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Novembro/2012 - Matriz de Campinas

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Informativo da Paróquia Nossa Senhora da Conceição <strong>de</strong> <strong>Campinas</strong> | Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro | ANO XV NÚMERO 196<br />

REFLEXÃO<br />

Abertura do<br />

Ano da Fé<br />

Dia 11 <strong>de</strong> outubro<br />

teve início o “Ano da<br />

Fé”, período em que<br />

somos convidados a<br />

fortalecer nossa fé no<br />

Cristo Ressuscitado<br />

e renovar nosso<br />

compromisso<br />

com a missão<br />

evangelizadora,<br />

diante dos <strong>de</strong>safi os<br />

atuais.<br />

PÁGINA 3<br />

ARQUIDIOCESE<br />

Feira da<br />

Solidarieda<strong>de</strong><br />

Nos dias 06 a 09 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro ocorre<br />

mais uma edição da Feira da<br />

Solidarieda<strong>de</strong>, em que a carida<strong>de</strong> é o<br />

ponto principal do evento, que espera a<br />

participação <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 100.000 visitantes.<br />

PÁGINA 4<br />

NOV<br />

<strong>2012</strong><br />

Paróquia <strong>de</strong><br />

<strong>Campinas</strong>:<br />

rumo aos<br />

170 ANOS<br />

Em julho <strong>de</strong> 2013 a<br />

<strong>Matriz</strong> <strong>de</strong> <strong>Campinas</strong><br />

completa 170 anos. O<br />

<strong>Matriz</strong> apresenta, até<br />

essa data, uma série <strong>de</strong><br />

reportagens fazendo<br />

memória ao trabalho <strong>de</strong><br />

evangelização realizado<br />

por esta paróquia ao<br />

longo <strong>de</strong>sses anos.<br />

REZAMOS PELAS FAMÍLIAS FELIZES<br />

A vida humana, em sua origem e <strong>de</strong>senvolvimento, precisa <strong>de</strong> amparo e proteção.<br />

Os pais são os <strong>de</strong>legados por Deus para esta missão. PÁGINA 6<br />

PÁGINA 5<br />

UM SÓ CORAÇÃO COM O PE. PELÁGIO<br />

MATRIZ DE CAMPINAS ESTÁ NO FACEBOOK. CURTA, COMENTE OU COMPARTILHE!<br />

Arquivo Paróquia<br />

Padre Clóvis apresenta a senhora Maria Aparecida Villefort, que conta suas lembranças do Padre Pelágio.<br />

Exemplo <strong>de</strong> uma família que sempre esteve muito unida ao Servo <strong>de</strong> Deus. PÁGINA 7<br />

Wesley Cruz


Junho <strong>Novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2012</strong> <strong>de</strong> <strong>2012</strong><br />

2 EDUCAÇÃO PARA A LIBERDADE<br />

Há meses atrás colaborei<br />

com uma creche, mas <strong>de</strong>scobri<br />

que é uma creche espírita.<br />

Eu como católico, posso continuar<br />

fazendo doação para<br />

essa creche? Eduardo Borges<br />

Eu só direi uma coisa: carida<strong>de</strong><br />

não tem credo religioso<br />

e <strong>de</strong>ve ser feita sempre, sem<br />

olhar religião, cor, sexo, etc.<br />

Qual o signifi cado <strong>de</strong> colocar<br />

água no vinho antes da<br />

consagração?<br />

Maria Lúcia Borges<br />

Quando o padre coloca vinho<br />

no cálice, ele coloca também<br />

uma gota <strong>de</strong> água e reza<br />

a seguinte oração que já dá<br />

o signifi cado: “Pelo mistério<br />

<strong>de</strong>sta água e <strong>de</strong>ste vinho possamos<br />

participar da divinda<strong>de</strong><br />

do vosso Filho, que se dignou<br />

assumir a nossa humanida<strong>de</strong>”.<br />

A água signifi ca a nossa humanida<strong>de</strong><br />

e o vinho a divinda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Cristo.<br />

O Monsenhor está acima<br />

ou abaixo do padre? Por que<br />

EDITORIAL<br />

O ANO DA FÉ<br />

Irmãos e irmãs,<br />

Luz e força do Re<strong>de</strong>ntor!<br />

Nossa, como o tempo voa!<br />

Daqui a dois meses encerramos<br />

mais um ano em nossa<br />

vida. Já vemos luzes brilhando<br />

pelo comércio afora, preparando<br />

para o Natal. O mês <strong>de</strong><br />

novembro, para a Igreja, marca<br />

o fi nal do ano litúrgico (dia<br />

25 com a celebração <strong>de</strong> Jesus<br />

Cristo, Rei do Universo) e inicia<br />

o novo ano, com o tempo<br />

do Advento (02 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro).<br />

É tempo <strong>de</strong> avaliar e planejar,<br />

ver o que foi bom e continuar,<br />

ver o que não foi muito bom<br />

para melhorar.<br />

Mudança é a palavra-chave,<br />

pois não somos imutáveis,<br />

somos seres em mudança contínua.<br />

A fé também é assim,<br />

exige <strong>de</strong> nós conversão contínua,<br />

é o que Jesus nos ensina.<br />

O Papa Bento XVI, <strong>de</strong>cidiu<br />

proclamar um “Ano da Fé”.<br />

Começou no dia 11 <strong>de</strong> outubro<br />

passado, no cinquentenário da<br />

abertura do Concílio Ecumênico<br />

Vaticano II, e aniversário<br />

INFORMATIVO DA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO<br />

SANTUÁRIO ARQUIDIOCESANO DE NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO<br />

Pe. Walmir Garcia dos Santos, CSsR<br />

| Pároco e Reitor do Santuário<br />

Pe. Rafael Vieira, CSsR |<br />

Jornalista Responsável (GO 01078JP)<br />

Ir. Diego Joaquim, C.Ss.R.| Editor<br />

Janaína Fi<strong>de</strong>lis, Dênis Rios e Pedro Andra<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Faria | Colaboradores<br />

