociedade e da nação. A busca pela<br />
aplicação <strong>do</strong> Islã e a resposta afirmativa à convocação em direção<br />
a ele só pode ocorrer por um impulso ritual cujos valores são<br />
a crença na divindade <strong>do</strong> Legisla<strong>do</strong>r, que é Deus Altíssimo.<br />
A corrupção que grassa na economia e nas sociedades<br />
mundiais, a fome de milhões de pessoas, a inflação de preços,<br />
a crise energética, entre outros<br />
males, não são gera<strong>do</strong>s pela falta de<br />
um sistema econômico igualitário<br />
nem pela falta <strong>do</strong>s recursos dispostos<br />
por Deus, pois suas dádivas<br />
são incalculáveis. Esses problemas<br />
são o resulta<strong>do</strong> concreto<br />
da obediência ao extravio, que<br />
leva à má distribuição de renda<br />
praticada pelos sedutores 2 e<br />
monopoliza<strong>do</strong>res. “Deus não<br />
é injusto com os homens;<br />
porém, os homens se condenam<br />
a si mesmos.” (Alcorão<br />
Sagra<strong>do</strong>, 10:44).<br />
Revista Islâmica Evidências -