Balanço Social - Techint Engineering and Construction
Balanço Social - Techint Engineering and Construction
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BALANÇO SOCIAL<br />
2007|2008
Sumário<br />
1. Mensagem do Presidente<br />
2. Nossa missão, visão e valores<br />
3. Perfil e história da organização<br />
4. Sistema de Gestão Integrada<br />
4a. Qualidade<br />
4b. Segurança e Saúde<br />
4c. Meio Ambiente<br />
5. Projetos em destaque<br />
5a. PRA-1<br />
5b. Macaé<br />
5c. Sabesp<br />
5d. São Sebastião<br />
5e. Samarco<br />
5f. RPBC<br />
5g. RLAM<br />
5h. Alunorte<br />
6. Relações entre a Empresa e seus<br />
diferentes parceiros<br />
6a. Fornecedores<br />
6b. Público interno<br />
6b1. Programas de capacitação<br />
6b2. Avaliação e carreira<br />
6b3. Comunicação<br />
6b4. Voluntariado<br />
6c. Comunidade<br />
7. A <strong>Techint</strong>, o desenvolvimento sustentável<br />
e o respeito ao meio ambiente<br />
8. Relatório Ibase<br />
5<br />
7<br />
11<br />
15<br />
17<br />
17<br />
20<br />
23<br />
23<br />
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37<br />
38<br />
39<br />
40<br />
45<br />
49
1<br />
Mensagem<br />
do Presidente<br />
Nas páginas que seguem, está uma amostra do que a <strong>Techint</strong> fez e faz para o mercado<br />
brasileiro. Os números impressionam: mais de 730 projetos em 61 anos de Brasil, responsável<br />
pela construção e modernização de todas as refinarias produtivas brasileiras, gr<strong>and</strong>es<br />
projetos nas áreas de geração elétrica, siderurgia, mineração e transmissão e construção<br />
de 60% de toda a rede de oleodutos, gasodutos e minerodutos existente no país, recordes<br />
de prazo, tanto para entrega de obra como para startup de planta, presença da Empresa<br />
em todas as refinarias existentes no país.<br />
Esses números, no entanto, refletem apenas a camada mais externa e visível de um esforço<br />
que começa na mente de cada colaborador da Empresa. Seguindo a filosofia de Agostino<br />
Rocca, fundador da <strong>Techint</strong>, de ser uma companhia voltada a gr<strong>and</strong>es desafios e inovação<br />
técnica, aliados a procedimentos éticos e transparentes, a Empresa tem na formação<br />
e manutenção de seus quadros seu mais precioso bem.<br />
“Projetar”, na <strong>Techint</strong>, significa mais que preparar desenhos, fazer cálculos apropriados<br />
e criar fluxogramas. Os projetos nos quais ela se envolve são gr<strong>and</strong>es e detalhados demais<br />
para que as preocupações propriamente de engenharia possam, sozinhas, dar conta de<br />
sua complexidade. São obras de gr<strong>and</strong>e extensão, que envolvem milhares de colaboradores<br />
e afetam a vida de comunidades inteiras. A eficiência dos processos e a excelência do resultado<br />
dependem da engenharia, mas também da correta identificação de impactos ambientais<br />
e sociais, vis<strong>and</strong>o à minimização de problemas que possam prejudicar os funcionários<br />
ou as pessoas que, por ocuparem áreas próximas às obras, podem estar sujeitas<br />
às complicações inerentes à gr<strong>and</strong>e movimentação de trabalhadores e equipamentos. Assim,<br />
os colaboradores diretos devem ser conscientizados para saúde, segurança, meio ambiente<br />
e responsabilidade social. De nada adiantaria centralizar esses esforços na sede da<br />
companhia ou restringi-los ao quadro técnico ou à fase de projeto. Esse compartilhamento<br />
de responsabilidades tem como resultados não só eficiência, mas também formação e<br />
cidadania.<br />
O ano de 2009 promete gr<strong>and</strong>es projetos, novas parcerias, aumento da Empresa como um<br />
todo. Assim, este é o momento ideal para mostrar o que fazemos e, respaldados por essa<br />
experiência, o que podemos fazer para que a indústria brasileira cresça dentro de altos<br />
padrões técnicos, o que terá como consequência direta novos empregos, capacitação de<br />
mais pessoas e riqueza para todos.<br />
Roberto Vidigal<br />
Presidente da <strong>Techint</strong> Brasil<br />
5
2<br />
Missão<br />
Visão<br />
Valores<br />
Missão, Visão e Valores<br />
da <strong>Techint</strong> Engenharia<br />
e Construção<br />
Nossa missão é agregar valor aos nossos acionistas e clientes através da<br />
prestação de serviços de Engenharia, Fornecimento, Construção, Operação<br />
e Gerenciamento de projetos de infraestrutura, industriais e energéticos.<br />
Consideramos que a capacitação de nossos recursos humanos é fundamental<br />
para construir conhecimento permanente. Estamos comprometidos<br />
com a segurança de nossos colaboradores e com o desenvolvimento<br />
dos países onde atuamos, busc<strong>and</strong>o o bem-estar das comunidades<br />
e cuid<strong>and</strong>o do meio ambiente.<br />
Ser a empresa de Engenharia e Construção líder nas Américas no que<br />
diz respeito a método de trabalho, patrimônio tecnológico e capacidades<br />
de seus recursos humanos.<br />
1 Compromisso com a segurança das pessoas, o cuidado com o meio<br />
ambiente e com o desenvolvimento das comunidades.<br />
• Damos a mais alta prioridade à vida, à integridade física e à saúde de nossos colaboradores e de todos<br />
aqueles que se relacionem com nossas operações, oferecendo um espaço de trabalho saudável e bem<br />
cuidado. O management da companhia é responsável da gestão e do resultado do desempenho em saúde<br />
e na segurança, assim como a proteção ambiental.<br />
• Temos um claro enfoque à melhora contínua de nossa performance ambiental, implement<strong>and</strong>o as melhores<br />
práticas. Levamos adiante programas de responsabilidade social para melhorar o bem-estar das<br />
comunidades próximas aos lugares onde atuamos e geramos espaços de formação para o desenvolvimento<br />
de suas capacidades.<br />
7
2 Raiz local e respeito pela diversidade cultural no marco de uma<br />
visão global dos negócios.<br />
• Somos capazes de nos adaptar aos distintos países que operamos e às necessidades de nossos clientes,<br />
tendo a premissa de que a diversidade cultural é um valor que enriquece nossa gestão. Ao mesmo tempo,<br />
respeitamos os costumes locais e nos adaptamos para cumprir com as peculiaridades de cada região onde<br />
desenvolvemos nossos projetos. Sempre mantendo uma visão global, sustentável e de longo prazo para<br />
consolidar nossa competitividade no mercado.<br />
3 Desenvolvimento dos recursos humanos e construção de conhecimento:<br />
• Estamos convencidos de que o desenvolvimento de nossos recursos humanos é chave para o crescimento<br />
da empresa. Uma seleção rigorosa de profissionais e um plano de formação centrado na otimização das<br />
capacidades pessoais, no marco de um ambiente motivador e um local de trabalho onde se reconheçam os<br />
méritos individuais e o trabalho em equipe, colaboram na obtenção dos objetivos.<br />
• Nossos colaboradores são os recursos mais importantes da empresa. Valorizamos seu talento e<br />
experiência, eles asseguram a acumulação e transmissão de conhecimento técnico, profissional<br />
e operacional, que são os propulsores de uma gestão de excelência.<br />
4 Transparência e profissionalismo em nossa gestão:<br />
• A transparência é um critério que guia todas as ações de nossa empresa e gera confiança. Difundimos<br />
informação adequada e fiel do que fazemos e dos resultados que obtemos, de forma sistemática e<br />
acessível. A transparência guia nossas relações com os acionistas, clientes, fornecedores, colaboradores,<br />
empregados e a comunidade.<br />
• Buscamos a melhora contínua e trabalhamos com profissionalismo para alcançar os objetivos. Somos<br />
responsáveis pelo que fazemos e contamos com mecanismos que asseguram, por um lado, o controle<br />
de nossas operações e de nossos resultados e, por outro, a aplicação de recompensas para os colaboradores<br />
de acordo com seu desempenho.<br />
5 Ênfase nos processos e previsibilidade:<br />
• Compartilhamos o conhecimento e a experiência adquiridos, enfatiz<strong>and</strong>o os processos e assegur<strong>and</strong>o<br />
um direcionamento das decisões. Nos orientamos em uma visão clara dos riscos do negócio que nos<br />
permite prevenir suas variáveis e ser previsíveis em nossos resultados.<br />
<strong>Techint</strong>, uma das 150 melhores empresas para você trabalhar<br />
A <strong>Techint</strong> Engenharia e Construção está entre as 150 melhores empresas para se<br />
trabalhar no Brasil, segundo a pesquisa realizada em 2008 pelas revistas VOCÊ S/A<br />
e EXAME. Estamos em 1º lugar no ranking do setor de construção e oferecemos<br />
esta conquista a todos os nossos colaboradores.<br />
9
3<br />
Perfil e história<br />
da organização<br />
A <strong>Techint</strong> nasceu na Itália, em 1945, como Compagnia Tecnica Internazionale, fruto da visão<br />
estratégica de Agostino Rocca (Milão, 1895 - Buenos Aires, 1978), um engenheiro que,<br />
em 1946, muda-se com a família para a América do Sul. O nome não era propriamente<br />
intencional, mas se fixou devido a ser a identificação da Compagnia no sistema de telégrafo.<br />
Na Argentina, aparecem os primeiros comissionamentos, para montagem de dutos produzidos<br />
pela Dalmine, empresa em que ele havia entrado logo depois de se formar e da<br />