Rony Ribeiro | Projeto Gráfi co<br />

Tem uma santa chamada<br />

Nossa Senhora da Abadia<br />

ou é só Nossa Senhora da<br />

Abadia <strong>de</strong> Muquém?<br />

Terezinha Teles<br />

Os títulos <strong>de</strong> Nossa<br />

Senhora sempre se referem à<br />

Maria, a Mãe <strong>de</strong> Jesus. Nossa<br />

Senhora da Abadia é um dos<br />

inúmeros títulos que Maria<br />

recebe do carinho e <strong>de</strong>voção<br />

do povo <strong>de</strong> Deus. Muquém é<br />

a região <strong>de</strong> Goiás, on<strong>de</strong> existe<br />

uma gran<strong>de</strong> festa em louvor a<br />

Nossa Senhora da Abadia.<br />

existe esse título <strong>de</strong> Monsenhor?<br />

Ruth Alves<br />

Monsenhor é um título<br />

honorífi co dado a um padre<br />

diocesano ou secular, não po<strong>de</strong>ndo<br />

ser dado a um padre<br />

religioso, ou seja, um padre<br />

que pertence a uma or<strong>de</strong>m ou<br />

congregação religiosa. O monsenhor<br />

não tem uma autorida<strong>de</strong><br />

canônica maior que a <strong>de</strong><br />

qualquer padre, uma vez que<br />

a nomeação não implica num<br />

sacramento da or<strong>de</strong>m. Assim o<br />

monsenhor só se distingue <strong>de</strong><br />

um padre comum pelo título<br />

honorífi co. Este título é dado<br />

pelo Papa a pedido do Bispo.<br />

Perdoar é um aprendizado<br />

ou é questão <strong>de</strong> puro senti-<br />

Diagramação | Agência Cerrado<br />

Revisão e Impressão | Scala Editora<br />

Tiragem: 7 mil exemplares<br />

Caixa Postal 15.143 - CEP 74501-970<br />

Fone: (62) 3533-5310 – Fax: 3533-5312<br />

www.matriz<strong>de</strong>campinas.org.br<br />

matriz<strong>de</strong>campinas@uol.com.br<br />

DIRETO AO PONTO<br />

mento? Preciso perdoar uma<br />

pessoa que até já me pediu<br />

perdão, esta pessoa me magoou<br />

profundamente.<br />

Não i<strong>de</strong>ntifi cada<br />

Perdão é um aprendizado<br />

cristão. Jesus colocou o perdão<br />

como condição para recebermos<br />

o perdão <strong>de</strong> Deus. Na<br />

oração do Pai-nosso rezamos<br />

assim: “Perdoai-nos as nossas<br />

ofensas, assim como nós perdoamos<br />

a quem nos tem ofendido”,<br />

portanto, mesmo que<br />

uma pessoa a magoe profundamente,<br />

você <strong>de</strong>ve perdoá-la.<br />

Não é fácil, mas é possível.<br />

Gostaria que me explicasse<br />

o trecho Ap 20, 5-15 que fala<br />

em mortos que não retornarão<br />

<strong>de</strong> vinte anos da publicação<br />

do Catecismo da Igreja Católica,<br />

e terminará na Solenida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Nosso Senhor Jesus Cristo<br />

Rei do Universo, no dia 24 <strong>de</strong><br />

novembro <strong>de</strong> 2013.<br />

Para que e por que celebrar<br />

o Ano da Fé? Ainda mais vivendo<br />

num mundo marcado<br />

pela violência, pela incoerência,<br />

pela fome e miséria. O<br />

cristão diante <strong>de</strong>sses problemas<br />

não po<strong>de</strong> e nem <strong>de</strong>ve se<br />

calar. Devemos <strong>de</strong>scobrir na<br />

oração os <strong>de</strong>sígnios <strong>de</strong> Deus e<br />

dar respostas a<strong>de</strong>quadas para<br />

esse mundo.<br />

O Ano da Fé será: - para<br />

agra<strong>de</strong>cer porque somos fi -<br />

lhos amados <strong>de</strong> Deus dotados<br />

do dom da fé; - para darmos<br />

ATENDIMENTO/Secretaria<br />

Segunda a sexta-feira: 8 às 19h30.<br />

Terça-feira: 7 às 20h.<br />

Sábado: 8 às 11h / 16h30 às 18h.<br />

Domingo: 7 às 11h / 15h30 às 20h.<br />

CONFISSÕES<br />

Segunda, quarta, quinta e sexta-feira:<br />

8h30 às 11h / 14h30 às 17h.<br />

Pelo Correio:<br />

Caixa Postal 15.143<br />

CEP 74501-970<br />

Goiânia (GO)<br />

razões para a nossa esperança<br />

e mostrar isso ao mundo,<br />

não somos frutos do acaso,<br />

mas temos um Deus por nós,<br />

que nos dá a garantia <strong>de</strong> uma<br />

vida feliz; - para proclamar e<br />

não vivenciar <strong>de</strong> modo egoísta,<br />

só nas celebrações ou em<br />

nossas <strong>de</strong>voções particulares.<br />

É preciso mostrar ao mundo<br />

que existe um Deus, que existe<br />

uma força que nos move na<br />

esperança, que <strong>de</strong>ve existir,<br />

como consequência, a solidarieda<strong>de</strong>,<br />

para juntos acharmos<br />

solução para os gran<strong>de</strong>s problemas<br />

da humanida<strong>de</strong>.<br />

Convido você leitor do <strong>Matriz</strong><br />

a vivenciar esse Ano da<br />

Fé com muito dinamismo e<br />

interesse. Busque aprofundar<br />

Terça-feira: 8 às 20h.<br />

Comunitária: última terça <strong>de</strong> cada mês, após<br />

cada novena perpétua.<br />

NOVENA PERPÉTUA - TERÇA-FEIRA<br />

Horários: 6 às 20h, <strong>de</strong> hora em hora.<br />

Transmissão VoxPatrisFM: 11h e Rádio Difusora<br />

Goiânia: 15 e 20h<br />

COMO PARTICIPAR?<br />

Você tem dúvidas a respeito da nossa fé?<br />

Envie as perguntas para o Pe. Walmir. Escreva para:<br />

Por e-mail:<br />

matriz<strong>de</strong>campinas@uol.com.br<br />

Pelo Telefone:<br />

3533-5310<br />

O Padre Walmir também respon<strong>de</strong> as dúvidas dos fi éis todas as<br />

segundas e quintas-feiras, durante o Programa Humberto Aidar, na Rádio<br />

Difusora <strong>de</strong> Goiânia, das 10 às 12 horas. Você ainda confere as melhores<br />

respostas no Blog do Pe. Walmir no nosso site. www.matriz<strong>de</strong>campinas.org.br<br />

