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As mãos que fazem esta obra - Flor de Lis

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Rover<br />

Edição 4 Versão A<br />

EDIÇÃO 4 VERSÃO A QUINTA-FEIRA, 12 DE AGOSTO DE 2010<br />

O Jornal <strong>de</strong> Campo do Rover 2010 tem edição diária. Em cada dia existem duas<br />

versões diferentes <strong>que</strong> po<strong>de</strong>s ler. Neste momento estás a ler a Versão A da Edição 4.<br />

Procura pelo Rover a outra versão <strong>de</strong>ste dia, pe<strong>de</strong> empr<strong>esta</strong>do e boa leitura!<br />

<strong>As</strong> <strong>mãos</strong> <strong>que</strong> <strong>fazem</strong><br />

<strong>esta</strong> <strong>obra</strong><br />

EDITORIAL<br />

Hoje vai chover...<br />

Hoje é um dia <strong>de</strong> viragem... <strong>As</strong> Tribos já estão instala-<br />

das, as Famílias já estão a preparar os seus serviços, os<br />

Povos estão reunidos...<br />

O rai<strong>de</strong> terminou, as mochilas <strong>de</strong>scolaram-se das costas,<br />

os músculos relaxaram, os pés saltaram <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro das<br />

botas para serem muito bem recebidos pelos Chefes <strong>de</strong><br />

Família e <strong>de</strong> Povo.<br />

Chegámos ao dia do meio e hoje vai chover… Hoje é o<br />

dia do Dilúvio. A<strong>que</strong>le dia, em <strong>que</strong> <strong>de</strong>ixamos para trás<br />

tudo o <strong>que</strong> é velho, <strong>que</strong> nos pren<strong>de</strong>, <strong>que</strong> nos faz pes-<br />

soas fúteis e egoístas, pouco visionárias e viradas para o<br />

aqui e agora. Começa o Serviço!<br />

Po<strong>de</strong>s ficar na mesma, mas serás arrastado pelas águas.<br />

Se aceitares ser renovado, se te preparares e fizeres a<br />

tua Arca, quando olhares o mundo <strong>de</strong> novo, ele será<br />

diferente e o arco-íris brilhará no teu horizonte.<br />

O trabalho é libertador, mas quando trabalhamos para<br />

os outros em prol <strong>de</strong> um bem comum tudo se revela<br />

ROVER 2001<br />

“Ao fim <strong>de</strong>stes anos todos,<br />

sei exactamente o sítio on<strong>de</strong><br />

nos <strong>de</strong>ixaram, o caminho<br />

<strong>que</strong> percorremos, lembro-me<br />

como se fosse hoje cada noite<br />

<strong>que</strong> passámos nesse raid.”<br />

O Dilúvio será o teu recomeço.<br />

com novos contornos.<br />

REPORTAGEM<br />

Staff, a engrenagem<br />

escondida<br />

Simples gestos como um beijo ou um abraço, valem mais do <strong>que</strong> muitos presentes ou <strong>de</strong>sculpas vazias.<br />

A aliança foi renovada e o amor muito r<strong>esta</strong>belecido. É tempo <strong>de</strong> viver intensamente…<br />

Nunca darás o suficiente se não te <strong>de</strong>res a ti próprio. A<br />

exemplo <strong>de</strong> Cristo, <strong>que</strong> se ofereceu na cruz por TODOS<br />

nós, especialmente, por ti! Não há recompensa maior do<br />

<strong>que</strong> saber <strong>que</strong> Lhe <strong>fazem</strong>os a vonta<strong>de</strong>. E isso, sabemos<br />

quando vimos o brilho nos olhos e sorriso nos lábios<br />

das pessoas <strong>que</strong> nos acolhem e a <strong>que</strong>m nós servimos.<br />

Fiéis aos ensinamentos <strong>que</strong> Jesus nos <strong>de</strong>ixou, fiéis ao<br />

i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> BP, fiéis a nós próprios e à nossa Promessa, é<br />

tempo <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixarmos o <strong>que</strong> nos corrompe e <strong>de</strong>ixarmo-<br />

nos lavar por este Dilúvio <strong>que</strong> nos renovará. Deus não<br />

nos es<strong>que</strong>ce e insiste em fazer alianças connosco. Ele<br />

compromete-se, não <strong>de</strong>siste. E tu?<br />

Podia ser um dia como outro qual<strong>que</strong>r, mas hoje tudo<br />

vai ser diferente… provavelmente, hoje nem vai chover,<br />

mas é dia <strong>de</strong> Dilúvio! Se ousaste entrar n<strong>esta</strong> viagem,<br />

já não tens retorno! Jamais serás igual ao <strong>que</strong> um dia<br />

foste! És mais Caminheiro?


