ensaio geral setembro - Liesa - Globo
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Informativo da <strong>Liesa</strong> Ano VIII – Nº 11 – <strong>setembro</strong> 2003<br />
<strong>Liesa</strong> e<br />
Sambódromo<br />
festejam 20<br />
carnavais<br />
Adriana Perett<br />
desfila em 14<br />
Escolas e<br />
entra para o<br />
Guinness Brasil
Em nome da alegria<br />
Ailton Guimarães Jorge<br />
Chegou a hora de reconquistar a alegria que sempre caracterizou<br />
a maior festa popular do país e do mundo. O momento,<br />
aliás, não poderia ser melhor. Ano que vem, o Sambódromo<br />
e a Liga Independente estarão comemorando juntos o seu<br />
20º aniversário.<br />
No último desfile, encontrei na pista<br />
com José Bonifácio Sobrinho, o Boni,<br />
um apaixonado pelo carnaval. Comentou<br />
que estava sentindo a ausência de<br />
alegria nos enredos. Temos a mesma<br />
opinião, também apoiada por sambistas,<br />
cronistas e outras pessoas preocupadas<br />
com o destino dos desfiles. Além<br />
de apresentar criatividade e ousadia,<br />
torçamos para que as Escolas também<br />
façam o público sorrir.<br />
Gostei muito dos enredos para 2004.<br />
Todos, sem exceção, são bons ou muito<br />
bons. Nossa expectativa é de que, em<br />
breve, possamos criar um Banco de<br />
Enredos para subsidiar as Escolas com<br />
temas ricos em conteúdo.<br />
Em abril, apresentamos uma proposta às agremiações. Por se<br />
tratar de um desfile especial, sugerimos que as escolas recorressem<br />
aos grandes sambas-de-enredo do passado. Nossa<br />
intenção, além de fazer uma deliciosa viagem por antigos<br />
carnavais, seria motivar a participação do público, revivendo<br />
sambas que são cantados até hoje. As três agremiações de<br />
Madureira (Portela, Império Serrano e Tradição) fizeram essa<br />
opção. A maioria, porém, argumentou que precisava recorrer<br />
a patrocinadores para manter um carnaval<br />
com a mesma grandiosidade. A<br />
<strong>Liesa</strong> não exerce qualquer tipo de ingerência<br />
sobre as suas filiadas. É parceira<br />
e, ao mesmo tempo, representante<br />
de todas. Como tal, deve respeitar a<br />
vontade de cada uma.<br />
Não pensamos apenas no nivelamento<br />
artístico do desfile. Consideramos,<br />
também, os preços dos ingressos. Decidimos<br />
manter os valores dos bilhetes<br />
populares e reajustar os dos demais<br />
setores da Passarela, adequando-os<br />
ao mercado. É a forma ideal para que a<br />
<strong>Liesa</strong> e a Riotur possam arcar com suas<br />
responsabilidades na estrutura do espetáculo,<br />
mostrando que o Rio de Janeiro<br />
está preparado para organizar eventos<br />
de projeção mundial em clima de muita paz e segurança.<br />
Ailton Guimarães Jorge é presidente da <strong>Liesa</strong> - Liga Independente<br />
das Escolas de Samba do Rio de Janeiro<br />
3
LIGA INDEPENDENTE DAS<br />
ESCOLAS DE SAMBA DO RIO DE JANEIRO<br />
PRESIDENTE<br />
Ailton Guimarães Jorge<br />
VICE-PRESIDENTE<br />
Jorge Luiz Castanheira Alexandre<br />
TESOUREIRO<br />
Américo Siqueira Filho<br />
SECRETÁRIO<br />
Wagner Tavares de Araújo<br />
DIRETOR DE CARNAVAL<br />
Elmo José dos Santos<br />
DIRETOR COMERCIAL<br />
Hélio Costa da Motta<br />
DIRETOR JURÍDICO<br />
Nelson de Almeida<br />
DIRETOR DE PATRIMÔNIO<br />
Zacarias Siqueira de Oliveira<br />
DIRETOR CULTURAL<br />
Hiram Araújo<br />
DIRETOR SOCIAL<br />
Jorge Perlingeiro<br />
ASSESSOR DE IMPRENSA<br />
Vicente Dattoli<br />
Visite a <strong>Liesa</strong>Net: www.liesa.com.br<br />
LIESA – Av. Rio Branco, 4 – 17º e 18º andares<br />
– Centro – Rio de Janeiro – CEP 20090-000<br />
– Tel.: (21) 2253-7676 – Fax: (21) 2253-7409<br />
ENSAIO GERAL<br />
Informativo da <strong>Liesa</strong> – Ano VIII – Nº 11<br />
Setembro de 2003<br />
EDITOR<br />
Cláudio Vieira<br />
DESIGN GRÁFICO<br />
Ricardo Pereira<br />
INFOGRAFIA E ILUSTRAÇÕES<br />
3R STUDIO<br />
TEXTOS<br />
Cláudio Vieira<br />
FOTOGRAFIA<br />
Henrique Matos e Peter Illiciev<br />
REVISÃO<br />
Marta Queiroz<br />
COLABORAÇÃO<br />
Adail, Bruno Santos, Elaine Mattos, Fabiana<br />
Figueiredo, Guilherme Guimarães, Henrique<br />
Carvalho, Heron Schneider, Hiram Araújo, Janey<br />
Costa Silva, Janice Teixeira, Kryscila Mattos,<br />
Mauro dos Santos, Patrícia Braga, Roque Pretto,<br />
Tiago Cambará, Vicente Dattoli e Vítor Wanderley<br />
PUBLICIDADE<br />
Hélio Costa da Motta e Marta Queiroz<br />
TRATAMENTO DE IMAGENS<br />
Aliomar Gandra e José Ferreira<br />
IMPRESSÃO<br />
Ediouro Gráfica e Editora SA – Rio de Janeiro<br />
FOTOLITOS<br />
Ace Digital<br />
TIRAGEM<br />
40 mil exemplares – Distribuição Gratuita<br />
Linha direta com o editor:<br />
editor@iriseditora.com.br<br />
ENSAIO GERAL<br />
é criado e produzido pela<br />
www.iriseditora.com.br<br />
marketing@iriseditora.com.br<br />
06<br />
10<br />
12<br />
14<br />
20<br />
22<br />
26<br />
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30<br />
31<br />
32<br />
33<br />
Passado, Presente e Futuro<br />
Os enredos para os desfiles de 2004<br />
O espaço mais disputado do Rio<br />
Começa a reserva para camarotes e<br />
frisas do Sambódromo<br />
Ranking: Beija-Flor encosta na Imperatriz<br />
Regulamento: Pontinhos preciosos<br />
As emoções ainda estão vivas<br />
Um flash-back do último desfile<br />
Os premiados de 2003<br />
As notas que deram o título à Beija-Flor<br />
Vem aí a Cidade do Samba!<br />
Conheça o mega-projeto e saiba como<br />
funcionarão as Fábricas de Carnaval<br />
Carnaval é uma ciência<br />
Surge o Centro de Memória da <strong>Liesa</strong><br />
Jamelão: ao mestre, com carinho<br />
Com o pé no mercado<br />
Troca-Troca<br />
O recorde de Adriana Perett<br />
Aprendizes do Fundão<br />
Se liga na Liga<br />
<strong>Liesa</strong>Net: notícias que dão samba<br />
ÍNDICE<br />
ONDE ENCONTRAR<br />
ENSAIO GERAL<br />
O informativo oficial da <strong>Liesa</strong> é distribuído nas quadras das Escolas de Samba do Grupo Especial; nas<br />
agências do Unibanco, o Banco Oficial do Carnaval Carioca; nos principais hotéis do Rio de Janeiro<br />
(Leme, Copacabana, Ipanema, Leblon, São Conrado, Barra da Tijuca, Centro e próximo aos aeroportos);<br />
agências de viagem, através da ABAV-RJ; escritórios da Riotur e Embratur; no Maracanã; nos táxis da<br />
Coopertramo e Coopatur; nas grandes empresas envolvidas com os desfiles das Escolas de Samba, como<br />
Supermercados Guanabara, Golden Cross, Loterj, Caçula, Sanitas, Brahma, Coca-Cola, Brascan (Rio-<br />
Sul); nas ações da campanha Só A Alegria Vai Contagiar, do Ministério da Saúde e da Uerj, e do Projeto<br />
Dançando Com Um Pé No Futuro, da Associação de Mulheres Empresárias do Brasil (Amebras); e na<br />
sede da <strong>Liesa</strong>. O conteúdo de ENSAIO GERAL também está disponível na <strong>Liesa</strong>Net: www.liesa.com.br<br />
10<br />
14<br />
20<br />
22<br />
28
Domingo, 22 de fevereiro<br />
DESFILE<br />
Às 21 horas<br />
Entre 22h05 e 22h20<br />
Entre 23h10 e 23h40<br />
Entre 0h15 e 1 hora<br />
Entre 1h20 e 2h20<br />
Entre 2h25 e 3h40<br />
Entre 3h30 e 5 horas<br />
ESCOLAS<br />
São Clemente<br />
Caprichosos<br />
Unidos da Tijuca<br />
Salgueiro<br />
Grande Rio<br />
Mangueira<br />
Portela<br />
ENREDOS<br />
Boi voador sobre o Recife:<br />
O cordel da galhofa nacional<br />
Xuxa e seu Reino Encantado<br />
no Carnaval da Imaginação<br />
O sonho da criação e a criação do sonho:<br />
A arte da ciência no tempo do impossível.<br />
A cana que aqui se planta tudo dá, até energia...<br />
Álcool, o combustível do futuro.<br />
Vamos vestir a camisinha, meu amor!<br />
Mangueira redescobre a Estrada Real...<br />
E deste Eldorado faz seu carnaval.<br />
Lendas e mistérios da Amazônia<br />
Passado, presente e futuro<br />
Os enredos de 2004 desfilam<br />
diversos momentos da vida<br />
brasileira, mostrando que o<br />
samba diverte, mas também<br />
ensina a nossa História<br />
CARNAVALESCOS<br />
Milton Cunha<br />
Cahe Rodrigues<br />
Paulo Barros<br />
Renato Lage e<br />
Márcia Lávia<br />
Joãosinho Trinta<br />
Max Lopes<br />
Jorge de Freitas<br />
O Carnaval dos 20 Anos apresentará uma deliciosa variedade<br />
de temas, que prometem agradar a todos. Os que têm saudades<br />
da época dos grandes sambas-de-enredo, que predominavam<br />
até em bailes da cidade, poderão se deliciar com os desfiles das<br />
três agremiações de Madureira. O Império Serrano reviverá a<br />
obra-prima de Silas de Oliveira, dando novas cores à Aquarela<br />
Brasileira, pintada em 1964. A Tradição, nascida do ventre da<br />
Águia, fará uma homenagem à Portela, reeditando Contos de<br />
Areia, de 1984 – o primeiro desfile realizado no Sambódromo.<br />
O enredo exalta três figuras lendárias da história portelense:<br />
Paulo da Portela, Clara Nunes e Natalino José do Nascimento,<br />
o Natal, pai do presidente Nézio Nascimento, da Tradição.<br />
A Portela reviverá um de seus maiores desfiles de todos os<br />
tempos: Lendas e Mistérios da Amazônia, com o qual conquistou<br />
o título em 1970.<br />
Por falar em Amazonas, é para lá que a Beija-Flor direciona<br />
as esperanças do bicampeonato, ao apresentar o místico Manôa,<br />
Manaus, Amazônia, Terra Santa... Que alimenta o corpo,<br />
equilibra a alma e transmite a paz. Já a Viradouro viajará para<br />
o vizinho Pará, reproduzindo a maior manifestação de fé do<br />
povo brasileiro: Pediu pra Pará parou... Com a Viradouro eu vou<br />