à vida antes <strong>de</strong> mil anos; que<br />

Satanás será solto após um<br />

tempo, fala que o mar restituiu<br />

os mortos e que aqueles<br />

que não tiveram seus nomes<br />

escritos no livro da vida serão<br />

lançados no lago <strong>de</strong> fogo e serão<br />

atormentados pelos séculos<br />

dos séculos. Gilda Gonçalves<br />

O livro do Apocalipse <strong>de</strong><br />

São João tem uma linguagem<br />

fi gurada e não <strong>de</strong>vemos ler ao<br />

pé da letra. O texto em questão<br />

“parece sugerir um longo<br />

tempo <strong>de</strong> paz, em que o po<strong>de</strong>r<br />

do <strong>de</strong>mônio fi ca quebrado, ao<br />

menos quanto a sua infl uência<br />

direta” (Comentário da Bíblia<br />

Ed. Vozes).<br />

Qual a diferença entre adorar<br />

e idolatrar?<br />

Sandra Neves<br />

Adoração nós prestamos a<br />

Deus, reconhecendo sua onipotência,<br />

sua divinda<strong>de</strong>. É um<br />

ato <strong>de</strong> amor a Deus e <strong>de</strong> reve-<br />

rência. Idolatria é reverenciar<br />

um objeto ou uma imagem<br />

como se ela fosse um <strong>de</strong>us.<br />

Sugiro que leia em nosso site<br />

www.matriz<strong>de</strong>campinas.org.br<br />

dois textos que estão lá publicados<br />

sobre esse assunto, acho<br />

muito esclarecedores esses textos.<br />

Sempre que planejo ir à<br />

missa aparece uma visita em<br />

casa para atrapalhar. Fico com<br />

vergonha <strong>de</strong> dizer que estou<br />

saindo para não ser in<strong>de</strong>licada,<br />

<strong>de</strong>pois acabo <strong>de</strong>sanimando.<br />

Isso acontece sempre.<br />

Devo dizer à pessoa que estou<br />

<strong>de</strong> saída?<br />

Não i<strong>de</strong>ntifi cada<br />

Não se envergonhe <strong>de</strong> dizer<br />

que está <strong>de</strong> saída para ir à<br />

missa. É preciso manifestar a<br />

sua fé nesses momentos. Para<br />

não fi car sem graça e ser mal<br />

educada, convi<strong>de</strong> a visita para<br />

ir à Igreja com você.<br />

na fé cristã católica, procure<br />

conhecer a doutrina <strong>de</strong> nossa<br />

Igreja, procure ler e aprofundar<br />

no Catecismo <strong>de</strong> nossa<br />

Igreja, para não se <strong>de</strong>ixar levar<br />

por qualquer vento.<br />

Não nos esqueçamos <strong>de</strong><br />

ainda preparar bem para o<br />

Natal, procure organizar grupos<br />

<strong>de</strong> oração para celebrar a<br />

Novena do Natal em Família,<br />

essa é uma excelente oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> vivenciar o verda<strong>de</strong>iro<br />

Natal <strong>de</strong> Nosso Senhor<br />

Jesus Cristo.<br />

Que Deus abençoe a todos.<br />

Um abraço fraterno.<br />

PE. WALMIR GARCIA, C.Ss.R.<br />

Reitor e Pároco<br />

MISSAS NA MATRIZ<br />

Segunda à sexta-feira: 19h.<br />

Terça-feira: 6, 11 e 19h (com novena).<br />

Sábado: 17h.<br />

Domingo: 7, 8h30, 10, 16, 18 e 19h30.<br />

BATIZADOS<br />

Domingo, às 11h


3 REFLEXÃO<br />

O<br />

Ano da Fé, convocado pelo<br />

Papa Bento XVI com a Carta<br />

Apostólica “Porta Fi<strong>de</strong>i” <strong>de</strong><br />

outubro <strong>de</strong> 2011, começou<br />

no dia 11 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> <strong>2012</strong> e se concluirá<br />

em 24 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2013. O<br />

início do Ano da Fé marcará também os<br />

50 anos <strong>de</strong> abertura do Concílio Vaticano<br />

II e os 20 anos da promulgação do<br />

Catecismo da Igreja Católica. Em sua<br />

Carta Apostólica, o Santo Padre apresenta<br />

o objetivo da iniciativa: “O Ano<br />

da Fé é convite para uma autêntica e renovada<br />

conversão ao Senhor, único Salvador<br />

do mundo. Não po<strong>de</strong>mos aceitar<br />

que o sal se torne insípido e a luz fi que<br />

escondida (cf. Mt 5, 13-16). Devemos<br />

readquirir o gosto <strong>de</strong> nos alimentarmos<br />

da Palavra <strong>de</strong> Deus, transmitida<br />

fi elmente pela Igreja, e do Pão da Vida,<br />

oferecidos como sustento <strong>de</strong> quantos<br />

são seus discípulos” (cf. Jo 6, 51).<br />

O Bento XVI ainda afirma que “só<br />

acreditando é que a fé cresce e se revigora;<br />

não há outra possibilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> adquirir certeza sobre a própria<br />

vida, senão abandonar-se progressivamente<br />

nas mãos <strong>de</strong> um amor<br />

que se experimenta cada vez maior<br />

Devemos<br />

readquirir o gosto <strong>de</strong><br />

nos alimentarmos<br />

da Palavra <strong>de</strong> Deus,<br />

transmitida fi elmente<br />

pela Igreja, e do Pão da<br />

Vida, oferecidos como<br />

sustento <strong>de</strong> quantos<br />

são seus discípulos<br />

(cf. Jo 6, 51)<br />

ABERTURA DO<br />

porque tem a sua origem em Deus.<br />

Queremos celebrar este Ano <strong>de</strong> forma<br />

digna e fecunda”.<br />

No Brasil, o Ano da Fé teve início<br />

ofi cial na Igreja no dia 12 <strong>de</strong> outubro,<br />

data em que se comemora a Padroeira<br />

do Brasil, Nossa Senhora Aparecida. A<br />

abertura se <strong>de</strong>u durante a missa solene<br />

da festa no Santuário Nacional, às<br />

10h, que teve a presidência do Car<strong>de</strong>al<br />

Arcebispo Emérito <strong>de</strong> São Paulo, Dom<br />

Cláudio Hummes. Assim como, a convite<br />

do Papa Bento XVI, o presi<strong>de</strong>nte<br />

da Conferência Nacional dos Bispos<br />

do Brasil (CNBB), Dom Raymundo<br />

Damasceno <strong>de</strong> Assis, concelebrou com<br />

o Santo Padre, na quinta-feira, dia 11,<br />

na solene cerimônia <strong>de</strong> abertura do<br />

Ano da Fé, na Praça São Pedro, no Vaticano.<br />

Além <strong>de</strong> Dom Damasceno, outros<br />

dois bispos brasileiros concelebraram<br />

com o Papa: o car<strong>de</strong>al arcebispo<br />

emérito <strong>de</strong> Belo Horizonte (MG), Dom<br />

Serafi m Fernan<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Araújo; e o bispo<br />

emérito <strong>de</strong> Iguatu (CE), Dom José<br />

Mauro Ramalho <strong>de</strong> Alarcón Santiago.<br />

Sobre o Ano da Fé, Dom Damasceno<br />

<strong>de</strong>stacou que este período, convocado<br />

pelo Papa, “é um tempo <strong>de</strong> conversão<br />

a Deus, <strong>de</strong> fortalecer nossa fé<br />

no Cristo Ressuscitado e renovar nosso<br />

compromisso com a missão evangelizadora<br />

diante dos <strong>de</strong>safi os atuais”.<br />

O car<strong>de</strong>al recordou ainda que, nessa<br />

quinta-feira, e durante todo este ano,<br />

a Igreja celebra os 50 anos do início<br />

do Concílio Vaticano II, e o Santo Padre<br />

nos convida a ler os documentos<br />

conciliares <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma ótica evan-<br />

