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s A M<br />
■ ?! ■■■■<br />
3)E ^^ í*—: ,<br />
a.<br />
As ruas ds Santa Mari « C* ■ ^ ti sn as veja<br />
pelo nome. ;s3 :nta'<br />
- qui nem os olhos dn Maria -<br />
Mesmo que no passar d03 temo os<br />
tenham ficado manchas inepagaveis<br />
no chão o sengue tinto, das lágrimas<br />
cristalinas üi Sandra Maria.,<br />
Dobram-ss os sinos r.a Colina de Vitória<br />
Beatas choram o batsm os lábios em rezas<br />
Em pavorosas par&fsmaliaá passa<br />
gritando o carroceiro:■ -<br />
- Mataram Dr . K3RBAÍ Mataram um pedaço<br />
de mimj - - ■ í<br />
MS ruas de Santa Maria tem a mesma luz<br />
afável<br />
que têm os olhos do Sandra Maria.<br />
Se as vejo pelas lembranças, são tão<br />
crianças aquelas ruas, . ■<br />
Tão cheias do saudades o amores, , ,<br />
Dobram-se os sinos na Colina ds Vitqria<br />
e a cidode em peso desfila pela Teixeira<br />
de Frsitasu- . .<br />
Foi lá que tcmbou 3 herói dos posseiros,,<br />
E passa um ciclista assustado gritando<br />
passai lavradores chorando<br />
Beatas de rosários nas mãos, passam<br />
todos gritando, gritando:<br />
- Mataram Dr. EUGÊNIO LYRAj Mataram<br />
um pouco de nós.<br />
Choram mulheres grávida.:, . . posseiros<br />
perseguidos, . . choram meninos,<br />
meninas. . ,<br />
Enquanto os homens pasmo3 fitam o corpo<br />
no chão.<br />
! t<br />
rõn oas<br />
.—i í<br />
a a l Idl<br />
r ^^ r<br />
Chorarei tua lágrima<br />
Suando meu pranto rolar,<br />
Quererei teu sorriso<br />
Quando rrr nha face brilhar.<br />
Suplicarei teu carinho<br />
Quando a carícia rogar.<br />
Sentirei teu beijo<br />
Quando minha boca beijar.<br />
Pedirei teus braços<br />
Quando meu corpo chamar,<br />
Quererei tua incerteza<br />
De quem do nós ama mais,<br />
a mais visível certeza.<br />
Assim, nao ba lOIS<br />
Que um ame como louco<br />
,( Quando o amor implora<br />
de cada um um uouco.<br />
Mas alei<br />
,".■'■<br />
As ruas de .Santa Maria me lembram o<br />
f Que derramam o sangue<br />
Santa Clara,<br />
; Que corre nas veias<br />
porque tudo era tão bom nas suas noites<br />
Dos pálidos pobres<br />
de alegria<br />
E dos polidos nobres, , ,<br />
Lá nunca se ouviu uma ameaça, somente<br />
juras de amor.<br />
Será que a Lei se vende?<br />
As ruas de Santa Maria me lembram Sandra<br />
Maria e o carnaval<br />
,0u não há justiça?<br />
,..■,.<br />
As ruas de Santa Maria estão manchadas /-<br />
de saudades / por onde passo vejo noraes/'f<br />
ouço vozes do passado ferindo o presen- ;| autor: Gilvando Bastos Fraga<br />
te / e o peito dessa gente a vagar pelçjSjj<br />
ruas de .Santa Maria» /Nequelas ruas nos 1<br />
nos amamos tanto,/ tanto, / que nem dou<br />
por conta / de quantas vezes beijei<br />
Sandra Maria, ■ •<br />
(Flamarion A.A3Coste~ DF,setembro/BS)<br />
pág. 4<br />
..i<br />
Ante<br />
- dl a<br />
ã de vir<br />
;üJ ; agora<br />
coração desistir.<br />
d. ss^rn, quero teu amor-<br />
Antas ds o meu regredir.<br />
autoj Hnil NOVAES Neto<br />
E stou grilado', , „<br />
I PQV- causa destes grileiros,<br />
1 Estou chateado;<br />
1 Entre ostes trilhoiros<br />
| DG te rras ai hei as „<br />
0 POSSEIRO = Março/84