pro Círio de Nazaré!<br />
A única homenagem pessoal será prestada pela Caprichosos,<br />
que exaltará a musa dos baixinhos: Xuxa e seu Reino Encantado<br />
no Carnaval da Imaginação. A Mocidade continuará na linha de<br />
enredos-campanha, agora focalizando os perigos no asfalto:<br />
Não corra, não mate, não morra. Pegue carona com a Mocidade!<br />
Educação no trânsito.<br />
Os que preferem enredos de época terão três chances para<br />
voltar ao passado. A Estação Primeira lembrará o transporte<br />
do ouro, que saía das Minas Gerais e era transportado para<br />
o Rio de Janeiro, de onde seguia para Lisboa: Mangueira<br />
redescobre a Estrada Real... e deste Eldorado faz seu carnaval.<br />
A Imperatriz irá mais longe ainda, revivendo a passagem do<br />
navegante Américo Vespúcio pelas terras de Cabo Frio, no<br />
século XVI, quando os europeus começavam a devastar as<br />
florestas de pau-brasil. O enredo chama-se Breazail. A São<br />
Clemente revisitará a esfuziante Recife de Nassau, construindo<br />
um trampolim para brincar com a realidade brasileira: Boi<br />
voador sobre o Recife. O cordel da galhofa nacional.<br />
Duas agremiações embarcarão no túnel do tempo, fazendo<br />
uma ligação entre passado, presente e futuro. O Salgueiro exaltará<br />
as propriedades do álcool extraído da cana-de-açúcar: A<br />
cana que aqui se planta tudo dá, até energia... Álcool, o combustível<br />
do futuro. A Porto da Pedra recordará a história da comunicação,<br />
desde os tempos mais remotos aos avanços proporcionados<br />
pela tecnologia: Sou Tigre, sou Porto – da Pedra à Internet, mensageiro<br />
da história da vida do leva-e-traz.<br />
A Unidos da Tijuca apostará suas fichas na inventiva, descrevendo<br />
o misterioso mundo de cientistas e inventores, pessoas que dedicam<br />
sua existência buscando novos caminhos para a humanidade:<br />
O sonho da criação e a criação do sonho: a arte da ciência no tempo<br />
do impossível. A Grande Rio também pisará na Avenida em ritmo<br />
de campanha, alertando para o perigo que está escondido nos<br />
Segunda-feira, 23 de fevereiro<br />
6 7<br />
DESFILE<br />
Às 21 horas<br />
Entre 22h05 e 22h20<br />
Entre 23h10 e 23h40<br />
Entre 0h15 e 1 hora<br />
Entre 1h20 e 2h20<br />
Entre 2h25 e 3h40<br />
Entre 3h30 e 5 horas<br />
ESCOLAS<br />
Tradição<br />
Porto da Pedra<br />
Imperatriz<br />
Império Serrano<br />
Beija-Flor<br />
Viradouro<br />
Mocidade<br />
ENREDOS<br />
Contos de Areia<br />
Sou Tigre, Sou Porto, da Pedra à Internet -<br />
Mensageiro da história da vida do leva-e-traz<br />
Breazail<br />
Aquarela Brasileira<br />
Manôa - Manaus - Amazônia - Terra Santa...<br />
Que alimenta o corpo, equilibra a alma e transmite a paz<br />
Pediu pra Pará, parou...<br />
Com a Viradouro eu vou pro Círio de Nazaré!<br />
Não corra, não mate, não morra,<br />
pegue carona com a Mocidade! Educação no trânsito<br />
CARNAVALESCOS<br />
Orlando Júnior<br />
Alexandre Louzada<br />
Rosa Magalhães<br />
Ilvamar Magalhães<br />
Laíla, Cid, Shangai,<br />
Ubiratan e Fran Sérgio<br />
Mauro Quintaes<br />
Chico Spinosa
20 anos<br />
de curiosidades<br />
Genitália desnuda I<br />
No Carnaval de 1989, quando a União da Ilha apresentou<br />
o enredo Festa Profana, a modelo Enoli Lara surpreendeu<br />
a opinião pública quando apareceu completamente<br />
despida, no carro Roma Pagã. Estava apenas com um véu<br />
branco nos braços.<br />
Um repórter aproximou-se para conferir e perguntou:<br />
- Você está nua mesmo?!<br />
Enoli deu uma gargalhada e respondeu:<br />
- Não, estou de botas. Ou você não está vendo?<br />
Se era para chocar, o episódio chocou de vez e causou<br />
polêmica. No ano seguinte, pela primeira vez, a <strong>Liesa</strong><br />
inseriu entre outras proibições previstas pelo Regulamento,<br />
a da “genitália desnuda”.<br />
Genitália desnuda II<br />
A proibição do nu provocou a reação<br />
do carnavalesco Joãosinho Trinta, que<br />
criou para a Beija-Flor o enredo Todo<br />
mundo nasceu nu. No carro alegórico<br />
que representava um vulcão, o ator Jorge<br />
Lafond vinha completamente despido,<br />
apenas com um esparadrapo cobrindo a<br />
genitália. No meio do desfile, o esparadrapo<br />
desprendeu-se com o suor.<br />
Um ano depois, devido ao que se viu, o dispositivo<br />
foi alterado, estendendo a proibição<br />
para a genitália “à mostra, decorada e/ ou<br />
pintada".<br />
Baiano<br />
Um componente da Unidos da Tijuca<br />
resolveu ousar mais do que<br />
devia, no Carnaval de 90. Exibindo<br />
um farto bigode, desfilou na<br />
a l a das baianas, transformando-se num<br />
dos destaques do enredo E o Borel descobriu... Navegar<br />
é preciso. A direção da <strong>Liesa</strong> achou um desrespeito ao<br />
público e, principalmente, às senhoras que integravam<br />
a ala. No ano seguinte, a proibição de marmanjos na Ala<br />
das Baianas foi expressa no Regulamento.<br />
Parecia real<br />
A dramatização nos carros alegóricos vem de longe. Em<br />
1994, a Caprichosos de Pilares levou para a Avenida o<br />
enredo Estou amando loucamente uma coroa de quase 90<br />
anos. Para ilustrá-lo, havia um carro alegórico representando<br />
o complicado cenário político da época. Havia 30<br />
figurantes fantasiados de operários, que rodeavam uma<br />
cela onde estavam os sósias de PC Farias, Collor de Mello<br />
e o anão João Alves.<br />
Ficou combinado que, durante o desfile, os políticos “fugiriam”<br />
da jaula e os operários partiriam em seu encalço,<br />
para “prendê-los”.<br />
Estava engraçado, até que, irado com os políticos, o<br />
público pôs-se a atiçar:<br />
- Pega ele! Pega ele!<br />
Os “operários” se empolgaram e começaram a bater<br />
com mais força nos colegas. Da metade do desfile em<br />
diante, PC, Collor e João desistiram da fuga.<br />
Aclamação<br />
A alegoria A Guerra do Paraguai, uma das mais bonitas que<br />
a Imperatriz apresentou no enredo Liberdade! Liberdade!,<br />
em 1989, era gigantesca. Na hora h, o figurante que representaria<br />
o Duque de Caxias não teve coragem para<br />
ficar lá no topo, a 8 metros do chão. Para que o lugar não<br />
ficasse vazio, o destaque Zacarias de Oxossi prontificouse<br />
a ser o novo Caxias.<br />
Quando o carro alegórico chegou à torre de TV, houve um<br />
suspense <strong>geral</strong>, pois todos temiam que, devido ao seu tamanho,<br />
não conseguisse passar. A alegoria passou raspando e<br />
Zacarias ganhou a sua maior aclamação na Passarela.<br />
(Episódios extraídos do livro Carnaval, seis<br />
milênios de História, de Hiram Araújo)
O espaço mais<br />
disputado<br />
do Rio<br />
2-A<br />
2-B<br />
2-C<br />
3<br />
4<br />
5<br />
7<br />
9<br />
11<br />
CAMAROTES<br />
De 12 lugares<br />
Setor Valor mínimo Valor máximo<br />
5-B<br />
7-B<br />
3-A<br />
5-A<br />
7-A<br />
17.500,00<br />
18.200,00<br />
12.800,00<br />
16.500,00<br />
11.800,00<br />
28.500,00<br />
31.500,00<br />
33.000,00<br />
27.000,00<br />
29.700,00<br />
20.500,00<br />
18.500,00<br />
13.800,00<br />
29.500,00<br />
32.500,00<br />
35.000,00<br />
32,000.00<br />
De 18 lugares<br />
31.500,00<br />
34.000,00<br />
De 20 lugares<br />
37.000,00<br />
43.000,00<br />
47.000,00<br />
FRISAS DE SEIS LUGARES<br />
Setor Filas Unidades/Fila Lugares Domingo Segunda Sábado<br />
22/02/04 23/02/04 28/02/04<br />
3<br />
A 01 a 47<br />
3.600,00 3.600,00 1.800,00<br />
B - C - D 01 a 50<br />
2.800,00 2.800,00 1.400,00<br />
4<br />
A 01 a 37<br />
2.800,00 2.800,00 1.400,00<br />
B - C- D 01 a 40<br />
2.300,00 2.300,00 1.150,00<br />
Paraplégicos<br />
15 400,00 400,00 200,00<br />
5<br />
A 01 a 49<br />
4.000,00 4.000,00 2.000,00<br />
B - C - D 01 a 50<br />
3.200,00 3.200,00 1.600,00<br />
7<br />
A 01 a 48<br />
4.400,00 4.400,00 2.200,00<br />
B - C - D 01 a 50<br />
3.600,00 3.600,00 1.800,00<br />
9<br />
A 01 a 47<br />
5.000,00 5.000,00 2.500,00<br />
11<br />
A 01 a 36<br />
3.800,00 3.800,00 1.900,00<br />
B - C - D 01 a 38<br />
3.300,00 3.300,00 1.650,00<br />
Setor turístico<br />
9 B - C - D 01 a 50 4.500,00 4.500,00 2.250,00<br />
FRISAS DE QUATRO LUGARES<br />
6 A 01 a 40 800,00 800,00 400,00<br />
13 A 01 a 28 800,00 800,00 400,00<br />
CENTRAL LIESA / UNIBANCO<br />
Telefone - 2292-3177<br />
Procura por camarotes, frisas e<br />
arquibancadas faz o Sambódromo ficar<br />
pequeno para tantos foliões. Em 2003,<br />
a venda atingiu 99,78% dos ingressos<br />
Se você pretende assistir os desfiles comemorativos aos 20 anos do Sambódromo<br />
e da <strong>Liesa</strong>, não perca tempo. Principalmente, se deseja comprar camarote ou<br />
frisa. Nos últimos anos a procura tem aumentado tanto que já registra a média<br />
de quatro compradores para cada camarote e três para cada frisa. Os interessados<br />
terão cinco dias úteis para enviar as solicitações de reservas através de fax<br />
dirigido à Central <strong>Liesa</strong>-Unibanco de Atendimento e Vendas. Os pedidos para<br />
reservas de camarotes serão feitos na primeira quinzena de outubro; os de frisas,<br />
na primeira quinzena de novembro - consulte as tabelas de preços.<br />
Como ainda não se encontrou uma fórmula para aumentar o espaço físico do<br />
Sambódromo, a solução é fazer uma reengenharia da área interna. Foi assim que<br />
a <strong>Liesa</strong> e a Riotur conseguiram criar mais 68 frisas de quatro lugares, nos setores<br />
6 e 13, na Apoteose. Abrigarão mais 272 foliões.<br />