<strong>Novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2012</strong><br />

O papa Bento XVI<br />

inaugurou no dia 11 <strong>de</strong><br />

outubro o “Ano da Fé”<br />

e nos convida<br />

a uma<br />

autêntica<br />

e renovada<br />

conversão<br />

a Deus<br />

gelizadora: “É importante re<strong>de</strong>scobrir<br />

os conteúdos da nossa fé professada,<br />

celebrada, vivida e rezada, e refl etir<br />

sobre o próprio ato da fé, com o qual<br />

se crê. Esse é o compromisso <strong>de</strong> todo<br />

cristão, principalmente neste ano”,<br />

afi rmou Dom Damasceno.<br />

Comprometidos com esse pedido<br />

do Santo Padre, afi rmou o car<strong>de</strong>al, a<br />

CNBB está relançando os documentos<br />

do Concílio Vaticano II e uma nova<br />

edição do Catecismo e do Compêndio<br />

da Igreja Católica: “Nós temos esses<br />

meios, que o Papa nos sugere, para o<br />

aprofundamento da nossa fé”, ressaltou<br />

Dom Damasceno.<br />

O Ano da Fé vem com o propósito<br />

<strong>de</strong> alertar e propor a leitura não só<br />

dos documentos do Concílio Vaticano<br />

II, mas também da Palavra <strong>de</strong> Deus.<br />

Contudo, viver uma nova refl exão, renovar<br />

o ponto <strong>de</strong> vista nos dias atuais,<br />

e assim encontrar a luz para guiar o<br />

rebanho que está sempre à espera do<br />

Bom Pastor.<br />

DÊNIS BRUNO RIOS<br />

Colaborador<br />

do Jornal <strong>Matriz</strong>


<strong>Novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2012</strong><br />

4 EVENTO<br />

Arquidiocese <strong>de</strong><br />

Feira da<br />

Goiânia promove a<br />

Solidarieda<strong>de</strong><br />

De 6 a 9 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro, ocorre no<br />

Centro <strong>de</strong> Convenções <strong>de</strong> Goiâ-<br />

nia, a 8ª edição da Feira da Solidarieda<strong>de</strong><br />

com o tema: “Juventu<strong>de</strong><br />

missionária, sempre solidária”.<br />

A estimativa <strong>de</strong> público para o evento é<br />

<strong>de</strong> 100.000 visitantes. Em 2010, cerca <strong>de</strong><br />

150.000 pessoas passaram pela Feira, que<br />

é consi<strong>de</strong>rada a maior feira católica da região<br />

Centro-Oeste e a segunda maior do<br />

país. Ao longo <strong>de</strong> todas as edições mais <strong>de</strong><br />

1.500 expositores <strong>de</strong> vários segmentos estiveram<br />

presentes e cerca <strong>de</strong> 400.000 pessoas<br />

passaram pela Feira.<br />

De acordo com o Vicariato da Comunicação<br />

da Arquidiocese <strong>de</strong> Goiânia (VI-<br />

COM) a participação <strong>de</strong> empresas, entida<strong>de</strong>s,<br />

parceiros e<br />

voluntários po<strong>de</strong><br />

garantir recursos<br />

para que a Igreja<br />

<strong>de</strong> Goiânia continue<br />

apoiando as<br />

ações sociais realizadas<br />

em toda a<br />

Arquidiocese. A<br />

colaboração <strong>de</strong>stes<br />

organismos,<br />

que englobam<br />

mais <strong>de</strong> 1,3 milhão<br />

<strong>de</strong> católicos,<br />

ajuda a construir<br />

uma socieda<strong>de</strong><br />

melhor e mais<br />

justa.<br />

A Feira teve<br />

início em 2004,<br />

A carida<strong>de</strong><br />

é o ponto<br />

principal do<br />

evento que<br />

tem estimativa<br />

<strong>de</strong> público<br />

<strong>de</strong> 100.000<br />

pessoas<br />

após iniciativa do arcebispo <strong>de</strong> Goiânia, Dom Washington<br />

Cruz, <strong>de</strong> trazer um mo<strong>de</strong>lo semelhante à<br />

Feira da Providência, realizada pela Arquidiocese<br />

do Rio <strong>de</strong> Janeiro. A carida<strong>de</strong> é o ponto principal<br />

do evento, on<strong>de</strong> meio ambiente e sustentabilida<strong>de</strong><br />

também são discutidos.<br />

O comitê gestor da Feira da Solidarieda<strong>de</strong> administra<br />

os recursos resultantes do evento, que são encaminhados<br />

para um Fundo e aplicados em projetos<br />

<strong>de</strong> cunho pastoral e social que necessitam <strong>de</strong> apoio<br />

financeiro e estejam rigorosamente cadastrados.<br />

A Feira também conta com várias atrações, entre<br />

elas missa com Padre Robson <strong>de</strong> Oliveira, no dia 06<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro, em que os participantes po<strong>de</strong>m levar<br />

1 kg <strong>de</strong> alimento não perecível.<br />

Mais informações sobre a exposição <strong>de</strong> produtos<br />

ou projetos e obras sociais, entrar em contato no telefone:<br />

3223-0756.<br />

JANAÍNA FIDELIS<br />

Colaboradora do Jornal <strong>Matriz</strong><br />

Dom Washington Cruz e Professor Wolmir Amado em<br />

lançamento da Feira da Solidarida<strong>de</strong> em setembro<br />

Exposição da Feira em 2009<br />

Abertura da Feira na Estação Goiânia em 2010<br />

Dom Washington Cruz em lançamento da Feira <strong>2012</strong><br />

Wesley Cruz<br />

Wagmar Alves<br />

Dayane Fonte<br />

Wesley Cruz<br />

ATRAÇÕES DA FEIRA<br />

DIA 06/12:<br />

9H – ABERTURA OFICIAL COM<br />

DOM WASHINGTON CRUZ<br />

19H – MISSA COM O<br />

PE. ROBSON DE OLIVEIRA<br />

DIA 07/12:<br />

20H – SHOW COM O<br />

HARMONIA SERTANEJA<br />

DIA 09/12<br />

SHOW COM O DIEGO<br />

FERNANDES<br />

MISSA E SOLENIDADE DE<br />

ENCERRAMENTO<br />

GIRO PELAS COMUNIDADES<br />

Dia das Crianças<br />

Pedro A. <strong>de</strong> Faria<br />

No dia 07 <strong>de</strong> outubro a<br />

Comunida<strong>de</strong> São Clemente,<br />

juntamente com o Pe. Éverson<br />

Faria, realizou uma gran<strong>de</strong><br />

comemoração para o Dia das<br />

Crianças. Com muitos doces<br />

e salgadinhos a comunida<strong>de</strong><br />

recebeu 70 crianças. Além das<br />

<strong>de</strong>lícias <strong>de</strong> festa <strong>de</strong> criança<br />

a comunida<strong>de</strong> organizou<br />

brinca<strong>de</strong>iras e no final houve<br />

distribuição <strong>de</strong> lembrancinhas.