REPORTAGEM<br />

Staff, a engrenagem escondida<br />

Enquanto as várias tribos se dirigiam<br />

para as povoações on<strong>de</strong> irão realizar<br />

as suas acções <strong>de</strong> serviço, o povo <strong>de</strong><br />

Lot esforçava-se arduamente para<br />

erigir as infraestruturas e serviços<br />

do campo <strong>que</strong> congregará todos os<br />

povos durante os dias finais <strong>de</strong>ste<br />

Rover. Durante estes dias <strong>que</strong> ante-<br />

ce<strong>de</strong>m a chegada dos caminheiros,<br />

<strong>que</strong>m observe o campo <strong>que</strong> se <strong>esta</strong>-<br />

beleceu junto à barragem <strong>de</strong> Santa<br />

Luzia, encontrará diversas equipas<br />

<strong>de</strong> dirigentes e CIL’s, espalhadas pela<br />

margem oeste do lago, a construir<br />

pórticos, tendas e <strong>de</strong>mais infraestru-<br />

turas. Outras equipas garantem a<br />

segurança do campo, a alimentação<br />

do povo <strong>de</strong> Lot e a convalescença e<br />

saú<strong>de</strong> dos participantes mais aci<strong>de</strong>n-<br />

tados, serviço <strong>que</strong> por sinal tem sido<br />

dos mais concorridos.<br />

O Rover auscultou o <strong>esta</strong>do <strong>de</strong><br />

espírito do Staff <strong>de</strong> campo, tendo-se<br />

cruzado com um dirigente oriundo<br />

<strong>de</strong> terras distantes, o Elénio, pro-<br />

veniente da Guiné-Bissau, <strong>que</strong> tem<br />

servido na equipa das infraestruturas.<br />

Tendo <strong>esta</strong>do presente no Mercado<br />

Internacional <strong>de</strong> 2009 teve conheci-<br />

mento <strong>de</strong> diversas activida<strong>de</strong>s nacio-<br />

SHORT MESSAGE ROVER<br />

EP ROVER / ENCC<br />

nais, nomeadamente o Rover 2010.<br />

Uma leitura da <strong>Flor</strong> <strong>de</strong> <strong>Lis</strong> foi for-<br />

necendo mais informação acerca do<br />

<strong>que</strong> se preparava para a Pampilhosa<br />

da Serra. Face ao interesse evi<strong>de</strong>n-<br />

ciado, surgiu o convite do CNE para<br />

a participação <strong>de</strong> um elemento do<br />

CNEGB. À chegada a campo Elénio<br />

esperava por “dias <strong>de</strong> trabalho,<br />

<strong>de</strong> paz, <strong>de</strong> prece, <strong>de</strong> fraternida<strong>de</strong>,<br />

sobretudo <strong>de</strong> aprendizagem”. Na sua<br />

bagagem <strong>de</strong> regresso <strong>de</strong>seja levar<br />

muitas memórias e experiências,<br />

sobretudo experiência <strong>de</strong> organiza-<br />

ção e aprendizagem, esperando levar<br />

muitas coisas novas. Embora <strong>de</strong>se-<br />

jando trabalhar directamente com<br />

as tribos, caminhando a seu lado,<br />

observando o seu funcionamento,<br />

Elénio aproveita ao máximo as opor-<br />

tunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> enri<strong>que</strong>cimento <strong>que</strong><br />

o trabalho como staff lhe propor-<br />

ciona, absorvendo ao máximo toda<br />

<strong>esta</strong> activida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> forma a po<strong>de</strong>r<br />