A reserva de camarotes será feita como nos anos<br />
anteriores e estabelece o contrato de ajustamento<br />
entre a <strong>Liesa</strong> e o Ministério Público. As solicitações<br />
serão cadastradas na ordem de recebimento do<br />
fax. Os compradores serão notificados que terão<br />
cinco dias úteis para se diririgir à Central de<br />
Vendas a fim de confirmar a reserva, pagando a<br />
primeira parcela de 40%. Trinta e sessenta dias<br />
depois, quitarão as segunda e terceira parcelas,<br />
de 30% cada uma.<br />
O mesmo sistema será verificado para a reserva<br />
de frisas. O pagamento, no entanto, será em duas<br />
parcelas: 50% no ato da confirmação e a outra<br />
Heron Schneider<br />
metade 30 dias depois.<br />
Arquibancadas: novo sistema de vendas<br />
A <strong>Liesa</strong> e a Riotur decidiram acabar com os profissionais de fila que se instalavam<br />
nas portas das agências do Unibanco com o objetivo de vender senhas<br />
aos interessados na compra de ingressos para os desfiles do Grupo Especial.<br />
Estudam mudanças no processo de venda de arquibancadas e cadeiras individuais,<br />
e testam um sistema eletrônico que, certamente, dificultará a ação dos<br />
cambistas. “Além de maior conforto e mais segurança na compra do bilhete, o<br />
público não será mais importunado” - garante o controler de venda de ingressos<br />
da <strong>Liesa</strong>, Heron Schneider.<br />
Heron anuncia que a venda das arquibancadas e das cadeiras individuais - setores<br />
6 e 13 - acontecerá na segunda quinzena de dezembro. Destaca duas novidades:<br />
pela primeira vez, o público das arquibancadas usará cartão magnético que possibilitará<br />
o acesso à área interna do Sambódromo, onde ficam os quiosques e as<br />
lanchonetes; já as cadeiras individuais da Apoteose serão muito mais confortáveis<br />
do que as antigas.<br />
O controler da <strong>Liesa</strong> destaca também que os ingressos das arquibancadas do setor 1,<br />
na área de armação, voltaram para as agremiações, que farão a distribuição gratuitamente<br />
aos torcedores de suas comunidades. As arquibancadas populares dos setores<br />
6 e 13 serão vendidas na semana que antecede o Carnaval, no posto do Unibanco<br />
montado no setor 11. Os preços do ano passado foram mantidos: R$ 10,00.<br />
11
RANKING<br />
12<br />
Beija-Flor encosta na Imperatriz<br />
Além de maior vencedora da Era Sambódromo, com seis títulos conquistados nos 20 anos da Passarela, a Imperatriz lidera o<br />
Ranking <strong>Liesa</strong> desde 1995. Logo atrás, vem a Beija-Flor, com apenas dois pontos de diferença. Mangueira, Viradouro e Mocidade<br />
ocupam a terceira, a quarta e a quinta posições, respectivamente. O Ranking pontua as dez primeiras classificadas de cada desfile,<br />
computando o somatório dos cinco últimos carnavais, da seguinte forma: campeã – 20 pontos; vice - 15; 3º lugar- 12; 4º - 10;<br />
5º - 8; 6º - 6; 7º - 4; 8º - 3; 9º - 2: e 10º - 1.<br />
1ª<br />
2ª<br />
3ª<br />
4ª<br />
5ª<br />
6ª<br />
7ª<br />
8ª<br />
9ª<br />
10ª<br />
11ª<br />
13ª<br />
14ª<br />
Pontinhos preciosos<br />
Se o carnaval pode ser definido por apenas um décimo, qualquer<br />
deslize é fatal. Mais do que nunca, é bom ficar atento aos principais<br />
itens do Regulamento dos Desfiles do Grupo Especial - 2004.<br />
Concentração – As agremiações de ordem ímpar ficarão no<br />
lado dos Correios; as de ordem par no lado do Balança Mas<br />
Não Cai. As que não posicionarem as alegorias no horário<br />
estipulado pagarão multa de R$ 45 mil – a mesma aplicada às<br />
que não retirarem os carros alegóricos da área de dispersão,<br />
duas horas e meia após iniciado o seu desfile.<br />
Tempo de desfile – Cada Escola poderá se exibir entre 65 e 80<br />
minutos. Cada minuto que faltar para completar o limite mínimo, ou<br />
exceder o limite máximo, implicará na perda de 0,2 (dois décimos).<br />
Alegorias – Serão entre cinco e oito por Escola. As que desrespeitarem<br />
esses limites perderão um ponto.<br />
1999 2000 2001 2002 2003<br />
ESCOLAS TOTAL<br />
Imperatriz<br />
Beija-Flor<br />
Mangueira<br />
Viradouro<br />
Mocidade<br />
Salgueiro<br />
Grande Rio<br />
Unidos da Tijuca<br />
Portela<br />
União da Ilha<br />
Caprichosos<br />
Tradição<br />
Império Serrano<br />
Un. de Vila Isabel<br />
Porto da Pedra<br />
Paraíso do Tuiuti<br />
São Clemente<br />
Santa Cruz<br />
Col<br />
1º<br />
2º<br />
7º<br />
3º<br />
4º<br />
5º<br />
6º<br />
-<br />
8º<br />
10º<br />
9º<br />
12º<br />
13º<br />
11º<br />
-<br />
-<br />
14º<br />
-<br />
Pts<br />
20<br />
15<br />
4<br />
12<br />
10<br />
8<br />
6<br />
-<br />
3<br />
1<br />
2<br />
0<br />
0<br />
0<br />
-<br />
-<br />
0<br />
-<br />
Col<br />
1º<br />
2º<br />
7º<br />
3º<br />
4º<br />
6º<br />
9º<br />
5º<br />
10º<br />
8º<br />
11º<br />
12º<br />
-<br />
13º<br />
14º<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Pts<br />
20<br />
15<br />
4<br />
12<br />
10<br />
6<br />
2<br />
8<br />
1<br />
3<br />
0<br />
0<br />
-<br />
0<br />
0<br />
-<br />
-<br />
-<br />
Col<br />
1º<br />
2º<br />
3º<br />
5º<br />
7º<br />
4º<br />
6º<br />
9º<br />
10º<br />
13º<br />
12º<br />
8º<br />
11º<br />
-<br />
-<br />
14º<br />
-<br />
-<br />
Pts<br />
20<br />
15<br />
12<br />
8<br />
4<br />
10<br />
6<br />
2<br />
1<br />
0<br />
0<br />
3<br />
0<br />
-<br />
-<br />
0<br />
-<br />
-<br />
Col<br />
3º<br />
2º<br />
1º<br />
5º<br />
4º<br />
6º<br />
7º<br />
10º<br />
8º<br />
-<br />
12º<br />
13º<br />
9º<br />
-<br />
11º<br />
-<br />
14º<br />
-<br />
Pts<br />
12<br />
15<br />
20<br />
8<br />
10<br />
6<br />
4<br />
1<br />
3<br />
-<br />
0<br />
0<br />
2<br />
-<br />
0<br />
-<br />
0<br />
-<br />
Col<br />
4º<br />
1º<br />
2º<br />
6º<br />
5º<br />
7º<br />
3º<br />
9º<br />
8º<br />
-<br />
10º<br />
13º<br />
12º<br />
-<br />
11º<br />
-<br />
-<br />
14º<br />
Pts<br />
10<br />
20<br />
15<br />
6<br />
8<br />
4<br />
12<br />
2<br />
3<br />
-<br />
1<br />
0<br />
0<br />
-<br />
0<br />
-<br />
-<br />
0<br />
82<br />
80<br />
55<br />
46<br />
42<br />
34<br />
30<br />
13<br />
11<br />
4<br />
3<br />
3<br />
2<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
0<br />
Obrigatoriedades – Cada Escola deverá apresentar, pelo<br />
menos, 200 ritmistas reunidos na bateria e ala com o mínimo<br />
de 100 baianas. Caso contrário, perderá 0,5 (meio) ponto.<br />
Propaganda – O merchandising continua proibido, com exceção<br />
dos uniformes dos empurradores, dos prospectos do<br />
samba-de-enredo e do couro dos instrumentos da bateria,<br />
desde que seja a marca do fabricante. O resto dá em punição<br />
pesada: 2 pontos para cada ocorrência.<br />
Julgadores – Serão quatro por quesito, num total de 40. Darão<br />
notas de 7 a 10, fracionadas em 0,1 (um décimo). Todas as notas<br />
serão validadas.<br />
Campeãs – As seis primeiras colocadas do Grupo Especial<br />
voltarão à Passarela para o desfile do Sábado das Campeãs. A<br />
última será rebaixada para o Grupo de Aceso A.<br />
Vitória da garra!<br />
A Beija-Flor reencontra o caminho da glória, depois de outra disputa<br />
palmo a palmo com a Mangueira. Vale a pena ver de novo.<br />
Selminha Sorriso, símbolo da<br />
raça nilopolitana. Riscou o chão<br />
de poesia e saiu com o grito de
As emoções ai nda estão vivas<br />
Dirigentes analisam o desfile de 2003 e pr ometem uma disputa bastante acirrada<br />
A beleza da comissãode-frente<br />
contrastava<br />
com a fome e a violência<br />
retratada em alas e<br />
alegorias<br />
CAMPEÃ VICE-CAMPEÃ<br />
Samba dez,<br />
Fome zero<br />
Foi, acima de tudo, uma vitória da<br />
garra e da determinação. Depois de<br />
colecionar quatro vice-campeonatos<br />
consecutivos, a Beija-Flor conquistou<br />
o seu segundo título na história<br />
do Sambódromo – o outro foi em<br />
1998, juntamente com a Mangueira.<br />
Mordida com a derrota para a Verde<br />
e Rosa, no ano anterior, por apenas<br />
um décimo, a azul e branca deu o<br />
troco com um ponto de diferença:<br />
399,6 a 398,6.<br />
Para alcançar a glória, a Beija-Flor<br />
percorreu os caminhos tortuosos da<br />
vida brasileira. O enredo O povo conta<br />
a sua História: “Saco vazio não pára<br />
em pé. A mão que faz a guerra faz a<br />
paz!” mostrou com arte e ousadia os<br />
contrastes do Brasil. De um lado, as<br />
delícias dos que têm muito; do outro,<br />
o desespero dos que nada têm.<br />
O diretor <strong>geral</strong> de carnaval, Luiz<br />
Fernando Ribeiro do Carmo, Laíla,<br />
promete que a escola de Nilópolis<br />
será muito mais alegre em 2004. Não<br />
abandonará, porém, o espírito crítico<br />
que a tem caracterizado nos últimos<br />
desfiles. Para falar da Amazônia, não<br />
esquecerá que grande parte de nossas<br />
ervas medicinais virou monopólio de<br />
laboratórios estrangeiros.<br />
“Os componentes entrarão na<br />
Avenida muito mais descontraídos,<br />
sem aquela obrigação de ganhar.<br />
Com um enredo leve e envolvente<br />
e, tomara, um grande samba, nosso<br />
rendimento poderá ser melhor ainda.“<br />
– comenta Laíla.<br />
O samba desce<br />
ao Vale dos Reis<br />
Apesar do segundo lugar, a diretoria<br />
da Mangueira concluiu que a Escola<br />
fez um de seus melhores desfiles de<br />
todos os tempos. O enredo Os Dez<br />
Mandamentos: o samba da paz canta<br />
a saga da liberdade foi preparado<br />
com requintes de uma superprodução,<br />