5 PARÓQUIA<br />

Paróquia <strong>de</strong> <strong>Campinas</strong>:<br />

rumo aos 170 anos<br />

Uma<br />

das mais<br />

antigas<br />

paróquias<br />

<strong>de</strong> Goiás<br />

hoje é uma<br />

paróquia<br />

urbana,<br />

mas seu<br />

território<br />

já foi muito<br />

maior Igreja <strong>Matriz</strong> <strong>de</strong> <strong>Campinas</strong>, construída pelos Re<strong>de</strong>ntoristas em<br />

1900, e <strong>de</strong>molida na década <strong>de</strong> 1960. São vistos na foto os<br />

buracos para a fundação da atual igreja.<br />

De acordo com o arquivo da<br />

paróquia, no dia 8 <strong>de</strong> julho<br />

<strong>de</strong> 1843, a igreja <strong>de</strong>dicada à<br />

Nossa Senhora da Conceição,<br />

do povoado <strong>de</strong> Campininhas <strong>de</strong><br />

Goiás, foi elevada à categoria <strong>de</strong> freguesia.<br />

O vilarejo, que surgiu em 1810<br />

na proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Joaquim Gomes da<br />

Silva Gerais, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> cedo foi confi ado<br />

à proteção <strong>de</strong> Maria Santíssima. Na<br />

época, o território, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o Triângulo<br />

Mineiro, em Minas Gerais, até o Bico<br />

do Papagaio, no extremo norte do<br />

atual Estado do Tocantins, pertencia à<br />

Diocese <strong>de</strong> Goiás, com se<strong>de</strong> na antiga<br />

capital do Estado.<br />

Neste período <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s distâncias,<br />

o território da Paróquia <strong>de</strong> Nossa<br />

Senhora da Conceição <strong>de</strong> <strong>Campinas</strong> ia<br />

até perto da divisa com o Mato Grosso,<br />

on<strong>de</strong> hoje está o território da diocese <strong>de</strong><br />

São Luís <strong>de</strong> Montes Belos. Até 1928, o<br />

Santuário do Divino Pai Eterno estava<br />

no território da paróquia <strong>de</strong> <strong>Campinas</strong>.<br />

Com o passar do tempo, e a criação<br />

das dioceses e paróquias, o território foi<br />

GIRO PELAS COMUNIDADES<br />

No dia 20 <strong>de</strong> outubro (sábado), a Pastoral da<br />

Catequese da Igreja <strong>Matriz</strong> <strong>de</strong> <strong>Campinas</strong> realizou<br />

na chácara “Tô <strong>de</strong> Boa” o retiro para as crianças<br />

da Eucaristia. Cerca <strong>de</strong> 50 crianças reuniram-se<br />

na chácara para um dia <strong>de</strong> refl exão, aprendizado,<br />

partilha e diversão.<br />

fi cando menor. Atualmente,<br />

os limites são estes: da<br />

Av. Anhanguera (no cruzamento<br />

com o Ribeirão Anicuns)<br />

segue até a Rua Senador<br />

Jaime. Da Rua Senador<br />

Jaime até a Av. Perimetral.<br />

Da Av. Perimetral até a Rua<br />

Santa Luzia. Daí até o Córrego<br />

Abajá. Do Córrego<br />

Abajá até o Ribeirão Anicuns<br />

chegando novamente<br />

na Avenida Anhanguera.<br />

De sua criação até 1894,<br />

foram 8 os párocos do cle-<br />

Retiro da Catequese<br />

ro diocesano que atuaram na paróquia,<br />

com alguns curtos períodos <strong>de</strong> vacância<br />

(confi ra lista dos párocos no quadro ao<br />

lado). Em 1894, com a chegada dos Re<strong>de</strong>ntoristas,<br />

a paróquia sempre passou<br />

a contar com um bom número <strong>de</strong> missionários<br />

no atendimento aos fi éis.<br />

A igreja atual foi construída apenas<br />

em 1960. Des<strong>de</strong> a década <strong>de</strong> 1950, com<br />

o crescimento da nova capital <strong>de</strong> Goiás,<br />

o movimento na <strong>Matriz</strong> <strong>de</strong> <strong>Campinas</strong><br />

Arquivo Paróquia<br />

Atualmente, a igreja <strong>Matriz</strong> <strong>de</strong> <strong>Campinas</strong> é uma das mais<br />

frequentadas <strong>de</strong> Goiânia, inclusive aos domingos e terçasfeiras.<br />

aumentou por dois motivos interessantes:<br />

as bênçãos da saú<strong>de</strong>, administradas<br />

pelo padre Pelágio Sauter, que viveu<br />

na paróquia os seus últimos anos <strong>de</strong><br />

vida; e as novenas perpétuas <strong>de</strong> Nossa<br />

Senhora do Perpétuo Socorro, que atualmente<br />

são celebradas às terças-feiras<br />

em 15 horários, e atraem quase 20 mil<br />

pessoas para a igreja.<br />

A partir do próximo mês, o jornal<br />

<strong>Matriz</strong> vai apresentar uma série <strong>de</strong> re-<br />

<strong>Novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2012</strong><br />