qual só sairia em 1944.<br />
A <strong>Techint</strong> aceita, em 1948, a empreitada de montar um gasoduto no sul do país, posteriormen-<br />
te batizado Gasoducto Presidente Perón, de 1.800 km, gr<strong>and</strong>e parte em região nevada.<br />
Aliás, essa ligação com a Patagônia se tornou tão forte que o neto de Agostino Rocca,<br />
também Agostino, criou em 1989 os Cuadernos Patagónicos, que editavam estudos e ensaios<br />
sobre a região. Como o avô, que trabalhou nos Alpes durante a Primeira Guerra Mundial<br />
e apreciava o montanhismo, o neto também fazia expedições ao Sul argentino e foi em<br />
uma delas que sofreu um acidente aéreo que o matou, aos 56 anos, em 2001, priv<strong>and</strong>o o<br />
grupo da liderança que naturalmente sucederia Roberto Rocca (1922-2003), seu pai.<br />
O gasoduto argentino, o primeiro construído no país, representava um desafio para “Aro”,<br />
apelido pelo qual Agostino era conhecido na empresa. Mas, desde sua chegada à América<br />
do Sul, ele sabia que ali estava seu destino, como escreveu à esposa Maria, assim que<br />
desembarcou na Colômbia, vindo da Itália:<br />
“Fiz muitas considerações sobre meu destino, que me tem dado uma vida muito tensa<br />
e interessante, mas também de muitos sacrifícios, e me senti em comunhão com meus<br />
entes queridos. Perto de nove horas, como lhes disse, o novo Cristóvão Colombo punha<br />
os pés em terra, no aeroporto de Barranquilla”.<br />
Dali, esse novo Colombo seguiu para a Argentina e o que encontrou lá foi uma Buenos<br />
Aires us<strong>and</strong>o carvão, isso em um país com enormes reservas de energia no sul gelado.<br />
Rapidamente escreveu a seus colegas italianos:<br />
11
“O discurso de Perón a senadores e deputados afirma claramente o programa de industrialização<br />
do país, submetido a pleno controle estatal, desde as atividades básicas até a<br />
exploração de recursos naturais... As possibilidades econômicas são enormes...”<br />
Suas expectativas se mostraram corretas, e foi dessa visão empreendedora que todo<br />
o grupo, hoje com presença mundial, derivou.<br />
Da Argentina, os negócios se exp<strong>and</strong>iram para o México e, em seguida, para o Brasil. Desse<br />
tripé vieram as outras iniciativas que hoje fazem da <strong>Techint</strong> uma empresa com presença<br />
mundial. O grupo é composto por seis gr<strong>and</strong>es marcas/linhas de negócios:<br />
Tenaris – manufatura de tubos<br />
Ternium – manufatura de produtos de aço plano<br />
<strong>Techint</strong> Engenharia e Construção – obras e projetos de infraestrutura<br />
Tenova – manufatura de maquinário de alta tecnologia para metalurgia<br />
Tecpetrol – exploração de petróleo<br />
Humanitas – pesquisa médica<br />
Em 2007, o faturamento do grupo alcançou 19,8 bilhões de dólares, com 69.600 funcionários.<br />
Em 1947, o segmento de engenharia e construção já tinha escritório em São Paulo,<br />
atu<strong>and</strong>o em projetos e assessoria. Foi em 1950 que veio o primeiro gr<strong>and</strong>e empreendimento<br />
brasileiro confiado à <strong>Techint</strong>: a construção do oleoduto Santos-São Paulo, com 160 km de<br />
extensão e um desnível de mais de 700 m. A missão cumprida na Patagônia a credenciava<br />
perfeitamente para o desafio. Ainda um ano antes da fundação da Petrobras, a <strong>Techint</strong>
entregava seu oleoduto, em 1952. Obra de engenharia difícil, ela colocaria a <strong>Techint</strong><br />
definitivamente no mapa das mais competentes empresas de engenharia ligadas ao setor<br />
petroleiro, que deslancharia definitivamente em 1960, impulsionado pela Petrobras. Desse<br />
ponto para a frente, foram mais de 730 projetos no Brasil. A dimensão da Empresa pode<br />
ser emblematizada por um número: 60% da rede brasileira de oleodutos e gasodutos<br />
foram realizados pela <strong>Techint</strong>. E por ter atuado em todas as refinarias existentes no país<br />
e em diversos projetos no segmento offshore, coube à <strong>Techint</strong> a montagem completa da<br />
hidrelétrica de Itaipu.<br />
Em 2000, começou um projeto de integração entre a Tenco (<strong>Techint</strong> International <strong>Construction</strong><br />
Corporation), a <strong>Techint</strong> Argentina e a <strong>Techint</strong> Brasil, que, concluído dois anos depois,<br />
aumentou a abrangência e eficiência da Empresa.<br />
Apesar da experiência acumulada em vários setores de construção, hoje o foco da Empresa<br />
no Brasil é definitivamente engenharia ligada a todos os segmentos do setor produtivo,<br />
notadamente as indústrias petroleira, siderúrgica, energética, a mineração e a infraestrutura.<br />
13
4<br />
Sistemas de Gestão<br />
Integrada<br />
Os processos que levaram a <strong>Techint</strong> a ter um sistema de gestão remontam ao final da<br />
década de 1980 com a estruturação do Departamento da Qualidade e a padronização<br />
de procedimentos operativos. A formalização desses processos culminou na obtenção<br />
das certificações nas normas ISO 9001 (Sistema de Gestão da Qualidade), ISO 14001 (Sistema<br />
de Gestão de Meio Ambiente) e OHSAS 18001 (Sistema de Gestão em Seguranç<br />
a<br />
e Saúde Ocupacional).<br />
Em 1990, a <strong>Techint</strong> previa a necessidade de obter certificações. Os clientes estavam cada<br />
vez mais exigentes a esse respeito e todos, clientes, fornecedores, trabalhadores e demais<br />
parceiros, estavam ansiosos para trabalhar dentro de um quadro normativo de regras<br />
claras e que valessem sem exceção para todos. Foi assim que a Empresa começou<br />
aquele ano analis<strong>and</strong>o detalhadamente seus procedimentos, a fim de obter a ISO 9001,<br />
certificado que lhe foi dado em dezembro do ano seguinte.<br />
Os anos 1990 assistiram a uma gr<strong>and</strong>e ênfase em questões de meio ambiente. A ECO-1992,<br />
no Brasil, chamou a atenção do mundo para a gravidade das emissões poluentes. Em sua<br />
esteira vieram o Protocolo de Kyoto e mais uma série de medidas regulamentadoras.<br />
Hoje, não pode haver empresa que não mantenha um monitoramento ativo a respeito daquilo<br />
que retira do e devolve ao meio ambiente. Isso levou a <strong>Techint</strong>, uma empresa cuja área de<br />
atuação pode ter impacto forte sobre a natureza, a avaliar todos os seus métodos de trabalho<br />
e suas implicações ambientais, para então obter a certificação ISO 14001, em<br />
1998.<br />
A questão de saúde e segurança é vital para qualquer empresa, mas se<br />
traduz em normas extremamente particulares. O ambiente de trabalho em<br />
que um técnico da <strong>Techint</strong> desenvolve suas atividades, em uma plataforma<br />
15
petrolífera, por exemplo, é muito diferente do ambiente de um escritório ou de uma fábrica.<br />
Por isso mesmo, a ISO não tem um conjunto de normas a esse respeito, e a <strong>Techint</strong><br />
recorreu à OHSAS para se guiar em relação a como tornar o ambiente de trabalho o mais<br />
seguro possível, dentro de normas que devem contemplar igualmente eficiência e qualidade<br />
dos processos e produtos. A análise, iniciada em 2002, habilitou a Empresa a receber<br />
sua certificação OHSAS 18001 no ano seguinte.<br />
Hoje esses sistemas estão perfeitamente integrados entre si e aplicáveis a quaisquer<br />
atividades da Companhia. As preocupações com essas áreas, que em conjunto se traduzem<br />
em trabalho eficaz feito em um ambiente saudável e respeit<strong>and</strong>o o meio ambiente,<br />
são parte da cultura da Empresa.<br />
Dentro do gr<strong>and</strong>e universo da TEIC (<strong>Techint</strong> Ingeniería y Construcción), a <strong>Techint</strong> Brasil<br />
é a única que implantou, em 2003, um sistema de gestão que integra as três normas e<br />
concentrou em uma gerência as atividades de capacitação e monitoramento ligadas<br />
a Qualidade, Meio Ambiente, Segurança e Saúde.<br />
O passo seguinte é o exame da Responsabilidade <strong>Social</strong> da Empresa. Embora toda interven-<br />
ção no meio social deva ser precedida por uma reflexão sobre consequências para as<br />
comunidades, a ideia vale especialmente para empresas do porte da <strong>Techint</strong>, que, em<br />
suas obras, movimenta gr<strong>and</strong>e quantidade de pessoas, desloca contingentes de colaboradores<br />
por todo o país e, normalmente, desenvolve projetos cujo porte resulta em evidente
impacto social. Neste momento, a <strong>Techint</strong> está cadastrada no Instituto Ethos e segue suas di-<br />
retrizes.<br />
4a. Qualidade<br />
Para a <strong>Techint</strong>, gestão de qualidade significa basicamente respeito ao cliente, dentro de<br />
todas as normas e regras aplicáveis, desenvolvendo bem os processos na primeira vez.<br />
A qualidade do produto a ser entregue – seja uma obra civil, uma planta industrial, um sistema<br />
de dutos, obras ligadas ao setor de geração de energia ou engenharia offshore – começa<br />
no entendimento correto da dem<strong>and</strong>a feita pelo cliente, na simulação das etapas envolvidas<br />
na produção, na elaboração de um cronograma rigoroso, na contratação de parceiros<br />
adequados e na aplicação da melhor técnica com o melhor profissional, evit<strong>and</strong>o retrabalho.<br />
Todos esses fatores determinam o sucesso do projeto. Incide sobre o quesito qualidade,<br />
