18.04.2013 Views

Marcha para Zenturo - Grupo XIX

Marcha para Zenturo - Grupo XIX

Marcha para Zenturo - Grupo XIX

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>Marcha</strong> <strong>para</strong> <strong>Zenturo</strong><br />

espetáculo<br />

<strong>Marcha</strong> <strong>para</strong> <strong>Zenturo</strong> é a materialização do encontro artístico entre o <strong>Grupo</strong> <strong>XIX</strong> de Teatro,<br />

de São Paulo (SP) e Espanca!, de Belo Horizonte (MG). Nele, os dois grupos se fundem <strong>para</strong> a criação<br />

de um só trabalho onde o exercício da troca, o olhar sobre o outro, a atração do desconhecido, se<br />

revelam como força não só <strong>para</strong> a realização de um projeto de arte, mas sobretudo <strong>para</strong> a possibilidade<br />

de pensar o homem e as relações que ele estabelece na diferença e na igualdade.<br />

<strong>Marcha</strong> <strong>para</strong> <strong>Zenturo</strong> é também uma busca pelo sentido do tempo, através de metáforas que o<br />

representam: um encontro entre amigos é o que metaforiza o “passado”, já que é tão emocionante,<br />

estranho e constrangedor encontrar-se com pessoas íntimas de um tempo que já se foi, nossas<br />

testemunhas. O tempo “presente” é representado pelo próprio ato teatral, e é bem simples entender o<br />

motivo: essa arte se ocupa de potencializar o presente enquanto ato e linguagem, além do fato de que<br />

isso de “apresentar, apresentar, apresentar e apresentar uma peça” é indubitavelmente uma metáfora<br />

precisa do “viver, viver, viver e viver todos os dias”. O presente, dito “aqui-agora”, é uma sobreposição<br />

de passado e futuro, realidade e ficção, memória e projeção, espaço de conversão, transmutação.<br />

E, por fim, isso que se diz “futuro”, é aqui representado por um lugar desconhecido pelo qual se<br />

luta (possivelmente <strong>para</strong> que não abandonar a certeza de que tudo pode transformar, tornar-se melhor)<br />

e se marcha, já que neste momento nós estamos marchando, mesmo se de pernas cruzadas, dormindo,<br />

estáticos ou galopando; neste momento estamos marchando.<br />

Este trabalho propõe uma reflexão sobre como o homem se relaciona com o tempo na esfera<br />

contemporânea. Essa forma estranha e sensacional de multiplicar espaços, de multiplicar-nos, e<br />

vivermos nessa vertigem entre o atraso e o atropelo.<br />

É estranho esse tempo que nos encontramos, mas nós temos uma certeza: este é o nosso tempo.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!