regressar e espalhar a semente aqui<br />

recolhida pela Guiné-Bissau, permi-<br />

tindo uma maior dinamização da IV<br />

secção <strong>de</strong>sse país: “é um dos objec-<br />

tivos, vir cá ver como é <strong>que</strong> é, para<br />

tentar daqui a mais anos organizar<br />

O dia fica marcado pela recepção das tribos nas al<strong>de</strong>ias e pela cerimónia <strong>de</strong> lava-pés<br />

uma activida<strong>de</strong> lá, estilo Rover”.<br />

Fomos ainda ouvir quais as expec-<br />

tativas do staff para <strong>esta</strong> activida<strong>de</strong><br />

e tentámos aferir qual o <strong>esta</strong>do <strong>de</strong><br />

espírito d<strong>esta</strong> equipa <strong>que</strong>, embora<br />

actuando nas sombras, passando<br />

muitas vezes <strong>de</strong>spercebida aos olhos<br />

dos participantes, é essencial ao su-<br />

cesso d<strong>esta</strong> activida<strong>de</strong>. Para alguns<br />

dos membros do povo Lot <strong>esta</strong> é a<br />

primeira activida<strong>de</strong> em <strong>que</strong> partici-<br />

pam como staff, sendo por isso uma<br />

experiência nova, bastante diferente<br />

daquilo a <strong>que</strong> <strong>esta</strong>vam habituados,<br />

sentido-se quase como se tivessem<br />

passado para o outro lado <strong>de</strong> um<br />

espelho. Para outros é a repetição <strong>de</strong><br />

uma experiência, sempre enri<strong>que</strong>ce-<br />

dora, como membro do staff: “Para<br />

<strong>que</strong>m já foi caminheiro, uma activi-<br />

da<strong>de</strong> como o Rover é sempre en-<br />

ri<strong>que</strong>cedora, mais <strong>que</strong> não seja para<br />

passar aos mais novos aquilo <strong>que</strong><br />

nós já passámos, é uma transmissão<br />

<strong>de</strong> conhecimentos e <strong>de</strong> experiências.<br />

Estamos cá para isso e para con-<br />

viver com a<strong>que</strong>les <strong>que</strong> já partilharam<br />

um bocadinho do caminheirismo<br />

connosco”. <strong>As</strong> expectativas sobre os<br />

resultados a obter com <strong>esta</strong> activi-<br />

da<strong>de</strong> são também elevadas:”Espero<br />

<strong>que</strong> seja uma activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> refe-<br />

rência para os caminheiros, <strong>que</strong> sirva<br />

como espaço <strong>de</strong> partilha, <strong>de</strong> reflexão,<br />

<strong>de</strong> transmissão e <strong>que</strong>, há semelhança<br />

do <strong>que</strong> foi em 2001, seja uma activi-<br />

da<strong>de</strong> memorável e <strong>de</strong> referência.“<br />

Apesar das difíceis condições cli-<br />

matéricas e do árduo trabalho por<br />

eles <strong>de</strong>senvolvido, o povo <strong>de</strong> Lot<br />

DIRECÇÃO EP Rover 2010 COORDENAÇÃO Catarina Inverno DESIGN Ruben Duarte REDACÇÃO João Cardoso Newton Monteiro Vítor Oliveira FOTOGRAFIA Joana Silva Bernardo Fernan<strong>de</strong>s Nuno Dias Carla Leite<br />

CORPO NACIONAL DE ESCUTAS ESCUTISMO CATÓLICO PORTUGUÊS MORADA Rua D. Luis I, nº 34 1200-152 LISBOA TELEFONE 218427020 FAX 218427039 WEB www.cne-escutismo.pt E-MAIL geral@cne-escutismo.pt<br />

O Rover 2010 po<strong>de</strong> ser acompanhado diáriamente através da <strong>Flor</strong> <strong>de</strong> <strong>Lis</strong> online, do Picasa em “http://picasaweb.google.com/rover2010ci” e através da Ning do Rover 2010 em “http://rover2010.ning.com”<br />