desde os <strong>ensaio</strong>s que aprimoravam<br />
a coreografia de todo o<br />
elenco, às monumentais alegorias<br />
que passaram pela Avenida. Foi um<br />
carnaval faraônico.<br />
O presidente Álvaro Luiz Caetano,<br />
Alvinho, parabeniza a Beija-Flor pela<br />
vitória, confessa que ainda não digeriu<br />
algumas notas, mas reage com<br />
humildade e sabedoria: “Mesmo não<br />
concordando com as justificativas de<br />
alguns julgadores, redobramos nossas<br />
atenções com a bateria, com os<br />
casais de mestres-sala e porta-bandeiras<br />
e comissão-de-frente, a mais<br />
criativa do carnaval.” – afirma.<br />
Para 2004, a Estação Primeira concentra<br />
suas expectativas em duas<br />
frentes: na força do enredo que vem<br />
das Minas Gerais e no desafio de sagrar-se<br />
campeã no domingo – feito<br />
conseguido apenas por Mocidade e<br />
Imperatriz nos últimos 20 carnavais.<br />
Alvinho chegou a montar uma equação<br />
baseada em argumentos matemáticos,<br />
mostrando que as chances<br />
são iguais entre as desfilantes de<br />
domingo e segunda-feira.<br />
Mas o “x“ da questão só poderá<br />
ser resolvido na hora. O destino é<br />
uma incógnita.<br />
14 15<br />
A sabedoria<br />
de Moisés, a<br />
imponência das<br />
pirâmides e a<br />
saga dos que<br />
lutavam pela fé<br />
construíram o<br />
samba da paz
3ª Colocada<br />
4ª Colocada<br />
Um desfile<br />
de afirmação<br />
O esforço da diretoria da Escola de<br />
Duque de Caxias não foi em vão.<br />
Depois de várias tentativas, sempre<br />
rondando as primeiras classificações,<br />
a Grande Rio acabou fazendo<br />
a melhor apresentação de toda a sua<br />
história, ficando na terceira posição.<br />
Pela primeira vez, a tricolor participou<br />
do Desfile das Campeãs. E com<br />
todo o merecimento. O enredo O<br />
Brasil Que Vale, que exaltava as<br />
riquezas minerais do país, foi um<br />
show de criatividade com a marca<br />
de Joãosinho Trinta. Para o próximo<br />
carnaval, mais um desafio:<br />
falar da camisinha, preservando a<br />
irreverência.<br />
Fazer bonito<br />
virou um hábito<br />
Deixar boa impressão e a certeza<br />
de que vai brigar pelo título é uma<br />
obrigação da Imperatriz – afirma<br />
o presidente Wagner Araújo, que<br />
evita comentar as virtudes. Segundo<br />
ele, o enredo Nem todo pirata<br />
tem a perna de pau, o olho de vidro<br />
e a cara de mau... proporcionou um<br />
desfile muito alegre, encerrando o<br />
Carnaval 2003 com chave de ouro. A<br />
Escola de Ramos entrou empolgada,<br />
promovendo um verdadeiro baile<br />
de carnaval no Sambódromo. No<br />
próximo ano, a carnavalesca Rosa<br />
Magalhães retomará o caminho<br />
histórico para falar dos 500 anos de<br />
Cabo Frio.<br />
O enredo que<br />
virou campanha<br />
Melhor do que o resultado na Passarela<br />
foi saber que, depois do desfile da<br />
Mocidade, as entidades responsáveis<br />
pela coleta de órgãos humanos tiveram<br />
uma procura de doadores 20%<br />
maior do que o habitual. O enredo<br />
Para sempre no seu coração – Carnaval<br />
da Doação foi além do esperado,<br />
transformando-se numa campanha<br />
nacional. “Ninguém apostava no<br />
sucesso da idéia. Nem mesmo os<br />
componentes. Eles só acreditaram<br />
na concentração. Foi quando houve<br />
um estalo <strong>geral</strong>, gerando uma apresentação<br />
belíssima”- conta o carnavalesco<br />
Chico Spinosa. Ele se prepara<br />
para engajar a comunidade de Padre<br />
Miguel em outra campanha. Agora,<br />
contra a violência no trânsito.<br />
Investindo<br />
na emoção<br />
Os olhos exigentes de Dejahyr dos<br />
Santos, diretor de carnaval da Viradouro,<br />
ficaram satisfeitos. O desfile<br />
da Escola de Niterói foi bem melhor<br />
do que no ano anterior, desde o<br />
entrosamento dos componentes à<br />
plasticidade do enredo que homenageava<br />
o talento de Bibi Ferreira. O<br />
desfile foi empolgante. Para acertar<br />
pequenos detalhes, o presidente<br />
José Carlos Monassa Bessil investiu<br />
na contratação de um ensaiador para<br />
o primeiro casal de mestre-sala e<br />
porta-bandeira; e da coreógrafa<br />
Débora Colker, prometendo mais<br />
criatividade na comissão de frente.<br />
O resto é depositar esperanças<br />
na emoção que vem do Círio de<br />
Nazaré.<br />
7ª Colocada 8ª Colocada 9ª Colocada 10ª Colocada 11ª Colocada 12ª Colocada 13ª Colocada<br />
Salgueiro Portela Unidos<br />
da Tijuca<br />
Caprichosos Porto da Pedra Império Serrano Tradição<br />
5ª Colocada<br />
6ª Colocada<br />
14ª Colocada<br />
Santa Cruz
O Carnaval é uma mistura de sorrisos<br />
anônimos, que fazem da alegria uma<br />
linguagem universal.<br />
Há 20 anos, o Sambódromo e a <strong>Liesa</strong><br />
festejam a chance de mostrar ao mundo<br />
que a paz é possível.<br />
E que o Rio de Janeiro será sempre<br />
a capital da esperança!
20<br />
ESTANDARTE DE OURO<br />
(O <strong>Globo</strong>)<br />
ESCOLA<br />
Salgueiro<br />
ENREDO<br />
Unidos da Tijuca<br />
SAMBA-ENREDO<br />
Unidos da Tijuca<br />
BATERIA<br />
Salgueiro<br />
COMISSÃO DE FRENTE<br />
Salgueiro<br />
MESTRE-SALA<br />
Ronaldinho (Salgueiro)<br />
PORTA-BANDEIRA<br />
Lucinha (Unidos da Tijuca)<br />
PERSONALIDADE<br />
Djalma Sabiá (Salgueiro)<br />
PUXADOR<br />
Neguinho da Beija-Flor<br />
REVELAÇÃO<br />
Diego (mestre-sala mirim da Beija-Flor)<br />
ALA<br />
“Sou nega, sim, e maluca com muito<br />
orgulho” (Beija-Flor)<br />
PASSISTA FEMININO<br />
Juliana Clara (Mangueira)<br />
PASSISTA MASCULINO<br />
Marcelo Abreu (Porto da Pedra)<br />
ALA DAS BAIANAS<br />
Imperatriz Leopoldinense<br />
SAMBA DO GRUPO A<br />
Vila Isabel<br />
ESCOLAS<br />
Santa Cruz<br />
Salgueiro*<br />
Grande Rio<br />
Viradouro<br />
Império Serrano<br />
Caprichosos<br />
Portela<br />
Tradição<br />
Mangueira<br />
Beija-Flor<br />
Unidos da Tijuca<br />
Porto da Pedra<br />
Mocidade<br />
Imperatriz<br />
9,5<br />
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9,7<br />
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10<br />
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9,8<br />
10<br />
9,5<br />
9,6<br />
9,5<br />
9,4<br />
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10<br />
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9,5<br />
10<br />
9,5<br />
9,0<br />
9,4<br />
9,5<br />
Os premiados<br />
de 2003<br />
Os grandes vencedores do desfile saem do resultado oficial. Estes sim, são<br />
os que entram para a história. Isso, no entanto, não impede que outras premiações<br />
também movimentem o mundo no samba. Depois do Sábado das<br />
Campeãs, os foliões têm mais uma semana para festejar com a entrega dos<br />
troféus Estandarte de Ouro, do jornal O <strong>Globo</strong>, e do Tamborim de Ouro,<br />
do jornal O Dia e da Rádio FM-O Dia.<br />
Para que você mantenha em dia a Galeria dos Campeões – oficiais e extraoficiais<br />
– aqui estão as relações dos vencedores dos dois troféus e o mapa<br />
de apuração do Carnaval 2003.<br />
Depois de quatro vice-campeonatos, a festa da vitória. O presidente de honra Anísio<br />
estoura o champanhe e o presidente executivo Farid Abrahão David ergue o troféu<br />
9,7<br />
9,9<br />
10<br />
10<br />
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10<br />
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10<br />
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10<br />
8,7<br />
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10<br />
9,8<br />
9,6<br />
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10<br />
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9,9<br />
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10<br />
9,4<br />
10<br />
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9,8<br />
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10<br />
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9,8<br />
9,5<br />
9,5<br />
10<br />
9,1<br />
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8,6<br />
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9,7<br />
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9,7<br />
9,0<br />
10<br />
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8,8<br />
10<br />
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10<br />
10<br />
9,7<br />
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9,8<br />
9,9<br />
9,9<br />
10<br />
9,9<br />
9,9<br />
10<br />
10<br />
9,9<br />
9,8<br />
9,9<br />
9,9<br />
9,5<br />
10<br />
10<br />
10<br />
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10<br />
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10<br />
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10<br />
10<br />
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9,6<br />
10<br />
9,7<br />
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10<br />
9,8<br />
9,3<br />
10<br />
9,9<br />
9,6<br />
9,6<br />
9,8<br />
9,7<br />
9,5<br />
9,7<br />
9,9<br />
9,6<br />
10<br />
10<br />
9,1<br />
9,7<br />
10<br />
10<br />
9,4<br />
10<br />
10<br />
10<br />
9,6<br />
9,8<br />
10<br />
9,7<br />
10<br />
10<br />
9,8<br />
9,5<br />
10<br />
10<br />
TAMBORIM DE OURO<br />
(O DIA, Rádio FM O DIA e<br />
O DIA Online)<br />
ESCOLA DA ALEGRIA<br />
Mangueira<br />
SAMBA DO ANO<br />
Salgueiro<br />
BATUQUE DO POVO<br />
Mocidade<br />
BELEZA DE MENSAGEM<br />
Mocidade<br />
SHOW DE ABERTURA<br />
Mangueira<br />
CASAL NOTA 10<br />