LISTA DOS PÁROCOS<br />

1843-1856 - Padre Basílio Antônio<br />

<strong>de</strong> Santa Bárbara Almeida<br />

1856-1871 - Padre João Francisco<br />

Azevedo do Nascimento<br />

1871-1874 – Cônego José Olintho<br />

1874-1876 – Padre Luiz Manoel dos Anjos<br />

1877-1878 – Cônego José Olintho<br />

1878-1881 – Padre João Francisco<br />

Guimarães, que foi “suspenso do uso das<br />

or<strong>de</strong>ns” e a paróquia ficou “vaga” durante<br />

10 anos<br />

1891-1893 – Padre Francisco Inácio <strong>de</strong> Souza<br />

1893-1894 – Padre Inácio Antônio da Silva,<br />

que recebeu os re<strong>de</strong>ntoristas e entregou-lhes<br />

a Paróquia no dia 20/01/1895, na Festa <strong>de</strong><br />

São Sebastião<br />

1895 – Pe. Gebardo Wiggermann<br />

1896 – Pe. Lourenço Gahr<br />

1898 – Pe. José Wendl<br />

1904 – Pe. Gebardo Wiggermann<br />

1906 – Pe. José Wendl<br />

1908 – Pe. Antão Jorge Heckenblaichner<br />

1916 – Pe. José Clemente Heinrich<br />

1917 – Pe. Francisco Braz Alves<br />

1919 – Pe. Carlos Hil<strong>de</strong>brand<br />

1922 – Pe. João Batista Kiermaier<br />

1924 – Pe. Conrado Kolmann<br />

1926 – Pe. Lourenço Hubbauer<br />

1930 – Pe. Carlos Eugênio Johner<br />

1933 – Pe. Conrado Kolmann<br />

1936 – Pe. José Sebastião Schuvartzmaier<br />

1939 – Pe. André Batista Troidl<br />

1942 – Pe. Conrado Kolmann<br />

1943 – Pe. Alexandre Miné<br />

1946 – Pe. Oscar Chagas <strong>de</strong> Azeredo<br />

1948 – Pe. Antônio Penteado <strong>de</strong> Oliveira<br />

1953 – Pe. Artur Bonotti<br />

1955 – Pe. Gabriel Maria Vilela<br />

1956 – Pe. Antonio Andra<strong>de</strong><br />

1959 – Pe. Miguel Poce<br />

1965 – Pe. Leodônio Marques <strong>de</strong> Assis<br />

1967 – Pe. Jesus Flores<br />

1970 – Pe. Maurílio Fernan<strong>de</strong>s<br />

1971 – Pe. Luís Ítalo Zômpero<br />

1972 – Pe. Silvério Negri<br />

1976 – Pe. Henrique Strehl<br />

1978 – Pe. Luís Marcos <strong>de</strong> Macedo<br />

1980 – Pe. Jesus Flores<br />

1981 – Pe. Henrique Sebastião Demartini<br />

1982 – Pe. Henrique Strehl<br />

1986 – Pe. Vicente André <strong>de</strong> Oliveira<br />

1988 – Pe. Jesus Flores<br />

1990 – Pe. Walmir Garcia dos Santos<br />

1991 – Pe. Alci<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Lima Júnior<br />

1996 – Pe. Maurício Brandolize<br />

2002 – Pe. Jesus Flores<br />

2005 – Pe. Walmir Garcia dos Santos<br />

(até hoje)<br />

portagens, fazendo memória do trabalho<br />

<strong>de</strong> evangelização realizado por esta<br />

paróquia nos últimos 170 anos. Queremos<br />

ouvir personagens e histórias interessantes,<br />

e quem <strong>de</strong>sejar colaborar,<br />

po<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar o seu contato na secretaria<br />

da paróquia ou man<strong>de</strong> um email para<br />

jornalmatriz<strong>de</strong>campinas@gmail.com<br />

IR. DIEGO JOAQUIM, C.SS.R.<br />

Editor Jornal <strong>Matriz</strong><br />

CURSO DE COSTURA<br />

O Centro <strong>de</strong> Assistência Social <strong>de</strong> <strong>Campinas</strong><br />

(CASC) entregou, no fi nal <strong>de</strong> outubro, o<br />

diploma <strong>de</strong> mais uma turma do Curso <strong>de</strong><br />

Costura Industrial. O projeto já<br />

formou muitas pessoas que agora<br />

chegam ao mercado <strong>de</strong> trabalho<br />

com melhor qualifi cação. Em<br />

breve, novas vagas vão surgir e<br />

você também po<strong>de</strong>rá participar.


<strong>Novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2012</strong><br />

6 FORMAÇÃO<br />

Rezamos<br />

pelas famílias<br />

felizes<br />

A vida humana,<br />

em sua origem e<br />

<strong>de</strong>senvolvimento<br />

precisa <strong>de</strong> amparo<br />

e proteção. Os pais<br />

são os <strong>de</strong>legados<br />

por Deus para<br />

esta missão<br />

Já percorremos com nossas<br />

orações o Calvário <strong>de</strong><br />

muitas famílias. Nossas<br />

preces e nossa compaixão<br />

chegaram ao coração<br />

amoroso da Mãe do Perpétuo<br />

Socorro, pedindo alívio e consolo<br />

para elas.<br />

Mas, graças a Deus, temos<br />

também, milhares e milhões<br />

<strong>de</strong> famílias felizes e abençoadas.<br />

Para essas, pedimos a<br />

graça da presença. O pedido<br />

para as famílias felizes reza<br />

assim: “Para que em nossas<br />

04/11/<strong>2012</strong> – Mt 5,1-12a<br />

Bem-aventurados<br />

Jesus apresenta <strong>de</strong> forma objetiva o que<br />

é ser santo. Alguns po<strong>de</strong>m achar que é o<br />

caminho do céu, mas pensar assim para<br />

alguns signifi ca adiar algo que <strong>de</strong>vemos<br />

viver hoje. As “bem-aventuranças” apresentadas<br />

por Jesus são ações que <strong>de</strong>vemos<br />

assumir em nossa vida hoje. Com um coração<br />

livre – “pobre <strong>de</strong> espírito” – para po<strong>de</strong>r<br />

amar e servir melhor aos nossos irmãos. De<br />

que forma? Consolando os afl itos, vivendo<br />

com mansidão, lutando pela justiça, oferecendo<br />

e acolhendo a misericórdia, buscando<br />

ter os olhos <strong>de</strong> Deus diante dos fatos<br />

do cotidiano. Como fi lhos d’Ele, <strong>de</strong>vemos<br />

ser promotores da paz. Quem segue estes<br />

ensinamentos conhecem a perseguição, a<br />

calúnia, pois são incompreendidos pelos<br />

egoístas e gananciosos do mundo. Mas<br />

trata-se <strong>de</strong> um projeto <strong>de</strong> vida feliz, agra<strong>de</strong>cida,<br />