uma série de outros ligados a QSMS, como por exemplo, a exigência de que os fornecedores<br />
sigam rígidas normas de qualidade, o monitoramento constante da saúde e segurança<br />
dos colaboradores e programas para capacitação continuada de todos os envolvidos em<br />
projetos da Empresa.<br />
4b. Segurança e Saúde<br />
Para atingir marcas superiores a 10 milhões de horas-homem trabalhadas sem acidentes<br />
com perda de dia, em projetos considerados grau de risco 4 (maior grau admissível pelas<br />
normas brasileiras), que envolvem trabalho em altura, espaço confinado, movimentação de<br />
materiais, eletricidade, radiações ionizantes, inflamáveis, explosivos, entre tantos outros<br />
riscos, a rotina de segurança tem de ser rígida. A <strong>Techint</strong> implementa programas de<br />
segurança em três níveis principais:<br />
Preventivo: preleções gerais sobre segurança, campanhas específicas e cursos de capacitação;<br />
17
Corretivo: adoção de equipamentos de proteção coletiva e individual;<br />
Comportamental: programa de ações sistemáticas desenvolvidas pelas lideranças.<br />
Preventivo<br />
A prevenção começa na análise criteriosa dos perigos e riscos inerentes a cada processo<br />
do empreendimento e no estudo de quais medidas mitigadoras devem ser tomadas para<br />
garantir que não ocorram eventos indesejados, como, por exemplo, acidentes. Posteriormente,<br />
desenvolve-se uma série de outras ações, como:<br />
a. treinamentos de cunho geral e treinamentos específicos direcionados aos riscos da tarefa<br />
e ao uso correto dos equipamentos;<br />
b. DDS (Diálogo Diário de Segurança) e DDS-Gerencial, realizados pela Gerência da Obra<br />
e envolvendo toda a força de trabalho;<br />
c. Campanhas de incentivo à adoção da política de segurança com premiações mens<br />
a i s<br />
à equipe em destaque;<br />
Além de outras rotinas que buscam, na forma de prevenção, anular quaisquer possibilidades<br />
de acidentes nas obras executadas pela <strong>Techint</strong>. Incluídos nessas preocupações, estão<br />
os cuidados com alojamento, transporte e alimentação de todos os colaboradores, pois da<br />
qualidade destes depende, em boa parte, o desempenho profissional das equipes.<br />
Corretivo<br />
A <strong>Techint</strong>, por meio de seu corpo técnico, qualificou no mercado os melhores EPIs<br />
(Equipamentos de Proteção Individual) para cada situação e os fornece a seus colaboradores,<br />
seguido um treinamento que os instrui sobre o uso correto de cada um. Um completo sistema<br />
de comunicação – como faixas, cartazes, panfletos, livros de bolso, etiquetas etc. – garante
que o colaborador use adequadamente seu EPI. Além dessas práticas, o uso correto dos<br />
EPIs é levado em consideração no processo de avaliação das equipes, o que as leva a se<br />
manterem sempre atentas.<br />
Comportamental<br />
A <strong>Techint</strong> desenvolveu um sistema para avaliação do comportamento das diversas lideranças<br />
do empreendimento no que diz respeito ao cumprimento da política de segurança da<br />
Companhia. Tal sistema preconiza uma série de atividades obrigatórias para os gerentes,<br />
supervisores e encarregados da obra. Tais atividades devem ser cumpridas semanalmente<br />
e/ou mensalmente, e são avaliadas pela Gerência Corporativa em conjunto com a Direção<br />
da Empresa. O resultado destas acaba fazendo parte dos indicadores de gestão da obra.<br />
Ou seja, uma obra corretamente gerenciada é aquela em que todas as atividades relativas,<br />
tanto à conscientização quanto à segurança, são realizadas como rotina.<br />
Ação de tipo Indicador Meta<br />
preventivo Exames específicos para<br />
trabalhos críticos<br />
preventivo Avaliação do trabalho<br />
manual<br />
corretivo Frequência de acidentes<br />
de trabalho<br />
corretivo Gravidade de acidentes<br />
do trabalho<br />
corretivo Frequência de acidentes<br />
rodoviários<br />
corretivo Frequência de acidentes<br />
do trabalho (total)<br />
saúde Prevalência de doença<br />
não-ocupacional<br />
saúde Prevalência de doença<br />
ocupacional<br />
saúde Absenteísmo por doença<br />
não-ocupacional<br />
Ponderação no cálculo<br />
geral<br />
100% (mínimo) 20%<br />
80% (mínimo) 10%<br />
< 5,5 milhões<br />
(de horas-homem trabalhadas)<br />
< 5 mil<br />
(dias perdidos / horas-homem<br />
trabalhadas)<br />
< 7<br />
(número de acidentes / número<br />
de km percorridos x 1 milhão)<br />
< 15<br />
(acidentes totais / horas-homem<br />
trabalhadas x 1 milhão)<br />
< 20%<br />
(número de doenças / total de<br />
colaboradores)<br />
< 5%<br />
(total de doenças ocupacionais /<br />
número de colaboradores)<br />
< 4%<br />
(horas perdidas por doença<br />
não-ocupacional / horas-homem<br />
trabalhadas)<br />
40%<br />
20%<br />
30%<br />
10%<br />
20%<br />
30%<br />
50%<br />
19
20<br />
4c. Meio Ambiente<br />
Intervir só qu<strong>and</strong>o isso for imprescindível, minimizar danos, pesquisar meios de recuperar<br />
ao máximo o estado anterior à intervenção e coletar e destinar detritos de forma responsável<br />
são os pontos cardeais da atuação da <strong>Techint</strong> em relação ao meio ambiente. A questão da<br />
intervenção no local da obra é estudada já na fase inicial do projeto. Além disso, certamente<br />
haverá comunidades próximas, e só em parceria com elas é que a nova realidade do local,<br />
pós-obra, poderá se tornar a melhor para todos. Por isso, a preocupação com a destinação<br />
correta e o tratamento de efluentes tem de <strong>and</strong>ar junto com os programas de relacionamento<br />
com a comunidade. Projetos que garantam um altíssimo nível de previsibilidade na obra,<br />
somado a colaboradores conscientes de que cada etapa da produção gera detritos específicos<br />
que devem ser tratados e, ainda, a uma comunidade que participa do que acontece na obra<br />
são as garantias de um empreendimento limpo, sustentável e responsável.
Em resumo, o Sistema de Gestão Integrada se baseia em nove princípios, afixados em todos<br />
os locais de trabalho, tema de inúmeras campanhas e cursos de capacitação e que são<br />
constantemente monitorados, sempre no sentido de melhorar a qualidade de vida de todos<br />
os colaboradores da Empresa. Em síntese, são:<br />
1. Fazer o trabalho bem já na primeira vez.<br />
2. Satisfazer o cliente.<br />
3. Preservar o meio ambiente, respeitar a natureza e cumprir as leis ambientais.<br />
4. Reciclar materiais e não poluir o meio ambiente.<br />
5. Evitar acidentes e manter seguras as condições de trabalho.<br />
6. Utilizar os EPIs (equipamentos de proteção individual) necessários.<br />
7. Respeitar os colegas de trabalho.<br />
8. Promover ações para a preservação da saúde.<br />
9. Qualidade, Segurança, Saúde e Meio Ambiente são responsabilidades de todos.<br />
21
5 Projetos em destaque<br />
Com seis décadas de trabalho contínuo no Brasil, uma lista de todas as obras que envolveram<br />
a participação da <strong>Techint</strong> ocuparia um grosso volume, e a intenção aqui é a de dar uma ideia<br />
da diversidade de projetos em que a Empresa atua e de seu foco principal: construção<br />
e montagem eletromecânica. Assim, apresentamos a seguir oito gr<strong>and</strong>es projetos<br />
que sintetizam o que a Empresa quer em termos de qualidade, eficiência, segurança e<br />
cumprimento de metas.<br />
5a. PRA-1<br />
Em maio de 2004, a <strong>Techint</strong> assinou com a Petrobras um contrato de R$ 162 milhões<br />
(depois acrescido de R$ 8,7 milhões) para a construção de uma plataforma de bombeamento<br />
que dois anos e meio depois seria instalada na Bacia de Campos (RJ). Sob sua responsabilidade<br />
ficaram: engenharia de detalhamento, fornecimento de materiais, construção, montagem<br />
e embarque da jaqueta e de suas estacas de fixação. O projeto previa a criação de<br />
uma estrutura metálica de 7,5 mil toneladas, um módulo para geração de 75 MW de<br />
energia, dois módulos de rebombeamento, um módulo de oficinas e um de acomodação<br />
para 90 pessoas, mais um heliponto. Em pleno funcionamento e instalada em águas de<br />
105 m de profundidade, ela tem capacidade (máxima) para bombear 820 mil barris por dia<br />
de petróleo e 1,9 milhões de m3 de gás natural.<br />
A plataforma foi construída dentro do parque da <strong>Techint</strong> em Pontal do Sul (PR). Depois, foi<br />
embarcada (um processo que tomou três dias, para que ela se movimentasse poucas centenas<br />
de metros entre o local de construção e a balsa que a levaria ao Rio de Janeiro) e entregue<br />
na Bacia de Campos, onde foi lançada ao mar no último dia de 2006, a 135 km da<br />
costa.<br />
Para poder receber o projeto, a <strong>Techint</strong> fez um investimento inicial de R$ 15 milhões,<br />
nos 150 mil m2 de seu Canteiro para Empreendimentos Offshore, em Pontal do Sul. Além<br />
de cuidados propriamente de engenharia, houve, como sempre, preocupação constante com<br />
qualidade, segurança e respeito ao meio ambiente. O resultado não poderia ser melhor:<br />
a Petrobras conferiu à Empresa o Prêmio de Qualidade, Meio Ambiente, Segurança e<br />
Saúde, consider<strong>and</strong>o a melhor obra no segmento em 2006. Desde que conseguiu certificar<br />