apresenta um <strong>esta</strong>do <strong>de</strong> espírito<br />

bastante elevado e animado. <strong>As</strong><br />

oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> convívio não<br />

abundam, sendo sempre aproveita-<br />

das, enri<strong>que</strong>cendo as suas vivências<br />

pessoais: “<strong>As</strong> condições são difí-<br />

ceis, está muito calor e por muito<br />

boa vonta<strong>de</strong> <strong>que</strong> haja torna-se um<br />

bocado difícil para <strong>que</strong>m está a<br />

trabalhar. Em termos do espírito <strong>de</strong><br />

grupo acho <strong>que</strong> momentos como o<br />

<strong>de</strong> hoje <strong>de</strong> manhã [oração matinal]<br />

são importantes, por<strong>que</strong> <strong>fazem</strong> com<br />

<strong>que</strong> (...) estejas numa activida<strong>de</strong><br />

escutista e acho <strong>que</strong> isso faz toda a<br />

diferença e é importantíssimo”.<br />

O crescimento torna-se efectivo quando, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sempre, nos reconhecemos como vencedores. Quando te dás totalmente, através do serviço aos outros, percebes<br />

<strong>que</strong> na verda<strong>de</strong> recebes muito mais do <strong>que</strong> dás! Ponham em práctica o vosso lema: Servir!


Rover<br />

Edição 4 Versão B<br />

EDIÇÃO 4 VERSÃO B QUINTA-FEIRA, 12 DE AGOSTO DE 2010<br />

O Jornal <strong>de</strong> Campo do Rover 2010 tem edição diária. Em cada dia existem duas<br />

versões diferentes <strong>que</strong> po<strong>de</strong>s ler. Neste momento estás a ler a Versão B da Edição 4.<br />

Procura pelo Rover a outra versão <strong>de</strong>ste dia, pe<strong>de</strong> empr<strong>esta</strong>do e boa leitura!<br />

Ponham em práctica o<br />

vosso lema: Servir!<br />

EDITORIAL<br />

Hoje vai chover...<br />

Hoje é um dia <strong>de</strong> viragem... <strong>As</strong> Tribos já estão instala-<br />

das, as Famílias já estão a preparar os seus serviços, os<br />

Povos estão reunidos...<br />

O rai<strong>de</strong> terminou, as mochilas <strong>de</strong>scolaram-se das costas,<br />

os músculos relaxaram, os pés saltaram <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro das<br />

botas para serem muito bem recebidos pelos Chefes <strong>de</strong><br />

Família e <strong>de</strong> Povo.<br />

Chegámos ao dia do meio e hoje vai chover… Hoje é o<br />

dia do Dilúvio. A<strong>que</strong>le dia, em <strong>que</strong> <strong>de</strong>ixamos para trás<br />

tudo o <strong>que</strong> é velho, <strong>que</strong> nos pren<strong>de</strong>, <strong>que</strong> nos faz pes-<br />

soas fúteis e egoístas, pouco visionárias e viradas para o<br />

aqui e agora. Começa o Serviço!<br />

Po<strong>de</strong>s ficar na mesma, mas serás arrastado pelas águas.<br />

Se aceitares ser renovado, se te preparares e fizeres a<br />

tua Arca, quando olhares o mundo <strong>de</strong> novo, ele será<br />

diferente e o arco-íris brilhará no teu horizonte.<br />

O trabalho é libertador, mas quando trabalhamos para<br />

os outros em prol <strong>de</strong> um bem comum tudo se revela<br />

ROVER 2001<br />

“Descobrimos o <strong>que</strong><br />

era verda<strong>de</strong>iramente o<br />

caminheirismo, aquilo <strong>que</strong><br />

muita gente fala e poucos o<br />

viveram intensamente.”<br />

O Dilúvio será o teu recomeço.<br />

com novos contornos.<br />

POVOS<br />

O vermelho<br />

chegou à serra<br />

Simples gestos como um beijo ou um abraço, valem mais do <strong>que</strong> muitos presentes ou <strong>de</strong>sculpas vazias.<br />

A aliança foi renovada e o amor muito r<strong>esta</strong>belecido. É tempo <strong>de</strong> viver intensamente…<br />

Nunca darás o suficiente se não te <strong>de</strong>res a ti próprio. A<br />

exemplo <strong>de</strong> Cristo, <strong>que</strong> se ofereceu na cruz por TODOS<br />

nós, especialmente, por ti! Não há recompensa maior do<br />

<strong>que</strong> saber <strong>que</strong> Lhe <strong>fazem</strong>os a vonta<strong>de</strong>. E isso, sabemos<br />

quando vimos o brilho nos olhos e sorriso nos lábios<br />

das pessoas <strong>que</strong> nos acolhem e a <strong>que</strong>m nós servimos.<br />