Claudinho e Selminha Sorriso (Beija-Flor)<br />
RODA, BAIANA<br />
Imperatriz Leopoldinense<br />
GERAÇÃO 2003<br />
Porto da Pedra<br />
A VOZ DA AVENIDA<br />
Dominguinhos do Estácio<br />
EU SOU O SAMBA<br />
Jamelão<br />
MUSA 2003<br />
Tathiana Pagung<br />
CAMPEÃ DO GRUPO A<br />
São Clemente<br />
AGITO DO SAMBA<br />
Grande Rio<br />
ESPECIAL<br />
Ailton Guimarães Jorge,<br />
presidente da <strong>Liesa</strong><br />
AS NOTAS QUE DECIDIRAM O DESFILE DE 2003<br />
1º casal MS e PB C. de Frente Fantasias Aleg. e Ader. Conjunto Enredo Evolução Harmonia Samba-Enredo Bateria<br />
Beatriz Badejo<br />
Ilclemar Nunes<br />
Marly Leal<br />
Tito Canha<br />
Anibal La Valle<br />
João Vlamir<br />
Mário Cardoso<br />
Rafael David<br />
Dulce Tupy<br />
Carla Roberto<br />
Sueli Stambowsky<br />
Sonia Gallo<br />
Maurício Salgueiro<br />
Luiz Carlos Correa<br />
Ana Bernachi<br />
Adriana Filardi<br />
Ana Maria Sá Ferrer<br />
Adilson G. de Oliveira<br />
Wilson Martines<br />
Sulamita Trczina<br />
Orpheu de Sousa<br />
Luiz Antônio Araújo<br />
Liana Barcelos<br />
Clécio Quesado<br />
Salete Lisboa<br />
Otoniel Serra<br />
Luiz Eduardo Resende<br />
Carlos Pousa<br />
Benvindo Siqueira<br />
Augusto Estrela<br />
Nilton Rodrigues<br />
Célia Souto<br />
Eri Galvão<br />
Nely Fragoso<br />
Rui Maurity<br />
Ermelinda A. Paz Zanini<br />
Ivan Paulo<br />
Claudio Luiz Matheus<br />
Téo Lima<br />
Mário Jorge Bruno<br />
PONTUAÇÃO TOTAL<br />
CLASSIFICAÇÃO<br />
* A Escola perdeu 0,8 (oito décimos) pontos porque estourou o tempo limite em quatro minutos.<br />
8,0<br />
10<br />
9,8<br />
10<br />
9,8<br />
9,7<br />
10<br />
9,4<br />
10<br />
10<br />
9,9<br />
9,2<br />
9,9<br />
9,8<br />
9,4<br />
9,8<br />
9,9<br />
10<br />
10<br />
9,8<br />
10<br />
9,4<br />
10<br />
10<br />
9,9<br />
10<br />
9,9<br />
10<br />
8,5<br />
10<br />
9,8<br />
10<br />
9,8<br />
9,0<br />
9,8<br />
9,0<br />
10<br />
10<br />
10<br />
9,7<br />
9,8<br />
9,8<br />
10<br />
9,8<br />
9,6<br />
10<br />
10<br />
10<br />
10<br />
9,2<br />
10<br />
10<br />
10<br />
9,6<br />
9,8<br />
9,3<br />
8,7<br />
9,0<br />
10<br />
9,5<br />
10<br />
9,7<br />
10<br />
8,9<br />
10<br />
10<br />
9,5<br />
9,3<br />
8,9<br />
9,1<br />
9,3<br />
10<br />
10<br />
10<br />
9,7<br />
10<br />
9,8<br />
9,7<br />
9,9<br />
10<br />
10<br />
9,7<br />
10<br />
10<br />
8,8 9,5 371.014º<br />
10 9,6 390.5 7º<br />
10 10 396.6 3º<br />
10 10 393.3 6º<br />
9,0 9,8 378.912º<br />
9,7 10 385.010º<br />
8,4 9,9 390.4 8º<br />
10 9,9 376.813º<br />
9,8 10 398.6 2º<br />
10 10 399.6 1º<br />
10 9,8 389.8 9º<br />
8,2 9,9 383.511º<br />
8,2 10 394.3 5º<br />
9,9 10 395.8 4º
Ilustração: Vitor Wanderley / João Uchôa<br />
22<br />
Vem aí a Cidade do Samba!<br />
Prefeitura investe R$ 85 milhões ao construir instalações<br />
definitivas para as Escolas do Grupo Especial e<br />
cria uma nova atração turística no Rio<br />
Como acontece no Carnaval, o que era sonho vai virar realidade.<br />
Graças ao empenho do prefeito Cesar Maia, a Cidade do Samba<br />
será construída nos próximos nove meses, em área de 78 mil m 2 ,<br />
na Zona Portuária. As obras já começaram. Estão a cargo do consórcio<br />
Delta-Oriente, e são gerenciadas pela Riourbe, empresa<br />
da Secretaria de Obras do município.<br />
A Cidade do Samba ficará instalada no coração da Gamboa, entre<br />
o Morro do Pinto e a Av. Rodrigues Alves, proximidades dos<br />
Armazéns 10 e 11. Parte integrante do projeto de recuperação e<br />
revitalização do Cais do Porto, o terreno de 130 mil m 2 adquirido<br />
da Rede Ferroviária Federal foi desmembrado em três partes: a<br />
faixa central será ocupada pela Cidade do Samba; a área sul, pró-<br />
xima ao Cais, será transformada em núcleo residencial; e a área<br />
norte, localizada junto à comunidade da Gamboa, sediará uma vila<br />
olímpica. O traçado das novas ruas e a instalação de equipamentos<br />
urbanos foram aprovados pelo Instituto Pereira Passos.<br />
Estima-se que as obras estejam concluídas até maio do ano que<br />
vem, permitindo que as 14 Escolas de Samba do Grupo Especial<br />
desocupem os barracões adaptados nos armazéns desativados da<br />
Companhia Docas e se instalem nas moderníssimas Fábricas de<br />
Carnaval (leia a reportagem da página 24). Todos os trabalhos de<br />
confecção de alegorias, adereços e fantasias para os desfiles de<br />
2005 serão desenvolvidos nas novas unidades.<br />
A Cidade do Samba é resultado de um estudo minucioso que vem<br />
sendo desenvolvido por engenheiros e arquitetos há mais de cinco<br />
anos, objetivando fazer do complexo industrial e de entretenimento<br />
um novo pólo de atração turística para o Rio de Janeiro. Os<br />
visitantes terão acesso a uma passarela metálica que circundará<br />
as 14 fábricas. Dali poderão ver, através de vidraças, a construção<br />
dos carros alegóricos.<br />
Haverá uma pista de desfiles com dimensões proporcionais às do<br />
Sambódromo, onde as Escolas poderão realizar <strong>ensaio</strong>s técnicos<br />
e eventos em qualquer época do ano. Na parte central haverá uma<br />
grande praça arborizada e ajardinada. Haverá, também, duas áreas<br />
cobertas com lonas, destinadas à realização de shows e exposições,<br />
além de quiosques para a venda de diversos produtos. Serão<br />
instaladas quatro lanchonetes de 100 m 2 , com cinco sanitários<br />
(um para deficientes físicos). Além deles, haverá dois módulos de<br />
sanitários públicos com 15 boxes em cada um.<br />
O estacionamento será amplo, com áreas exclusivas para automóveis<br />
e ônibus de turismo. Serão construídas, ainda, baias para<br />
as linhas de ônibus que atenderão o local.<br />
O trajeto que os carros alegóricos farão da Cidade do Samba ao<br />
Sambódromo é bem parecido com o que é feito, atualmente,<br />
usando a Av. Rodrigues Alves como principal via de escoamento.<br />
Os portões monumentais das Fábricas de Carnaval (com 12 m de<br />
largura por 8 m de altura) e as dimensões das vias internas, facilitarão<br />
consideravelmente a manobra de retirada das alegorias.<br />
23
24<br />
Nascem 14 Fábricas de Carnaval<br />
A partir da Cidade do Samba, a palavra “barracão” cairá em<br />
desuso. Pela primeira vez na história do samba, as Escolas produzirão<br />
alegorias, adereços e fantasias em unidades criadas, especificamente,<br />
para esta finalidade. Os barracões eram o símbolo<br />
da improvisação que vem desde a década de 40, quando<br />
as agremiações construíam seus carros alegóricos em galpões<br />
nos subúrbios. Depois, passaram a dividir o espaço interno do<br />
Pavilhão de São Cristóvão; e, ultimamente, adaptaram-se nos<br />
armazéns da Companhia Docas, no Cais do Porto. Agora, os<br />
barracões serão substituídos por Fábricas de Carnaval.<br />
Para a concepção do projeto, engenheiros e arquitetos visi-<br />
A INDÚSTRIA DO SONHO<br />
O complexo que será construído na Gamboa para abrigar os<br />
barracões das escolas de samba também promete ser um grande<br />
pólo de atração na Zona Portuária<br />
No último piso, em 3 mil m 2 , funcionarão os ateliês de<br />
costura, chapelaria e adereços e oficinas de moldagem<br />
de fibra de vidro e escultura, além do acervo e estoque<br />
da escola de samba<br />
Um elevador de carga que atende aos quatro pavimentos<br />
facilitará a produção, integrando a montagem às oficinas<br />
que funcionam no edifício<br />
Numa área de 600 m 2 ,<br />
haverá escritórios, salas<br />
para funcionários,<br />
cozinha, refeitório e<br />
butique<br />
Os carros sairão da fábrica<br />
já montados pelos grandes<br />
portões do edifício<br />
Campeã será a primeira a escolher<br />
A classificação das Escolas no desfile de 2004 definirá a ocupação<br />
das Fábricas de Carnaval. A campeã será a primeira a fazer a escolha;<br />
depois, a vice, e assim, sucessivamente, até a 13ª. A vencedora<br />
do Grupo A ficará com a 14ª unidade. O contrato de ocupação<br />
será renovado a cada ano, entre a <strong>Liesa</strong> e suas filiadas.<br />
No interior de cada fábrica haverá um prédio administrativo<br />
de quatro andares, equipado com elevadores de carga e social.<br />
No térreo, funcionarão recepção, butique, almoxarifado,<br />
marcenaria, serralheria, ferramentaria, departamentos de<br />
vendas e de eletricidade. No segundo andar ficarão a cozinha,<br />
refeitório, vestiários e sanitários, equipados com boxes para o<br />
taram os atuais barracões, ouvindo profissionais de todos os<br />
segmentos. Foi assim que montaram uma linha de produção<br />
dentro dos mais modernos conceitos de normas técnicas e<br />
segurança no trabalho.<br />
Cada fábrica de carnaval terá uma área de 7.200 m 2 , quase o dobro<br />
do espaço dos armazéns das Docas. Haverá espaço suficiente para<br />
a construção de até 12 carros alegóricos como os que hoje vão<br />
para a Avenida. E o mais importante: em tamanho natural, pois a<br />
laje de cobertura fica a 12 m de altura. Finalmente, os carnavalescos<br />
poderão ver os carros em tamanho real e não mais desmontados,<br />
pois não há limites de altura, como nos armazéns.<br />
Área para shows<br />
Barracões<br />
Rua Barão<br />
da Gamboa Rua Rivadávia Corrêa<br />
O vão de 12 metros de altura permitirá a montagem total dos carros<br />
alegóricos no interior da Fábrica de Carnaval. Em cada prédio,<br />
poderão ser montados até 12 carros de uma vez<br />
12m<br />
Rua Gamboa<br />
Museu do Carnaval<br />