seu Sistema de Gestão Integrada, em 2003, a Empresa vinha sendo finalista do prê-<br />
23
mio, cuja obtenção coroou seus esforços e provou sua capacidade no setor de offsho-<br />
r e .<br />
No momento de pico, o projeto contou com 1.200 colaboradores e conseguiu alcançar<br />
2,6 milhões de horas-homem sem acidentes com perda de dias, o que corresponde a nenhum<br />
acidente durante todo o empreendimento. Na cidade, a Empresa desenvolveu atividades<br />
como palestras sobre trânsito e precauções contra choques elétricos, oficinas de capacitação<br />
de pessoas para reciclagem e participação em programas de educação ambiental em<br />
escolas do município. Foi na avaliação das lições aprendidas desse projeto que a <strong>Techint</strong><br />
adotou como norma para seus futuros empreendimentos o reforço de associações com<br />
universidades e ONGs regionais, prática que deve se intensificar em 2009.<br />
5b. Macaé<br />
Desde maio de 2004, a <strong>Techint</strong> é responsável por uma série de projetos envolvendo<br />
plataformas de petróleo localizadas na Bacia de Campos (RJ). Os projetos têm, em terra,<br />
um canteiro de operações no município de Macaé. As atribuições da Empresa, nos contratos<br />
firmados com a Petrobras, englobam planejamento, projetos de engenharia, serviços<br />
de manutenção industrial, preparação e realização de instalação de equipamentos e montagens<br />
eletromecânicas em várias plataformas.<br />
São dois contratos: um para o ativo Nordeste (plataformas Garoupa, Vermelho-1, Vermelho-2<br />
e Vermelho-3) e outro para o Campo de Marlim (plataformas P-18, P-20, P-26, P-27 e P-47).<br />
Tais contratos devem terminar em 2008 e 2009 e têm possibilidade de extensão para outros<br />
cinco anos. No total, envolvem R$ 514 milhões e aproximadamente 1.800 colaboradores.<br />
Em fevereiro de 2008, um ano depois de lançar o Programa de Acidente Zero (PAZ), a Empresa<br />
atingiu seu recorde, com 10 milhões de horas-homem de trabalho sem acidentes com<br />
afastamento, isso incluindo as atividades executadas em terra, em Macaé, onde ficam o<br />
pipeshop e escritórios, e as de manutenção, executadas nas plataformas localizadas nos<br />
dois ativos já citados. Para melhor acomodar seus colaboradores em trabalho na plataforma<br />
de Garoupa, a <strong>Techint</strong> passou a contar com um hotel (na verdade um “flotel” ou hotel<br />
flutuante), cedido pela Petrobras, com capacidade para cerca de 70 hóspedes, incluindo<br />
heliponto, quadra de esportes e outras instalações, como escritórios e oficinas mecânicas,<br />
de forma a aumentar a qualidade de vida de quem trabalha na plataforma. A <strong>Techint</strong> é<br />
a primeira empresa no Brasil a dispor desse tipo de facilidade.<br />
Em 2008, a Empresa lançou o programa VIDAS (Valoriz<strong>and</strong>o a Impor-<br />
tância das Ações de Segurança), cujo logotipo alude à ideia de uma
pessoa apoiada nas mãos de outra. Ambos os programas contribuíram para a obtenção<br />
do recorde em Macaé.<br />
5c. Sabesp<br />
Em março de 2006, a <strong>Techint</strong>, em parceria com a Pieralisi do Brasil, venceu concorrência para<br />
vários serviços para a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo),<br />
em Barueri (SP). A obra faz parte do projeto de despoluição do Rio Tietê, sendo este<br />
o segundo contrato firmado entre a Sabesp e a Empresa. Desta vez, o valor do contrato foi<br />
de R$ 59 milhões, R$ 44 milhões cabendo especificamente à <strong>Techint</strong>. Os serviços incluem<br />
fornecimento, montagem, startup e operação assistida de diversos equipamentos eletromecânicos<br />
projetados para ampliar a capacidade de tratamento da estação. As obras vão<br />
desde a construção civil, com 3,5 mil m3 de concreto (nos edifícios de adensamento e<br />
desidratação de rejeitos), até a instalação de 107 toneladas de dutos e 108 toneladas de<br />
outros equipamentos. Com isso, a capacidade da estação cresce em quase 30%, pass<strong>and</strong>o<br />
a tratar diariamente 9 m3 por segundo de esgotos. Rigorosamente dentro do prazo,<br />
inicialmente previsto para 16 meses, a obra foi entregue em julho de 2007. No pico, 160<br />
trabalhadores estavam ao mesmo tempo na obra, que teve 430 mil horas-homem sem<br />
acidentes com afastamento. Além da atenção à segurança e ao bem-estar dos funcionários,<br />
a <strong>Techint</strong> desenvolveu atividades junto à comunidade, como doações de brinquedos e
alimentos para a Casa Maria Maia, instituição de auxílio a crianças deficientes, e de vacinas<br />
contra gripe para o posto de saúde próximo à obra.<br />
5d. São Sebastião<br />
Em outubro de 2004, a Petrobras contratou a <strong>Techint</strong> para serviços de substituição de dutos<br />
para derivados de petróleo no Terminal Aquaviário de São Sebastião (SP), em um contrato<br />
de R$ 32 milhões. O trabalho consistiu na manufatura, montagem e teste dos dutos,<br />
cujo total chegou a 65 toneladas. Dentro do prazo estipulado inicialmente, tudo foi entregue<br />
ao cliente em novembro de 2005. Em junho daquele ano, a Empresa realizou uma<br />
SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes) e, devido a essa e outras iniciativas na<br />
área de segurança, pôde comemorar um ano de obras sem acidentes no canteiro. Como<br />
resultado, a Petrobras passou a poder descarregar os navios provenientes da plataforma<br />
PRA-1 em quatro vezes menos tempo, diminuindo o custo de parada de navios e<br />
minimiz<strong>and</strong>o o risco de acidentes ambientais.<br />
5e. Samarco<br />
Em fevereiro de 2007, antes do prazo estipulado inicialmente, a <strong>Techint</strong> entregou à Samarco<br />
Mineração, 396 km de dutos destinados ao transporte de minério de ferro, desde Germano<br />
(MG) até Ubu (ES), onde se localizam facilidades para pelotização e um porto para exportação.<br />
No duto, o pó de ferro transita a 6 km/h, o que resulta em 66 horas de viagem da<br />
mina ao porto. Dois gr<strong>and</strong>es desafios técnicos tiveram de ser superados. Um diz respeito à<br />
distância percorrida: quase 400 km, pass<strong>and</strong>o por 27 municípios. O outro foi vencer a<br />
Serra do Caparaó. O mineroduto começa, em Germano, a 1.011 m, mas o ferro tem de ser<br />
bombeado para poder atingir 1.180 m, na serra, ponto mais alto do caminho. No final<br />
do projeto, o sistema construído pela <strong>Techint</strong> criou um fluxo de 1.000 m3 por hora. Em<br />
um dia, isso equivale a cerca de 350 contêineres cheios de minério.<br />
Uma obra desse porte só foi confiada à <strong>Techint</strong> devido à longa história da Empresa com<br />
o cliente. Na verdade, o novo mineroduto é uma duplicação de outro feito pela <strong>Techint</strong><br />
entre 1975 e 1977. O atual tem dois diâmetros: 343 km com 20 polegadas e 53 km com<br />
18 polegadas. Antes de chegar ao pico de altura, existem duas estações de bombas que<br />
mantêm o fluxo uniforme. Em quase toda sua extensão, o mineroduto está enterrado a 1,5 m<br />
27
28<br />
de profundidade e protegido contra corrosão. Sua vida útil é estimada em 20 anos, mas a<br />
Samarco projeta que ele será funcional por até o dobro desse período.<br />
No pico de construção, a <strong>Techint</strong> manteve um total de 1.512 colaboradores atu<strong>and</strong>o juntos<br />
no projeto, com um total de 4,5 milhões de horas-homem de trabalho. Um impacto tão<br />
gr<strong>and</strong>e levou a Empresa a fazer visitas a todas as comunidades, inform<strong>and</strong>o-as sobre as<br />
obras e alert<strong>and</strong>o os moradores para perigos a serem evitados durante a construção.<br />
Valeu a pena. Foram 119 comunidades visitadas, nenhum acidente envolvendo seus<br />
moradores, 5 mil empregos gerados durante a obra e, dada a expansão da capacidade de<br />
transporte, 400 novas vagas fixas na Samarco. Em conjunto com a mineradora, a <strong>Techint</strong><br />
apoiou atividades voltadas à cidadania, como capacitação profissional de desenvolvimento<br />
de líderes comunitários, cuja estimativa era beneficiar cerca de 8 mil pessoas.<br />
5f. RPBC<br />
A <strong>Techint</strong> e a cidade de Cubatão têm uma ligação histórica. Foi ali, no pé da Serra do Mar,<br />
que a <strong>Techint</strong> fez seu primeiro projeto brasileiro: um oleoduto que venceu a altitude da<br />
serra e ligou o litoral a São Paulo. Isso foi em 1947. Depois, a região passou por uma rápida<br />
evolução, que a inscreveu na matriz energética brasileira, especialmente devido à construção<br />
da Refinaria Presidente Bernardes Cubatão, projetada em 1952 e colocada em funcionamento<br />
em 1955, e hoje responsável por 11% da produção de derivados de petróleo no país.<br />
Em 2007, a <strong>Techint</strong> voltou a Cubatão, como responsável pelo projeto executivo, suprimento de<br />
materiais e equipamentos, construção civil, montagem eletromecânica, assistência à partida<br />
e operação assistida das unidades de hidrotratamento de nafta de coque (HDT), hidrodessulfurização<br />
de nafta craqueada (HDS), unidade de dietanolamina (DEA), uma subestação<br />
e a Casa de Controle. A previsão é de 31 meses de obra que, no pico, deverá concentrar<br />
1,5 mil colaboradores. Só o canteiro da <strong>Techint</strong> terá mais de 5 mil m2 de área construída.