Fiéis aos ensinamentos <strong>que</strong> Jesus nos <strong>de</strong>ixou, fiéis ao<br />

i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> BP, fiéis a nós próprios e à nossa Promessa, é<br />

tempo <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixarmos o <strong>que</strong> nos corrompe e <strong>de</strong>ixarmo-<br />

nos lavar por este Dilúvio <strong>que</strong> nos renovará. Deus não<br />

nos es<strong>que</strong>ce e insiste em fazer alianças connosco. Ele<br />

compromete-se, não <strong>de</strong>siste. E tu?<br />

Podia ser um dia como outro qual<strong>que</strong>r, mas hoje tudo<br />

vai ser diferente… provavelmente, hoje nem vai chover,<br />

mas é dia <strong>de</strong> Dilúvio! Se ousaste entrar n<strong>esta</strong> viagem,<br />

já não tens retorno! Jamais serás igual ao <strong>que</strong> um dia<br />

foste! És mais Caminheiro?


POVO JACOB<br />

“Eis-nos chegados a<br />

Dornelas do Zêzere<br />

prontos a servir!”<br />

<strong>As</strong> tribos estão agora reple-<br />

tas <strong>de</strong> sentimentos e palavras<br />

<strong>de</strong> união, companheirismo e<br />

partilha:”Ganhámos uma tribo mais<br />

unida o <strong>que</strong> nos permite viver este<br />

Rover da melhor maneira”; “Somos<br />

mais do <strong>que</strong> nós, somos um só!”<br />

Também as gentes <strong>de</strong>ste concelho<br />

<strong>de</strong>ixaram marcas in<strong>de</strong>léveis nos<br />

Caminheiros <strong>que</strong> ao longo do seu<br />

caminho se viram confrontados com<br />

a simplicida<strong>de</strong> da entrega generosa<br />

e <strong>de</strong>sinteressada da<strong>que</strong>les <strong>que</strong> se<br />

cruzaram no seu caminho:”Ficámos<br />

sem dúvida surpreendidos com a<br />

simpatia e hospitalida<strong>de</strong>”. É visível<br />

um sentimento geral <strong>de</strong> “Realização<br />

pessoal (…) Pensar eu vou conseguir<br />

e conseguir com eles... é muito bom!”<br />

A cerimónia do lava-pés foi um<br />

marco para todos: “senti-me parte<br />

<strong>de</strong> algo muito maior do <strong>que</strong> eu, una<br />

com a minha tribo”. Este momento<br />

<strong>de</strong> reflexão, altamente simbólico e<br />

emotivo assinala a chegada e a pron-<br />

tidão para Servir dos caminheiros,<br />

preparando-os para tal: “Foi essen-<br />

cial! É uma preparação diferente,<br />

ultrapassa o mental e o físico”. Em<br />

conclusão os participantes esperam<br />

e <strong>de</strong>sejam ”Que o serviço <strong>que</strong> vamos<br />

fazer esteja à altura daquilo <strong>que</strong> <strong>esta</strong>s<br />

pessoas têm feito por nós!”<br />

SHORT MESSAGE ROVER<br />

EP ROVER / ENCC<br />

Staff <strong>de</strong> infra-estruturas prepara divisão <strong>de</strong> campo<br />

POVO ESAÚ<br />

Eis <strong>que</strong> chega o dia do<br />

reencontro do Povo!<br />

<strong>As</strong> Tribos chegavam a conta gotas à<br />

localida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Fajão. Era evi<strong>de</strong>nte o<br />

