A Mulher na Academia: Histórico e Desafios
A Mulher na Academia: Histórico e Desafios
A Mulher na Academia: Histórico e Desafios
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
quatro legislaturas. Foi a primeira Presidente da <strong>Academia</strong> Femini<strong>na</strong> Espírito-santense, da qual<br />
foi uma das fundadoras, em 1949 e a primeira mulher a ser eleita para a <strong>Academia</strong> Espíritosantense<br />
de Letras, em 1981, falecendo no ano seguinte. Em seu discurso de posse, intitulado<br />
“Recompensa” fala da honra em abrir as portas daquela septuagenária instituição para suas<br />
companheiras.<br />
A segunda mulher a entrar <strong>na</strong> AEL foi a professora, historiadora e romancista Neida Lúcia<br />
Moraes (1929), filha do também acadêmico Cícero Moraes, em 1984, <strong>na</strong> vaga de Clóvis<br />
Rabello. A terceira foi a poetisa e romancista Virgínia Gasparini Tamanini (1897-1990), em<br />
1986, sucedendo a Cícero Moraes. A quarta foi a professora An<strong>na</strong> Ber<strong>na</strong>rdes da Silveira Rocha,<br />
<strong>na</strong>scida em 1927, sucedendo a Guilherme Santos Neves, em 1990. A quinta foi a professora e<br />
poetisa Ester Abreu Vieira de Oliveira, <strong>na</strong>scida em 1933, sucedendo ao também poeta Roberto<br />
Almada, em 1996. É a atual presidente da <strong>Academia</strong> Femini<strong>na</strong> Espírito-santense de Letras. A<br />
sexta foi a poetisa Magda Regi<strong>na</strong> Lugon, <strong>na</strong>scida em 1944, em 1996. A sétima foi Maria Hele<strong>na</strong><br />
Teixeira de Siqueira (1927-2010), também em 1996. Foi a primeira mulher Presidente da AEL,<br />
de 2002 a 2004. A oitava foi a poetisa Maria das Graças Silva Neves, <strong>na</strong>scida em 1949,<br />
Presidente da AFEL de 1992 a 1996, em 1999. A no<strong>na</strong> foi a poetisa e ensaísta Maria Beatriz<br />
Figueiredo Abaurre, <strong>na</strong>scida em 1937, em 2002. A décima foi a cronista e ensaísta Josi<strong>na</strong><br />
Nunes Drumond, <strong>na</strong>scida em 1951, eleita para a vaga de Antônio José Miguel Feu Rosa, em<br />
22/08/2008.<br />
Atualmente, das 38 cadeiras ocupadas da AEL, pois duas estão vagas, sete o são por<br />
mulheres, o que á ainda um número bastante pequeno, se comparado à importância que elas<br />
têm no cenário cultural e artístico do Espírito. Essa representatividade mínima não é diferente,<br />
por exemplo, se lembrarmos que, <strong>na</strong> Assembleia Legislativa, as mulheres capixabas são três,<br />
dentre trinta; no Congresso Federal, duas, dentre oito e no Se<strong>na</strong>do, uma entre três. No Espírito<br />
Santo, nunca se elegeu uma Gover<strong>na</strong>dora, desde Luísa Gri<strong>na</strong>lda, no longínquo século XVI, e só<br />
há uma Desembargadora no Tribu<strong>na</strong>l de Justiça. A luta pela afirmação política e social das<br />
mulheres ainda é uma constante e o cenário é ape<strong>na</strong>s um pouco melhor do que o vivido pelas<br />
mulheres do século XIX, que não poderiam publicar suas obras para não se tor<strong>na</strong>rem<br />
“mulheres públicas”.<br />
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS<br />
BROCA,Brito. A Vida Literária no Brasil-1900. 4ed. Rio de Janeiro: José Olympio/ <strong>Academia</strong><br />
brasileira de Letras, 2004.<br />
CORTINES, Júlia. Versos. Vibrações. Rio de Janeiro: <strong>Academia</strong> Brasileira de Letras. 2010.<br />
COUTINHO, Afrânio.O Movimento Academicista. A Literatura no Brasil. Vol. 2.4ed. São Paulo:<br />
Global,1997.<br />
COELHO, Nelly Novaes. Dicionário Crítico de Escritoras Brasileiras. (1711-2001)São Paulo;<br />
escrituras, 2002.<br />
VENANCIO FILHO, Alberto. As <strong>Mulher</strong>es <strong>na</strong> <strong>Academia</strong>. Revista Brasileira. ABL.no. 49, p.7-43,<br />
2006.<br />
RIBEIRO, Francisco A.(Org.) Patronos&Acadêmicos. <strong>Academia</strong> Espírito-santense de Letras. 3ed.<br />
Serra: Formar, 2010.