Suas edificações já foram projetadas para serem posteriormente absorvidas pelo cliente.<br />
O valor do contrato é de R$ 568 milhões.<br />
Dentro da filosofia que orienta todas as obras da Empresa, começaram,<br />
ao mesmo tempo que a construção do canteiro, os programas sociais<br />
e de segurança. Houve campanhas de doação de gêneros alimentícios<br />
e de limpeza para a Casa Menino Felipe, que abriga crianças<br />
órfãs ou vítimas de maus -tratos, à Casa de Apoio Convhiver,<br />
que ajuda pessoas portadoras de HIV; foram desenvolvidas campanhas<br />
de conscientização quanto à dengue e exames para detectar<br />
problemas de saúde bucal e hipertensão. No quesito de capacitação,<br />
compromisso tradicional da Empresa, um convênio com o<br />
Senai levou a <strong>Techint</strong> a contratar dez jovens profissionais que, durante<br />
dois anos, receberão salário unicamente para estudar. Um aspecto especialmente<br />
gratificante foi saber que três dos dez aprovados pelo exame de<br />
seleção do Senai eram filhos de funcionários da Empresa.<br />
5g. RLAM<br />
O Recôncavo Baiano é o berço do petróleo no Brasil. Já em 1938 L<strong>and</strong>ulpho Alves pleiteava<br />
ao governo Vargas a construção de uma refinaria em seu Estado, pois não apenas havia<br />
petróleo, mas ele sabia que a presença de uma indústria como essa lançaria a Bahia em uma<br />
nova etapa de sua economia. E foi assim que, em 1949, a Refinaria de Mataripe começou<br />
a ser construída, no município de São Francisco do Conde, a 80 km da capital, Salvador.<br />
Em 1953, com a criação da Petrobras, a refinaria foi incorporada à estatal e passou a<br />
se chamar Refinaria L<strong>and</strong>ulpho Alves. Hoje, ela é a segunda maior refinaria do país e responde<br />
por uma capacidade de refino de 306 mil barris por dia ou 15% da produção brasileira<br />
(dados da Petrobras de 2000). Na RLAM, em 2001, a <strong>Techint</strong> foi a responsável pelo
detalhamento do projeto de construção, fornecimento, construção, comissionamento<br />
e lançamento da maior unidade de craqueamento catalítico da Petrobras, e a terceira do mundo.<br />
Em junho de 2008, a Empresa assinou mais um contrato com a Petrobras. Depois de<br />
sete anos, a <strong>Techint</strong> voltará à RLAM para implantar as unidades de HDT de Diesel,<br />
UGH, Subestação Elétrica, Casa Controle Local, incluindo serviços de análise de consistência<br />
dos projetos básicos, projeto de detalhamento, fornecimento de materiais, fornecimento<br />
parcial de equipamentos, construção civil, montagem eletromecânica, condicionamento,<br />
apoio à pré-operação e partida e operação assistida.<br />
5h. Alunorte<br />
Barcarena, Pará, 123 km de Belém. É lá que se encontra a Alunorte (Alumina do Norte<br />
do Brasil S.A.), fabricante de alumina, óxido de alumínio usado na fabricação de peças do<br />
metal. Fundada em 1978, é atualmente a maior refinaria de alumina do planeta e foi lá<br />
que a <strong>Techint</strong>, em consórcio com a Usiminas Mecânica, assinou um contrato de ampliação<br />
da Alunorte, em maio de 2006, para obras de expansão da companhia. A Alunorte já<br />
havia dado um gr<strong>and</strong>e salto no período 2000-2003, qu<strong>and</strong>o fez seu primeiro plano de expansão.<br />
Este foi o segundo de que a <strong>Techint</strong> participou e elevou a produção a um patamar<br />
de 4,4 milhões de toneladas ao ano de alumina.<br />
Todas essas características indicam que o compromisso é de gr<strong>and</strong>e porte, ou seja, é o traba-<br />
lho perfeito para uma empresa do perfil da <strong>Techint</strong>. O contrato abrange fornecimento de<br />
equipamentos (36 precipitadores, seis classificadores, um espessador e oito tanques),<br />
detalhamento de engenharia, suprimentos, fabricação, transporte, montagem e testes.<br />
O valor total do contrato foi de R$ 74,5 milhões, cabendo à <strong>Techint</strong> R$ 44,7 milhões.<br />
No canteiro, a Empresa reservou espaço para seus cursos de solda e caldeiraria, em<br />
parceria com o Senai, além de arcar com os trabalhos de reforma do Centro Educacional<br />
Paroquial Maurício Guida, em conjunto com a Prefeitura Municipal e a Pastoral<br />
do Menor. No pico, foram mil funcionários trabalh<strong>and</strong>o juntos<br />
na obra. Com o resultado dessa expansão,<br />
a capacidade de gerar vagas da Alunorte chegou a 2,5 mil<br />
pessoas, tendo a <strong>Techint</strong> entregado as obras sob sua<br />
responsabilidade em dezembro de 2007.<br />
31
6<br />
Neste item, dividiremos as relações da Empresa com dois tipos de público, externo e inter-<br />
no. Às vezes, essa é uma maneira apenas prática de divisão, pois há casos de fornecedores<br />
que são parceiros de longa data e mantêm com a Empresa relações quase fraternas, ao<br />
passo que existe sempre alguma mobilidade dentro do público interno, embora seja política<br />
explícita da Empresa dar a seus colaboradores todas as oportunidades para que se desenvolvam<br />
completamente dentro do ambiente da <strong>Techint</strong>. De qualquer forma, o fundamental<br />
é ter em mente que todas as relações da <strong>Techint</strong> com seus parceiros assentam em<br />
princípios claros e que valem para todos, sem exceção.<br />
6a. Fornecedores<br />
Relações entre a<br />
Empresa e seus<br />
diferentes parceiros<br />
A <strong>Techint</strong> pode se envolver em obras de diferentes formas. Sozinha, gerenci<strong>and</strong>o, compr<strong>and</strong>o,<br />
construindo, em consórcio com outras empresas de construção ou no gerenciamento<br />
de pessoal e de fluxo de materiais. Mas, mesmo na primeira modalidade, ela tem de manter<br />
parcerias com fornecedores de produtos e serviços, para garantir sempre soluções de alta<br />
qualidade. Uma vez que a responsabilidade pela obra no momento da entrega cabe inteiramente<br />
à <strong>Techint</strong> – seja um duto, uma planta industrial ou outra qualquer de gr<strong>and</strong>e porte –, é<br />
preciso que ela se assegure de que seus fornecedores mantêm os mesmos padrões de<br />
qualidade que ela espera de si própria. O respeito a toda a legislação vigente no país, não<br />
só em termos de normas de qualidade de produto, como também de respeito ao meio<br />
ambiente e obrigações trabalhistas, é requisito fundamental. Porém todas as<br />
relações ficam mais harmoniosas se outros valores forem compartilhados.<br />
Dessa forma, a <strong>Techint</strong> espera que seus fornecedores sejam<br />
empresas com os olhos voltados para a inovação, para a<br />
resolução de desafios, mais que a realização de procedimentos<br />
de rotina, que mantenham interna e externamente relações<br />
de total transparência e, por fim, que tenham<br />
como meta ser parceiros de longo prazo, e não colabora-<br />
33
dores eventuais.<br />
6b. Público interno<br />
Por “público interno”, a <strong>Techint</strong> entende todo seu pessoal admi-<br />
nistrativo, técnico e trabalhadores nas obras vinculados diretamente<br />
à Empresa. Dada a variedade e extensão dos projetos que desenvolve,<br />
esse público tem nível educacional extremamente variado<br />
–<br />
do fundamental incompleto ao doutorado –, faixa etária igualmente<br />
ampla e nichos específicos de atuação, que vão do trabalho em<br />
escritório ao deslocamento para locais a milhares de quilômetros<br />
distante de suas famílias. Além disso, a <strong>Techint</strong> abre vagas para<br />
pessoas com deficiência, as quais são integradas ao ritmo normal<br />
da Empresa, exigindo-se delas o mesmo desempenho de seus<br />
companheiros de equipe.<br />
Todos têm de ser contemplados, dentro de suas especificidades,<br />
por meios eficientes de comunicação que, antes de tudo, evidenciem<br />
os valores básicos da <strong>Techint</strong> e apresentem, de forma transparente<br />
e clara, quais as metas a serem alcançadas e que métodos seguros devem ser usados em<br />
cada caso.<br />
6b1. Programas de capacitação<br />
Em uma empresa com a vocação da <strong>Techint</strong>, capacitação é algo imperativo em todos<br />
os níveis. No exterior, já existem gr<strong>and</strong>es parcerias em educação, como aquela entre o<br />
MIT (Massachusetts Institute of Technology) e a <strong>Techint</strong> italiana, que promove o intercâmbio<br />
anual de 40 profissionais. Em todos os países onde atua, ela leva essa experiência. Por<br />
isso, é sem hesitação que se pode afirmar que a Empresa tem uma sólida tradição em<br />
projetos de educação continuada, que vem desde sua fundação e tem como objetivos<br />
principais a melhora do conhecimento e sua difusão: mais capacitação para mais pessoas.<br />
Entre os engenheiros e o pessoal ligado à administração, o Programa Jovens Profissionais<br />
cria um currículo especial para aqueles que pretendem fazer carreira na Empresa. Logo depois<br />
de formados em suas áreas específicas (o requisito é ter até 28 anos de idade, inglês, boa<br />
formação e disponibilidade para mudanças), podem inscrever-se no programa e ser escolhidos<br />
por meio de processo seletivo. Se bem que o currículo pese, é na entrevista que o profissional<br />
mais experimentado vai sentir se no jovem existe vocação para crescer junto com o<br />
grupo. Decidido isso, inicia-se um ano de estudos pós-graduados por meio de uma importante<br />
parceria com a Fundação Dom Cabral e estágios em obras de porte. Nessa fase, tudo é<br />
investimento: espera-se esforço para aprender o máximo e disposição para ir particip<strong>and</strong>o<br />
cada vez mais de atividades complexas. Assim, depois de um período não mais extenso
que o próprio curso universitário de graduação, o jovem já pode estar ocup<strong>and</strong>o posições<br />
gerenciais, das quais o mercado é extremamente carente. É por isso que a <strong>Techint</strong> prepara<br />
ela mesma seus gerentes: os desafios são únicos e nenhuma formação genérica substitui<br />
o contato direto com quem faz. Por exemplo, o programa iniciado em 2007, em que os<br />
jovens fizeram cursos na prestigiada Fundação Dom Cabral, formou 30 profissionais,<br />
sendo quatro não-engenheiros. E para 2009 está prevista outra turma.<br />
Os gerentes dos quadros da <strong>Techint</strong> devem estar aptos a receber a certificação Project<br />
Management Professional, fornecida, após exames de avaliação individuais, pelo PMI<br />
(Project Management Institute), entidade mundial sem fins lucrativos, criada nos EUA<br />
em 1969, voltada para a capacitação de profissionais em gestão de projetos, que conta<br />
atualmente com 250 mil associados. Um perfil dos quadros mostra:<br />
Relação entre<br />
Engenheiros X Demais Carreiras Certificação PMI ou Equivalente<br />
45%<br />
55%<br />
67%<br />
Potencial a ser<br />
Certificado<br />
23%<br />
Certificados<br />
10%<br />
Em Processo<br />
35
Uma importante parceria com a FGV (Fundação Getúlio Vargas) possibilita a formação de<br />
profissionais mais experientes, por meio de um MBA de gerenciamento de projetos,<br />
especialmente desenhado para o negócio da <strong>Techint</strong>.<br />
Nos canteiros de obras, a situação é outra e os desafios de capacitação devem ser respondidos<br />
de acordo com o mais adequado para um dado momento ou projeto. Sendo a vocação<br />
básica da <strong>Techint</strong> no Brasil a instalação de dutos e a construção de plantas industriais,<br />
é evidente que os profissionais mais necessários são o soldador e o caldeireiro. Nos locais<br />
onde são desenvolvidos projetos, a Empresa procura ao máximo atrair mão-de-obra local e,<br />
para isso, é necessário qualificá-la. Dessa forma, em todos os canteiros existem escolas<br />
de solda e caldeiraria, totalmente financiadas pela Empresa e supervisionadas por técnicos<br />
internos ou do Senai. Quem faz o curso e passa na prova prática recebe seu diploma,<br />
que é muito valorizado no meio e torna o colaborador mais independente, além de elevar sua<br />
autoestima. Em números, apenas para citar uma obra, o projeto na Alunorte, em Barcarena<br />
(PA), formou 150 alunos, sendo 23 deles mulheres. Ganha a empresa, ganha o trabalhador<br />
e, aspecto importante, ganha a comunidade na qual ele se insere.<br />
Agora, o desafio é formar um profissional do qual o país é extremamente carente, pela quase<br />
inexistência de cursos que supram a dem<strong>and</strong>a da indústria: o supervisor de obras. No fim<br />
das contas, é esse profissional que fará a interface básica entre a gr<strong>and</strong>e massa de trabalhadores<br />
envolvidos em uma obra e o corpo técnico que conduz o projeto. É um indivíduo<br />
especial, um pouco engenheiro, um pouco soldador, líder de equipe, capaz de transmitir<br />
confiança e autoridade ao mesmo tempo. O desafio a ser vencido é formar 62 profissionais<br />
assim. E, nesse caso, assim como acontece em outros momentos da vida da Empre-
sa, aparecem aquelas exceções que dão segurança ao projeto. Nesse caso, um dos alunos<br />
inscritos tem 69 anos. Se, por um lado, a energia é algo menor a essa altura, a experiência<br />
mais que compensa sua perda. Formado, esse profissional na verdade será um emblema<br />
do objetivo principal do programa: mais que formar supervisores, formar multiplicadores de<br />
conhecimento.<br />
Além desses programas próprios, a <strong>Techint</strong> participa de iniciativas nacionais de capacitação,<br />
como o Prominp (Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural),<br />
criado pelo Ministério das Minas e Energia em 2003, com os objetivos de identificar dem<strong>and</strong>as<br />
de recursos humanos para a indústria petrolífera e de viabilizar a construção de centros<br />
de treinamento, onde é feita a capacitação de novos profissionais.<br />
De julho de 2007 a junho de 2008, a proporção entre horas de treinamento e horas trabalhadas<br />
vem aument<strong>and</strong>o (de 1,7% para 3,9%), o que indica que a preocupação da Empresa<br />
com capacitação está de fato se traduzindo na prática.<br />
6b2. Avaliação e carreira<br />
Aceita um cafezinho? Essa é uma pergunta-chave na <strong>Techint</strong> desde 2004. Nesse ano,<br />
começaram as “Reuniões de Cafezinho”, sempre conduzidas por um diretor ou gerente de<br />
projeto e acompanhadas por alguém da área de Recursos Humanos. São encontros informais,<br />
de cerca de duas horas, em que os colaboradores da Empresa falam de seus problemas,<br />
da empresa, sugerem melhorias e, enfim, criam laços com colegas em todos os níveis<br />
hierárquicos. A ideia é que toda dem<strong>and</strong>a seja resolvida na reunião ou obrigue a diretoria a dar<br />
uma resposta, ainda que seja para explicar a impossibilidade de atendimento a uma<br />
dada sugestão.<br />
Os assuntos abordados vão de programas de saúde a uso de papel para imprimir e-mails,<br />
de pedidos de mais encontros para integração de áreas até sugestões sobre como tornar<br />
mais ágil a comunicação entre a sede da Empresa e suas obras espalhadas pelo país.