exigente, que po<strong>de</strong> também trazer<br />

sofrimentos, mas para o qual há uma promessa<br />

maravilhosa. “Será gran<strong>de</strong> a vossa<br />

recompensa nos céus” (v. 12a).<br />

famílias tenhamos um ambiente<br />

que favoreça o cumprimento<br />

da missão que Deus<br />

lhes confi ou”. Examinemos<br />

este pedido, para enten<strong>de</strong>rmos<br />

melhor o sentido <strong>de</strong><br />

nossa prece. O que estamos<br />

pedindo é que as famílias tenham<br />

a graça <strong>de</strong> “cumprir a<br />

missão que Deus lhes confi<br />

ou.” Que é essa missão?<br />

A família <strong>de</strong>ve ser o Santuário<br />

da Vida e do Amor.<br />

O livro do Gênesis, contando<br />

a origem da família, diz<br />

assim: “Não é bom que o homem<br />

esteja sozinho, vou fazer<br />

para ele uma auxiliar que lhe<br />

seja semelhante”... “Javé fez<br />

a mulher e apresentou-a ao<br />

homem. Então o homem exclamou:<br />

Esta sim, é osso dos<br />

meus ossos e carne da minha<br />

carne” (Gn 2, 18.22-23). E Javé<br />

constitui a primeira família<br />

humana: “Por isso, o homem<br />

<strong>de</strong>ixa seu pai e sua mãe e se<br />

une a sua mulher, e eles dois<br />

se tornam uma só carne” (Ibi<br />

24). Aqui já está anunciada a<br />

primeira gran<strong>de</strong> missão da<br />

família: Tirar a pessoa da soli-<br />

11/11/<strong>2012</strong> – Mc 12,38-44<br />

Dar <strong>de</strong> coração<br />

Jesus compara neste Evangelho<br />

duas atitu<strong>de</strong>s religiosas: <strong>de</strong> um lado,<br />

quem ostenta uma suposta bonda<strong>de</strong>;<br />

<strong>de</strong> outro, uma pobre viúva que<br />

ofertou tudo o que possuía. É triste<br />

perceber que a maior parte <strong>de</strong> nós se<br />

i<strong>de</strong>ntifi ca com a primeira atitu<strong>de</strong>. O<br />

tempo que <strong>de</strong>dicamos a Deus, à comunida<strong>de</strong>-Igreja,<br />

à colaboração com<br />

o nosso próximo (que precisa <strong>de</strong> nós!)<br />

é sempre o que sobra das ativida<strong>de</strong>s<br />

mais importantes que temos em nossa<br />

agenda. É priorida<strong>de</strong> ir ao cinema<br />

ou a uma festa, do que ir à Igreja ou<br />

mesmo ouvir um amigo que precisa<br />

<strong>de</strong>sabafar. Isso é “se <strong>de</strong>r tempo eu<br />

vou”. Que pena! Jesus elogia a atitu<strong>de</strong><br />

da viúva pobre que <strong>de</strong>u tudo o que<br />

tinha, na simplicida<strong>de</strong>, na discrição,<br />

sem fi car anunciando que estava ofertando<br />

e se sacrifi cando... Isso porque<br />

ela, <strong>de</strong> fato, <strong>de</strong>u <strong>de</strong> coração, ou com o<br />

coração. Aprendamos com ela!<br />

A família, Santuário da Vida e do Amor, é uma das principais intenções dos <strong>de</strong>votos <strong>de</strong> Nossa Senhora. Na foto,<br />

celebração da festa da padroeira do Santuário, em maio/<strong>2012</strong>.<br />

dão e do egoísmo, revelando<br />

o outro, como diferente, para<br />

completá-lo, amando e sendo<br />

amado.<br />

A segunda missão da família,<br />

<strong>de</strong>ixada por Deus, é a<br />

proteção e a <strong>de</strong>fesa da raça<br />

humana. É na família que<br />

<strong>de</strong>veriam nascer e ser protegidos,<br />

os novos participantes<br />

do banquete da vida. A or<strong>de</strong>m<br />

dada por Deus, aos nossos<br />

primeiros pais, é clara e<br />

categórica: “Sejam fecundos,<br />

multipliquem-se, encham e<br />

submetam a terra” (Gn 1,28)<br />

A vida humana, em sua<br />

origem e <strong>de</strong>senvolvimento<br />

precisa <strong>de</strong> amparo e proteção.<br />

LITURGIA DOMINICAL<br />

Ir. Diego Joaquim, C.Ss.R.<br />

Os pais são os <strong>de</strong>legados por<br />

Deus para esta missão. Portanto,<br />

o plano <strong>de</strong> Deus não<br />

incluía as observações que estão<br />

se multiplicando: uniões<br />

livres, ou crianças nascidas<br />

das aventuras amorosas. A<br />

família é o Santuário da vida.<br />

Ali são gerados os fi lhos, imagens<br />

e semelhanças <strong>de</strong> Deus<br />

(Gn 1,26), pessoas humanas,<br />

com direito <strong>de</strong> serem amadas<br />

e protegidas. As consequências<br />

<strong>de</strong>correntes do não<br />

“cumprimento da missão que<br />

Deus lhe confi ou”, são <strong>de</strong>sastrosas,<br />

tanto para os indivíduos,<br />

como para a socieda<strong>de</strong>.<br />

Basta olhar ao nosso redor:<br />

18/11/<strong>2012</strong> – Mc 13,24-32<br />

E o fim do mundo?<br />

“Pois é, o fi m do mundo está marcado<br />

para o mês que vem, segundo<br />

algumas previsões. Deve ser antes<br />

do Natal. Já disseram que era para<br />

ter sido na virada do milênio, mas<br />

adiaram, sem explicar o motivo”.<br />

Pura bobagem! A Palavra <strong>de</strong> Deus já<br />

diz claramente: “Quanto àquele dia<br />

e hora, ninguém sabe, nem os anjos<br />

do céu, nem o Filho, mas somente o<br />

Pai” (v. 32). Da mesma forma, orienta<br />

que <strong>de</strong>vemos estar atentos e vigilantes.<br />

Diante do mundo que temos, ao<br />

invés <strong>de</strong> nos questionar sobre o fi m,<br />

<strong>de</strong>vemos nos preocupar com o sinal<br />

que oferecemos <strong>de</strong> fi <strong>de</strong>lida<strong>de</strong> aos ensinamentos<br />