Estacionamento<br />
De uma passarela<br />
externa, os visitantes<br />
poderão acompanhar<br />
a montagem dos<br />
carros através de<br />
grandes vidraças<br />
atendimento de até 500 trabalhadores, durante o pique das atividades.<br />
No terceiro pavimento serão instalados os escritórios<br />
do presidente, diretor de carnaval, carnavalesco, assessoria de<br />
imprensa e sala de reuniões, todos com varandões para a parte<br />
interna da fábrica – de onde será acompanhada a montagem<br />
das alegorias. O quarto andar servirá para guardar fantasias,<br />
adereços e estoque de material.<br />
O segundo pavimento da fábrica, montado sobre uma laje de<br />
3.000 m 2 , abrigará os ateliês de adereçaria, costura, chapelaria<br />
e sapataria, além dos departamentos de moldagem em fibra de<br />
vidro, esculturas em isopor e empastelação.<br />
Janey / Infografia O DIA
Centro de Memória<br />
26<br />
Foto: O Dia<br />
Carnaval é uma ciência<br />
<strong>Liesa</strong> constrói núcleo de pesquisas e quer levar o<br />
estudo da maior manifestação popular do país<br />
para os bancos das universidades<br />
Estudantes do primeiro grau ao nível superior e<br />
estudiosos da cultura popular ganharão, a partir<br />
de janeiro, um centro de pesquisas único no Rio de<br />
Janeiro e em todo o Brasil: o Centro de Memória do<br />
Carnaval, organizado e mantido pela <strong>Liesa</strong>. Funcionará<br />
no segundo andar da Av. Rio Branco nº 4, próximo<br />
à Praça Mauá. Estará aberto ao público de segunda<br />
a sexta-feira, na parte da tarde. Também atenderá<br />
a turistas nacionais e estrangeiros que careçam de<br />
informações mais detalhadas sobre as Escolas de<br />
Samba e as diversas manifestações de carnaval.<br />
Com o funcionamento do Centro de Memória e<br />
a propagação de pesquisas e teses de mestrado<br />
defendidas em diversas faculdades, o pesquisador<br />
Com 20 campeonatos,<br />
a Portela é a maior<br />
colecionadora de títulos<br />
do Carnaval carioca<br />
Hiram Araújo, diretor Cultural da <strong>Liesa</strong>, espera atingir o seu<br />
maior objetivo: ver o Carnaval transformar-se numa cadeira nas<br />
universidades e ser estudado de forma científica, como outras<br />
disciplinas do ramo das Ciências Humanas.<br />
Uma média de quatro ou cinco estudantes procuram a Liga<br />
Independente, diariamente, para fazer pesquisas escolares.<br />
De vez em quando, são universitários em busca de dados<br />
para organizar suas teses. É Hiram quem os atende: “Nas<br />
universidades ainda há preconceitos em relação ao assunto.<br />
Professores mandam os alunos pesquisarem, mas não sabem<br />
orientá-los. Eles acabam nos procurando. Chegou a hora de<br />
tratar o Carnaval com maior seriedade, pois ele é um dos principais<br />
responsáveis pelo fluxo de turistas na cidade, no estado<br />
e no país.” – comenta.<br />
Acervo reúne<br />
relíquias do samba<br />
Assim como o Sambódromo e a <strong>Liesa</strong>, que festejarão 20 anos em 2004, a<br />
idéia da construção de um centro de referência para o Carnaval carioca<br />
também está completando duas décadas. A proposta inicial foi do professor<br />
Darcy Ribeiro, que sonhava em construir um museu virtual para arquivar<br />
imagens digitalizadas de alegorias, desfiles, recortes de jornais e outros<br />
documentos que perpetuassem os desfiles das Escolas de Samba.<br />
O Museu do Carnaval, na Praça da Apoteose, foi projetado com este fim. No<br />
entanto, a falta de recursos para a compra de equipamentos desvirtuou o<br />
projeto. Em 1987, o presidente da Riotur, Alfredo Laufer, convidou Hiram para<br />
dirigir o Museu. Sem meios para tocar o trabalho, o pesquisador apelou para<br />
doações de fotos, livros e objetos, conseguindo montar um pequeno acervo.<br />
Com o passar do tempo, o Museu foi desativado e este acervo, futuramente,<br />
poderá ser objeto de convênio entre a Prefeitura e a <strong>Liesa</strong>. Entre outras relíquias,<br />
há uma coleção de fotos cedidas pelo jornal O <strong>Globo</strong>, um dos primeiros<br />
patrocinadores dos desfiles, documentando os carnavais de 1932 a 1987.<br />
Os visitantes também poderão recorrer ao acervo do próprio Hiram – que incorpora<br />
o acervo deixado por Amaury Jório, ex-presidente da Associação das<br />
Escolas de Samba e pioneiro na defesa cultural do samba carioca. Dele fazem<br />
parte, por exemplo, dez rolos de fitas gravadas durante o Simpósio Nacional<br />
do Samba, em 1969, que daria origem à criação do Dia Nacional do Samba.<br />
Como funcionará<br />
Nem só de samba se alimentará o acervo do Centro de Memória da <strong>Liesa</strong>. A<br />
proposta é servir de fonte de consulta a tudo que se relacione com o Carnaval<br />
no Brasil e no mundo, desde a sua origem, há mais de seis milênios. Para isso,<br />
a Liga Independente recorreu à idéia inicial, do antropólogo Darcy Ribeiro,<br />
para instalar um centro de banco de dados totalmente informatizado.<br />
Funcionará numa área de 230 m 2 , que contará com recepção e um lobby de<br />
65 m 2 , onde grupos de estudantes e turistas assistirão cenas de desfiles que<br />
serão mostradas ininterruptamente, num telão; o mesmo espaço abrigará as<br />
galerias de troféus da <strong>Liesa</strong>. Comportará, ainda, uma sala de projeção com<br />
capacidade para 34 pessoas; duas salas do Departamento Cultural para os<br />
arquivos e um Núcleo de Informática para consulta e organização do banco<br />
de dados. No mesmo andar serão instalados o escritório e os arquivos da<br />
GravaSamba.<br />
O Centro de Memória não terá espaço físico para expor peças como fantasias,<br />
adereços, etc. Porém, aceitará doações de documentos (fotos, recortes,<br />
vídeos, etc.) que poderão ser copiados e incorporados ao acervo, ficando<br />
sob a responsabilidade da <strong>Liesa</strong> enquanto forem utilizados.<br />
1 - Hall Elevadores<br />
2 - Recepção<br />
3 - Lobby<br />
4 - Sala de Projeções<br />
5 - Banheiro<br />
6 - Arquivo<br />
7 - Depósito<br />
8 - Dep. Cultural<br />
9 - Dep. Cultural<br />
10 - Dep. Cultural<br />
11 - Banheiro<br />
12 - Banheiro<br />
13 - Circulação<br />
14 - Circulação<br />
15 - Ingressos<br />
16 - Gravadora<br />
17 - Office-boy<br />
18 - Banheiro<br />
19 - Arquivo<br />
20 - Cozinha<br />
Aprendemos que a primeira Escola de Samba a surgir no<br />
Rio de Janeiro foi a Deixa Falar, fundada por Ismael Silva,<br />
no Estácio, em 1926. A Portela, porém, afirma que a sua<br />
fundação deu-se em 11 de abril de 1923 – o que a transformaria<br />
na mais antiga agremiação do samba carioca.<br />
Afinal, qual das duas é a pioneira?<br />
Humberto Tziolas, jornalista<br />
Pergunte<br />
ao Hiram<br />
A primeira organização carnavalesca com estrutura de Escola<br />
de Samba nasceu em Oswaldo Cruz, o verdadeiro berço do<br />
samba, e se chamou Conjunto de Oswaldo Cruz, fundado em<br />
11 de abril de 1923, no quintal da casa do Sr. Napoleão José<br />
do Nascimento, pai de Natal, estando presentes: Antônio<br />
Caetano, Antônio Rufino, Paulo Benjamim de Oliveira e Natalino<br />
José do Nascimento. Em 1931, o Conjunto de Oswaldo<br />
Cruz passou a se chamar Quem Nos Faz é o Capricho ;<br />
depois, Vai Como Pode, e finalmente, Portela, em 1935.<br />
Reconheço que o criador do termo Escola de Samba foi<br />
Ismael Silva da Deixa Falar, fundada, oficialmente, em 12<br />
de agosto de 1928.<br />
Somente em 1935 todas as organizações carnavalescas<br />
que surgiram dos Blocos Carnavalescos ganharam a denominação<br />
de Grêmio Recreativo Escola de Samba.<br />
Se você quiser saber mais sobre a história do samba e do carnaval<br />
carioca, envie suas dúvidas para o pesquisador Hiram<br />
Araújo, através do e-mail: cultural@liesa.com.br<br />
27
28<br />
Ao Mestre, com carinho<br />
Cláudio Vieira<br />
Como ele não gosta de homenagens, façamos de conta que<br />
este artigo é uma mera lembrança. Se nem os mais chegados<br />
conseguiram convencê-lo a aceitar a idéia de tornar-se enredo<br />
da sua querida Estação Primeira, não seremos nós que iremos<br />
contrariá-lo. Com o descompromisso de quem brinca com<br />
elásticos coloridos por entre os dedos, vamos apenas falar de<br />
um senhor de 90 anos e que, há mais de meio século, é a voz<br />
oficial da Mangueira. E, por que não dizer, do samba?<br />
Não existe um cantor de Escola de Samba que deixe de curvar-se<br />
diante da figura de José Bispo Clementino dos Santos e<br />
chamá-lo de “mestre”. Os mais experientes, como Neguinho<br />
da Beija-Flor e Dominguinhos do Estácio são os primeiros a<br />
reverenciá-lo. Não faz muito tempo eram chamados de “puxadores<br />
de samba”. Até que a figura emblemática de Jamelão<br />
resolveu quebrar o silêncio e falar em nome de todos: “Puxador<br />
é ladrão de carro. Nós somos cantores, intérpretes.” – desde<br />
então, não há mais quem se atreva a fazer tal confusão.<br />
José Bispo traz o dom do berço. Nasceu no bairro<br />
imperial de São Cristóvão, em 12 de maio de 1913<br />
– 25 anos depois da Princesa Isabel assinar a<br />
Lei Áurea. “Ganhei meu primeiro cavaquinho<br />
aos 10 anos e foi aí que comecei a cantar”<br />
– recorda. Fácil, não? Ainda menino, trabalhou<br />
como jornaleiro. Na adolescência,<br />
aprendeu o caminho de Mangueira. Lá,<br />
conheceu bambas da estirpe de<br />
Cartola, Carlos Cachaça e Nelson<br />
Cavaquinho – que, ao lado de Dona<br />