38<br />
As reuniões garantem um clima mais harmonioso de trabalho e dão a todos a segurança de<br />
que a Empresa trabalha toda na mesma direção, com valores e metas previamente estabelecidos.<br />
Colaboradores mais integrados se traduzem, em última instância, em melhor desempenho<br />
empresarial, pois todos compreendem o funcionamento da <strong>Techint</strong> e todos<br />
sabem que sua parte é importante na organização. É esse clima de liberdade e as respostas<br />
imediatas providas pelos diretores e gerentes após as reuniões que garantem que essa<br />
prática deve continuar e se aprofundar.<br />
E para que a iniciativa não fique apenas em intenções, a liberdade de discordar de superiores<br />
é garantida, pois todos sabem que existe um plano de carreira com regras claras e<br />
transparentes. Todos os anos, uma avaliação minuciosa de cada colaborador, do jovem<br />
profissional oriundo das turmas de formação básica até os diretores, é realizada e compreende<br />
autoavaliação, avaliação das competências adquiridas ou desenvolvidas, performance<br />
em relação às metas colocadas no exercício anterior e capacidade comprovada ou potencial<br />
para superá-las. A soma desses fatores define, em reuniões de avaliação tanto aqui<br />
como em todas as empresas do grupo, que equipes superaram metas e que pessoas se<br />
mostram mais capacitadas para inovar.<br />
Portanto, volt<strong>and</strong>o à liberdade nas reuniões informais, não há por que não revelar opinião<br />
própria, mesmo que ela destoe de alguma orientação mais geral. Pelo contrário, uma opinião<br />
forte significa motivação e vontade de evoluir com a equipe.<br />
No canteiro, as reuniões diárias sobre segurança e, no fim do expediente, reuniões informais<br />
também são espaço para discussão de problemas, transmissão de experiências e apresentação<br />
de reivindicações. Como acontece nas Reuniões de Cafezinho, tudo merece atenção.<br />
6b3. Comunicação<br />
Desde 2004, a <strong>Techint</strong> passou a usar um meio impresso para que seus colaboradores se<br />
conheçam melhor: é o Acontece, jornal de quatro páginas feito especialmente para cada<br />
obra. Enquanto o canteiro está ativo, é no Acontece que os colaboradores ficam sabendo<br />
de novidades da <strong>Techint</strong> no Brasil e no mundo, recebem orientações de segurança, são<br />
informados de campanhas de capacitação, treinamento e, principalmente, podem ter sua<br />
voz ouvida por todos, compartilh<strong>and</strong>o suas experiências. A tiragem varia conforme o<br />
número de envolvidos em cada projeto. Na RBPC, a tiragem é de 1.500 exemplares,<br />
mas chega ao dobro disso em Macaé.<br />
A redação é centralizada na sede em São Paulo, mas a pauta de cada número do Acontece<br />
vem diretamente dos canteiros. Dessa forma, o jornal se torna veículo de mão-dupla entre<br />
a <strong>Techint</strong> e seus colaboradores.<br />
A comunicação é peça essencial em um canteiro, pois é por meio dela que os colaboradores<br />
se sentem integrados à Empresa e contribuem para que a eficiência seja máxima. Por exem-
plo, nas reuniões periódicas sobre segurança, as equipes de colaboradores são estimuladas<br />
a competir entre si de forma saudável e profissional, para determinar qual time, depois de<br />
um mês, conseguiu melhores resultados em termos de atendimento às políticas de segurança.<br />
O resultado poderia ficar no âmbito restrito da equipe e de seus supervisores imediatos,<br />
mas é nesse ponto que entra o Acontece, divulg<strong>and</strong>o fotos e nomes dos vencedores.<br />
Apenas uma brincadeira? Sim e não. Sim, porque o que importa são as pessoas e a competição<br />
é secundária. Não, porque o que vale mesmo é que todos vivam bem e esse tipo<br />
de iniciativa só estimula os envolvidos a interagir mais e para o bem comum. E esse é apenas<br />
um exemplo no qual comunicação e QSMS estão unidos com laços muito mais estreitos que<br />
simplesmente a transmissão de informações consideradas úteis para um dado momento ou<br />
projeto.<br />
Além do jornal, a área de comunicação utiliza outras ferramentas, como a revista <strong>Techint</strong><br />
Notícias, veículo corporativo com periodicidade trimestral, que reúne informações das<br />
principais obras em todo o mundo.<br />
O público externo também não fica de fora: a newsletter é produzida a cada três meses<br />
e enviada diretamente a todos os clientes e parceiros. Esse veículo é a forma que a <strong>Techint</strong><br />
utiliza para mostrar os principais projetos e notícias da Empresa no Brasil<br />
e no mundo.<br />
6b4. Voluntariado<br />
Na estruturação de sua Responsabilidade <strong>Social</strong>, a <strong>Techint</strong><br />
Brasil acredita que é de suma importância ouvir<br />
seus funcionários e que uma das melhores formas de<br />
participação ativa destes nos valores da empresa é o<br />
Voluntariado corporativo.<br />
Qu<strong>and</strong>o surgiu para os funcionários da Sede da <strong>Techint</strong><br />
Brasil a oportunidade de se organizarem formalmente em<br />
um Programa de Voluntariado, fora das ações espontâneas<br />
que já aconteciam, apareceram algumas dúvidas iniciais, tais
como qual causa seria trabalhada, qual o público-alvo, quais organizações seriam nossas<br />
parceiras e qual seria a melhor fórmula para aliar os valores da empresa, dos colaboradores e<br />
das Comunidades escolhidas.<br />
Dois rumos foram tomados a partir daí, o PAD – Programa de Ações Pontuais, que tem como<br />
objetivo proporcionar diversas formas de participação para os colaboradores, e o PID<br />
– Programa de Inclusão Digital, que visa estimular a participação de jovens e adultos na<br />
capacitação em microinformática básica.<br />
Para o PAD, foi definida a montagem de um banco de dados de organizações, a partir da<br />
indicação dos próprios funcionários. Após uma validação técnica da área de Responsabilidade<br />
<strong>Social</strong>, o grupo definiu uma agenda de ”Ações Pontuais“ e planejou eventos para o ano,<br />
como campanhas de arrecadação (alimentos, agasalhos, material escolar etc.) e atividades<br />
de um dia, estreit<strong>and</strong>o assim relações com a comunidade das organizações escolhidas.<br />
No PID, cada voluntário fez uma apresentação da organização por ele indicada no banco<br />
de dados, e o grupo avaliou e elegeu a melhor dentre todas para receber o projeto.<br />
A participação dos voluntários acontece na gestão de todo o projeto, desde a busca de recursos<br />
para estruturação da sala de informática, o desenvolvimento dos conteúdos e a capacitação<br />
dos voluntários presenciais, até a avaliação dos alunos.<br />
A aproximação do funcionário com outras realidades, através da participação em projetos<br />
de voluntariado, impacta diretamente em sua forma de olhar o mundo. Ao vivenciar esta<br />
experiência ele desenvolve novas potencialidades, talentos e competências. Fora todo<br />
ganho social para a causa da comunidade atendida, há o consequente ganho da própria<br />
empresa com a incorporação de seus valores por parte dos funcionários.