cansaço <strong>que</strong> sentiam mas a alegria<br />

sobrepunha-se a qual<strong>que</strong>r escolho.<br />

Ao fim do dia <strong>de</strong>u-se o acolhimento<br />

dos chefes <strong>de</strong> Povo. <strong>As</strong> Tribos eram<br />

recebidas, à vez, com um chá <strong>de</strong><br />

ervas e convidadas a partilhá-lo entre<br />

eles. Em seguida, entravam na igreja,<br />

iluminada por um caminho <strong>de</strong> velas,<br />

ao som <strong>de</strong> música calma e relaxante,<br />

criando um ambiente <strong>de</strong> reflexão<br />

intenso. Depois, dirigiam-se ao <strong>As</strong>sis-<br />

tente <strong>de</strong> Povo <strong>que</strong> lhes dava palavras<br />

<strong>de</strong> humilda<strong>de</strong> enquanto reviviam a<br />

parábola do lava-pés.<br />

“(…) foi uma mescla <strong>de</strong> paz, calma<br />

e ao mesmo tempo um sentimento<br />

<strong>de</strong> termos ultrapassado um gran<strong>de</strong><br />

obstáculo.”, como testemunhou um<br />

caminheiro.<br />

No final, eram recebidos pelo chefe<br />

<strong>de</strong> povo <strong>que</strong> formalizava o reen-<br />

contro das familias carimbando o<br />

símbolo do Povo no braço <strong>de</strong> cada<br />

um. Já no exterior, notou-se nos<br />

cami nheiros <strong>que</strong> algo os tinha emo-<br />

cionado <strong>de</strong>ntro da igreja.<br />

“(…) já senti momentos tão ou mais<br />

intensos como este, mas a maior<br />

diferença foi a intensida<strong>de</strong> espiritual<br />

das palavras <strong>que</strong> o sr. Padre nos<br />

disse.”<br />

POVO JOSÉ<br />

“Os meus pés<br />

ficaram novos”<br />

À entrada <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> Baixo, a seta<br />

indicava o caminho: EGIPTO!<br />

Foram proporcionadas 5 experiências<br />

sensatórias <strong>de</strong> forma bastante aco-<br />

lhedora! Ao entrar na al<strong>de</strong>ia, sentia-se<br />

toda a envolvência criada ao redor<br />

<strong>de</strong>ste momento tão importante. Os<br />

Caminheiros foram levados a pôr à<br />

prova o paladar, <strong>que</strong> <strong>de</strong>u lugar ao<br />

to<strong>que</strong> do búzio, anunciando a che-<br />

gada da tribo ao Egipto.<br />

Seguiram-se experiências do olfacto,<br />

da visão e da audição. A experiência<br />

do último posto foi a Cerimónia do<br />

Lava-pés! Este foi o culminar <strong>de</strong> uma<br />

caminhada árdua <strong>de</strong> 2 dias, <strong>que</strong> se<br />

revelou <strong>de</strong> forma gradual e fantás-<br />

tica. Todos se sentiram mais leves e<br />

realizados:<br />

“Aquilo <strong>que</strong> Jesus Cristo fez aos seus<br />

discípulos para <strong>que</strong> eles fizessem<br />

<strong>de</strong>pois aos outros, foi isso <strong>que</strong> nos<br />

aconteceu aqui: chegámos, fomos<br />

servidos e agora é a nossa altura <strong>de</strong><br />

DIRECÇÃO EP Rover 2010 COORDENAÇÃO Catarina Inverno DESIGN Ruben Duarte REDACÇÃO João Cardoso Newton Monteiro Vítor Oliveira FOTOGRAFIA Joana Silva Bernardo Fernan<strong>de</strong>s Nuno Dias Carla Leite<br />

CORPO NACIONAL DE ESCUTAS ESCUTISMO CATÓLICO PORTUGUÊS MORADA Rua D. Luis I, nº 34 1200-152 LISBOA TELEFONE 218427020 FAX 218427039 WEB www.cne-escutismo.pt E-MAIL geral@cne-escutismo.pt<br />

O Rover 2010 po<strong>de</strong> ser acompanhado diáriamente através da <strong>Flor</strong> <strong>de</strong> <strong>Lis</strong> online, do Picasa em “http://picasaweb.google.com/rover2010ci” e através da Ning do Rover 2010 em “http://rover2010.ning.com”<br />

servir”.<br />

O rai<strong>de</strong> proporcionou a partilha <strong>de</strong><br />

suas vivências… <strong>de</strong>ram passos impor-<br />

tantes n<strong>esta</strong> construção fantástica<br />

<strong>que</strong> é a Fraternida<strong>de</strong> do ar livre e do<br />

Serviço, tal como BP um dia também<br />

sonhou!<br />

“Po<strong>de</strong>m não saber interpretar os so-<br />

nhos, mas nunca <strong>de</strong>ixem <strong>de</strong> so nhar!”<br />

POVO ISAAC<br />

“When I say I...”<br />

Chegando o Povo à Pampilhosa as-<br />

sim chega também o Rover a popula-<br />

ção, numa caminhada <strong>que</strong> se tornou<br />

um espaço <strong>de</strong> partilha “Com vonta<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> chegar mais além”.<br />