Neuma, Seu Tingüinha, Neide, Pelado,<br />
Mestre Waldemiro, Mocinha<br />
e Dona Zica, integram a Ala das<br />
Estrelas do Céu Verde e Rosa.<br />
Como eles, Jamelão também foi<br />
elevado à categoria de baluarte,<br />
integrando o Grande Conselho<br />
Mangueirense. Atualmente, é o<br />
presidente de honra da Escola.<br />
As canjas que dava nas gafieiras espalhadas pela<br />
cidade abriram-lhe as portas do rádio e, depois, a<br />
principal delas, de crooner da Orquestra Tabajara.<br />
Cantando sucessos de Lupicínio Rodrigues e Ary<br />
Barroso, seu vozeirão espalhou-se pelo Brasil,<br />
construindo uma legião de fãs. O timbre aveludado<br />
e seguro traçou-lhe um espaço que seria<br />
eterno, apesar do sucesso de outros vozeirões<br />
das décadas de 50 e 60, como Nélson Gonçalves,<br />
Orlando Silva e Sílvio Caldas.<br />
As gravações de discos, participações em<br />
programas de auditório, filmes, viagens e<br />
shows pelo mundo a fora jamais fizeram<br />
com que abandonasse o seu maior compromisso:<br />
defender a Estação Primeira na<br />
Avenida. É um ato de fé.<br />
O diabetes e complicações com uma<br />
úlcera varicosa nas pernas têm-lhe privado<br />
de várias homenagens pelas 90<br />
primaveras e os 75 anos da Mangueira.<br />
Esteve internado durante três meses<br />
em São Paulo. Recebeu os últimos<br />
troféus num apartamento do Instituto<br />
Dante Pesanese. Agora, está em casa<br />
se recuperando, brincando com elásticos<br />
e, certamente, torcendo para o carnaval<br />
chegar. Saúde, Mestre!<br />
Jarso / Divulgação Mangueira
TROCATROCA<br />
Carnavalescos Seis Escolas de Samba<br />
mudaram seus carnavalescos:<br />
Alexandre<br />
Louzada foi para a Porto<br />
da Pedra; Cahe Rodrigues,<br />
para a Caprichosos;<br />
Cahe Rodrigues<br />
Milton Cunha, para a<br />
São Clemente; Ilvamar<br />
Magalhães, reaparece no Império Serrano,<br />
e Jorge Freitas, na Portela; Paulo Barros, ex-<br />
Tuiuti, estréia na Unidos da Tijuca. Ubiratan<br />
Silva e Fran Sérgio reintegram a comissão de<br />
carnaval da Beija-Flor, ao lado de Laíla, Xangai<br />
e Cid Carvalho.<br />
Rainhas<br />
Luma de Oliveira é a nova rainha de bateria<br />
da Mocidade Independente. Já a Grande Rio<br />
trocou Luciana Gimenez por três substitutas,<br />
uma para cada cor da agremiação: Danielle<br />
Winitz, Débora Secco e Mônica Carvalho.<br />
Coreógrafos<br />
Na dança dos coreógrafos de comissão-defrente,<br />
três novidades: a Viradouro anuncia<br />
a vinda de Débora Colker; a Porto da Pedra<br />
contará com Jayme Arôxa; e o Império Serrano,<br />
com Jussara Pádua.<br />
Bateria<br />
Duas baterias renovam o comando: Jonas,<br />
irmão de Mestre Jorjão – ex-Mocidade e<br />
Viradouro – estréia na bateria do Salgueiro,<br />
substituindo Mestre Louro; na Mangueira,<br />
Marrom entra no lugar de Mestre Russo.<br />
Harmonia<br />
Várias mudanças, também,<br />
na direção de desfile.<br />
Jorginho Harmonia<br />
reassumiu o comando<br />
de carnaval da Porto da<br />
Pedra. Guilherme Nóbrega<br />
é o novo diretor <strong>geral</strong> de Guilherme<br />
harmonia do Salgueiro, que não terá mais um<br />
diretor de carnaval. Agora, as decisões passarão<br />
por um colegiado. O mesmo acontecerá<br />
com a direção de harmonia do Império. Já na<br />
Grande Rio, Luís Eduardo Lima, o Dudu, é o<br />
novo diretor de harmonia.<br />
Intérpretes<br />
Nego no Império<br />
Duas agremiações trocaram<br />
seus intérpretes.<br />
Nego passa a ser a voz<br />
oficial do Império Serrano;<br />
e Wantuir, a da<br />
Unidos da Tijuca.<br />
Com o Pé<br />
no Mercado<br />
Mais de 2.500 pessoas foram encaminhadas ao<br />
mercado de trabalho na implantação do Projeto<br />
Sambando Com o Pé No Futuro, desenvolvido<br />
entre julho e dezembro do ano passado, em 20<br />
diferentes oficinas profissionalizantes instaladas<br />
nas 14 Escolas de Samba do Grupo Especial e em<br />
seis dos Grupos de Acesso, no Rio de Janeiro. Este<br />
número representa um aproveitamento de 70%<br />
do universo de 3.600 alunos inscritos.<br />
O resultado da iniciativa entre a Associação de<br />
Mulheres Empresárias do Brasil (Amebras) e a<br />
<strong>Liesa</strong> foi tão bom que ganhou novas dimensões.<br />
O projeto foi encampado pelo Governo Federal,<br />
através do Ministério de Assistência Social. A<br />
pedido do presidente Luís Inácio Lula da Silva,<br />
sofreu alteração no nome. Lula considerou que<br />
seria melhor “Dançando” do que “Sambando”,<br />
para não ficar restrito às comunidades do samba.<br />
Além do Rio, o projeto passará a atuar em outros<br />
cinco Estados: São Paulo, Minas Gerais, Brasília,<br />
Mato Grosso do Sul e Maranhão.<br />
Segundo a coordenadora nacional do projeto, a<br />
empresária Célia Regina Domingues, a meta para<br />
a temporada 2003/2004 é habilitar 45 mil pessoas<br />
nos seis Estados. Desse total, 26 mil alunos serão<br />
capacitados em 26 Escolas de Samba do Rio de<br />
Janeiro, além de convênios isolados com três<br />
prefeituras municipais.<br />
Célia explica que nesta segunda etapa, o Dançando<br />
Com o Pé no Futuro está melhor estruturado<br />
e disporá de uma verba mensal de até R$ 30 mil<br />
por Escola de Samba, para subsidiar compra de<br />
equipamento e material de aprendizado. A determinação<br />
da ministra Benedita da Silva é de que o<br />
projeto seja disseminado em todo o país a partir<br />
do ano que vem.<br />
As inscrições para a segunda turma dos cursos<br />
profissionalizantes já estão abertas. Há um funcionário<br />
do projeto na secretaria de cada Escola<br />
de Samba para atender os interessados, de segunda<br />
a sexta-feira, no horário comercial. Basta<br />
levar documento de identidade, comprovante<br />
de residência e certificado de escolaridade. Os<br />
cursos são inteiramente gratuitos, distribuídos nas<br />
seguintes áreas: Carnaval (Fantasias/ Adereços),<br />
Garçom, Inglês, Espanhol, Teatro, Telemarketing,<br />
Cartonagem, Biskuit, Pátina, Cabeleireiro, Estética,<br />
Acompanhamento de Idosos, Balé, Dança<br />
de Salão, Bijuteria, Macramê, Velas Decorativas,<br />
Violão, Cavaquinho e Pintura de Tecido.<br />
A coleção Bee,<br />
sucesso em todo o<br />
país desde 1987<br />
Os 3.600 formandos lotaram o Portelão no encerramento da primeira etapa do projeto<br />
O recorde de Adriana,<br />
a 14-Bis<br />
Foram necessários seis meses de treinamento físico, <strong>ensaio</strong>s,<br />
alimentação especial e um planejamento perfeito. O resultado<br />
não poderia ser melhor: a modelo publicitária Adriana Perett,<br />
25 anos, conseguiu desfilar nas 14 Escolas de Samba do Grupo<br />
Especial e entrou para o Rank Brasil, o livro dos recordes brasileiros.<br />
Agora, faz a sua 15ª participação, desfilando na capa<br />
do informativo ENSAIO GERAL.<br />
O feito foi registrado como um dos destaques da categoria<br />
“superação humana” e materializa um sonho que Adriana alimenta<br />
desde a infância. Sonho que se desenhou quase impossível<br />
logo no primeiro contato com o plenário da <strong>Liesa</strong>, pois<br />
a modelo não conseguiu convencer que atingiria o seu ideal.<br />
Não se deu por vencida. Foi para casa e montou uma planilha<br />
detalhando toda a logística do projeto. Mesmo assim, alguns<br />
presidentes ainda ficaram reticentes, temendo que Adriana<br />
pudesse sofrer um esgotamento ou não chegasse a tempo de<br />
ocupar o seu lugar no alto do carro-alegórico, prejudicando<br />
a entrada da Escola.<br />
Para sair de uma agremiação e entrar em outra, seria necessário<br />
desfilar até o quarto carro alegórico, no máximo. Ou<br />
seja: chegaria à Apoteose quando a Escola estivesse completando<br />
entre 30 e 40 minutos de apresentação, desceria do<br />
carro e teria mais 40 minutos para retornar à concentração,<br />
trocar de fantasia e assumir a sua posição na próxima Escola.<br />
Finalmente, obteve a aprovação do plenário e passou à fase<br />
de execução do projeto.<br />
Visitou todos os barracões, tirou as medidas das fantasias - todos<br />
os figurinos eram diferentes, dos pés à cabeça - e passou a<br />
freqüentar os <strong>ensaio</strong>s técnicos, de quadra e de rua. Aprendeu<br />
todos os sambas. Fez uma dieta rigorosíssima, dobrou os exercícios<br />
de musculação - de três a quatro horas, diariamente - e<br />
se poupou ao máximo, concentrando resistência para os dois<br />
dias de desfiles.<br />
Na Avenida, Adriana contou com a ajuda<br />
de uma equipe de dez pessoas treinadas<br />
para atendê-la nos mínimos<br />
detalhes. Conseguiu<br />
um camarim exclusivo,<br />
num contêiner montado<br />
sob as arquibancadas do<br />
setor 1. Era ali que as sete<br />
fantasias da noite ficavam<br />
armazenadas. Terminada<br />
uma apresentação, a modelo<br />
saía pela roleta do<br />
setor 13, onde era apanhada<br />
por um motoboy e transportada de volta<br />
ao camarim, onde trocava de roupa, retocava a maquiagem, o<br />
penteado e partia para a concentração, na direção da próxima<br />
Escola. Repetiu essa operação 14 vezes, em ações cronometradas<br />
e controladas através de radiotransmissores.<br />
O objetivo da modelo, agora, é enviar a mesma documentação<br />
para os editores do Guinness, tentando registrar o seu feito no<br />
livro mundial dos recordes.<br />
31
Aprendizes<br />
do Fundão<br />
Vinte e oito alunos da EBA-Escola de Belas Artes,<br />
da Universidade Federal do Rio de Janeiro, foram<br />