6c. Comunidade<br />
Desde que começou a operar no Brasil, em 1947, a <strong>Techint</strong> tinha consciência de que suas obras<br />
seriam de gr<strong>and</strong>e impacto social e, dentro do conhecimento e das normas de então, já procurava<br />
meios de ouvir as comunidades vizinhas às obras, a fim de, com um melhor relacionamento,<br />
tornar mais eficientes os trabalhos de engenharia. Mas foi em 1998 que essas iniciativas<br />
tomaram corpo, qu<strong>and</strong>o foi então criada uma Coordenadoria de Projetos Sociais.<br />
Dez anos de experiência em projetos muito variados dão sustentação à tese de que,<br />
agora, a Empresa deve dar um novo salto em Responsabilidade <strong>Social</strong> e integrar suas<br />
ações de forma que a qualidade e o peso da marca “<strong>Techint</strong>” se façam sentir mais presentes<br />
em toda iniciativa feita em conjunto com a comunidade.<br />
O caminho que pavimentou tal convicção é composto das iniciativas mais variadas, sendo uma<br />
das primeiras em Madre de Deus (BA), onde, já em 1999, a <strong>Techint</strong>, juntamente com<br />
a Prefeitura Municipal e o Cefet (Centro Federal de Educação Tecnológica) da Bahia, criava<br />
um curso de capacitação de mestres-de-obras. Foi nas obras da RLAM (Refinaria L<strong>and</strong>ulpho<br />
Alves). Como sempre nessas ocasiões, houve fatos surpreendentes e, no caso, foi<br />
nesse curso que se formou a primeira mulher mestre-de-obras daquele município. Nos<br />
anos seguintes, as iniciativas se multiplicaram, com cursos de solda, caldeiraria, capacitação<br />
(em parceria com o Senai), alfabetização dos garis do município de São Francisco do<br />
Conde (onde também foi ministrado pelo Senai um curso de mecânica automotiva), culinária<br />
natalina e complementação do Telecurso 2000. Em alguns casos, pessoas da comunidade,<br />
mesmo sem ligação com a Empresa, viam em sua presença ali oportunidades para<br />
aprender e pediam para participar dos cursos oferecidos. Não houve discriminação entre<br />
colaboradores e não-colaboradores, e os pedidos foram atendidos, pass<strong>and</strong>o esses alunos<br />
externos pelas mesmas aulas e provas a que foram submetidos os aprendizes que<br />
integravam o quadro da Empresa.<br />
Hoje, a <strong>Techint</strong> está restaur<strong>and</strong>o o Centro de Convivência Santa<br />
Amália, entre os municípios de Macaé e Campos, que<br />
atende aproximadamente 150 crianças e adolescentes.<br />
Isso apenas dá continuidade a outras iniciativas semelhantes.<br />
Por exemplo, durante as obras para<br />
a Samarco, a <strong>Techint</strong> restaurou a Escola Municipal<br />
Alfredo Br<strong>and</strong>ão, no município de Espera<br />
Feliz (MG).<br />
Ouvir a comunidade, perceber a vocação da região<br />
e respeitar as especificidades locais são marca<br />
da atuação da <strong>Techint</strong>. Um exemplo disso aconte-
ceu em 2005, em Macaé, onde a <strong>Techint</strong> tem um canteiro e faz a manutenção de nove<br />
plataformas na Bacia de Campos. Os programas de capacitação e alfabetização estavam em<br />
pleno <strong>and</strong>amento, mas uma consulta à comunidade trouxe um<br />
pedido inusitado: muitas esposas de petroleiros acreditavam que seria possível aumentar<br />
a renda familiar se tivessem um curso de cabeleireiro. Dito e feito. A Prefeitura Municipal<br />
cedeu o espaço – a Incubadora de Cooperativas de Macaé –, os instrutores, e a <strong>Techint</strong><br />
comprou todo o material necessário para equipar um salão de beleza com capacidade<br />
para 20 alunos, além de financiar a capacitação fornecida pelo Senac. Em oito meses, a<br />
turma estava formada. Em Macaé, para atender a uma dem<strong>and</strong>a da Petrobras, de zerar o<br />
analfabetismo entre colaboradores horistas em cinco anos, a partir da data do início do<br />
empreendimento, a <strong>Techint</strong> procurou escolas que acomodassem os potenciais alunos.<br />
Não existia espaço. Resultado, a Empresa construiu um edifício para abrigar o curso, que<br />
agora funciona dentro do canteiro. Já em Pontal do Sul, a Empresa participou do PDMO<br />
(Programa de Desenvolvimento de Mão-De-Obra), juntamente com a Petrobras e o Sesi,<br />
e contribuiu com transporte e lanche para que 50 colaboradores frequentassem aulas ministradas<br />
na Escola Municipal Sully da Rosa Vilarinho. Dentro do mesmo programa, participou<br />
do projeto “Futuro em Nossas Vidas”, que deu 150 horas de treinamento para<br />
capacitação de pedreiros.<br />
Exigências contratuais ou iniciativas que vêm de pedidos da comunidade diretamente à<br />
<strong>Techint</strong> são apenas dois dos vários meios de realizar ações de cunho social. Outra possibilidade<br />
é participar de gr<strong>and</strong>es programas, como foi o caso das padarias artesanais, promovido<br />
pelo Governo do Estado de São Paulo. Nesse programa, a estrutura já estava pronta e os<br />
gestores procuravam parceiros que financiassem a compra de kits de padaria (forno,<br />
batedeira, liquidificador, balança e assadeiras). E, assim, a <strong>Techint</strong> reiterou seu compromisso<br />
ao montar o projeto em Cubatão, cidade: tem uma relação histórica.<br />
Em dez anos, a <strong>Techint</strong> construiu escolas, postos de saúde, reformou edifícios de uso<br />
comunitário, promoveu cursos e fez ações de respaldo a grupos culturais, como é o caso<br />
da Escola de Capoeira em Rio das Ostras (RJ). Mesmo iniciativas bem distantes da
vocação técnica da Empresa receberam apoio, como é exemplo o curso de capacitação<br />
em Libras (Língua Brasileira de Sinais), para 45 professores, ministrado em Arujá (SP).<br />
Casos como estes de Arujá, Cubatão e Rio das Ostras são talvez os melhores<br />
exemplos de que uma ação responsável deve partir, antes de tudo, de uma<br />
atitude de respeito à comunidade.<br />
Em outro momento, na construção do duto que cruzava Minas Ge-<br />
rais e chegava ao litoral do Espírito Santo – para a Samarco Mineração<br />
S.A. –, as ações sociais desenvolvidas não se limitaram aos tradicionais<br />
cursos de capacitação. Técnicos especializados da <strong>Techint</strong> visitaram<br />
todas as comunidades perto das quais passavam os quase<br />
400 km de dutos. Não bastava sinalizar que ali acontecia uma obra de<br />
gr<strong>and</strong>e porte. Era preciso explicar o que estava ocorrendo, pois só a<br />
informação correta e transparente é que, de fato, previne acidentes. Foram<br />
campanhas de conscientização, visitas a casas e estabelecimentos comerciais e<br />
mesmo oferta de estadia em hotéis para famílias que se sentissem incomodadas com alguma<br />
obra noturna. Tudo isso permitiu eficiência (pico de 1,5 mil funcionários, 1,9 km de<br />
dutos assentados por dia), evitou acidentes (mais de 3 milhões de homens-hora sem<br />
acidentes com afastamento) e integrou as comunidades, que passaram de espectadoras a<br />
partícipes do empreendimento que estava trazendo novidades para o seu entorno.<br />
Agora, com tanta experiência acumulada, a <strong>Techint</strong> sente que está capacitada no que<br />
diz respeito ao contato humano, à sensibilidade para detectar e suprir eventuais carências<br />
ou anseios presentes nas comunidades onde atua. Os anos de trabalho já acumularam<br />
razoável material para refletir sobre erros e acertos e, principalmente, para ser capaz<br />
de acertar o foco de suas ações e de propor novos desafios na área social. Atualmente,<br />
a Empresa passa por esse momento de reflexão e transição, não apenas reavali<strong>and</strong>o
7<br />
A <strong>Techint</strong>,<br />
o desenvolvimento<br />
sustentável e o respeito<br />
ao meio ambiente<br />
Qu<strong>and</strong>o a <strong>Techint</strong> fala de desenvolvimento sustentável, está consider<strong>and</strong>o não só aspectos<br />
materiais e econômicos, mas o conjunto multifacetado que compõe o fenômeno do<br />
desenvolvimento: questões políticas, sociais, culturais e físicas. Esses fatores, por sua<br />
vez, repousam sobre aspectos qualitativos como os graus de coesão e de harmonia social,<br />
questões como cidadania, valores éticos e morais, grau de polarização social e política, enfim,<br />
os valores da sociedade. Essencialmente, o que importa na vida exibe sempre esse lado<br />
qualitativo, impossível de medir, mas que não pode ser desprezado qu<strong>and</strong>o o objeto de<br />
uma ação é uma comunidade completa.<br />
As ações ambientais da Empresa têm se caracterizado por boas práticas educativas,<br />
preventivas, cumprimento da legislação pertinente, execução da política dos 3R na gestão dos<br />
resíduos (reduzir, reciclar e reutilizar), assimilação de novas técnicas ambientais, entre outras.<br />
Para diagnosticar os temas ambientais ligados a cada novo empreendimento que a <strong>Techint</strong><br />
tem por desafio realizar, a Empresa procede primeiramente a um diagnóstico da situação:<br />
aponta o estado em que se encontra o ambiente na situação contemplada, seus potenciais,<br />
condicionantes e deficiências. Cada colaborador é convidado a contribuir, lev<strong>and</strong>o à direção<br />
do projeto tudo aquilo que percebe ter potencial para preservar ou melhorar a qualidade<br />
ambiental. O exercício é realizado já na etapa de rascunho dos projetos, pois essa atenção<br />
já faz parte do cotidiano de todos os profissionais da Empresa. Qu<strong>and</strong>o, por meio de<br />
práticas educativas formais ou informais, a <strong>Techint</strong> estimula seus colaboradores a ter sempre<br />
em consideração as questões ambientais, ela está lev<strong>and</strong>o esses valores éticos para além<br />
de seus limites corporativos.<br />
45
Além das práticas educativas, existem também as atividades preventivas, que são igualmente<br />
parte essencial de todos os projetos da Empresa desde seus primeiros passos. Experiências<br />
anteriores (benchmarking) são incorporadas e assimiladas. Ainda, o ciclo de melhoria<br />
contínua (PDCA, do inglês Plan, do, check, act) é um exercício rotineiro para os profissionais<br />
ligados de qualquer forma a um empreendimento da <strong>Techint</strong>. Esta sempre busca estender<br />
seus compromissos ambientais aos seus parceiros, dos quais exige atuação impecável no<br />
mercado e compartilhamento dos mesmos princípios de ética, transparência e qualidade.<br />
Na avaliação de fornecedores e de prestadores de serviços, vários quesitos ambientais são<br />
levados em consideração antes de a Empresa se resolver pela contratação de terceiros.<br />
Uma parceria ambiental já consolidada é o apoio da <strong>Techint</strong> à ONG Associação Mar Brasil,<br />
sediada no estado do Paraná. Ela contribuiu de forma decisiva para a realização das Oficinas<br />
de Educação Ambiental para os alunos do ensino fundamental das escolas municipais<br />
de Pontal do Paraná.<br />
Outro indicador de sucesso foi junto à Associação Municipal dos Coletores de Resíduos<br />
Sólidos Recicláveis de Pontal do Paraná. Nesse projeto, a Empresa contribuiu para a capacitação<br />
dos associados, sobretudo lev<strong>and</strong>o conhecimento quanto à segurança do trabalho.<br />
Também foi doado a essa associação todo o resíduo reciclado gerado no empreendimento<br />
da construção da Plataforma de Rebombeio Autônoma PRA-1, para a Petrobras.
