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PELO FACEBOOK, MORADOR DE PERNAMBUÉS DESCOBRE ...

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Terra esquecida<br />

Condomínio do Minha Casa, Minha Vida fica em área deserta e sem estrutura básica de saúde e educação<br />

PERDIDAS e isoladas em<br />

Salvador. As cerca de 1.500 famílias<br />

beneficiadas com uma<br />

moradia do Minha Casa, Minha<br />

Vida, nos quatro blocos do<br />

Condomínio Bosque das Bromélias,<br />

vivem completamente<br />

segregadas do ambiente urbano.<br />

Localizados na rodovia CIA-<br />

6<br />

cidade<br />

cidade@jornaldametropole.com.br<br />

Fotos Darío Guimarães<br />

Texto Adalton dos Anjos<br />

adalton.anjos@metro1.com.br<br />

Audiência pública I<br />

Uma audiência pública foi realizada junto com os moradores<br />

do condomínio, Prefeitura e a então vereadora<br />

Olívia Santana (PC do B) no início de 2012. De lá para<br />

cá, apenas uma passarela foi construída na BA-526.<br />

-Aeroporto, uma das fronteiras<br />

da cidade, os prédios formam<br />

o Bairro Novo — tão novo que<br />

não tem nada além dos imóveis.<br />

Faltam locais para a compra<br />

de produtos e realização<br />

de serviços, além de estruturas<br />

básicas como escolas e postos<br />

de saúde. Sair com emergência<br />

depois das 22h é praticamente<br />

impossível, já que a última<br />

linha de ônibus só passa pelo<br />

local até esta hora.<br />

“Eu mesmo não posso trazer<br />

minha filha para cá, porque não<br />

tem escola. Tive que deixar ela<br />

onde está, com a minha mãe em<br />

Marechal Rondon”, afirma a operadora<br />

de caixa Leidiane Amorim.<br />

Ainda segundo ela, apenas<br />

uma van foi disponibilizada pela<br />

Prefeitura de Salvador para levar<br />

alunos da rede municipal para escolas<br />

em São Cristóvão.<br />

Audiência pública II<br />

Segundo a hoje ex-vereadora, durante a audiência pública,<br />

os representantes da Prefeitura não assumiram<br />

compromissos para oferecer serviços públicos essenciais<br />

como escolas, posto de saúde e creches.<br />

A diarista Antônia Maria,<br />

que recebeu as chaves do apartamento<br />

há pouco mais de um<br />

Mais cidade?<br />

www.metro1.com.br/cidade<br />

mês, também terá os estudos<br />

prejudicados. “Estudava em<br />

Tancredo Neves, mas deixei,<br />

porque vou ter que passar a<br />

estudar em... [longa pausa]<br />

Como é o nome? É... São Cristóvão.<br />

Vou ter que estudar lá”,<br />

diz, ainda desacostumada com<br />

a distância de 5 km entre o<br />

Bairro Novo e São Cristóvão<br />

— o mais próximo resquício de<br />

civilização urbana.<br />

Sem estrutura básica de clínicas, hospitais e escolas, o Bosque das Bromélias, na rodovia CIA-Aeroporto, é um condomínio isolado do que se pode considerar como vida em sociedade<br />

Sem transporte decente<br />

Uma das reclamações mais<br />

constantes dos moradores do Condomínio<br />

Bosque das Bromélias é<br />

sobre o transporte: os ônibus demoram<br />

a passar e a quantidade de<br />

pessoas em cada viagem é enorme.<br />

“Só tem uma linha de ônibus<br />

que passa por aqui. Do Barro Duro<br />

para Estação Mussurunga. Ontem<br />

levei duas horas no ponto”, conta<br />

Leidiane. Segundo os moradores, o<br />

último ônibus da linha sai da Estação<br />

Mussurunga às 22h20 e quem<br />

precisa trabalhar até mais tarde precisa<br />

de uma ajuda dos patrões ou<br />

utilizar o serviço de ônibus intermunicipais,<br />

que têm tarifas mais caras e<br />

circulam até cerca de meia-noite. É<br />

isso ou ficar desempregado.<br />

“A gente carece de um transporte<br />

melhor e em maior quantidade”,<br />

afirma o morador Graciliano Costa.<br />

Seis meses após a chegada dos moradores, uma passarela está sendo construída para ajudar na travessia<br />

Salvador, 18 de janeiro de 2013

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