selecionados para fazer estágio nos barracões<br />
das Escolas do Grupo Especial. A iniciativa reativa<br />
o convênio de colaboração técnica e artística<br />
firmado, em 1996, entre a EBA e a <strong>Liesa</strong>, objetivando<br />
promover o intercâmbio entre as duas<br />
entidades. Dos bancos da Belas Artes surgiram<br />
nomes consagrados no Carnaval carioca, como os<br />
de Fernando Pamplona, Maria Augusta Rodrigues<br />
e Rosa Magalhães, entre outros.<br />
Na primeira seleção, foram escolhidos projetos<br />
de adereçaria e figurinos de 43 alunos das oficinas<br />
Se liga na<br />
LIGA<br />
Correspondências devem ser enviadas a<br />
ENSAIO GERAL, seção Se liga na Liga:<br />
Av. Rio Branco, 4 - 17º e 18º andares -<br />
Centro, Rio de Janeiro, RJ - 20090-000<br />
- Fax: (21) 2253-7409 – E-mail para o<br />
editor: editor@iriseditora.com.br<br />
de Cenografia e Indumentária,<br />
Desenho Industrial,<br />
Escultura e Pintura. Na fase<br />
decisiva, uma banca examinadora<br />
indicou os 28 melhores - cujos autores<br />
serão contemplados com o estágio remunerado<br />
(cada estudante receberá um salário-mínimo<br />
mensal por sua colaboração).<br />
A coordenadora do projeto, professora Helenise<br />
Guimarães, explica que serão sorteados dois<br />
estagiários para cada agremiação. Inicialmente,<br />
participarão de palestras com os carnavalescos,<br />
no auditório da <strong>Liesa</strong>. Durante o período de<br />
Um mexicano carioca<br />
Sou de Veracruz, o porto comercial<br />
mais importante do México e<br />
onde acontece um dos melhores<br />
e mais tradicionais carnavais de<br />
meu país – embora não se compare<br />
ao desta Cidade Maravilhosa, o<br />
Rio de Janeiro. Trabalho no setor<br />
de turismo e foi através de contato<br />
com coreógrafos brasileiros<br />
que me animei para ver de perto<br />
o magnífico desfile das Escolas<br />
de Samba, no Sambódromo. Em<br />
2002, tive a chance não apenas<br />
de assistir, mas também de participar<br />
do espetáculo, desfilando<br />
pelo Império Serrano.<br />
Gostei tanto que retornei para o<br />
Carnaval de 2003, acompanhado<br />
por três amigos. Desfilamos pela<br />
Acadêmicos de Santa Cruz. Ao<br />
voltar para o meu país, contei sobre<br />
a beleza do Carnaval carioca e<br />
como fomos muito bem tratados.<br />
Estamos nos organizando para<br />
participar do Carnaval de 2004,<br />
da festa de aniversário da <strong>Liesa</strong><br />
e do Sambódromo. Iremos num<br />
grupo de dez pessoas.<br />
Envio minha foto e os agradecimentos<br />
às diretorias do Império<br />
Serrano e da Santa Cruz por<br />
terem me proporcionado esta<br />
grande alegria. À diretoria da<br />
<strong>Liesa</strong>, o meu reconhecimento,<br />
pelo belo trabalho de organização<br />
dessa festa inesquecível.<br />
Humberto Cruz Montano<br />
Av. Xicotencatl, Veracruz, México<br />
Helenise Guimarães supervisionará o aprendizado dos alunos nos barracões<br />
Humberto desfilou na Santa Cruz<br />
Percussionista<br />
Sou professora de percussão<br />
brasileira, ensinando em Paris.<br />
Todos os anos costumo viajar ao<br />
Rio para assistir o desfile das Escolas<br />
de Samba. Na volta, trago a<br />
ENSAIO GERAL na bagagem. Ela<br />
me ajuda muito no trabalho com<br />
os meus alunos. Infelizmente,<br />
este ano não pude ir. Gostaria de<br />
saber se vocês podem me enviar<br />
a revista pelo correio.<br />
Françoise Seguy<br />
Rue Saint-Pierre, Chartres, França<br />
NR – Os exemplares das edições<br />
9 e 10 já estão a caminho. Esperamos<br />
que você venha para o<br />
Carnaval 2004 e aqui receba as<br />
edições 11 e 12.<br />
Gaúcho sambista<br />
Obrigado pela revista do Carnaval<br />
2003, que recebi no Sambódro-<br />
aprendizado nos barracões, os estudantes serão<br />
acompanhados de perto pela coordenadora e<br />
pelo professor Samuel Abrantes, também da<br />
EBA. No encerramento do estágio, os alunos se<br />
reunirão para confeccionar um enredo, do roteiro<br />
aos croquis de alegorias e fantasias. Este projeto<br />
integrará o Banco de Enredos da <strong>Liesa</strong> e poderá<br />
ser disponibilizado por uma agremiação, já no<br />
Carnaval de 2005.<br />
mo. Gostaria de saber informações<br />
sobre a venda de ingressos<br />
para o próximo desfile. Parabéns à<br />
Liga Independente pelos 20 anos,<br />
desejando muito sucesso na organização<br />
do próximo desfile. Muita<br />
paz, amor e saúde na Cidade Maravilhosa!<br />
Se Deus quiser, estarei<br />
mais uma vez aí no Sambódromo,<br />
prestigiando o Maior Espetáculo<br />
da Terra. Sou um gaúcho cada vez<br />
mais apaixonado pelo samba.<br />
José Luiz Athangria<br />
Rua Coronel Fernando Machado,<br />
Porto Alegre, Rio Grande do Sul<br />
NR – As informações que você queria<br />
estão nesta edição. Até lá!<br />
Universitários<br />
Somos estudantes da PUC – São<br />
Paulo e cumprimentamos a todos<br />
vocês pelo maravilhoso trabalho<br />
no Carnaval carioca. Já estamos<br />
curiosos para saber o que vai rolar<br />
no próximo desfile. Por favor, enviem<br />
pra gente alguns exemplares<br />
da ENSAIO GERAL.<br />
Delmira Lanzuolo<br />
Rua Monte Alegre, São Paulo,<br />
capital<br />
NR – As revistas já estão a<br />
caminho. Vocês também podem<br />
saber de mais detalhes do<br />
desfile acessando a <strong>Liesa</strong>Net:<br />
www.liesa.com.br. Façam uma<br />
visita virtual ao Centro de Memória<br />
do Carnaval.<br />
Visite a <strong>Liesa</strong>Net, o site da Liga Independente, e fique<br />
A <strong>Liesa</strong>Net<br />
está com novo<br />
visual e conteúdo<br />
recheado<br />
de informações<br />
sobre o Carnaval<br />
2004. O site<br />
será atualizado semanalmente, trazendo<br />
novidades dos preparativos para os desfiles<br />
do Grupo Especial.<br />
Você já pode ler, na íntegra, as sinopses<br />
dos enredos e as fichas técnicas das Escolas<br />
de Samba. Saberá de mais detalhes sobre<br />
reservas de ingressos e Regulamento<br />
do Desfile. E aprofundará seus conhecimentos<br />
sobre o Maior Espetáculo da<br />
Terra, navegando em sua história.<br />
BATICUM BUM<br />
A terceira opção<br />
Para a construção das modernas Fábricas<br />
de Carnaval, na Cidade do Samba,<br />
engenheiros e arquitetos visitaram os<br />
atuais barracões, onde conversaram<br />
bastante com técnicos e operários<br />
das Escolas de Samba, para que cada<br />
sugestão fosse estudada nos mínimos<br />
detalhes. Uma delas foi curiosa. Partiu<br />
de um entrevistado, que pedia a construção<br />
do “terceiro” banheiro. E confessava<br />
a sua angústia:<br />
- Não me sinto bem no banheiro das<br />
mulheres. No dos homens, então,<br />
muito menos.<br />
N. do E. - Quando criamos a coluna Passarela<br />
do Samba, em O Dia, em 1995, havia uma seção<br />
que precisava ser batizada. Como não encontrava<br />
um bom nome, pedi a ajuda do companheiro que<br />
sentava a meu lado: Tim Lopes. Criativo e sabedor<br />
das coisas do samba, Tim mandou na hora: “Baticumbum”.<br />
Tomamos a liberdade de usar o mesmo<br />
nome para batizar este cantinho de página que<br />
se propõe a preservar os “causos” do samba. E a<br />
memória de Tim. (Claudio Vieira)<br />
Equilíbrio<br />
Para que houvesse maior<br />
equilíbrio entre as desfilantes<br />
de domingo e segunda-feira,<br />
o presidente da <strong>Liesa</strong>, Ailton<br />
Guimarães Jorge, fez uma verdadeira<br />
equação de critérios.<br />
Em primeiro lugar, criou pares<br />
reunindo agremiações de<br />
grande potencial técnico e de Guimarães: na mosca<br />
bilheteria, segundo o Ranking<br />
da Liga; depois, as que possuíam as mesmas cores; o<br />
terceiro filtro focalizava o estilo de carnavalescos. Por<br />
fim, o sorteio as separou em dias diferentes. O resultado<br />
foi perfeito.<br />
Projeto Nota 10<br />
A estatística da primeira fase do Projeto Dançando Com o Pé no<br />
Futuro surpreendeu a coordenadora do Projeto, Célia Regina<br />
Domingues. Dos 2.520 alunos habilitados nas oficinas instaladas<br />
nas Escolas de Samba e reintegrados ao mercado de trabalho,<br />
18% - 450, aproximadamente – eram de nível superior. Chamou<br />
a atenção, também, o grande número de pessoas com mais de<br />
45 anos e que estavam afastadas<br />
do mercado. Entre as parcerias<br />
que mais absorveram a mãode-obra<br />
destacam-se a Rede<br />
Habbib’s, Leite de Rosas, Valmari<br />
Dermocosméticos, Panthera’s<br />
e a Prefeitura do Rio. Produtos<br />
confeccionados nas oficinas de<br />
artesanato podem ser adquiridos<br />
no Shopping Cultural (Praça Tiradentes,<br />
37, Centro), no Norte<br />
Shopping e no recém-inaugurado<br />
posto de venda no setor 2<br />
Célia: reintegrando profissionais<br />
Nasce a Cidade<br />
As obras da Cidade do Samba já<br />
começaram e, segundo a previsão<br />
dos engenheiros Almir Percínio<br />
e Eduardo Orsini, do consórcio<br />
Delta-Oriente, estarão<br />
concluídas em maio - um mês<br />
antes do prazo estipulado pela<br />
Prefeitura. O início oficial dos<br />
trabalhos foi no dia 25 de agosto,<br />
com a limpeza e preparação<br />
do terreno para a montagem do<br />
canteiro de obras. Os trabalhos<br />
de fundações se estenderão até<br />
dezembro, quando as Fábricas<br />
de Carnaval serão levantadas.<br />
do Sambódromo, que funciona<br />
diariamente das 9h às 18h.<br />
www.liesa.com.br<br />
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