A PRA-1 deu à <strong>Techint</strong> outra oportunidade de se exercitar no desafio de produzir em alto<br />
nível e ao mesmo tempo respeitar o meio ambiente. O canteiro de obras para a construção<br />
da plataforma se situa em área de interesse turístico, definida por decreto estadual. Ali vivem<br />
espécimes de coruja-buraqueira (Speotyto cunicularia). De um lado, procedeu-se a uma<br />
pesquisa de hábitos da coruja. De outro, a Empresa ofereceu oficinas de educação<br />
ambiental em uma escola vizinha ao canteiro, onde estimulou os alunos a visitarem os<br />
ninhos, dar nomes a novos filhotes que iam surgindo etc. O desfecho: mesmo em um<br />
ambiente de obra, a população de corujas aumentou, resultado de cuidados especiais,<br />
mas também da elevação do grau de conscientização a respeito das necessidades e<br />
importância da ave.<br />
Os resultados dessas primeiras iniciativas, de se aliar a organizações voltadas para a<br />
preservação ambiental, indicam que o caminho para os próximos anos é estar atenta<br />
ao impacto nas comunidades próximas de suas obras, desenvolver projetos de capacitação<br />
e conscientização voltados ao meio ambiente e associar-se a entidades civis de alto nível<br />
que compartilhem os mesmo princípios da Empresa e apresentem resultados positivos<br />
verificáveis publicamente.
8<br />
Relatório Ibase<br />
<strong>Balanço</strong> <strong>Social</strong> Anual | 2007 | 2008 (jul/07 a jun/08)<br />
TECHINT ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO<br />
1 - Base de Cálculo Valor (mil reais)<br />
Receita líquida (RL) 371.022<br />
Resultado operacional (RO) 2.670<br />
Folha de pagamento bruta (FPB) 156.711<br />
2 - Indicadores Sociais Internos Valor (mil) % sobre FPB % sobre RL<br />
Alimentação 2.156 1,38% 0,58%<br />
Encargos sociais compulsórios 39.614 25,28% 10,68%<br />
Previdência privada 0 0,00% 0,00%<br />
Saúde 3.133 2,00% 0,84%<br />
Segurança e saúde no trabalho 584 0,37% 0,16%<br />
Educação 3 0,00% 0,00%<br />
Cultura 0 0,00% 0,00%<br />
Capacitação e desenvolvimento profissional 1.489 0,95% 0,40%<br />
Creches ou auxílio-creche 0 0,00% 0,00%<br />
Participação nos lucros ou resultados 6.400 4,08% 1,73%<br />
Outros 1.574 1,00% 0,42%<br />
Total - Indicadores sociais internos 54.952 35,07% 14,81%<br />
3 - Indicadores Sociais Externos Valor (mil) % sobre RO % sobre RL<br />
Educação 34 1,26% 0,01%<br />
Cultura 0 0,00% 0,00%<br />
Saúde e saneamento 16 0,59% 0,00%<br />
Esporte 0 0,00% 0,00%<br />
Combate à fome e segurança alimentar 2 0,08% 0,00%<br />
Outros 57 2,13% 0,02%<br />
Total das contribuições para a sociedade 108 4,06% 0,03%<br />
Tributos (excluídos encargos sociais) 0 0,00% 0,00%<br />
Total - Indicadores sociais externos 108 4,06% 0,03%<br />
4 - Indicadores Ambientais Valor (mil) % sobre RO % sobre RL<br />
Investimentos relacionados com a produção/ operação da empresa 184 6,89% 0,05%<br />
Investimentos em programas e/ou projetos externos 8 0,30% 0,00%<br />
Total dos investimentos em meio ambiente 192 7,19% 0,05%<br />
Quanto ao estabelecimento de “metas anuais” para minimizar resíduos,<br />
o consumo em geral na produção/ operação e aumentar a eficácia na<br />
utilização de recursos naturais, a empresa<br />
5 - Indicadores do Corpo Funcional<br />
Nº de empregados(as) ao final do período 3.352<br />
Nº de admissões durante o período 1.127<br />
Nº de empregados(as) terceirizados(as) 0<br />
Nº de estagiários(as) 12<br />
Nº de empregados(as) acima de 45 anos 704<br />
Nº de mulheres que trabalham na empresa 239<br />
% de cargos de chefia ocupados por mulheres 0,005%<br />
Nº de negros(as) que trabalham na empresa 2.366<br />
% de cargos de chefia ocupados por negros(as) 0,06%<br />
Nº de pessoas com deficiência ou necessidades especiais<br />
6 - Informações relevantes quanto ao exercício da cidadania empresarial<br />
15<br />
Relação entre a maior e a menor remuneração na empresa 102<br />
Número total de acidentes de trabalho 2<br />
Os projetos sociais e ambientais desenvolvidos pela empresa foram definidos por: ( ) direção ( X ) direção e gerências ( ) todos(as) empregados(as)<br />
Os padrões de segurança e salubridade no ambiente<br />
( X ) direção e gerências ( ) todos(as) empregados(as)<br />
de trabalho foram definidos por:<br />
( ) todos(as) + Cipa<br />
Quanto à liberdade sindical, ao direito de negociação coletiva<br />
e à representação interna dos(as) trabalhadores(as), a empresa:<br />
( ) não se envolve ( X ) segue as normas da OIT<br />
( ) incentiva e segue a OIT<br />
A previdência privada contempla: ( ) direção ( ) direção e gerências ( ) todos(as) empregados(as)<br />
A participação nos lucros ou resultados contempla:<br />
Na seleção dos fornecedores, os mesmos padrões éticos e de responsabilidade<br />
( ) direção ( ) direção e gerências ( X ) todos(as) empregados(as)<br />
social e ambiental adotados pela empresa:<br />
Quanto à participação de empregados(as) em programas de trabalho<br />
( ) não são considerados ( X ) são sugeridos ( ) são exigidos<br />
voluntário, a empresa: ( ) não se envolve ( ) apóia ( X ) organiza e incentiva<br />
Valor adicionado total a distribuir (em mil R$): R$ 231.152<br />
Distribuição do Valor Adicionado (DVA):<br />
( X ) não possui metas ( ) cumpre de 51 a 75%<br />
( ) cumpre de 0 a 50% ( ) cumpre de 76 a 100%<br />
27% governo 68% colaboradores(as)<br />
4% acionistas (-) 9% terceiros<br />
49
<strong>Balanço</strong> <strong>Social</strong> 2007/2008<br />
<strong>Techint</strong> Engenharia e Construção<br />
Roberto Vidigal<br />
Presidente<br />
Ricardo Ourique Marques<br />
Diretor Geral<br />
Roberto Paolini<br />
Diretor de Recursos Humanos<br />
Airton de Paiva<br />
Diretor de Administração e Finanças<br />
Guilherme Pires de Mello<br />
Diretor de Operações<br />
Daniela Tavares<br />
Coordenadora de Comunicação e Marketing Institucional<br />
Mirella Tess<br />
Coordenadora de Responsabilidade <strong>Social</strong><br />
Carla Bello<br />
Coordenadora do <strong>Balanço</strong> <strong>Social</strong><br />
Colaboradores<br />
Adriano Wagner dos Santos, Andréa Araújo Maciel, Carlos Simão, Claudio Jacinto, Daniel Marchese, Daniela Abad,<br />
Djalmir Figueiredo, Dilmair Valdir Gaspar, Felipe Moreira Mir<strong>and</strong>a, Flávio Gaspar, Francisco Airton do Vale, Gilson Gaia,<br />
Gilson Modesto da Cruz, Henrique Hashimoto, Hudson Monteiro, Jackson Cesar Bassfeld, Jackson Constantino,<br />
João Alex<strong>and</strong>re Iglesias Vidal, Jorge Manoel Konrad, José Iderlânio da Silva, José Luis Pinheiro, Juliana<br />
Cortez, Juliano Cesar Figueiredo, Justino Fonseca, Leonardo Pereira Pires, Letícia Andrade Gomes, Luana<br />
Zanelato, Luciana Silveira Campos, Luis Carlos Di Pardi, Luiz Carlos dos Santos, Marcelo C Binotti, Marcelo<br />
da Silva, Marcelo Gargiulo Santiago, Marcelo Marcionilho de Souza, Marcelo Vidolin, Marsuri L. Martinez Romero, Mary<br />
de Oliveira, Mauro de Oliveira Vallim, Micheli Cordeiro, Nazário Del Rio Gonzales, Paulo Cortizo, Priscila Corsi, Priscila<br />
Pessoa, Rafael Soler Garcia, Reginaldo de Aquino, Roberto Francisco Iannone.<br />
Fotos<br />
Arquivo <strong>Techint</strong><br />
Produção<br />
Jesus de Paula Assis<br />
Projeto gráfico e editoração<br />
Via Impressa Design Gráfico<br />
Revisão<br />
Mitsue Morissawa<br />
Versão para o inglês<br />
Ana Cristina da Silva Toniolo<br />
Pre-Press e Impressão<br />
Ipsis Gráfica e Editora<br />
Impresso em papel Couché fosco 150g e Duo Design 300g<br />
“Produto produzido com papel proveniente<br />
de florestas certificadas FSC e outras fontes<br />
controladas.”