Nas várias opiniões recolhidas, junto<br />

dos participantes, foi unânime <strong>que</strong> a<br />

caminhada começada há dois dias<br />

foi imensamente enri<strong>que</strong>cedora tanto<br />

pessoalmente como em tribo,” Foi<br />

enri<strong>que</strong>cedora, mas as conclusões<br />

não consigo tirar logo no momento<br />

imediato.” É a frase <strong>que</strong> caracteriza<br />

toda a experiência durante o raid.<br />

Referindo a passagem do Antigo Tes-<br />

tamento sobre a caminhada do povo<br />

<strong>de</strong> Isaac, a recepção e cerimónia do<br />

lava-pés foi muito intimista levando<br />

as várias tribos a <strong>de</strong>itarem ao lago<br />

tudo o <strong>que</strong> as po<strong>de</strong> separar e a pro-<br />

curar <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> cada um “a aliança<br />

na nossa tribo”, <strong>de</strong>monstrando <strong>que</strong><br />

nem sempre a relação com outros é<br />

a mais pacata mas como é referido<br />

”não nos conheciamos mas foi amor<br />

à primeira vista, ainda assim nem<br />

sempre é facil aceitar as opiniões dos<br />

outros.”<br />

No final do dia o povo recebeu a<br />

visita <strong>de</strong> alguns membros da CMPS<br />

pedindo-lhes <strong>que</strong> construissem e<br />

dando, não é facil mas “Se fosse fácil<br />

nós não estávamos aqui”.<br />

POVO ABRAÃO<br />

“Estou pronto para o<br />

<strong>que</strong> vier...”<br />

O povo <strong>de</strong> Abraão, após alguns<br />

imprevistos durante o rai<strong>de</strong>, chegou<br />

a Unhais-O-Velho. Aparentemente<br />

com ar fatigado, mas revelando um<br />

enorme espírito <strong>de</strong> equipa, referiram<br />

frases como: “(...) vivi o rai<strong>de</strong> em<br />

completo espírito <strong>de</strong> equipa(...)” ou<br />

outras como: “(...)cimentámos a nossa<br />

relação como tribo(...)”.<br />

A experiência vivida durante a cami-<br />

nhada até à freguesia, foi marcante<br />

para gran<strong>de</strong> parte dos participantes,<br />

realçando a expressão <strong>de</strong> um cami-<br />

nheiro <strong>que</strong> refere:”(...)cimentei o meu<br />

gosto pelo escutismo, <strong>esta</strong>va a faltar-<br />

me algo assim na vida escutista,<br />

por<strong>que</strong> era o <strong>que</strong> gostava <strong>de</strong> fazer e<br />

é o <strong>que</strong> <strong>que</strong>ro continuar a fazer para<br />

o resto da minha vida.(...)”.<br />

Os Caminheiros, na chegada à al<strong>de</strong>ia,<br />

foram recebidos <strong>de</strong> uma forma muito<br />

acolhedora e amável pelos seus<br />

Chefes <strong>de</strong> Família.<br />

Este dia teve o seu ponto alto na<br />

cerimónia do Lava-pés. Foi uma<br />

dinâmica <strong>de</strong> reflexão mas também<br />

uma oportunida<strong>de</strong> para recon-<br />

ciliação com Deus. Esta dinâmica<br />

acabou por ser uma preparação para<br />

o serviço: “(...)preparo-me <strong>de</strong> uma<br />

forma excepcional e gostei imenso<br />

<strong>de</strong>ste momento, estou pronto para o<br />

<strong>que</strong> vier.(...)”.<br />

O crescimento torna-se efectivo quando, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sempre, nos reconhecemos como vencedores. Quando te dás totalmente, através do serviço aos outros, percebes<br />

<strong>que</strong> na verda<strong>de</strong> recebes muito mais do <strong>que</strong> dás! Ponham em práctica o vosso lema: Servir!

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