<strong>de</strong> Cristo. Que frutos temos<br />

para colher? São frutos bons? O<br />

que nossa comunida<strong>de</strong> está fazendo<br />

para realizar hoje o projeto <strong>de</strong> Deus?<br />

Esperemos pelo encontro com o Senhor,<br />

mas com bons frutos em nossas<br />

mãos.<br />

Crianças abandonadas ao<br />

nascer; juventu<strong>de</strong> <strong>de</strong>snorteada<br />

e errante; drogas e crimes<br />

hediondos.<br />

Reconhecemos que a falta<br />

<strong>de</strong> um ambiente sadio nas<br />

famílias não é a única causa<br />

<strong>de</strong>ssas aberrações humanas,<br />

mas, sem perigo <strong>de</strong> errar,<br />

po<strong>de</strong>mos dizer que é a causa<br />

principal. Por isso, rezemos<br />

com fé: ”Para que em nossas<br />

famílias tenhamos um ambiente<br />

que favoreça o cumprimento<br />

da missão que Deus<br />

lhes confi ou!”<br />

PE. ÂNGELO LICATI, C.Ss.R.<br />

Missionário Re<strong>de</strong>ntorista<br />

25/11/<strong>2012</strong> - Jo 18,33b-37<br />

Cristo Rei<br />

Jesus é o Rei que veio ao mundo dar<br />

testemunho da verda<strong>de</strong>. Não é um rei<br />

ao estilo dos reinos temporais, mas ao<br />

estilo do que está anunciado no Antigo<br />

Testamento. O reinado <strong>de</strong> Jesus é o<br />

cumprimento do projeto do Pai. Esta<br />

é a verda<strong>de</strong> para o evangelista João,<br />

o projeto do Pai encarnado em Jesus.<br />

“Eu vim para que todos tenham vida”<br />

(Jo 10,10). E neste dia, a Igreja celebra<br />

também a missão <strong>de</strong> todos os leigos<br />

e leigas. Afi nal, somos nós que continuamos<br />

a ação <strong>de</strong> Jesus no mundo<br />

<strong>de</strong> hoje. Se o mundo não crê no Cristo<br />

e nem nos vê como fi lhos <strong>de</strong> Deus,<br />

é porque nós não estamos agindo em<br />

prol da vida em abundância que Cristo<br />

veio trazer. Em tempos <strong>de</strong> “missão<br />

continental”, é priorida<strong>de</strong> que cada<br />

um <strong>de</strong> nós tome consciência do batismo<br />

que recebemos e nos coloquemos<br />

a serviço <strong>de</strong> nosso Rei, no serviço aos<br />

nossos irmãos.<br />

José Elias


7 PADRE PELÁGIO<br />

Um só coração<br />

com o Padre<br />

Padre Clóvis<br />

apresenta família que sempre esteve<br />

muito unida ao Servo <strong>de</strong> Deus<br />

Dona Maria Aparecida<br />

<strong>de</strong> Castro<br />

Villefort é um repositório<br />

vivo e testemunha<br />

ocular do tempo do<br />

Pe. Pelágio. Na entrevista com<br />

ela, tivemos a assessoria da fi -<br />

lha prof. Regina, que também<br />

se lembra do padre Pelágio,<br />

pois esteve no seu enterro em<br />

1961, quando tinha sete anos.<br />

Eis o testemunho valioso <strong>de</strong><br />

dona Maria Aparecida:<br />

“Tenho 86 anos. Nasci e fui<br />

criada junto à velha Igreja <strong>Matriz</strong><br />

da nossa Campininha das<br />

Flores. Minha família é <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte<br />

do Coronel Joaquim<br />

Lúcio, que tem seu nome numa<br />

praça aqui. Meu pai, Eduardo<br />

<strong>de</strong> Castro Araujo, veio da Espanha<br />

em 1910. De Uberaba para<br />

cá, viajou a cavalo com um gru-<br />

Pelágio<br />

po <strong>de</strong> Padres Re<strong>de</strong>ntoristas que<br />

também estavam chegando da<br />

Alemanha.<br />

Aqui ele casou-se com dona<br />

Rita da Silva. Éramos 10 irmãos.<br />

Quatro já são falecidos. Eu sou<br />

<strong>de</strong> 1926. Morávamos ao lado<br />

dos Padres Re<strong>de</strong>ntoristas e das<br />

Irmãs Franciscanas. Estu<strong>de</strong>i no<br />

Colégio Santa Clara. A fi nada<br />

Irmã Rosária foi minha primeira<br />

professora.<br />

Conheci muito o Pe. Pelágio,<br />

além <strong>de</strong> outros: PP. Benedito<br />

Silva, Conrado, Lourenço,<br />

Sebastião, etc. Ajudaram muito<br />

nossas famílias, ensinando<br />

coisas práticas, como fazer<br />

conservas, licores etc. Vieram<br />

<strong>de</strong> um país muito adiantado e<br />

tinham mais conhecimentos e<br />

mais experiência.<br />

Padre Pelágio era tido como<br />

milagreiro, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os meus<br />

tempos <strong>de</strong> menina. Certa vez<br />

uma vaca brava vinha vindo<br />

em disparada por uma rua,<br />

pondo em perigo o Padre Pelágio<br />

que estava no meio da rua.<br />

Meu pai gritou para ele “corre,<br />

corre”. Padre Pelágio simplesmente<br />

ergueu na direção <strong>de</strong>la<br />

o breviário ou livro que estava<br />

lendo, e a vaca <strong>de</strong>sviou-se<br />

bruscamente, entrando numa<br />

rua lateral. Ao entrar em casa,<br />

meu pai disse para minha mãe:<br />

“Veja como estou arrepiado.<br />

Nunca vi coisa igual”.<br />

Sempre ouvi falar <strong>de</strong> curas<br />

e milagres atribuídos ao Padre<br />

Pelágio. Este aconteceu na minha<br />

família. Minha prima Elizabeth<br />

sofreu um grave aci<strong>de</strong>nte,<br />

quebrou várias costelas, afetou<br />

o joelho e entrou em estado <strong>de</strong><br />

coma. O Padre Pelágio ia passando<br />

casualmente pela rua e<br />

viu minha tia chorando. Disse-<br />

-lhe que se acalmasse, pois a<br />

fi lha ia se recuperar. E que em<br />

breve queria vê-la na novena. E<br />

assim aconteceu <strong>de</strong> fato.<br />

LEVE PARA CASA AS CANÇÕES<br />

DO NOSSO SANTUÁRIO!<br />

Os CDs “Maria, Nossa Mãe” I e II trazem as canções da<br />

novena perpétua, e outros belos cânticos para os momentos<br />

<strong>de</strong> oração pessoal, em família e em comunida<strong>de</strong>.<br />

A interpretação é do Grupo Semear.<br />

Adquira na secretaria da <strong>Matriz</strong> <strong>de</strong> <strong>Campinas</strong><br />

e colabore com nosso trabalho <strong>de</strong> evangelização.<br />

Aguar<strong>de</strong>: está chegando a Agenda do Noveneiro 2013.<br />

Participação: Pe. Walmir<br />

<strong>Novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2012</strong><br />

Maria Aparecida Villefort, com a neta, conta suas lembranças do Padre<br />

Pelágio.<br />

Depois que ele morreu,<br />

presenciei outro gran<strong>de</strong> milagre.<br />

Uma amiga, Ilma Tomás<br />

Gomes, estava sofrendo muito<br />

com um enorme caroço no<br />

alto da cabeça. Foi ao túmulo<br />

do Padre Pelágio no cemitério<br />

Santana, do qual escorria uma<br />

água, que diziam ser milagrosa.<br />

Colheu aquela água numa<br />

mecha <strong>de</strong> algodão e a passou<br />

sobre o caroço, que <strong>de</strong>sapare-<br />

Acervo<br />

ceu sem <strong>de</strong>ixar sinal”.<br />

E assim dona Maria Aparecida<br />

arrematou: “Peço a Deus<br />

para que esse gran<strong>de</strong> santo<br />

seja canonizado em breve<br />

para alegria e edifi cação do<br />

povo goiano”.<br />

PE. CLÓVIS DE JESUS, C.Ss.R.<br />

Vice-Postulador da Causa <strong>de</strong><br />

Beatificação do Padre Pelágio


<strong>Novembro</strong> <strong>de</strong> <strong>2012</strong><br />

Excursão para Aparecida,<br />

Lagoa Santa e Porto Seguro.

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